Arte al paso

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Governo do Estado Secretaria de Estado da Cultura apresentam na Estação Pinacoteca Arte al paso - Coleção Contemporânea do Museo de Arte de Lima – MALI

A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta, na Estação Pinacoteca, a exposição Arte al paso, com 100 trabalhos, entre pinturas, esculturas, vídeos, fotografia e instalação, de 36 artistas que integram a Coleção do Museo de Arte de Lima - MALI. Esta é a primeira exposição no Brasil que apresenta a produção contemporânea peruana de maneira mais ampla, de 1960 a 2011, e oferece ao visitante um olhar sobre o contexto em que os trabalhos apresentados foram desenvolvidos. Com curadoria de Tatiana Cuevas, curadora de arte contemporânea do MALI, em colaboração com Rodrigo Quijano, curador independente e assessor do Comitê de Aquisição de Arte Contemporânea do MALI.

Abertura dia 28 de maio de 2011, sábado, a partir das 11h Em cartaz até o dia 31 de julho de 2011

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Estação Pinacoteca – Lgo. General Osório, 66 Tel. (11) 3334-4990 Aberta de terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados Imprensa: Carla Regina - coliveira@pinacoteca.org.br


Arte al paso - Coleção Contemporânea do Museo de Arte de Lima - MALI A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta, na Estação Pinacoteca, a exposição Arte al paso - Coleção Contemporânea do Museo de Arte de Lima – MALI , com cerca de 100 trabalhos, entre pinturas, esculturas, fotografias, vídeos e instalação, de 36 artistas cujas obras integram o acervo do Museo de Arte de Lima – MALI (Peru). A exposição constitui-se numa oportunidade única de conhecer as diversas etapas de desenvolvimento da arte contemporânea do Peru, desde 1960 até os dias de hoje, por meio de trabalhos que levantaram questões da própria realidade do país, seja do ponto de vista, político, social e cultural. Arte al passo exibe temas ligados à prática coletiva da gravura e da fotografia, com obras que demonstram as primeiras aproximações ao conceitualismo e às vanguardas internacionais dos anos de 1960 e 1970. A exposição faz, ainda, um percurso por temas relacionados ao vazio institucional que atinge o Peru há várias décadas, e à necessária atualização de práticas e propostas desenvolvidas à margem do circuito internacional. “Esta é a primeira vez que parte da coleção de arte contemporânea do MALI será exposta no exterior. Estamos muito contentes que seja exibida na Estação Pinacoteca por se tratar de um local que combina dois aspectos importantes para essa exposição: seu atuante programa dedicado à arte contemporânea, que permitirá localizar a produção peruana em um contexto mais amplo, e a proximidade com a exposição permanente do Memorial da Resistência de São Paulo, que estabelece paralelismos com a situação vivida no Peru durante a década da violência”, destaca Tatiana Cuevas, curadora da mostra. A realização dessa mostra com o Museo de Arte de Lima é uma parceria que busca consolidar as instituições latino americanas, fazendo circular seus acervos e permitindo que diversos públicos tenham acesso à obras importantes da História da Arte das Américas. A Coleção de Arte Contemporânea do MALI, teve início na década de 1950 graças às doações de artistas e colecionadores e, desde 2007, é apoiada pelo Comitê de Aquisições de Arte Contemporânea. Hoje, a coleção reúne mais de 700 obras que abrangem um amplo panorama da prática artística contemporânea no Peru.

Sobre o título da exposição Arte al paso (Arte ao passo) é o nome de uma ação artística concebida para o espaço público, identificada como eco de uma arte povera local ou do ethos do undergroud epocal, e que, historicamente, trata da reflexão sobre as precariedades e desigualdades peruanas de toda natureza. Realizada pelo grupo E.P.S. Huayco (formado por Francisco Mariotti, Luy Maria, Rosario Noriega, Herbert Rodríguez, Juan Javier Salazar, Williams Armando, Zevallos Mariela),

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Estação Pinacoteca – Lgo. General Osório, 66 Tel. (11) 3334-4990 Aberta de terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados Imprensa: Carla Regina - coliveira@pinacoteca.org.br


em 1980, é reconhecida como uma das manifestações de maior envergadura nas práticas artísticas peruanas da segunda metade do século XX. É por essa perspectiva que a ação Arte al paso – uma ironia baseada na precariedade das populares bancas de rua, que vendem comida “ao passo” – resume um olhar sobre as condições de criação e produção cultural no Peru e sua repercussão nas artes visuais. Um período de oposições ocultas e explícitas; um contexto no qual as estratégias e reações históricas definem, de formas diferentes, parte do discurso e da práxis de um importante setor da arte peruana dos últimos 40 anos. Artistas presentes na mostra

Gabriel Acevedo Velarde, Mariella Agois, Armando Andrade Tudela, Juan Enrique Bedoya, Luz María Bedoya, Christian Bendayán, Fernando Bryce, Raimond Chaves, Colectivo NN, William Córdova, Carlos Domínguez, Jorge Eduardo Eielson, E.P.S. Huayco, Billy Hare, Pablo Hare, Eduardo Hirose, Sandra Gamarra, Flavia Gandolfo, Phillippe Gruenberg , Emilio Hernández Saavedra, Gilda Mantilla, José Carlos Martinat, Claudia Martínez Garay, Alfredo Márquez, Marco Pando, Grupo Paréntesis, Ishmael Randall Weeks, Jaime Rázuri, Emilio Rodríguez Larraín, Jesús Ruiz Durand, Juan Javier Salazar, Giancarlo Scaglia, TAFOS, Elena Tejada, Milagros de la Torre, Susana Torres, Eduardo Villanes, Ricardo Wiesse y David Zink Yi, que integram a Coleção de Arte Contemporânea do Museu de Arte de Lima – MALI (Peru).

Temas abordados na mostra: Crítica ante uma institucionalidade faltante Para muitos artistas, a fragilidade das instituições culturais peruanas serviu como ponto de partida para examinar e questionar os valores, discursos e o poder de representação dessas instituições. Apropriando-se das estratégias de crítica institucional e da arte conceitual, artistas como Emilio Hernández Saavedra, os grupos Paréntesis e E.P.S. Huayco elaboraram, durante os anos 1970 e 1980, comentários incisivos sobre o vazio das instituições culturais peruanas e sobre os parâmetros do gosto e a necessidade da arte. Desde então, esses artistas criam elementos institucionais para injetar-lhes novos conteúdos, chegando a elaborar o projeto de um museu fictício, como é o caso de Sandra Gamarra. Lançando mão de uma série de ferramentas críticas, que incluem o uso constante do humor, esses artistas trazem nova luz às relações entre o poder e a imagem, e suas repercussões em nossa história e vida cotidiana.

A paisagem entre linhas A partir dos anos de 1950, os núcleos populacionais rurais do Peru iniciaram um massivo êxodo para as cidades, impulsionado tanto pela promessa de serviços e oportunidades, quanto pela violência política e as penúrias econômicas. À exemplo de outras nações latino-

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Estação Pinacoteca – Lgo. General Osório, 66 Tel. (11) 3334-4990 Aberta de terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados Imprensa: Carla Regina - coliveira@pinacoteca.org.br


americanas, o Peru é, agora, um país predominantemente urbano, com uma vida cultural que reflete a fusão de diversas tradições. A paisagem da metrópole de Lima, com sua crescente urbanização, ofereceu aos artistas um rico panorama visual, repleto de paradoxos. Os materiais da vida moderna – o concreto, o vidro, os plásticos – convivem com estilos de construção frágeis e provisórios, mais próprios de uma cultura nômade. Por outro lado, a convivência de culturas e projetos políticos divergentes dá lugar a uma paisagem em permanente construção. As obras presentes nessa sessão testemunham a complexidade de tais mudanças, retratando as diversas faces adotadas pela promessa da modernidade, e as contradições oriundas da diversidade cultural que lhe impõe inquestionáveis vieses e limitações. Violência e Memória Como em muitos países latino-americanos, a história do Peru é marcada pela busca de integridade territorial e pelos conflitos associados à exclusão de grandes setores da população da tomada de decisões políticas e econômicas. O conflito armado interno, ocorrido durante os anos 1980 e 1990, expôs o país a cenas de violência e barbárie que revelaram aspectos da realidade peruana ainda hoje, difíceis de reconhecer. Naturalmente, estes fatos tornaram-se tema recorrente na arte peruana atual que busca não apenas preservar a memória, mas também examinar suas consequências no tecido social. Ao mesmo tempo, esses problemas dão atualidade a conflitos mais antigos, recordando a luta por estabelecer o imaginário de um país, seus mitos fundadores, seus protagonistas – heróis ou vilões – e as ambições e aspirações que os moveram. Nas obras que compõem esta exposição encontramos não apenas o desejo de restaurar a presença daqueles que foram humilhados pela violência, mas também o de reescrever parte da história recente do Peru.

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Estação Pinacoteca – Lgo. General Osório, 66 Tel. (11) 3334-4990 Aberta de terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados Imprensa: Carla Regina - coliveira@pinacoteca.org.br


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