Jerónimo Heitor Coelho
Ficha Técnica Factsheet Fotografia Photography Jerónimo Heitor Coelho Assistente de Fotografia Photography Assistant Angelo Salvadinha, Miguel Vaz Textos Técnicos e Descritivos Technical and Descriptive Texts Comissão Vitivinícola Regional Alentejana Textos das Adegas Wineries Texts Cedidos pelos próprios Ceded by the wineries Revisão de Textos Text Revision Ana Caeiro Tradução Translation Michael W. Lewis Edição de Imagem Image Editing JB Photo Produção Gráfica e Criativa Graphic and Creative Production Laura Coelho, Nuno Veiga Produção / Edição Production / Editing Visual Factory Comercial / Produção Commercial / Production Mónica Filipe Impressão Printing Greca - Artes Gráficas ISBN: 978-989-98772-2-1 Depósito Legal: 383740/14 1ª Edição 1st Edition 11/2014 ©2014, Jerónimo Heitor Coelho www.jeronimoheitorcoelho.com Interdita a reprodução de textos e imagens por quaisquer meios. Prohibited the reproduction of texts and images by any means.
Prefácio O convite que Jerónimo Heitor Coelho endereçou à Confraria dos Enófilos do Alentejo para prefaciar esta obra “Adegas do Alentejo”, representa para nós uma grande honra e é com entusiasmo que participamos neste notável trabalho de tributo e homenagem aos Vinhos do Alentejo.
O elenco de castas autóctones do Alentejo, adaptadas naturalmente às condicionantes da paisagem, cuja originalidade reúne várias explicações, constitui a base dos encepamentos a que recentemente se juntaram outras castas e variedades estrangeiras de valor reconhecido.
Não é novidade para ninguém que a história do vinho no Alentejo remonta a épocas longínquas, chega ao tempo dos povos mais antigos que por aqui passaram, cujos testemunhos, que o tempo não apagou, evidenciam hábitos, tradições e a importância económica que esta actividade já representava para as comunidades locais de então.
Todavia e embora cada casta tenha as suas características intrínsecas, a sua expressão no perfil dos vinhos do Alentejo não deixa de estar em estreita correlação com o terroir em que se desenvolvem, proporcionando vinhos com identidade inconfundível, de sabores e aromas únicos. Ao longo deste livro Jerónimo Heitor Coelho leva-nos a passear em 36 adegas, localizadas nas várias sub-regiões vitivinícolas, que se estendem do norte alentejano às planícies do sul.
Enquanto os vastos registos históricos têm dificuldade em precisar os primórdios da cultura da videira no Alentejo, resulta simultaneamente que a sua domesticação se perde no tempo, embora a presença de videiras silvestres identificadas actualmente em vários locais, representem as raízes mais recuadas do vinho. Numa sucessão de civilizações, pertence aos romanos a generalização da cultura da vinha e do vinho no Alentejo, de forma tão decisiva que, ainda hoje e decorridos mais de 2.000 anos, as marcas ancestrais continuam a estar bem presentes. A técnica de fermentação em talhas de barro, prática que a civilização romana difundiu, e que o Alentejo como nenhuma outra região soube preservar ao longo de gerações, está bem patente em várias adegas referidas nesta obra.
Estamos perante adegas de notoriedade reconhecida, associadas por vezes a um longo historial e tradição familiar. Adegas que conjugam com os métodos tradicionais alguma inovação que, felizmente para todos nós, não descaracteriza os produtos atuais, elaborados de forma ancestral. Novos projetos são também contemplados nesta obra, onde o enoturismo surge aliado à produção de vinho. Algumas das Adegas Cooperativas fundadas na década de 50, com o apoio da então Junta Nacional do Vinho, (hoje Instituto da Vinha e do Vinho), são hoje promotoras de ambiciosos projetos para produção de vinhos de superior qualidade, que continuam a história única dos vinhos aqui feitos.
Na capa desta obra é possível observar um dos mais antigos e belos espaços ainda existentes, recheado de uma coleção de centenárias ânforas de barro. Nesta Adega ainda hoje perduram e são aplicadas todas as técnicas, práticas e costumes mais antigos e tradicionais da vinificação.
Visitar e desfrutar destas adegas significa contactar com o que de melhor se produz no Alentejo. É uma forma única de combinar excelentes vinhos com a rica e notável gastronomia alentejana. Em comum, vamos assistir à paixão de produzir e desfrutar de grandes vinhos.
A atribuição da Denominação de Origem “Alentejo”, que agrega oito sub-regiões vitivinícolas, todas elas únicas e singulares pela influência dos acidentes orográficos, representa um reconhecimento da região como zona de produção de vinhos de excelência e genuinidade própria, fruto de factores naturais e humanos do meio geográfico em que se inserem. Esta particular aptidão para a produção de vinhos maduros de qualidade que se tem revelado ao longo dos tempos, levou também ao reconhecimento da denominação de “Vinho Regional Alentejano” para os vinhos de mesa com indicação geográfica, importante contributo para a sua valorização qualitativa.
Francisco Mata Juiz da Confraria dos Enófilos do Alentejo 5
Foreword The invitation extended to the Confraternity of Alentejo Wine-lovers by Jerome Heitor Coelho to write a preface for “Wineries of the Alentejo” is a great honour, and it is with enthusiasm and delight that we provide a contribution to this remarkable work in praise of the wines of the Alentejo region.
In this book Jerónimo Heitor Coelho takes us on a tour of 36 wineries located in the different wine-producing sub-regions of the Alentejo, from the north of the region to its southern plains. This represents a collection of producers of recognised distinction, some of them associated with a long family tradition of wine-making. Traditional methods are combined with a measure of innovation, which fortunately does not devalue the wines of today, produced in the old way. The growth of wine tourism associated with the production of wine is also a feature of this book. Some of cooperative wineries set up in the 1950s with the support of the then National Wine Board, (now the Vine and Wine Institute) currently produce top quality wines, thus continuing the unique history of Alentejo wine-making.
It is widely known that wine has been made in the Alentejo ever since people first inhabited the region, and there is evidence which tells of their customs and traditions, and the economic importance of wine-making for the communities of distant times. While there is a considerable body of knowledge providing such testimony, the truth is that we know little about either the origins of viticulture in the Alentejo or how the vine was domesticated, although the existence of wild vines in various locations indicates the origins of our modern vineyards.
Visiting these wineries and tasting their wines provides a great opportunity for savouring the best of the Alentejo region, the product of passionate dedication to an art. And there’s no better way to experience the excellent Alentejo cuisine than accompanied by a great Alentejo wine.
A succession different peoples cultivated the vine and made wine, but only during the Roman era did such practices become generalised in the region, and after more than 2,000 years the signs of this are still clearly visible. The technique developed by the Romans of fermentation in clay jars, a practice carried out over the course of generations in the Alentejo, unlike any other region, is described in several places in this book. The cover photograph depicts a collection of century-old clay vessels at one of the oldest and most beautiful wineries. The traditional techniques, practices and customs of ancient times survive and are still used to make wine. The designation of “Alentejo” origin covers eight wine-producing subregions, each with its own unique features, the result of a combination of human ingenuity, natural perfection and geographical potential, providing consumers with the guarantee that wines of excellence are genuinely produced in the specific area in question. Proven over the ages, the singular Alentejan aptitude for producing mature wines of quality, has also led to the recognition of the designation of “Alentejo Region Wine” for table wines, enhancing the perceived quality of the product.
Francisco Mata Assessor of the Confraternity of Alentejo Wine-lovers
The range of highly original Alentejo grape varieties, naturally suited to the constraints of the landscape, forms the basis of the blend of varieties that are currently used along with others of recognised value from home and abroad. Although each variety presents its own singular characteristics, it is the interaction with the particular terroir on which they are cultivated that goes to produce wines, each with its own unmistakable identity, and unique taste and aroma. 7
História dos Vinhos do Alentejo A história do vinho e da vinha no território que é hoje o Alentejo exige uma narrativa longa, com uma presença continuada no tempo e no espaço, uma gesta ininterrupta e profícua que poucos associam ao Alentejo. Uma história que decorreu imersa em enredos tumultuosos, dividida entre períodos de bonança e prosperidade, entrecortados por épocas de cataclismos e atribulações, numa flutuação permanente de vontades, com longos períodos de trevas seguidos por breves ciclos iluministas e vanguardistas. É uma história faustosa e duradoura, como o comprovam os indícios arqueológicos presentes por todo o Alentejo, testemunhas silenciosas de um passado já distante, evidências materiais da presença ininterrupta da cultura do vinho e da vinha na paisagem tranquila alentejana. Infelizmente, por ora ainda não foi possível determinar com acuidade histórica quando e quem introduziu a cultura da videira no Alentejo. O que se sabe, sim, é que quando os romanos aportaram a terras do sul de Portugal, ao território que é hoje o Alentejo, a cultura do vinho e da vinha já faziam parte dos hábitos e tradições das populações locais. Presume-se que os tartessos, civilização ibérica herdeira da impressionante cultura megalítica andaluza, terão sido os primeiros e principais propulsores da domesticação da vinha e posterior introdução do vinho na região. Os fenícios, civilização sustentada e financiada pelo comércio marítimo, surgiram mais tarde, empenhados como sempre numa demanda obstinada por novas fontes de minérios que permitissem abastecer os mercados do mediterrâneo oriental. Navegando pelos estuários dos rios Guadiana, Sado e Tejo, apoderaram-se, lenta mas inexoravelmente, dos interesses comerciais dos tartessos, condenando a civilização tartessa a um longo declínio. Os gregos, cuja presença é denunciada pelas centenas de ânforas catalogadas nos achados arqueológicos do sul de Portugal, sucederam aos fenícios no comércio e exploração dos vinhos do Alentejo. Por esta época, a cultura da vinha no Alentejo, apesar de incipiente, contava já com quase dois séculos de história. A persistência de uma cultura da vinha e do vinho, desde os tempos da antiguidade clássica, permite presumir, com elevado grau de convicção, que as primeiras variedades introduzidas no território nacional terão arribado a Portugal pelo Alentejo, a partir das variedades mediterrânicas. 9
No entanto, foi com os romanos, profundamente letrados nas principais técnicas agrárias, que se generalizou a cultura do vinho e da vinha no Alentejo.
Com o prelúdio do século VIII, sobreveio a invasão muçulmana e a subsequente islamização da Península Ibérica, um movimento inexorável que se manteve vivo durante séculos.
É mesmo provável, se atendermos aos registos históricos existentes, que a produção alentejana tenha proporcionado a primeira exportação de vinhos portugueses para Roma, a primeira aventura de internacionalização de vinhos portugueses!
Apesar de durante as primeiras primaveras a ocupação muçulmana se ter mostrado tolerante para com os costumes dos povos conquistados, consentindo na manutenção da cultura da vinha e do vinho, sujeitando-a a duros impostos mas autorizando a sua subsistência, logo nasceu uma intolerância crescente para com os cristãos e os seus hábitos, manifesta no cumprimento rigoroso e vigoroso das leis do Corão. Inevitavelmente, a cultura do vinho foi sendo progressivamente negada e a vinha gradualmente abandonada, reprimida pelas autoridades zelosas das regiões ocupadas. Com a invasão muçulmana a vinha sofreu o primeiro revés sério no Alentejo. A longa reconquista cristã da Península Ibérica, riscada de Norte para Sul, geradora de incertezas e inseguranças, com escaramuças permanentes entre cristãos e muçulmanos, sem definição de fronteiras estáveis, maltratou ainda mais a cultura da vinha, uma espécie agrícola perene que, por forçar à fixação das populações, foi sendo progressivamente abandonada.
A influência romana foi tão perentória para o desenvolvimento da viticultura alentejana que ainda hoje, dois mil anos após a anexação do território, as marcas da civilização romana continuam a estar patentes nas tarefas do dia a dia, visíveis através da utilização de ferramentas do quotidiano, como o Podão, instrumento utilizado intensivamente até há poucos anos. Mas foi no aproveitamento das talhas de barro, prática que os romanos divulgaram e vulgarizaram no Alentejo, que a influência romana deixou as suas marcas mais profundas. Talhas de barro para a fermentação de mostos e posterior armazenagem de vinho cuja praxis constitui, ainda hoje, uma prática corrente, parte integrante da afirmação cultural alentejana. Talhas de barro de todos os tamanhos e feitios, com extremos que podiam chegar a conter 2.000 litros de mosto, com pesos próximos da tonelada e uma altura de quase dois metros.
Foi só após a fundação do reino lusitano, concorrendo através do poder real e das novas ordens religiosas, que a cultura do vinho regressou com determinação ao Alentejo. Poucos séculos mais tarde, já em pleno século XVI, a vinha florescia como nunca no Alentejo, dando corpo aos ilustres e aclamados vinhos de Évora, aos vinhos de Peramanca, bem como aos brancos de Beja e aos palhetes do Alvito, Viana e Vila de Frades.
Talhas de barro poroso que obrigavam à impermeabilização com pês, a resina natural de pinheiro, segundo processos ancestrais conduzidos por gerações sucessivas de pesgadores, profissão hoje quase extinta, segundo segredos passados de geração em geração, receitas misteriosas propriedade de cada clã, fórmulas mágicas que conferiam gostos e particularidades distintas a cada talha de barro.
Em meados do século XVII, eram os vinhos do Alentejo, a par da Beira e da Estremadura, que gozavam de maior fama e prestígio em Portugal. Desventuradamente, foi sol de pouca dura! A crise provocada pela guerra da independência, logo secundada por nova crise despertada pela criação da Real Companhia Geral de Agricultura dos Vinhos do Douro em detrimento das restantes regiões, com arranques coercivos de vinhas em muitas regiões, deu matéria para a segunda grande crise do vinho alentejano, mergulhando as vinhas alentejanas no obscurantismo.
Com a emergência do cristianismo, credo disseminado quase instantaneamente por todo o império romano, e face à obrigatoriedade da presença do vinho na celebração eucarística da nova religião, abriram-se novos mercados e novas apetências para o vinho. A fé católica, ainda que indiretamente, afirmou-se como um fator de desenvolvimento e afirmação da vinha no Alentejo, estimulando o cultivo da videira na região.
A crise foi prolongada. Foi preciso esperar até meados do século XIX para assistir à recuperação da vinha no Alentejo, com a campanha 10
de desbravamento da charneca e a fixação à terra de novas gerações de agricultores. Nasceu então mais uma época dourada para os vinhos do Alentejo, período que infelizmente viria a revelar ser de curta duração. O entusiasmo despertou quando se soube que um vinho branco da Vidigueira, da Quinta das Relíquias, apresentado pelo Conde da Ribeira Brava, ganhou a grande medalha de honra na Exposição de Berlim de 1888, a maior distinção do certame, tendo sido igualmente apreciados e valorizados vinhos de Évora, Borba, Redondo e Reguengos.
Contribuição para o seu estudo”, do professor Francisco Colaço do Rosário, ensaios académicos determinantes para o reconhecimento regional e nacional do potencial do Alentejo. Associando várias instituições ligadas ao setor e tirando proveito das sinergias criadas, o Alentejo conseguiu estabelecer um espírito de cooperação e entreajuda entre os diversos agentes, caraterística que ainda hoje é uma das imagens de marca dos vinhos do Alentejo. Com a criação do PROVA (Projeto de Viticultura do Alentejo), em 1977, foram criadas as condições técnicas para a implementação de um estatuto de qualidade no Alentejo, enquanto a ATEVA (Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo), fundada em 1983, foi arquitetada para promover a cultura da vinha nos diferentes terroirs do Alentejo.
Poucos anos mais tarde, decorria o ano de 1895, edificou-se a primeira Adega Social de Portugal, em Viana do Alentejo, pelas mãos avisadas de António Isidoro de Sousa, pioneiro do movimento associativo em Portugal. Desafortunadamente, este período de glória viria a terminar abruptamente. Duas décadas passadas, já na primeira metade do século XX, sobreveio um conjunto de acontecimentos políticos, sociais e económicos que contribuíram decidida e decisivamente para a degradação da viticultura alentejana. Ao embate da filoxera, somou-se a primeira das duas grandes guerras mundiais, as crises económicas sucessivas, e, sobretudo, a campanha cerealífera do estado novo que suspendeu e reprimiu a vinha no Alentejo, apadrinhando a cultura de trigo na região que viria a apelidar como “celeiro de Portugal”.
Em 1988 regulamentaram-se as primeiras denominações de origem alentejanas, fundamento para o estabelecimento, em 1989, da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), garante da certificação e regulamentação dos vinhos do Alentejo. Beneficiando da ajuda financeira da União Europeia e do espírito empresarial dos agentes económicos da região, a enologia moderna rapidamente assentou arraiais no Alentejo, com as cubas de inox e o controlo de temperatura a permitirem apresentar vinhos modernos e atraentes, capazes de conquistar um país inteiro, de Norte a Sul, de Este a Oeste. É também justo enaltecer o papel primordial desenvolvido pelas adegas cooperativas alentejanas, responsáveis pelo sucesso inicial do Alentejo ao consagrarem vinhos com uma excecional relação qualidade/preço que rapidamente conquistaram o coração dos portugueses.
A vinha foi sendo sucessivamente desterrada para as bordaduras dos campos, para os terrenos marginais em redor de montes, aldeias e vilas, para as pequenas courelas em redor das povoações, reduzindo o vinho à condição de produção doméstica para autoconsumo. Em poucos anos o vinho no Alentejo, salvo raras exceções, desapareceu enquanto empreendimento empresarial. Foi sob o patrocínio solene da Junta Nacional do Vinho, já no final da década de quarenta, que a viticultura alentejana ganhou a primeira oportunidade de recobro, ainda que de forma titubeante. Hoje pode afirmar-se com segurança que foi o movimento associativo que deu azo ao ressurgimento da atividade vitícola no Alentejo. Em 1970, sob os auspícios da Comissão de Planeamento da Região Sul, foi anunciado o estudo “Potencialidades das sub-regiões alentejanas”, coadjuvado dois anos mais tarde pelo estudo “Caraterização dos vinhos das cooperativas do Alentejo. 11
A Brief History of Alentejo Wines The history of the vine and the wine in the region now known as the Alentejo requires a long, meandering narrative, with detailed descriptions of time and place. It is a long and largely unknown history of achievements throughout thousands of years in which the region has seen turbulent epochs alternate with periods of calm and prosperity — cycles of uncertainty followed by cycles of enlightenment and vanguardism. It is a magnificent and enduring history. Archaeological artefacts scattered across the region attest to the uninterrupted presence of the wine and vine culture on the quiet Alentejo landscape. Unfortunately, the veil of time still hides the identity of those who brought the cultivation of the vine to the Alentejo. Neither can we accurately identify when it happened. What is known, however, is that when the Romans arrived in the south of Portugal, vine growing and wine making were already a vital part of the customs and traditions of the local population. It is suspected that the Tartessians, an ancient civilisation based in the south of the Iberian Peninsula and heirs of the Andalusian Megalithic culture, were the first to domesticate the vine and later introduce wine to the Alentejo. The Phoenicians, a civilisation of maritime traders, appeared later in search of new sources of minerals to supply the eastern Mediterranean markets. Navigating the estuaries of the Guadiana, Sado and Tagus Rivers, they slowly but inexorably took over the commercial interests of the Tartessians, forcing them into decline. The Greeks, whose presence is reflected by hundreds of amphorae (two-handled pitchers) in archaeological sites throughout southern Portugal, took over from the Phoenicians in the development and trade of Alentejo wines. By that time, the region had already witnessed two hundred years of vine growing. The existence of a vine and wine culture since classical antiquity suggests, with a high degree of certainty, that the first vine varieties in Portugal were of Mediterranean origin and were most likely introduced to the Alentejo. However, it was the Romans, with their farming expertise, who made the cultivation of the vine and the making of wine mainstays of the Alentejo lifestyle. 13
However, it was the Romans, with their farming expertise, who made the cultivation of the vine and the making of wine mainstays of the Alentejo lifestyle.
rigorous application of Koranic law. The Alentejo relationship with wine inevitably began to wane and the vineyards were first neglected and then abandoned. This was the first serious setback to the culture of the vine in the Alentejo.
In fact, historical records strongly suggest that the first Portuguese wines exported to Rome may have come from this region — the Alentejo may very well have been pioneers in the globalisation of Portuguese wine! Roman influence was so critical in the development of Alentejo viticulture that even today, after over two thousand years, signs of their civilisation continue to be seen in day-to-day tasks. The podão, for example, a traditional pruning knife, was widely used until very recently.
The following years witnessed frequent skirmishes throughout the peninsula, between the Christians based in the north and Muslims in the south. These vagaries further threatened the cultivation of the vine, which, being a perennial species, requires continual care and constant populations. Vine growing was progressively abandoned. As a result, the wine culture remained almost absent in the southern territories. Only after theLusitanian kingdom was established did the cultivation of vines and the making of wine see a renaissance in the Alentejo, with the blessing of the royal family and the new religious orders. By the sixteenth century, vines flourished as never before in the region with the production of the famous wines of Évora –the wines of Peramanca – as well as the whites from Beja, and the palhetes from Alvito, Viana andVila de Frades.
However, the most enduring tradition left behind by the Romans, and still an integral part of the Alentejo winemaking process, is that of fermenting must and storing wine in talhas de barro - clay vessels, produced in all shapes and sizes. The Romans introduced the practice into all their territories, but only in the Alentejo has it prevailed. Some of these clay vessels weigh up to a tonne, reach two metres in height, and can store up to 2,000 litres of wine. The porous vessels were treated with pês, a natural pine resin, to prevent leakage, using ancestral methods passed down along successive generations of artisans calledpesgadores, a profession almost extinct now. Each clan of pesgadores had their own secret pês recipe,magic formulas that conferred their own distinctive flavours and characteristics to each talha de barro.
In the mid-seventeenth century, Alentejo wines, together with those from Beira and Estremadura, were the most famous and renowned Portuguese wines. Unfortunately, the War of Restoration put an end to this success. However, it was the creation of the Real Companhia Geral de Agricultura dos Vinhos do Douro - an organisation established by the Marquis of Pombal to protect Douro wines - that prompted the second great crisis for Alentejo wine. One of the measures put in place was the forced uprooting of vines in many regions, including the Alentejo. Consequently Alentejo wines were plunged into obscurity.
With the rapid spread of Christianity across the Roman Empire, the obligatory use of wine in the celebration of the Eucharist opened up new appetites and new markets for wine. The Catholic faith was a factor, albeit an indirect one, in encouraging the establishment and development of the Alentejo vineyards.
This challenging period only came to an end in the mid-nineteenth century, with a campaign to cultivate heathland and reinstate agriculture in the region. A new generation of farmers settled in, and the vineyards saw a second renaissance. A new golden age for the Alentejo gradually emerged, and there was great excitement when a white wine from Quinta das Relíquias, located in Vidigueira, championed by Count Ribeira Brava, won the Grand Medal of Honour at the Berlin Exhibition in 1888 – the most important award at the event. Wines from Évora, Borba, Redondo and Reguengos also received honours.
The early eighth century brought the Muslim invasion of the Iberian Peninsula, bringing Islam and theMuslim influence to stay for centuries. In the early days of the occupation, tolerance was shown for the customs of the conquered populations. Vines continued to be permitted, although heavy taxes were levied. However, with time, intolerance for Christians and their customs grew and led to a more 14
A few years later, in 1895, the first Adega Social of Portugal was set up in Viana do Alentejo, guided by Antonio Isidoro de Sousa, a pioneer of the cooperative movement in Portugal. Unfortunately these glorious times were to come to an abrupt end. The phylloxera epidemic was followed by one and then another world war, successive economic crises, and a campaign to replace vineyards with wheat and other grain fields (in an attempt to turn the region into Portugal’s ‘bread basket’). Once again Alentejo wines fell into decline. Vineyards were reduced to small plots surrounding the hillsides or on the outskirts of villages and towns. Wine was produced for home consumption only and commercial production diminished significantly. It was under the patronage of the Junta Nacional do Vinho — the national wine planning agency — towards the end of the 1940s that Alentejo viticulture took its first, faltering steps towards recovery. Bringing together several wine industry institutions and taking advantage of their synergies, the association instilled a spirit of cooperation and mutual assistance: a characteristic that remains one of the hallmarks of Alentejo wines today. With the establishment of PROVA (Projecto de Viticultura do Alentejo) in 1977, the technical requirements for implementing a quality control system were put in place. In 1983, ATEVA (Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo) was established to promote vine growing in different terroirs within the Alentejo. The first Alentejo DOCs (Protected Designation of Origin) were regulated in 1988. Finally, in 1989, the CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana) was set up to certify and regulate all Alentejo wines. EU financing came together with the entrepreneurial spirit of regional producers leading to the rapid implementation of modern winemaking techniques, with stainless steel vats and temperature control enabling the production of modern and attractive wines. It is only fair to praise as well the vital role played by the cooperative wineries across the regions who are responsible for the initial success in producing Alentejo wines of exceptional value for money that have won the hearts of the Portuguese people.
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Área do Vinho Regional Alentejano Area of the Regional Wine of Alentejo Portugal
Sub-Regiões dos vinhos DOC Alentejo Sub-Regions of the “Alentejo” PDO 1 - Portalegre 2 - Borba 3 - Redondo 4 - Évora 5 - Reguengos 6 - Granja - Amareleja 7 - Vidigueira 8 - Moura
Denominação de origem Alentejo
Denomination of the origin Alentejo
Há algo de profundamente retemperador e libertador na paisagem alentejana, no espaço sem fim, na imensidão das planícies ondulantes, no céu amplo e de um azul imaculado, no horizonte infinito... e nas gentes, no povo tranquilo e orgulhoso do Alentejo. A paisagem discorre suave por entre a vinha e os campos de cereais, pintada ora de um verde intenso no final do inverno, ora cor de palha no final da primavera, ora ocre no braseiro dos meses de verão. O semblante inconfundível dos sobreiros e azinheiras marca a linha do horizonte, traços de identidade da região que ocupa mais de um terço da área do território continental.
There is something fortifying and liberating about the Alentejo landscape, with its never-ending space, its immense undulating plains, huge skies of the deepest blue, its infinite horizon... and the people, calm and unruffled folk, immensely proud of their homeland. The scenery flows smoothly from vineyard to wheat field, a deep green at the end of winter, the colour of straw at the end of spring and burned ochre during the searing summer months. The unmistakable shapes of cork-oaks and holm oaks line the horizon, symbols of a region covering one third of continental Portugal. The characteristic flatness of the Alentejo, and consequent lack of physical barriers to block the condensation of humidity coming from the sea, removes any hint of Atlantic influence in the region. But the few hill ranges that do exist are responsible for the distinctive character of each of the sub-regions, providing singular conditions for vine growing throughout the Alentejo. Serra de São Mamede to the north, the highest hill range south of the River Tagus, is a clear example of this individuality, affording a reviving freshness that only altitude can provide.
A planura caraterística do Alentejo e a correspondente falta de barreiras orográficas impedem a condensação da humidade vinda do mar, subtraindo qualquer veleidade de expressão atlântica no Alentejo. Mas são precisamente os poucos acidentes orográficos da paisagem alentejana que condicionam e individualizam as diferentes sub-regiões, proporcionando condições singulares para a cultura da vinha em toda a região. A Serra de S. Mamede sita no norte do Alentejo, a cordilheira mais alta a sul do Tejo, constitui o exemplo flagrante desta individualidade, aportando a frescura retemperadora que só a altitude pode proporcionar. Também o Redondo, protegido pela barreira natural da Serra da Ossa, tal como a Vidigueira, abrigada pela Serra de Portel, beneficiam da cumplicidade da natureza para garantir vinhos singulares.
Redondo, protected by the hill range of Serra da Ossa, and Vidigueira, sheltered by Serra de Portel, both benefit from Nature to guarantee singular wines. What all Alentejo wines have in common is the offer of endless pleasure, whether red, rosé or white. Wines filled with aromatic exuberance, rounded and smooth wines with the unique capacity to be drunk young... secure in the knowledge that they will age with distinction.
Em comum, os vinhos alentejanos oferecem um prazer sem fim, brancos, rosados e tintos, com vinhos cheios e de forte exuberância aromática, vinhos redondos e suaves, com uma capacidade única para serem bebidos cedo... sabendo envelhecer com distinção. 17
Portalegre
Borba
Portalegre é uma sub-região muito diferenciada das restantes sete. É aquela que mais se diferencia pela originalidade e condição.
Borba é a segunda maior sub-região do Alentejo, espraiando-se ao longo do eixo que une Estremoz a Terrugem, estendendo-se por Orada, Vila Viçosa, Rio de Moinhos e Alandroal, terras pontuadas por solos únicos, depósitos colossais de mármore que marcam de forma indelével e decisiva a viticultura e o caráter dos vinhos da sub-região.
Em Portalegre tudo é distinto, desconforme com a realidade tradicional do Alentejo, dos solos às vinhas, da altitude à idade das cepas.
As manchas alargadas de xisto vermelho, distribuídas heterogeneamente por terras pobres e austeras, constituem a tipologia alternativa marcante de Borba, naquela que é uma das sub-regiões mais dinâmicas do Alentejo.
As vinhas, dispostas maioritariamente nos contrafortes da Serra de S. Mamede, em fragas cujos picos chegam a transpor os mil metros de altitude, beneficiam com o clima moderado pela altitude, muito mais fresco e húmido que o calor das planícies do sul, proporcionando vinhos frescos e elegantes... mas igualmente poderosos.
O microclima especial de Borba assegura índices de pluviosidade levemente superiores à média, bem como níveis de insolação ligeiramente inferiores à média alentejana, proporcionando vinhos especialmente frescos e elegantes.
Os solos predominantemente graníticos surgem intercalados, nas zonas mais baixas, com pequenas manchas de xisto. Nas vinhas da serra a propriedade encontra-se muito fragmentada, dividida em inúmeras courelas semeadas por vinhas muito velhas, com idades que chegam a atingir os setenta anos.
Borba is the second largest Alentejo sub-region, stretching along the axis from Estremoz to Terrugem, extending down through Orada, Vila Viçosa, Rio de Moinhos and Alandroal.
Curiosamente, as castas Cinsault e Grand Noir sempre fizeram parte do encepamento, mais uma das muitas excentricidades de Portalegre.
The terrain is punctuated by unique soils, huge deposits of marble that have made an indelible mark on vine growing and the character of the sub-region’s wines. Substantial patches of red schist spread throughout austere and poor soil form a markedly different typology in Borba, one of the Alentejo’s most dynamic sub-regions.
Of all eight Alentejano sub-regions, Portalegre differs the most in originality and character. Here, nothing conforms to what is traditionally Alentejo, from soils to vineyards, from altitude to age of the vines. Vineyards are mostly found in the foothills of the Serra da Mamede mountain range, whose rocky peaks may reach one thousand metres. Altitude means the climate is cooler and wetter than the baking plains of southern Alentejo, yielding fresh and elegant wines... yet equally powerful.
Borba’s special microclimate ensures above-average rainfall as well as slightly lower than average levels of sunshine for the Alentejo, producing wines that are particularly fresh and elegant.
The predominantly granite terrain is interspersed with small patches of schist in the lower areas. Vineyards tend to be fragmented in these hills, divided into countless small strips of very old vines, many of which may be in their seventies. Curiously, French grape varieties Cinsault and Grand Noir have always been planted here, one of the many eccentricities of Portalegre.
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Redondo
Évora
A Serra d´Ossa, um dos maiores acidentes orográficos do Alentejo, eleva-se a cerca de 600 metros de altitude, dominando e delimitando a sub-região do Redondo, resguardando as vinhas a Norte e Nascente, proporcionando invernos frios e secos compensados por verões quentes e ensolarados.
Num passado longínquo, durante o remate final do século XIX, Évora gozou de um prestígio inimaginável, tendo sido reconhecida como uma das sub-regiões mais vistosas e admiradas do Alentejo, berço de muitos dos vinhos mais cobiçados da região. A filoxera, primeiro, logo seguida pelo estigma da campanha cerealífera do Estado Novo encarregaram-se de suprimir quase por inteiro a vinha na sub-região, relegando Évora a um esquecimento forçado.
Os solos, apesar de heterogéneos, como é regra no Alentejo, privilegiam os afloramentos graníticos e xistosos dispostos em encostas suaves com predominância na exposição a Sul.
Foi preciso esperar até ao final da década de oitenta do século passado para assistir ao renascimento de Évora, capital e parte integrante do Alentejo central. A paisagem é dominada pelos solos pardos mediterrânicos, numa paisagem quente e seca que é berço de alguns dos vinhos mais prestigiados do Alentejo.
É uma das sub-regiões mais consistentes face à protecção que a Serra d’Ossa oferece. Serra D´Ossa is one of the biggest hill ranges in the Alentejo, reaching some 600 metres in height.
Way back at the tail end of the 19th century Evora was enjoying unimaginable fame, regarded as one of the most attractive and admired sub-regions in the Alentejo, birthplace of the region’s most coveted wines. However, firstly phylloxera and then the wheat-growing campaign of the Estado Novo almost put an end to vineyards in the sub-region, forcing Evora into oblivion.
The hills dominate and demarcate the sub-region of Redondo, sheltering the vineyards from northerly and easterly winds and furnishing cold, dry winters to offset the hot, sun-drenched summers. The land, despite being typically heterogeneous, is favoured with granite and schist on the gentle south-facing slopes.
There it languished until the end of the 1980s when Evora underwent a renaissance, as the province capital and integral part of central Alentejo. The hot, dry countryside is dominated by non-calcareous grey Mediterranean soil, which produces some of the Alentejo’s most prestigious wines.
The protection provided by the Serra D´Ossa makes Redondo one of the most consistent sub-regions.
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Reguengos
Granja-Amareleja
É a maior e uma das mais prestigiadas sub-regiões do Alentejo, assente em terrenos pobres e pedregosos, repleta de afloramentos rochosos que marcam de forma dramática a paisagem de Reguengos.
A Granja-Amareleja espraia-se pela zona da raia, paredes-meias com a fronteira espanhola, disposta em redor da vila de Mourão, condicionada por um dos climas mais áridos e inclementes de Portugal.
Os solos xistosos e o clima profundamente continental, com invernos muito frios e verões extremamente quentes, condicionam a viticultura, oferecendo vinhos encorpados e poderosos, com boa capacidade de envelhecimento.
Os solos paupérrimos são forrados a barro e xisto, oferecendo produções e rendimentos baixíssimos, traídos pela recorrente falta de água, pela quase ausência de matéria orgânica e pela superficialidade da cobertura vegetal.
Reguengos é reduto de algumas das vinhas mais velhas do Alentejo, reservas únicas de clones e variedades hoje quase perdidas.
É uma zona de extremos que dá corpo a vinhos pejados de personalidade. Os verões muito quentes e secos implicam maturações precoces, dando azo a vinhos quentes e suaves, de grau alcoólico elevado.
The largest and most prestigious Alentejo sub-region is formed of poor, stony terrain filled with rocky outcrops that make the Reguengos countryside so dramatic.
A casta Moreto, uma das variedades mais caraterísticas da sub-região, adaptou-se especialmente bem à região.
Schist soils and markedly continental climate of freezing winters and boiling summers govern vine growing, yielding full-bodied and powerful wines with good cellaring potential.
Granja-Amareleja lies in the surrounding area of Mourão, adjacent to the Spanish border, and is conditioned by one of the most dry and harsh climates in Portugal.
Despite its size, Reguengos landholdings tend to be fragmented with vineyards tending to be smaller than the traditional Alentejo average.
Extremely poor clay and schist soil permits only the lowest yields of grapes, where lack of water is dictated by absence of organic matter and sparse plant growth.
Reguengos is home to some of the oldest vineyards in the Alentejo, safeguarding clones and varieties that would otherwise be lost.
An area of such extremes gives life to wines packed with personality. The scorching, dry summers give rise to early maturation, which produce smooth, warm wines with high alcohol content. One of the most characteristic grape varieties of Granja-Amareleja is Moreto, which has adapted especially well to the region.
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Vidigueira
Moura
A falha da Vidigueira, um acidente natural que marca a divisão entre o Alto e o Baixo Alentejo, determina a razão de ser da Vidigueira, a sub-região mais a Sul do Alentejo.
O clima revela uma forte tendência continental, com amplitudes térmicas dilatadas, invernos frios e rigorosos e verões tórridos, secos e prolongados.
As escarpas de orientação Este-Oeste, com cerca de 50 quilómetros de comprimento, condicionam o clima da Vidigueira, convertendo-a, apesar da localização tão a Sul, numa das sub-regiões com o clima mais temperado do Alentejo.
Os solos são especialmente pobres, com o barro e o calcário a alternarem na paisagem, solos pouco profundos, duros e inclementes para a vinha mas com boa capacidade de retenção de água. A casta Castelão domina a paisagem por inteiro, bem adaptada aos rigores de um clima tão extremado.
Os solos pouco produtivos, predominantemente de origem granítica e xistosa, escondem uma das variedades mais misteriosas do Alentejo, a Tinta Grossa que alguns apontam como heterónimo para a casta Tinta Barroca.
Os vinhos de Moura apresentam um perfil quente e macio, com graduações alcoólicas consequentes.
Apesar dos extremos e da localização tão a Sul, durante anos a Vidigueira foi palco privilegiado para os vinhos brancos do Alentejo, fruto da proteção da escarpa da Vidigueira.
The climate here is strongly continental, with cold winters and long, dry scorching summers.
The Vidigueira fault, the natural landmark dividing upper (Alto) Alentejo and lower (Baixo), also determines the sub-region of the same name.
The soil is particularly poor, alternating between clay and limestone. Topsoil is shallow, baked hard and tough on vines, but it does retain well what little water there is.
The escarpment extends east to west for some 50 kilometres, influencing the climate of Vidigueira, which although being the most southern of Alentejo’s sub-region is one of the most temperate.
Castelão vines dominate the region as they are best suited to the rigours of such extreme weather conditions. Moura wines show a soft, warm profile with consonant alcohol levels.
The predominantly granite and schist based soils are not very fertile but they support one of the Alentejo’s most mysterious grape varieties - Tinta Grossa, which also goes by the name of Tinta Barroca. Despite being so hot and so far south, Vidigueira has always been famed for its production of white wines, due to the protection of the Vidigueira escarpment.
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Indicação geográfica Alentejana
Geographical indication “Alentejana”
O vasto e diferenciado território do Alentejo encontra-se dividido administrativamente em três distritos, Portalegre, Évora e Beja que, juntos, perfazem as fronteiras naturais do Vinho Regional Alentejano.
The vast and differentiated Alentejo province is divided into three administrative districts: Portalegre, Evora and Beja which together make up the natural boundaries of Vinho Regional Alentejano.
Apesar das diferenças regionais vincadas, apesar da multiplicidade de castas presentes nos encepamentos, apesar da evidente heterogeneidade de solos que carateriza o Alentejo, com afloramentos dispersos de barros, xisto, granito, calhau rolado, calcários e argilas, existem inúmeros traços comuns nos vinhos da grande planície alentejana.
Despite clear regional differences, despite the multiplicity of grape varieties in plantations, and despite the evident heterogeneity of soils that characterize the Alentejo, with disperse outcrops of clay, schist, granite, gravel and limestone, there are many common traits in wines from the great Alentejo plains. Seductive and plentiful fruit, smoothness, full body, and above all enormous consistency harvests after harvest, courtesy of forces of nature suited to the production of wine.
A fruta farta e sedutora, a suavidade, o corpo cheio e entroncado, e, sobretudo, a enorme consistência que se mantém colheita após colheita, gentileza de uma natureza tão pródiga para a cultura do vinho.
Regional Alentejano Wine permits more liberal regulations and greater autonomy in choice of grape varieties, allowing the presence of non-Portuguese varieties in partnership with traditional Alentejo ones, permitted varieties and recommended varieties.
Vinho Regional Alentejano que, por conceder regras mais liberais e maior autonomia na escolha das castas, com a presença de algumas variedades forâneas em consórcio com as variedades tradicionais do Alentejo, castas permitidas e castas recomendadas, acolheu, para além dos produtores cujas vinhas se situam fora das oito subregiões com direito a denominação de origem, um conjunto elevado de produtores clássicos.
It embraces smaller producers whose vineyards may lie outside the eight denominated sub-regions as well as the well-known bigger producing companies.
Condições que justificam o dinamismo invejável, a consistência e a qualidade ímpar a que os vinhos regionais alentejanos nos habituaram. 23
Castas
Grapes
A videira é um arbusto, uma planta trepadeira, com um ciclo de vida relativamente longo. Cada variedade natural, cada casta, apresenta folhagem própria, com cachos distintos no tamanho e na forma, oferecendo sabores diferenciados que dão origem a mostos diferentes e, necessariamente, a vinhos com perfis, sabores e aromas distintos.
The grapevine is a shrub, a climbing plant with a relatively long life cycle. Each grape variety shows distinctive foliage with distinctive bunches of grapes in size and shape, and different flavours that generate different musts, which in turn produce wines with distinct profile, aromas and flavours. Although the wines rarely smell or taste exclusively of grapes, the variety of grapes used in a single or blended wine have a primordial influence on the style and character of each one. There are over 4,000 identified and catalogued grape varieties in the world and Portugal ranks number two for the country with the highest number of indigenous varieties, varieties that are exclusive to it and not found in any other part of the world.
Embora os vinhos raramente cheirem ou saibam exclusivamente a uvas, as variedades de uvas de que cada vinho é feito, em extreme ou em lote, constituem a influência primordial no estilo e caráter de cada vinho. Existem mais de 4.000 variedades de uvas identificadas e catalogadas, apresentando-se Portugal como o segundo país do mundo com maior número de castas indígenas, variedades únicas e exclusivas do território nacional, inexistentes em qualquer outra parte do mundo.
In addition to the Alentejo’s many native grape varieties that confer strong regional character, a number of renowned non-indigenous varieties have been introduced relatively recently and have adapted well to its soils and climate, varieties that are bringing added value to an already famed winegrowing region.
No Alentejo, para além das muitas castas autóctones que imprimem um forte caráter regional, variedades perfeitamente adaptadas à geografia e às condicionantes da paisagem alentejana, primam outras variedades forâneas, de introdução relativamente recente, castas de valor reconhecido que reforçam a liderança vitivinícola do Alentejo. 25
Antão Vaz As origens da casta Antão Vaz continuam envoltas em mistério. Ainda hoje, para além da mais que confirmada ascendência alentejana, pouco se sabe sobre a sua filiação e procedência. Por ser uma casta regional, por ter viajado tão pouco, não se lhe conhece qualquer sinonímia oficial.
The origins of the Antão Vaz grape varieties are extremely vague; little is known of its provenance other than it originates from the Alentejo. As it has not travelled much out of the region, Antão Vaz has no other synonyms. The variety has attained star status in Vidigueira and Évora, sub-regions that generate Antão Vaz wines of great complexity.
É na Vidigueira, e também em Évora, que a casta Antão Vaz se expressa com maior eloquência, ganhando uma reputação de complexidade e sapiência que a empolou para o estrelato regional.
The variety is loved by vine growers and winemakers alike, ex libris of the Alentejo and heart and soul of its finest white wines.
É uma variedade consensual e bem amada, querida por viticultores e enólogos, o ex-libris das castas brancas alentejanas, orgulho e alma dos melhores vinhos brancos do Alentejo. Por ser uma casta procedente de clima quente, a Antão Vaz encontra-se particularmente bem adaptada ao clima soalheiro da grande planície, auferindo de elevados padrões de resistência à seca e às maleitas.
Being a hot-climate grape variety, Antão Vaz is particularly well-suited to the Alentejo’s sun-drenched plains and highly resistant to drought and disease. It has consistently reliable yields which ripen evenly. As a rule it produces perfumed, well-structured, firm and full-bodied wines, although in adverse conditions they may lack refreshing and reinvigorating acidity. For that reason it is often blended with Roupeiro and Arinto wines to ensure a natural, sharper acidity.
É uma variedade produtiva, consistente e fiável, amadurecendo de forma homogénea. Por regra dá corpo a vinhos perfumados, estruturados, firmes e encorpados, embora em condições adversas se lhe reconheça a falta de acidez refrescante e revigorante.
If harvested early Antão Vaz will originate vibrant, acidic wine with exotic aromas, firm on the palate. If the grapes are picked late the results will have higher alcohol content and more perfumed aromas, ideally suited for ageing in new-oak barrels.
Por isso é tantas vezes lotada com as castas Roupeiro e Arinto, garantes de uma acidez natural mais aguçada. Se vindimada cedo dá origem a vinhos vibrantes na acidez, exóticos no aroma e firmes na boca. Quando vindimada mais serodiamente, pode atingir grau alcoólico elevado, aliado a aromas perfumados, o que a transforma numa candidata exemplar para o estágio em barricas de madeira nova.
When bottled as a varietal wine, Antão Vaz shows aromas of ripe tropical fruit, tangerine peel with discreet mineral notes.
Quando engarrafada em extreme, a Antão Vaz exibe aromas arrebatados de fruta tropical madura, casca de tangerina e discretas sugestões minerais.
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Arinto Arinto is such a versatile variety that it has spread through most of Portugal, taking on quite disparate names depending on the region. These include Pedernã, Pé de Perdiz Branco (White Partridge Foot), Chapeludo, Cerceal, Azal Espanhol, Azal Galego and Branco Espanhol (Spanish White)!
Pela sua versatilidade a casta Arinto propagou-se por grande parte do território nacional, assumindo diferentes sinonímias ao longo do país, com nomes tão díspares como Pedernã, Pé de Perdiz Branco, Chapeludo, Cerceal, Azal Espanhol, Azal Galego e Branco Espanhol! Oferece vinhos tensos e vibrantes, de elevada acidez natural e perfil marcadamente mineral, vinhos frescos e com bom potencial de guarda.
It produces fresh, tense and vibrant wines with high natural acidity and marked mineral profile with good ageing potential. Unyielding acidity is Arinto’s calling card, and it is precisely for that reason that it is described as being the Alentejo’s best blending variety.
A acidez inflexível é seu cartão de visita, granjeando o epíteto de casta melhorante no Alentejo.
While Arinto is most famed in the Bucelas denominated wine region, where it is traditionally bottled as a varietal wine, in the Alentejo its grapes are used more in blends to provide that all-important acidity. It has a discreet aroma with no pretensions of exuberance or intensity, showing notes of green apple, lemon and lime accompanied by a vegetal character and mineral pungency. In specific cases it may take on a tropical character, evoking the exoticism of passion fruit.
Se é em Bucelas que a casta Arinto atinge o seu apogeu, engarrafada tradicionalmente como vinho extreme, é no Alentejo que a sua assistência se revela mais determinada pelo aporte de uma acidez tão necessária. Aromaticamente discreta, sem qualquer tipo de pretensões de exuberância ou intensidade, privilegia os apontamentos de maçã verde, lima e limão, acompanhados por um caráter vegetal e uma mineralidade pungente. Sob circunstâncias muito particulares, pode adquirir caráter tropical, recordando o exotismo do maracujá.
Lengthy macerations and fermentations at low temperature put back any lustre that may have been lost. Oak fermentation also suits Arinto, although ageing potential in bottle is lost in this process.
As macerações e fermentações prolongadas a baixa temperatura, restituíram-lhe o brilho de que estava arredada. A fermentação em madeira assenta-lhe bem, perdendo no entanto potencial de guarda em garrafa com a operação.
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Fernão Pires Por ora a casta Fernão Pires continua a ser a variedade branca mais plantada em Portugal. Ocupa uma mancha regular e uniforme ao longo de todo o país, ganhando progressivamente espaço e dimensão no Alentejo.
Fernão Pires is currently the most widely planted white grape variety in Portugal. It is grown in equal proportion throughout the country’s winegrowing regions and has been gradually gaining more ground in the Alentejo.
É uma casta simultaneamente amada e malquerida, sem reunir consenso entre enólogos e viticultores, dividida entre os seus partidários que lhe enaltecem a tipicidade e vitalidade aromáticas, e os seus detratores que lhe apontam uma ingenuidade demasiada e simplicidade no palato. Porém, por ser generosa na produção, por ser versátil, precoce na maturação, bondosa no açúcar e pródiga na concentração de compostos aromáticos primários, a Fernão Pires continua a florescer.
It is a variety that divides opinion among winemakers and vine growers, praised by its supporters for the typicity and vitality of its aromas, and criticized by detractors for being too simplistic on the palate. Nonetheless, given its high yields, early maturation, generous sugar levels and profuse concentration of aromas, Fernão Pires is a variety guaranteed to flourish. Its great versatility means it can be bottled as a varietal wine or in a blend, also produced as a sparkling or as a late harvest wine.
A versatilidade extrema permite que seja engarrafada em versão extreme ou lote, que seja espumantizada ou aplicada a vinhos de colheita tardia.
As a rule Fernão Pires wines are exuberantly aromatic and charmingly eloquent in their perfume. On the downside, this grape variety has a propensity to oxidize and have low acidity, giving rise to quite flat, heavy wines. Fernão Pires should be drunk young.
Os vinhos da casta Fernão Pires apresentam-se por regra perfumados, exuberantes nos aromas, eloquentes no encanto perfumado.
The notes most usually associated with this variety are of lime, lemon, lemongrass, lime-tree flowers, marjoram, rose, tangerine and orange blossom.
Os vinhos de Fernão Pires devem ser consumidos tendencialmente enquanto jovens. Os descritores associados alternam entre a lima, limão, erva limão, tília, manjerico, rosa, tangerina e laranjeira.
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Roupeiro É uma casta de extremos, de relações apaixonadas e de alguns ódios de estimação.
This is a grape variety of extremes that is loved by some and hated by others.
Sabe-se pouco sobre as suas origens, embora a enorme variabilidade genética que apresenta sugira ser uma casta antiga em terras lusas. Evidencia uma distribuição geográfica peculiar no território, alongando-se numa faixa estreita de Norte a Sul, sempre no interior, junto à raia espanhola. As sinonímias abundam, de acordo com a localização, incluindo nomes tão diversos como Síria, Alvadourão, Crato Branco, Malvasia Grossa, Códega, Alva e Dona Branca.
Little is known of its origins, although the vast genetic variability it shows would suggest it has been grown in Portugal for a very long time. Its geographic distribution is quite singular, extending down a long, narrow strip from north of the country to the south, hugging the Spanish border. It has a diversity of names depending on the region, ranging from Síria, Alvadourão, Crato Branco, Malvasia Grossa, Códega and Alva to Dona Branca. But its Alentejo name is the most well-known, the region where Roupeiro is still the most widely-planted white grape variety.
Mas é sob o cognome tradicional alentejano, Roupeiro, que a casta é melhor reconhecida, continuando a constar como a casta branca mais plantada no Alentejo.
In the 1980s Roupeiro was considered to be the Alentejo’s most representative white grape, showing the most promise and relevance for the region.
Nos anos oitenta foi considerada como a casta branca mais representativa do Alentejo, a mais promissora e relevante para a região, recomendada para quase todas as sub-regiões.
It is a recommended variety in almost all the sub-regions for its high yields and exuberant primary aromas. It shows perfumed and seductive citrus notes of orange and lemon with hints of peach, melon, laurel and forest flowers. The trait which brings its detractors is that it loses the initial aromatic exuberance very quickly, becoming neutral and predictable after some months in bottle.
Por produzir muito, mas, também, pelos aromas primários entusiasmantes, pelas notas perfumadas e sedutoras de frutos citrinos, oferecendo, por regra, muita laranja e limão, sugestões de pêssego, melão, loureiro e flores silvestres. Infelizmente, e por isso alguns a contestam, perde demasiado depressa a exuberância aromática inicial, volvendo-se neutra e previsível após alguns meses em garrafa.
The outcome is that Roupeiro wine has limited cellaring, making it better suited for high-turnover wines with short shelf-life.
Também lhe apontam a penúria de capacidade de guarda, o que a converte numa variedade especialmente habilitada para vinhos de rotação rápida e ciclo curto.
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Gouveio Apesar de nortenha, a casta Gouveio encontra-se disseminada por todo o território continental. Durante anos foi confundida com a casta Verdelho, de aparência próxima, sinonímia que perdurou durante décadas. Desde o início deste século a casta foi forçada a adotar o nome Gouveio para evitar a confusão com o verdadeiro Verdelho, o Verdelho da Madeira.
Apesar de nortenha, a casta Gouveio encontra-se disseminada por todo o território continental. Durante anos foi confundida com a casta Verdelho, de aparência próxima, sinonímia que perdurou durante décadas. Desde o início deste século a casta foi forçada a adoptar o nome Gouveio para evitar a confusão com o verdadeiro Verdelho, o Verdelho da Madeira.
Para além do nome Gouveio a casta adota ainda os nomes Gouveio Estimado, Gouveio Real, Gouveio Roxo (rosada) e Gouveio Preto (tinta). A presença de mutações rosadas e tintas indica uma forte instabilidade e variedade genética. É uma casta produtiva, relativamente temporã, mediana nos rendimentos, sensível ao oídio e às chuvas tardias. Por ser uma casta naturalmente rica em ácidos, proporcionando vinhos frescos e vivos, a sua propagação ao Alentejo tem sido frutuosa e célere. Por regra dá origem a vinhos de graduação alcoólica e acidez firme, cremosos e encorpados, de aromas frescos e citrinos com notas de maçã, pêssego e anis. Habitualmente elegante e glicéricos, os vinhos apresentam um elevado potencial de envelhecimento.
Para além do nome Gouveio a casta adopta ainda os nomes Gouveio Estimado, Gouveio Real, Gouveio Roxo (rosada) e Gouveio Preto (tinta). A presença de mutações rosadas e tintas indica uma forte instabilidade e variedade genética. É uma casta produtiva, relativamente temporã, mediana nos rendimentos, sensível ao oídio e às chuvas tardias. Por ser uma casta naturalmente rica em ácidos, proporcionando vinhos frescos e vivos, a sua propagação ao Alentejo tem sido frutuosa e célere. Por regra dá origem a vinhos de graduação alcoólica e acidez firme, cremosos e encorpados, de aromas frescos e citrinos com notas de maçã, pêssego e anis. Habitualmente elegante e glicéricos, os vinhos apresentam um elevado potencial de envelhecimento.
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Alicante Bouschet Despite not being an indigenous Portuguese grape variety, Alicante Bouschet is so deep-rooted in Alentejo collective patrimony that it is often assumed to be Portuguese. In fact it is a displaced variety, the result of conjoining the French varieties Petit Bouschet and Grenache.
Apesar de não ser formalmente uma casta portuguesa, a Alicante Bouschet está tão enraizada no património coletivo do Alentejo que hoje a assumimos como tal. Na verdade é uma variedade apátrida, nascida do casamento forçado entre as castas Petit Bouschet e Grenache.
It is one of the world’s very few colouring grapes, able to provide concentrated, deeply coloured wines, a feature that has earned it the nickname “Writing Ink”.
É uma variedade tintureira, das poucas raras existentes no mundo, capaz de proporcionar vinhos intensos e carregados de cor, caraterística que deu origem a uma das sinonímias não oficiais pela qual é conhecida - “Tinta de Escrever”. Em Portugal o seu poiso natural sempre foi o Alentejo.
Alicante Bouschet’s natural habitat has always been the Alentejo. Introduced here over one hundred years ago by the Reynolds family, it was first planted on the Quinta do Carmo estate.
Entre os seus múltiplos atributos, surgem qualificativos como estrutura, firmeza, taninos... e cor, muita, muita cor! Só raramente é engarrafada sozinha, reforçando a ideia de casta rústica e estruturante, que pode dar origem a vinhos voluntariosos e extraordinários.
Its many wine attributes include structure, firmness, tannins ... and colour, lots and lots of colour! Alicante Bouschet is seldom bottled as a varietal wine, reinforcing its image as a rustic, structuring grape that could produce pungent and extraordinary wines.
Faz maravilhas num lote, acrescentando cor, vigor e volume, como tantos vinhos do Alentejo podem bem comprovar.
It does wonders to a blend, adding colour, vigour and volume, as so many Alentejo wines will attest to.
Dos seus descritivos aromáticos constam os frutos silvestres, cacau, azeitona e notas vegetais. É, seguramente, a casta estrangeira mais portuguesa de Portugal.
The aromas it evokes are of forest berries, cocoa, olives and vegetal notes. Alicante Bouschet is assuredly our most Portuguese nonPortuguese grape variety.
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Aragonez É a casta ibérica por excelência, uma das poucas a ser plantada e valorizada nos dois lados da fronteira.
This is an Iberian grape variety par excellence, one of the few to be grown and esteemed in both of the Peninsula’s countries.
A ascendência espanhola é inequívoca, com mais que uma região autonómica do país vizinho a reivindicar a sua paternidade. Na Rioja, o berço mais provável da variedade, é conhecida pelo nome Tempranillo, intitulando-se Cencibel em La Mancha, Ull de Llebre na Catalunha, Tinta de Toro em Toro, Tinta del Pais e Tinto Fino em Ribera del Duero e Tinta de Madrid nas vinhas da capital espanhola. Em Portugal, para além do nome Aragonez, é igualmente conhecida pelas designações Tinta Roriz no Dão e Douro, e Abundante na Região de Lisboa.
Its Spanish descent is unequivocal, with more than one of the nation’s provinces laying claim to paternity. It is called Tempranillo in Rioja - the region most likely to be its birthplace, but Cencibel in La Mancha, Ull de Llebre in Catalonia, Tinta de Toro in Toro, Tinta del Pais and Tinto Fino in Ribera del Duero and Tinta de Madrid in vineyards around the Spanish capital.
Poucas variedades serão tão eloquentes e diretas na designação como a casta Aragonez.
Few grape varieties can have so eloquent and straightforward a designation as Aragonez.
Na Rioja, alcunharam-na como Tempranillo por ser uma casta temporã (temprana), que amadurece cedo, ainda antes das chuvas outonais de Setembro, escapando às primeiras chuvas do equinócio. Na Estremadura deram-lhe o nome de Abundante por ser uma variedade muito produtiva, vigorosa e proveitosa.
In Rioja, it earned the nickname Tempranillo from the Spanish temprana,meaning to ripen early, which of course it does, well before the autumn showers of September and avoiding the first rainfalls of the equinox.
In Portugal, Aragonez goes by other equally well-known names: Tinta Roriz in Dão and Douro and Abundante in Lisbon.
In Lisbon, it takes the name Abundante because of its high yields and vigorous growth. Aragonez has a short growth cycle, leafing late which protects it from spring frosts.
É uma casta de ciclo curto, de abrolhamento tardio, o que a protege das geadas primaveris. Capaz do melhor e do pior, transcende-se nos anos mais exigentes, quando oferece rendimentos mais baixos, em climas quentes e secos e em solos arenosos ou argilo-calcáreos. Nessas condições sanciona vinhos que combinam de forma feliz elegância e vigor, fruta forte e especiarias, num registo alegre mas profundo.
A reliable producer not only in good years, but also in the worst when its yields will be lower, such as in hot and dry climates and in sandy or limestone soils. Such conditions produce lively yet deep wines with a happy combination of elegance and strength, almond fruit and spice.
Por revelar tendência para apresentar níveis de acidez baixa, agradece a companhia de outras castas alentejanas, sendo regularmente lotada com as variedades Trincadeira e Alicante Bouschet.
As Aragonez has a tendency to low acidity, it appreciates the company of other Alentejano varieties, being regularly blended with Trincadeira and Alicante Bouschet.
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Trincadeira Trincadeira goes under several guises throughout the country, such as Trincadeira Preta, Tinta Amarela, Espadeiro, Crato Preto, Preto Martinho, Mortágua and Rabo de Ovelha Tinto. It is a temperamental variety, with great virtues and bad faults, particularly suited to hotter regions. It has vigorous growth, requiring vigilance and constant curbing to control yields.
A Trincadeira é reconhecida sob diversas sinonímias ao longo do território continental, adotando os nomes de Trincadeira Preta, Tinta Amarela, Espadeiro, Crato Preto, Preto Martinho, Mortágua e Rabo de Ovelha Tinto. É uma variedade temperamental, uma casta de amores e ódios extremados, particularmente bem adaptada às regiões mais quentes do país. Especialmente vigorosa, necessita de vigília e refreio permanentes, de cuidados extremos no controle da produção.
These are generally high, although irregular and unpredictable. The bunches of grapes are very compact and highly susceptible to rot, affirming Trincadeira’s preference for poor soil and hot, dry weather. It responds almost uncontrollably to the least amount of humidity during maturation, causing sanitary problems that are hard to resolve.
Os rendimentos são tendencialmente elevados, apesar de irregulares e imprevisíveis. Por ter um cacho muito compacto é especialmente suscetível à podridão, afirmando-se em pleno nos solos mais pobres e nos climas secos e quentes.
Consequently Trincadeira is one of the varieties best suited to the dry, dog days of the Alentejo. It gives body to aromatic, fruity wines with a floral tendency leaning towards vegetal when there has not been enough maturation. One of its distinctive features is high natural acidity, a desirable and necessary feature for the hot Alentejo lands.
A Trincadeira é uma das variedades melhor adaptadas à secura e canícula do Alentejo. Dá corpo a vinhos aromáticos e frutados, tendencialmente florais, por vezes com apontamentos vegetais quando a maturação é deficiente.
Trincadeira has a traditional association with Aragonês, forming one of the most complementary partnerships in Alentejo blended wines. It may be a difficult and temperamental grape variety, but is indispensable in the Alentejo nonetheless.
Entre as suas distintivas e conveniências conta-se a elevada acidez natural, caraterística desejada e necessária nas terras quentes do Alentejo. Por tradição, a Trincadeira surge regularmente associada à casta Aragonês, um dos seus parceiros de eleição, formando um dos lotes mais complementares e felizes do Alentejo. Apesar de difícil e temperamental, é uma casta indispensável no Alentejo.
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Alfrocheiro The lack of genetic variability in Alfrocheiro suggests that the variety is of recent origin - or at least recent to Portugal.
A diminuta variabilidade genética da casta Alfrocheiro sugere que a variedade será de génese recente, ou alternativamente, de introdução recente em Portugal. Não se lhe conhece parentesco estrangeiro ou origens nacionais, apesar de em tempos ter sido conhecida pela designação “Tinta Francesa de Viseu”. Encontrou o seu território natural no Dão, embora se assista a uma crescente popularidade da casta a sul, numa migração imparável para paragens alentejanas.
It is not known if the variety is indigenous to this country or if it originated abroad; all that can be said of its history is that it used to bear the name Tinta Francesa de Viseu (“French Red from Viseu”). Its heartland is the Dão region, although Alfrocheiro is enjoying increasing popularity in the south, including the Alentejo region.
É uma casta fértil e fecunda.
Alfrocheiro vines are fertile and fecund; producing wines rich in colour with remarkable balance of alcohol, tannins and acidity. It is because of the variety’s great capacity to retain naturally high acidity, coupled with richness in sugar, which has made it so attractive for the south. The grape’s strong concentration of colour pigmentation has given rise to the nickname “Alfrocheiro Preto” (Black Alfrocheiro). Sadly, this variety is also disease prone, particularly to oidium, botrytis rot and escoriosis, which would account for its limited popularity in its native Dão.
Produz vinhos ricos em cor, com um equilíbrio notável entre álcool, taninos e acidez. E é essa incrível capacidade para reter uma acidez natural elevada, aliada à riqueza em açúcares, que a torna tão atraente nas terras do Sul. A forte concentração de matéria corante deu azo a que a casta seja amiúde qualificada como Alfrocheiro Preto. Infelizmente é também uma variedade atreita a doenças, sobretudo oídio, podridão cinzenta e escariose, o que poderá ajudar a explicar a baixa popularidade no seu Dão natal.
Aromatic highlights are of berry fruits, especially blackberry and ripe wild strawberry. Alfrocheiro brings body to wines with firm yet delicate, structuring tannins. While it may not be able to shine alone, Alfrocheiro is a fundamental and decisive variety in blended wines.
Aromaticamente sobressaem os aromas de bagas silvestres, com destaque particular para a amora e o morango selvagem maduro. Dá corpo a vinhos de taninos firmes mas delicados, finos e estruturantes. Nem sempre tem capacidade para brilhar a solo, mas é um apoio fundamental e decisivo nos vinhos de lote.
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Castelão Durante décadas foi conhecida como Periquita, tendo posteriormente sido condenada a alterar o nome para Castelão, sendo igualmente conhecida pelos nomes João Santarém, Trincadeira (ou Trincadeiro) e Tinta Merousa no Douro. Apesar das semelhanças fonéticas, a casta Castelão não apresenta qualquer relação de parentesco com a variedade Castelão Nacional, também identificada como Camarate.
For many decades the variety was known as Periquita, but recent legislation has forced the name change to Castelão. However, the variety is equally well-known as João Santarém, Trincadeira (or Trincadeiro) and Tinta Merousa in the Douro. Despite having a similar name, this grape bears no relation whatsoever to Castelão Nacional, which is also known as Camarate.
Durante décadas foi a casta tinta mais plantada em Portugal e no Alentejo, recomendada e com presença maioritária na quase totalidade dos encepamentos das oito sub-regiões alentejanas.
For many years it was the most widely planted red grape variety in Portugal, recommended and occupying by far the most vineyardspace in all eight Alentejo sub-regions.
Hoje encontra-se em franca regressão, ignorada nas novas plantações e arrancada ou reenxertada nas poucas vinhas velhas onde subsiste.
Nowadays Castelão is in real decline, absent in new plantations and grubbed up or regrafted in the few old vineyards where it maintains a toehold.
Em vinhas maduras e de baixa produtividade, devidamente controladas, o Castelão pode dar consistência a vinhos estruturados, frutados, com ênfase na groselha, ameixa em calda, frutos silvestres e notas de caça.
However, in Palmela, a demarcated area in the neighbouring region of the Setubal Peninsula, Castelão really comes into its own, thriving in the hot, sandy-soiled, old vineyards of Poceirão. In carefully controlled, mature vineyards where yields are kept low, Castelão can give consistency to well-polished, fruity wines with emphasis on redcurrant, plums in syrup, berry fruits and gamey notes.
A acidez costuma ser assertiva, com taninos proeminentes, proporcionando um caráter rústico e por vezes agressivo, de que o Castelão raramente consegue descolar.
Acidic, with strong tannins affording a rustic, even harsh character that Castelão cannot easily get away from. Good wines promise great aging capacity. Unfortunately, when its strength is not duly controlled, Castelão wines are aggressive, thin, lacking in colour and acidic.
Os bons vinhos prometem boa capacidade de envelhecimento. Infelizmente, sempre que o vigor não é devidamente controlado, os vinhos resultam agressivos, magros, descolorados e acídulos.
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Syrah De entre as castas estrangeiras presentes em solo nacional, a Syrah é a variedade que melhor se adaptou ao clima rigoroso do Alentejo, ajustando-se facilmente aos calores de verão, às infindáveis horas de insolação e à severidade das temperaturas estivais.
Of all the non-Portuguese varieties to be grown here, Syrah has best adapted to the rigours of the Alentejo climate, adjusting easily to the searing summer heat with its interminable hours of sunshine and extreme temperatures.
Nos solos quentes e pobres do Alentejo, a casta Syrah presta-se regularmente a uma aproximação típica do novo mundo, consagrando frequentemente vinhos enormes na dimensão e entrega, com muita fruta, alguma pimenta, corpo avantajado e robusto, por vezes poderosos e alcoólicos, usualmente especiados.
Grown in warm, poor Alentejo soil, Syrah wines come close to those from the New World.
Vinhos temporões na maturação, abordáveis desde muito cedo, vinhos macios e convidativos, com elevado potencial de guarda.
Wines from early-ripening grapes are accessible when young, smooth and inviting with good cellaring potential.
Raramente é vista na versão extreme, embora exista, participando minoritariamente nos lotes de muitos dos vinhos mais emblemáticos do Alentejo.
Varietal Syrah wines are made but they are few in number, usually being used in small amounts in many of the Alentejo’s most emblematic wines.
Big robust and full-bodied wines with lots of fruit, some pepper, usually spicy, sometimes powerful and alcoholic.
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Touriga Nacional Se algum dia se elegesse uma casta nacional para representar os vinhos portugueses, a Touriga Nacional seria, inevitavelmente, a variedade eleita como insígnia de Portugal.
If ever an indigenous grape variety had to be chosen to represent Portuguese wines, Touriga Nacional would be the one flying the flag. It flourished for generations in the Dão and Douro regions until the arrival of the dreaded Phylloxera invasion. It then fell from the pinnacle of fame to virtual outcast, no longer planted because of its low yields and frequent millerandage. However, more recent attempts at a comeback have been a total success, and clonal selection has elevated Touriga Nacional once again to centre stage in Portuguese viticulture.
Durante gerações floresceu nas regiões do Dão e Douro, até chegar a invasão da filoxera. Num ápice converteu-se de casta principal em casta desterrada por produzir pouco e desavinhar com frequência. Os ensaios recentes de recuperação e seleção dos melhores clones da Touriga Nacional elevaram-na de novo ao estatuto de vedeta incontestável da viticultura nacional.
Nowadays Touriga Nacional is heralded throughout Portugal and abroad, earning a place in vineyards in Spain, Australia, South Africa and California.
Hoje é a variedade nacional que mais viaja, a mais desejada e elogiada das castas nacionais, dentro e fora de fronteiras, conquistando espaço em todo o território nacional, bem como em Espanha, Austrália, África do Sul e Califórnia.
Dão and Douro have reclaimed paternity of Touriga Nacional, where it is also known as Preto Mortágua, Mortágua, Tourigo Antigo and Tourigo.
Dão e Douro reclamam para si a paternidade da casta Touriga Nacional, que ainda assume as sinonímias Preto Mortágua, Mortágua, Tourigo Antigo e Tourigo.
The grape’s thick skin helps to obtain deep, dense colour - one of the variety’s distinctive traits - but it is the abundance and depth of aromas that best identify its value. These may be floral, or fruity, or citrus but they are always intense and explosive, with an urbane, noble air.
A película grossa ajuda a obter cores densas e profundas, um dos marcos distintivos da variedade, mas é a abastança e profundidade dos aromas primários que melhor identifica e valoriza a casta. Por vezes floral, por vezes frutada, por vezes citrina, mas sempre intensa e explosiva, com ares de nobreza e urbanidade.
However, Touriga Nacional’s attributes are also its main faults, as its exuberance can be excessive in extreme conditions. It works better in a blend than by itself, bearing an unmistakable aromatic magnificence.
Os seus atributos são também os seus principais defeitos, pois a exuberância pode, em condições extremas, chegar a revelar-se excessiva. Funciona melhor em lote que sozinha, aportando uma magnificência aromática inconfundível.
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ADEGAS WINERIES
Lista de Adegas List of Wineries 12345678910 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 -
Cartuxa Cortes de Cima Monte da Ravasqueira João Portugal Ramos Casa Agrícola Alexandre Relvas Adega de Borba Adega Mayor Herdade das Aldeias de Juromenha Roquevale Monte Novo e Figueirinha Adega José de Sousa Herdade das Servas Marcolino Sêbo Malhadinha Nova Ervideira Ribafreixo Herdade dos Grous Monte dos Perdigões Herdade Grande CARMIM Herdade Paço do Conde Herdade das Cortiçadas Adega Cooperativa de Portalegre Paulo Laureano Herdade da Fonte Coberta Casa da Urra Mingorra Monte da Capela Nunes Barata Torre de Palma Fita Preta Herdade do Peso Quinta do Carmo Plansel Tiago Cabaço Dona Maria
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Com sede na cidade de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida, instituição privada de utilidade pública, foi fundada em 1963 por Vasco Maria Eugénio de Almeida, homem de formação marcadamente cristã e profundamente humanista.
The Eugénio de Almeida Foundation, a private institution operating in the public interest based in the city of Évora, was founded in 1963 by Vasco Maria Eugénio de Almeida, a devout Christian and great humanist.
Tendo como missão promover o desenvolvimento da região nos domínios cultural, educativo, social e espiritual, privilegia na sua intervenção a relação com a comunidade, com a qual estabelece laços de identidade e afetividade.
Its mission is to promote educational, social, cultural and spiritual development in the region, focusing on building links with the community, with which it has developed a caring relationship, while seeking to strengthen the local identity.
É hoje uma instituição de referência.
The foundation is now regarded as pillar of society.
De entre o seu património, doado pelo Instituidor para ser o alicerce económico do desenvolvimento da missão, destaca-se um conjunto de propriedades rústicas no concelho de Évora, nas quais a Fundação desenvolve um projeto agropecuário e industrial. Prosseguindo a exploração do vinho, que desde tempos imemoriais se faz na região, a Fundação é também herdeira de uma longa história no setor vitivinícola, pois desde o final do século XIX que a cultura da vinha faz parte da tradição produtiva da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.
Among the assets donated by the founder, which provide the financial means for the organisation to pursue its mission, a number of estates in the municipality of Évora constitute the base for farm and industrial enterprises. Wine has been made in the region since time immemorial, and the foundation has a long history of wine production, with the Casa Agrícola Eugénio de Almeida in operation since the late nineteenth century. The vineyards are located at a number of estates: Pinheiros, Casito, Álamo da Horta and Quinta de Valbom. The use of selected Alentejo grape varieties, recognised and recommended by the authority controlling designation of origin for the Alentejo (Évora sub-region), has been instrumental in the creation of Eugénio de Almeida Foundation wines: for white wines the predominant varieties are Roupeiro, Antão Vaz and Arinto; for reds, Aragonez, Trincadeira and Tinta Caiada.
A área de vinha da Fundação Eugénio de Almeida é composta pelas vinhas das herdades de Pinheiros, Casito, Álamo da Horta e da Quinta de Valbom. A escolha das castas alentejanas, consagradas e recomendadas para a Denominação de Origem Controlada Alentejo, (sub-região de Évora), tem sido fundamental na criação dos vinhos da Fundação Eugénio de Almeida. Assim, nos vinhos brancos utilizam-se de forma predominante as castas alentejanas Roupeiro, Antão Vaz e Arinto. Os vinhos tintos são obtidos a partir das castas Aragonez, Trincadeira e Tinta Caiada.
The Adega Cartuxa winery facility at Quinta de Valbom, an ex-Jesuit old people’s home where by 1776 a wine-press was in operation, is now the maturing the centre for the foundation wines, and the base for the Enoturismo Cartuxa wine tourism venture. The main Cartuxa winery facility, located at the Herdade de Pinheiros, receives the grapes from all the FEA vineyards and boasts three main technological advantages over other wineries: a grape refrigeration facility; a testing facility for the entire grape harvest as it enters the winery; the movement and transfer of large quantities of grapes solely by means of gravity. About three million units a year roll off the winery’s fully-automated bottling line: whites, rosés and reds, with the labels Pêra-Manca, Scala Coeli Cartuxa, Foral de Évora, EA, Vinea Cartuxa and sparkling Cartuxa.
A Adega Cartuxa – Quinta de Valbom, antiga casa de repouso da Companhia de Jesus onde já em 1776 funcionava um lagar de vinho, é atualmente o centro de estágio dos vinhos da Fundação Eugénio de Almeida, e sede do Enoturismo Cartuxa. A Adega Cartuxa, situada na Herdade de Pinheiros, permite receber a totalidade da uva produzida nas vinhas da FEA e tem na sua génese três principais premissas tecnológicas que a distingue das demais: • Efetiva capacidade de refrigeração da uva; • Possibilidade de triagem na totalidade da uva à entrada na adega; • Movimentação e transferência de massas unicamente por gravidade.
The main goal of the team that produces the Eugénio de Almeida Foundation wines and olive oils at the Cartuxa winery and the Cartuxa olive-oil production facility is to fashion high-quality products with their own personality, targeted at a knowledgeable gourmet clientèle. An image of prestige and excellence is promoted for these products. The Cartuxa brand is a major foundation asset and the current umbrella brand for the Adega Cartuxa winery, the Lagar Cartuxa olive-oil production facility and Enoturismo Cartuxa wine tourism. The logo identifies the wines and olive oils with the Foundation.
Da linha de engarrafamento totalmente automatizada instalada na Adega Cartuxa saem anualmente cerca de três milhões de garrafas, distribuídas por vinho branco, rosé e tinto, das marcas Pêra-Manca, Scala Coeli, Cartuxa, Foral de Évora, EA, Vinea Cartuxa e o espumante Cartuxa.
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A Fundação Eugénio de Almeida tem como missão promover o desenvolvimento integrado da região de Évora, criando oportunidades culturais, educativas e sociais para as pessoas. The Eugénio de Almeida Foundation aims to promote the integrated development of the region of Évora, creating cultural, educational and social opportunities for people.
Pedro Baptista
Pedro Miguel Frade Baptista, natural de Cabeço de Vide. Enólogo pela École Superieure d’Oenologie de Montpellier – França, realizou estágio na Adega Cartuxa, propriedade da Fundação Eugénio de Almeida em Évora onde em Junho de 1997 viria a colaborar como Técnico Vitícola. Foi nomeado Diretor Agrícola desta Instituição em 2002, passando em Novembro de 2004 a desempenhar o cargo de Diretor Vitivinícola da mesma Fundação e Enólogo da Adega Cartuxa. O principal objetivo da equipa que elabora os vinhos e os azeites da Fundação Eugénio de Almeida, na Adega Cartuxa e no Lagar Cartuxa, é a obtenção de produtos com personalidade própria, de elevada qualidade, orientados para um público conhecedor e apreciador. É na prossecução deste fim e na contínua aposta numa imagem de prestígio e excelência que estes produtos se revelam aos consumidores. A marca Cartuxa é um dos principais ativos da Fundação Eugénio de Almeida e atual marca umbrela da Adega Cartuxa, do Lagar Cartuxa e do Enoturismo Cartuxa. A insígnia traduz a identidade dos vinhos e dos azeites. The winery’s enologist and head of wine-making, Pedro Miguel Frade Baptista, was born in Cabeço de Vide in Portugal and holds a degree in Enology from the École Superieure d’Oenologie in Montpellier in France. He completed an internship at Adega Cartuxa winery, in Évora in June 1997, and later worked for the foundation as a wine-growing expert. He was appointed head of farm operations in 2002, and took up the post of head of wine-making in November 2004.
A herdade Cortes de Cima situa-se perto da Vidigueira, na região do Alentejo. Em 1988, o casal Carrie e Hans Jorgensen adquirem a propriedade, depois de visitarem diversos países à procura de um local para viverem e realizarem o seu sonho de produzir vinhos. Para trás ficavam duas décadas passadas na Malásia, onde Hans trabalhou como diretor técnico na companhia dinamarquesa United Plantations.
Cortes de Cima is located near Vidigueira, in the southern region of Alentejo. In 1988, Carrie and Hans Jorgensen acquired the property, after having visited numerous countries in search of a place to settle and fullfill their dream of producing wine. Prior to that, they had lived in Malaysia, where Hans worked as Technical Director, for a Danish plantation company. When the Jorgensens overtook the property in 1988, it consisted of olive groves and traditional dry arable farming. Today, the estate compromises 400 hectares of vineyards, olive groves and reforested areas. Their white varieties include Alvarinho, Antão Vaz, Verdelho, Gouveio, Sauvignon Blanc and Viognier, while the reds are Aragonez (AKA Tempranillo), Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Petit Verdot, Alicante Bouschet and Cabernet Sauvignon.
Na quinta faziam-se as tradicionais culturas de sequeiro, que foram alteradas por Hans Jorgensen. Atualmente, a herdade estende-se por 400 hectares de vinha, olival e floresta. As variedades brancas plantadas são Alvarinho, Antão Vaz, Verdelho, Gouveio, Sauvignon Blanc, Viognier e Chardonnay; nas tintas, temos Aragonez, Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Petit Verdot, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon.
From the 1996 vintage came the first estate grown and bottled wine, Cortes de Cima. In 1998 Incógnito appeared - a single varietal Syrah, which at the time was not an authorized varietal for Alentejan Regional wines, thus the inspiration for the name of the ’illegal’ wine. It went on to win Gold Medals in London, Brussels and Bordeaux. Today, Cortes de Cima produces a range of red and white blends – Courela, Chaminé, Cortes de Cima, and in top years, their Reserva. They also bottle a range of single vineyard varietals – Sauvignon Blanc, Aragonez, Trincadeira, Syrah, Petit Verdot, Touriga Nacional, Homenagem a Hans Christian Andersen and Incógnito.
Na vindima de 1996 nasceu o primeiro vinho vinificado e engarrafado - Cortes de Cima. Em 1998 surgiu o Incógnito, a casta utilizada foi a Syrah, que na altura não era autorizada no Alentejo na Denominação Regional Alentejano, o que inspirou o nome do vinho que veio a ganhar a Medalha de Ouro em Londres, Bruxelas e Bordéus. Hoje em dia, os vinhos produzidos são o Courela, o Chaminé, o Cortes de Cima, o Homenagem a Hans Christian Andersen, os varietais Aragonez, Trincadeira, Syrah, Petit Verdot, Sauvignon Blanc e Touriga Nacional, finalizando com o Incógnito e o Cortes de Cima Reserva. Os vinhos das Cortes de Cima têm um estilo que resulta da sensibilidade, do enorme cuidado e dedicação da equipa de enologia no trabalho de valorizar os aromas e sabores das uvas portuguesas bem maduras. O resultado são vinhos alentejanos de cor vibrante, que expressam a intensidade da fruta com elegância, com bons sabores e equilíbrio.
Cortes de Cima wines reflect the care and dedication that the winemaking team puts into their work to preserve and express the aromas and flavors of well ripened Portuguese grapes. The results are vibrant-colored Alentejan wines, with good fruit intensity and flavors, elegant and well balanced. Hans Jorgensen also planted 50 hectares of Cobrançosa olives, a native Portuguese variety. The olives are harvested early in October and November, and within hours after being harvested, are naturally processed, by cold extraction. Their first extra virgin olive oil was bottled in 2004.
Um olival, em regime de proteção integrada, foi também plantado nas Cortes de Cima por Hans Jorgensen. São 50 hectares da variedade Cobrançosa, de origem portuguesa. As azeitonas são colhidas no final de Outubro e processadas naturalmente, com extração a frio, poucas horas depois de apanhadas. O primeiro azeite extra virgem foi engarrafado em 2004.
Cortes de Cima is one of Portugal’s most highly aclaimed wineries today, enjoying a long track record of awards and reviews from major international competitions and critics. Their wines are widely distributed, in more than twenty countries worldwide .
Tanto os vinhos como o azeite têm sido reconhecidos ao longo dos anos nos mais importantes concursos internacionais pela crítica especializada, sendo neste momento uma das empresas portuguesas mais premiadas. Os seus vinhos estão à venda em mais de vinte países.
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Os vinhos das Cortes de Cima têm um estilo que resulta da sensibilidade, do enorme cuidado e dedicação da equipa de enologia. Cortes de Cima wines reflect the care and dedication that the winemaking team puts into their work
A agricultura na herdade das Cortes de Cima respeita a sustentabilidade de diversas maneiras. As vinhas e o olival estão inscritos no programa de Proteção Integrada - a pulverização preventiva não é permitida, havendo inclusive fiscalização por parte de entidades independentes. O sistema “Smart-Dyson”, utilizado na criação das cepas, aumenta a exposição das uvas o que leva a uma diminuição da necessidade de tratamentos químicos por pulverização.
Cortes de Cima is farmed according to sustainable principles. Their vineyards and olive groves are accredited under a minimal spraying program called ‘Integrated Protection’, where preventive spraying is not permitted, and subject to spot checks by independent monitors. The open canopy trellising (“Smart Dyson”) provides the grapes with more sun exposure, reducing fungus and mildew in a most natural way.
Uma barragem, construída pelos Jorgensens quando compraram a propriedade, assegura a autonomia nas necessidades hídricas ao longo do ano. Mais de 90 hectares de terra arável, à volta das reservas de água, foram convertidas em floresta.
A dam was constructed by the Jorgensens when they bought the property, which ensures the autonomy of the estate’s water needs throughout the year. More than 90 hectares of formerly arable lands have been reforested.
A empresa é pioneira nacional na solução ambiental para o tratamento dos efluentes produzidos na adega. Estes são reciclados em pântanos naturais, onde crescem canaviais que consomem a água e a matéria orgânica, e são cortadas e utilizadas depois como composto nas vinhas.
The company is a pioneer in Portugal for a natural solution for total recycling of the winery wastewater. The wastewater is recycled in a natural wetlands, to be completely consumed by reeds, which are in turn harvested for vineyard compost.
A Cortes de Cima é a primeira empresa de vinhos em Portugal com uma central solar fotovoltaica. Além disso, toda a energia consumida na adega é abastecida por aparelhos de produção de energia solar instalados no telhado para aproveitar o generoso sol alentejano. É ainda complementada por uma caldeira alimentada a caroços de azeitona - um subproduto da produção de azeite.
Cortes de Cima is the first Portuguese winery with a Solar Photovoltaic Power Plant. In addition, Solar Panels cover the roof of the winery, to supply all the winery’s energy needs, supplemented by a burner fueled with olive pits, a by-product from olive oil production.
Hans Kristian Jorgensen / Carrie Jorgensen
Um acontecimento especial é o que, desde 2001, se realiza anualmente: o Concerto Anual de Verão. Músicos convidados atuam ao final da tarde perto das vinhas, oferecendo um ambiente de encantar. Um jantar de gala e uma prova de vinhos contribuem para que a noite termine com um sabor memorável. Pelo palco das Cortes de Cima já passaram Clara Ponty, Ulla Kudsk Jensen, Jesper Buhl, Thomas Praestegaard, Mats Knutsson e muitos outros músicos internacionais. Visite a herdade para uma prova de vinhos na encantadora sala de provas com vista para as vinhas, ou fique a conhecer as Cortes de Cima online, visitando o blog e as redes sociais. A herdade alentejana foi a primeira adega portuguesa a ter presença na internet e uma loja de vinhos online. Since 2001, a special event was created at the winery: The Annual Summer Vineyard Concert. Musicians are invited to perform in the lovely vineyard setting, followed by a Gala Dinner and Wine Tasting to end the evening. The Cortes de Cima stage has already showcased Clara Ponty, Ulla Kudsk Jensen, Jesper Buhl, Thomas Praestegaard, Mats Knutsson and many other internationally acclaimed musicians. Come to visit for a winetasting at their lovely tasting room terrace overlooking the vineyards, or get to know them online by visiting their blog and social media. The Alentejan estate was one of the first Portuguese wineries to have a website and online wine shop.
Ligado há várias gerações à família José de Mello, o Monte da Ravasqueira está localizado em Arraiolos. É gerido pela Sociedade Agrícola D. Diniz, S.A. que explora os cerca de 3.000 hectares de paisagem tipicamente alentejana e está dotado de excelentes condições geológicas e climáticas para a produção do melhor vinho que o Alentejo pode oferecer.
Located in the municipality of Arraiolos, the Monte da Ravasqueira has been owned by the José de Mello family for generations. With approximately 3,000 hectares of land set in typical Alentejo landscape, the estate, managed by Sociedade Agrícola D. Diniz, S.A., boasts excellent geological and climatic conditions for the production of the best Alentejo wines.
A primeira vindima foi realizada em 2001, sendo hoje comercializados nos mercados nacional e de exportação vinhos de diferentes gamas. Depois de alguns anos a produzir e a vender vinhos brancos, tintos e rosés para o segmento médio alto com a marca de charneira Monte da Ravasqueira, 2007 ficou marcado pelo início da comercialização de um novo vinho tinto de qualidade superior, o Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs. Em 2010, foi lançado o primeiro MR Premium, um vinho topo de gama, neste primeiro caso um tinto da vindima de 2007, que representou uma homenagem a José Manuel de Mello, criador do projeto de vinhos e apenas produzido em anos excecionais. Foi preciso esperar até 2014 para serem conhecidos dois novos MR Premium, um branco e um rosé, o primeiro da vindima de 2012 e o segundo da vindima de 2013. Pelo meio, foi tomada a decisão de alargar gamas e segmentos, tendo nascido os primeiros monovarietais Monte da Ravasqueira, os primeiros Monte da Ravasqueira Reserva e o primeiro Late Harvest.
Grapes were first harvested in 2001, and a range of wines is now marketed at home and abroad. After several years producing and selling whites, reds and rosés targeted at the lower end of the upmarket segment, with Monte da Ravasqueira as the leading brand, a new high-quality red wine, Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs, was launched in 2007. The product of the 2007 red vintage, a highend wine which is only produced in exceptional years, the first MR Premium, was launched in 2010, as a tribute to José Manuel de Mello, who first started producing wine at the Monte da Ravasqueira. Later, in 2014, two new MR Premium wines, white and rosé, were created, the first of 2012 vintage and the second using grapes harvested in 2013. Meanwhile, the decision was taken to extend the range of wines produced and segments targeted, and as a result of the creation of the first single-variety Monte da Ravasqueira wines, the first Monte da Ravasqueira Reserve and the first Late Harvest label were launched. With 45 hectares of vineyards, the Monte da Ravasqueira committed itself from the outset to producing quality wines of distinction, which have garnered numerous domestic and international awards since 2005. But it is mainly since 2012 that the high quality of the products and the business strategy have begun to pay off, with a veritable avalanche of prizes won at some of the most prestigious events at the international level. In addition to raising the profile and prestige of the brand and the company, recognition abroad has shown just how wise the strategic decision to develop a new wine-making concept in 2012 was, introducing a scientific approach to viticulture with the goal of enhancing the quality of all ranges and creating wines with different profiles.
Com uma área de vinha de 45 hectares, o Monte da Ravasqueira assumiu, desde o início, o compromisso de produzir vinhos de qualidade distintiva, o que se traduziu, a partir de 2005, em inúmeras distinções em concursos nacionais e internacionais. Mas foi a partir de 2012 que a elevada qualidade e consistência do projeto de vinhos Monte da Ravasqueira viria a ser reconhecida com uma avalanche de prémios em alguns dos mais importantes concursos internacionais. Este reconhecimento internacional permitiu, para além do acréscimo de notoriedade e prestígio da marca e do produtor, validar o mérito da decisão estratégica de desenvolver, a partir de 2012, um novo conceito integrado na forma de fazer vinho, passando a juntar viticultura e enologia com o objetivo de potenciar a qualidade de todas as gamas e a criação de vinhos com perfis diferentes.
This was accompanied by changes in the wine-making team, which is now led by Pedro Gonçalves Pereira, and the choice of a new distributor, Pernod Ricard, for the domestic market.
Esta nova filosofia coincidiu com a mudança da equipa de enologia, que passou a ser liderada por Pedro Pereira Gonçalves, e com a escolha de uma nova distribuidora para o mercado nacional, a Pernod Ricard.
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Um novo conceito assente numa enologia moderna e de investigação. A new concept based on a modern wine making and investigation.
O novo conceito na forma de fazer vinho teve como ponto de partida a realização de uma fotografia aérea da vinha na altura da maturação das uvas, dando-se, assim, início a um intenso trabalho de viticultura de precisão, visando efetuar uma zonagem que permita tirar o melhor partido de cada bloco de vinha. A par deste novo conceito foi também desenvolvida uma nova abordagem ao terroir do Monte da Ravasqueira, tendo como finalidade identificar e localizar toda a diversidade existente na vinha. Com o novo conceito assente numa enologia moderna e de investigação, a par da nova abordagem ao terroir, foi possível conceber vinhos com um perfil diferente, mais frescos, com mais caráter, mais equilibrados e igualmente concentrados, sendo agora possível aliar o estilo “velho mundo” ao estilo “novo mundo”. The new wine-making approach was born of an aerial photograph of the vineyards taken just as the grapes were ripening, enabling an intensive, precision-based approach to viticulture, thereby taking best advantage of each section of the vineyards. A new approach to the terroir, involving a researched, modern enological approach to wine-making, was also developed, aiming to identify and locate features for diversity in the vineyards, and, as a result, new wines have been created with a profile which is fresh, full of character, balanced and concentrated, enabling a blend of the old and the new.
Pedro Pereira Gonçalves / Pedro de Mello
Para além do investimento na produção e comercialização de vinhos tem sido também desenvolvido um conjunto de infraestruturas de apoio a um projeto de enoturismo, que é gerido de forma genuína e calorosa e constitui um cativante abrir de portas do Monte da Ravasqueira ao público em geral. É no âmbito do projeto de enoturismo do Monte da Ravasqueira que é possível organizar visitas às 11 vinhas, à adega inspirada em Napa Valley e ao imponente e atraente Museu Particular de Atrelagens, ou pernoitar num dos 13 quartos disponíveis, que permitem usufruir da experiência única de viver num verdadeiro “monte” alentejano, com a hospitalidade, o convívio, a gastronomia, a genuinidade e a simplicidade que caraterizam esta região portuguesa. Besides investment in the production and marketing of wine, facilities have also been created for the launch of a new wine tourism project, which is managed with care and pride and presented as an engaging and authentic experience for visitors to the Mount Ravasqueira estate, who come from all over the world. There are tours of 11 vineyards and the winery, inspired by the Napa Valley experience in California, while the estate museum with its marvellous collection of agricultural trailers and equipment is well worth a visit. Thirteen rooms accommodate visitors at the typical Alentejo monte, or farmstead, providing a unique, downto-earth experience, with the hosts offering a warm welcome, a convivial atmosphere, and culinary delights that are the hallmark of this region.
Nascido de uma longa linhagem de produtores, João Portugal Ramos licenciou-se em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia, após o que iniciou em 1980, no Alentejo, a atividade de enólogo.
Born into a family with a long tradition of farming, João Maria Portugal Ramos obtained a degree in Agronomy from the Higher Agronomics Institute, and in 1980 began working as a winemaker in the Alentejo region.
Produzir os seus próprios vinhos era, desde há muito, um sonho que João Portugal Ramos perseguia, enquanto desempenhava o cargo de consultor de diversos produtores em várias regiões vinícolas. Em particular, a sua ação na região do Alentejo, nas adegas cooperativas de Portalegre, Reguengos e Vidigueira, coloca pela primeira vez algumas das marcas destas cooperativas ao nível dos grandes vinhos nacionais.
For many years he dreamed of producing his own wines, while providing consultancy services to many producers in different winemaking regions. His work enabled brands produced at cooperative wineries in Portalegre, Reguengos de Monsaraz and Vidigueira to achieve success and take their place among the ranks of the great wines of Portugal.
Em 1987 João Portugal Ramos comprou um terreno em Estremoz onde plantou em 1989, os primeiros seis hectares de vinha. Em 1993, constatou que havia uma série de pequenos viticultores em Estremoz que não tinham onde colocar as suas uvas. Decidiu então fazer um projeto aglutinador e assim nasceu a adega em 1997, que foi crescendo e tomando forma gradualmente.
He first planted six hectares of his own vines in 1989 on land purchased two years earlier in the Estremoz region. In 1993, he realised that a number of small growers in the local area lacked the facilities for processing their grapes and this led to the setting up of the Adega Vila Santa winery in 1997, which grew gradually. Winegrowers receive support at every stage of the process, including advice on what terrain to select for planting vines, the most suitable grape varieties, and assistance throughout the cycle of growing and harvesting. The aim is to ensure that high-quality grapes are grown with a view to producing the best wines.
A estratégia assentava num permanente acompanhamento desses viticultores, desde o aconselhamento aos terrenos eleitos para a plantação, bem como à escolha das castas mais adequadas aos mesmos, e a assistência ao longo de todo o ciclo da planta, incluindo a própria vindima. O objetivo era claro, assegurar a qualidade das uvas, com vista à obtenção dos melhores vinhos.
The main grape varieties used are reds: Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot and Merlot; and less importantly, white varieties: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Rabo de Ovelha, Verdelho, Alvarinho, Viognier and Sauvignon Blanc.
As principais castas utilizadas neste percurso de desenvolvimento vitícola foram as tintas Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot e Merlot, e as brancas, em minoria, Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Rabo de Ovelha, Verdelho, Alvarinho, Viognier e Sauvignon Blanc.
Over 3.5 million bottles of wine are currently produced at the winery, 60% of which are exported to over 30 countries, including (in alphabetical order) Angola, Brazil, Belgium, Canada, China, Sweden, Switzerland and the United States.
Atualmente na Adega Vila Santa em Estremoz, são produzidos mais de 3,5 milhões de garrafas, 60% das quais são exportadas para mais de 30 países, sendo os principais, por ordem alfabética, Angola, Brasil, Bélgica, Canadá, China, Estados Unidos da América, Suécia e Suíça.
The range of wines features Loios (white and red), Marquês de Borba (white and red), and the single-varietal Vila Santa Aragonez, Vila Santa Trincadeira and Vila Santa Syrah wines; Vila Santa Reserva (white and red), Quinta da Viçosa, Marquês de Borba Reserva and João Portugal Estremus are top-end wines, the last three only being produced in years of exceptional quality.
A gama de vinhos inicia-se com a marca Loios (branco e tinto), seguindo-se o Marquês de Borba (branco e tinto), vindo depois os monovarietais Vila Santa Aragonez, Vila Santa Trincadeira e Vila Santa Syrah. Vila Santa Reserva (branco e tinto), Quinta da Viçosa, Marquês de Borba Reserva e João Portugal Estremus são os vinhos de topo, sendo os últimos três produzidos apenas em anos de qualidade excecional.
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Atualmente na Adega Vila Santa em Estremoz, são produzidos mais de 3,5 milhões de garrafas. Over 3.5 million bottles of wine are currently produced at the winery Vila Santa in Estremoz.
Foram vários os passos importantes no percurso de João Portugal Ramos: Em 1987 ficou encarregue da exploração das vinhas e vinhos do sogro, Conde de Foz de Arouce, nas Beiras. No ano 2000, a ampliação da adega já existente no Alentejo desde 1997, foi um imperativo pois o mercado reagiu de uma forma extraordinária ao lançamento dos diversos vinhos com o nome do produtor. No ano de 2004 constrói uma moderna adega na região do Tejo, e nos primórdios de 2007 decide implementar um projeto de grande qualidade numa das regiões mais emblemáticas do mundo, o Douro ao qual chamou Duorum. O último passo foi a entrada em 2010 na região dos Vinhos Verdes com o lançamento do primeiro Alvarinho em 2013. Foi também em 2010 que João Portugal Ramos lançou o primeiro azeite Oliveira Ramos Premium, atividade a que se tinha dedicado no inicio da sua carreira.
Landmarks in the career of João Portugal Ramos are: In 1987 was appointed head of the Conde de Foz de Arouce vineyards and wine-making company in the Beira region, owned by his father-in-law. In 2000 the expansion of the Adega Vila Santa winery in the Alentejo in response to greatly increased demand following the launch of several wines named after the producer. In 2004 the building of a modern winery in the Tagus region. In 2007 was the launch of a top-quality winery project called Duorum in the Douro, one of the greatest wine-producing regions in the world. And in 2010 was the first stage in setting up operations in the Vinho Verde region, with the launch of the first Alvarinho wine in 2013. And also the launch of Oliveira Ramos Premium, activity that he had dedicated the beginning of his career.
João Maria Portugal Ramos / João Portugal Ramos / Filipa Portugal Ramos
Como João Portugal Ramos reconhece o valor ecológico e a sensibilidade dos ecossistemas, procura atuar de forma responsável em termos ambientais, promovendo um desenvolvimento rural sustentável e contribuindo para o conhecimento e conservação da biodiversidade associada à sua atividade. Por isso integra a iniciativa Business & Biodiversity e assinou um memorando de entendimento com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas para desenvolver um modelo de gestão que integre a biodiversidade e permita melhorar e conservar as condições de habitat. O Grupo JPR é um grupo familiar, que está presente em cinco regiões portuguesas, e que pretende ser uma referência de alta qualidade dos vinhos portugueses agora com a ajuda dos descendentes João Maria Portugal Ramos e Filipa Portugal Ramos. In recognition of ecological values and aware of the delicate nature of the ecosystem, João Portugal Ramos seeks to carry out environmentally-responsible wine-making by fostering sustainable rural development and providing a contribution to the increase in knowledge of biodiversity associated with wine-producing and also conservation. As a supporter of the Business & Biodiversity initiative, the company signed an agreement the Nature Forestry Conservation Institute for the development of a management model that takes biodiversity into account and enables the conservation and enhancement of habitats. A family business run by João Portugal Ramos and Filipa Portugal Ramos and their children, the JPR Group currently operates in five regions of Portugal and aims to become a benchmark for high-quality Portuguese wines.
A Casa Agrícola Alexandre Relvas é uma empresa familiar situada no Concelho de Redondo. Com uma produção anual de cerca de 3 milhões de garrafas de vinho e exploração de 350 ha de vinhas, esta empresa é reconhecida internacionalmente não só pelos seus vinhos de excelente relação preço-qualidade mas também pelos seus vinhos de quinta, alguns dos mais bem pontuados da região.
The Casa Agrícola Alexandre Relvas winery is a family business located in the municipality of Redondo. With an annual production of about 3 million bottles and 350 hectares of vineyards, the company is renowned internationally not only for the excellent value for money of its products but also for the quality of the wines produced, some of them the best in the region.
As vinhas situam-se no redor da Serra d’Ossa e as principais castas são o Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Touriga Franca em tinto, e o Antão Vaz, Verdelho e Viognier em branco. As duas principais vinhas encontram-se na Herdade de São Miguel e Herdade da Pimenta. Ambas as Herdades têm adega própria, sendo a Adega de São Miguel concebida para vinificações de pequenos volumes de algumas parcelas ditas ‘’especiais’’ e a Adega da Pimenta para vinificação de maiores volumes respeitando a genuinidade da matéria prima, é também nesta adega que é feito o estágio e engarrafamento dos vinhos.
The vineyards, located near the Ossa Hills, feature the following main grape varieties: reds – Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira and Touriga Franca; and whites – Antão Vaz, Verdelho and Viognier. The two main vineyards are situated at the Herdade de São Miguel and Herdade da Pimenta estates, each with its own winery. The São Miguel facility is designed for handling small quantities of speciallyproduced wines while the Pimenta winery processes large quantities of grapes, while ensuring standards of quality, and this is also where maturing and bottling takes place. The Herdade da Pimenta facility began operations in 2009 with the aim of achieving wine production on a large scale without compromising the quality of the finished product. The building was designed to blend in with the landscape and is lined with cork throughout for thermal insulation. The winery is equipped with the latest technology and can currently handle 2,500 tonnes of grapes per year.
A adega da Herdade da Pimenta foi construída em 2009. Foi pensada para a produção de vinho em larga escala respeitando ao máximo a qualidade da matéria prima. A arquitetura da adega foi decidida de forma a integrar da melhor forma o edifício na paisagem. Toda a adega é revestida a cortiça o que favorece o isolamento térmico. A adega está equipada com tecnologia de ponta e está no momento preparada para a transformação de 2,5 milhões de Kg de uva por ano.
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A arquitetura da adega foi pensada de forma a integrar o edifício na paisagem, sendo revestido a cortiça. The building was designed to blend in with the landscape and is lined with cork.
Nuno Franco / Alexandre Relvas / Fernanda Gomes / Alexandre Relvas (filho)
Para além do projeto vitivinícola a Casa Agrícola Alexandre Relvas tem vindo a desenvolver um grande projeto de reflorestação das suas Herdades, tendo plantado nos últimos 10 anos cerca de 120 mil árvores. A empresa conta hoje com 700 ha de floresta dos quais 400 ha são de sobro. Juntando estes dois projetos foi com naturalidade que a empresa desenvolveu um rebanho de ovelhas Merino, ovelhas estas que passam o inverno na vinha, possibilitando a redução substancial de uso de herbicidas e mobilização de solos, e as restantes estações na floresta onde fazem um controle natural das pastagens. In addition to wine-making, Casa Agrícola Alexandre Relvas has also carried out a large-scale project for the reforestation of the estates with the planting of about 120,000 trees over the past 10 years. There is now 700 hectares of forest, 400 ha of which is made up of cork-oak groves. Another complementary move was the introduction of a flock of Merino sheep, which spend the winter grazing in the vineyards enabling a substantial reduction in the use of herbicides and the tillage of soils, while during the rest of the year they graze in the forest, providing for the natural control of pastures.
Desde sempre, Borba é conhecida devido à excelente qualidade dos seus vinhos, considerados justamente como dos melhores de Portugal.
Borba has long been known for the excellent quality of its wines, rightly regarded as some of the best in Portugal. A turning point in the history of wine-making in the region came on 17th June 1665, the date of the great Portuguese victory at the Battle of Montes Claros, following which independence was restored after a period of Spanish domination. In the climate of optimism and reconstruction which reigned after the signing of the peace treaty with Spain, the revival of agriculture, based on wine production, brought relative prosperity, and also renown for Borba wines, which they still enjoy today. Farmers in the Borba region abandoned the production of cereals and devoted their efforts to wine production for export. In response to plans by the Marquis of Pombal to implement measures to replace vineyards with wheat fields in order to improve the trade balance, local people got together to defend their lucrative business, with wines being sold in over 20 neighbouring areas and exported to Britain following the signing of the Methuen Treaty, and persuaded the government to reconsider its decision. The prosperity of the Borba region led to the construction and embellishment of countless churches, chapels and monuments in the area.
Este facto remete historicamente para o dia 17 de Junho de 1665, data da grande vitória de Portugal na Batalha de Montes Claros durante a restauração da sua independência após o domínio Filipino. A assinatura de paz com Espanha trouxe um sentimento de otimismo e reconstrução, e a concentração nos trabalhos agrícolas trouxe uma relativa prosperidade. A produção do vinho nesta região foi o pilar deste crescimento, subsistindo até hoje, com a maior justiça, a fama dos vinhos de Borba. De facto, a partir do século XVII, Borba abandonou a produção de cereais e dedicou-se à produção de vinho para exportação. O Marquês de Pombal quis implementar medidas para o arranque da vinha e plantação de trigo, de forma a equilibrar a balança comercial de Portugal, mas a população reuniu-se e solicitou que reconsiderasse a sua decisão, pois o vinho de Borba era exportado para mais de 20 países e tantas terras circunvizinhas e em concreto para a Grã-Bretanha, após a assinatura do tratado de Methuen. Os seus habitantes tiveram desta forma acesso a uma riqueza monetária que originou a construção e a decoração de inúmeras igrejas, capelas e monumentos dentro da vila.
However, this wealth was based solely on the cultivation of vines, and the devastating phylloxera epidemic which swept Portugal in the late nineteenth century destroyed the source of this prosperity, and the need arose for other types of agriculture to be developed. A long campaign for grain self-sufficiency was launched for the production of wheat in 1929, and the Alentejo became synonymous with wheatproducing, known as ‘the breadbasket of Portugal’. Meanwhile, the policy of Salazar’s Estado Novo also supported viticulture, and the slogan “Drink wine and put bread on the table of a million Portuguese” is particularly memorable.
No entanto, nos finais do século XIX a praga da filoxera veio a acabar com toda esta prosperidade, pois a riqueza de Borba fundamentava-se exclusivamente na cultura da vinha. Houve a necessidade de enveredar por outras culturas. O Alentejo cerealífero, a que se atribuiu o título de «celeiro de Portugal», ganhou forma com as Campanhas do Trigo, sendo a primeira em 1929, visando a autossuficiência. Ao mesmo tempo, a política do Estado Novo apoiava a viticultura, perdurando na memória o slogan “Beber vinho é dar o pão a um milhão de portugueses”
Recognising the potential of vine cultivation, a group of cereal producers from the Borba farmers’ guild met with a group of vineyard owners in 1955 and set up a cooperative winery, Adega Cooperativa de Borba. Unlike many other cooperatives that were created as a result of government encouragement as part of policies for the development of agriculture, this winery was established by Borba producers themselves. The initiative marked the beginning of a new era of prosperity for wine-making in the region, and without it, vineyards would almost certainly have disappeared from the region.
Com a experiência cerealífera, e reconhecendo o potencial do cultivo da vinha, o Grémio da Lavoura de Borba reuniu-se, a 24 de Abril de 1955, com um grupo de viticultores, com vista à criação de uma cooperativa. Seis dias depois, tomou posse a primeira direção da Adega Cooperativa de Borba. Ao contrário de muitas outras cooperativas, que foram fundadas por iniciativa governamental, integradas nas políticas de fomento agrícola, a de Borba nasceu da iniciativa dos próprios produtores borbenses, dando-se início a uma nova era de prosperidade da cultura na região. Sem a fundação da Adega Cooperativa de Borba, a cultura da vinha teria desaparecido quase de certeza desta região.
While the majority of large Alentejo land-holdings continued to concentrate on cereals and livestock, the cooperative experiment was replicated in other parts of the region.
A ideia foi repetida noutras regiões do Alentejo. Porém, a generalidade das explorações fundiárias alentejanas continuavam mais ligadas aos cereais e produção pecuária.
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Vinhos de qualidade desde que há memória. Quality wines since time immemorial.
Na década de 70 com o fim do apoio à produção de cereais, começou a derrocada da cerealicultura. A industrialização e a falência do modelo ditaram o êxodo rural. A produção de vinho segurou gente, mas a atividade não tinha ainda a importância de hoje. Nas três primeiras décadas de vida, o grande valor das castas nacionais e a excelência das condições naturais permitiram o rendimento dos viticultores da Adega de Borba. Na década de 80, o Alentejo tornou-se mais visível e reconhecido pelos consumidores. A Adega de Borba, com a sua dimensão e dinamismo, apostou no capital humano, com formação técnica especializada, e apetrechou-se com a tecnologia mais moderna, adiantando-se ao país. O aumento da qualidade foi logo reconhecido, criando maior exigência dos consumidores. Fruto do empenho e trabalho continuado – técnicos, comerciais, gestores, colaboradores e dos cerca de 300 viticultores – a Adega de Borba sempre foi uma referência, na região e no país. Cedo começou a exportar, política reforçada nos últimos dez anos. São mais de 30 destinos, hoje em dia. A Adega de Borba empenha-se em conseguir vinhos de grande valor para o consumidor, não apenas para os críticos de vinhos: do clássico Adega de Borba DOC, ao icónico Adega de Borba Reserva (Rótulo de Cortiça), aos históricos Montes Claros, ao popular Convento da Vila e aos contemporâneos monovarietais Senses.
With the end of support for cereal farmers in the 1970s, production crashed, and partly due to the mechanisation of agriculture, there was huge migration from rural areas to the cities, while the production of wine continued, albeit on a relatively small scale. In contrast, up until the 1980s, the Borba winery ensured a steady income for winegrowers in the region based on the great national grape varieties used and the excellent local soils and climate. At this time, Alentejo winemaking began to attract attention and consumer demand grew. As a large-scale operation with an entrepreneurial spirit, the cooperative invested in the specialised technical training of its members and the latest technology, becoming a force at the national level. The resulting improvement in the quality of its products was soon recognised and sales increased further. Thanks to the commitment and hard work carried out by winery technical, sales, managerial and ancillary staff, as well as the approximately 300 wine-growers, the cooperative has become a model of success at the regional and national level. The export market was targeted at an early stage, and sales abroad have grown during recent years, Borba wines now being exported to over 30 different countries. The winery strives to produce great wines and, while positive reviews in the trade press are certainly welcome, consumer satisfaction is paramount. The range of wines produced includes the classic Adega de Borba DOC, the iconic Adega de Borba Reserva “Rótulo de Cortiça”, the traditional Montes Claros, the popular Convento da Vila, and the new single-varietal Senses series.
Silvía Mendes / Helena Ferreira /Manuel Rocha Maria João Rosado / Márcia Farinha / Óscar Gato
Em 2012 investiu na construção de uma nova adega que permitiu aumentar a sua capacidade e qualidade, de forma a poder usufruir de mais vantagens competitivas nos mercados de exportação. Em 2014 investiu nos mais recentes e inovadores equipamentos para a separação qualitativa das uvas, de forma a melhorar e influenciar a qualidade dos vinhos topo de gama. O novo edifício de vinificação inclui preocupações de eficiência geral ao nível enológico incorporando o que de melhor existe no mercado em termos tecnológicos, mas igualmente uma vertente de sustentabilidade ambiental e de eficiência energética, estabelecendo mais uma vez esta Adega como uma referência no setor. Hoje, a Adega de Borba é um dos maiores produtores da região e do país. Longe vai o ano de 1955. Embora confiante no sucesso, nunca provavelmente os fundadores do projeto imaginaram até onde chegou a obra que iniciaram. In 2012, a new winery was built, increasing capacity and quality, and providing an improved competitive advantage in export markets. Further investment led to the introduction, in 2014, of the latest equipment for the separation of the grapes before processing, enabling an improvement in the quality of top-end wines. Operations at the new building have brought an improvement in the overall efficiency of the winemaking process through the introduction of the best technological solutions available, while environmental sustainability and energy efficiency are also concerns, and as a result the winery provides a shining example for the rest of the industry. The cooperative’s creators could never have dreamed of the great strides which have been made since its beginnings: today the Adega de Borba is one of the largest wine-producers at both the regional and the national level.
O sonho do Comendador Rui Nabeiro de recuperar a tradição da cultura da vinha e da produção de vinho, em Campo Maior, começa a ganhar forma na década de 90, com a plantação das primeiras vinhas na Herdade da Godinha e mais tarde na Herdade das Argamassas.
Commander Rui Nabeiro’s dream of reviving the tradition of vinegrowing and wine production in the Campo Maior region began to take shape in the 1990s with the planting of the first vines at the Herdade da Godinha estate and later the Herdade das Argamassas.
Em 2007 é inaugurada a Adega Mayor, um espaço ímpar no panorama português, desenhado pelo arquiteto Siza Vieira, numa homenagem à arquitetura do vinho e da vida. Esta abordagem contemporânea coloca a Adega Mayor na rota internacional das adegas de autor, o que distingue e eleva a tradição vinícola na região do Alentejo.
The Adega Mayor winery, a place of incomparable beauty set in the panoramic Portuguese landscape, was designed by the architect Siza Vieira and inaugurated in 2007, in a tribute to wine-making and life itself. This masterpiece of modernity has gained an international reputation as a distinguished creation, a worthy heir to the tradition of excellence in the field of wine-making in the Alentejo region.
Com as suas vinhas inseridas numa área de 350 hectares de montado de azinho, galerias ribeirinhas e campos agrícolas, a Adega Mayor goza das vantagens de um ecossistema mediterrânico e uma área agrícola com forte tradição nas culturas da vinha e do olival.
The vineyards are located on 350-hectare estate along with cork-oak montado or dehesa landscape, riparian corridors and farmland. The winery enjoys all the advantages of a Mediterranean ecosystem and is set in an agricultural region with a strong tradition of wine-growing and olive-production.
A sua localização na região do Alto Alentejo, a proximidade à Serra de São Mamede, os solos graníticos e o clima temperado contribuem para o caráter único dos vinhos da Adega Mayor. Vinhos de qualidade, com personalidade própria, frescos, equilibrados e elegantes, que são o resultado de uma vindima manual e criteriosa.
The unique character of the Adega Mayor wines derives from its location in the Alto Alentejo region, proximity to the São Mamede Hills, granitic soils and the mild climate. The quality wines produced have their own special personality and are fresh, balanced and elegant – the product of the great care taken with traditional manual harvesting.
A Adega Mayor aposta maioritariamente em castas portuguesas bem adaptadas ao terroir de Campo Maior onde se destacam, nas tintas, a Touriga Nacional, a Trincadeira, o Castelão e o Aragonês. Nas brancas encontramos o Antão Vaz, o Arinto e o Verdelho. Mas também outras foram eleitas para integrar a personalidade dos vinhos da Adega Mayor, como é o caso do Syrah, do Alicante Bouschet e do Petit Verdot, pela sua excelente adaptação ao clima alentejano.
Portuguese grape varieties, which thrive on the Campo Maior terroir, predominate: reds such as Touriga Nacional, Trincadeira, Castelão and Aragonês; and whites like Antão Vaz, Arinto and Verdelho. Other varieties were selected for their excellent capacity for adaptation to the Alentejo climate: Syrah, Alicante Bouschet and Petit Verdot. The first wines bearing the Adega Mayor label, Monte Mayor and Reserva do Comendador, were produced in 2002.
As primeiras garrafas rotuladas sob a chancela Adega Mayor, foram os vinhos Monte Mayor e o Reserva do Comendador, corria o ano 2002.
A wide range of wines are produced, each with a personality of its own, the different profiles aimed at expressing the best that the Alentejo has to offer. There is Caiado, associated with the Alentejo tradition of white-washing houses, youthful and easy-going and all the irreverence of the white-washer’s brush-strokes. Monte Mayor carries hints of freshness and elegance that give it a strong personality and complex character: the best of Alentejo wines. In the Adega Mayor single varietal range, the Solistas wines, varieties of exceptional quality are employed, to great effect. Meanwhile, the Reserva do Comendador wines have an intense, classical profile, expressing the spirit of the Alentejo in a traditionally timeless way. Finally, Pai Chão is an iconic ultra-premium wine intended for an exclusive clientèle and only produced in years of exceptional quality.
Com uma gama alargada de vinhos, cada um deles assume uma personalidade própria onde se procura traduzir o melhor do Alentejo em diferentes perfis. Desde o vinho Caiado, que representa o espírito alentejano das casas caiadas, através de um caráter jovem e descontraído, com a irreverência das suas pinceladas. O vinho Monte Mayor possui traços de frescura e elegância que lhe confere uma forte personalidade e uma maior complexidade, que traduza o melhor do Alentejo numa garrafa. Na gama de monovarietais da Adega Mayor, os Solistas, é dado destaque a castas de exceção, capazes de encher uma garrafa a tocar sozinhas. Os vinhos Reserva do Comendador possuem um perfil mais clássico e intenso. Expressam o espírito alentejano de uma forma clássica e intemporal. Pai Chão é um vinho icónico e ultra-premium, destinado a perfis de consumidores mais exclusivistas e a sua produção é reservada para anos de excecional qualidade.
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Em 2007 é inaugurada a Adega Mayor, um espaço ímpar no panorama português, numa homenagem à arquitetura do vinho e da vida. In 2007 Adega Mayor was inaugurated, a unique space in Portuguese panorama, a tribute to architecture of wine and life.
Nos projetos paralelos encontramos as edições limitadas, como é o caso do vinho Siza, do vinho Vitorino, o licoroso Orionte e a trilogia 7, 8 e 9. São vinhos concetuais e irrepetíveis, que se destinam a amantes do vinho e da arte. Estes vinhos são pensados desde a vinha até à sua embalagem, com uma atenção redobrada a todos os pormenores.
There are also limited editions, such as Siza and Vitorino wines, Orionte liqueur and the 7, 8 and 9 trilogy. Each is tied to a unique concept targeted at lovers of wine and art. From the harvest of the grapes to the packaging of the finished article, attention to detail is the watchword with these designer products.
Para além do vinho, a Adega Mayor vai buscar à terra aquilo que ela tem de melhor, através de uma “seleção mayor”. Nesta escolha encontram-se produtos que tal como o vinho fazem parte da dieta mediterrânica, como o azeite e as azeitonas DOP de Campo Maior e de Elvas. Nesta família encontramos ainda produtos artesanais como os chocolates que resultam de parcerias com pequenos produtores regionais criteriosamente selecionados.
In addition to wine, Adega Mayor seeks to offer the best the land can produce. Like wine, other products, such as olive oil and PDO olives from Campo Maior and Elvas, are typical Mediterranean fare. Homeproduced items, such as chocolates, are produced in partnership with carefully selected small local businesses.
Na Adega Mayor o trabalho é centrado na sustentabilidade do negócio, apresentando uma oferta de valor com uma gama adaptada aos diferentes canais e tipologias de cliente, mas também nos mercados externos, que são cada vez mais estratégicos no panorama atual. A marca está presente em diversos países da Europa como a Alemanha, Luxemburgo, Suíça e Inglaterra mas chega também a Angola, Moçambique, China, EUA e Canadá. Com esta aposta pretende expandir as suas fronteiras, dando continuidade a um negócio sustentado do Grupo Nabeiro, que é uma mais-valia para a região do Alentejo, a nível económico, social e cultural. O Turismo sempre foi um setor e uma atividade estratégica para Portugal. E neste sentido assistimos a um crescimento deste setor ligado ao vinho. Tendo a Adega Mayor o traço do arquiteto Siza Vieira, dá-se uma interseção entre a rota do turismo arquitetónico com a do Enoturismo, criando um polo de atração para a região de Campo Maior e arredores.
Adega Mayor’s operations are focused on the sustainability of the business and aimed at producing a range of products targeted at various markets and types of consumer, both at home and abroad, and with the current outlook, the importance of foreign markets is growing. The brand has a presence in a number of European countries such as Germany, Luxembourg, Switzerland and the UK, and also overseas: Angola, Mozambique, China, the USA and Canada. The Nabeiro Group aims to expand its business abroad, thereby providing a stimulus for the economic, social and cultural development of the Alentejo region. Tourism has always been a strategic sector of the Portuguese economy and wine tourism has witnessed significant growth in recent years. The great attraction of the Adega Mayor facility, designed by Siza Vieira, complements this trend, enhancing the allure of the Campo Maior region and beyond.
Rui Nabeiro / Rita Nabeiro Com o objetivo de servir melhor os seus visitantes, foi desenhado um conjunto de programas e uma oferta diversificada na tipologia de visita. Desde provas de vinhos comentadas à experiência de vindima, passando por passeios pedestres, piqueniques no campo, passeios de balão, entre outros. Tudo é pensado ao pormenor para proporcionar aos visitantes uma experiência mayor no Alentejo. Esta oferta, valeu à Adega Mayor em 2014 a distinção de melhor Enoturismo, atribuída pelo Turismo do Alentejo. A qualidade dos vinhos também tem sido reconhecida ao longo dos últimos anos nos mais prestigiados concursos nacionais e internacionais de vinho. Os mais de 150 prémios conquistados atestam que o Alentejo, e a Adega Mayor em concreto, gozam de ótimas condições para a produção de vinhos de qualidade. A paixão e o carinho que dedicamos na produção dos mesmos é, assim, reforçada no sentido da excelência. Para o futuro fica o compromisso da Adega Mayor continuar a desenvolver uma marca sólida a nível nacional e internacional, alicerçada num projeto sustentável, onde procuraremos sempre produzir o melhor dos néctares na nossa região do coração, o Alentejo. In order to attract more visitors, a range of facilities and visits has been created, including wine-tasting with commentaries, grape-harvest experiences, country rambles and picnics, and balloon trips. These are all planned in minute detail, providing visitors with great Alentejo experiences. As a result, Adega Mayor was awarded a prize for the Best Wine Tourism by the Alentejo Tourist Board in 2014. The quality of Adega Mayor wines has been recognized over the past few years with awards at the most prestigious national and international wine competitions. The more than 150 prizes they have won attest to the excellent conditions in the Alentejo, and at the Adega Mayor winery in particular, for the production of quality wines, complemented by our enthusiasm and dedication in the pursuit of excellence. We at Adega Mayor are committed to promoting a strong brand in the future at the national and international level based on sustainable operations while constantly seeking to produce the best wines in our beloved region, the Alentejo.
A Adega Herdade das Aldeias de Juromenha é uma empresa situada a 15 km da Cidade de Elvas, bem no coração do Alentejo, que nasce do sonho de um empresário Elvense de 56 anos cujos conhecimentos relacionados com a agricultura eram grandes mas a vontade de fazer vinho ainda maior. Na verdade, Manuel Calado vem de uma família cujas tradições estão ligadas à agricultura. Em 1988, torna-se num empresário na área da hotelaria e restauração, voltando rapidamente às suas raízes através deste ambicioso projeto familiar. Em 1998, numa zona de grande tradição na arte de fazer vinho, foram plantadas as primeiras vinhas, no Monte dos Outeiros, junto à Herdade das Aldeias dando, assim, início à 1ª fase do projeto. Nela foram plantadas unicamente castas tradicionais portuguesas: Trincadeira, Aragonês, Antão Vaz, Alicante e Verdelho.
The Adega Herdade das Aldeias de Juromenha winery, located 15 kilometres from the city of Elvas, in the heart of the Alentejo, was created by a 56-year-old Elvas entrepreneur farmer, Manuel Calado, who dreamed of becoming a wine-maker. Although his family had a background in agriculture, initially he entered the hotel and restaurant business, but soon returned to his roots with this ambitious family undertaking. The venture was launched in 1998, the first vines being planted at the Monte dos Outeiros estate near the Herdade das Aldeias, set in a region with a great tradition in the art of wine-making. Only traditional Portuguese grape varieties were selected for use: Trincadeira, Aragonês, Antão Vaz, Verdelho and Alicante. Shortly after, plans were drawn up for the winery building by the architect José Calado, the owner’s first son, the design emphasising a series of straight lines, the colour reflecting the torrid hues of the Alentejo landscape. The building looks out on the vineyards, the Guadiana River and the settlement of Juromenha.
Pouco tempo depois começou então a ser projetado pelo arquiteto José Calado, primeiro filho de Manuel, aquele que veio a ser o edifício que acolhe a adega. Nasce, desta forma, uma construção de linhas direitas, composta pelos tons tórridos da paisagem quente alentejana em que está inserida, com vista para as vinhas, para o Rio Guadiana e para Juromenha.
The first bottled wine, labelled Don Gennaro, was launched in 2003 by Manuel’s second son, João Paulo Calado, the production manager.
Contando também com o apoio do seu segundo filho, João Paulo Calado (gerente de produção), em 2003 lançou-se no mercado o primeiro vinho engarrafado. O nome escolhido foi Dom Januário.
Some 70 hectares of vines, predominantly indigenous grape varieties, having been planted, along with some foreign varieties, including Syrah and Sauvignon Carbernet, the winery is now in its seventh phase of expansion.
Atualmente as vinhas encontram-se na sua 7ª fase de expansão, atingindo os 70ha e nelas estão plantadas predominantemente castas autóctones portuguesas, encontrando-se também algumas castas internacionais, nomeadamente, Syrah, Carbernet Sauvignon, entre outras.
The leading label is called Aldeias de Juromenha after the estate and the settlement it looks out on. Five brands have been created: Dom Januário, Aldeias de Juromenha, Forte da Graça, Herdade das Aldeias, and SAMO. The range of wines consists of: select vintage young wines – Aldeias de Juromenha red, white and rosé; single-varietal wines – Syrah, Touriga Nacional, Verdelho and Viognier; and luxury wines – Reserva and Garrafeira. They have all won awards for excellence at national and international events: a total of 32 medals – 6 gold, 14 silver and 12 bronze.
O vinho principal tem como nome Aldeias de Juromenha e tem como fundamento a junção do nome da propriedade, Herdade das Aldeias e a da palavra Juromenha, Vila que se avista da Herdade. Desta forma contamos já com cinco marcas associadas ao nosso vinho: D. Januário, Aldeias de Juromenha, Forte da Graça, Herdade das Aldeias, e SAMO. A nossa gama é composta por Aldeias de Juromenha tinto, branco e rosé, colheita selecionada, dentro dos vinhos jovens, Syrah, Touriga Nacional, Verdelho e Viognier, dentro dos monovarietais e os topo de gama Reserva e Garrafeira. Todos os nossos vinhos são medalhados, perfazendo já um total de 32 medalhas atribuídas em concursos nacionais e internacionais [6 de ouro, 14 de prata e 12 bronze].
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O edifício que acolhe a adega é uma construção de linhas direitas em tons tórridos da paisagem quente alentejana. The building that houses the winery is a building of straight lines in torrid shades of the landscape of Alentejo.
Relativamente ao clima que se faz sentir na zona, podemos dizer que este é caraterizado por primaveras e verões excessivamente quentes e secos. A média anual de precipitação é de 550-650mm e está concentrada nos meses de inverno. A exposição solar regista valores bastante altos, em particular nas semanas anteriores à vindima. Estas condições contribuem para uma perfeita maturação das uvas e são extremamente favoráveis à síntese e acumulação de açúcares e concentração de aromas e cor na película da uva. Na vinha, a produção é controlada para obter entre 7 a 8 toneladas por hectare pois utilizando este método de produção podemos garantir uma excelente qualidade dos nossos vinhos.
The winery is situated in the Guadiana River basin, and the local soils are predominantly shales. The local climate is characterised by very warm springs and dry summers. Average annual rainfall is 550mm to 650mm, concentrated in the winter months, and there is a very high number of sunshine hours, particularly in weeks preceding the harvest. These conditions ensure that the grapes ripen perfectly, and are extremely favourable for the synthesis and accumulation of sugars, as well as concentrating aromas and colour in the skin.
José Manuel Caldes / Fábio Daniel Calado / João Paulo Calado / Rúben Manuel Ramos Manuel Francisco Calado / José Manuel Calado / Vítor Manuel Calado
A proximidade da vinha à Adega promove o aumento da eficiência da vindima uma vez que reduz o tempo desde a colheita até ao processamento das uvas. Na poda utiliza-se o método manual, na colheita é utilizado o método manual e mecânico. No que respeita à vinificação segue-se o processo tradicional em cubas de inox com controlo de temperatura. A maioria dos vinhos tintos estagia em barricas de carvalho francês e americano. Todos os processos desde a vinificação até ao engarrafamento são realizados nas nossas instalações, pela nossa equipa. O nosso enólogo principal é José Saramago e o residente, Vítor Félix. No que se refere ao engarrafamento são utilizadas rolhas de cortiça natural portuguesa. A bacia hidrográfica é dominada pelo Rio Guadiana, como já referimos, e o tipo de solo é predominantemente xistoso. In order to guarantee excellent standards of quality, vineyard production is set at between between seven and eight tonnes per hectare. The proximity of the vineyards to the winery promotes increased harvest efficiency, reducing times from harvest to grape processing. Pruning is done manually, while both manual and mechanical methods of harvesting are used. A traditional process of vinification involves the use of temperature controlled stainless-steel vats. Most red wines are matured in French and American oak barrels. All stages of processing, carried out by the Adega team at the winery, led by resident wine expert Vítor Portuguese cork.
from wine-making to bottling, are Herdade das Aldeias de Juromenha chief winemaker José Saramago and Félix. The stoppers are made from
Em 30 anos a Roquevale tornou-se discretamente um dos maiores produtores privados do Alentejo e um dos principais empregadores da zona de Redondo. Evitando qualquer ostentação, a Roquevale sempre prezou a humildade e o controlo dos custos para garantir a competitividade dos seus vinhos, sem prescindir de manter um caráter genuinamente alentejano.
In 30 years, Roquevale quietly became one of the biggest private producers in the Alentejo, and one of the main job provider in the area of Redondo. Avoiding any ostentation, Roquevale always remains humble and dedicated to keep its costs low, but without compromising ever the genuine Alentejo character of its wines. The wines consistency is guaranteed by Joana Roque do Vale, in charge of the winemaking for all the wines since 1996, and heiress of 3 generations of winegrowers. Roquevale range enjoys a good level of presence in almost every shop in Portugal, with both Roquevale historic brands and with exclusive or own label brands. The international sales are widely spread, with at least one strong market in each continent.
A consistência dos vinhos é garantida pela enóloga Joana Roque do Vale, responsável desde 1996 por todos os vinhos da empresa e herdeira da experiência de 3 gerações de produtores de vinhos. A Roquevale tem hoje uma gama bem representada na quase totalidade das lojas em Portugal, seja com as suas marcas históricas, seja com marcas exclusivas reservadas a determinadas cadeias. Tem presença internacional relevante, com pelo menos um mercado forte em cada continente
Roquevale head office and winery are located in Monte Branco Estate, just outside the town of Redondo, on the way to the Serra D’Ossa Mountains and the town of Estremoz.
A Roquevale juntou a sua sede e a sua adega na sua herdade de Monte Branco, entre Redondo e a Serra D’Ossa, na estrada para Estremoz. A Adega está hoje em condições de vinificar 3 milhões de kg de uva por ano, e detém uma capacidade de engarrafamento de 6.000 garrafas/hora. Os vinhos de maior qualidade estagiam em barricas de carvalho francês e americano numa ampla cave, onde também se efetua o estágio do vinho em garrafa.
The winery can count on modern equipments able to turn 3 million kg of grape into wines per year. The bottling capacity is 6.000 bottles / hour. The finest wines are aged in French and American oak barrels in a large cave where the bottled wine also rests before going to market. Roquevale owns 2 estates, both nearby Redondo, with a total vineyard area of 135 hectares. The Monte Branco estate, with soil of granitic origin, is dedicated to white grape varieties (Roupeiro, Fernão Pires, Arinto and Rabo de Ovelha), while the Madeira Nova de Cima estate, with red schist soil is reserved for red grape varieties, mainly regional ones like Aragonez (identical to the Spanish Tempranillo), Trincadeira, Alfrocheiro, Castelão, Alicante Bouschet, Tinta Caiada, but more recently also with other varieties like Touriga Nacional, Touriga Franca and Cabernet Sauvignon.
A Roquevale possui duas herdades no concelho do Redondo, com uma área total de vinha que ronda os 135 hectares. O Monte Branco, a caminho da Serra d’Ossa, com solos de origem granítica, é fundamentalmente dirigido à produção de uvas brancas (Roupeiro, Fernão Pires, Arinto e Rabo de Ovelha), e a Herdade da Madeira Nova de Cima tem solos vermelhos de xisto e é vocacionada para a produção de uvas tintas (sobretudo as castas da região, Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro, Castelão, Alicante Bouschet e Tinta Caiada, recentemente com a introdução de Touriga Nacional, Touriga Franca e Cabernet Sauvignon).
Redondo is one of 8 sub-areas within the Alentejo Appellation Contrôlée. Granitic origin is the dominant type of soils, however there is a significant amount of vineyards planted on schist originated soils.
A zona vitivinícola de Redondo é uma das oito sub-regiões da Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) Alentejo. Os solos dominantes na região são derivados de granitos, sendo no entanto já considerável a área de vinha instalada em solos derivados de xisto.
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A filosofia da Roquevale mantém-se idêntica desde 1989: fazer bons vinhos, genuinamente alentejanos. The philosophy behind Roquevale’s signature remains unchanged since 1989: to make good wines, true to Alentejo.
Joana Roque do Vale
A filosofia da Roquevale mantém-se idêntica desde 1989: fazer bons vinhos, genuinamente alentejanos (privilegiando por isso as castas da região) e apresentá-los ao consumidor a preços não especulativos. Esta procura da qualidade ao preço justo manifestou-se desde o início. Esta atitude nunca foi esquecida enquanto a gama se alargava para responder a um leque maior de necessidades dos consumidores. Para as ocasiões especiais foi elaborado um conjunto de vinhos superiores com as marcas Roquevale e Tinto da Talha Grande Escolha. No patamar da gama média, a empresa apresenta as marcas Redondo e Tinto da Talha e, para satisfazer sem preconceitos, as necessidades de todos os dias ao melhor preço por litro, a Roquevale foi pioneira em apostar na inovação Bag in Box, com as marcas Terras de Xisto e Alecrim. The philosophy behind Roquevale’s signature remains unchanged since 1989: to make good wines, true to Alentejo (therefore giving priority to the local grapes varieties), and deliver them to the consumer at a fair price. This quest for the best value for money has always been inspiring the company along the development of the range to cater for a wider set of consumer needs For special occasions, superior quality wines are sold under the Roquevale and Tinto da Talha Grande Escolha brand names. The mid-range segment is covered by the Tinto da Talha and Redondo brands. Finally to satisfy everyday search for no-fuss / affordable yet pleasant wines, Roquevale was a local pioneer for the Bag-in-Box format, under the brands Terras de Xisto and Alecrim.
A Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Lda foi constituída em 1998 e é uma empresa familiar que detém a propriedade da Herdade do Monte Novo e Figueirinha, com 300 hectares de terra de excelente qualidade e que é o exemplo de uma moderna exploração agrícola de vinha e olival de regadio, com um sistema de rega, gota a gota.
The company Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Lda was founded in 1998 and is a family business that owns the Herdade do Monte Novo and Figueirinha, with 300 hectares of land of excellent quality. It is an example of a modern farm vineyard and olive trees irrigated with a system of drip irrigation. The wine production began in 2003 with the construction of the cellar. The cellar is located by the vineyard, allowing a reduced time between the harvest of the grape and its transformation, which contributes to the quality of the wines produced. Equipped with modern technology, one distinctive feature of the production process is the use of mechanized vats, where the process of reassembling the must resort to shovels pneumatic immersion, allowing a better homogenization of the liquid without crushing the skins or seeds. In other words, only the best part of the grapes is extracted.
A produção de vinho iniciou-se em 2003, com a construção da adega. A Adega da Figueirinha está situada na herdade, junto à vinha, permitindo um reduzido tempo entre a colheita da uva e a sua transformação, o que contribui para a qualidade dos vinhos produzidos. Equipada com moderna tecnologia, tem a particularidade de efetuar a vinificação em lagares mecanizados, onde o processo de remontagem do mosto recorre a pás de imersão pneumáticas, que permitem uma melhor homogeneização do mosto, sem esmagar as películas e as grainhas. Por outras palavras, apenas retiram da uva o que estas têm de melhor.
The winery is dimensioned to an annual production of 1.5 million liters of wine, from the production of its own brands and the services of vinification and bottling to other grape growers in the region. To produce its own brands, the Herdade do Monte Novo and Figueirinha has 40 hectares of vineyards with grape varieties of excellent quality, especially Trincadeira, Aragonêz, Touriga Nacional, Syrah, Cabernet Sauvignon, Tannat, Pinot Noir and Alicante Boushet. For the production of white and sparkling wines, its has the grapes from Herdade das Fontes with 30 hectares, located in Vidígueira region and property of the family, where the varieties Antão Vaz, Arinto and Chardonnay predominate. For the production of the wines, the company has a total of 70 hectares of its own vineyards.
A adega está dimensionada para uma produção anual de 1,5 milhões de litros de vinho, entre a produção de marcas próprias e a prestação de serviços de vinificação e engarrafamento a outros produtores de uva da região. Para a produção de marcas próprias, a Herdade do Monte Novo e Figueirinha possui 40 hectares de vinha de castas de uva tinta de excelente qualidade, com destaque para Trincadeira, Aragonez, Touriga Nacional, Syrah, Cabernet Sauvignon, Tannat, Pinot Noir e Alicante Boushet. Para a produção dos vinhos brancos e espumante, dispõe ainda das uvas provenientes da Herdade das Fontes com 30 hectares, situada na região da Vidigueira e também propriedade da família, onde predominam as castas Antão Vaz, Chardonnay e Arinto. Assim, para a produção dos seus vinhos dispõe no total de 70 hectares de vinhas próprias.
The success in producing a quality wine depends on a number of factors, all with an important contribution to the final result. Depends heavily on fieldwork conducted throughout the year, even before the harvest. The company provides equipment, products and qualified personnel, so that the production of the grapes has the best conditions for the quality of the final product. The winery has its own laboratory for permanent analysis of fruits and products, from the beginning of production to the final product. Each variety is harvested at the proper time, according to their optimum maturity.
O sucesso na produção de um vinho de qualidade depende de numerosos fatores, todos com uma importante contribuição para o resultado final. Depende em muito dos trabalhos de campo efetuados ao longo de todo o ano, mesmo antes da vindima. Para tal, a herdade dispõe de equipamentos, produtos e pessoal qualificado, de forma a que a produção da uva se realize com as melhores condições para a qualidade do produto final. A adega possui um laboratório próprio para análise permanente dos frutos e dos produtos, desde o início da produção ao produto final. Cada casta é vindimada na altura própria, de acordo com o seu ponto ótimo de maturação.
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O sucesso na produção de um vinho de qualidade depende de numerosos fatores. The success in producing a quality wine depends on a number of factors.
A produção dos vinhos, sob a responsabilidade dos enólogos Filipe Sevinate Pinto e Susana Correia, é rigorosamente controlada desde a seleção das uvas até ao armazenamento. O estágio de parte dos vinhos é feito em cave, em barricas de carvalho francês e americano, nas condições ideais de humidade e temperatura, que posteriormente é engarrafado e mantido em tulhas, para melhor repousar. Na Adega da Figueirinha todas as fases de produção são atentamente controladas pelo produtor, e todo o processo produtivo é encarado como uma missão com o objetivo de produzir vinhos de qualidade, surpreendentemente elegantes e ricos de sabor.
The production of wine, under the responsibility of the consultant winemaker Filipe Sevinate Pinto and resident winemaker Susana Correia, is strictly monitored from the selection of grapes to the storage phase. Reserve wines are aged underground, in barrels of French and American oak, in the ideal conditions of humidity and temperature, which are then bottled and kept in racks for optimal maturation. In the cellar all stages of production are carefully monitored by the producer, and the entire production process is seen as a mission with the aim of producing quality wines, surprisingly elegant and rich in flavor.
Susana Correia / Filipe Cameirinha Ramos / Cristina Cameirinha
As nossas marcas contam já com o reconhecimento da sua qualidade, para o qual tem contribuído a atribuição de muitos prémios, nomeadamente medalhas de ouro e prata, obtidos em concursos de nível nacional e internacional. A excelente relação entre a qualidade e o preço dos vinhos tem permitido um crescimento sustentado das vendas no mercado interno e também o crescimento das exportações. A marca Herdade da Figueirinha é a mais representativa da produção, aquela a que a terra deu o nome, e apresenta tinto, branco, monovarietais e espumante. As colheitas mais especiais destinam-se às marcas Fonte Mouro e Reserva do Comendador Leonel Cameirinha. As marcas Amnésia e Intuição caraterizam-se por apresentarem vinhos mais jovens. Our brands already rely on recognition of its quality, for which has contributed the many awards, including gold and silver medals, achieved in competitions nationally and internationally. The excellent relationship between quality and price of wines has allowed a sustained sales growth both in the domestic and export markets.
Herdade da Figueirinha brand is the most representative of production, and features red, white, sparkling and varietal wines. The most special harvests are reserved for the brands Fonte Mouro and Reserva do Comendador Leonel Cameirinha. The brands Amnésia and Intuição are characterized by younger wines.
Em pleno coração alentejano, encontramos um dos locais mais emblemáticos que conjuga a tradição e o saber à produção de grandes vinhos: a Adega José de Sousa.
Combining tradition and expertise to produce great wines, the Adega José de Sousa winery is located in the heart of the Alentejo in a setting typical of the region.
A Adega José de Sousa, mais conhecida como a Adega dos Potes, situada em Reguengos de Monsaraz, é uma propriedade carregada de prestígio e história, onde os primeiros registos de produção de vinho remontam ao séc. XIX. Foi aqui que se produziu uma das referências míticas do Alentejo – Tinto Velho José de Sousa Rosado Fernandes de 1940. Podemos afirmar que Tinto Velho José de Sousa Rosado Fernandes, conhecido presentemente apenas por José de Sousa, é um néctar que teima em viver. A sua produção remonta, tanto quanto se sabe, a pelo menos 1878, e simboliza um passado glorioso que a José Maria da Fonseca teimou em fazer renascer das cinzas.
Usually known as the Adega dos Potes, this prestigious estate, located near Reguengos de Monsaraz, is steeped in history, the first records of wine production dating back to the 19th century: Jose de Sousa, Velho Tinto 1940 – a legendary Alentejo red wine – was first produced in 1878. The wine, initially designated Tinto Velho José de Sousa Rosado Fernandes, now shortened to José de Sousa, is a lively nectar, symbolising a glorious past, from which José Maria da Fonseca succeeded in taking full advantage. In the 1940s, José de Sousa Rosado Fernandes was a big Alentejo farmer and Tinto Velho José de Sousa was an ever-present feature of the many social gatherings, hunting parties and reunions with family and friends, and as a result became increasingly popular.
Na década de quarenta, José de Sousa Rosado Fernandes era um importante agricultor alentejano. Nas muitas festas, caçadas e convívios que organizava com a família e amigos, o Tinto Velho José de Sousa, estava sempre presente e granjeava crescente fama.
Even Buckingham Palace placed orders for the wine, which pleased the producer and made him proud. It is thought that the Buckingham Palace connection was established by an Englishman having taken part in one of many hunts which were organised in those days.
Curioso será notar que na altura já chegavam encomendas do Palácio de Buckingham, facto que deixava José de Sousa Rosado Fernandes feliz e orgulhoso do seu Tinto Velho. Especula-se que o vinho terá ido parar a Buckingham Palace por intermédio de um inglês que tinha participado numa das muitas caçadas organizadas na época.
The Rosado Fernandes winery had the capacity for many thousands of litres, but wine production stopped with the coming of phylloxera in the nineteenth century. The empty wine pots were kept for decorative purposes as objects of beauty. José de Sousa Rosado Fernandes was immensely proud of his wines and took some bottles with him whenever he travelled; his relationship with wine was a passionate one. On his death, the estate passed into in the hands of his brotherin-law who sold it to the José Maria da Fonseca company in 1986.
Na Adega Rosado Fernandes havia capacidade para muitos milhares de litros, mas há muito que as talhas (potes) estavam vazias, pois a produção vínica fora interrompida com o surgimento da filoxera, no século XIX. As talhas continuavam lá meramente porque eram objetos bonitos e decorativos. José de Sousa Rosado Fernandes tinha um orgulho imenso nos seus vinhos e levava-os consigo quando viajava. Tinha uma relação de amor com o vinho. Com a sua morte, a Casa Agrícola acabou nas mãos de um cunhado que, em 1986 a vendeu à empresa José Maria da Fonseca.
This proved to be a turning point for the José de Sousa winery. The acquisition by José Maria da Fonseca allowed the Soares Franco family to see their dream of producing wine in the Alentejo come true. At the José de Sousa winery a traditional wine-making technique and an unusual fermentation method introduced by the Romans are used.
Este foi um ano marcante para a Adega José de Sousa. A sua aquisição pela José Maria da Fonseca permitiu a concretização de um antigo sonho da família Soares Franco de produzir vinho no Alentejo. Na Adega José de Sousa utiliza-se uma técnica tradicional de vinificação e um método de fermentação ancestral e raríssimo, iniciado pelos Romanos.
First, the grapes are picked, then de-stemmed and trodden. Next, they undergo a process of fermentation in clay pots, in the timeold way that has been used for over 2,000 years. Finally, the wine is matured in French oak barrels.
As uvas após serem colhidas, desengaçadas e pisadas a pés, passam por um processo de fermentação em Potes de Barro, da mesma forma que se vinificava há mais de 2000 anos. Posteriormente o vinho estagia em cascos de carvalho francês.
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A tradição e o saber associados a grandes vinhos. Tradition and expertise come together to make great wines.
Esta tradição Romana, aliada às novas técnicas de vinificação, permite capturar a essência das melhores castas tradicionais do Alentejo e confere um caráter único aos vinhos aí produzidos: José de Sousa, José de Sousa Mayor, e J de José de Sousa. Também na vinha reside parte do “segredo” destes vinhos únicos. Na Herdade do Monte da Ribeira, de solos graníticos e com excelente exposição solar, estão plantadas as castas que dão origem aos vinhos José de Sousa. Num total de 72 hectares, dominados pelo encepamento tradicional de uvas tintas da região, inclui as castas Trincadeira, Aragonês e Grand Noir. A sua reconversão, já da responsabilidade de José Maria da Fonseca, começou a ser feita em 1988. The Roman tradition, combined with new wine-making techniques, enables the best of traditional Alentejo grape varieties to be captured and endows a unique character to the wines produced: José de Sousa, José de Sousa Mayor, and J de José de Sousa. Part of the secret behind the success of these unique wines lies in the vineyard. On the 72-hectare Herdade Monte da Ribeira estate, with its granite soils and a high number of sunshine hours, a selection of grape varieties are used to produce José de Sousa wines; these are predominantly traditional varieties of grapes from the region including Trincadeira, Aragonês and Grand Noir. The vines were planted by José Maria da Fonseca from 1988.
Domingos Soares Franco / Paulo Amaral
Hoje em dia, a Adega José de Sousa, obedecendo a uma filosofia de permanente desenvolvimento, que a leva a investir sempre mais em suportes de investigação e de produção, é uma das mais antigas no Alentejo e a única na dimensão da utilização desta técnica de vinificação. Para além da sua adega tradicional com 114 Potes de Barro, instalada abaixo do nível do solo, que permite preservar uma temperatura fresca e constante ao longo do ano, existe ainda uma adega moderna, com 44 tanques de inox e toda a tecnologia indispensável para a vinificação dos nossos dias. Constantly striving to achieve improvement, and consistently investing in research and new production facilities, José de Sousa is one of the oldest wineries in the Alentejo and the only one using the wine-making technique described. In addition to the traditional winery, with its 114 clay pots, situated below ground level, providing a constant cool temperature throughout the year, there is a modern facility with 44 stainless steel vats and all the technology required for modern wine-making.
Carlos e Luís Serrano Mira são os proprietários e administradores da Serrano Mira - Sociedade Vinícola, S.A. | Herdade das Servas, empresa de produção e comercialização de vinhos do Alentejo, localizada em Estremoz (EN4 - São Bento do Ameixial), constituída a 15 de Fevereiro de 1999. Na Herdade das Servas partilha-se experiência e tradição na criação de vinhos com história nos quais se reflete o “Alentejo de corpo e alma”.
Serrano Mira – Sociedade Vinícola, S.A. operates at the Herdade das Servas estate, situated on the EN4 road at São Bento do Ameixial, near Estremoz, and is owned and managed by Carlos and Luis Serrano Mira. Operations began on 15th February 1999, the company specialising in the production and marketing of Alentejo wines. A blend of experience and traditional methods enables the creation of wines with a history, reflected in the motto “Alentejo – body and soul.”
A família Serrano Mira é uma das mais antigas na produção de vinho do Alentejo. Nas suas propriedades foram conservadas talhas de barro, datadas de 1667, utilizadas na feitoria do vinho. O bisavô materno de Carlos e Luís – a sexta geração de vitivinicultores – foi um dos três sócios fundadores e o primeiro presidente de uma Adega Cooperativa no Alentejo, em 1955. O avô paterno, Manuel Joaquim Mira, foi o primeiro a engarrafar os vinhos da família, na década de 1940, tendo criado uma das primeiras empresas particulares na produção de vinhos no Alentejo.
The Serrano Mira family is one of the oldest Alentejo wine-making families in the region. Clay jars used in wine-making dating from 1667 are conserved at the estates. Carlos and Luís’s maternal greatgrandfather – the sixth generation of winemakers in the family – was one of the three founders a cooperative winery in the Alentejo in 1955 and the first president. Their paternal grandfather, Joaquim Manuel Mira, was the first to bottle the family wines in the 1940s, setting up one of the first private companies producing wine in the region. The Serrano Mira brothers have been involved in the family business of wine-making from an early age and, over time, they have accumulated a wealth of experience which is a great advantage in the development of the venture, enabling the winery to achieve increasing success in the quality wine market.
Os irmãos Serrano Mira acompanharam desde muito cedo as atividades familiares no setor do vinho e, ao longo do tempo, foram assimilando vivências essenciais para o desenvolvimento do projeto Herdade das Servas: um player que se tem vindo a afirmar de forma sustentada no mercado de vinhos de qualidade.
There are four vineyards: Azinhal, Judia (the oldest), Monte dos Clérigos, and Servas, covering a total of 220 hectares. The vines are aged from 20 to 60 years, except for Servas vineyard, which was planted in January 2007. They are cared for by Carlos Serrano Mira and his team, while wine-making is the responsibility of Luís Serrano Mira and enologist Tiago Garcia.
A Sociedade zela por um património vinícola de 220 hectares, dividido em quatro vinhas: Azinhal, Judia (a mais antiga), Monte dos Clérigos e Servas. A idade das vinhas varia entre os 20 e os 60 anos, com exceção da vinha das Servas que foi plantada em Janeiro de 2007. As vinhas são seguidas por uma equipa de viticultura liderada por Carlos Serrano Mira. A direção de enologia está a cargo de Luís Serrano Mira e do enólogo Tiago Garcia.
A number of grape varieties are used at the four vineyards: 13 red varieties – Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Castelão, Merlot, Petit Verdot, Sangiovese, Syrah, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira and Vinhão; and nine white varieties – Alvarinho, Antão Vaz, Arinto, Encruzado, Rabo de Ovelha, Roupeiro, Semillon, Verdelho and Viognier.
São várias as castas plantadas, por talhões, nas quatro propriedades da Herdade das Servas: 13 Castas Tintas (Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Castelão, Merlot, Petit Verdot, Sangiovese, Syrah, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira e Vinhão), 9 Castas Brancas (Alvarinho, Antão Vaz, Arinto, Encruzado, Rabo de Ovelha, Roupeiro, Semillon, Verdelho e Viognier).
The Herdade das Servas winery is equipped with modern technological facilities for grape-reception, vinification and maturing, producing a range of reds, whites and rosés: Vinha das Servas and Monte das Servas (table wines), and Herdade das Servas (top of the range, for a discerning clientèle). The aim is the diversification of products with a view to satisfying different consumer tastes.
A adega da Herdade das Servas está equipada com a mais moderna tecnologia de receção, vinificação e envelhecimento de vinhos, dando origem a tintos, brancos e rosés, sob as marcas Vinha das Servas (para o dia a dia), Monte das Servas (para o dia a dia de um consumidor) e Herdade das Servas (topo de gama; para momentos de consumo especiais). Uma aposta na diversificação, com o objetivo de satisfazer o gosto do consumidor.
The history of the Alentejo demarcated wine-producing region is encapsulated in the wines created, endowed with unique characteristics. The dedication with which the Serrano Mira family wines have been produced over the course of generations gives them an incomparable and unmistakable “body and a soul”.
A Herdade das Servas é berço de vinhos que refletem a história de uma zona de origem demarcada que afirma profundamente as suas caraterísticas: o Alentejo. A dedicação com que os vinhos da família Serrano Mira são produzidos há várias gerações confere-lhes “um corpo e uma alma” ímpares e inconfundíveis.
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Vinhos com tradição, tempo, sabedoria e qualidade... Wines with tradition, time, wisdom and quality...
Delicie-se com o resultado de décadas de tradição vitivinícola ao provar os vinhos da Herdade, na loja de vinhos ou no lounge exterior, onde pode também degustar umas tapas. Depois do ritual, adquira os vinhos da sua eleição na loja da Herdade das Servas. A Herdade das Servas dispõe de um restaurante com capacidade para 80 pessoas, ideal para reuniões de empresas, convenções de vendas, festas de aniversário, celebrações de Natal e convívios turísticos, entre outros eventos. Aqui pode apreciar pratos tipicamente alentejanos harmonizados com os vinhos da Herdade. A exportação é um desafio da Herdade das Servas, tendo crescido a uma média anual de cerca de 8%. Embora atualmente 80% das vendas sejam destinadas ao consumo interno, os vinhos da Herdade das Servas estão já presentes em dezoito países: Alemanha, Angola, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Estados Unidos da América, Finlândia, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Malásia, Noruega, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. Atualmente há uma forte penetração em três dos mercados mencionados; são eles China, Estados Unidos da América e Malásia.
Visitors are encouraged to indulge in the fruit of a tradition of decades of wine-making and try the wines in the outside relaxation area, where they can also enjoy some tapas. You can also purchase the wines of your choice at the shop. There is a restaurant seating 80 diners, ideal for business meetings, sales conventions, parties, Christmas celebrations, tourist gatherings and other events. Here you can partake of typical Alentejo dishes accompanied by wines produced on the estate. The export market provides a challenge for Herdade das Servas, which has an annual average growth rate of about 8%. Currently 80% of wines are sold in the domestic market, but there is now a presence in eighteen countries: Angola, Belgium, Brazil, Canada, China, Denmark, Germany, the United States, Finland, Holland, Ireland, Luxembourg, Malaysia, Norway, the United Kingdom, the Czech Republic, Sweden and Switzerland, with strong current penetration in the Chinese, US and Malaysian markets.
Luís Mira / Carlos Mira
O Enoturismo é uma “peça” fundamental do projeto Herdade das Servas, tendo existido desde o início a preocupação de se criarem condições para receber e mostrar o processo de criação dos vinhos da família Serrano Mira, não esquecendo as “etapas” de degustação vínica e gastronómica. A Herdade das Servas abre as suas portas para dar a conhecer os segredos de uma das mais antigas famílias produtoras de vinho no Alentejo. É com orgulho que a família Serrano Mira partilha a sua experiência e tradição na criação de vinhos com história e o “Alentejo de corpo e alma”. O convite é para que viva uma experiência única em comunhão com alguns dos mais preciosos néctares de Baco. Wine tourism is an essential feature of the Herdade das Servas venture, providing visitors with the chance to experience first-hand the process of creating Serrano Mira family-made wines, while there is also the opportunity for tasting both wines and culinary delights. The Herdade das Servas showcases the secrets of one of the oldest wine producing families in the Alentejo. The Serrano Mira family is proud to share its experience and traditions of creating wines with history, reflected in its motto. All are invited to visit and share a unique experience, communing with the sweet nectar of Bacchus.
A casa Marcolino Sebo é uma empresa familiar da região de Borba, que está ligada à área da viticultura há cerca de 40 anos, sendo a sua constituição oficial datada de 15-05-1975.
The Marcolino Sebo winery is a family business based in the Borba region which has been producing grapes for nearly 40 years, having begun operations on 15th May 1975.
Marcolino Sebo, um homem que nasceu no seio de uma família humilde, com o decorrer do tempo, com muito trabalho e perspicácia, conseguiu erguer um património. Inicialmente, por se integrar numa zona da indústria do mármore, dedicou-se a esta atividade adquirindo máquinas pesadas e prestando serviços na indústria do mármore e na agricultura. Assim, paralelamente a esta atividade começou a adquirir vinhas e tornou-se associado da cooperativa onde entregava a sua produção de uvas, sendo mais tarde considerado um dos maiores sócios.
Born into a humble family, Marcolino Sebo managed to build up his business operations over time due to a combination of hard work and acumen. He initially started out in the locally-important marble industry, as a heavy machinery contractor in this sector and also agriculture. At the same time, he began to purchase a number of vineyards and joined a cooperative wine-making association, later becoming one of the largest grape-producing members. Marcolino has dedicated all his energies to the vineyards for over 30 years now, initially transporting all the grapes produced to the cooperative for processing. Later, having acquired more vineyards, he was able to realise his ambition of producing his own wine to an excellent standard and marketing it all over the world. The winery began operating in 2000, and children Luís and Sonia joined their father in the running of the business.
Assim ao longo de mais de 30 anos houve uma dedicação em pleno à viticultura, sendo as uvas entregues na Cooperativa, mas com o crescente aumento da área de vinha e o sonho de Marcolino Sebo, de produzir o seu próprio vinho, surgiu o projeto de criar uma adega no ano de 2000, sempre com o grande objetivo de produzir vinhos de excelência. Nesse ano os filhos Luís e Sónia juntaram-se ao pai e partilharam o seu sonho, tornando-se administradores e dedicando-se inteiramente ao projeto – produzir o próprio vinho e dá-lo a conhecer por todo o mundo.
The 130 hectares of vineyards are located on six different estates: Quinta da Pinheira, Monte da Vaqueira, Monte do Estevalinho, Herdade da Cerca, and Herdade do Olival, all situated between Borba and Estremoz. The soils are a mixture of clay, limestone and argillaceous schist. The first wine made with the family’s own grapes was bottled and sold in 2000. At that time, the proportion of reds to whites was around 55% to 45%. However, due to the growth in demand for red wine, in accordance with market trends, new vines were planted using both traditional and new grape varieties which experience has shown to be most suitable for the wines produced.
Contando com uma área de 130 hectares divididos por seis parcelas de vinha – Quinta da Pinheira, Monte da Vaqueira, Monte do Estevalinho, Herdade da Cerca e Herdade do Olival - situadas entre Borba e Estremoz, caraterizadas pelos solos argilo-calcários e argilo-xistosos, começou a vinificação das suas uvas e posterior engarrafamento e comercialização do seu vinho no ano de 2000. Nessa data os encepamentos rondavam os 55% tinto e 45% branco. No entanto, com a crescente procura de vinho tinto e seguindo a tendência do mercado, foram feitas plantações com castas tradicionais e novas que de acordo com a experiência de trabalho verificou-se serem as mais adequadas aos vinhos da Marcolino Sebo.
At present about 85% of grapes grown use red-wine varieties and 15% white, mostly traditional Portuguese varieties: reds – Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Tinta Caiada and Syrah; and whites – Roupeiro, Antão Vaz, Verdelho and some Chardonnay.
Neste momento a vinha tem cerca de 85% de castas tintas e 15% de castas brancas. Na vinha existem diversas castas, privilegiando as castas tradicionais portuguesas, não obstante a existências de outras. As uvas tintas são das castas Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Tinta Caiada e Syrah; as brancas são Roupeiro, Antão Vaz, Verdelho e Chardonnay em pequena quantidade.
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A casa Marcolino Sebo é uma empresa familiar ligada à viticultura há cerca de 40 anos. The Marcolino Sebo winery is a family business which has been producing wines for nearly 40 years
A casa Marcolino Sebo conta com um edifício moderno com traça alentejana bem marcada, onde se utiliza a tecnologia moderna baseada em métodos tradicionais antigos na produção do seu vinho. Em termos materiais tem cerca de 60 cubas de inox com diversas capacidades, perfazendo uma capacidade total de armazenamento de 1.400.000 litros. As diferentes fases de produção do vinho como a vinificação, estágio e engarrafamento são sujeitas a um rigoroso controlo de qualidade apoiado nas novas tecnologias computorizadas e pelo laboratório, sendo sempre no final objeto de prova feita pelo enólogo Jorge Santos. A cave é o lugar de eleição para o estágio dos vinhos, tendo cerca de 200 barricas de carvalho francês e americano; é nelas que estagiam os grandes vinhos, com uma duração de estágio variável sob vigilância constante, de modo a obter o melhor resultado e harmonia entre o vinho e a madeira.
The winery is housed in a modern Alentejo-style building equipped with recent technology, while using old traditional methods. There are about 60 stainless steel vats of various sizes and the total storage capacity is 1.4 million litres. The different stages of wine production, maturing and bottling are subject to rigorous quality control using new computerised technologies and laboratory techniques, subject to final approval by the enologist, Jorge Santos. The winery employs a large team, ranging from grape-harvesters to marketeers, and of course the wine expert: the enologist,. Wines are matured in the cellar equipped with about 200 French and American oak barrels. The length of maturation of the best wines is variable and the interaction of wine and wood is monitored constantly in order to get the best results.
Jorge Santos / Luis Sebo / Marcolino Sebo / Sónia Sebo
Em termos humanos a casa Marcolino Sebo conta com uma vasta equipa, desde o trabalho de campo até à comercialização do produto final, passando pela enologia com o apoio do enólogo Eng.º Jorge Santos. A aposta da empresa passa pela produção de vinhos de qualidade, tendo uma gama muito alargada que vai desde o vinho de mesa, passando pelo vinho licoroso e ainda pelas Aguardentes vínicas e bagaceira. Assim comercializa vinho D.O.C. Alentejo e vinho Regional Alentejano com as marcas: Visconde de Borba (Garrafeira, Reserva, Tinto. Rosé e Branco), Quinta da Pinheira Tinto e ainda a linha QP com QP Touriga nacional, QP Syrah, QP Chardonnay e QP Colheita Selecionada, Quinta da Pinheira e ainda a marca Monte da Vaqueira. The mission of the company is to produce quality wines, and the wide range of products includes table wines, fortified wines, and liqueurs, as well as aguardiente and marc. The following DOC Alentejo and Alentejo Region wine labels are produced: Visconde de Borba (Garrafeira, Tinto, Reserva, Rosé and Branco), Quinta da Pinheira Tinto, and, in the QP range, QP Touriga nacional, QP Syrah, QP Chardonnay, QP Colheita Selecionada, as well as Quinta da Pinheira and Monte da Vaqueira.
A Malhadinha Nova é a típica herdade familiar situada em Albernoa, no coração do Baixo Alentejo. Desde 1998, a paixão e empenho da família levaram à transformação de terras há muito abandonadas em solos capazes de dar vida a produtos genuinamente alentejanos e de elevada qualidade.
The Malhadinha Nova is a typical family estate located in Albernoa in the heart of the Baixo Alentejo region. Since 1998, the passion and commitment of the family have led to the rejuvenation of land long abandoned whose soils have great potential for creating genuine Alentejo quality products.
As perfeitas condições climáticas do Alentejo, os solos xistosos e as suas encostas bem drenadas de propriedade, as castas criteriosamente selecionadas (Touriga Nacional, Aragonez, Syrah, Alicante Bouschet, Trincadeira, Cabernet, Sauvignon e Tinta Miúda para os tintos, e Arinto, Roupeiro, Antão Vaz, Chardonnay, Verdelho e Viognier para os brancos) formam o terroir da Malhadinha Nova, com condições únicas para a produção de vinhos com caráter próprio e de grande qualidade.
The perfect climatic conditions of the Alentejo, the schist soils and the well-drained slopes of the estate, and the carefully selected grape varieties – Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet, Sauvignon and Tinta Miúda for red wines, and Arinto, Roupeiro, Antão Vaz, Chardonnay, Verdelho and Viognier for whites – all come together on the Malhadinha terroir to provide uniquely excellent conditions for producing great quality wines with character. The Malhadinha Nova winery possesses a number of unique advantages which enable the production of distinctive wines of the highest quality. The building is situated just a few metres from the vineyard, and full advantage is taken of the slope of the land, with the entire wine-making process being conducted by force of gravity. The grapes are collected in 12-kilogram boxes and emptied directly into the modern refrigerated vats, where they are trodden. A blend of traditional vinification methods and the use of technology ensures the full potential of the vineyard fruit is used. The wine is then matured in barrels under optimal conditions in the cellar, which is carved out of the hillside to a depth of several metres.
A adega da Malhadinha Nova reúne um conjunto de caraterísticas únicas, favoráveis à obtenção de vinhos distintos e da mais elevada qualidade. Situada a escassos metros da vinha, a adega aproveita a inclinação do terreno, permitindo que todo o processo de vinificação se faça por gravidade. A uva é rececionada em pequenas caixas de 12kg e descarregada diretamente para os modernos lagares refrigerados, onde a pisa da uva conjuga na perfeição métodos tradicionais de vinificação e utilização de tecnologia por forma a obter da uva todo o potencial que a natureza lhe deu na vinha. A cave de barricas, escavada na encosta a vários metros de profundidade, confere ao vinho excelentes condições para o envelhecimento.
The Malhadinha Nova estate was born out of a dream – the dream of making great wine – in fact, the best wine in the world. Malhadinha Nova wines: elegant, intensely fruity and wonderfully complex in the mouth, are the product of the great respect we have for nature and all the passion and dedication with which they are created.
A Herdade da Malhadinha Nova nasce de um sonho… o sonho de produzir um grande vinho, de produzir o melhor vinho do mundo. Os vinhos da Herdade da Malhadinha Nova, elegantes, intensamente frutados e de grande complexidade na boca são o reflexo de um enorme respeito pela natureza e de toda a paixão e dedicação com que são criados. “De entre a nova vaga de produtores que quase inundou o Alentejo, a Herdade da Malhadinha Nova é sem dúvida um dos mais interessantes (…) Nos mais pequenos pormenores se vê que é um projeto pensado com pés e cabeça (…)”. In Revista de Vinhos, Abril 2005
“Among the new wave of producers which has almost flooded the Alentejo, Herdade da Malhadinha Nova is undoubtedly one of the most interesting (...) It is in the detail of the venture that you realize how well thought out it is (...)”. Vinhos magazine, April 2005. At Malhadinha we raise free-range animals of indigenous breeds, perfectly adapted to the climatic conditions of the region: the DOP Alentejo cow and the certified Alentejo black pig fed 100% on acorns. A recent project, a pure-bred Lusitano stud farm, born of the desire to invest in a traditional area of the regional culture, is aimed at achieving excellence.
Na Malhadinha criam-se, lentamente, em liberdade, animais de raça autóctones, perfeitamente adaptados às condições climáticas da região: a vaca alentejana DOP e o porco preto certificado alimentado a 100% de bolota. A criação do cavalo de raça “puro-sangue Lusitano”, uma atividade mais recente, que nasce da vontade de apostar numa área tradicional da nossa cultura, com a criação de uma coudelaria que tem como objetivo atingir a excelência.
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A Herdade da Malhadinha Nova nasce de um sonho… O sonho de produzir um grande vinho, de produzir o melhor vinho do mundo. The Malhadinha Nova estate was born out of a dream... the dream of making great wine – in fact, the best wine in the world.
O Restaurante da Malhadinha, integrado no edifício da Adega, oferece uma cozinha de autor, genuína, que privilegia os produtos da terra em interpretações modernas. Liderado pelo Chef Consultor Joachim Koerper e com a colaboração do Chef executivo Bruno Antunes e da cozinheira tradicional Vitalina Santos, propõe menus de estação inspirados na gastronomia alentejana. Com marcação prévia é possível encomendar os pratos tradicionais alentejanos, como o galo de cabidela, o arroz de perdiz, cozido alentejano, entre outros.
The restaurant, housed in the winery building, offers authentic chef’s cuisine, featuring modern vegetarian creations. Consultant chef Joachim Koerper, head chef Bruno Antunes and cook Vitalina Santos offer seasonal menus inspired by the best traditional Alentejo recipes. Traditional Alentejo dishes like chicken cabidela, partridge rice, and Alentejo cozido stew can be ordered by booking in advance.
João Soares / Rita Soares / Maria Antónia Soares / Margaret Soares / Paulo Soares
Perfeitamente integrado na paisagem bucólica da vasta planície alentejana, oferecemos o doce conforto da Herdade da Malhadinha Nova Country House & SPA, um monte rural de traça alentejana, onde modernidade e tradição se cruzam de forma singular. A fusão entre design, ruralidade, conforto e elegância apelam aos sentidos e sentimentos. Em semanas temáticas dedicadas à Fotografia, Pintura, Cozinha, Aventura, Vinho, Ioga, Hipismo, queremos proporcionar-lhe algo ainda mais intenso e profundo, experiências e sensações diferentes que lhe deem prazer e lhe tragam bem-estar emocional. Fomos descobrir os melhores em cada atividade, atingir o inatingível é o nosso objetivo e a nossa filosofia. Perfectly set in the bucolic landscape on the wide Alentejo plain, Malhadinha Nova Country House & Spa, a typical Alentejo monte, or farmstead, is a haven of well-being, where modernity and tradition blend in a unique way; the combination of design, rural setting, comfort and elegance is immensely appealing. With our special interest weeks focusing on Photography, Painting, Cooking, Adventure, Wine, Yoga, and Horse-riding, we aim to provide an intensely enjoyable experience producing emotional well-being. We aim at perfection, seeking to bring out the best of every activity.
As herdades do Monte da Ribeira e da Herdadinha pertencem à família Leal da Costa, descendente direta do Conde D’Ervideira, agricultor de sucesso dos séculos XIX e XX. O Conde, que recebeu o título do rei D. Carlos I pela função social que a família desempenhava na região, deu início à produção de vinho em 1880 como atestam as garrafas que são exibidas nas lojas Ervideira.
The Monte da Ribeira and Herdadinha estates belong to the Leal da Costa family, descendants of the Count of Ervideira, a successful 19th- and 20th-century farmer. Having received the title from King Charles I as a reward for the charitable work carried out by the family in the region, the count began producing wine in 1880, as evidenced by the bottles displayed in the Ervideira shops.
Atualmente a produção média anual da Ervideira é de 700.000 a 800.000 mil garrafas, com base nos 160 hectares de vinha. Estes estão plantados em terras próprias, entre a região de Reguengos de Monsaraz e a de Vidigueira. Serão estas uvas que dão a essência da Ervideira, elaborando vinhos de caráter forte e inigualável. As vinhas são na sua maioria de uva tinta, levando a uma maior produção de vinho tinto, perfazendo 75%, enquanto 25% se dividem entre brancos, rosés e espumantes.
With a total area of 160 hectares of vineyards, the two estates, situated between the regions of Reguengos Monsaraz and Vidigueira, account for an average annual production of seven to eight hundred thousand bottles. Red grape varieties account for 75% of the wines produced and the rest are whites, rosés and sparkling wines, singularly strong in character and displaying the essence of the Ervideira vines. Portuguese and Alentejo grape varieties are mostly used: reds Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Caiada, Cabernet Sauvignon and Alicante Bouschet, and whites - Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Perrum, Alvarinho and Verdelho.
Utilizamos maioritariamente as castas nacionais e regionais para os lotes Ervideira, como é exemplo Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Caiada, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet em tintos, como Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Perrum, Alvarinho e Verdelho em brancos.
Nowadays, the grapes are harvested mechanically, mostly after sunset, preserving the essence and quality of the fruit. Then they are taken by lorry without delay to the wine-making facility and refrigerated.
A vindima, hoje em dia, é mecânica e maioritariamente feita à noite, permitindo que a uva mantenha toda a sua essência e qualidade. O transporte desta matéria-prima para a adega é imediato e em camiões refrigerados para preservar as caraterísticas da uva.
The winery, built in 2002, features a range of technological equipment, allowing for the monitoring of the entire wine-making process, thus taking full advantage of grape quality.
A adega foi construída em 2002 e caraterizou-se, desde logo, como fortemente tecnológica, permitindo um trabalho de vinificação controlado e potenciando ao máximo toda a qualidade da uva.
Ervideira winemaking blends tradition with modernity and innovation and the fermentation process uses stainless steel vats with a cooling system for temperature control, while wines are matured in French, American and Hungarian oak barrels in order to develop their character.
Aqui a produção dos vinhos Ervideira alia a tradição à modernidade e inovação. Os vinhos, na sua vinificação, passam pelas cubas de inox, com temperaturas controladas por sistema de refrigeração, bem como por barricas de carvalho, de origens francês, americano e húngaro, com objetivo de enriquecimento nos períodos de estágio.
Each of our wines displays its own singular character and has a unique identity. Ervideira is one of the first producers in the Alentejo to produce sparkling wines like Invisível, a white wine made from red grapes, in addition to wines such as the white, Conde D’Ervideira Reserva Branco, matured in Hungarian oak barrels.
Com todo este trabalho é nosso propósito a elaboração de vinhos de identidade única e particular, com caraterísticas especiais e diferentes. Este perfil tem sido o que motivou a Ervideira a ser um dos primeiros produtores no Alentejo a produzir espumantes, a desenhar e concretizar o que hoje é o Invisível, um vinho branco de uvas tintas, bem como à produção de um vinho branco, Conde D’Ervideira Reserva Branco, inteiramente em barricas de carvalho húngaro.
The Ervideira brand covers a range of labels, each with its own unique concept and story.
Com isso, todos os rótulos Ervideira têm uma história e um conceito, sendo comum a todos que eles esta identidade Ervideira.
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A produção dos vinhos Ervideira alia a tradição à modernidade e inovação. Ervideira winemaking blends tradition with modernity and innovation.
Nelson Rolo / Duarte Leal da Costa
Assim, e com especial destaque para gama Conde D’Ervideira, que na nossa oferta se assume como vinhos de topo de gama, pretendemos com estes vinhos prestar “homenagem ao primeiro Conde D’Ervideira de quem herdamos o amor à terra e a dedicação às vinhas”. Por isso, desenhamo-los como vinhos de caráter, estrutura, robustez e complexidade aliando-se a elegância, suavidade, delicadeza e subtileza. Para além da adega, é objetivo da Ervideira ter outros espaços de receção e Bons Momentos. Aqui é propósito proporcionar a todos os visitantes uma viagem no tempo e ao mundo de sonho Ervideira, onde se vive o espírito da empresa e da equipa. Assim, e em ambiente agradável e descontraído, quer-se partilhar Bons Momentos, convidando à prova dos vinhos Ervideira. Para além de esta prova poder incluir todos os vinhos produzidos, são também abordados vários temas ligados ao mundo do vinho, incluindo as castas, vinhas, vinificação entre outros. Our top-end Conde D’Ervideira range “pays homage to the first Count of Ervideira from whom we inherit a love of the land and dedication to the vines”. These wines are full of character and well-structured, displaying robustness and complexity, while being noted for their elegance and suaveness, delicacy and subtlety. We welcome visitors to the Ervideira winery, which offers an immensely enjoyable experience. Travel back in time to the Ervideira dream world where the essence of the spirit which guides the company and winemaking team resides. We promise you a great time tasting all the wines produced at Ervideira in a pleasant and relaxed atmosphere and provide the opportunity to learn more about the world of wine the grape varieties, the vineyards, and wine-making.
Ribafreixo Wines é uma empresa de caráter inovador, com visão para o futuro e ambiciosa que atua no coração da Região do Alentejo (Vidigueira – Portugal) e que tem como principal atividade a produção de vinho (num total de vinha de 114ha). Desde 2007 que Mário Pinheiro e Nuno Bicó, juntamente com o conceituado enólogo Paulo Laureano, têm vindo a produzir vinhos tintos e brancos de excelência apenas utilizando castas portuguesas, algumas delas autóctones da região da Vidigueira – (sendo a exceção o nosso Connections Chenin Blanc).
We are an innovative, forward thinking, ambitious and growing commercial vineyard (114ha) in the heart of the Alentejo region, Vidigueira - Portugal, producing high quality wines. Since 2007, Mário Pinheiro and his partner Nuno Bicó, alongside renowned winemaker Paulo Laureano, have been producing award winning white and red wines, only using Portuguese grape varietals, some of them indigenous of the Vidigueira region – (the exception being our Connections Chenin Blanc). Our white wines are based on the traditional Antão Vaz grape, an indigenous cultivar of Vidigueira, as well as grape varietals such as Verdelho and Alvarinho. We produce a very popular white blend out of Antão Vaz, Síria and Arinto when combined creates a wonderful blended wine. There is also a Chenin Blanc vineyard (the only one in Portugal), a grape varietal with its origin in the Loire Valley and widely used in South Africa as well as the Napa Valley. Our rosé’s made from Touriga Nacional are a must to taste and our three red wines produced from Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet ,Tinta Miúda, Alfrocheiro and Touriga Nacional grapes, are award winning labels. These wines excel by their individuality, seasoned with the special taste born out of the Alentejo Vidigueira Sub –DOC region. Vidigueira as a region distinguishes itself by its very specific micro climate, with schist soils and its Atlanticity (brought about by the ocean cold winds, creating very sharp day/night thermal differences, with very cold nights and warm days, as well as 3º to 4º of lower medium temperatures, relative to the rest of the Alentejo). This climate produces different, exciting white wines, which are marked by their freshness and minerality. Nature is good in Vidigueira, allowing us at Ribafreixo Wines to create different, exciting, premium wines.
Nos vinhos brancos o Antão Vaz é a base de raiz tradicional, casta autóctone da Vidigueira, complementada com vinhos monocastas Verdelho e Alvarinho. Produzimos também um blend muito popular feito de Antão Vaz, Arinto e Síria, castas que combinadas resultam num extraordinário vinho. Dedicámos ainda uma parcela ao Chenin Blanc (vinha única em Portugal), casta originária do Vale du Loire e bastante usada na África do Sul assim como em Napa Valley, sendo uma exceção à regra no nosso portfólio de castas nacionais, revela-se no terroir do Moinho Branco de forma deslumbrante. Os nossos vinhos rosés 100% Touriga Nacional são prova obrigatória para quem aprecia este tipo de vinho. Nos tintos, a escolha recai nas castas Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet , Tinta Miúda, Alfrocheiro e Touriga Nacional, que conferem caraterísticas diferentes aos nossos três vinhos tintos. São vinhos que respiram individualidade com um travo especial a Alentejo. Valores fundamentais quando se buscam a diferença e a qualidade, reforçados pelas especificidades da Sub-Região DOC da Vidigueira, onde as condições para a produção de vinho são únicas: uma exposição solar perfeita, com temperaturas quentes e secas no verão e temperadas pela frescura das brisas atlânticas. A este microclima juntam-se os solos de xisto caraterísticos da nossa herdade, e que por sua vez originam vinhos cheios de frescura e mineralidade. As condições são as ideais na Vidigueira, o que permite à Ribafreixo Wines criar vinhos diferentes, excitantes e com excelente qualidade/preço.
As part of the wine business, our strategy is to create a project of wine tourism that integrates into the potential tourism of the region of Vidigueira (as well as Beja and Évora). Our brand new 4 thousand square meters winery has a modern contemporary style, with a large social area, which can be used for a wide range of events, such as, social business meetings, conferences, public appearances, team building activities, etc.
Recentemente lançámos o nosso projeto de Enoturismo que complementa o nosso projeto vinícola e que está a ser desenvolvido de forma a ser totalmente integrado no potencial turístico da região de Vidigueira (assim como Beja ou Évora). A pensar nisso, inaugurámos recentemente a nossa nova Adega (de 4 mil metros quadrados). O edifício, moderno e de linhas contemporâneas, dispõe de uma ampla e moderna área social multiusos, que pode ser utilizada para diversos efeitos: eventos sociais, reuniões empresariais; conferências, apresentações, ações de team building, etc. Dispomos ainda de visitas guiadas para quem nos quiser visitar e assim desfrutar dos nossos vinhos, da nossa gastronomia e da vista panorâmica do Restaurante sobre as vinhas, de cortar a respiração!
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Ribafreixo Wines é uma empresa de caráter inovador, com visão para o futuro e ambiciosa. Ribafreixo Wines is an innovative, forward thinking, ambitious and growing commercial vineyard.
Mário Pinheiro / Nuno Bicó Integradas na área social estão: A loja de vinhos que é o “welcome desk” da nossa adega. Os visitantes terão a possibilidade de adquirir aqui os nossos vinhos. Quais as vantagens de visitar a nossa loja: atendimento personalizado bilingue; os preços mais baixos do mercado; pagamento rápido e simples; aberta ao fim de semana e feriados das 9h às 18h. A zona de lazer, é onde confortavelmente os convidados podem usufruir de um copo de vinho enquanto desfrutam de uma paisagem magnífica sobre as vinhas. Nesta sala existe capacidade para cerca de 50 lugares sentados. A Sala de Provas, onde serão recebidos todos os visitantes que queiram provar os nossos vinhos e também que queiram saber mais acerca dos mesmos. As provas serão sempre acompanhadas por um colaborador devidamente instruído para tal. E o restaurante gourmet com cozinha tradicional alentejana gerida pela nossa Chef Paula Caetano e com uma requintada sala de refeições, com capacidade para 50 lugares sentados. As a part of our social area we have a wine shop that is the “welcome desk” of our winery. Visitors will have the opportunity to purchase our wines here. The advantages of visiting our shop are: A bilingual personalized service, the lowest prices in the market, simple and quick payment, open on weekends and holidays from 9am to 6pm. A leisure zone where our guests can comfortably taste a glass of wine, while enjoying a magnificent view over the vineyards. This area has a capacity of about 50 seats and a wine tasting facility where we receive all visitors who want to taste and get to know our wines. The wine tasting will always be conducted by an employee fully qualified to do so. And a gourmet restaurant where the traditional Alentejo cuisine managed by our Chef Paula Caetano, with a refined dining room with seating for 50. The Restaurant is open Tuesday to Saturday from 12:30am to 3:00pm and from 7:30pm to 10:00pm (from Tuesday to Thursday dinners will be served only with prior reservation) . On Sundays, the restaurant is opened for lunch from 12:30am to 3:00pm. The restaurant is closed on Mondays.
A Herdade dos Grous está localizada no concelho de Beja, em Albernoa, e tem como missão a produção de grandes vinhos. A empresa tem uma forte componente agrícola, turística e grande sentido de responsabilidade em relação à natureza e ao ambiente.
The Herdade dos Grous estate is located in Albernoa, in the municipality of Beja, and its mission is to produce great wines. The company’s main business is farming and tourism and it has a great eco-frendly approach to managing nature and the environment.
A Herdade tem 750 ha dos quais 73 ha são de vinha e pertence à família Pohl. A visão da Herdade dos Grous é fornecer produtos de elevada qualidade, conservando as suas caraterísticas regionais alentejanas. Nesse sentido, procura aliar os métodos tradicionais às novas tecnologias, mantendo como linha de rumo uma gestão ética, transparente, com base nas boas práticas e com um eixo orientador em torno da proteção e preservação da natureza.
The 750-hectare estate, with over 73 ha of vineyards, is owned by the Pohl family, who aim to produce high quality products, while preserving the typical Alentejo features of the estate. A combination of traditional methods and new technologies is employed, while ethical guidelines are followed and the operation of a transparent management system is based on best practices, in accordance with the principles of the protection and conservation of nature.
Nos 73 hectares de vinha, selecionamos as castas típicas alentejanas que melhor se adaptam ao nosso terroir, bem como outras que constituem uma aposta da Herdade dos Grous. A nossa estratégia assenta, fundamentalmente, na vinificação individualizada de cada casta para posteriormente procedermos aos “blends” que dão origem às nossas marcas.
Alentejo grape varieties are selected which adapt best to the terroir, as well as others. Following the individual vinification of each variety, blends are created which go to produce the Herdade dos Grous brands. Unique in style, our wines possess all the characteristics of the terroir, displaying freshness and fruitiness. The reds mature well while the whites have a great aroma. Success came early as the first wines produced won awards in domestic and international competitions.
Os nossos vinhos apresentam um estilo único, com a tipicidade do terroir da Herdade dos Grous. Marcados pela frescura e pela franqueza da sua fruta, são vinhos de grande guarda quando se trata dos tintos, e de grande riqueza aromática no caso dos brancos. Cedo os resultados se fizeram sentir, com os primeiros vinhos produzidos a serem reconhecidos com os mais elevados galardões nacionais e internacionais.
Herdade dos Grous red and white vintage wines are produced annually as well as reserve wines with greater structure and maturing potential. Labels with specific features of distinction are Herdade dos Grous 23 Barricas, Moon Harvested and Colheita Tardia.
Anualmente são criados os colheitas Herdade dos Grous Tinto e Branco e os seus correspondentes reservas de maior estrutura e potencial de guarda. Com caraterísticas muito específicas e distintas são também aqui criados o Herdade dos Grous 23 Barricas, Moon Harvested e o Colheita Tardia.
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Na Herdade dos Grous, assumimos a missão de produzir grandes vinhos que resultam da mais moderna viticultura e enologia. At Herdade dos Grous, we assume the task of producing great wines that result in the most modern viticulture and enology.
Luís Duarte
Luís Duarte, enólogo, eleito duas vezes pela imprensa Melhor Enólogo de Portugal e nomeado para o Prémio Melhor Enólogo do mundo pela revista Alemã “Der Feinschemecker”, coordena e gere uma equipa dedicada. Na Herdade dos Grous, assumimos a missão de produzir grandes vinhos que resultam da mais moderna viticultura e enologia contribuindo para o notável património vitivinícola alentejano. Luís Duarte, oenologist twice voted Best Oenologist in Portugal by the press and nominated for the Prize for Best Oenologist in the World by the German magazine “Der Feinschemecker”, coordinates and manages this dedicated team. At Herdade dos Grous, our mission is to produce great wines, which result from the most modern viticulture and oenology, thereby contributing to the remarkable wine heritage of Alentejo.
A Adega dos Perdigões atualmente existente teve com certeza outras que a precederam e retoma uma tradição de qualidade e notoriedade que os vinhos de Monsaraz muito cedo ganharam no mundo do vinho.
Adega dos Perdigões is reviving the traditional quality and renown of Monsaraz wines. The quality of Perdigões wines faithfully reflects their place of origin - the richness of the climate, the terroir and the grape varieties with which they are made - in a blend of traditional methods and modern technology, while preserving the natural characteristics of the fruit.
Os vinhos dos Perdigões tentam passar para o consumidor a mais fiel imagem das condições em que são produzidos, que têm a ver com o clima, solo e as castas aí plantadas. A tecnologia utilizada na Adega procura conjugar os métodos tradicionais com a tecnologia mais evoluída sempre com o objetivo de respeitar a uva e as suas caraterísticas.
Only the best harvested grapes are selected, using optic sorting technology involving image analysis, with grape loads being moved by means of gravity. Traditional marble vats and modern automatic presses are used for processing, and the wines are matured in the cellar in barrels under optimal natural conditions.
A totalidade da uva é selecionada por uma moderna mesa de escolha ótica, que escolhe os melhores bagos por análise de imagem, e todo o transporte de massas é efetuado por gravidade. São utilizados tradicionais lagares em mármore sendo a pisa assegurada por modernos e automáticos pisadores. A Adega dispõe ainda de uma sala de barricas onde os vinhos estagiam em ótimas condições naturais.
The history of the Monte dos Perdigões estate is bound up with the lives of its illustrious former residents. Damião de Goes arrived in the 15th century, and his descendants lived here until the mid20th century. Back in his time, wine, bread and olive oil were already being produced in the deep soils of the estate with its gently sloping terrain which reaches almost to the gates of Reguengos de Monsaraz, granted a town charter in the 19th century. The remains of the old wheat granaries and olive vats still stand In the farmyard - many iconographical and archaeological vestiges bear witness to the link with wine, bread and olive oil, the three main staples of the Mediterranean diet.
A história do Monte dos Perdigões confunde-se com a dos ilustres que nele habitaram. Nos tempos em que Damião de Goes pisou este sítio (Séc. XV) que permaneceria nos seus descendentes até meados do século XX, seguramente que o vinho, o pão e o azeite já eram a base da exploração agrícola nas terras fundas que cercam o Monte e deslizam suavemente até quase à entrada daquela que viria a ser no século XIX a Vila de Reguengos de Monsaraz. No casario velho do Monte ainda se encontram preservados vestígios do que poderiam ser tulhas de armazenagem de trigo ou de azeitona. No que respeita ao vinho que compõe com o pão e com o azeite a trilogia base da dieta mediterrânica são muitos os traços, quer na iconografia quer na arqueologia, que atestam a sua ligação a estas terras.
The illustrious composer, Luís de Freitas Branco, a prominent figure in contemporary Portuguese culture, also lived at Monte dos Perdigões in the 20th century. No doubt Inspired by the stillness of the landscape, it is here that he wrote his most striking pieces
Durante o século XX, o Monte dos Perdigões foi residência de Luís de Freitas Branco, ilustre compositor e figura referencial da cultura portuguesa contemporânea. O músico, certamente inspirado pela mansidão da paisagem do Monte, nele escreveu muitas das suas mais marcantes obras.
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A Adega dos Perdigões retoma uma tradição de qualidade e notoriedade. The Adega dos Perdigões revives a tradition of quality and notoriety.
A primeira marca a ser comercializada nos Perdigões foi o Tapada do Barão. Seguiram-se-lhe a Tapada do Fidalgo, Vale do Rico Homem e o Poliphonia. Cada marca tem as suas caraterísticas bem delineadas. Falar do Tapada do Barão é falar num vinho elegante e macio, obtido essencialmente com uvas do Monte dos Perdigões, das castas Aragonês, Trincadeira, Syrah, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. O Tapada do Fidalgo, por seu turno, é apresentado como um vinho de perfil contemporâneo. Maduro, fresco, equilibrado, com boa estrutura e concentração, tem aromas balsâmicos, de cereja macerada e especiarias. Quanto ao Vale do Rico Homem, feito com uvas da herdade do mesmo nome, revela uma personalidade muito própria. Persistente e elegante, de boa intensidade aromática, ostenta notas de frutos do bosque frescos, ligeiras notas florais e especiarias. No topo da escala, como marca-ícone dos vinhos dos Perdigões, encontra-se o Poliphonia. O nome homenageia a figura de Luís de Freitas Branco. O vinho, esse, quere-se perfeito como um trecho polifónico bem afinado. A produção do Poliphonia compreende uma primeira vindima, quando as uvas ainda estão verdes, que retira parte dos cachos, para que os que ficam terem uma qualidade superior.
The first wine marketed by Perdigões was Tapada do Barão, and there followed Tapada do Fidalgo, Vale do Rico Homem and Poliphonia, each with its own clearly defined character. Tapada do Barão is an elegant, smooth wine made from Aragonês, Trincadeira, Syrah, Alicante Bouschet and Cabernet Sauvignon grape varieties grown at Monte dos Perdigões, while Tapada do Fidalgo has a contemporary profile, with a full, fresh, balanced palate, presenting good structure and concentration, and cherry, spice, and balsamic notes. At the Vale do Rico Homem, a uniquely contemporary wine named after the estate is produced. Its persistent elegance and flowery aroma combine with a hint of wild berries and spices. Then, at the top of the range, there is Poliphonia, the iconic Perdigões brand. The name is a tribute to Luís de Freitas Branco, and the wine aspires to perfection, like a harmonious polyphonic piece. A first harvest involves picking some grapes when still unripe, so that when ripe the quality of those remaining is perfect for producing the wine.
Henrique Miguel Granadeiro
Em anos de colheitas de excelência será lançada uma edição especial do Poliphonia, com a designação de Signature. O Signature da colheita de 2008 participou na edição de 2012 do Concurso Mundial de Bruxelas. O resultado não podia ter sido melhor. Entre as 8397 amostras a concurso, o Poliphonia Signature 2008 conquistou o prémio para o melhor vinho tinto – a grande medalha de ouro o que teve grande repercussão nos meios enológicos e encheu de contentamento os seus produtores. Outro premiado foi o Poliphonia Reserva 2009, que obteve no mesmo concurso a Medalha de Ouro. “O Poliphonia Signature Tinto 2008 representa uma concentração da excelência do projeto de produção de vinhos na Adega do Monte dos Perdigões”, explica Pedro Baptista, “é um vinho muito elegante, exuberante no aroma, mostrando na boca uma enorme potência fenólica com taninos firmes mas muito suaves”. In the best harvest years, a special edition of Poliphonia is produced, under the Signature label. We were overjoyed with the results of the 2012 Brussels World Wine Contest, with our 2008 vintage Signature beating 8,396 entries to win a gold medal for best red, creating a huge impact in wine-making circles, while Poliphonia Reserva 2009 was also awarded a gold medal. As Pedro Baptista explains, ‘Poliphonia Signature Tinto 2008 provides the perfect example of the excellence of the wines made at the Adega do Monte dos Perdigões. It’s an elegant wine, exuberant in its fragrance, with phenolic maturity, and firm but smooth tannins.’
A Herdade Grande é uma propriedade agrícola localizada a cerca de 5Km de Vidigueira, com área total de 350 hectares dos quais 60 hectares de vinha, 40 de olival e o restante destinado a pastoreio de gado ovino. Esta propriedade é pertença da mesma família há cerca de um século, tendo sido adquirida em 1920, data em que a vinha e o olival eram culturas presentes. Nela nasceu o atual proprietário, António Lança, licenciado desde 1970 em Engenharia Agronómica, pelo Instituto Superior de Agronomia, que é Gestor e Produtor dos vinhos da empresa.
The Herdade Grande estate is located about five kilometres from Vidigueira, and covers a total area of 350 hectares, including 60 ha of vineyards, 40 ha of olive groves, and 250 ha devoted to pasture for sheep. It has been owned by the same family for nearly a century, since 1920, at which time the vineyard and olive groves already existed. The current owner, António Lança, who was born on the estate and qualified as an Agronomist at the Higher Agronomics Institute, is the company’s manager and chief wine-maker. Brightness, energy and commitment are words which come to mind when describing the chief executive officer,
A Direção Geral da empresa é assegurada pela sua filha e colega Mariana, com mestrado em Viticultura e Enologia, cuja jovialidade e empenho constituem um fator determinante no acompanhamento do mercado interno e externo e garantia de continuidade da empresa e qualidade dos seus vinhos. Conjuntamente com propriedades confinantes, a Herdade Grande é sede de uma Reserva de Caça Turística, com 750 hectares.
António’s daughter Mariana, who has a master’s degree in Viticulture and Enology. She plays a crucial role, dealing with customers at home and abroad and guaranteeing the continued success of the business and the quality of the wines produced. Together with adjoining properties, the Herdade Grande estate is part of a 750-hectare tourist game reserve.
O projeto vitivinícola iniciou-se com a instalação de vinhas em 1980 e a vinificação é assegurada desde 1997 pelo amigo e enólogo Luís Duarte, sendo objetivo produzir e comercializar 350.000 a 400.000 garrafas de vinho, 30% Branco e 70% Tinto, meta já atingida.
The wine-making project began with the planting of vines in 1980 and the production is assured since 1997 by the friend and winemaker Luís Duarte, where the aim of producing and marketing 350,000 to 400,000 bottles of wine: 30% whites and 70% reds, has already been achieved.
Em 2008 iniciou-se a comercialização de Azeite da nossa azeitona, com a marca Herdade Grande. Desde 1980 que os 60 ha de vinha são constituídos por uma grande diversidade de castas, nacionais e internacionais, selecionadas tendo em conta a sua adaptabilidade ao terroir, de forma a preservar as caraterísticas típicas dos vinhos alentejanos.
Herdade Grande olive oil produced from the estate’s olives was launched in 2008. The 60 hectares of vineyards, planted in 1980, features a wide range of grape varieties from home and abroad selected in accordance with how well they adapt to the terroir and display the characteristic features of Alentejo wines.
A Adega da Herdade Grande tem caraterísticas ideais para a obtenção de vinhos distintos e elegantes. A HG procura conjugar novos conhecimentos vitivinícolas com métodos tradicionais de vinificação e tecnologia, por forma a obter um produto final que traduza a boa qualidade das uvas. Depois de vindimadas manualmente, chegam à adega, onde são rigorosamente selecionadas. Segue-se a fermentação, que decorre em cubas e lagares de reduzida dimensão, com controlo de temperatura. Finalmente, os vinhos estagiam numa cave de barricas de carvalho francês e americano, nas melhores condições de temperatura e humidade. Quando são engarrafados é-lhes garantido um estágio mínimo em garrafa de 2 e 6 meses, respetivamente nos Brancos e Tintos.
The Herdade Grande winery boasts the ideal facilities for the production of distinctive, elegant wines; with a blend of traditional knowledge and new vinification methods and technology, the final product reflects the high quality of the grapes. Harvested by hand, they are transported to the winery where they undergo a process of rigorous selection. Fermentation takes place in temperaturecontrolled vats, large and small. Finally, the wines are matured in French and American oak barrels in the cellar under optimal conditions of temperature and humidity. Whites are stored in the bottle for a minimum of 2 months and reds for at least 6 months. The winery’s commitment to quality is patent during the entire process, from the vine to the finished product. The following brands are marketed: Herdade Grande, Condado das Vinhas, Monte das Talhas and Audaz.
É uma aposta na qualidade, desde a uva à garrafa. A empresa comercializa as marcas Herdade Grande, Condado das Vinhas, Monte das Talhas e Audaz.
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A adega da Herdade Grande tem caraterísticas ideais para a obtenção de vinhos distintos e elegantes. The Herdade Grande winery boasts the ideal facilities for the production of distinctive and elegant wines.
Nos tempos mais recentes foram feitas novas plantações de vinha para assegurar a manutenção do perfil e a qualidade dos vinhos que coloca no mercado, em particular dos brancos da Vidigueira. A Herdade Grande tem ainda apostado em novos caminhos para apresentar vinhos com outras caraterísticas que surpreendam os consumidores. São exemplos disso as gamas HG branco Verdelho & Alvarinho, HG branco Reserva e lançamento do HG tinto Gerações. O encepamento atual resume-se às seguintes castas tintas e brancas: Castas Tintas - Aragonez, Alicante B., Trincadeira, Syrah, Tourigas Nacional e Franca, Alfrocheiro, Tinta Grossa, Tinta Caiada, Cabernet Sauvignon, Tinta miúda e Souzão; e Castas Brancas - Antão Vaz, Alvarinho, Arinto, Chardonnay, Perrum, Rabigato, Roupeiro, Rabo de Ovelha, Sauvignon Blanc, Semillion, Viosinho e Viognier. Os vinhos da Herdade Grande são comercializados de norte a sul do país através da distribuidora Decante Vinhos, estando presentes nas Grande Superfícies Comerciais, Garrafeiras e Restauração. A exportação representa uma quota de 60% das vendas da empresa. Assim, os vinhos HG podem ser encontrados no Brasil, Angola, Peru, China, Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Alemanha, Suiça e outros.
In recent times, new vineyards have been planted, ensuring the maintenance of the profile and the quality of the wines marketed, in particular the Vidigueira whites. The HG has also invested in new ways to present wines with different features that pleasantly surprise the consumer; for example, the HG branco Verdelho and Alvarinho ranges, HG branco Reserva, and the recently launched HG tinto Gerações. The following red and white grape varieties are currently used: reds – Aragonez, Alicante B., Trincadeira, Syrah, Touriga Nacional, Touriga Franca, Alfrocheiro, Tinta Grossa, Tinta Caiada, Cabernet Sauvignon, Tinta Miúda and Souzão; and whites – Antão Vaz, Alvarinho, Arinto, Chardonnay, Perrum, Rabigato, Roupeiro, Rabo de Ovelha, Sauvignon Blanc, Semillion, Viosinho and Viognier. The wines have won a number of awards at events both at home and abroad. Herdade Grande wines are marketed and distributed to hypermarkets, wine-sellers and restaurants all over the country by Decante Vinhos. Exports account for 60% of company sales and HG wines can be found in Brazil, Angola, Peru, China, the United States, Canada, Belgium, the Netherlands, Luxembourg, Denmark, Germany, Switzerland, and other countries.
António Lança / Mariana Lança Diversos são os Troféus já alcançados interna e externamente. A nível nacional a Herdade Grande está inserida na Rota dos Vinhos do Alentejo recebendo visitas de grupos que pretendem degustar e aprender mais sobre os seus produtos e, caso assim entendam, adquiri-los na Loja da Adega. Na Herdade Grande podem ainda realizar-se eventos como casamentos e atividades ao ar livre, bem como reuniões, convenções de vendas, festas de aniversário, celebrações de Natal e convívios turísticos para Grupos e Empresas. A proximidade às Ruínas Romanas de São Cucufate, testemunho de como a agricultura e a tradição vinícola fazem parte do património da Vidigueira desde o tempo dos romanos – visita a povoações do concelho, ao Museu Municipal de Vidigueira, ao Museu do Arco em Vila de Frades, Quinta de Nossa Senhora do Carmo, Barragem de Pedrógão, entre outros pontos de interesse turístico, podem incluir uma visita guiada à Adega Herdade Grande que vos receberá com o calor genuíno de uma empresa familiar! Herdade Grande features on the Alentejo Wine Route and receives visits by groups wishing to taste the wines and learn about how they are made; visitors can also buy products at the winery shop. The estate offers facilities for events such as weddings, meetings, sales conventions, parties, Christmas celebrations and gatherings for groups of tourists and companies, as well outdoor activities. Proximity to the Roman Ruins of São Cucufate (St Cucuphas) is testimony to the way in which agriculture and the wine-making tradition have formed part of the heritage of Vidigueira since Roman times. Villages in the local municipality of Vidigueira are also worth a visit, as are the Municipal Museum, Casa do Arco Museum in Vila de Frades, the Quinta de Nossa Senhora do Carmo estate, and Pedrogão Reservoir, among other scenic spots. A guided tour of the Herdade Grande winery is a must, and visitors are warmly welcomed by the family!
CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz – foi criada em 1971 por um grupo de 60 viticultores. Quarenta e três anos depois, a qualidade dos vinhos CARMIM passou a ser sinónimo de excelência. A empresa lidera o mercado nacional no segmento dos vinhos de qualidade.
The CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz cooperative winery was set up in 1971 by a group of sixty winemakers and CARMIM wines are now synonymous with excellence, while the company leads the domestic market in the quality wines sector. Currently, about nine hundred cooperative members produce 74 brands of wine: whites and reds, young wines and reserves, liqueurs, rosés and sparkling wines. Aguardiente and olive oils of recognised quality are also made.
A CARMIM possui atualmente cerca de novecentos associados e produz 74 referências de vinhos: dos brancos aos tintos, dos jovens aos reservas, passando pelos licorosos, rosé ou espumantes. A CARMIM também produz aguardente e azeites de reconhecida qualidade.
CARMIM wines have won over three hundred awards at a range of national and international events.
Os vinhos da CARMIM já foram distinguidos com mais de trezentos prémios em vários concursos nacionais e internacionais.
Grown in a designated wine-making region, the grapes are of high quality. Other advantages accruing to the cooperative are the stock of human capital and an 80,000 square-metre hi-tech agroindustrial complex, which has the capacity for processing one and a half thousand tonnes of grapes per day, producing 24,000 bottles per hour and storing up to thirty-two million litres of wine, which makes CARMIM, boasting some of the most advanced technology for the production and bottling of wines in the Iberian Peninsula, the largest winery in the Alentejo and one of the biggest and best in the country.
A qualidade da matéria-prima, oriunda de uma região de denominação de origem, é uma das mais-valias desta Cooperativa; a par do capital humano e de um complexo agroindustrial de 80.000m2 dotado da mais alta tecnologia. Existe uma capacidade de receção de um milhão e quinhentos mil quilos de uva por dia, engarrafamento de vinte e quatro mil garrafas por hora e armazenamento até trinta e dois milhões de litros, o que transforma a CARMIM na maior adega do Alentejo e numa das maiores do País. A Carmim possui uma das tecnologias mais avançadas da Península Ibérica, ao nível da produção e engarrafamento de vinhos, sendo uma adega de excelência em Portugal.
CARMIM Wine Tourism was launched in July 2003, enabling visitors from home and abroad to learn how to make good wine. No beverage has been created which is quite like wine, with its association with cultivation and mystique. And this nectar of the gods, as it is made in the Alentejo region, is incomparable in its excellence; add to this the relaxing and tranquil atmosphere of Portugal’s own ‘Deep South’, and the conditions are created for the emergence of CARMIM: a space, a concept, a brand – the main thing is to enjoy our wines, in our company, accompanied by the culinary delights of the region, and in particular the Reguengos de Monsaraz area.
O espaço Enoturismo da CARMIM foi inaugurado em Julho de 2003 com o objetivo de dar a conhecer a todos os visitantes nacionais e estrangeiros como se faz um bom vinho. A nobreza e o misticismo que envolvem o vinho são incomparáveis a outras bebidas criadas pelo ser humano. Tal como são incomparáveis, as caraterísticas que o Alentejo possui, para a produção deste néctar dos deuses. Se a estas caraterísticas, juntarmos o ambiente relaxante e tranquilo do Alentejo profundo, surge assim o Destino CARMIM. Um espaço, um conceito, uma marca, o importante é poder desfrutar na nossa companhia, dos nossos vinhos, da Enogastronomia da nossa Região e de todo o meio envolvente de Reguengos de Monsaraz.
Nowadays, the development of the Alentejo depends on the success of sectors such as agriculture and tourism, and the emergence of wine tourism involves a combination of the two.
O Alentejo apresenta-se, hoje em dia, como uma região em que o seu desenvolvimento, passa obrigatoriamente por pilares como a Agricultura e o Turismo. Se juntarmos estas duas mais-valias da região, surge o Enoturismo.
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Destino CARMIM Um conceito, uma marca, um espaço único. Destination CARMIM - a concept, a brand, a unique space.
Miguel Feijão / Helena Godinho / Pedro Correia Helena Marcão / Madalena Simões / Rui Veladas
Esperamos que tenha a oportunidade de nos visitar para comprovar a dimensão quantitativa e qualitativa da nossa Empresa, ver todo o processo de produção e degustar os nossos vinhos e azeites! O destino Carmim oferece: Visita Guiada à adega, caves, Linha de engarrafamento; Prova de vinhos; Petiscos regionais; Enogastronomia; Wine Shop, onde poderá adquirir todos os produtos da CARMIM; Sala de banquetes onde poderá realizar Casamentos, Batizados, Aniversários, Congressos, Reuniões, etc.; Programa Vindimas; Roteiros Turísticos englobados no panorama regional; outras atividades diversas na Região; Programas especialmente criados a pedido do visitante. We hope you have the opportunity to visit us and see for yourself the success of the business, experience the wine production process first-hand, and taste our wines and olive oil! CARMIM offers: a guided tour of the winery, cellars and bottling plant; wine tasting; regional delicacies; excellent food and wine; a wine shop where you can purchase all the CARMIM products; a banqueting hall for weddings, christening celebrations, parties, conferences, meetings, and other purposes; a harvest programme; tourist itineraries as part of regional tours; a range of other activities in the region; and tailormade programmes on request.
Cada garrafa de Vinho e Azeite da Herdade Paço do Conde dá a conhecer a harmonia de um local de eleição, no coração do Alentejo, onde há mais de 3000 anos o Homem cultiva a excelência. A tradição milenar que celebramos, aliando-a à modernidade, transparece nos nossos vinhos e azeites que se apresentam estruturados e elegantes, de forma a satisfazer os “gourmets” contemporâneos mais exigentes. Há mais de três séculos que a Herdade Paço do Conde está na posse da família. Hoje, os irmãos Castelo Branco asseguram a continuidade da Exploração Agrícola e o desenvolvimento da Adega e Lagar que são componentes essenciais deste projeto. A paixão pela terra conduz ao respeito pela natureza e ambiente transmitidos pelos nossos antepassados. Toda a Herdade está inserida numa reserva cinegética o que, associado ao sistema de Produção Integrada nas suas culturas, permite uma preservação da fauna e da flora. Esta paixão pela terra e pelo que fazemos é partilhada em cada garrafa de vinho e azeite produzida pela Herdade Paço do Conde. A Herdade Paço do Conde abrange cerca de 3.000 hectares nas margens do Rio Guadiana, Baixo Alentejo a sul de Portugal. A Herdade é referida desde 1378 nos primórdios do Reino de Portugal, quando terá sido dada por D. Nuno Álvares Pereira (O Santo Condestável), como dote de casamento à sua irmã D. Violante Pereira. Já antes a região fora habitada por Celtas, Árabes, Romanos e Visigodos. A descoberta do “Tesouro de Baleizão”, um valioso conjunto de artefactos em ouro da idade do bronze, atesta a presença humana há mais de 3.000 anos. O Rio Guadiana, rico em peixe, onde se encontravam esturjões, lampreias e outras espécies de qualidade, oferecia nas suas margens excelentes condições para uma fauna rica onde abundavam lobos e javalis. A riqueza dos solos facilita a fixação do homem, razão pela qual Ptolomeu, em 180 a. C., se refere a esta região e à riqueza da sua cidade Pax Julia. Grande parte da Herdade Paço do Conde está localizada entre vestígios de um antigo castelo romano junto do Guadiana e a antiga cidade romana dos “Vilares”. Atualmente, a cultura da vinha, olival, cereal, horto industriais e pastagens naturais para alimentação de vacas, constituem a atividade desta Herdade.
Each bottle of wine and olive oil produced at the Herdade Paço do Conde estate is witness to the environmentally-friendly approach adopted at this excellent location in the Portugal’s very own ‘deep south’, where the cultivation of excellence goes back over 3,000 years. A thousand-year-old tradition of wine- and olive-oil-making, combined with a modern approach, is reflected in wines and olive oils that are structured and elegant, aimed at satisfying the keenest contemporary gourmet palate. The Herdade Paço do Conde has been in the hands of the same family for more than three centuries. Today, the Castelo Branco brothers continue to manage the farm and develop the winery and olive-oil mill, the mainstays of the enterprise. A passion for the earth brings a deep respect for nature and the environment which was bequeathed to us. The entire estate forms part of a game reserve which, combined with the integrated production system of farming, provides for the conservation of the fauna and flora. Our love of the land and our vocation is patent in every bottle of wine and olive oil produced. The estate occupies approximately 3,000 hectares on the banks of the River Guadiana in the Baixo Alentejo region of southern Portugal. The earliest reference dates back to 1378 in the early days of the Kingdom of Portugal, when the estate was given by Dom Nuno Alvares Pereira (entitled ‘O Santo Condestável’ or ‘The Holy Constable’) as the dowry of his sister Dona Violante Pereira. The local area had previously been inhabited by Celts, Arabs, Romans and Visigoths. The discovery of the “Treasure of Baleizão”, a valuable collection of gold artefacts dating from the Bronze Age, attests to human presence over the last 3,000 years. The Guadiana River is the habitat of fish such as sturgeon, lamprey and other quality species, and the lush banks, where wolves and wild boar once roamed in abundance, are home to a wide variety of fauna. The richness of the soil has always attracted human settlement, hence Ptolemy’s reference in 180 B.C. to the region and the richness of its city, Pax Julia. Much of the estate is located between remains of an ancient Roman castle near the Guadiana and the ancient Roman city of Vilares. Grapes, olives, cereals, horticultural produce are all produced on the estate and there is also pasture for cattle.
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A Harmonia de um local de eleição no coração do Alentejo. Eco-friendly production in a choice location in the heart of the Alentejo.
Pedro Castelo Branco Schmidt / José António Castelo Branco / Filipe Castelo Branco
Na Herdade Paço do Conde a diversidade é uma realidade. Além da vinha (180ha) e do olival (1.100 ha), a Herdade prolonga-se por campos de trigo, girassol, milho, culturas hortícolas e pastagens semeadas e naturais. Toda a produção é feita no sistema de Produção Integrada, respeitando as mais exigentes normas de produção ambientais europeias. A filosofia amiga do ambiente, sempre presente na produção, evita aplicações desnecessárias de fito fármacos e adubos. A diversidade cultural possibilita a coexistência da fauna e flora tradicional. Uma harmonia que se reflete nos vinhos e nos azeites da Herdade Paço do Conde. At Herdade Paço do Conde, diversity is the watchword. While the vineyards cover an area of 180 hectares and olive groves account for a further 1,100 ha, the estate extends to fields of wheat, sunflower, corn and vegetables, as well as both seeded and natural pasture. An integrated production system is in place, in accordance with the most rigorous European environmental production standards. The environmentally-friendly approach adopted in all aspects of production avoids the unnecessary use of plant protection products and fertilisers. The diversity of cultures allows for the harmonious coexistence of traditional flora and fauna, which is reflected in the wines and olive oils produced.
A meio caminho entre Évora e Montemor-o-Novo, a chegar a São Sebastião da Giesteira, o nosso olhar foge imediatamente para um magnífico palacete senhorial e para uma imponente adega no topo da colina. Ali fica a Herdade das Cortiçadas, propriedade com tradição de produção de vinho, azeite e cortiça, atualmente explorada pela empresa “As Escolhas de Baco, Lda.”.
Halfway between Évora and Montemor-o-Novo, just before reaching São Sebastião da Giesteira, one’s attention is caught by a magnificent stately mansion and an impressive winery set on a nearby hill. At the Herdade das Cortiçadas, run by a company called “As Escolhas de Baco, Lda.”, there is a well-established tradition of producing wine, olive oil and cork.
Sem quaisquer ligações ao Alentejo, Maria Teresa Santos (in memoriam) e Jorge Martins foram seduzidos pelos 280 hectares desta maravilhosa herdade. A tradição familiar de produção de vinho e a larga experiência nas empresas agrícolas da família ajudaram à decisão, tendo a família Santos Martins adquirido a Herdade das Cortiçadas no ano de 1990.
Although newcomers to the Alentejo, Maria Teresa Santos (in memoriam) and her husband Jorge Martins immediately fell in love with this wonderful 280-hectare estate. The family tradition of wine production and a great deal of experience in farming meant that the decision for the Santos Martins family to purchase the Herdade das Cortiçadas in 1990 was not hard to make.
Após um grande investimento na reabilitação da adega e dos 40 hectares de vinha, Jorge Martins tornou-se produtor-engarrafador a partir da colheita de 1996 com a sua primeira marca, Monte das Cortiçadas. O 3º lugar no I Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo com o seu Dyonisius DOC Alentejo 1996 e a Menção Honrosa no VIII Concurso “Os Melhores Vinhos do Alentejo” na categoria de vinho branco espelham a excelência dos seus vinhos.
A considerable investment was made in the renovation of the winery and the 40 hectares of vineyards. With Jorge Martins as chief producer-bottler, the first grapes were harvested in 1996 and the Monte das Cortiçadas brand was launched. Third prize for Dyonisius DOC Alentejo 1996 in the 1st Alentejo Bottled Wine competition and an honourable mention at the 8th Best Alentejo Wines Contest in the white wine category attest to the excellence of the wines produced.
A paixão pelo Alentejo e pela arte de fazer vinho foi crescendo. É atualmente a segunda geração da família que gere a empresa, liderando uma equipa pequena, mas competente e dedicada. Inês e Sofia Santos Martins cresceram a ouvir dizer que as uvas da Herdade das Cortiçadas “são algumas das melhores uvas do Alentejo”. De facto, estas vinhas encontram-se implantadas no ponto mais alto do concelho de Évora, com solos de exceção e caraterísticas edafoclimáticas distintas da restante sub-região. Este contexto específico marca firmemente a qualidade das uvas e, portanto, os vinhos desta herdade, distinguindo-os dos restantes vinhos alentejanos sobretudo pela sua estrutura e caráter fortes.
The family’s passion for the Alentejo and the art of making wine has grown. The second generation of winemakers, Inês and Sofia Santos Martins, now run the company, heading a small but competent and dedicated team, having been raised in the knowledge that the grapes produced on the estate are among the best in the Alentejo. The vineyards are situated on top of the highest hill in the municipality of Évora, with exceptional soils and a singular micro-climate, providing the right conditions for the cultivation of high-quality grapes and the production of wines of excellence which are distinguished from other Alentejo wines mainly by their good structure and strong character. This unique quality is also associated with the fact that the age-old traditions of Portuguese wine-making are preserved, such as the fermentation and the maceration of the grapes using traditional techniques including treading. A blend of indigenous grape varieties such as Aragonez, Alicante Bouschet, Arinto and Fernão Pires and foreign varieties like Syrah and Cabernet Sauvignon is used to create a range of unique wines of excellence, each endowed with its own personality. The great wines made at Herdade das Cortiçadas are matured in French and American oak barrels.
Essa unicidade prende-se, também, com o facto de se manterem nesta herdade as ricas tradições vinícolas portuguesas, como a fermentação e a maceração das massas vínicas nos lagares tradicionais e os recalcamentos diários a pé. Por outro lado, nestas vinhas coexistem castas autóctones (como Aragonez, Alicante Bouschet, Arinto, Fernão Pires) e castas internacionais (Syrah e Cabernet Sauvignon), que conferem uma personalidade muito própria aos vinhos desta herdade. Da conjugação de vários lotes, criam-se, então, vinhos únicos e de excelência. A evolução dos grandes vinhos da herdade é feita em barricas de carvalho francês e americano.
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A paixão de uma família pela arte de fazer vinho. The passion of a family for the art of making wine.
O tempo parece também não passar no que respeita à arquitetura. A estrutura de suporte do telhado da adega da Herdade das Cortiçadas é em madeira, tendo sido conservados também os antigos lagares de vinho, a destilaria e o lagar de azeite. Os antigos depósitos de cimento também foram mantidos, tendo-lhes sido dada uma nova e criativa utilização como laboratório. Já o lagar de azeite, cuja última produção data de 1988 e a desativação formal de 1990 (por falta de matéria prima), é, hoje, uma lindíssima sala de provas-museu. A Casa da Malta foi também revitalizada e continua a albergar os trabalhadores sazonais da herdade e os visitantes. Assim, mantendo a sua traça original, a antiga adega, otimizada (mas não desvirtuada) pelas modernas tecnologias, é já única no Alentejo.
The winery building is constructed in traditional style with wooden joists, and the old wine presses, the distillery and olive oil mill have been preserved. The old cement deposits were transformed into a laboratory and the olive oil facility, which was last used in 1988 and formally deactivated in 1990 due to a lack of raw materials, has been turned into an attractive tasting room and museum. The Casa de Malta was also renovated and continues to be used for accommodation for seasonal workers and visitors to the estate. In a blend of the old and the new which is unique in the Alentejo, the original character of the old winery building has been preserved, while the latest technology has been installed.
Sofia Santos Martins / Jorge Manuel Ferreira Martins / Maria Teresa Santos Martins (in memoriam) Carlos Ramos / Manuel Caetano / José Comenda / Inês Santos Martins-Correia
A filosofia de produção desta herdade assenta, então, em quatro pilares fundamentais: uvas de excelência; processos tradicionais de vindima; paciência como ferramenta essencial, buscando uma vinificação com a mínima intervenção possível; conjugação perfeita de vários lotes de vinho. Em resultado desse árduo e cuidadoso trabalho, a Herdade das Cortiçadas orgulha-se de apresentar as suas cinco marcas: Monte das Cortiçadas, Dyonisius, Porta d’Aviz, Colinas d’Évora e Cortiçadas. Com um grande respeito pelo Alentejo e pelas suas tradições e gentes, a Herdade das Cortiçadas abriu as suas portas ao público, partilhando a sua unicidade, beleza e história, e é hoje um excelente exemplo do que o Alentejo e Portugal têm de melhor. The approach to production at the estate is based on four main factors: the excellence of the grapes; traditional methods of harvesting; restrained and sensitive wine-making, with the least possible intervention; and the perfect blending of wines. As the result of much arduous and painstaking work, the Herdade das Cortiçadas is proud to present five brands: Monte das Cortiçadas, Dyonisius, Porta d’Aviz, Colinas d’Évora and Cortiçadas. In a gesture of profound respect for the Alentejo, its traditions and people, the Herdade das Cortiçadas has opened its doors to the public, seeking to share its unique quality, beauty and history, and now provides an excellent showcase for all the best the Alentejo and Portugal have to offer.
The Adega Portalegre winery is situated in the DOC Alentejo – Portalegre designated wine-producing region in the São Mamede Hills. The local area, characterised by its singular topography and landscape, with a mix of natural vegetation and agroforestry cover, enjoys a particularly favourable micro-climate for the cultivation of vineyards.
A Adega de Portalegre insere-se na área geográfica de produção de vinhos DOC Alentejo - Portalegre, em plena Serra de S. Mamede. Esta região, caraterizada pela sua orografia e pela sua cobertura vegetal e agroflorestal, possui um microclima particular e favorável à cultura das vinhas. As vinhas estão localizadas em terrenos graníticos, quartzíticos e xistosos, até 600 metros de altitude, dando origem aos melhores frutos, que estão na base de vinhos com identidade própria.
The granite, quartzite and schist terrain, rising to a height of 600 metres above sea level, enables grapes of the highest quality to be produced and allows for the creation of a range of wines, each with its own particular identity.
A Adega de Portalegre produz vinhos de Indicação Geográfica Protegida Alentejana e de Dominação de Origem Controlada Alentejo, designadamente o Portalegre Alentejo DOC, Quinta da Cabaça Alentejo DOC, Conventual Reserva IGP Alentejano, Conventual IGP Alentejano e Terras de Baco IGP Alentejano, e representa a Região Vitivinícola do Norte Alentejo.
The winery is located in the North Alentejo Wine-producing Region and produces Alentejo Protected Geographical Indication and DOC Alentejo Portalegre Protected Designation of Origin wines, such as: Portalegre Alentejo DOC, Quinta da Cabaça Alentejo DOC, Conventual Reserva IGP Alentejano, Conventual IGP Alentejano and Terras de Baco IGP Alentejano.
É composta por cerca de 200 cooperadores, que representam cerca de 150 hectares de vinha das castas autóctones, designadamente o Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira nos tintos, Fernão Pires e Arinto nos brancos, com uma produção média anual de 1000 000 litros.
There is a staff of about 200, and some 150 hectares of land are planted with vines producing indigenous grape varieties: reds – Alicante Bouschet, Aragonez and Trincadeira, and whites – Fernão Pires and Arinto, while average annual production is 1000 000 litres.
A Adega de Portalegre tem os vinhos amplamente distribuídos no mercado nacional, nas principais cadeias de distribuição, e, inicia um processo de consolidação por um lado, e por outro, um crescimento no mercado internacional.
The wines are sold in major retail outlets all over Portugal and there is a current move towards consolidating the domestic market and developing exports.
Com quase 60 anos de história, a Adega de Portalegre com o passar dos anos, foi acumulando conhecimentos e experiências e foi conjugando sabiamente a peculiar localização das suas vinhas com o trabalho.
The Adega de Portalegre winery has been operating for almost 60 years and the combination of an accumulated fund of knowledge and experience and the singular location of the vineyards enables the production of a range of great wines.
Foi em 1954 que um grupo de pessoas se organizou para transformar em vinho as uvas de associados e sócios fundadores. Aproveitando a excelente localização das vinhas nas encostas da Serra de S. Mamede, nasciam os primeiros grandes vinhos do Alentejo.
Back in 1954 a group of grape-producers got together and founded the winery producing the first great Alentejo wines by taking advantage of the excellent location of the vineyards on the slopes of the São Mamede Hills.
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Ao longo de quase 60 anos de atividade, a Adega de Portalegre tem apostado na sua dinamização. For almost 60 years of activity, Adega de Portalegre has invested in its dynamism.
Consciente de que o vinho se começa a fazer na vinha e de que o elemento humano tem aqui um papel decisivo, a Adega de Portalegre teve, desde cedo, a preocupação de assegurar o apoio necessário aos seus cerca de 200 cooperadores, desde a plantação das vinhas até às vindimas. Outrora cultivadas por fenícios, gregos e romanos e, hoje, por grandes produtores, é dado às vinhas todo o cuidado e atenção que só a experiência e o saber de uma equipa bem preparada e qualificada permitem. Escolhendo desde sempre os produtos adequados para proteção das vinhas e combate às pragas sazonais, a Adega de Portalegre contribui, assim, para o tratamento da área de vinha, ao mesmo tempo que ajuda a proteger o ambiente. São estes ingredientes, aliados a um percurso evolutivo baseado na inovação, na tecnologia e na modernização dos processos de fabrico, que conferem a estes vinhos uma qualidade única, historicamente reconhecida e que se mantém até aos dias de hoje. Ao longo de quase 60 anos de atividade, a Adega de Portalegre tem apostado na sua dinamização e tem abraçado vários projetos e parcerias. Com o passar do tempo, foi adotando novas tecnologias, alargando a área de produção e, hoje, faz a ponte entre o passado e o futuro, mantendo as tradições de cultivo das vinhas e modernizando os equipamentos de transformação e armazenamento.
Good vineyard practice, from the planting of vines to the harvest, ensures the quality of wines produced and the winery provides support for its approximately 200 cooperators. Vineyards were formerly cultivated by the Phoenicians, Ancient Greeks and Romans, and today it is the turn of large producers. All the care and attention is lavished on them that only experienced and knowledgeable staff who are qualified and trained can give. The selected products used to protect the vineyards from disease and seasonal pests also help to protect the environment. These factors, together with a development strategy based on innovation, the use of technology and modern manufacturing techniques endow the wines a unique quality which was recognised from the outset. The Adega de Portalegre has grown, taking on many new projects and forging new partnerships. Over time, new technologies have been introduced and the area under production has expanded. Today, the winery seeks to preserve the traditions of the past as far as cultivation of the vineyards is concerned while looking to the future by investing in the latest processing and storage facilities.
Maria Fernanda Dias Tavares / Rui Vieira
É uma Adega que tem evoluído qualitativa e quantitativamente, procurando sempre responder às caraterísticas e gostos dos consumidores. O seu profissionalismo, trabalho e desempenho estão ainda espelhados nos vários prémios e reconhecimentos nacionais e internacionais, arrecadados pelos seus vinhos tintos e brancos. Hoje, apresenta vários vinhos tintos e brancos, produto de anos de trabalho e de constante dedicação às vinhas. Simultaneamente, esta Adega tem vindo a consolidar a sua política comercial, a reposicionar as suas marcas e a reestruturar o seu canal de distribuição. Sempre com os olhos postos no futuro, esta adega tem por missão continuar a contribuir para a riqueza vinícola da sua região e do País, projetando os seus vinhos no mercado nacional e internacional. A sua missão passará sempre por aliar a tradição à sabedoria, oferecendo os melhores vinhos do Alentejo. The winery has developed in terms of both the volume and quality of the wine produced while seeking to respond to the profile and tastes of different types of consumers. The professionalism, hard work and high performance of the winery staff are reflected in the numerous awards won at the national and international level by both reds and whites. Today, a range of red and white wines are produced, the product of years of effort and constant dedication and care given to the vineyards. At the same time, the winery has reformulated its marketing approach, repositioning brands and overhauling distribution channels. With all eyes on the future, the mission is to continue to produce wines recognised at the regional and national level as being of excellent quality, and market them at home and abroad. A blend of tradition and experience enables customers to enjoy the best wines in the Alentejo.
Paulo Laureano é certamente um dos enólogos de referência do Alentejo. A sua paixão pela produção de vinhos, está traduzida neste projeto familiar, sediado na Vidigueira, onde a partir de 110 hectares de vinhas, que rodeiam a adega, complementados com 10 hectares, numa pequena vinha em Évora, se produzem todos os vinhos da empresa. O terroir da Vidigueira traduz uma excelência rara. Ao clima quente, mas diferenciado desta região, juntam-se solos únicos de xisto, que conferem uma elegante mineralidade aos vinhos. Um conjunto de vinhas, com uma média de idades de 25/30 anos, com castas autóctones, onde se destacam, raridades como a Tinta Grossa ou valores seguros como o Antão Vaz, a Trincadeira, o Alfrocheiro ou o Alicante Bouschet, que permitem a produção de inúmeros momentos de prazer. A Paulo Laureano Vinus é uma empresa em permanente construção desde a sua fundação em 1999. Utilizando inicialmente a vinha de Évora na freguesia de Torre de Coelheiros, algumas vinhas alugadas e várias adegas alentejanas onde Paulo Laureano exercia simultaneamente funções de consultor, a empresa foi crescendo de forma subtil mas estruturada, até à dimensão atual. Com vinhos em vários mercados por todo o mundo, carregando a história do Alentejo, das castas portuguesas e sobretudo a partir de 2006, do extraordinário e diferenciado terroir da Vidigueira. Este livro, surge exatamente no momento, em que após um correto conhecimento das suas vinhas e das suas potenciais caracteristicas, a empresa decidiu avançar com a construção de uma nova adega, sobre as ruínas da anterior, tal como uma “Fenix renascida das cinzas”. Há, no entanto, algo que nunca muda, na Paulo Laureano Vinus, Lda. desde o seu início e que se traduz de forma muito clara na sua filosofia: uma aposta exclusiva nas castas portuguesas e num terroir de excelência, que permita construir vinhos com uma identidade clara e diferenciada, num mundo que tende a ser cada vez mais igual. Aqui existe um credo nas castas autóctones, nas suas cores, nos seus aromas e sabores. A aposta é “desenhar vinhos exclusivamente com castas portuguesas, vinhos feitos com o que é nosso, aquilo de que todos nós nos orgulhamos”. Mensagem clara e pertinente impressa em todos os contrarrótulos dos vinhos produzidos.
With his passion for producing wine, Paulo Laureano is one of the most respected winemakers in the Alentejo. Based at Vidigueira, this family winery has 110 hectares of vineyards, with a further 10 ha at another small vineyard in Évora. The Vidigueira terroir produces wines of rare excellence, and the warm but singular climate of the region, together with the schist soils, bestow an elegant mineral quality on the wines. The average age of the vines is 25-30 years, and indigenous grape varieties are used, including rarities such as Tinta Grossa and traditional types such as Antão Vaz, Trincadeira, Alfrocheiro and Alicante Bouschet, producing a range of immensely desirable wines. The company, Paulo Laureano Vinus Lda., has grown gradually since it was set up in 1999. It was initially based at a vineyard at Torre de Coelheiros near Évora, while there were some additional rented vineyards, and consulting services were provided to several wineries where the grapes were processed. In 2006, the move was made to Vidigueira and the business has expanded steadily thanks to good management. There is now a presence in a number of markets located all over the world for the company, as well as the heritage of the Alentejo, Portuguese grape varieties, and the extraordinary and distinctive Vidigueira terroir. This book is launched as the phoenix arises from the ashes and a new winery is constructed on the ruins of the old building following an exhaustive evaluation of the vines and their potential. Nevertheless, there are some things that never change: ever since it was set up the approach adopted by Paulo Laureano Vinus has been to focus on Portuguese grape varieties, taking advantage of the excellent terroir to create singular wines with a distinctive identity in a world in where increasingly the trend is towards sameness. We firmly believe in the excellence of indigenous grape varieties, their colours, aromas and flavours, and seek to create wines exclusively from our own raw material, of which we are immensely proud, which is patent in the message on all our wine labels.
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A Paulo Laureano Vinus é uma empresa em permanente construção desde a sua fundação. The company, Paulo Laureano Vinus Lda., has grown gradually since it was set up.
A Vidigueira é certamente uma das regiões produtoras de vinho no Alentejo, que maior diferenciação apresenta, relativamente às restantes áreas vitivinícolas transtaganas. Sobretudo na área onde a empresa se encontra, as diferenças acentuam-se - manchas extensas de solos de xisto, um relevo anormal para o Alentejo, onde as pequenas encostas se sucedem, como se ondas de um mar agitado se tratassem, só que plantadas de extensos vinhedos, fazem a diferença. Um clima quente mas de grandes amplitudes térmicas, na altura da maturação das uvas, condiciona, conjuntamente com o solo, de forma positiva e personalizada as caraterísticas das uvas aqui produzidas. Estas terras de forte ligação ao grande almirante dos descobrimentos portugueses, Vasco da Gama, são também elas de uma enorme e única riqueza vitivinícola que convida à sua descoberta.
Vidigueira is surely one of the most distinctive wine producing regions in the Alentejo, and indeed the whole region south of the River Tagus. In the local area where the company is based, the differences are more marked: there are large areas of schist soils, which is unusual for the Alentejo, with an undulating relief, like the waves of a stormy sea, covered with swathes of vineyards. The combination of soils and the warm climate, with large thermal amplitudes, has a singularly positive effect on the characteristics of the grapes at the time of ripening. The local area is closely associated with the great hero of the Portuguese discoveries, Vasco da Gama, and its rich wine-producing qualities are an invitation to discovery.
Paulo Laureano
A tudo isto junta-se o potencial único das castas portuguesas. Escondidas, ignoradas, às vezes excluídas, as castas portuguesas, autóctones, começam finalmente a atingir um reconhecimento no mercado do vinho que permite aos vinhos portugueses, uma visibilidade diferente. Elas carregam a história das regiões vitivinícolas portuguesas, as suas tradições, as suas gentes, as suas histórias. Juntando estes dois aspetos e uma enorme paixão pelo desenho do vinho, na Paulo Laureano Vinus produzem-se vinhos abrangentes e campeões de vendas como o Paulo Laureano Clássico, vinhos com um caracter de terroir único no mundo como o Dolium Escolha Branco, desenhado com 100% de Antão Vaz ou raridades como o Paulo Laureano Selectio Tinta Grossa, uma edição limitada de uma casta que só existe na Vidigueira, tudo isto, no meio de um extenso portfolio, que não foge um milímetro às convicções da família. Then there is the unique potential of the Portuguese grape varieties. Long hidden or ignored, sometimes rejected, our indigenous varieties, charged with the history of Portuguese wine regions, their traditions, their people, and their memories, are finally beginning garner recognition in the wine market that is raising the profile of Portuguese wines. These two aspects, plus a huge passion for creating wines, combine at Paulo Laureano Vinus to produce wines using a blend of varieties including best-sellers such as Paulo Laureano Clássico, wines with the singular character of a unique terroir such as Dolium Escolha Branco, made with 100% Antão Vaz, and rarities like Paulo Laureano Selectio, specially fashioned with the Tinta Grossa variety that is only found in Vidigueira – all part of an extensive range produced to family’s high standards.
No Alentejo uma das mais importantes Regiões Vinícolas de Portugal, onde a vinha é, atualmente, a maior riqueza agrícola, e aliando a fantástica paisagem alentejana à produção de vinhos de excelência, nasceu de um ideal de qualidade e bem servir, a Herdade da Fonte Coberta, situada a 5 km da cidade de Évora, que se dedica à produção, engarrafamento e comercialização de vinhos a partir de uvas de produção própria.
The Alentejo is one of the most important wine-making regions in Portugal and vineyards are now its most valuable agricultural resource. On an estate set in the marvellous Alentejo landscape located five kilometres from the city of Évora, theHerdade da Fonte Coberta winery, which grows, bottles and markets wines from its own vineyards, strives to produce wines of excellence and uphold a high standard of customer service.
Esta empresa familiar surgiu da enorme paixão dos seus sócios pelo “mundo vinícola”, que, alimentando o sonho de ampliar e projetar as suas marcas e vinhos, resolveram investir no Alentejo, adquirindo em 2001 a Herdade da Fonte Coberta, que inicialmente contava com uma plantação de vinhedos de 50ha e presentemente possui 250ha de vinha plantada, onde estão cultivadas as mais diversas castas nacionais e internacionais como Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro, Castelão, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Antão Vaz, Arinto, Fernão Pires, Roupeiro e Chardonnay.
This family company was born of a great love of all things to do with wine world and in 2001 a decision was made to invest in Alentejo with the ambition of growing the business and creating our own wines and brands. When the estate was purchased there were only 50 hectares of vineyards but the enterprise has expanded to 250 ha, on which a range of grape varieties from home and abroad are grown, such as Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro, Castelão, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Antão Vaz, Arinto, Fernão Pires, Roupeiro and Chardonnay.
Localizada num local estratégico, no coração do Alentejo, e fazendo-se valer da perfeita harmonia entre o clima mediterrâneo com caraterísticas de clima continental e os solos de origem granítica, a Herdade da Fonte Coberta é o local ideal à produção de vinhos de excelência.
Situated in a strategic location in the heart of the Alentejo, taking advantage of the perfect harmony between the continental Mediterranean climate and the granitic soils, Herdade da Fonte Coberta is the ideal location for the production of excellent wines.
Com temperaturas muito elevadas na época da vindima, que decorre em Agosto/Setembro, a vindima é realizada pela madrugada/manhã e ao entardecer, protegendo assim a essência e qualidade das uvas. É uma vindima essencialmente mecânica, sendo as castas especiais de apanha manual. A produção média anual prevista, quando em plena produção, será de cerca de 250.000 litros de vinho branco e de 1.000.000 litros de vinho tinto. Desde as primeiras plantações vitícolas têm sido feitos grandes investimentos nas vinhas (com completo e eficiente equipamento de rega gota a gota) e numa moderna adega, com uma área coberta de 2.200m2, dotada da mais avançada tecnologia construída em plena harmonia com a plantação de vinha e toda a área envolvente. A área total da adega é distribuída entre a zona administrativa, centro de vinificação, cave de envelhecimento, zona de engarrafamento e laboratório. O centro de vinificação dispõe de 75 depósitos e cubas com diferentes tecnologias de fermentação: verticais sem pisa mecânica, troncocónicas e lagares com pisa mecânica. A zona de engarrafamento é constituída por uma linha de engarrafamento de garrafas e uma linha de enchimento de Bag-in-box, automatizadas e com capacidades e caraterísticas que permitem responder adequadamente às solicitações dos diferentes mercados em termos de qualidade e diversidade de produtos.
Owing to the high daytime temperatures in August to September, harvesting activities are carried out in early morning and late evening, thus preserving the essential characteristics and quality of the grapes. Most operations are mechanical with the exception of the manual harvesting of special grape varieties. When the production facility achieves full capacity, average estimated annual production will be around 250,000 litres of white wine and one million litres of red. Since the first vines were planted a number of large investments have been made in the vineyards with the installation of an efficient system of drip irrigation and the creation of a modern winery with a covered area of 2,200 square metres, equipped with the most advanced technology, which was designed to harmonise with the vineyards and the surrounding area. Winery facilities include the administrative offices, the winemaking area, a cellar for maturing, the bottling plant and a laboratory. The winemaking facility boasts 75 tanks and vats operating with the use of a range of different fermentation technologies: a vertical system with no mechanical press, a frustoconical system, and a mechanical press system. The bottling plant features automated production lines for bottle and bag-in-box wines with the capacity and equipment enabling demand from different markets to be met in terms of both quality and product range.
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Esta empresa familiar surgiu da enorme paixão dos seus sócios pelo “mundo vinícola”. This family company was born of a great love of all things to do with wine world.
A cave de envelhecimento, com temperatura entre os 12 e os 16ºC e humidade controladas, é o espaço especial destinado ao estágio de vinhos de qualidade em barricas de carvalho Francês e Americano e em garrafas. Um local privilegiado para repouso e descanso de vinhos com designativo de qualidade superior Reserva e Colheita Seleccionada, engarrafados nas marcas Ouro do Monte, Herdade da Fonte Coberta e Bolota Dourada, antes de serem colocados no mercado. No laboratório é efetuado o controlo dos parâmetros físico-químicos das uvas e vinhos ao longo da sua evolução, garantindo a qualidade e salubridade dos seus vinhos. Toda a atividade da empresa é desenvolvida num ambiente de melhoria permanente, através de uma Política de Segurança Alimentar que envolve o empenho dos seus fornecedores e colaboradores, conduzindo à obtenção de produtos que cumpram e se adequem as expetativas dos clientes. A Segurança Alimentar a todos diz respeito, a Segurança Alimentar de todos depende! Esta é a primeira responsabilidade de qualquer colaborador da empresa e resulta do controlo permanente e partilhado de procedimentos. Liderando, desde 2005, o departamento de enologia o Eng.º José António Martins da Fonseca é o enólogo e responsável técnico deste projeto, ao qual desde o primeiro momento dedicou toda a sua sabedoria e paixão na arte de produzir vinho. Nascido a 20 de Junho de 1952, colaborador entre 1976 e 1984 com o Instituto Superior de Agronomia onde lecionou como professor assistente diversas cadeiras, ex-presidente da Associação Portuguesa de Enologia e coautor do livro “Vinhos Com Arte / The Art of Portuguese Wines Estates”, lançado recentemente. A sua experiência acumulada, assim como a dedicação e empenho de toda a equipa na produção de vinhos de enorme qualidade temse traduzido na distinção dos vinhos, nomeadamente Bolota Dourada Colheita Seleccionada Tinto, Herdade da Fonte Coberta Reserva Tinto e Herdade da Fonte Coberta Reserva Branco, com diversas medalhas de ouro, prata e bronze, nos mais prestigiados concursos nacionais e internacionais, nomeadamente, Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados, Concours Mondial de Bruxelles, Decanter World Wine Awards, International Wine & Spirits Competition, Concours International de Lyon, China Wines & Spirits Awards e Prémios Arribes.
The cellar, kept at a constant temperature of 12o to 16oC and controlled humidity, is where the quality wines are matured in French and American oak barrels and bottles. This is the prime location for wines of superior quality to be stored and settle before distribution: reserves and selected vintages like Ouro do Monte, Herdade da Fonte Coberta and Bolota Dourada. Physico-chemical analysis of grapes and wines is performed in the laboratory at every stage of the process, ensuring a high standard of both quality and health and safety. In all company operations we aim at continuous improvement and company policy involves a commitment by employees and suppliers to food security with a view to producing wines that meet customers’ expectations and needs. Food safety concerns everyone, and depends on us all! It is a prime responsibility of all company employees and is achieved through ongoing quality control procedures. Enologist José António Martins da Fonseca has headed the winemaking department since 2005 and provides technical leadership for the undertaking, dedicating all his knowledge and passionate commitment to the art of making wine. He was born on 20th June 1952, and was formerly a teacher at the Higher Agronomics Institute, from 1976 to 1984, president of the Portuguese Enology Association, and is co-author of “Vinhos Com Arte / The Art of Portuguese Wines Estates”, launched recently. His wealth of experience, along with the dedication and commitment of the whole team to producing great quality wines has enabled the creation of wines of distinction, including Bolota Dourada Colheita Seleccionada Tinto, Herdade da Fonte Coberta Reserva Tinto and Herdade da Fonte Coberta Reserva Branco, which have won several gold, silver and bronze medals in prestigious competitions at the national and international level, including the Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados, the Concours Mondial de Bruxelles, the Decanter World Wine Awards, the International Wine & Spirits Competition, the Concours International de Lyon, the China Wines & Spirits Awards and the Prémios Arribes.
José António Fonseca / João Francisco Santos
O reconhecimento da excelência dos seus vinhos não é só expresso através dos prémios que têm vindo a alcançar mas essencialmente através da enorme procura e aceitação por parte dos consumidores e das críticas muito positivas por parte de enólogos e especialistas em blogs, revistas, jornais e livros da especialidade. Procurando sempre inovar, evoluir e expandir as suas marcas e negócios, e não estando alheia à realidade evolutiva do mercado, a Herdade da Fonte Coberta tem reunido esforços e investido na expansão e internacionalização das suas marcas, sendo já possível encontrar os vinhos da Herdade da Fonte Coberta em alguns países da Europa, Rússia, China, Angola, Moçambique, Costa do Marfim, Camarões e Noruega, país onde o nosso vinho Ouro do Monte, devido à excelente relação qualidade/preço, ganhou o monopólio. O investimento em novas marcas e produtos é uma realidade constante e permanente na empresa, buscando uma adaptação evolutiva às exigências e necessidades dos diferentes mercados. The excellence of the Herdade da Fonte Coberta wines is not only evidenced by the awards they have won but also by the huge demand for them, the level of consumer satisfaction and the very positive reviews received from winemakers and experts in wine blogs, magazines, newspapers and books. Ever seeking to innovate, expand and improve their brands and business, while responding to changes in the market, the Herdade da Fonte Coberta has conducted a drive towards investment in the expansion of the undertaking and the growth of the export market and the company’s wines are now sold in several European countries, as well as Russia, China, Angola, Mozambique, Ivory Coast, Cameroon and Norway, where Ouro do Monte has gained a stranglehold on the market owing to its excellent quality and value for money. Investment in new brands and products is an ongoing challenge for the company which seeks to develop and adapt to the demands and needs of different markets.
Um recanto cheio de encantos.
A charming little place.
Recuperada das ruínas em 2013, por iniciativa de um casal de médicos desde sempre ligados à arte e à cultura, a Casa da Urra situa-se bem no coração de uma herdade com 180 hectares, junto à pitoresca aldeia da Urra e com vista sobre a encantadora cidade de Portalegre. Implantada em sítio aprazível, entre vinhedos, pastagens para ovelhas e montado, ergue-se pois em pleno Alto Alentejo, a dois passos de Espanha, num local onde o planalto alentejano se enruga para ceder lugar à deslumbrante Serra de São Mamede.
The Casa da Urra is located at the heart of a 180-hectare estate near the picturesque hamlet of Urra, overlooking the delightful city of Portalegre. It is situated in an attractive location among vineyards, pasture for sheep and montado or dehesa landscape, in the Alto Alentejo region, not far from the Spanish frontier, where the Alentejo plain ends and the breath-taking São Mamede Hills begin. The house, originally in a state of ruin, was completely renovated by a couple of art and culture lovers, doctors by profession.
O projeto Casa da Urra, nascido em torno da viticultura, em 2007, foi posteriormente estendido ao agroturismo e ao enoturismo, áreas em que oferece uma apreciável gama de atividades aos seus visitantes, destinadas a uma ocupação relaxante dos seus tempos livres: uma piscina com vista para a cidade e para a serra, ginásio, campo de ténis, parque infantil, biblioteca, sala de reuniões, sala de eventos, parque de merendas, visitas à vinha, à capoeira e à horta, bem como a prática da caça e a possibilidade de provar vinhos, praticar hipismo e realizar circuitos pedestres e de ciclismo, são apenas algumas das opções lúdicas disponíveis, numa região de excelência turística mas que também se destaca pela sua esmerada oferta gastronómica.
The Casa da Urra wine-making undertaking, launched in 2007, was later extended to agritourism and wine tourism, offering a wide range of recreational and leisure activities: a pool with views of the city and the hills, a gym, a tennis court, a children’s playground, a library, a meeting room, a multi-purpose room, a picnic area, visits to vineyards, the orchards and the poultry farm, as well as hunting excursions, winetasting, horse-riding, rambling and cycling are just some of the options available. Besides this, the complex is located in a tourist region with a range of attractions, well known for its excellent culinary offerings.
Com os mais ínfimos espaços a merecerem uma decoração requintada, a Casa da Urra dispõe naturalmente de alojamentos diversificados e de bom gosto, desde o rústico ao palaciano, que se distinguem por serem muito espaçosos, ideais para aqueles que desejam fugir do bulício da cidade e desfrutar da paz e do isolamento da natureza, ou simplesmente apreciar a beleza da vida selvagem, em ambiente cómodo, seguro e familiar, como da sua própria casa se tratasse. A Casa da Urra, onde a tradição e a modernidade se fundem em suave harmonia, deslumbra também como mostra museológica, capaz de proporcionar um encontro inesquecível com a arte e com a natureza. Entre as várias atrações que expõe na sua sala de eventos, que pode albergar 180 pessoas, o conhecedor mais exigente é surpreendido por uma copiosa coleção de 800 peças de artesanato de múltiplos materiais, de todas as épocas e civilizações, desde a Idade da Pedra até aos nossos dias, oriundas de todas as épocas e das mais representativas fábricas, e dos principais artesãos, espalhados por todas as regiões que hoje constituem Portugal e as suas Ilhas Adjacentes.
Exquisite décor is the distinguishing feature of the Casa da Urra, which offers a range of tasteful and spacious accommodation options, from the rustic to the palatial – ideal for those, including families, wishing to escape the hustle and bustle of the city and enjoy the peace and seclusion of the natural surroundings, or simply appreciate the beauty of the wildlife, with all the convenience and safety of their own home. At the Casa da Urra, tradition blends with modernity, and the museum is a great attraction, providing an unforgettable encounter with art and nature. There are many exhibits on display in the multi-purpose hall, designed for use by up to 180 people, and even the most knowledgeable visitor will be surprised by the marvellous collection of 800 items: artefacts dating from all eras, from the Stone Age up until the present, and handicrafts made of different materials, representing a range of producers and master artisans from all over Portugal, including the Atlantic islands. This is a unique facility, bearing witness to the fact that the Alentejo is the best wine-making region in the world due to the variety and distinction of its wines, and demonstrating the genius and creativity of the men and women who left their mark on the territory which is unparalleled, even at the global level.
Trata-se de um espaço único no nosso país, que fazendo jus à eleição do Alentejo como a região vitivinícola mais atrativa do mundo, destaca bem, pela sua variedade e distinção, o génio e a criatividade dos homens e mulheres que neste território deixaram marcas sem paralelo, mesmo à escala planetária.
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Na Casa da Urra, onde a tradição e a modernidade se fundem em suave harmonia. At Casa da Urra, where tradition blends with modernity
Expressões impressionantes do engenho e da arte das nossas gentes, representando milénios de experiência e de saberes acumulados, estas peças traduzem uma herança que devemos perpetuar, e que a Casa da Urra se orgulha de ter estendido aos vinhos de boutique com assinatura familiar, que meticulosamente elabora sob a alçada de profissionais exigentes e de reconhecida competência técnica. Espalhados por cerca de 30 hectares de terrenos xistosos, os vinhedos da Casa da Urra integram castas brancas – Arinto, Antão Vaz, Verdelho e Alvarinho, a que se junta um toque de Moscatel – e sobretudo castas tintas – Aragonez, Alicante Bouchet, Sirah, Trincadeira, Touriga Nacional e Alfrocheiro – variedades muito queridas dos portugueses e que permitem uma grande margem de progressão, agora e no futuro. Expetativa tanto mais justificável quanto sabemos que, bem temperada pelas brisas frescas que sopram das montanhas vizinhas, toda a vinha beneficia de um microclima muito particular que permite produzir algumas das melhores uvas do Alentejo. Tal como a designação “casa” legalmente obriga, e ao contrário de muitas outras produções, a Casa da Urra só pode usar uvas próprias na confeção dos seus vinhos.
The exhibits on display are the impressive expressions of the ingenuity and art of the people the region, representing thousands of years of experience and accumulated knowledge, part of a heritage which should be extended and enhanced. The Casa da Urra is proud to have increased its range of offerings to include boutique wines with a family signature which are produced with the greatest care and dedication under the watchful eyes of demanding professionals and recognized experts. The Casa da Urra vineyards are spread over approximately 30 hectares of land and are made from white grape varieties such as Arinto, Antão Vaz, Verdelho and Albariño, and some Muscatel, and, more importantly, the much-loved Portuguese red varieties of Aragonez, Alicante Bouchet, Sirah, Trincadeira, Touriga Nacional and Alfrocheiro, which are constantly being improved. Besides the shale soils, the vineyards benefit from a unique microclimate, with a cool breeze blowing from the nearby hills, enabling some of the best grapes in the Alentejo to be grown on the estate. In accordance with the law, the designation casa, unlike many other wineries, means that only home-produced grapes can be used for making Casa da Urra wines.
Cândido Ferreira / Liliana Ferreira
Recorrendo à mais avançada tecnologia, e ao apoio de conceituados enólogos e especialistas, a Casa da Urra pode assim garantir a continuação da oferta de vinhos chamados de boutique, com assinatura familiar, e sempre com as mesmas caraterísticas, indo ao encontro dos gostos e da preferência de milhares de bons apreciadores dos néctares alentejanos, que todos os anos aguardam com expetativa pelo lançamento das novas colheitas. Colocado o “paraíso” como limite, desde o início do seu projeto que a grande ambição da Casa da Urra é facultar saborosas recordações a quem a percorre, ao mesmo tempo que procura alcançar patamares cimeiros, entre os melhores vinhos do mundo. As far as production is concerned, the most advanced expertise and technology and the support of renowned winemakers and experts, the Casa da Urra can ensure contunued supply of wines called boutique with the family signature, and always with the same characteristics, while the aim is also to please the tastes and meet the preferences of the thousands of Alentejo wine-lovers who look forward with eager anticipation to the launch of our new products every year. Our aim is to create a little piece of paradise on earth by seeking to provide visitors with a unique experience of excellence – a truly unforgettable encounter with the best wines in the world.
Nas terras quentes do Baixo Alentejo, a escassos quilómetros da cidade de Beja, há uma das mais antigas culturas vitícolas da região. São vinhas com décadas de história que Henrique Uva preserva e rentabiliza há anos e as quais sempre quis valorizar como produtor independente. Em 2004 concretizou-se o sonho, com o projeto a dar pelo nome de Henrique Uva / Herdade da Mingorra. No total são 1.400 ha de área, referentes às três propriedades: Herdade da Mingorra, Sociedade Agrícola do Barrinho e Herdade dos Pelados. Para além dos 140 ha relativos à vinha, 200 ha são de olival com rega, 125 ha de regadio por pivot e os restantes de cultura tradicional e floresta. A exploração cinegética é, também, uma atividade com grande dinâmica, nomeadamente com a caça de salto às perdizes. A Adega está devidamente enquadrada nos 1.400 ha de uma paisagem que chega a ser exuberante, tal é a diversidade de culturas e fauna, com várias bacias hidrográficas a funcionarem como autênticos oásis. A Adega assume-se como um autêntico lugar de culto. Exteriormente surpreende pela forma como se enquadra na imensa planície e interiormente pela modernidade e funcionalidade. Aliás, estes foram os princípios fundamentais que nortearam o desenvolvimento do projeto por parte do arquiteto Vítor Vaz, com a indispensável colaboração do enólogo Pedro Hipólito. Com uma área de 2.000 m2, apenas vinifica uvas próprias e trabalha processos de vinificação de vários níveis. No total, o investimento foi superior a dois milhões e meio de euros, com o condão de ter sido estudado de modo a preservar as técnicas tradicionais, ainda que em perfeita consonância com a mais alta tecnologia. Um espaço onde a modernidade e a funcionalidade convivem, de forma indelével, com as técnicas mais tradicionais. O resultado só podia ser vinhos de grande qualidade, consistentes, alguns deles até inovadores e com uma excelente relação qualidade/ preço, fruto do trabalho de uma equipa dinâmica, empreendedora e criativa, liderada pelo enólogo Pedro Hipólito. A excelência da cultura vitícola, bem como as condições estruturais e humanas do projeto, têm constituído o segredo do sucesso. Em 2013, a construção de um lagar veio completar o projeto de Henrique Uva, dedicando-se agora também à produção de azeite, com a marca Alfaraz. A Herdade da Mingorra tem uma grande variedade de marcas, das quais se destacam o Terras d’Uva, Alfaraz, Uvas Castas, Vinhas da Ira e o vinho Imaginem, o primeiro em Portugal certificado com baixa pegada de carbono. Também a linha M Mingorra Gourmet rompe o tradicional, apresentando um Vinho Colheita Tardia, um Vinho Fortificado, um Espumante Bruto Branco e Rosé. Os vinhos têm sido alvo da unanimidade dos críticos no que toca à qualidade e as vendas, tanto a nível nacional como nos mercados de exportação, que têm vindo a aumentar. É, portanto, com otimismo, mas também com redobrada responsabilidade, que o futuro é encarado.
In the torrid Baixo Alentejo region, not far from the city of Beja, independent producer Henrique Uva has for many years conserved and cultivated one of the oldest vineyards in the region. In 2004 he finally saw his dream of creating a winery come true with the setting up of the Henrique Uva / Herdade da Mingorra farm business, currently with a total area of 1,400 hectares, covering three different estates: Herdade da Mingorra, Sociedade Agrícola do Barrinho and Herdade dos Pelados. 140 hectares are given over to vineyards, 325 ha to olive groves (200 ha irrigated by traditional methods and 125 ha by centre-pivot irrigation), and the rest is covered by forest or devoted to other types of agriculture. Hunting partridges is also an important activity. The winery is situated in a lush 1,400-hectare setting featuring a range of types of agriculture, diverse forms of wildlife, and several watercourses, making it a veritable oasis of verdant exuberance. The building blends into the landscape of the immense plain surprisingly well and is also notable for the modernity and functionality of the facilities, in accordance with the design principles that guided the construction of the building by architect Victor Vaz, along with the indispensable collaboration of winemaker Pedro Hipólito. With an area of 2,000 square metres, the winery’s only uses its own grapes for wine-making, a processed which is carried out in several stages. In total, an investment of more than 2½ million euros was made in the latest technology, while a study was carried out in order to ensure that traditional were techniques preserved. At the Herdade da Mingorra modernity and functionality go hand in hand, along with traditional practices. The wines produced are naturally of great quality, consistent, some of them innovative creations, and excellent value for money – the result of the hard work of a dynamic, enterprising team with a creative spirit led by enologist Pedro Hipólito. The combination of the high standard of the winery facility, the exceptional human resources engaged in the undertaking and the excellence of the vines is the secret of success of the business. Realising another ambition long held by the owner, an olive oil mill was constructed in 2013, and production is marketed under the Alfaraz brand. There is a wide range of wine labels, including Terras d’Uva, Alvaraz, Uvas Castas, Vinhas da Ira, and also Imaginem, the first wine produced in Portugal certified as having a low carbon footprint. Also the M Mingorra Gourmet range breaks the traditional mould, with a late harvest wine, a fortified wine, a basic sparkling wine white and rosé. The wines have been widely praised for their quality and sales have increased steadily, both at home and in terms of exports. The outlook for the future is therefore optimistic, and the challenge is to continue to produce wines of excellence.
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A adega assume-se como um autêntico lugar de culto, onde a modernidade e a funcionalidade convivem. The winery assumes itself as an authentic place of worship, where modernity and functionality coexist.
Henrique Uva / Pedro Hipólito / Sofia Uva
Pedro Hipólito nasceu no Porto a 21 de Outubro de 1970. É uma das maiores referências da nova vaga de enólogos portugueses, sendo evidente a sua influência no projeto Henrique Uva / Herdade da Mingorra, dado o seu envolvimento desde a fase de estudo e implementação da Adega, ou seja, desde os primeiros esboços no papel. Licenciado em Engenharia Agroindustrial pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, foi responsável durante mais de uma década pela cadeira de Enologia no Instituto Superior de Ciências Educativas. O seu percurso destaca-se pela colaboração em vários trabalhos técnico-científicos, tanto a nível nacional como internacional, bem como em vários simpósios, congressos e mesmo publicações relacionadas com o setor, para além do desempenho de funções, durante sete anos, no Instituto da Vinha e do Vinho. Independentemente da responsabilidade da enologia do projeto Henrique Uva / Herdade da Mingorra, exerce funções idênticas noutros projetos no Alentejo. Chief wine-maker Pedro Hipólito was born in Porto on 21st October 1970. He is one of the most respected figures among the new wave of Portuguese winemakers, and his influence is evident in the creation of the Henrique Uva / Herdade da Mingorra undertaking, having been involved since the outset. Having gained a degree in Agro-Industrial Science at the Higher Institute of Agronomics in Lisbon, for more than ten years he was head of the department of Enology at the Higher Institute of Educational Sciences, and he has co-authored several technical and scientific articles at the national and international level, as well as presenting various papers at meetings, in addition to collaboration over a period of seven years with the Portuguese Institute of Vines and Wine. Besides leading the winemaking team at the Herdade da Mingorra winery he also works in a similar capacity for other enterprises in the Alentejo.
A empresa Monte da Capela foi constituída em 2000 por três sócios com um profundo conhecimento sobre o setor do vinho e experiências profissionais complementares.
The Monte da Capela company was set up in 2000 by three partners with a keen knowledge of wine-making and a wealth of experience in the wine sector.
Edgar Azevedo traz uma experiência comercial na indústria do vidro (garrafas), que o levou a conhecer muito bem o setor do vinho enquanto fornecedor. Foi o fundador da empresa e é o responsável pela área comercial. Carlos Roque do Vale, foi presidente da Adega Cooperativa do Redondo durante 9 anos, tendo depois fundado a Roquevale S.A. um dos maiores produtores de vinho do Alentejo. Foi ainda membro do Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana e diretor da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo. A partir de 2007 passou a dedicar-se em exclusivo à empresa Monte da Capela como diretor executivo. Maria Clara Roque do Vale, que hoje assume a posição inicialmente ocupada pela sua filha Joana, é engenheira agrónoma e desempenhou vários cargos de chefia no Ministério da Agricultura e Pescas. Presidiu à Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, durante 12 anos e foi ainda presidente da Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, membro da Comissão Consultiva do Instituto da Vinha e do Vinho e da Assembleia Geral da Viniportugal. A sua responsabilidade está associada à área da produção, gestão da qualidade e segurança alimentar.
The founder, Edgar Azevedo, responsible for sales and marketing, previously worked in the bottling industry. Carlos Roque do Vale, the chief executive officer, headed the Adega Cooperativa Redondo winery for nine years before founding Roquevale S.A., one of the largest wine producing companies in the Alentejo region; he also sat on the General Council of the Alentejo Region Wine Commission, and was head of the Alentejo Winegrowers Technical Association; since 2007, he has devoted all his time and energy to the business. Maria Clara Roque do Vale, an agronomist, has recently taken over responsibility for production, quality management and food safety from her daughter Joan; prior to this, she held various senior positions in the Ministry of Agriculture and Fisheries, chaired the Alentejo Regional Wine-growers and Producers Commission for 12 years, served as the president of the National Association of Appellations of Origin, and was a member of both the Vine and Wine Institute Advisory Committee and the General Assembly of Viniportugal.
Escolheram a região de Pias, na sub-região vitícola de Moura, por ser uma das zonas do Alentejo com maiores potencialidades para a produção de vinhos, nomeadamente de vinhos tintos. O Monte da Capela deu sempre prioridade à componente produtiva, pelo que apostou logo a partir de 2001 na reestruturação das vinhas, tendo instalado 55 ha de vinha dotada de rega gota a gota na Herdade da Capela, em solos de origem calcária, pouco férteis, com considerável declive. É aqui que nascem as uvas das castas ancestrais do Alentejo (Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet) sujeitas a adequadas técnicas culturais e influenciadas pelo clima único da região, caraterizado por grandes amplitudes térmicas e reduzida pluviosidade, com a maior insolação da Europa, fatores que se revelam da maior importância para a perfeita maturação das uvas. Os vinhos são concentrados, quer na cor quer no aroma, de perfil quente e macio. Posteriormente construíram uma adega em Pias, projeto que ficou concluído em 2010. É uma unidade de conceção tão simples como funcional mas muito bem equipada tecnologicamente. Tem capacidade de vinificação para um milhão de quilos de uva e capacidade de armazenagem para dois milhões de litros de vinho. A empresa investiu em paralelo na certificação, contando já com a ISO 22000 – Sistema de gestão da segurança alimentar e com a ISO 9001 – Sistema de gestão da qualidade.
The Pias area, in the Alentejo wine-producing sub-region of Moura, was chosen for setting up the business due to its great potential for producing red wines, in particular. Wine making has always been the principal concern at Monte da Capela, and in 2001 improvements were made to the Herdade da Capela estate, consisting of 55 hectares of steeply-sloping vineyards planted on low-fertile calcareous soils, with the introduction of dropby-drop irrigation. The grape varieties have been used in the Alentejo for generations – Trincadeira, Aragonez and Alicante Bouschet. Besides the excellent technical resources invested in the wine-making process, the vineyards are subject to the influence of the region’s unique climate, with a large daily thermal amplitude, comparatively little rain, and the highest number of sunshine hours in Europe, factors essential for the perfect ripening of the grapes. The wines produced have a deep colour, a concentrated aroma, and a warm, suave profile. This new Pias winery was completed in 2010. Designed in simple, functional style, and equipped with the latest technology, the facility can handle up to a thousand tonnes of grapes and two million litres of wine. At the same time, an investment was made in certification: the business already complied with standard ISO 22000, ensuring food safety; the requirements of standard ISO 9001 are now also met, providing for the control of quality of production.
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A filosofia da empresa consiste em apresentar uma gama diversificada de vinhos com uma excelente relação preço-qualidade. From the start, the company has sought to present a wide range of reasonably-priced wines.
No que respeita a mercados, o Monte da Capela tem investido fortemente na internacionalização pelo que a quota de exportação de vinhos engarrafados já ultrapassa os 55%. Aliás, a estratégia da empresa está norteada para a expansão do negócio em mercados externos. A comprovar este grande investimento no mercado exterior, o Monte da Capela está representado nos 5 continentes, com vendas relevantes na China, Angola, Moçambique, África do Sul, Canadá, Brasil, França, Holanda, Suíça, Finlândia, Bélgica, Luxemburgo e Austrália.
Monte da Capela has made a great effort to develop the export market, and 55% of all bottled wines are now sold abroad. The company’s strategy is geared to the expansion of business in foreign markets. Proof of the drive to develop the overseas market is the fact that the business now operates in five continents, with a significant volume of sales being accounted for by China, Angola, Mozambique, South Africa, Canada, Brazil, France, the Netherlands, Switzerland, Finland, Belgium, Luxembourg and Australia.
Alexandra Mendes / Carlos Roque do Vale / Maria Clara Roque do Vale / Edgar Azevedo
A filosofia da empresa tem sido, desde início, apresentar uma gama diversificada de vinhos com uma excelente relação preço/qualidade, por forma a manter relações de confiança e longevidade com os seus clientes, abrangendo todos os públicos. As principais marcas de vinho são Herdade da Capela, Monte da Capela, Terras de Pias e Adega de Pias, havendo outras que se destinam apenas para exportação ou para clientes específicos. Refira-se como curiosidade que o Monte da Capela é a única empresa do Alentejo a produzir sangria, produto que tem tido grande aceitação inclusive em vários mercados externos. O próximo grande investimento, já programado, será a recuperação do “Monte” situado na Herdade da Capela, o qual se irá destinar ao Enoturismo. From the start, the company has sought to produce a wide range of reasonably-priced wines appealing to old and new customers alike, seeking to build on the confidence which has long been a feature of dealings with the established clientèle. The main labels are Herdade da Capela, Monte da Capela, Terras de Pias and Adega de Pias, while others are produced for the export market or tailor-made for individual clients. Meanwhile, Monte da Capela is the only company in the Alentejo which makes sangria, widely appreciated both at home and abroad. There are currently plans for a new big investment project to renovate the Capela estate monte, or farmstead, which is destined to become a wine tourism venue.
A família Nunes Barata produz vinhos em Cabeção, concelho de Mora no Alto Alentejo, desde 1836. Aqui, a vinha e o vinho foram, desde sempre, a principal atividade económica. Esta zona do Alentejo, fruto de um terroir de exceção tem um distinto historial na produção de vinhos de qualidade, plenos de caráter e foi conhecida pelos seus afamados vinhos feitos em Talha. Ainda hoje a família mantém o espólio original de cerca de 25 talhas, quase todas de grandes dimensões. É, sem margem para dúvidas, um lugar de tradição na produção de vinhos no Alentejo. As vindimas precoces têm no microclima e solos de textura arenosa dois fatores que vergam mesmo as castas tardias a um encurtamento do ciclo. Na sua descrição estes vinhos pautam-se pela elegância, fruta madura, notas balsâmicas, ricos em especiarias e muito complexos. O nascimento deste projeto familiar remonta ao longínquo ano de 1836, ainda o século dezanove ia na sua juventude, tendo sido iniciado por Simão da Silva, natural de Cabeção e nascido em 1810 e continuado por seu filho José Vieira da Silva, nascido no ano de 1841. O seu primogénito, Luís Lopes Nunes Vieira da Silva, também natural de Cabeção tal como seu pai e avô paterno, sucedeu na administração do projeto tendo sido um grande dinamizador de todo este património, o qual veio a consolidar. Sua filha, D. Maria Judith Falcão de Sousa Vieira da Silva casada com Amândio de Sande Pinheiro Nunes Barata, natural de Évora, filho dos Condes da Serra da Tourega, sucedeu, em conjunto com seu marido, a seu pai, na administração. Seu único descendente, José Gabriel Sousa Vieira de Sande Nunes Barata, distinto médico, notável lavrador e ilustre poeta nascido em Cabeção, seguiu-se como continuador. Sua filha, D. Maria Teresa da Conceição Nunes Barata, atual Condessa da Serra da Tourega, representando a 6ª geração, delegou a administração do projeto nos seus filhos Luís Miguel e José Manuel Nunes Barata.
The Nunes Barata family have been specialist wine-producers ever since 1836. The vineyards are situated at Cabeção, in the district (concelho) of Mora in the Alto Alentejo region. Due to its exceptional terroir, this part of the Alentejo has a distinguished history of producing quality wines full of character and is known for its famous wines made in clay pots: the original articles, about 25 of them in all, almost all large in size, still exist on the family estate. This is, without doubt, a great centre for traditional wine-making in the Alentejo. Although the grapes are harvested early, the singular micro-climate and sandy soils mean that a good crop can be produced from even late-maturing varieties. The wines produced are noted for their elegance, ripe fruity palate, balsamic notes, spicy flavour and complexity. The family first started producing wines back in the early part of the nineteenth century. Simão da Silva, born in Cabeção in 1810, set up the business. His son José Vieira da Silva, born in 1841, inherited it, and was succeeded by his eldest son, Luís Nunes Lopes Vieira da Silva, Cabeção-born, like his father and paternal grandfather, who consolidated and developed the business. His daughter, Dona Maria Judith Falcão de Sousa Vieira da Silva, who married Amândio de Sande Nunes Barata Pinheiro, a native of Évora, son of the Count and Countess of the Serra da Tourega, inherited the business, which was run by the couple and her father. Her only descendant, José Gabriel Sousa Vieira de Sande Nunes Barata, born in Cabeção, a distinguished physician, noted farmer and renowned poet, then took over the business. His daughter, Maria Teresa da Conceição Nunes Barata, the current Countess of the Serra da Tourega, representing the sixth generation involved in the family business, has now delegated the control of the project to her sons Luís Miguel and José Manuel Nunes Barata.
Os irmãos com a dupla responsabilidade de representarem por sua ascendência materna, a sucessão de uma das mais antigas “Fidalguias” do nosso horizonte lusitano, nobre linhagem oriunda de Évora, entroncando em D. Afonso Henriques assim como noutras ascendências ilustres e reais tais como Guilherme I de Inglaterra e Fernando I de Leão e Castela, por um lado, e, a 7ª geração de vinhateiros da família, por outro, reiniciaram, no ano de 2001, o projeto, aportando a sua visão e conhecimentos à já longa história vitivinícola familiar, iniciada pelo seu pentavô aproximadamente há dois séculos, e, consolidada pelas restantes gerações até aos dias de hoje.
The brothers share the responsibility of ensuring the continuance of a family tradition passed down through the line of their maternal ancestry, one of the oldest aristocratic houses in Portugal, a noble lineage originating in Évora, whose ancestry can be traced back to King Alphonse Henry and other illustrious royals such as William I of England and Ferdinand I of Leon and Castile. Thus in 2001, the seventh generation of family winemakers brought their vision and expertise to bear on the project in continuation of the family tradition of wine-making begun by their great-great-great-great-grandfather two centuries ago, and consolidated by succeeding generations up until the present day.
Nortearam-se na procura da qualidade anteriormente alcançada, conseguindo produtos de altíssima qualidade e distinção, néctares ímpares destinados na sua maioria aos exigentes mercados internacionais, os quais, repousam numa arquitetura de linhas planas e simples, valorizando o assento erudito existente, o qual foi preservado e remodelado através de uma abordagem criteriosa e seletiva, apoiados por uma equipa enológica de excelência.
They seek to maintain the traditionally high standards, producing wines of the highest quality and distinction, for the most part targeted at demanding international customers. The winery is built in a simple style which enhances its historic origins, the original construction having been conserved and renovated, and a careful and selective approach having been adopted in the remodelling process. The business is run by an excellent team of enological experts.
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O projeto familiar Nunes Barata tem como objetivo principal a excelência. The Nunes Barata family business aims at excellence.
José Manuel Nunes Barata / Maria Teresa Nunes Barata / Luís Miguel Nunes Barata
O projeto familiar Nunes Barata tem como objetivo principal a excelência. Para isso, nas várias vinhas que integram o património familiar, dotadas de um encepamento criterioso, onde pontificam as castas Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional e Alfrocheiro entre outras portuguesas, e, o Alicante Bouschet, o Cabernet Sauvignon e o Syrah entre outras castas estrangeiras, produz-se a melhor matéria-prima para que, numa atitude irreverente, recorrendo às mais modernas técnicas, a família Nunes Barata, as trabalhe trazendo à vida vinhos repletos de personalidade brancos, roses e tintos colheita, espumantes, reservas e grandes reservas e ainda um ícone. The Nunes Barata family business aims at excellence. On the various vineyards that comprise the estates, an exceptional range of grape varieties are employed: among domestic varieties, Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional and Alfrocheiro predominate, while there are also the foreign Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon and Syrah varieties. While using the best raw material available for the purpose, the Nunes Barata family adopts something of an irreverent approach by employing the most modern techniques, producing wines which with great personality: whites, rosés, reds, and also sparkling wines, reserves of different qualities and also an iconic wine.
Em pleno Alto Alentejo, perto da aldeia de Vaiamonte, encontrámos, ao abandono do tempo, este verdadeiro tesouro. A rasgar o céu, lá estava a torre, que a este local dá nome. Do seu alto, o cenário não poderia ser mais idílico. Nesse dia, ao entardecer, o Sol escondia-se tímido e ao vislumbrarmos o horizonte pintado com tons rosa e alaranjados, deixámo-nos levar pelo silêncio típico das paisagens alentejanas. Poucos minutos depois, era já inevitável. Estávamos apaixonados por Torre de Palma.
Deep in the heart of the Alto Alentejo region, near the village of Vaiamonte, we came across a real treasure of a place, abandoned in time. The main feature of the Torre de Palma estate is the impressive tower; from the top, the view could not be more idyllic. Watching the sun as it slowly sank below the horizon in shades of pink and orange, we were spirited away by the silence, a typical feature of the Alentejo landscape. And the inevitable happened – we fell head over heels in love with the place.
Com os seus primórdios a remontarem ao ano de 1338, o cenário oferecido por esta propriedade senhorial levou-nos a sonhar e a querer fazer deste um local que pudesse ser apreciado por si. Depois de afincado trabalho, no ano de 2014 o sonho torna-se realidade e nasce agora o Torre de Palma, Wine Hotel.
With origins going all the way back to 1338, this manorial estate and its setting inspired us to dream and so create something wonderful that can now be enjoyed by you: when the Torre de Palma Wine Hotel opened in 2014, the fruit of a great deal of hard work, our wish was finally granted.
Inspirados no modo de vida da distinta família Basilii – antigos habitantes das vizinhas ruínas romanas de Torre de Palma – e nas tradições alentejanas, o Torre de Palma, Wine Hotel, mais do que uma unidade hoteleira, nasce para ser a sua casa em pleno Alentejo. Aqui a tradição funde-se com o arrojo da modernidade e inaugura, em todo o seu esplendor, um empreendimento hoteleiro familiar e acolhedor.
Inspired by the singular lifestyle of the Basilii – the family of former inhabitants of the neighbouring Roman ruins of Torre de Palma – and also by Alentejo traditions, the hotel, home from home in the heart of the Alentejo, is more than just a place to stay. With a blend of tradition and modernity, this is a welcoming family hotel with an innovative spirit. Come and visit and taste the delights of the Torre de Palma! With an architectural style marked by a combination of simplicity and sophistication, the accommodation at the Torre de Palma is appealing and inviting: there are eight typical Alentejo-style apartments, a rural loft, the five rooms in the former barn, and the main suite. Try one of these options – we are sure you won’t be disappointed! The experiences on offer at the Torre de Palma are inspired by the Alentejo way of life and will make you feel part of the family. Allow yourself to be enchanted as you gaze up at the stars. Make the most of nature and surrender to the delights of bird watching. Go for walks through the Alentejo countryside. We organise rambles, horse rides, cycle rides, and even a trip in a hot air balloon. Join us in our daily tasks in the vineyards, the vegetable garden and the olive groves. Learn how to ride a horse. Or simply relax in the library, the spa or beside the swimming pool. These are just some of the activities available.
Com arquitetura de autor marcada pela simplicidade e sofisticação, o alojamento em Torre de Palma é verdadeiramente acolhedor. Entre as oito casas típicas alentejanas; o loft rural; os cinco quartos no antigo celeiro e a suite principal, basta escolher o que prefere. Junte uma generosa vontade de experienciar. Inspiradas nos hábitos de vida alentejanos, as experiências proporcionadas em Torre de Palma farão com que se sinta parte de uma família. Deixe-se maravilhar pela observação das estrelas. Aproveite a Natureza e renda-se ao birdwatching. Passeie pelas paisagens alentejanas. Ao dispor temos passeios pedestres, a cavalo, de bicicleta e até de balão de ar quente. Junte-se a nós no trabalho diário da nossa vinha, horta e olival. Conheça o nosso picadeiro. Ou simplesmente relaxe na nossa biblioteca, no SPA ou na piscina. São estas apenas algumas das atividades que temos preparadas para si.
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No Torre de Palma, Wine Hotel estão reunidos todos os ingredientes para que o tempo seja verdadeiramente seu, inesquecível. At the Torre de Palma Wine Hotel everything comes together to make your stay a truly personal experience, unforgettable.
Tempo para Saborear. Se no nosso bar pode petiscar e no restaurante Basilii saborear as melhores iguarias alentejanas, terá também a possibilidade de as conhecer melhor. Comece pelos workshops de agricultura para saber de perto quais os produtos utilizados. Depois aprenda a confecionar com os nossos ateliês de gastronomia típica e até mesmo workshops sobre o famoso pão alentejano. Regue a sua experiência com “Néctar dos Deuses”. Torre de Palma não poderia existir sem aquela que é a sua identidade: a produção de vinho e, com ela, o enoturismo.
There is all the time in the world to savour the delights of the excellent Alentejo cuisine, with tapas in the bar and an excellent range of typical dishes offered by the Basilii Restaurant. Participate in our farming workshops and find out for yourself what produce is used. Then learn to cook, Alentejo style, or make the famous Alentejo bread at one of our culinary workshops. Enhance your experience by partaking of the “nectar of the gods”. The Torre de Palma would not exist without the ingredient that gives it identity: wine-making and, allied to this, wine tourism.
Resultado de um trabalho cheio de paixão, nasce a nossa própria marca de vinho que poderá ser, em breve, degustada em qualquer ponto do país.
Our very own brand of wine was created as the result of hard work and great passion, and will soon available all over the country. We have staked our future on this venture and we invite you to be part of it.
E porque é esta a nossa grande aposta queremos, naturalmente, que faça parte dela. Cuide da nossa vinha, na Adega ajude-nos na pisa da uva ou simplesmente deixe-se render ao nosso néctar na sala de provas e participe nos workshops vínicos. Não haverá felicidade completa se não partilharmos consigo a execução deste projeto que nos deixa sem palavras.
Lend a hand taking care of the vines, help tread the grapes in the winery, or simply relax and savour our produce in the tasting room, or why not participate in a wine workshop? We are at a loss for words to describe the pleasure we draw from this undertaking and we hope you will feel the same way too: our happiness would not be complete if we did not share it with our visitors.
Ana Isabel Rebelo / Paulo Barradas Rebelo
Não parta sem levar uma recordação! Depois de dias de alegria e puro descanso, leve consigo um pouco de felicidade. Para si preparamos uma completa linha de pequenas recordações que poderá levar. Na loja, encontrará, certamente, os sabores que experimentou, da linha de produtos Torre de Palma oriundos do Pomar e da horta biológica; o vinho que degustou; e até uma pequena recordação inspirada na decoração dos quartos de Torre de Palma. No Torre de Palma, Wine Hotel estão reunidos todos os ingredientes para que o tempo seja verdadeiramente seu, inesquecível. Don’t leave without a souvenir! After an idyllically enjoyable and relaxing stay, choose from the range of items at the shop and take away a little piece of Torre de Palma with you. You are sure to find something of the delights experienced during your stay in the range of products from the orchard and the organic vegetable garden, not to mention the wines, or choose a memento inspired by the decor of the accommodation. At the Torre de Palma Wine Hotel everything comes together to make your stay a truly personal experience – unforgettable.
“Um enólogo de 23 anos e um viticultor inglês só poderia dar errado” Foi assim que começou!
Surely a partnership between a 23-year-old Portuguese winemaker and an English wine-grower can’t be right? Well, that’s how it all began!
Foi em 2004 que António Maçanita, regressa a Portugal depois da sua tournée de três anos de estágios por Napa Valley, Austrália e Bordeaux-Pauillac. É aí que conhece o já experiente consultor de viticultura inglês, David Booth. O primeiro encontro, um choque, entre este enólogo jovem pronto para mudar o mundo e o viticultor experiente e sereno. Mas algo intrigou David, permitindo que António o acompanhasse na sua consultoria de viticultura para aprendizagem. Quatro meses passados, nasce de uma forte amizade e respeito pela ligação vinha-adega, o projeto FITAPRETA. Sem vinhas, sem adega e sem capital, fazem o seu primeiro vinho a partir de uma vinha arrendada e em espaço de adega alugado. Primeiro vinho, PRETA 2004, primeiro sucesso, o galardão de “Trophy Alentejo” no IWC é atribuído pela segunda vez em 22 anos de competição. Com mais de 15 referências e inúmeros prémios internacionais a FITAPRETA é um dos líderes de inovação da região, com vinhos autênticos, puros e únicos.
In 2004 António Maçanita returned to Portugal after a three-year tour of Napa Valley, Australia and Bordeaux-Pauillac, including an encounter with the experienced viticulture consultant, David Booth: a clash of youth and experience, the young winemaker eager to change the world and the expert confident in his knowledge. But something intrigued the Englishman about the younger man and he invited António to join him and learn about viticulture. After four months they had become firm friends, developing a mutual respect for each other based on the knowledge each brought to the table, and the FITAPRETA project was born. With no vineyards, no winery and no capital, they made their first wine with grapes from a vineyard which was leased, using rented winery facilities. And what success they achieved, with PRETA 2004 winning the International Wine Challenge Alentejo Trophy, only the second time it has been awarded in 22 years. Having garnered over 15 honourable mentions and countless international awards, FITAPRETA is now one of the leading innovators among producers in the region, making wines noted for their authenticity, purity and unique qualities.
Os vinhos Fitapreta refletem o caráter e terroir do Alentejo, como a interpretação do enólogo e viticultor sobre o que a região pode vir a ser. É um equilíbrio delicado entre o aprofundar a tradição Alentejana, na recuperação das técnicas ancestrais, no trabalho das castas indígenas, como o de contribuir para a mudança, com novos desafios, novos caminhos e novas castas. Na FITAPRETA os enólogos e viticultores são parceiros de igual importância para a produção de vinho, vinho de alta qualidade só é possível como o resultado da capacidade humana interagindo com a natureza nas três fases de: criação, transformação e conservação da uva que começa na vinha e termina quando uma garrafa de vinho é aberta.
A reflection of the character and terroir of the Alentejo, FITAPRETA wines are the result of the winemaker and viticulturist’s work to develop its full potential. A delicate balance is sought between traditional Alentejo winemaking on the one hand, with the revival of ancestral techniques for working with indigenous grape varieties, and wreaking change on the other, meeting new challenges, exploring new avenues and experimenting with new grape varieties. In the production process at FITAPRETA, winemakers and viticulturists are partners of equal standing. From vineyard to finished product, the process of making quality wines can only be successfully carried out when human capability and nature to come together at all three stages: the growing of the grapes, the processing of the raw material, and the maturing of the wine.
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Na FITAPRETA os enólogos e viticultores são parceiros de igual importância para a produção de vinho. In the production process at FITAPRETA, winemakers and viticulturists are partners of equal standing.
As vinhas são geridas, em proteção integrada ou agricultura biológica e todas as uvas são vindimadas à mão e processadas na nossa adega. A enologia é uma de intervenção mínima, não havendo uso de bombas em uvas, sendo este transporte por gravidade, os brancos decantados apenas por frio e os tintos de fermentação espontânea. António Maçanita é um dos enólogos portugueses desta nova geração, criando vinhos que são consecutivamente reconhecidos nas competições e publicações de maior prestígio. Dinâmico e Irrequieto (como lhe chama a crítica) é amante de um bom desafio e entusiasta dos projetos “underdog”. Fundador e enólogo da FITAPRETA, é aqui que explora a sua veia experimentalista e criativa. com vinhos tão exóticos, como um branco fermentado em talha, ou brancos a partir de uvas tintas. Isto sem nunca esquecer a arrojada marca SEXY.
An integrated or organic farming system is used to manage the vineyards, and all the grapes are harvested by hand and processed at the winery. The winemaking process involves minimal intervention, gravity rather than pumps being used to move the grapes, the white wines only being decanted cold, and the reds undergoing a process of natural fermentation. One of the new generation of Portuguese winemakers, António Maçanita creates wines that have consistently won prizes and received rave reviews in prestigious publications. Described as dynamic and restless, he loves a good challenge and relishes the role of the underdog. At FITAPRETA, free rein is given to the co-founder and head winemaker’s creative and experimental tendencies, producing exotic wines such as a white fermented in clay pots, as well as whites made from red grapes, not to mention the audacious SEXY brand.
João Silva / David Marques / Philip Molet / Célia Oliveira André Herrera / Maria Joana Moita / Sandra Sárria / Alexandra Leroy / António Maçanita
Nascido em 1979, teve o seu primeiro contacto com vinhas aos 4 anos, brincando nas vinhas durante a vindima, bebendo sumo de uva fresco das cubas e pisando a pé as uvas na adega dos primos. Na universidade (ISA) interessa-se por viticultura, levando-o à plantação de uma vinha nos Açores (2000), depois a estagiar em Napa Valley, primeiro em Merryvale Vineyards (2001) e depois em Rudd Estate (2002). Terminado o seu curso trabalhou na adega D’Arenberg, Austrália (2003), Malhadinha Nova (2003) e por fim no Lynch Bages (2003/2004). Arrancando, primeiro como produtor, rapidamente ganhou a confiança de outros produtores acompanhando assim hoje várias adegas de norte a sul do país, como: Quinta de Sant’Ana, Herdade do Arrepiado Velho, Cem Reis, entre outras. Born in 1979, he has always been at home in the vineyard, playing as a child among his cousins’ vines during the harvest, drinking grape juice straight from the vat, and treading the grapes in the winery. While attending the Higher Agronomics Institute he became interested in viticulture, and planted vines in the Azores (2000), followed by work experience in Napa Valley, at Merryvale Vineyards (2001), and then on the Rudd Estate (2002). After graduating, he worked at the a series of wineries. D’Arenberg in Australia (2003), Malhadinha Nova (2003), and Lynch Bages (2003-2004). First, as a wine-maker, he quickly won the trust of other producers, and now provides consulting services to wineries all over the country, such as Quinta de Sant’Ana, Herdade do Arrepiado Velho, and Cem Reis.
A Sogrape Vinhos procurou, sem pressas, uma localização de sonho no Alentejo que lhe permitisse atingir aí o nível de excelência já ostentado noutras regiões vitícolas do País, do Douro ao Dão, da Bairrada aos Vinhos Verdes. E a busca criteriosa surtiu efeito: a vinha da Herdade do Peso é adquirida pela empresa no início dos anos 90 do século passado, na freguesia de Pedrogão, paredes meias com a Vidigueira.
For many years Sogrape Vinhos sought a dream location for winegrowing and wine-making in the Alentejo that would allow the company to achieve standard of excellence already attained in other winegrowing areas of the country: the Douro, Dão, Bairrada and Vinho Verde regions. The meticulous search paid off when the Herdade do Peso estate vineyards, situated in the parish of Pedrogão, near Vidigueira, were purchased by the company in the early 1990s.
Hoje, mais de vinte anos passados a estudar, sentir e interpretar em profundidade os 465 hectares da Herdade do Peso com o ondulante relevo que lhe é típico, foi já possível descobrir uma impressionante variedade de terroirs criados por vários microclimas e diferentes tipos de solos, bem como evidenciar a riqueza soberba dos vinhos ali produzidos que não param de surpreender pela sua personalidade, complexidade e elegância.
Having spent more than twenty years developing an awareness of the 465 hectares of land, with its typically undulating relief, involving in-depth study and analysis, the company discovered an impressive range of terroirs, created by different soil types and several microclimates, enabling the production of an array of superb wines whose personality, complexity and elegance never ceases to amaze.
A tradicional paixão que a família Guedes e a Sogrape Vinhos, de forma geral, imprimem nas suas intervenções atingiu na Herdade do Peso um patamar tão elevado que em poucos anos esta é já uma marca de referência de vinhos do Alentejo, comprovando que há mesmo mais Alentejo, com novas subtilezas, para além do que a tradição sempre nos mostrou. Bafejada pela Natureza com caraterísticas raras, a Herdade do Peso beneficia também do know-how das equipas de viticultura e de enologia da Sogrape Vinhos para expressar em plenitude todo o potencial dos brancos, tintos e rosés ali produzidos, que projetam a marca para a conquista natural da preferência dos consumidores mais exigentes. De facto, as temperaturas elevadas, as grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite, e a excecional radiação solar que se fazem sentir durante o verão na Herdade do Peso, conduzem a uma excelente maturação das uvas. As vindimas começam normalmente na última semana de agosto e estendem-se até final de setembro. É uma vindima longa e cuidada, a cargo de uma equipa exclusivamente feminina que responde sempre com ânimo às orientações do enólogo Luís Cabral de Almeida! É este casamento perfeito entre condições naturais de exceção, conhecimento científico profundo e recurso às tecnologias mais evoluídas e adequadas que tem permitido à Herdade do Peso atingir um elevado grau de notoriedade e o aplauso do mercado à diversidade de vinhos ali produzidos, que vão do Vinha do Monte (branco, tinto e rosé) ao Herdade do Peso Ícone (topo de gama), passando pelo Trinca Bolotas e pelos Herdade do Peso Colheita e Reserva.
The passion that the Guedes Family and Sogrape Vinhos traditionally bring to the enterprises they are engaged in has reached such an exceptional level at Herdade do Peso that in just a few years the brand has already come to be regarded as a benchmark among Alentejo wines, proving that the region still has much untapped potential to offer, and the subtle delights of new creations can surpass that which tradition has bequeathed to us. Endowed by nature with rare qualities of excellence, the Herdade do Peso also benefits from the expertise of teams of Sogrape Vinhos researchers and enologists, enabling the full potential of the whites, reds and rosés produced to be developed, and the demands of discerning consumers to be met. The hot summers, with large temperature variations between day and night, and the high number of sunshine hours, lead to the excellent ripening of the grapes. The harvest usually begins during the last week of August and lasts until late September. It is a long and painstaking process, carried out by an all-female team who always respond positively to guidance from winemaker Luís Cabral de Almeida! The perfect combination of singular natural conditions, in-depth scientific knowledge and the use of the most advanced wineproducing technologies means that the wines, ranging from Vinha do Monte (white, red and rosé) to Herdade do Peso Ícone (top-end), as well as Trinca Bolotas, Herdade do Peso Colheita and Herdade do Peso Reserva, have won wide acclaim for the Herdade do Peso.
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Na Herdade do Peso foram identificados doze terroirs que favorecem uma diversidade qualitativa de uvas. Talvez por isso, os vinhos aqui produzidos têm um estilo próprio, distinto dos restantes “alentejanos”. At Herdade do Peso twelve terroirs have been identified that favor a variety of qualitative grapes. Perhaps this is why the wines produced here have their own, distinctive style from the remaining in Alentejo.
Com um enquadramento paisagístico atrativo e repousante, os 120 hectares de vinha da Herdade do Peso espraiam-se por entre olivais e um espelho de água com 20 hectares, barragem que assume uma importância estratégica no sistema de rega gota a gota que sempre que necessário alimenta a sede das castas tintas (Aragonez, Touriga Nacional, Syrah, Alicante Bouschet, Petit Verdot e Cabernet Sauvignon) e brancas, onde pontificam o Antão Vaz, o Arinto e o Chardonnay. É uma verdadeira irrigação de precisão, desenvolvida com o duplo objetivo de otimizar a rega de cada casta em função do estilo de vinho que se pretende produzir e de assegurar uma utilização do recurso hídrico o mais racional possível. Beneficiando do facto de constituir uma das mais recentes aquisições da Sogrape Vinhos, a Herdade do Peso tem acolhido de raiz todas as mais modernas práticas e tecnologias, a começar pela viticultura sustentável, ou seja, o modo de produção que integra as melhores práticas com preocupações de equilíbrio económico, social e ambiental. Entre os principais trabalhos desenvolvidos na viticultura da Herdade do Peso, destacam-se precisamente os processos de irrigação de precisão e de microzonagem dos solos, para além da montagem de três pontos de análise climática que permitem avaliar dados tão importantes como temperatura, precipitação, radiação, velocidade do vento ou humidade.
Situated in an attractive and restful scenic setting, the estate boasts 120 hectares of vineyards, olive groves, and a 20-hectare reservoir which is of strategic importance for the drip irrigation system feeding the red grape varieties (Aragonez, Touriga Nacional, Syrah, Alicante Bouschet, Petit Verdot and Cabernet Sauvignon) and white varieties (Antão Vaz, Arinto and Chardonnay). This precision irrigation system was introduced with the aim of optimising the irrigation of each variety in accordance with the style of the wine produced and ensuring the most rational use of water resources. As one of the company’s most recent acquisitions, the Herdade do Peso benefits from all the latest practices and technologies, including sustainable viticulture, a mode of production that combines best practices with the concern to achieve an economic, social and environmental balance. A winemaking centre with the capacity for processing about 750 tonnes of grapes was constructed in 1998. Following the launch of the Herdade do Peso brand, the winery was renovated, in 2013, and current capacity is 1,250 tonnes. As far as wine-growing operations are concerned, notable features are the above-mentioned precision irrigation, soil micro-zoning, and three-station weather monitoring for the analysis of important data such as temperature, precipitation, radiation, wind speed and humidity. The micro-zoning of the vineyards, based on the results of hundreds of soundings and more than a dozen soil surveys, produced an in-depth profile of the vineyard soils and enabled twelve different terroirs to be identified. Enologist Luís Cabral de Almeida uses this knowledge for exploring the potential of each soil type for the creation and enhancement of the wines produced every year.
Mafalda Guedes / Luís Cabral de Almeida
Da microzonagem resultou uma caraterização aprofundada da natureza dos solos desta vinha, tendo sido possível identificar uma dúzia de diferenças após realização de centenas de sondagens e mais de uma dezena de fossas pedológicas. Esta informação ganha vida especial na adega, quando o enólogo Luís Cabral de Almeida começa a explorar as potencialidades de cada um destes terroirs nos vinhos que todos os anos ali nascem. Para isso, em 1998 a Sogrape Vinhos deu início à construção na Herdade do Peso de um centro de vinificação com a capacidade para a laboração de cerca de 750 mil quilos de uva. A primeira renovação da adega foi realizada em 2013, após o relançamento da marca Herdade do Peso, sendo que a capacidade de vinificação é atualmente de 1.250.000 quilos. O desafio de Luís Cabral de Almeida é usar este verdadeiro mundo ao seu alcance para mostrar que no Alentejo se fazem vinhos intensos, que nesta região se produzem vinhos frescos, que na Vidigueira os vinhos têm boa acidez… Uma harmonia e elegância que contribuem para consolidar o perfil de excelência dos vinhos da Herdade do Peso. The twelve Herdade do Peso terroirs are favourable for the production of a range of different grape varieties. This is why the wines produced at the estate have their own unique style which is distinctive from other Alentejo wines. The challenge facing the wine-making team is how to use the marvellous resources at their fingertips to show just how intense and fresh wines from the Alentejo are made and how wonderfully acidic Vidigueira wines are. Harmony and elegance are the watchwords, enabling the excellent profile of Herdade do Peso wines to be consolidated.
A história desta Quinta remonta ao final do séc. XVII. O rei D. João IV mandou construir a Quinta do Carmo para uma dama da sua corte. Desses tempos nada restou, exceto, provavelmente, o vinho Quinta do Carmo e a Herdade das Carvalhas, de onde provinham os vinhos e onde continuam ainda hoje a ser produzidos. A Quinta do Carmo está localizada na região do Alentejo, a poucos quilómetros da cidade de Estremoz. É uma propriedade tipicamente alentejana, com uma área total de 1.000 hectares, onde estão incluídos 100 hectares de oliveiras, cereais, plantações de sobreiros e florestas. Após uma joint-venture com o prestigiado grupo Lafite Rothschild, iniciada em 2000, a Bacalhôa Vinhos de Portugal adquiriu, em 2008, a totalidade da Quinta do Carmo, que passou a ser o centro de vinificação e produção de todos os vinhos do Alentejo do grupo Bacalhôa. A adega, de linhas modernas e atraentes, foi submetida a uma renovação considerável em termos tecnológicos e técnicos que permitiram um substancial incremento na qualidade ao nível da produção de vinhos. Aqui produzem-se vinhos de elevada qualidade, como o Dom Martinho, Quinta do Carmo Tinto, Quinta do Carmo Branco e o Quinta do Carmo Reserva, entre outros, os quais têm obtido um enorme sucesso não só em Portugal como em vários países. Do exterior ao interior, poderá observar os jardins e vinhas passando pelas magníficas salas de barricas onde estagiam vinhos de elevada qualidade.
The history of the Quinta do Carmo goes back to the late 15th century, when King John IV had the estate constructed in the Alentejo region, just outside the city of Estremoz, for a lady of the court. Also known as Herdade das Carvalhas, wines are still produced today, the name of the estate being preserved in the Quinta do Carmo wine label, although nothing remains of the original construction. This is a typical Alentejo estate with a total area of 1,000 hectares, including 110 ha of vineyards and 100 ha of olive groves, cereal fields, cork oak groves, and forest. Following a joint venture launched in 2000 with the prestigious Lafite Rothschild group, the Quinta do Carmo estate was purchased in its entirety in 2008 by Bacalhôa Vinhos de Portugal, and the winery became the base for the production of all the Bacalhôa group Alentejo wines. The winery is built in attractive modern style and has been substantially renovated, involving the introduction of new technology and techniques which have enabled a substantial increase in the quality of the wines produced. Looking out on a landscape of gardens and vineyards, the winery features a magnificent cellar where the best quality wines are matured in barrels. The high-quality wines, such as Dom Martinho, Quinta do Carmo Tinto, Quinta do Carmo Branco and Quinta do Carmo Reserva, among others, have enjoyed huge success not only at home but also in several different countries.
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Na Quinta do Carmo produzem-se vinhos de elevada qualidade. In Quinta do Carmo are produced high quality wines.
Hugo Carvalho / João Chamorro
O Enólogo Hugo Carvalho, como diretor de Enologia, desde 2009, dos vinhos Alentejanos da Bacalhôa e Aliança Vinhos de Portugal, é o responsável pela gama Quinta do Carmo, a qual já foi distinguida várias vezes, tanto nacional como internacionalmente. João Chamorro, responsável agrícola dos 1000ha da Herdade das Carvalhas (Quinta do Carmo), dos quais 110ha são de vinha, é quem garante não só a qualidade das vinhas, mas também o ótimo estado de conservação de todos os edifícios e equipamentos da herdade. Hugo Carvalho e João Chamorro, antigos colegas de Universidade, fazem com que a Quinta do Carmo seja sinónimo de elevada qualidade, tanto enológica como turisticamente. As vinhas que dão origem aos vinhos Quinta do Carmo, estão instaladas num vale junto ao sopé da Serra D’Ossa, em terrenos argilo-xistosos. Este é o terroir ideal, que permite às uvas maturações muito lentas, originando assim, vinhos muito elegantes e concentrados. Enologist Hugo Carvalho, chief winemaker for Bacalhôa Alentejo wines and Aliança Vinhos de Portugal since 2009, is responsible for the Quinta do Carmo range, which has won several awards in competitions at the national and international level. Estate manager João Chamorro, is responsible for the quality of the vines and the excellent condition of the buildings and equipment. The two former university colleagues work to ensure that Quinta do Carmo offers high quality products, both in the terms of wine-making and tourism. The vineyards are located in a valley in the foothills of the Ossa Hills with an argillaceous schist terrain. This is the ideal terroir, allowing the grapes to ripen very gradually, resulting in elegantly concentrated wines.
É na adega da Quinta da Plansel, em Montemor-o-Novo, que Dorina Lindemann, umas das enólogas mais reconhecidas em Portugal e no mundo, produz, desde 1998, os seus vinhos de caráter distinto e, por isso, únicos.
It is at the Quinta da Plansel winery in Montemor-o-Novo where Dorina Lindemann, one of the most recognised oenologists in Portugal and internationally, has been producing her wines of distinctive, and therefore unique, character since 1998.
Descendente de uma família com dois longos séculos de ligação à área da vitivinicultura, optou, desde início, por seguir o mesmo caminho. Dedicou-se, de corpo e alma, à produção vinícola de qualidade, baseada nos resultados científicos adquiridos na empresa do pai, Hans-Jörg Böhm, através da experimentação das castas nobres do Norte e da utilização pioneira de tecnologias de transformação sofisticadas e de ambiente controlado. Depois dos seus estudos na Universidade Vitícola de Geisenheim (Alemanha), Dorina Lindemann apaixonou-se pelo Alentejo e cumpriu o destino destas paragens: quem vem, um dia, ao Alentejo, corre o sério risco de já não partir. E ela ficou.
As a descendant of a family with ties to viticulture and viniculture going back two hundred years, she decided to follow in her family’s footsteps right from the start. She has dedicated herself, body and soul, to producing quality wine, drawing on results obtained by the company owned by her father, Hans-Jörg Böhm. The results of scientific experimentation with the noble grapevine varieties from the north of the country and the innovative use of sophisticated processing technologies and processing under controlled environment conditions developed under the aegis of this company are essential elements in achieving such consistent high quality. After completing her degree in viticulture from Geisenheim University in Germany, Dorina Lindemann fell in love with the Alentejo, thus fulfilling the prediction of an oftquoted local saying: If one comes one day, by chance, to the Alentejo, one runs the risk of never leaving. She came to the Alentejo, and she stayed.
Localizada a 100 quilómetros a sul de Lisboa, a Quinta da Plansel produz atualmente duas gamas de vinhos – Marquês de Montemor e Plansel Selecta – numa área de, aproximadamente, 70 hectares, com uma produção anual de cerca de 350.000 litros, dos quais 20% são vinhos brancos e 80% vinhos tintos. As extensas planícies alentejanas, encerram, hoje em dia, um potencial de produção de vinho, reconhecido não só a nível nacional, mas também pelos mais importantes críticos de vinho a nível mundial. As razões serão fáceis de explicar: o seu clima mediterrâneo, com invernos frios e pouco chuvosos, alternados com verões quentes e secos, associado a um conjunto de castas selecionadas, de qualidade reconhecida, plantadas nos solos adequados, vêm permitir um terroir próprio que acaba por originar vinhos macios, atrativos e de elevado potencial qualitativo. Torna-se, naturalmente, obrigatório destacar as apreciadas castas tintas da seleção de Jörg Böhm (Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca), bem como as não menos convidativas castas brancas (Arinto, Viosinho e Gouveio). A dedicação de todos nós ao trabalho, nas vinhas e na adega, e a paixão que nos leva a acreditar na importância vital do mais ínfimo pormenor, são fatores que colaboram, sem dúvida, na produção de tais vinhos únicos. O sucesso, consequência da nossa aturada labuta, levou a que, em 2012, Karl Heinz Stock, um conhecido empresário alemão, se tornasse sócio da empresa. O seu vasto conhecimento na área da gestão e do marketing veio fazer com que esta feliz união de esforços fosse uma garantia absoluta para que, no futuro, a Quinta da Plansel e a adega de Karl Stock, na Quinta dos Vales, no Algarve, pudessem continuar a produzir vinhos da mais alta qualidade.
Situated some 100 kilometres from Lisbon, the Quinta da Plansel currently produces two ranges of wines – Marquês de Montemor and Plansel Selecta – from vineyards covering approximately 70 hectares. Annual wine production totals roughly 350,000 litres, of which 20% is white and 80% red. The fact that nowadays the extensive plains of the Alentejo hold good potential for the production of wine is recognised not only at national level, but also by major international wine critics. The reasons are easy enough to explain: The Mediterranean climate, with its cold winters with low rainfall, alternating with hot, dry summers, combined with a specific selection of grapevine varieties planted in suitable soils will provide them a terroir of their own, which ultimately leads to smooth, attractive wines with high qualitative potential. Mention must be made, of course, of the highly-prized red grapevine varieties bred by Jörg Böhm (Touriga Nacional, Touriga Franca and Tinta Barroca), as well as the no less inspiring white grapevine varieties (Arinto, Viosinho and Gouveio). The dedication we all apply to our work in the vineyard and in the winery, as well as the passion that makes us believe in the vital importance of attending to even the smallest detail are undoubtedly factors which contribute to the production of our truly unique wines. Success, the fruit of our consistently determined labour, came in 2012 in the form of a new partner, a well-known German businessman, Karl Heinz Stock. His vast knowledge in the spheres of management and marketing should result in this welcome joining of forces becoming a certain guarantee that in future the Quinta da Plansel and Karl Stock’s winery at the Quinta dos Vales in the Algarve will be able to continue to produce wines of the highest quality.
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A profunda consciência da importância das variedades indígenas tem sido a base do nosso caminho. The deeply-rooted knowledge and awareness of indigenous varieties shapes our philosophy and path to success.
Outra das garantias em que acreditamos plenamente, e da qual não abdicamos, é a paixão que Júlia e Luísa Lindemann têm, desde sempre, manifestado pela empresa da família. Começaram, por isso, recentemente, em pleno fervor da sua juventude, a dar os primeiros passos em direção ao seu destino, enquanto futuras herdeiras da Quinta da Plansel.
Apart from such guarantees in which we fervently believe and from which we shall not be swayed, there is also the passion which Júlia and Luisa Lindemann have always shown for the family business. With all the enthusiasm of youth, the two of them recently took their first steps on the journey towards fulfilling their destiny as the future heiresses to the Quinta da Plansel.
Hans-Jörg Böhm, oriundo de uma família produtora de vinhos em Pfalz, em Neustadt an der Weinstrasse, Alemanha, deixou-se apaixonar por Portugal quando o seu barco ancorou na baía de Cascais, em 1961. Cedo reconheceu o enorme potencial deste país para a produção de vinhos e, em 1969, conseguiu ser o maior importador de vinho para Alemanha; em 1975, foi criada a primeira empresa pós-revolucionária de capital estrangeiro, numa altura em que se reconheceu a grave situação de falta de seleção de castas autóctones do país. Em 1975, adquiriu uma primeira casa em Colares e, em 1981, a Quinta de São Jorge em Montemor-o-Novo, onde são hoje as instalações da Quinta da Plansel.
Himself the son of a traditional wine growing family in the German town of Neustadt an der Weinstrasse in the Rhineland Palatinate, Hans-Jörg Böhm landed in Portugal quite by chance when his sailing boat capsized in the port of Cascais, near Lisbon in 1961. He quickly recognized that the sheer number of different grapevine varieties held enormous potential for wine production in Portugal and, in 1969, he became the largest importer of Portuguese wines in Germany. In 1975, he created the first company after the Portuguese revolution to be funded with foreign capital, at a time when there was a crisis in terms of the lack of breeding of autochthonous grapevine varieties within the country. In 1975, he acquired a house in Colares followed by the Quinta de São Jorge in Montemor-o-Novo in 1981, the location of the Quinta da Plansel facilities today.
Hans-Jörg Böhm, ou Jorge Böhm como é carinhosamente conhecido, vendeu a empresa familiar na Alemanha no início dos anos 80. Como aluno voluntário, estudou em Geisenheim genética de plantas vitícolas com o Prof. Helmuth Becker, com quem elaborou o conceito de um viveiro de plantas vitícolas certificadas das castas indígenas portuguesas. Em consequência deste interesse e dedicação, Jorge Böhm construiu um viveiro de plantas altamente reconhecido, contribuindo assim com um enorme enriquecimento no que diz respeito às castas indígenas portuguesas, conhecimento esse partilhado com a filha, Dorina Lindemann. Em 2001, Jörg Böhm, tornou-se o primeiro produtor do Sul de Portugal a produzir vinhos monovarietais, como o Touriga Nacional e o Tinta Barroca. Com todo este trabalho pioneiro, Böhm ganha reconhecimento internacional e depressa começa a ser autor de várias publicações inseridas nestas temáticas. Organizou dois congressos internacionais de viticultura, publicou dezenas de artigos técnicos sobre o mesmo tema e editou cinco livros. Dois deles, sobre castas portuguesas e ibéricas, foram oficialmente reconhecidos com o prémio do melhor livro do ano da OiV (Paris). Em 2010, o seu livro sobre castas portuguesas foi considerado pelo “Office International du Vin” como a melhor publicação na sua categoria.
Hans-Jörg Böhm, affectionately known as Jorge Böhm in Portugal, sold his family business in Germany at the start of the 1980s. As a volunteer student, he studied viticultural plant genetics under Prof. Helmuth Becker, with whom he developed the concept of a certified grapevine nursery specifically for grapevine varieties indigenous to Portugal. Both his enthusiasm and dedication led Jorge Bohm to establish a grapevine breeding nursery of high repute, thereby contributing enormously to the enhancement of indigenous Portuguese viticultural stock. He has shared the knowledge derived from these endeavours with his daughter, Dorina Lindemann. In 2001, Jorge Böhm became the first producer in the south of Portugal to produce monovarietal wines, such as the Touriga Nacional and Tinta Barroca. Jorge Böhm won international acclaim for all this pioneering work, and soon began to write various publications on the subject of his grapevine breeding and other viticultural activities. He organised two international congresses on viticulture, published dozens of technical papers on viticultural matters, and has published no fewer than five books. Two of these, on Portuguese and Iberian grapevine varieties, have been officially recognised by the OIV (Organisation International de la Vigne), headquartered in Paris. In 2010, his book on Portuguese grapevine varieties was awarded the prize for the best book in its category by the OIV.
Luisa Lindemann / Kai Schierke / Dorina Lindemann / Jorge Böhm / Julia Lindemann
Em 2005, Böhm recebeu das mãos do Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio, a Comenda da Ordem do Mérito Agrícola. Embora os vinhos portugueses sejam conhecidos pelos seus cuvées, a Quinta da Plansel foca muito do seu trabalho nos vinhos monovarietais. Touriga Nacional (cheia de cores vibrantes e enérgica), Touriga Franca (selvagem, difícil de amaciar, muito jovem e forte) e Tinta Barroca (cor de rubi, frutada e encorpada) são as castas nativas mais utilizadas nos nossos vinhos top. Todos os anos, a qualidade de excelência dos vinhos Plansel é reconhecida mundialmente com diversos prémios internacionais. A profunda consciência da importância das variedades indígenas tem sido a base do nosso caminho. Se todas são motivo do nosso orgulho, há, de entre todas as castas nativas, uma que é a menina dos nossos olhos: a Touriga Nacional. In 2005 the President of the Portuguese Republic, Dr. Jorge Sampaio, bestowed on him the distinction of Comendador da Ordem de Mérito Agrícola (Commander of the Order of Merit for Agriculture) in recognition of his achievements Portuguese wines are known for their cuvées, but the Quinta da Plansel focuses primarily on monovarietal wines. Touriga Nacional (full of vibrant, energetic colour), Touriga Franca (wild, difficult to tame, very young and strong) and Tinta Barroca (ruby in colour, full-bodied fruitiness) are the most often used native varieties used to produce our top wines. Each year, the excellent quality of Plansel wines is recognised the world over and honoured with various international prizes. The deeply-rooted knowledge and awareness of indigenous varieties shapes our philosophy and path to success. If any one indigenous variety had to be singled out as the primary reason for our pride, it would be our most cherished child: the Touriga Nacional.
Tiago Cabaço já deixou de ser um valor emergente do Alentejo para se afirmar hoje como um dos nomes mais sólidos e marcantes da nova geração dos produtores alentejanos. Nascido e criado em Estremoz, no coração do Alentejo vinhateiro, habituou-se desde muito cedo, desde a mais tenra infância, a viver e a trabalhar no campo, na vinha dos pais, aprendendo com os mais velhos os pequenos e grandes segredos da vinha, as manias e os truques, os nomes das castas, quais os melhores solos e climas para cada variedade, habituando-se a tratar a vinha por tu.
Tiago Cabaço has emerged as one of the most respected and impressive figures among the younger generation of Alentejo wine producers. Born and raised in Estremoz, in the heart of the Alentejo wine region, he has always lived and breathed wine-making, ever since the days when as a small child he used to play in his parents’ vineyard, gradually learning from his elders the art of wine-making – the secrets, the fads and gimmicks, the names of the grape varieties, and which soils and climate are best for each variety – in short, vines and wines are his world.
Em 2004 decidiu avançar com o seu projeto, os seus vinhos, mostrando de forma clara as suas convicções, a sua personalidade, a sua forma de entender o vinho e o Alentejo. Bastaram algumas colheitas para que os vinhos Tiago Cabaço passassem a ser encarados com o respeito e atenção que os muitos prémios e distinções nacionais e internacionais, têm trazido. Desde a talha de ouro para o melhor vinho tinto do Alentejo até à eleição para os melhores do ano da revista Wine - Essência do Vinho, desde o prémio de excelência da Revista de vinhos até à prova TOP 10 onde os melhores vinhos nacionais foram submetidos à apreciação de um júri de conceituados jornalistas e líderes de opinião nacionais e internacionais provenientes de 11 países diferentes.
In 2004 he took the decision to start producing his own wines, and the singular approach adopted clearly reflects his beliefs, tastes and appreciation of wine and the Alentejo. Recognition for Tiago Cabaço’s wines came after only a few seasons, and they have since won many prizes at the national and international level, including a gold award for the best Alentejo red wine, and a short-listing by the magazine, Essência do Vinho, for the best of wines of the year award, a prize for excellence awarded by the magazine, Revista de Vinhos, and a place in the TOP 10 best Portuguese wines awarded by a jury of wellrespected journalists and opinion-makers from 11 different countries. Nowadays, Tiago Cabaço is regarded one of the most reliable and most promising wine-producers in the Alentejo, producing a range of attractive, solidly-made wines, whose modern style combines with a profoundly Alentejo character – the .com labels, with an energetic and youthful profile, the .beb wines, which are full-bodied and dependable, and the blog range: vigorous, subtle and fresh – Tiago Cabaço’s flagship wines. Using grapes sourced from some of the best and oldest vineyards in the Alentejo, all in the Estremoz area, the wines are made by one of the best enologists in the country, a star of the new Alentejo, who has swept the foreign market.
Hoje Tiago Cabaço é tido como um dos produtores mais seguros e promissores do Alentejo, com uma família de vinhos sedutores e sérios, modernos no estilo e na forma mas profundamente alentejanos no caráter, divididos entre os .com de perfil enérgico e jovial, .beb sérios e poderosos e os blog simultaneamente vigorosos, subtis e frescos que se reclamam como o topo de gama dos vinhos de Tiago Cabaço. Com acesso a algumas das melhores e mais velhas vinhas do Alentejo, todas nas proximidades de Estremoz, com a enologia entregue a uma das melhores enólogas do país, com a conquista dos mercados externos, Tiago Cabaço é uma das estrelas do novo Alentejo.
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Tiago Cabaço afirma-se hoje como um dos nomes mais sólidos e marcantes da nova geração dos produtores alentejanos. Tiago Cabaço has emerged as one of the most respected and impressive figures among the younger generation of Alentejo wine producers.
Tiago Cabaço
O vinho começa na vinha. De tão usada, a frase quase perdeu o sentido mas continuamos a acreditar nesta máxima e a levá-la muito a sério. Por opção pessoal, nos 23ha de área de brancos, decidimos apostar nas castas tradicionais da região, o Arinto, o Roupeiro e Antão Vaz, que enriquecemos com a ajuda do Verdelho da Madeira, Encruzado, Viosinho, Viognier, entre outras com menor expressão. Nos 60ha de tintos, depois de muitas experiências, o terroir indicou a sua preferência pelas castas Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Aragonês, Syrah e Petit Verdot. Área: 83ha Idade média: 13 anos Tipos de Solo: xisto e franco-argiloso The process of wine-making begins in the vineyard. This is patently obvious, but we still think it worth mentioning as we firmly believe in the value of this maxim and take the process very seriously. We decided to use the following traditional grape varieties on the 23 hectares of vineyards planted with white grapes: Arinto, Antão Vaz and Roupeiro as the principal varieties, and Verdelho da Madeira, Encruzado, Viosinho, Viognier, among others, as secondary varieties. On the 60 ha planted with red grape varieties, after much experimentation, we found the following varieties best suited to the terroir: Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Aragonês, Syrah and Petit Verdot. Area: 83 hectares Average age: 13 years Types of soil: schist and clay loam
Situada na cidade de Estremoz, na região portuguesa do Norte Alentejo, encontra-se a “mais bela casa apalaçada de estilo Joanino da região do Alentejo, a Quinta do Carmo ou Quinta de Dona Maria”. Rica em Azulejos do séc. XVIII, assim como em mármore, grande riqueza desta região, esta Quinta é um marco não só pela sua história, como também pela sua beleza e qualidade de vinhos aí produzidos. Conta a história que a Quinta foi adquirida em tempos por D. João V para oferecer a uma cortesã, D. Maria, por quem estava perdidamente apaixonado. Foi essa cortesã que deu o nome à Quinta e ao vinho que aí é atualmente produzido. Esta Quinta é também conhecida como Quinta do Carmo, pois numa época posterior à edificação da casa, construiu-se uma capela datada de 1752, que foi dedicada e consagrada a Nossa Senhora do Carmo. Há mais de 130 anos que se produz vinho nesta Quinta, mas é no início do novo milénio que Júlio Bastos, proprietário da Quinta, recomeça este novo projeto, os Vinhos Dona Maria. A antiga adega da Quinta é totalmente restaurada, ampliada e equipada com equipamentos de alta tecnologia, mantendo sempre os famosos lagares em mármore, onde ainda hoje se faz a tradicional “pisa da uva”. Em 2003 faz-se a primeira vindima de uma nova etapa na longa vida desta Quinta, cujo conceito, é a produção de vinhos de qualidade aliado a um projeto familiar, que sempre distinguiu esta propriedade ao longo dos tempos. Com um terroir com caraterísticas muito próprias, ou seja, uma altitude de aproximadamente 450mts, amplitudes térmicas diárias elevadas, com noites frescas e dias quentes, resultam numa maturação ideal. Atualmente existem 80 ha de vinhas, dos quais 12ha são de uva Branca e 68ha de uva Tinta. Estas vinhas estão plantadas na sua maioria em terrenos ricos argilosos, com alguma influência calcária e muito boa retenção de humidade As vinhas têm a particularidade de não serem regadas, sendo sujeitas a um “stress” hídrico, resultando uma menor produção e melhor qualidade. As castas Tintas predominantes são, o Alicante Bouschet e Touriga Nacional. Alem destas temos ainda o Cabernet Sauvignom, Syrah, Petit Verdot e Aragonês. Quanto as castas Brancas, temos em maioria o Viognier, além de Viosinho, Arinto e Antão Vaz.
Located in the municipality of the city of Estremoz in the Northern Alentejo region of Portugal, the Quinta do Carmo, or Quinta de Dona Maria, boasts “the most beautiful manor house constructed during the reign of King John V in the Alentejo region”, adorned with 18thcentury azulejo glazed tiles and marble, a great local resource. The estate is distinguished by its beauty, history, and the quality of wines produced. The story goes that the house was purchased by John V as a gift to his mistress, with whom he was madly in love. Indeed, the estate and the wine that is still produced here are both named after Dona Maria. The estate is also known as the Quinta do Carmo, after the chapel, built later, in 1752, dedicated and consecrated to Our Lady of Mount Carmel. Wine has been produced at the estate for more than 130 years, but it was early in the new millennium that Júlio Bastos, the owner, launched a new project called Dona Maria Wines. The estate’s old winery was completely restored, enlarged, and equipped with the latest high-tech equipment, while retaining its famous marble presses and the tradition of grape-treading. This family-run operation aims to produce quality wines, a feature which has distinguished the estate since the vineyards were first planted, the first vintage in the latest stage in its long history being produced in 2003. The terroir is distinguished by its singular features: an altitude of approximately 450 metres, a high daily temperature range, warm days and cool nights – resulting in the optimal ripening of the fruit. The soil is rich and loamy, moderately calcareous, with very good moisture retention. There are currently 80 hectares of vineyards: 12 ha planted with white grape varieties and 68 ha black varieties. The predominant black grape varieties are Alicante Bouschet and Touriga Nacional, others including Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot and Aragonês, while the main white varieties are Viognier, Viosinho, Arinto and Antão Vaz. The vines are not irrigated, and thus subject to water stress, resulting in lower yields but higher quality grapes.
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Quinta de Dona Maria, a mais bela casa apalaçada da região do Alentejo. Quinta de Dona Maria, the most beautiful manor house in the Alentejo region.
Sandra Gonçalves / Júlio Bastos
Desde o início deste projeto, os vinhos Dona Maria têm sido bastante reconhecidos, não somente pelo público em geral, como também pelos líderes de opinião. Hoje em dia a produção anual dos vinhos Dona Maria ronda as 300.000 garrafas anuais, mas o objetivo de Júlio Bastos será a produção de 500.000 garrafas de vinho por ano, de vinhos de alta qualidade. Quanto ao mercado, a exportação é feita para países como o Brasil, Suíça, E.U.A., Suécia, Alemanha, Canadá, Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Holanda… 50% do volume de vendas é feito na exportação e 50% no mercado interno. A Quinta de Dona Maria, abre as suas portas, não só aos turistas de todo o mundo, que passam por Estremoz em busca de história e sabores, como a todos aqueles que queiram visitar, provar e descobrir os nossos vinhos. Dona Maria wines have had a big impact in the market, on both everyday consumers and wine connoisseurs. Current annual production is approximately 300,000 bottles of Dona Maria per year, some way short of Júlio Bastos target of 500,000 bottles of high-quality wine per year. Wines are exported to countries including Brazil, Switzerland, the USA, Sweden, Germany, Canada, Belgium, Luxembourg, Spain and the Netherlands, exports accounting for 50% of total sales. The Quinta de Dona Maria welcomes visitors from all over the world who come to Estremoz in search of history and wines of excellence, and all those who us seek out with the aim of discovering and tasting our wines.
Adega Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida Páteo de S. Miguel / 7001-812 Évora Tel. 266 748 300 www.cartuxa.pt geral@fea-pt GPS: N 38º 35’ 08’’ W 7º 55’ 10’’
Adega Monte Novo e Figueirinha Herdade do Monte Novo e Figueirinha S. Brissos / 7800-740 Beja Tel. 284 311 260 www.montenovoefigueirinha.pt adega@montenovoefigueirinha.pt GPS: N 38º 03’ 01’’ W 7º 55’ 42’’
Cortes de Cima Cortes de Cima / 7960-189 Vidigueira Tel. 284 460 060 www.cortesdecima.pt contacto@cortesdecima.pt GPS: N 38º 09’ 59’’ W 7º 43’ 12’’
Adega José de Sousa Rua de Mourão, nº1 / 7200-291 Reguengos de Monsaraz Tel. 266 502 729 www.jmf.pt josedesousa@jmfonseca.pt GPS: N 38º 25’ 27’’ W 7º 31’ 46’’
Monte da Ravasqueira Monte da Ravasqueira / 7040-121 Arraiolos Tel. 266 490 200 www.ravasqueira.com ravasqueira@ravasqueira.com GPS: N 38º 44’ 38’’ W 8º 00´ 43´´
Herdade das Servas Herdade das Servas / 7100-000 Estremoz Tel. 268 322 949 www.herdadedasservas.com info@herdadedasservas.com GPS: N 38º50’ 12’’ W 7º 40’ 41’’
João Portugal Ramos Vila Santa / 7100-149 Estremoz Tel. 268 339 910 www.jportugalramos.com geral@jportugalramos.pt GPS: N 38º 50’ 24’’ W 7º 37’ 43’’
Marcolino Sêbo Quinta da Pinheira - Arcos / 7100-031 Estremoz Tel. 268 891 570 www.marcolinosebo.com geral@marcolinosebo.com GPS: N 38º 50’ 06’’ W 7º 29’ 46’’
Casa Agricola Alexandre Relvas Herdade S. Miguel / 7170-999 Redondo Tel. 266 988 034 www.herdadesaomiguel.com info@herdadesaomiguel.com GPS: N 38º 38’ 26’’ W 7º 44’ 21’’
Malhadinha Nova Herdade da Malhadinha Nova - Albernoa / 7800-601 Beja Tel. 289 510 460 www.malhadinhanova.pt geral@malhadinhanova.pt GPS: N 37º 49’ 15’’ W 7º 58’ 40’’
Adega de Borba Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral,25 / 7151-913 Borba Tel. 268 891 660 www.adegaborba.pt geral@adegaborba.pt GPS: N 38º 48’ 24’’ W 7º 27’ 41’’
Ervideira Herdade da Herdadinha Vendinha / 7200-042 Reguengos de Monsaraz Tel. 266 950 010 www.ervideira.pt ervideira@ervideira.pt GPS: N 38º 26’ 43’’ W 7º 37’ 24’’
Adega Mayor Herdade das Argamassas / 7370-171 Campo Maior Tel. 268 699 440 www.adegamayor.pt geral@adegamayor.pt GPS: N 39º 02’ 50’’ W 7º 05’ 43’’ Adega Herdade das Aldeias de Juromenha Herdade das Aldeias - Juromenha / 7350-473 Elvas Tel. 268 620 273 www.haldeias.com email: haldeias@hotmail.com GPS: N 38º 46’ 13’’ W 7º 13’ 57’’ Roquevale Herdade do Monte Branco / 7170-999 Redondo Tel. 266 989 290 www.roquevale.pt geral@roquevale.pt GPS: N 38º 39’ 49’’ W 7º 33’ 11’’
Ribafreixo Wines Adega Moinho Branco / 7960-212 Vidigueira Tel. 284 436 240 www.ribafreixo.com info@ribafreixo.com GPS: N 38º 11’ 36’’ W 7º 48’ 17’’ Herdade dos Grous Herdade dos Grous - Albernoa / 7800-601 Beja Tel. 284 960 000 www.herdadedosgrous.pt herdadedosgrous@herdadedosgrous.pt GPS: N 37º 52’ 45’’ W 7º 56’ 27’’ Monte dos Perdigões Monte dos Perdigões / 7200-309 Reguengos de Monsaraz Tel. 266 503 101 www.granadeirovinhos.com geral@granadeirovinhos.com GPS: N 38º 27’ 22’’ W 7º 31’ 35’’
Herdade Grande Herdade Grande / 7960-909 Vidigueira Tel. 284 441 712 www.herdadegrande.com geral@herdadegrande.com GPS: N 38º 11’ 17’’ W 7º 50’ 15’’
Monte da Capela Zona Industrial de Pias, Lotes 4 a 7 / 7830-464 Pias Tel. 284 858 637 www.herdadedacapela.com geral@montedacapela.pt GPS: N 38º 01’ 30’’ W 7º 28’ 52’’
CARMIM Rua Professor Mota Pinto / 7200-999 - Reguengos de Monsaraz Tel. 266 508 200 www.carmin.eu info@carmim.eu GPS: N 38º 25’ 53’’ W 7º 31’ 16’’
Nunes Barata Vinhos Vale de Joana - 7490 Cabeção Tel. 917811492 / 917811494 www.nunesbarata.com info@nunesbarata.com GPS: N 38º 57’ 22’’ W 8º 04’ 32’’
Herdade Paço do Conde Herdade Paço do Conde / 7800-611 - Baleizão Tel. 284 924 415 www.pacodoconde.com geral@encostadoguadiana.com GPS: N 38º 01’ 16’’ W 7º 41’ 14’’
Torre de Palma - Wine Hotel Herdade Torre de Palma / 6450-250 Monforte Tel. 245 038 890 www.torredepalma.com reservas@torredepalma.com GPS: N 39º 04’ 06’’ W 7º 29’ 21’’
Herdade das Cortiçadas Herdade das Cortiçadas São Sebastião da Giesteira / 7000-202 Évora Tel. 262 581 286 www.herdadedascorticadas.com geral@herdadedascorticadas.com GPS: N 38º 59’ 19 W 08º 09’ 69’’
Fitapreta Vinhos Herdade Outeiro Esquila, EN 18 / 7005-838 Évora Tel. 213 147 297 www.fitapreta.com / www.sexywines.pt email: info@fitapreta.com GPS: N 38º 40’ 14’’ W 7º 51’ 11’’
Adega Cooperativa de Portalegre Tebaida, Ribeiro do Baco / 7301-901 Portalegre Tel. 245 300 530 www.adegaportalegre.pt adegaportalegre@adegaportalegre.pt GPS: N 39º 17’ 15’’ W 7º 25’ 35’’
Herdade do Peso Herdade do Peso - Pedrogão / 7960-013 Vidigueira Tel: 227 850 300 www.herdadedopeso.pt info@herdadedopeso.pt GPS: N 38º 08’ 30’’ W 7º 40’ 40’’
Paulo Laureano Vinus Monte Novo da Lisboa / 7960-909 Vidigueira Tel. 284 437 060 geral@paulolaureano.com GPS: N 38º 10’ 26’’ W 07º 49’ 05’’
Bacalhôa Vinhos de Portugal Herdade das Carvalhas - 7100-040 Estremoz Tel. 212 198 060 www.bacalhoa.pt info@bacalhoa.pt GPS: N 38º 47’ 53’’ W 7º 32’ 02’’
Herdade da Fonte Coberta Monte da Fonte Coberta - N. Srª Machede / 7006-803 Évora Tel. 266 777 360 www.fontecoberta.com hfcoberta@gmail.com GPS: N 38º 32’ 54’’ W 7º 50’ 41’’
Quinta da Plansel Quinta S. Jorge / 7050-203 Montemor-o-Novo Tel. 266 898 920 www.plansel.com quintadaplansel@plansel.com GPS: N 38º 38’ 12’’ W 8º 12’ 19’’
Casa da Urra Herdade do Carvalhal / 7300-562 Urra - Portalegre Tel: 917 614 363 www.www.casadaurra.com reservascasadaurra@gmail.com GPS: N 39º 13’ 28’’ W 07º 24’ 56’’
Tiago Cabaço Wines Quinta da Berlica - Mártires / 7100-148 Estremoz Tel. 268 323 233 www.tiagocabacowines.com geral@tiagocabacowines.com GPS: N 38º 49’ 58’’ W 7º 35º 02’’
Henrique Uva / Herdade da Mingorra Herdade da Mingorra - Trindade / 7800-761 Beja Tel. 284 952 004 www.mingorra.com geral@mingorra.com GPS: N 37º 53’ 32’’ W 7º 55’ 22’’
Dona Maria Quinta do Carmo -7100-055 Estremoz Tel. 268 339 150 www.donamaria.pt donamaria@donamaria.pt GPS: N 38º 51’ 16 W 7º 35’ 06’’
Este livro, como projeto fotográfico, documental e artístico, é uma viagem pelas ADEGAS DO ALENTEJO. À procura da sua essência que se manifesta em várias dimensões criativas: a expressão e identidade arquitetónica dos espaços, a força estética da paisagem vinícola envolvente, a humanização dos rostos que fazem o vinho a partir da cepa e que são, em largo sentido, o seu próprio rosto. E sobre tudo isto o Alentejo. Poderosa dimensão agregadora de uma identidade milenar. Afinal, a grande linha invisível que conduziu e inspirou este olhar fotográfico. This photographic and documentary work of art is the fruit of a journey round the WINERIES OF THE ALENTEJO in quest of the essential nature of the architecture and identity of the wineries, the aesthetic quality of the vineyard landscape, and the wine-makers – the human face of the wineries. And all this in the Alentejo region – the great aggregating force which has enabled an identity to be forged over the course of a thousand years – the great unseen guide that steered and inspired this photographic survey.