UPA FAZ A DIFERENÇA ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL
RELATÓRIO FINAL
JANEIRO 2012
Título UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental. Relatório final.
Autores Luísa Campos, Filipa Palha, Pedro Dias e Natália Costa
Local de edição e data Porto, Portugal, Janeiro de 2012
Copyright © ENCONTRAR+SE
Este relatório não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
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UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental
O Projecto UPA Faz a Diferença foi desenvolvido pela ENCONTRAR+SE1 – Associação de Apoio a Pessoas com Perturbação Mental Grave – com o apoio financeiro do Alto Comissariado da Saúde, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Lilly Portugal e do Banco BPI, e com o apoio científico do Centro de Estudos de Desenvolvimento Humano (CEDH) da Universidade Católica Portuguesa.
Entidade promotora:
Apoio financeiro:
Apoio científico:
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Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida de utilidade pública na área da saúde. Mais
informações em www.encontrarse.pt 3
Sem saúde mental não há saúde.
É a saúde mental que abre aos cidadãos as portas da realização intelectual e emocional, bem como da integração na escola, no trabalho e na sociedade.
É
ela
que
contribui
para
a
prosperidade, solidariedade e justiça social das nossas sociedades [1].
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ÍNDICE EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO ............................................................................................. 7 AGRADECIMENTOS ........................................................................................................ 7 NOTA INTRODUTÓRIA ..................................................................................................... 9 PARTE I – ENQUADRAMENTO DO PROJECTO ....................................................... 11 1.1. A importância da saúde mental ..................................................................... 12 1.2. A centralidade do contexto escolar ................................................................ 13 1.3. Projecto UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental 15 PARTE II – ESTUDO PILOTO ..................................................................................... 17 2.1. UPA Faz a Diferença: a centralidade de um estudo piloto .............................. 18 2.2. Fases do estudo piloto .................................................................................... 19 2.2.1. Fase 0 | Planeamento do estudo piloto ................................................ 19 2.2.2. Fase 1 | Grupos de discussão – Alunos e agentes educativos ............ 20 2.2.2.1. Grupos de discussão – Alunos ...................................................... 20 2.2.2.2. Grupos de discussão – Agentes educativos ................................. 25 2.2.3. Fase 2 | Construção do questionário e das acções de sensibilização .. 30 2.2.4. Fase 3 | Acções-piloto ........................................................................... 30
PARTE III – IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO ....................................................... 33 3.1. Participantes – Escolas-parceiras ................................................................... 34 3.2. Participantes – Alunos .................................................................................... 35 3.3. Instrumentos ................................................................................................... 38 3.3.1. Questionário UPA Faz a Diferença: Percepções de alunos face a problemas de saúde mental ........................................................................... 38 3.3.1.1. Características psicométricas do “Questionário UPA” ................... 39 3.3.2. Acções de sensibilização – Estrutura e objectivos ................................ 40 3.3.3. Ficha de avaliação da satisfação com as sessões ............................... 41
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3.4. Procedimentos ................................................................................................ 43 3.4.1. Planeamento da implementação das acções de sensibilização ........... 43 3.4.2. Procedimentos de recolha de dados ..................................................... 44 3.4.3. Procedimentos de implementação das acções de sensibilização ......... 45 3.4.4. Procedimentos de análise de dados ..................................................... 46 3.5. Resultados ...................................................................................................... 49 3.5.1. Levantamento das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental | Pré-intervenção ................................................................................ 49 3.5.2. Avaliação do impacto das acções de sensibilização pró-saúde mental | Pós-intervenção ............................................................................................. 55 3.5.3. Avaliação da satisfação dos professores interlocutores ou elementos da direcção das escolas-parceiras face à implementação do projecto ............... 61 3.5.4. Síntese dos resultados ......................................................................... 66 3.6. Discussão dos resultados e conclusão ........................................................... 69 PARTE IV – DIVULGAÇÃO DO PROJECTO .............................................................. 75 4.1. Apresentação de comunicações em reuniões científicas ................................ 76 4.1.1. Comunicações nacionais ..................................................................... 76 4.1.2. Comunicações internacionais .............................................................. 77 4.2. Publicações ..................................................................................................... 78 4.2.1. Artigos publicados ................................................................................. 78 4.2.2. Artigos no prelo ..................................................................................... 78 4.2.3. Publicações sob a forma de resumo ..................................................... 79 4.2.4. Dissertações de mestrado .................................................................... 80 4.3. Divulgação junto da população geral .............................................................. 81 4.4. Outros resultados ............................................................................................ 82 4.5. Prémios ........................................................................................................... 83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 84 ANEXOS ..................................................................................................................... 89
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Equipa de investigação Luísa Campos | Coordenadora do projecto Filipa Palha Pedro Dias Elisa Veiga Vânia Sousa Lima Natália Costa Ana Isabel Duarte
Agradecimentos Antes de mais, agradecemos às entidades que apoiaram, do ponto de vista financeiro, a realização deste projecto - Alto Comissariado da Saúde, Fundação Calouste Gulbenkian, Lilly Portugal e Banco BPI -, bem como ao Centro de Estudos de Desenvolvimento da Universidade Católica Portuguesa, que prestou o apoio científico. Agradecemos o contributo das Mestres Lígia Gomes, Sílvia Magalhães e Sónia Mesquita e Licenciada Joana Batouxas, na dinamização dos focus groups; das Mestres Sofia Moura Faria e Teresa Mansilha pela sua contribuição no desenho das acções; e dos alunos da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica na reflexão sobre a construção do questionário e das acções. Agradecemos ao Colégio Nossa Senhora do Rosário, bem como à Escola Secundária Augusto Gomes toda a disponibilidade demonstrada durante o estudo piloto.
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Da mesma forma, agradecemos a todas as escolas que aceitaram integrar o projecto, constituindo-se como escolas parceiras, a todos os elementos da direcção das escolas e professores interlocutores, pelo apoio ao projecto. Um agradecimento especial a todos os alunos que participaram no projecto e que, com o seu apoio e entusiasmo, reforçaram o nosso trabalho. Por fim, agradecemos à LOWE o apoio dado a mais um projecto da ENCONTRAR+SE, e o seu contributo criativo que permite tornar mais apelativa a mensagem que procurámos transmitir.
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NOTA INTRODUTÓRIA O presente relatório apresenta as actividades desenvolvidas ao longo dos dois anos (Julho de 2009 a Junho de 2011) em que decorreu o projecto UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental. Neste sentido, o presente relatório encontra-se organizado, seguindo a sequência do projecto. Assim, num primeiro momento, na Parte I do presente relatório, realiza-se um breve enquadramento do projecto, centrado na dimensão do problema da doença mental, no impacto do estigma associado à doença mental, bem como no estado da arte nacional e internacional sobre as intervenções com vista à promoção da saúde mental em contexto escolar2, aspectos que permitem compreender o contexto em que surgiu o projecto UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental. No intuito de atingir os objectivos propostos no âmbito do projecto, o primeiro ano de execução do mesmo contemplou a implementação de um estudo piloto, realizado em duas escolas, uma do ensino público e outra do ensino privado. A metodologia desenvolvida e os resultados obtidos durante o estudo piloto são apresentados na Parte II. Na Parte III são descritas as actividades realizadas durante o segundo ano do projecto, correspondente à implementação das acções de sensibilização. Num primeiro momento são descritos os participantes que integraram o projecto – escolas e alunos. São, ainda, descritos os instrumentos utilizados e os procedimentos inerentes à implementação do UPA Faz a Diferença. Por fim, apresentam-se os principais resultados, uma breve discussão dos mesmos, bem como as conclusões decorrentes desta fase do projecto. Na Parte IV são descritas as iniciativas desenvolvidas no sentido de divulgar o projecto e disseminar os resultados obtidos no âmbito do mesmo. São, ainda, listadas as publicações 2
Tradução de school-based interventions 9
realizadas no âmbito do projecto, apresentados outros resultados e realizada uma referência ao prémio com que o UPA Faz a Diferença foi distinguido. Finalmente, o relatório integra, em anexo, os documentos que suportaram a implementação do UPA Faz a Diferença. Apesar de, em todos os documentos e materiais produzidos no âmbito do projecto, ter sido feita referência aos diferentes apoios, para efeitos do presente relatório, optou-se por retirar todos os logótipos do cabeçalho dos documentos.
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PARTE I | Enquadramento do projecto
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1.1. A importância da saúde mental No estudo Global Burden of Disease3 foi demonstrada a necessidade da perturbação mental ser assumida como uma preocupação local, nacional e global, sendo salientado que as perturbações mentais contribuem, aproximadamente, em 12% para o burden global da doença [2], prevendo-se que este valor possa atingir os 15% em 2020 [3]. De acordo com o Relatório Mundial da Saúde, pelo menos 1 em cada 5 jovens sofre de problemas de desenvolvimento, emocionais ou comportamentais [3], tornando-se a prevenção e o tratamento de tais dificuldades uma prioridade em termos de saúde pública [4], à qual Portugal, ou nenhum país, deverá ficar alheio [5]. Paralelamente, o Pacto Europeu para a Saúde Mental e o Bem-estar refere que mais de 50% das perturbações mentais têm o seu início durante a adolescência [6]. Neste contexto, a saúde mental e o bem-estar psicológico de crianças e jovens constitui-se como um tema prioritário, o que tem levado diferentes países a fomentar políticas específicas de desenvolvimento de serviços que satisfaçam as necessidades educacionais, de saúde e sociais de crianças e jovens, com o objectivo de promover a sua saúde mental e bem-estar psicológico [7]. Tem sido, assim, enfatizada a necessidade de se desenvolverem recursos a este nível, junto de adolescentes, jovens e adultos, destinados a promover o seu máximo potencial [7,8,9,10]. A importância deste “investimento” é suportada por investigação que demonstrou o papel protector do bem-estar psicológico, emocional e social [6] face ao risco de desenvolvimento de problemas comportamentais, violência e crime, gravidez na adolescência e abuso de substâncias e álcool [11,12,13]; podendo, igualmente, contribuir
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O estudo da carga global da doença (CGD) teve como objectivo quantificar a carga de mortalidade prematura e
de incapacidade para as principais doenças ou grupos de doenças, usando como medida resumo da saúde da população o DALY (Disability Adjusted Life Years), que combina as estimativas dos anos de vida perdidos por morte prematura (YLL, Years of Life Lost) e dos anos de vida perdidos por doença e/ou incapacidade (YLD, Years Lived with Disability).
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para uma aprendizagem e realização académica efectivas, fundamentais para o bem-estar social e económico a longo-prazo [14]. Não obstante, a falta de conhecimento sobre questões de saúde mental e os preconceitos associados às perturbações mentais são reconhecidos como importantes obstáculos à promoção de saúde mental [15,16,17]. Neste contexto, o presente projecto baseia-se nos conceitos de literacia em saúde mental4 [18,19] e do estigma associado às perturbações mentais [20], na medida em que intervenções centradas na promoção da literacia em saúde mental têm revelado possuir importantes vantagens ao nível da prevenção, do reconhecimento e da intervenção precoce, bem como da redução do estigma associado à perturbação mental [15,16,17]. O conceito de literacia em saúde mental integra seis componentes, considerados fundamentais numa primeira abordagem a esta temática: (a) capacidade de reconhecer perturbações específicas ou diferentes tipos de mal-estar psicológico; (b) conhecimento e crenças relativamente a factores de risco e causas; (c) conhecimento e crenças quanto a intervenções de auto-ajuda; (d) conhecimento e crenças em relação à ajuda profissional disponível; (e) atitudes que facilitam o reconhecimento e a procura de ajuda; (f) e, finalmente, o conhecimento relativo à obtenção de informação sobre saúde mental. Quanto ao conceito de estigma, o projecto baseia-se na abordagem de Corrigan e Watson em particular a componente de estereótipos (percepção negativa em relação a pessoas com perturbação mental), dada a sua influência na prevenção e promoção da saúde mental [20].
1.2. A centralidade do contexto escolar Com base no reconhecimento (i) da prevalência de problemas de saúde mental na infância e adolescência; (ii) de as atitudes relativas aos problemas de saúde mental serem 4
Tradução de mental health literacy 13
adquiridas, gradualmente, começando na infância e consolidando-se na idade adulta; e (iii) no facto da escola ser considerada um contexto privilegiado de acesso aos jovens [21,22], nas últimas décadas, a escola tem-se assumido como um contexto privilegiado para o desenvolvimento de intervenções destinadas à promoção da saúde, e em alguns países da literacia em saúde mental [6]. Neste contexto, diversos países, tais como Inglaterra, Canadá, Alemanha, Estados Unidos, Austrália e Japão, têm desenvolvido iniciativas no sentido de aumentar a literacia em saúde mental e/ ou diminuir o estigma associado às perturbações mentais [7,23] (e.g., Crazy? So what! [15], MindMatters - Understanding mental illness [22]; Beyoundblue Schools Research Initiative - Mental Health Literacy Component [24]; The Science of Mental Illness [25] e Mental Health Awareness in Action program [26]). Os principais resultados obtidos no âmbito destes estudos apontam para: (i) percepções mais positivas após as intervenções desenvolvidas (Mental Health Awareness in Action program; Crazy? So what!, The science of mental illness), (ii) um aumento da literacia em saúde mental (Mental Health Awareness in Action program, The science of mental illness), alertando, ainda, para (iii) a existência de diferenças significativas ao nível da literacia em saúde mental e percepções estigmatizantes em função do género e da existência prévia de contacto com pessoas com perturbação mental (Mental Health Awareness in Action program). Em Portugal, a “saúde mental” é uma das áreas prioritárias para a promoção de estilos de vida saudáveis identificadas pelo Programa Nacional de Saúde Escolar [27]. No entanto, são escassas as intervenções sistematizadas de promoção da literacia em saúde mental e de combate ao estigma, junto de jovens estudantes. Na verdade, de acordo com dados obtidos no estudo Health Behaviour in School-Aged Children5 (HBSC), no âmbito do Projecto
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O estudo HBSC iniciou-se em 1982 através de uma equipa de investigadores da Finlândia, Noruega e Inglaterra e desde 1985/86 é realizado de 4 em 4 anos. Actualmente conta com a participação de 44 países Europeus e da América do Norte, em colaboração com a Organização Mundial de Saúde. O estudo tem como objectivo conseguir uma nova e maior compreensão do comportamento de saúde dos adolescentes, saúde e bem-estar no seu contexto social, através da recolha de dados que permitam comparações nacionais e 14
Educativo de 78,9% das escolas é contemplada a área de Educação para a Saúde. No que respeita aos conteúdos abordados, os dados disponíveis indicam que 87% das iniciativas se focam na Alimentação, seguindo-se a Sexualidade/ prevenção das Infecções Sexualmente Transmitidas (85.7%), a Actividade física (66.2%), o Consumo de substâncias (63.6%), a Higiene/ Imagem corporal (58.4%) e Outros (7.8%) [28], estando as questões da saúde mental inseridas neste último grupo.
1.3. Projecto UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental Do exposto, o UPA Faz a Diferença surgiu com o objectivo geral de contribuir para o aumento do conhecimento sobre questões de saúde mental junto de jovens do ensino secundário no sentido de, por um lado, incentivar a procura precoce de ajuda e diminuir atitudes estigmatizantes; e, por outro lado, sensibilizar para a necessidade de promoção de saúde mental. Os objectivos específicos deste projecto foram: (a) Avaliar as percepções estigmatizantes e de conhecimentos e as intenções comportamentais de alunos do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, face a problemas de saúde mental; (b) Transmitir informações sobre os principais sinais e sintomas de alerta para o risco de perturbação mental; (c) Sensibilizar para a necessidade de promoção da saúde mental, enfatizando a necessidade de agir sobre o bem-estar individual e adoptar comportamentos promotores de saúde; (d) Divulgar o movimento UPA – Unidos para ajudar, cujo mote é “Levanta-te contra a discriminação da doença mental”, no sentido de sensibilizar para o impacto do auto/ hetero-estigma; e, por último, (e) Avaliar o impacto da iniciativa e de necessidades futuras de intervenção.
internacionais, de forma a alcançar este objectivo [28]. Para mais informações consulte, por favor, http://www.hbsc.org/index.html 15
Considerando a escassez, em Portugal, de intervenções sistematizadas nesta área e de instrumentos de avaliação válidos e fiáveis para avaliar o seu impacto, o primeiro ano do UPA Faz a Diferença centrou-se na realização de um estudo piloto com os objectivos de (i) desenvolver um instrumento de avaliação das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental, (ii) construir e testar o formato das acções de sensibilização desenvolvidas pela equipa em função do feedback de jovens aos quais esta iniciativa se destina. As actividades realizadas durante o estudo piloto são apresentadas no capítulo seguinte (Parte II).
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PARTE II | Estudo piloto
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2.1. UPA Faz a Diferença: a centralidade de um estudo piloto Conscientes da complexidade de realizar uma intervenção centrada neste tema e direccionada a jovens, o primeiro ano do projecto UPA Faz a Diferença (Julho de 2009 a Julho de 2010), centrou-se na realização de um estudo piloto6, o qual teve como objectivos: (a) construir o instrumento que permitisse avaliar as percepções estigmatizantes e de conhecimentos, bem como as intenções comportamentais face a problemas de saúde mental de alunos do ensino secundário; (b) fazer o levantamento das necessidades de educação para a saúde mental a serem abordados nas acções de sensibilização a construir; bem como (c) avaliar o impacto das acções-piloto, onde ambos foram testados [5].
O estudo piloto seguiu as linhas orientadoras, que a literatura aponta como fundamentais no desenvolvimento de intervenções destinadas à promoção de saúde mental, que Noar [29] sistematiza nos seguintes aspectos: (a) elaboração prévia de uma pesquisa relativa ao público-alvo com recurso, por exemplo, focus groups, no sentido de assegurar a adequabilidade das mensagens que se pretendem transmitir; (b) sistematização da informação numa base teórica consistente; (c) desenvolvimento de estratégias de intervenção que cativem a atenção e promovam a participação activa do público-alvo; (d) realização de uma avaliação prévia à intervenção, de forma a perceber se as mensagens transmitidas alcançam os objectivos propostos procedendo-se, posteriormente, a eventuais reformulações; e, por fim, (e) avaliação da intervenção para aferir o seu impacto, bem como a possível mudança de atitudes e comportamentos [5,30]. Com base nesta proposta, segue-se a apresentação das diferentes fases do estudo piloto.
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A opção pelo estudo piloto foi sugerida pela Dr.ª Jo Loughran, Head of Time to Change Children and Young
People do projecto Rethink Mental Ilness, com vasta experiência em intervenções em contexto escolar. 18
2.2. Fases do estudo piloto Do exposto, num primeiro momento decorreu a fase de planeamento do estudo piloto (Fase 0). Em seguida, realizaram-se grupos de discussão (focus groups) (Fase 1) no sentido de construir o “Questionário UPA Faz a Diferença: Percepções de alunos face a problemas de saúde mental” (doravante abreviado para “Questionário UPA”) e as acções de sensibilização (Fase 2). Posteriormente, realizaram-se 2 acções-piloto (Fase 3).
O estudo piloto foi, assim, constituído por quatro fases (cf. Figura 1):
Figura 1. Fases do estudo piloto
Passa-se a descrever, detalhadamente, cada uma das fases do estudo piloto.
2.2.1. Fase 0 | Planeamento do estudo piloto A fase de planeamento do estudo piloto envolveu as seguintes actividades: 1) Revisão da literatura sobre os temas literacia em saúde mental e intervenções em contexto escolar; 2) Construção dos seguintes materiais: guião dos grupos de discussão (Cf. Anexo 1); questionário sócio-demográfico (Cf. Anexo 2); questionário breve (Cf. Anexo 3); e
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consentimento informado para alunos (Cf. Anexo 4) e agentes educativos (Cf. Anexo 5); 3) Pedido de autorização ao Ministério da Educação (Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular; DGIDC) para implementação do estudo piloto em meio escolar. A autorização obtida encontra-se em anexo (Cf. Anexo 6); 4) Estabelecimento de contacto com as escolas que integraram o estudo piloto; 5) Realização de duas acções de formação sobre dinamização de grupos de discussão com especialistas; 6) Realização de 2 grupos experimentais7 para teste do guião construído.
2.2.2. Fase 1 | Grupos de discussão – Alunos e agentes educativos Durante esta fase do estudo piloto foram realizados grupos de discussão junto de alunos do ensino secundário, bem como dos seus agentes educativos, com o objectivo de realizar o levantamento de necessidades e dos conhecimentos face a questões de saúde mental. Passa-se a descrever os principais resultados.
2.2.2.1. Grupos de discussão – Alunos No mês de Novembro de 2009, realizaram-se 6 grupos de discussão que, no total, reuniram 38 alunos de ambos os sexos (22 de uma escola privada, 16 de uma escola pública). Os grupos de discussão centraram-se na discussão de questões relacionadas com a literacia em saúde mental, percepções estigmatizantes relativas a perturbações mentais e levantamento das necessidades de intervenção nesta área. Todos os participantes 7
Os grupos foram constituídos por 7 alunos do 1.º ano de Psicologia da Faculdade de Educação e Psicologia da
Universidade Católica Portuguesa. 20
frequentavam entre o 10º e o 12º anos de escolaridade, tendo idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. De referir que a selecção dos alunos, por ano lectivo e por área de ensino foi realizada de forma aleatória.
Seguidamente, apresentam-se os principais resultados obtidos durante esta fase dos grupos de discussão, os quais são descritos tendo em consideração, num primeiro momento, (i) os conhecimentos relativos a questões de saúde mental, (ii) as percepções estigmatizantes associadas a problemas de saúde mental e, por fim, (iii) a referência à pertinência do tema e necessidades ao nível dos conteúdos, tipo de participantes, dinâmica e estrutura das acções de sensibilização.
(1) Conhecimentos relativos a questões de saúde mental Tipos de perturbação mental que conhecem - a Depressão foi a mais citada pelos participantes. Características das pessoas com perturbação mental - a maioria dos participantes referiu-se a estas como dependentes (e.g., “ficam muito dependentes”), possuindo dificuldades a nível pessoal e social (e.g., “Eu acho que há dificuldades a muitos níveis”) e com alterações de comportamento (e.g., “Normalmente há alterações do comportamento”), dando a entender que as associam, igualmente, a comportamentos violentos (e.g., “Acho que ficam mais violentas, mais atrasados mesmo”). Definições de perturbação mental - pareceram remeter para aspectos abstractos, sobre os quais não têm muito conhecimento, referindo que perturbação mental é algo complexo (e.g., “As doenças são coisas complexas”) e diferente (e.g., “São coisas diferentes do normal”).
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Terminologias utilizadas - surgiu nos discursos dos participantes a palavra atrasos e deficiência para perturbação mental e atrasado e deficiente para a pessoa que dele sofre. Factores de risco para o desenvolvimento de uma perturbação mental - nos seus discursos, verificou-se uma maior prevalência de factores de risco ambientais, nomeadamente acontecimentos de vida traumáticos (e.g., “Um trauma pode levar a pessoa a ficar doente”) e a incapacidade de adaptação a novos ambientes (e.g., “Se uma pessoa mudar ambiente, por exemplo, de escola, e não se adaptar”). Os participantes referiram, ainda, que a perturbação mental se relacionava com o sistema nervoso (e.g., “Esses problemas são deficiências relacionadas com o sistema nervoso”). Tratamentos - os participantes referiram que estes existem (e.g., “Acho que pode haver tratamento”), no entanto, quanto à sua eficácia, afirmaram que estes apenas atenuam (e.g., “Também devem atenuar os sintomas”) ou reduzem o impacto (e.g., “Reduzem as consequências más”), sem conseguirem curar totalmente a pessoa com perturbação mental. Esta análise permite perceber a informação recolhida na categoria da cura, sendo de ressalvar que os participantes não evidenciaram acreditar na remissão completa do problema, existindo um maior número de discursos referentes à impossibilidade de cura (e.g., “Cura cura assim acho que não há”). Dificuldades ou dúvidas - frequentemente, surgiu nos discursos dos participantes a expressão “não sei” em relação às questões de saúde mental abordadas (e.g. como definir perturbação mental, distinção entre doença física e perturbação mental, causas associadas a problemas de saúde mental, tratamento, definição de saúde mental e promoção da saúde mental).
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(2) Percepções estigmatizantes associadas a problemas de saúde mental Foi encontrada, no discurso dos participantes, alguma evidência de percepções estigmatizantes face a problemas de saúde mental. Impacto do diagnóstico nas pessoas próximas - segundo os participantes parece ser negativo, uma vez que, se houvesse um aluno na turma com um diagnóstico, seria prestada muita mais atenção aos seus comportamentos, por parte dos colegas, sendo que esta é expressa, no sentido de cautela e medo dos comportamentos imprevisíveis e violentos. Neste sentido, a postura é marcada pela hesitação, já que iam “ficar de pé atrás com essa pessoa”. De salientar, também, a referência ao facto de que, na opinião dos participantes, no ambiente familiar se torna cansativo conviver com uma pessoa com o diagnóstico, acabando por se ignorar os “disparates”. Impacto do diagnóstico para as pessoas com perturbações mentais – os participantes demonstraram percepcionar as pessoas com perturbação mental como sendo dependentes (e.g., “não são capazes de fazer nada”) e diferentes do resto da população (e.g., “quer queiram, quer não, vão ser sempre diferentes”). Torna-se bastante pertinente, aqui, referir o internamento em manicómios (e.g., “Vão para o manicómio”) e a menor probabilidade de emprego (e.g., “Há menos oportunidades de emprego para elas”), como consequências das perturbações mentais apontadas pelos participantes. Reacção dos participantes face problemas de saúde mental - o seu discurso remeteu para a existência de estigma quando relatam medo do que poderia acontecer (e.g., “Ia ter medo do que me poderia acontecer”) e de estar em contacto com pessoas com perturbação mental. Intenção comportamental dos participantes - os discursos referiram o afastamento (e.g., “Acho que me afastava”) e a negação (e.g., “Eu entrava numa fase de negação. Não aceitava mesmo”).
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Comparação das perturbações mentais com as doenças físicas – os discursos dos participantes pareceram apontar para uma atribuição de características mais positivas às doenças físicas. Neste sentido, os participantes relataram que a capacidade de comunicação, a autonomia e a consciência de si próprios e do ambiente que os rodeia são características que se podem manter com uma doença física e não na perturbação mental. Uma outra distinção realizada foi a da possibilidade de cura, expressa como positiva para as doenças físicas e como negativa para os problemas de saúde mental (e.g., “A principal diferença, para mim, é que as doenças físicas têm cura e as mentais não”). Verificou-se ainda que, no caso de poderem optar por um dos diagnósticos, todos os participantes optariam pelo de uma doença física (e.g., “Escolheria a física, claro”). Características das pessoas com problemas de saúde mental - pareceram estar relacionadas com os estereótipos comuns associados, com discursos referindo a dependência (e.g., “não são capazes de fazer nada sozinhos”); a alteração de comportamentos, tornando-se violentos (e.g., “ficam mais agressivos”); e a diferenciação em relação à população geral (e.g., “são diferentes dos outros”). Ainda nesta categoria, é importante destacar, tal como foi referido na escassez de conhecimento, algumas terminologias – também elas relacionadas com estereótipos – utilizadas com uma conotação negativa, como “deficientes” e “atrasados” para as pessoas, e “deficiência” e “atraso”, para a problemática em si.
(3) Referência quanto à pertinência do tema e necessidades ao nível dos conteúdos e formato das acções de sensibilização – conteúdos, dinâmica e estrutura Realização de iniciativas de promoção da saúde mental em meio escolar - os participantes consideraram pertinente (e.g. “Eu acho que era importante”), tendo-se mostrado disponíveis para participar nas mesmas (e.g. “Participava. Eu acho”). 24
Formato das acções de sensibilização - os participantes afirmaram considerar importante que estas fizessem a ponte com a experiência de um problema de saúde mental, nomeadamente apresentando “um testemunho de qualquer pessoa que viveu” essa experiência. Número de participantes – os participantes propuseram sessões com “poucas pessoas”. Temas prioritários – os participantes referem a definição de saúde e perturbação mental (e.g. “Primeiro definir o que é saúde e doença mental”).
2.2.2.2. Grupos de discussão – Agentes educativos Considerando o papel dos agentes educativos como potenciais facilitadores de iniciativas de promoção da saúde em contexto escolar, sobretudo tratando-se de um tema envolto em estigma, no intuito de obter uma perspectiva o mais abrangente possível desta realidade, o estudo piloto foi alargado aos agentes educativos – pais, professores e directores com os mesmos objectivos: a) Explorar os seus conhecimentos sobre questões de saúde mental; b) Explorar as percepções estigmatizantes e intenções comportamentais dos agentes educativos face a problemas de saúde mental; c) Explorar a pertinência do tema, da perspectiva dos agentes educativos, bem como realizar o levantamento de necessidades ao nível dos conteúdos, dinâmica e estrutura das acções de sensibilização.
Em relação aos directores das 2 escolas envolvidas – pública e privada – foram realizadas entrevistas individuais. No que respeita aos pais, foram realizados 2 grupos de discussão junto de 12 pais – 7 de alunos da escola pública e 5 de alunos da escola privada e; ainda, 2 25
grupos de discussão com um total de 13 professores – dos quais 7 leccionavam na escola privada e 6 na escola pública. Os principais resultados obtidos nesta fase do estudo piloto são apresentados seguidamente.
(1) Conhecimentos relativos a questões de saúde mental Tipos de perturbações mentais - os participantes identificaram várias perturbações mentais (e.g. “Alzheimer…”, “Anorexia nervosa, por exemplo”, “A depressão, a ansiedade, as dependências…”, “Autismo”, “Esquizofrenia”) embora algumas não correspondessem a perturbações mentais (e.g. “…corpos de Lewis”, “Se nós pegamos no stress ou pegamos no isolamento ou na solidão, são dois tipos de doença mental”, “…então dizemos que ser artista é uma doença mental.”). Origem das perturbações mentais - os participantes atribuíram grande destaque à influência do meio social e ambiental (e.g. “O meio em que vive, o apoio familiar que tem”), aos acontecimentos de vida (e.g. “Um choque emocional. Uma perda…não sei…”), bem como à hereditariedade (e.g. “a carga genética é muito importante”). Distinção entre perturbação mental e doença física - surgiu no discurso dos participantes uma visão mais positiva face à doença física (e.g. “acho que primeiro uma doença física é sempre mais bem aceite pela sociedade, as pessoas aceitam muito mais facilmente, e uma doença mental não é tão bem aceite, não é? Uh…é muito estigmatizada, as pessoas são postas de lado”), à qual atribuem uma maior facilidade, quer ao nível da aceitação, quer da capacidade de lidar com doença (e.g. “…na doença física consigo facilmente ajudar a pessoa, não é? É muito mais fácil ajudá-la. Enquanto na doença mental, eu como não compreendo a doença, tenho dificuldade em ajudar. Ou perceber, perceber o quê que se passa”).
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Tratamentos - os participantes referiram que grande parte das perturbações mentais não tem cura (e.g. “a principal diferença [entre doença física e perturbação mental] é que a doença física é perfeitamente curável, não é?”), ainda que considerem que existem tratamentos com eficácia, aos quais atribuem uma vertente maioritariamente médica (e.g. “fármacos”). Ainda neste âmbito destaca-se a atribuição de um papel activo a quem convive diariamente com a pessoa com problemas de saúde mental, considerando a sua importância para o reconhecimento de alguns sinais, o que facilita em grande parte o diagnóstico por parte do técnico de saúde (e.g. “Normalmente até são as pessoas que vivem com ela no dia-a-dia e dão mais na perfeição indicações ao técnico de saúde para ele chegar realmente ao diagnóstico. (…) Mas a família ajuda muita na detecção da doença mental”). Prognóstico - foi encarado pela maioria dos participantes como sendo variável e dependendo do tipo ou gravidade da perturbação mental. Os participantes referiram, ainda, que “depende do ambiente familiar e do ambiente social” e do acompanhamento de que a pessoa com perturbação mental beneficia (e.g. “Eu acho que depende do ambiente familiar e do ambiente social... se tiverem condições sociais, económicas… é muito diferente ter uma filha ou alguém que na nossa família teve uma anorexia e dar todas as condições ou não ter condições nenhumas.”). Ainda que a maioria afirme que o prognóstico pode ser variável, denota-se alguma contrariedade quando, no discurso da maioria, está subentendida a falta de esperança face ao prognóstico da doença (e.g. “deterioração”), afirmando a impossibilidade de cura. Características das pessoas com perturbação mental – surgiram nos discursos dos participantes características com uma carga maioritariamente negativa, como a estranheza do comportamento ou a agressividade (e.g. “…têm comportamentos bastante estranhos e agressivos”) ou a perigosidade (e.g. “Um deles chegou a perseguir a minha filha que se meteu na casa de um vizinho porque ele andava atrás dela a simular actos sexuais. 27
Portanto, são perigosos, não é?”). Não obstante, a maioria dos participantes considera difícil o reconhecimento da pessoa com perturbação mental, o que, de forma geral, poderá indicar que não consideram que as características ou comportamentos da pessoa com perturbação mental sejam visíveis ao ponto de tornar óbvio o seu reconhecimento por parte de alguém que não convive de forma constante com essa pessoa. Contacto com pessoas com perturbação mental - O contacto com a pessoa com perturbação mental assume, segundo os participantes, relevância ao nível de um maior interesse pela problemática (e.g., “…sou sócia da associação dos amigos e familiares dos doentes de Alzheimer e quando isto surgiu (…) li tudo o que era possível (…) vi tudo o que é filmes sobre a doença de Alzheimer e no fim aprendi algum coisa, quer dizer a lidar minimamente perante algumas situações.”) e da capacidade para lidar com a perturbação mental. Dificuldades ou dúvidas – não surgiu a expressão de grandes dificuldades face à temática, ainda que, no discurso dos participantes, algumas respostas indiquem a necessidade de transmissão de mais informação/ conhecimento (e.g. [não temos] “de maneira nenhuma conhecimentos suficientes” [face à perturbação mental], “há falta de informação na sociedade e nos jovens”).
(2) Percepções estigmatizantes associadas a problemas de saúde mental Foi encontrada, no discurso dos participantes, alguma evidência de percepções estigmatizantes face a problemas de saúde mental, em relação aos seguintes aspectos: Estereótipos face à perturbação mental ou à pessoa com perturbação mental – surgiram expressões como “anormais”, “desequilibrados”, “doidos”, “imprevisíveis”, “perigosos” ou “violentos”. 28
Prognóstico da perturbação mental – os discursos referiram a “deterioração” ou a impossibilidade de cura das perturbações mentais em geral. Reacção dos participantes face problemas de saúde mental - o seu discurso remete para a existência de estigma, nomeadamente no domínio do receio face à perturbação mental que associam à falta de informação (e.g., “… para mim a doença mental acaba por ser um bocado assustadora, não é? Porque como nós não percebemos bem…”).
(3) Referência quanto à pertinência do tema e necessidades ao nível dos conteúdos e formato das acções de sensibilização – conteúdos, dinâmica e estrutura Realização de iniciativas de promoção da saúde mental em meio escolar - ainda que os agentes educativos considerem pertinente que se promova a saúde mental em contexto escolar (e.g. “Eu achava bem”), encaram a inclusão destes conteúdos a nível curricular como algo desnecessário. No caso de um dos participantes, a dúvida surge, não por não atribuir pertinência, mas sim “…por causa da orientação do projecto, do programa e quem é que vai fazer isso”, denotando algum receio face à qualidade das mensagens que possam vir a ser transmitidas. Não obstante, os agentes educativos consideram pertinente promover o aumento de conhecimentos e informações relativas a questões de saúde mental, junto dos jovens e restante comunidade escolar. Reforçam, ainda, esta ideia afirmando que a promoção do conhecimento sobre questões de saúde mental é fundamental uma vez que, poderá permitir (a) a desmistificação de ideias; (b) a sensibilização para a problemática; (c) a promoção da integração escolar e; (d) a detecção precoce de sinais. Estrutura das acções de sensibilização - os participantes sugeriram a utilização de estratégias directas de “contacto com uma pessoa” com perturbação mental ou com profissionais especializados nessa área; o desenvolvimento de estratégias dinâmicas, tais como debates e exemplos práticos para fomentar a discussão. Alguns participantes 29
sugerem, ainda, que seja realizada uma feira de profissões ligada à saúde, grupos de discussão ou visitas a instituições. Estratégias para promover a adesão dos alunos - sugerem que se aposte na divulgação, de preferência recorrendo a figuras públicas (e.g. “Podem trazer aí o prémio Nobel da medicina e não aparece ninguém, trazem o Ronaldo a aparece toda a gente”), de interesse para os jovens.
2.2.3. Fase 2 | Construção do questionário e das acções de sensibilização Durante esta fase do estudo piloto foram construídos os materiais necessários à implementação do projecto: (i) o “Questionário UPA”, bem como (ii) as acções de sensibilização. Foi realizada uma “discussão falada” do questionário com uma turma do 3º ano da Licenciatura em Psicologia da UCP; bem como uma “sessão de discussão” do questionário e das acções com uma turma, de 31 alunos, do 1º ano do Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde da mesma instituição.
2.2.4. Fase 3 | Acções-piloto Após terem sido efectuadas as alterações decorrentes da discussão anteriormente referida, as acções de sensibilização foram testadas. Esta fase do estudo piloto teve como objectivos: (a) proceder ao estudo preliminar das características psicométricas de duas secções do “Questionário UPA” – percepções estigmatizantes e percepções de conhecimentos – e (b) avaliar o impacto das acções-piloto.
30
As acções-piloto envolveram 26 alunos de duas turmas do ensino secundário privado, 15 dos quais se encontravam a frequentar o 10º ano de escolaridade e 11 dos quais frequentavam o 11º ano de escolaridade. Num primeiro momento, foi aplicado o “Questionário UPA” que permitiu realizar o levantamento das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais dos alunos (pré-avaliação); após a implementação das acções foi, novamente aplicado o “Questionário UPA” para avaliação do impacto das mesmas (pósavaliação).
Dados preliminares da secção sobre percepções estigmatizantes relativas a problemas de saúde mental indicaram níveis de consistência interna de 0.52 (alpha de Cronbach). Quanto às percepções de conhecimentos, os níveis de alpha encontrados foram de 0.74. Quanto à avaliação do impacto das acções-piloto, os principais resultados evidenciaram, em termos gerais, (a) um aumento significativo do score total das percepções de conhecimentos (pré-intervenção: M=2.09, DP=0.61; pós-intervenção: M=2.49, DP=0.73; Z=-3.70; p=0.00); (b) uma ausência de diferenças significativas no score total das percepções estigmatizantes (pré-intervenção: M=2.29, DP=0.27; pós-intervenção: M=2.37, DP=0.34; Z=1.06, p=0.29); bem como (c) uma diminuição significativa da intenção do próprio procurar ajuda (préintervenção: M=4.04, DP=1.04; pós-intervenção: M=3.77, DP=0.95; Z=-2.33, p=0.02), embora a maioria dos participantes (N=11; 42.3%) tenha passado, na pós-intervenção, a considerar o recurso a mais e diferentes tipos de ajuda [5]. Isto é, antes da intervenção, os jovens consideravam o recurso ou aos pais (38.1%), ou a vários tipos de ajuda (38.1%) e, após a intervenção, a maioria refere que recorreria a vários tipos de ajuda em simultâneo (42.3%).
31
No final do estudo piloto, procedeu-se à realização das alterações e melhoramentos considerados relevantes, quer no instrumento, quer nas acções de sensibilização [5], após o que se encontravam reunidas as condições necessárias para implementação das acções de sensibilização em meio escolar. As versões finais do “Questionário UPA” e das Acções de Sensibilização Pró-Saúde Mental, são apresentados na secção Instrumentos da Parte III.
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PARTE III | Implementação do projecto
33
Na presente secção do relatório, num primeiro momento, são listadas as escolas-parceiras do projecto e, em seguida, são descritas as características sócio-demográficas dos participantes.
3.1. Participantes – escolas-parceiras O UPA Faz a Diferença foi implementado em 13 escolas da zona Norte litoral de Portugal, sendo que destas, 10 correspondem a escolas públicas8 e 3 a escolas privadas9. No que respeita à distribuição das escolas, 5 situam-se no distrito do Porto, 2 em Braga, 1 em Vila do Conde, 1 em Espinho, 1 na Trofa, 1 em Viana do Castelo, 1 em Vila Nova de Famalicão e 1 em Felgueiras. No que respeita à sua distribuição por distritos, 8 escolas situam-se no Porto, 2 em Braga, 1 em Aveiro e 1 em Viana do Castelo (Cf. Gráfico 1).
Gráfico 1. Distribuição das escolas parceiras por distritos.
8
Escola Secundária da Senhora da Hora (Porto), Escola Secundária do Padrão da Légua (Porto), Escola
Secundária D. Afonso Sanches (Vila do Conde), Escola Dr. Manuel Laranjeira (Espinho), Escola Secundária Alberto Sampaio (Braga), Escola Secundária da Trofa (Trofa), Escola Secundária Garcia de Orta (Porto), Escola Secundária Santa Maria Maior (Viana do castelo), Escola Secundária Camilo Castelo Branco (Vila Nova de Famalicão) e Escola Secundária de Felgueiras (Felgueiras). 9
Colégio Nossa Senhora do Rosário (Porto), INED Nevogilde (Porto) e Externato Infante D. Henrique (Braga). 34
3.2. Participantes – Alunos Dos 1277 alunos que contactaram com o UPA Faz a Diferença, apenas 1247 cumpriam os critérios de inclusão no presente estudo: alunos (i) do ensino secundário, público ou privado, (ii) inscritos nos cursos científico-humanísticos, (iii) com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. Foram excluídos 30 alunos por terem idades inferiores a 15 e superiores a 18 anos. Atendendo aos objectivos do estudo, e não obstante a constituição aleatória de ambos os grupos, tomou-se a decisão de emparelhar os dois grupos, em função do género e nível sócio-económico (NSE), variáveis que poderiam interferir com as variáveis dependentes. A amostra final ficou constituída por 1177 alunos. Dos 1177 participantes que constituíram a amostra final, 390 (33.1%) encontravam-se no 10º ano, 355 (30.2%) no 11º ano e 432 (36.7%) no 12º ano de escolaridade. Os participantes tinham entre os 15 e 18 anos (M=16.25; DP=0.99), sendo 493 (41.9%) do sexo masculino e 678 (57.6%) do sexo feminino. Todos eram solteiros, sendo que apenas uma minoria dos participantes eram trabalhadores-estudantes (N=22; 1.9%). De referir, ainda, que a maioria dos participantes eram de nacionalidade Portuguesa, excepto 26 (2.2.%) que eram de outras nacionalidades. No que diz respeito às áreas de ensino, 807 (68.6%) encontravam-se a frequentar a área de Ciências e Tecnologias, 23 (2%) a área de Artes Visuais, 259 (22%) a área de Línguas e Humanidades e, por fim, 88 (7.5%) a área de Ciências Sócio-económicas. Quanto à ocupação dos tempos livres, 798 (67.8%) participantes indicaram realizar actividades desportivas, sendo que 143 (12.1%) indicaram fazê-lo semanalmente, 260 (22.1%) 2 vezes por semana e, a grande maioria, referiu praticar actividades desportivas mais de duas vezes por semana (N=392; 33.3%). Os restantes 379 estudantes (32.2%) afirmaram não realizar qualquer actividade desportiva. Por outro lado, verificou-se que a maioria dos participantes não ocupava o seu tempo livre com actividades artísticas (N=945; 80.3%). Os restantes 232 (19.7%) afirmaram fazê-lo, tendo-se verificado que 99 (8.4%) 35
participantes realizavam este tipo de actividades uma vez por semana, 57 (4.8%) duas vezes por semana e, por fim, 74 (6.3%) mais de duas vezes. No que respeita a outras actividades de lazer, os participantes ocupavam a maioria do seu tempo com a internet (N=960; 81.6%) e com a televisão (N=892; 75.8%). 561 participantes (47.7%) afirmaram ocupar o restante tempo livre com idas ao cinema, 439 (37.3%) com a leitura e 140 (11.9%) afirmaram, ainda, ocupar o seu tempo livre com outras actividades como, por exemplo, sair com amigos, fazer voluntariado, passear ou estudar. No que respeita ao distrito de residência (N=1164), a maioria dos participantes (N=750; 63.7%) habitava no distrito do Porto. Dos restantes, 229 (19.5%) habitavam no distrito de Braga, 87 (7.4%) no distrito de Aveiro e 98 (8.3%) no distrito de Viana do Castelo. Relativamente à área de residência, 750 (63.7%) participantes habitavam numa Cidade, 149 (12.7%) numa Vila e 228 (19.4%) numa Aldeia. Segundo os indicadores da classificação de Graffar recolhidos, 77 participantes (6.5%) pareciam incluir-se no grau 1 (NSE alto), 531 (45.1%) no grau 2 (NSE médio-alto), 408 (34.7%) no grau 3 (NSE médio) e 40 (3.4%) no grau 4 (NSE médio-baixo). No que respeita à composição do agregado familiar, a maioria (N=579; 49.2%) dos participantes habitava com 3 pessoas, variando entre 1 a 10 familiares. No que respeita ao número de irmãos, em média os participantes tinham 1 irmão (M=0.88, DP=0.76), variando o número de irmãos entre 0 e 7. De referir, ainda, que 935 (79.4%) participantes viviam com a família nuclear e 132 (11.2%) com apenas uma das figuras parentais. Por sua vez, 109 (9.3%) participantes, para além da família nuclear, viviam com outros familiares [e.g. avô(ó), tio(a), primo(a)]. A idade das mães variava entre os 32 e os 62 anos (M=45.00; DP=4.90). Já no que respeita aos pais, as suas idades variavam entre os 32 e os 72 anos (M=47.19; DP=5.21). No que respeita às habilitações literárias parentais, estas variavam entre o 1º Ciclo do Ensino 36
Básico e o doutoramento. Relativamente à situação profissional, 76.1% das mães e 80% dos pais encontravam-se empregados. Por último, 184 (15.6%) participantes tinham, pelo menos, uma das figuras parentais com uma profissão ligada à saúde. Quanto à proximidade face a pessoas com problemas de saúde mental, 753 (64%) participantes percepcionavam conhecer alguém com problemas de saúde mental e 286 (24.3%) mencionaram não conhecer ninguém. Por sua vez, os restantes participantes (N=137, 11.6%) referiram não saber se conheciam alguém com um problema de saúde mental. Quando questionados sobre qual a perturbação em questão, a depressão (N=242; 20.6%) constituiu-se como a mais relatada pelos participantes, seguida de participantes que percepcionavam conhecer pessoas com diferentes problemas de saúde mental (N=149; 12.7%), demência de Alzheimer (N=82; 7.0%) e perturbações do comportamento alimentar (N=48; 4%). Por sua vez, 42 participantes (3.6%) mencionaram não conseguir identificar o problema de saúde mental em questão e, 37 (3.1%) participantes, percepcionavam conhecer alguém com esquizofrenia. Por último, de referir, ainda, um número significativo de participantes que identificou a deficiência mental (N=34; 2.9%) como um problema de saúde mental. No que respeita à relação dos participantes com a pessoa em questão, 112 (9.5%) participantes referiram tratar-se de um familiar em primeiro grau, 246 (20.9%) de um outro familiar, 179 (15.2%) de um amigo, 72 (6.1%) de pessoas mais distantes como um vizinho, colega ou conhecido e; por fim, 22 (1.9%) referiram tratar-se de si próprios. Os restantes 121 participantes (10.3%) percepcionavam conhecer várias pessoas com problemas de saúde mental, com diferentes graus de proximidade. Antes de terem estabelecido contacto com o projecto “UPA Faz a Diferença”, apenas 42 (3.6%) participantes conheciam a ENCONTRAR+SE, sendo que 84 (7.21) conheciam o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar.
37
3.3. Instrumentos A presente secção do relatório descreve os instrumentos utilizados na implementação do projecto: o (i) “Questionário UPA”, as (ii) Acções de sensibilização, bem como o (iii) Questionário de avaliação da satisfação com as sessões.
3.3.1. Questionário UPA Faz a Diferença: Percepções de alunos face a problemas de saúde mental O “Questionário UPA” (Cf. Anexo 7) é constituído por uma ficha sócio-demográfica e por três secções que avaliam: (a) Percepções estigmatizantes; (b) Percepções de conhecimentos; e (c) Intenções comportamentais. A ficha recolhe dados sobre as características sócio-demográficas dos alunos e do seu agregado familiar. Em relação aos alunos são obtidos os seguintes dados: idade; estado civil; nacionalidade; concelho de residência; ocupação/profissão; ano de escolaridade; histórico de retenções escolares; área de ensino; actividades relacionadas com a ocupação dos tempos livres; contacto e proximidade com pessoas com algum tipo de perturbação mental. A ficha contempla, igualmente, a recolha de dados relativos à constituição do agregado familiar, respectivas idades, habilitações literárias, profissões, situações profissionais em que se encontram, bem como cinco indicadores da classificação de Graffar10 [31]. A avaliação das Percepções estigmatizantes é feita através de 19 itens (11 dos quais traduzidos e adaptados da escala PHS-AMI - Public Health Scale-Attitudes Toward Mental
10
Profissão e nível de instrução dos pais, aspecto do bairro onde habita, conforto do alojamento e principal fonte
de rendimento familiar. 38
Illness11 [32]), a responder numa escala tipo Likert de 5 pontos (0=discordo totalmente; 4=concordo totalmente). A secção Percepções de conhecimentos integra questões sobre a percepção do grau de conhecimentos acerca de 14 problemas de saúde mental12 - com 5 opções de resposta (0=não conheço; 4=conheço muito bem); causas de problemas de saúde mental – com 8 opções de resposta que podem ser respondidas cumulativamente – e possibilidade de pessoas com problemas de saúde mental terem uma vida “como a das outras pessoas” – com 4 níveis de resposta (0=impossível; 4=possível). A secção relativa às Intenções comportamentais integra 3 questões: intenção de procurar ajuda perante um problema de saúde mental, numa escala tipo Likert de 5 pontos (0=definitivamente não procuraria ajuda; 4= definitivamente procuraria ajuda); tipo de ajuda, com 4 opções; intenção de ajudar uma pessoa próxima com problemas de saúde mental (sim, não, não sei).
3.3.1.1. Características psicométricas do “Questionário UPA” Os resultados da secção sobre percepções estigmatizantes indicam níveis de consistência interna de 0.65 (Alpha de Cronbach). Quanto às percepções de conhecimentos, os níveis de alpha encontrados são de 0.86. No que respeita às causas associadas a um problema de saúde mental, os níveis de consistência interna encontrados são de 0.45.
11
Substance Abuse and Mental Health Service Administration (SAMHSA) and Centers for Disease Control and
Prevention (CDC) - SAMHSA-CDC Instrument on Mental Illness Stigma. 12
Depressão, Perturbação Bipolar, Fobias, Perturbação de Pânico, Perturbação Obsessiva-Compulsiva,
Perturbação de Stress Pós-Traumático, Perturbações de Personalidade, Esquizofrenia, Anorexia, Bulimia, Dependências, Demência de Alzheimer, Espectro do Autismo, Perturbações Disruptivas do Comportamento e do Défice de Atenção. 39
3.3.2. Acções de sensibilização – Estrutura e objectivos As acções de sensibilização foram construídas a partir (i) de uma revisão da literatura centrada nas intervenções em contexto escolar; (ii) dos discursos dos participantes que integraram os 10 grupos de discussão [33,34,35], realizados junto de alunos do ensino secundário (15-18 anos), pais e professores; e (iii) do material desenvolvido no “UPA’08”, (Campanha
anti-estigma
implementada
pela
ENCONTRAR+SE,
www.encontrarse.pt/upa08). As acções são constituídas por 2 sessões, com a duração de cerca de 120 minutos cada, realizadas com um intervalo de uma semana. São dinamizadas por dois psicólogos devidamente treinados para o efeito. A abordagem dos temas durante as sessões é feita através de linguagem simples e acessível. As sessões seguem uma metodologia interactiva, com recurso a dinâmicas de grupo e música, promovendo o debate, o esclarecimento de dúvidas, bem como a partilha de opiniões e de experiências pessoais acerca do bem-estar emocional dos participantes. Os objectivos específicos das sessões e que orientam a sua estrutura são os seguintes: Primeira sessão: (a) Apresentar o projecto UPA faz a diferença; (b) Definir regras de funcionamento das sessões; (c) Explorar a vivência cognitivo-emocional dos participantes, (d) Discutir o que se entende por problemas de saúde mental, (e) Compreender a fronteira entre saúde e perturbação mental, (f) Identificar as causas e riscos das perturbações mentais. Segunda sessão: (a) Explorar o impacto da perturbação mental, (b) Debater aspectos relacionados com o tratamento e o prognóstico da perturbação mental, (c) Abordar as intenções comportamentais relativas aos problemas de saúde mental, (d) Discutir o que se entende por saúde mental, (e) Sensibilizar para a promoção da saúde mental dos participantes, (f) Promover comportamentos não estigmatizantes perante as perturbações mentais.
40
Os objectivos gerais das acções e específicos de cada sessão, bem como a estrutura, os conteúdos, os materiais e as metodologias utilizadas e respectiva duração das actividades propostas, encontram-se manualizados permitindo, desta forma, a sua replicabilidade e uniformização de procedimentos. De referir ainda que, no sentido de manter os jovens ligados ao tema de uma forma positiva e fornecer um documento com a síntese de informação tratada nas sessões, foi criada uma ferramenta - Cidadão UPA Sticker Art Book13. O Sticker Art Book foi construído com uma dupla função: (i) informar e (ii) desafiar os jovens para disseminarem activamente mensagens de combate ao estigma e discriminação. Neste sentido, esta ferramenta possuía por um lado, (i) um glossário e, por outro lado, (ii) um conjunto de autocolantes (de remoção fácil) com mensagens sobre saúde mental a serem colocados, em espaços públicos, conforme indicações constantes no sticker art book. Os jovens eram, assim, desafiados a afixar os autocolantes, a fotografarem as suas intervenções e, posteriormente, a irem ao site do projecto fazer o upload das fotografias que, por sua vez, ficavam a estar disponíveis na página do facebook do projecto. Desta forma, as fotografias passavam a integrar o concurso Cidadão UPA sai à rua, no âmbito do qual a ENCONTRAR+SE premiou as três fotografias mais votadas.
3.3.3. Ficha de avaliação da satisfação com as sessões Com o objectivo de recolher indicadores relativos à satisfação dos alunos com o projecto, foi criada uma ficha de avaliação da sua satisfação com o mesmo14 (Cf. Anexo 8). Neste sentido, a ficha de avaliação da satisfação questiona a opinião dos alunos sobre (a) a pertinência do tema, (b) a forma como os temas foram abordados, bem como (c) a forma 13
Disponível online em http://upafazadiferenca.encontrarse.pt
14
Os resultados obtidos com a aplicação deste instrumento não foram, ainda, objecto de análise estatística, pelo que não são apresentados no âmbito do presente relatório. 41
como, na generalidade, avaliam as acções de sensibilização. Foi, ainda, construída uma ficha de avaliação da satisfação dos elementos da direcção das escolas (Cf. Anexo 9) e professores interlocutores (Cf. Anexo 10), com objectivos semelhantes, cujos resultados são apresentados na secção resultados.
42
3.4. Procedimentos Esta secção do relatório apresenta os procedimentos envolvidos na implementação das acções de sensibilização. Começa pela fase inicial de planeamento e, posteriormente, são apresentados os procedimentos de recolha de dados, de implementação das acções, bem como de análise dos resultados relativos.
3.4.1. Planeamento da implementação das acções de sensibilização Com o objectivo de reunir as condições necessárias para uma rigorosa implementação das acções de sensibilização, a fase de planeamento envolveu a realização das seguintes actividades: 1) Pedido de autorização ao Ministério da Educação (Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento
Curricular;
DGIDC)
para
implementação
das
acções
de
sensibilização em meio escolar. A autorização obtida encontra-se em anexo (Cf. Anexo 11); 2) Identificação das possíveis escolas-parceiras do projecto e estabelecimento de contacto com 40 escolas da Zona Norte Litoral no intuito de propor a criação de uma parceria. Num primeiro momento, foi enviada uma carta de apresentação do projecto à direcção das escolas, após a qual foi estabelecido contacto telefónico e via e-mail. Na sequência destes contactos, foram realizadas 13 reuniões presenciais para apresentação do UPA Faz a Diferença, das quais resultou a parceria com 10 escolas15.
15
A ENCONTRAR+SE recebeu, ainda, pedidos de alunos do 12º ano de escolaridade que, em área projecto, se encontravam a trabalhar o tema dos problemas de saúde mental. Foram, igualmente, realizadas reuniões de apresentação do UPA Faz a Diferença ao professor responsável pela disciplina, tendo resultado no estabelecimento de parceria com mais 3 escolas. Neste sentido, as escolas-parceiras passaram a um total de 13. 43
3) Definição dos procedimentos para implementação das acções de sensibilização (e.g., solicitação de autorização aos encarregados de educação dos alunos para respectiva participação e definição das disciplinas no âmbito das quais as acções seriam realizadas), seguida de reunião com os diferentes parceiros para uniformização dos mesmos, mediante utilização de uma checklist construída para o efeito (Cf. Anexo 12). 4) Preparação e aquisição dos materiais necessários para o desenvolvimento das acções de sensibilização, nomeadamente do manual de aplicação das acções, dos consentimentos informados, para encarregados de educação (Cf. Anexo 13) e alunos (Cf. Anexo 14), dos questionários e dos Cidadão UPA Sticker Art Books, entre outros. 5) Estruturação
e
desenvolvimento
de
um
website
de
apoio
ao
projecto
(http://upafazadiferenca.encontrarse.pt/); 6) Envio às escolas de cartas e consentimentos informados a serem reencaminhados aos encarregados de educação dos alunos.
3.4.2. Procedimentos de recolha de dados A implementação do projecto integrou (a) grupo experimental, constituído por alunos que foram submetidos à intervenção – acções de sensibilização – e (b) grupo de controlo, constituído por alunos aos quais, numa fase inicial, apenas foi solicitado que preenchessem o “Questionário UPA”. O recurso ao grupo de controlo16 teve como objectivo avaliar o impacto da intervenção.
16
Perante o interesse da escola e respectivos encarregados de educação foi colocada a possibilidade dos
alunos das turmas de controlo participarem nas acções de sensibilização, num momento subsequente. Neste sentido, foram realizadas 4 sessões, durante o mês de Maio de 2011, junto de 71 alunos que integraram as turmas de controlo de duas escolas-parceiras (ES da Senhora Da Hora e Externato Infante D. Henrique). De referir que, os resultados destes 71 alunos não foram contabilizados no grupo experimental. 44
3.4.3. Procedimentos de implementação das acções de sensibilização Cerca de 1 mês antes da data agendada para o início da implementação das acções de sensibilização, foi enviada uma carta de apresentação do projecto aos encarregados de educação dos alunos, onde se anexava, o formulário de consentimento informado para autorização da participação do respectivo educando no projecto. Posteriormente, no início das acções de sensibilização, os alunos cujos encarregados de educação autorizaram a sua participação, foram também informados do projecto, tendo-lhes sido solicitado o consentimento informado. A implementação do projecto envolveu (a) turmas de intervenção, isto é, turmas cujos alunos, num primeiro momento, preencheram o “Questionário UPA”, participando, posteriormente, numa acção de sensibilização, constituída por duas sessões, realizadas com o intervalo de 1 semana entre elas (grupo experimental); bem como (2) turmas de controlo, ou seja, turmas constituídas por alunos que, num primeiro momento, não participaram nas acções, preenchendo apenas o questionário em dois momentos distintos, com o mesmo intervalo (grupo de controlo). Em cada uma das escolas-parceiras foram realizadas sessões junto de uma turma de 10º, uma de 11º e outra do 12º ano de escolaridade17. Para cada turma de intervenção18, foi encontrada uma turma de controlo, do mesmo ano de escolaridade. A implementação do projecto decorreu entre Novembro de 2010 e Maio de 2011. No total, foram implementadas 33 acções de sensibilização, correspondendo a 66 sessões; bem
17
À excepção de 3 escolas - Escola Secundária do Padrão da Légua, Escola Secundária Garcia de Orta e
Escola Secundária de Felgueiras em que, tendo surgido num momento posterior ao de estabelecimento de parcerias com as escolas, as acções de sensibilização foram implementadas apenas junto de uma turma de 12º ano. 18
À excepção da ES de Felgueiras, em que o projecto foi implementado apenas junto de uma turma de
intervenção do 12º ano de escolaridade. 45
como realizados 64 momentos de aplicação do questionário junto das 32 turmas de controlo que integraram o projecto. A implementação das acções de sensibilização decorreu nas instalações das escolasparceiras, sem que estas acarretassem qualquer custo para as escolas19, em horário lectivo, tendo sido realizada por 2 psicólogos devidamente treinados para tal.
3.4.4. Procedimentos de análise de dados Os dados recolhidos foram analisados estatisticamente através do Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 18, com recurso a (1) estatística descritiva para a caracterização
sócio-demográfica
dos
participantes,
avaliação
das
percepções
estigmatizantes, das percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental; e ao (2) teste t de student para amostras independentes para exploração das diferenças ao nível de características sócio-demográficas - percepção de conhecer (ou não) pessoas com problemas de saúde mental e intenção de ajudar alguém próximo com um problema de saúde mental – no que respeita aos scores de percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e total de causas correctas. Para variáveis dependentes ordinais – possibilidade de as pessoas com problemas de saúde mental terem uma vida “como a das outras pessoas” – foi utilizado o (3) teste Mann-Whitney. Recorreu-se, ainda, ao (4) General Linear Model (GLM) para controlo da interacção entre os factores tempo (pré e pós-avaliação) e tipo de grupo (experimental e controlo), bem como indicação do effect size20, relativo a essa interacção; ao (5) teste t de student para amostras emparelhadas para avaliação de diferenças, nos grupos experimental e de controlo, no que
19
À excepção da Escola Secundária de Felgueiras que, tendo surgido tardiamente e atendendo à distância a
que se situa do escritório da ENCONTRAR+SE, comparticipou apenas as despesas de deslocação envolvidas. 20
Tendo em consideração, para a sua interpretação, os valores indicados por Cohen [36]: reduzido, sempre que
os valores de Effect Size (ES) são ≥.01; moderado, sempre que ES ≥.06; e elevado, sempre que ES ≥.14. 46
respeita aos scores de percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos21 e causas, ao nível dos resultados pré e pós-avaliação; ao (6) teste t de student para amostras independentes para exploração das diferenças, entre os grupos experimental e de controlo, ao nível da pré e pós-intervenção, no que respeita aos scores de percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos22 e causas; bem como ao (7) teste MannWhitney para exploração das diferenças, entre os grupos experimental e de controlo, ao nível da pré e pós-intervenção, da possibilidade de as pessoas com problemas de saúde mental terem uma vida “como a das outras pessoas” (variável dependente ordinal). Por último, recorreu-se ao (8) Qui-quadrado (X2) para avaliação de diferenças ao nível dos resultados pré-pós intervenção no que respeita às intenções comportamentais23. Para operacionalização das percepções estigmatizantes, foram invertidos 10 itens da escala que estavam formulados no sentido de indicarem percepções mais estigmatizantes24. Foi calculado um score total através da média das pontuações obtidas para cada item. As pontuações mais elevadas indicam uma percepção menos estigmatizante. Com o objectivo de avaliar as percepções de conhecimentos face a problemas de saúde mental foi calculado um score total através da soma das pontuações obtidas para cada uma das perturbações mentais elencadas, sendo que as pontuações mais elevadas dizem respeito a um nível mais elevado de percepção de conhecimentos. Para operacionalização das causas associadas a um problema de saúde mental, procedeuse à inversão dos scores relativos às causas erradas – “personalidade”, “preguiça” – e “não
21
Excepto para as causas em que se recorreu ao Qui-quadrado (X ).
2
22
Excepto para as causas em que se recorreu ao Qui-quadrado (X ).
23
Excepto para a intenção de procurar ajuda em que se recorreu ao t de student.
24
Itens 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19.
2
47
sei”, e à soma de todas as pontuações, obtendo-se um score total de causas. As pontuações mais elevadas indicam uma identificação superior de causas correctas. Para efeitos de significância estatística foi considerado um nível de p<0.05.
48
3.5. Resultados Nesta secção do relatório são apresentados os principais resultados decorrentes da implementação das acções de sensibilização. Num primeiro momento, são apresentados os resultados relativos à primeira aplicação do questionário, correspondendo ao levantamento das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental – resultados pré-intervenção [Ponto 3.5.1]. Posteriormente, são apresentados os resultados relativos à avaliação do impacto das acções de sensibilização [Ponto 3.5.2]. Por fim, na sequência da implementação do projecto UPA Faz a Diferença, considerou-se pertinente avaliar a forma como, na opinião dos professores interlocutores ou elementos da direcção das escolas-parceiras, decorreu todo o processo. Os resultados obtidos são apresentados no Ponto 3.5.3.
3.5.1. Levantamento das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental | Pré-intervenção Percepções estigmatizantes (Pré-intervenção) No que concerne às percepções estigmatizantes, numa escala de 0 (discordo fortemente) a 4 (concordo fortemente), tendencialmente os participantes evidenciam percepções neutras (M=2.39; DP=0.32). Analisando detalhadamente os itens que constituem a secção 1 do “Questionário UPA” (cf. Tabela 1), verificamos que as percepções mais negativas se verificam em relação ao item 5 (rejeição social), seguido dos itens 13 (imprevisibilidade), 6 (atitudes benevolentes para com as pessoas com perturbação mental) e 9 (afastamento face aos amigos). As percepções mais positivas verificam-se em relação aos itens 4 (possibilidade de recuperação), 15 (pessoa (não) é a única culpada pela situação), 10 (contributo positivo do tratamento) e 12 (possibilidade de qualquer pessoa ter uma perturbação mental). 49
Tabela 1. Análise dos itens da secção percepções estigmatizantes face a problemas de saúde mental. Percepção negativa N % 1. As pessoas com uma perturbação mental afastam-se dos seus familiares. 2. Uma pessoa com uma perturbação mental pode, eventualmente, recuperar. 3. É difícil falar com uma pessoa com uma perturbação mental. 4. Uma pessoa com uma perturbação mental melhoraria se fosse tratada e apoiada. 5. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas socialmente. 6. As pessoas são, de forma geral, simpáticas e atenciosas com as pessoas que sofrem de perturbação mental. 7. As pessoas com uma perturbação mental afectam negativamente a vida das suas famílias. 8. Uma pessoa com perturbação mental sente o que todos nós, por vezes, sentimos. 9. As pessoas com uma perturbação mental afastam-se dos seus amigos. 10. O tratamento pode ajudar as pessoas com perturbação mental a terem vidas normais. 11. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas pelas suas famílias. 12. Qualquer pessoa pode ter, em algum momento da sua vida, uma perturbação mental. 13. Uma pessoa com uma perturbação mental é imprevisível. 14. Uma pessoa com uma perturbação mental pode ter o mesmo sucesso no trabalho que outra pessoa. 15. Uma pessoa com uma perturbação mental é a única culpada pela sua situação. 16. As pessoas com uma perturbação mental podem contribuir positivamente para a vida das suas famílias. 17. Uma pessoa com uma perturbação mental é violenta para com as outras pessoas. 18. Uma pessoa com uma perturbação mental, se quiser, pode recuperar. 19. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas pelos seus amigos.
Percepção neutra N %
Percepção positiva N %
327
27.8
356
30.2
487
41.4
05
8.9
198
16.8
872
74.1
315
26.8
430
36.5
428
36.4
18
1.5
88
7.5
1067
90.7
783
66.5
267
22.7
109
9.3
492
41.8
406
34.5
274
23.3
317
26.9
471
40.0
386
32.8
110
9.3
218
18.5
843
71.6
434
36.9
428
36.4
309
26.3
47
4
141
12.0
979
83.2
108
9.2
421
35.8
640
54.4
52
44.0
206
17.5
910
77.3
644
54.7
435
37.0
93
7.9
344
29.2
371
31.5
459
39.0
11
0.9
102
8.7
1063
90.3
211
17.9
503
42.7
458
38.9
99
8.4
601
51.1
475
40.4
187
15.9
384
32.6
602
51.1
309
26.3
522
44.4
344
29.2
50
Percepções de conhecimentos (Pré-intervenção) Em relação às percepções de conhecimentos face às perturbações mentais, numa escala de 0 (não conheço) a 4 (conheço muito bem), a maioria dos participantes percepciona conhecer razoavelmente (M=2.09; DP=0.64) as perturbações mentais elencadas. Uma análise mais detalhada dos valores obtidos para cada uma das perturbações mentais referidas (cf. Tabela 2), permite constatar que aquelas que os participantes menos percepcionam conhecer são as Perturbações Disruptivas do Comportamento e do Défice de Atenção (M=1.22; DP=1.16), o Autismo (M=1.46; DP=1.19) e a Perturbação Bipolar (M=1.47; DP=1.21). Por outro lado, as Dependências (M=2.80; DP=1.03) e a Anorexia (M=2.92, DP=0.98) são aquelas que consideram conhecer melhor.
Tabela 2. Percepções de conhecimentos face às perturbações mentais. Grau de conhecimento
Perturbações mentais
N
M
DP
1175
1.21
1.16
Autismo
1173
1.45
1.19
Perturbação Bipolar
1175
1.46
1.21
Perturbações de Personalidade
1172
1.53
1.06
Esquizofrenia
1173
1.54
1.07
Perturbação de Stress Pós-traumático
1172
1.76
1.08
Perturbação Obsessivo-compulsiva
1174
1.89
1.11
Perturbação de pânico
1170
1.94
1.10
Demência de Alzheimer
1174
2.42
1.16
Bulimia
1173
2.72
1.09
Depressão
1176
2.72
0.88
Fobias
1172
2.78
0.91
Dependências
1171
2.80
1.04
Anorexia
1177
2.93
0.98
Perturbações Disruptivas do Comportamento e do “Conheço pouco”
“Conheço razoavelmente”
“Conheço bem”
Défice de Atenção
51
Quanto às causas associadas aos problemas de saúde mental, as respostas obtidas apontaram para uma satisfatória identificação, conforme poderá observar-se na tabela 3.
Tabela 3. Causas associadas ao aparecimento de problemas de saúde mental. Errado
Correcto
Causas N
%
N
%
Funcionamento cerebral
380
32.3
797
67.7
Hereditariedade
601
51.1
576
48.9
Fragilidade psicológica (e.g. baixa auto-estima)
309
26.3
868
73.7
Acontecimentos de vida negativos de stress
226
19.2
951
80.8
Problemas familiares
404
34.3
773
65.7
Consumos drogas/ álcool
349
29.7
828
70.3
Personalidade fraca
320
27.2
857
72.8
Preguiça
88
7.5
1089
92.5
(e.g. reprovação, divórcio dos pais)
Quando questionados sobre a possibilidade de as pessoas com perturbação mental terem uma vida como “a das outras pessoas”, numa escala de 0 (impossível) a 4 (possível), apenas uma minoria (N=206; 17.5%) dos participantes considera tal ser totalmente possível. Uma grande parte dos alunos assinala o valor 3 (N=451; 38.3%) da escala de Likert, indicando uma percepção positiva face ao prognóstico de uma pessoa com um problema de saúde mental. Um número considerável de participantes (N=431; 36.6%) evidencia algum desconhecimento em relação a este aspecto, adoptando uma posição neutra (valor 2 da escala de Likert).
Intenções comportamentais (Pré-intervenção) No que respeita à intenção de procurar ajuda face a um eventual problema de saúde mental, a maioria dos participantes refere que provável ou definitivamente (N=928; 78.8%) 52
procuraria ajuda se tivesse um problema de saúde mental. Por oposição, 41 (3.5%) participantes afirmam que, provável ou definitivamente, não procurariam ajuda face a um problema de saúde mental. Por fim, de referir, ainda, que um número considerável de participantes (N=207; 17.6%) refere não saber se o faria ou não. Quando questionados sobre o tipo de ajuda a que recorreriam (cf. Tabela 4), 336 (28.5%) participantes referem que procurariam a ajuda dos pais; 174 (14.8%) afirmam que recorreriam à ajuda de um serviço (e.g., psicólogo ou médico psiquiatra); 84 (7.1%) referem não saber a que tipo de ajuda recorreriam e 25 (2.1%) referem que procurariam outra pessoa que não os pais (e.g., um amigo e/ ou irmão). Por fim, de destacar, ainda, que o maior número de participantes (N=377; 32%) procuraria diferentes tipos de ajuda (e.g., a ajuda dos pais e ainda de um serviço, por exemplo).
Tabela 4. Tipo de ajuda a que recorreriam face a problemas de saúde mental. Tipo de ajuda que procuraria
N
%
Pais
336
28.5
Outra pessoa
25
2.1
Serviço
174
14.8
Não sei
84
7.1
Vários
377
32
Quando questionados sobre se, caso conhecessem alguém próximo (e.g., familiar, amigo, colega) com um problema de saúde mental, tomariam a iniciativa de ajudar a pessoa em questão, 1000 participantes (85%) referem sim, tendo 157 (13.3%) afirmado não saber se o fariam. Apenas 9 (0.8%) participantes se mostram indisponíveis para ajudar alguém próximo com um problema de saúde mental.
53
Outros resultados (Pré-intervenção) No que respeita à percepção de conhecer (ou não) pessoas com problemas de saúde mental, verifica-se que o facto de os participantes percepcionarem conhecer (M=2.40; DP=0.33), ou não (M=2.37; DP=0.31), pessoas com problemas de saúde mental não tem qualquer impacto ao nível das percepções estigmatizantes (p=0.202). Constata-se, ainda, que comparativamente aos participantes que não percepcionam conhecer pessoas com problemas de saúde mental (M=1.95; DP=0.63), os participantes que percepcionam conhecer pessoas com problemas de saúde mental (M=2.18; DP=0.64) evidenciam scores significativamente superiores de percepções de conhecimentos (t(997)=5.061; p=0.000) face às perturbações mentais elencadas. De destacar, ainda, que os participantes que percepcionam conhecer pessoas com problemas de saúde mental (M=6.77; DP=1.77) evidenciam
uma
identificação,
significativamente
superior,
de
causas
correctas
(t(1037)=2.703; p=0.007), comparativamente aos participantes que não percepcionam conhecer pessoas com problemas de saúde mental (M=6.44; DP=1.74). Por último, é, ainda, possível verificar que os participantes que percepcionam conhecer pessoas com problemas de saúde mental (M=2.70; DP=0.87) consideram mais possível que as pessoas com perturbação mental tenham uma vida como “a das outras pessoas” (Z=-2.538; p=0.011) comparativamente aos participantes que não percepcionam conhecer (M=2.58; DP=0.85). No que respeita aos participantes que, perante alguém próximo com problemas de saúde mental, evidenciam intenção de ajudar (M=2.40; DP=0.32), verifica-se que estes apresentam percepções mais positivas e, por conseguinte, menos estigmatizantes (t(936)=2.045; p=0.041) face a pessoas com problemas de saúde mental, quando comparadas com participantes sem intenção de ajudar (M=2.17; DP=0.18). Paralelamente, também os participantes que evidenciam intenção de ajudar (M=2.13; DP=0.20) manifestam percepções de
conhecimentos
(t(966)=2.221;
p=0.027)
significativamente
superiores,
quando
comparadas com participantes sem intenção de ajudar (M=1.66; DP=0.26).
54
3.5.2. Avaliação do impacto das acções de sensibilização pró-saúde mental | Pósintervenção No intuito de assegurar que, na pré-intervenção, o grupo experimental e o grupo de controlo eram semelhantes e, por conseguinte, comparáveis, procedeu-se ao emparelhamento da amostra em função do género e do NSE. Paralelamente, tendo em conta as diferenças existentes, na pré-intervenção, entre ambos os grupos, ao nível das percepções estigmatizantes, recorreu-se ao GLM, modelo estatístico que permite controlar estas diferenças.
Percepções estigmatizantes (Pós-intervenção) Os resultados do General Linear Model (GLM) apontam para um aumento muito significativo, entre a pré e a pós-intervenção (F=61.04; p=.000), no que respeita à diminuição das percepções estigmatizantes, verificando-se uma interacção entre os factores tempo e tipo de grupo (F=26.73; p=.000). Ou seja, verifica-se que, entre a pré e a pósintervenção, ambos os grupos apresentaram um aumento de percepções positivas (menos estigmatizantes). O Effect Size obtido (.029) aponta para um impacto reduzido da intervenção a este nível. Não obstante, explorando estes resultados, com recurso ao teste t para amostras emparelhadas, conclui-se que o GE (pré: M=2.38; DP=0.33; pós: M=2.50; DP=0.33) apresenta um aumento significativo de percepções positivas (menos estigmatizantes) [t(457)=-8.528; p=0.000; Effect Size=0.074 (moderado)], o mesmo acontecendo com o GC (pré: M=2.41, DP=0.32; pós: M=2.44, DP=0.34) [t(443)=-2.051; p=0.041], embora menos significativo [Effect Size=0.004 (reduzido)] (Cf. Gráfico 2). Comparando os resultados dos GE e de GC, no pós-teste, com base no teste t para amostras independentes, verifica-se que o GE apresenta valores significativamente superiores de percepções positivas (t(971)=3.090; p=0.002). 55
Gráfico 2. Comparação dos valores médios de percepções estigmatizantes do GE e do GC, no pré e pós-teste.
Percepções de conhecimentos (Pós-intervenção) Os resultados do GLM apontam para um aumento muito significativo, entre o pré e o pósteste, no que respeita às percepções de conhecimentos (F=224.54; p=.000), verificando-se uma interacção entre os factores tempo e o tipo de grupo (F=214.61; p=.000). Assim, verifica-se que, entre a pré e a pós-intervenção, ambos os grupos apresentaram um aumento das percepções de conhecimentos, correspondendo o Effect Size obtido (.180) a um impacto elevado da intervenção. Explorando estes resultados, com recurso ao teste t para amostras emparelhadas, concluise que, contrariamente ao GC (pré: M=2.10, DP=0.62; pós: M=2.11, DP=0.66; p=0.766), o GE
(pré:
M=2.10;
DP=0.65;
pós:
M=2.54;
DP=0.68)
apresenta
um
aumento
significativamente superior [(t(498)=-18.129; p=0.000; Effect Size=0.25 (elevado)] do score global de percepções de conhecimentos (Cf. Gráfico 3). Comparando os resultados do GE e do GC, no pós-teste, com base no teste t para amostras independentes, verifica-se que o GE apresenta valores significativamente superiores de percepções de conhecimentos (t(1014)=10.677; p=0.000).
56
Gráfico 3. Comparação dos valores médios de percepções de conhecimentos do GE e do GC, no pré e pós-teste.
Uma análise detalhada dos valores obtidos pelo GE aponta para um aumento muito significativo da percepção de conhecimentos dos problemas de saúde mental (Cf. Gráfico 4), excepto para as fobias. Gráfico 4. Comparação dos valores médios de percepções de conhecimentos do GE face aos diferentes problemas de saúde mental, antes e após as acções de sensibilização.
P. Bipolar – Perturbação Bipolar P. Pânico – Perturbação de Pânico POC – Perturbação Obsessivo-Compulsiva P. Stress PT – Perturbação de Stress Pós-Traumático P. Personalidade – Perturbações de Personalidade
Depend. – Dependências D. Alzheimer – Demência de Alzheimer P. Comp. – Perturbações do Comportamento e do Défice de Atenção
57
No que respeita às causas associadas ao aparecimento de um problema de saúde mental, os resultados do GLM apontam para um aumento muito significativo da identificação de causas correctas, entre a pré e a pós-intervenção (F=25.71; p=.000), verificando-se uma interacção entre os factores tempo e tipo de grupo (F=12.17; p=.001). Ou seja, verifica-se que, entre a pré e a pós-intervenção, ambos os grupos apresentaram um aumento na identificação das causas correctas associadas a problemas de saúde mental. O Effect Size obtido (.012) aponta para um impacto reduzido da intervenção a este nível. Explorando estes resultados com base no teste t para amostras emparelhadas, verifica-se que, contrariamente ao GC (pré: M=6.91, DP=1.31; pós: M=6.97, DP=1.33; p=.194), o GE apresenta um aumento significativamente superior [(t(529)=-5.420; p=0.000], ainda que de impacto reduzido [Effect Size=0.027 (reduzido)] do score total de causas identificadas correctamente (pré: M=6.40, DP=2.08; pós: M=6.74, DP=2.36).
Quanto à possibilidade de as pessoas com problemas de saúde mental terem uma vida “como a das outras pessoas”, por oposição ao GC (pré-intervenção: M=2.66; DP=0.87; pósintervenção: M=2.66; DP=0.84; p=0.849), os resultados do GE apontam para um aumento muito significativo (t(529)=-10.479; p=0.000) do valor obtido antes (M=2.64; DP=0.84) por comparação ao obtido após (M=3.09; DP=0.89) a participação dos alunos nas acções de sensibilização. Comparando ambos os grupos, na pós-intervenção, verificam-se diferenças estatisticamente significativas (Z=-7.992; p=0.000).
Intenções comportamentais (Pós-intervenção) Relativamente à procura de ajuda destaca-se a inexistência de diferenças significativas (t(529)=1.924; p=0.055), entre a pré (M=4.09, DP=0.83) e a pós-intervenção (M=4.03, DP=0.84), no que respeita à intenção, do GE, de procurar ajuda face a um problema de saúde mental. Verifica-se, ainda, uma diminuição significativa [pré-intervenção: M=4.14, 58
DP=0.80; pós-intervenção: M=4.09, DP=0.79; t(515)=2.394, p=0.017] da intenção de procurar ajuda do GC.
Na pós-intervenção destacam-se, ainda, diferenças significativas no GE (X2=324.141, p=0.000) relativamente aos tipos de ajuda a que os participantes recorreriam face a um problema de saúde mental (Cf. Tabela 6). Após as acções de sensibilização, a maioria dos participantes passa a considerar o recurso a diferentes tipos de ajuda (N=205; 33.6%); pelo que se verifica uma diminuição da procura exclusiva da ajuda dos pais (N=123; 20.1%) e de um serviço especializado (N=48; 7.9%) isoladamente. Paralelamente, destaca-se o facto de na categoria Outra pessoa (N=41; 6.7%) passarem a ser consideradas outras fontes de ajuda como, por exemplo, os amigos ou um professor; bem como a diminuição do número de alunos que não sabem a que tipo de ajuda recorreriam (N=35; 5.7%).
Tabela 6. Comparação dos valores absolutos e relativos do GE para os tipos de ajuda a que recorreriam face a um problema de saúde mental, antes e após as acções de sensibilização. Pré Tipos de ajuda Pais
N 518 184
Outra pessoa
Pós % 30.1
N 452 123
% 20.1
15
2.5
41
6.7
Serviço
94
15.4
48
7.9
Não sei
43
7.0
35
5.7
Vários
182
29.8
205
33.6
2
X
p
324.141
0.000
Não obstante, deve ainda referir-se que, também no GC, no pós-teste, se verificam diferenças significativas nos tipos de ajuda (Cf. Tabela 7) a que os participantes recorreriam face a um problema de saúde mental (X2=704.475, p=0.000). Na pós-intervenção, a maioria 59
dos participantes do GC continua a considerar o recurso a diferentes tipos de ajuda (N=188; 33.2%), verificando-se uma diminuição significativa (N=122; 21.6%) da procura exclusiva da ajuda dos pais, bem como do número de participantes que refere não saber a que tipo de ajuda recorreria (N=36; 6.4%). Por sua vez, verifica-se um aumento do número de participantes que, face a um eventual problema de saúde mental, consideraria procurar a ajuda de um serviço especializado (N=83; 14.7%).
Tabela 7. Comparação dos valores absolutos e relativos do GC para os tipos de ajuda a que recorreriam face a um problema de saúde mental, na pré e na pós-intervenção. Pré Tipos de ajuda Pais
N 478 152
Outra pessoa
Pós % 26.9
N 439 122
% 21.6
10
1.8
10
1.8
Serviço
80
14.1
83
14.7
Não sei
41
7.2
36
6.4
Vários
195
34.5
188
33.2
2
X
p
704.475
0.000
Por último, na pós-intervenção, são encontradas diferenças estatisticamente significativas (X2=215.332; p=0.000) ao nível da intenção, por parte dos participantes do GE, de ajudar alguém próximo com problemas de saúde mental (Cf. Tabela 8). Neste campo, de referir a ligeira diminuição da intenção para ajudar (pré=84%; pós=81.2%), bem como a diminuição do número de participantes que não sabem se ajudariam ou não (pré=14.2%; pós=4.3%), verificadas na pós-intervenção. Ainda que estas diferenças sejam estatisticamente significativas, considera-se que devem ser analisadas com alguma reserva tendo em conta a perda de sujeitos verificada entre a pré (N=604) e a pós-intervenção (N=526).
60
Tabela 8. Comparação dos valores absolutos e relativos do GE para a intenção de ajudar alguém próximo com problemas de saúde mental, antes e após as acções de sensibilização. Pré Intenção para ajudar Sim
N 604 513
Não Não sei
Pós % 84.0
N 526 496
81.2
4
0.7
4
0.7
87
14.2
26
4.3
2
%
X
p
215.332
0.000
3.5.3. Avaliação da satisfação dos professores interlocutores ou elementos da direcção das escolas-parceiras face à implementação do projecto
Considera importante falar-se sobre temas relativos à saúde mental junto dos jovens? Todos os professores interlocutores/ elementos da direcção (N=8) afirmam considerar muito importante falar sobre temas de saúde mental junto dos jovens (Cf. Gráfico 5).
Gráfico 5. Frequências absolutas da importância de falar sobre temas relativos à saúde mental junto de jovens. N
Grau de importância
61
Considera relevante que este tipo de acções seja realizado em contexto escolar? 7 professores interlocutores/ elementos da direcção afirmam considerar muito relevante que este tipo de acções seja realizado em contexto escolar, sendo que apenas 1 dos participantes afirma considerar apenas relevante (Cf. Gráfico 6).
Gráfico 6. Frequências absolutas da relevância de falar sobre temas relativos à saúde mental em contexto escolar. N
Grau de relevância
Considera relevante que estes temas sejam abordados no período lectivo? 3 professores interlocutores/ elementos da direcção afirmam considerar relevante que estes temas sejam abordados no período lectivo. Por sua vez, 5 professores interlocutores/ elementos da direcção afirmam considerar muito importante que estes temas sejam abordados no período lectivo (Cf. Gráfico 7).
62
Gráfico 7. Frequências absolutas da relevância de falar sobre temas relativos à saúde mental no período lectivo
N
Grau de relevância
Qual o seu grau de satisfação relativamente à disponibilidade das formadoras, no que respeita à articulação com a escola? Apenas 1 professor interlocutor/ elemento da direcção afirma encontrar-se satisfeito com a disponibilidade das formadoras, no que respeita à articulação com a escola. Todos os restantes participantes (N=7) afirmam encontrar-se muito satisfeitos (Cf. Gráfico 8). Gráfico 8. Frequências absolutas do grau de satisfação relativamente à disponibilidade das formadoras, no que respeita à articulação com a escola.
N
Grau de satisfação
63
Após a participação nas acções de sensibilização, como classifica o feedback dos alunos? De uma forma geral, a maioria dos professores interlocutores/ elementos da direcção (N=5) considera “positivo” o feedback dos alunos após participação nas acções de sensibilização. Paralelamente, 2 professores interlocutores/ elementos da direcção consideram “muito positivo” o feedback dos alunos e 1 professor interlocutor/ elemento da direcção refere não ter recebido feedback dos alunos (Cf. Gráfico 9).
Gráfico 9. Frequências absolutas da classificação do feedback dos alunos face às acções de sensibilização.
N
Classificação do feedback
Se pudesse voltar atrás, receberia novamente o projecto UPA Faz a Diferença? Todos os professores interlocutores/ elementos da direcção afirmam que, se pudessem voltar atrás, receberiam novamente o projecto UPA Faz a Diferença (Cf. Gráfico 10).
64
Gráfico 10. Frequências absolutas da predisposição para voltar a participar nas acções de sensibilização.
N
Grau de predisposição
Recomendaria a um colega que recebesse o projecto UPA Faz a Diferença? Todos os professores interlocutores/ elementos da direcção afirmam que recomendariam a um colega que recebesse o projecto UPA Faz a Diferença (Cf. Gráfico 11).
Gráfico 11. Frequências absolutas da disponibilidade para recomendar o projecto a um colega.
N
Grau de disponibilidade
65
3.5.4. Síntese dos resultados Na presente secção do relatório listam-se os principais resultados obtidos com a implementação do projecto UPA Faz a Diferença, na pré e na pós-intervenção, para as diferentes secções do “Questionário UPA” – percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais; bem como para os resultados de avaliação da satisfação por parte dos agentes educativos.
(1) Levantamento das percepções estigmatizantes, percepções de conhecimentos e intenções comportamentais face a problemas de saúde mental | Pré-intervenção No que respeita às percepções estigmatizantes, na pré-intervenção, verificou-se que (1) tendencialmente os participantes evidenciam percepções neutras face a problemas de saúde mental. Em relação às percepções de conhecimentos face às perturbações mentais, verificou-se que (2) a maioria dos participantes percepciona conhecer razoavelmente as perturbações mentais elencadas; verificando-se que (3) aquelas que os participantes percepcionam conhecer menos são as Perturbações Disruptivas do Comportamento e do Défice de Atenção, o Autismo e a Perturbação Bipolar e que aquelas que (4) percepcionam conhecer melhor são as Dependências e a Anorexia. Relativamente às causas associadas aos problemas de saúde mental, os participantes evidenciaram um (5) bom conhecimento global dos factores envolvidos no aparecimento de um problema de saúde mental. No que respeita à possibilidade de as pessoas com perturbação mental terem uma vida como “a das outras pessoas”, destaca-se o facto (6) de apenas uma minoria dos participantes considerar tal ser totalmente possível. No que concerne às intenções comportamentais relativamente à intenção de procurar ajuda face a um eventual problema de saúde mental, (7) a maioria dos participantes referiu que 66
provável ou definitivamente procuraria ajuda se tivesse um problema de saúde mental; sendo que (8) a maioria apelaria a diferentes tipos de ajuda (e.g., a ajuda dos pais e ainda de um serviço, por exemplo) ou apenas à ajuda dos pais isoladamente. Verificou-se, ainda, que, se conhecesse alguém próximo (e.g., familiar, amigo, colega) com um problema de saúde mental, (9) a maioria dos participantes tomaria a iniciativa de ajudar a pessoa em questão. Constatou-se ainda que (10) o facto de os participantes percepcionarem conhecer pessoas com problemas de saúde mental não parece ter qualquer impacto ao nível das percepções estigmatizantes. Não obstante, verificou-se que os participantes que percepcionam conhecer
pessoas
com
problemas
de
saúde
mental
(11)
evidenciam
scores
significativamente superiores de percepções de conhecimentos face às perturbações mentais elencadas, (12) uma identificação, significativamente superior, de causas correctas e (13) que consideram mais possível que as pessoas com perturbação mental tenham uma vida como “a das outras pessoas”. No que respeita aos participantes que, perante alguém próximo com problemas de saúde mental, evidenciam intenção de ajudar, verificou-se que estes apresentam (14) percepções menos estigmatizantes face a pessoas com problemas de saúde mental e (15) percepções de conhecimentos significativamente superiores.
(2) Avaliação do impacto das acções de sensibilização pró-saúde mental | Pós-intervenção No que respeita à pós-intervenção, os resultados apontaram para um aumento de percepções positivas (menos estigmatizantes), (1) muito significativo no GE, e (2) significativo no GC; correspondendo o valor de Effect Size do GE obtido a (3) um impacto moderado da intervenção, contrariamente ao do GC cujo impacto foi reduzido. Relativamente às percepções de conhecimentos, contrariamente ao GC, os resultados apontaram para um (4) aumento muito significativo do score global de percepções de 67
conhecimentos do GE, o que corresponde a (5) um impacto elevado da intervenção – o qual se torna ainda mais explícito face (6) ao aumento significativo da percepção dos conhecimentos para todas as perturbações mentais abordadas no âmbito das acções de sensibilização. No que respeita às causas associadas ao aparecimento de um problema de saúde mental, contrariamente ao GC, verificou-se um (7) aumento significativamente muito superior do número total de causas identificadas correctamente pelo GE, ainda que este corresponda apenas a um (8) impacto reduzido da intervenção neste domínio. Por fim, por oposição ao GC, após participação nas acções, (9) os participantes do GE passaram a considerar de forma estatisticamente mais significativa a possibilidade de as pessoas com problemas de saúde mental terem uma vida “como a das outras pessoas”. No que respeita às intenções comportamentais, destaca-se (10) a consideração de mais e diferentes tipos de ajuda, por parte do GE, face a um eventual problema de saúde mental (11), tendo diminuído o número de participantes do GE que não sabem a que tipo de ajuda recorreriam.
(3) Avaliação da satisfação dos professores interlocutores ou elementos da direcção das escolas-parceiras face à implementação do projecto No que respeita à avaliação da satisfação dos professores interlocutores/ elementos da direcção face à implementação do projecto, verificou-se que (1) todos consideraram muito importante falar sobre temas de saúde mental junto dos jovens, (2) sendo que a maioria afirmou considerar muito relevante que este tipo de acções seja realizado em contexto escolar e (3) cinco professores interlocutores/ elementos da direcção afirmaram considerar muito importante que estes temas sejam abordados no período lectivo.
68
Destaca-se, ainda, (4) que a maioria dos professores interlocutores/ elementos da direcção afirmaram encontrar-se muito satisfeitos com a disponibilidade das formadoras no que respeita à articulação com a escola; e (5) que a maioria dos professores interlocutores/ elementos da direcção considerou “positivo” o feedback dos alunos após participação nas acções; sendo que, (6) se pudessem voltar atrás, todos receberiam novamente o projecto UPA Faz a Diferença e (7) recomendariam a um colega que o recebessem.
3.6. Discussão dos resultados e conclusão Face à constatação: (a) da elevada prevalência de problemas de saúde mental na infância e adolescência [30]; (b) de as atitudes relativas aos problemas de saúde mental serem adquiridas, gradualmente, com origem na infância e consolidando-se na idade adulta [37]; (c) da escola ser considerada um contexto privilegiado de acesso aos jovens [21]; bem como (d) da “saúde mental” ser uma das áreas prioritárias para a promoção de estilos de vida saudáveis identificadas pelo Programa Nacional de Saúde Escolar [27]; a implementação do projecto UPA Faz a Diferença teve por base dois objectivos centrais. Um primeiro
objectivo
estigmatizantes,
centrou-se
das
na
percepções
realização de
do
levantamento
conhecimentos,
bem
como
das
percepções
das
intenções
comportamentais de alunos do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, face a questões de saúde mental. Um segundo objectivo consistiu no desenvolvimento e avaliação do impacto de acções de sensibilização. Neste sentido, a presente discussão dos resultados centrar-se-á, num primeiro momento, nos resultados obtidos na pré-intervenção, começando por fazer-se referência ao que os resultados nos podem indicar quanto à forma como os jovens parecem percepcionar questões de saúde mental. Num segundo momento, a discussão centrar-se-á nos resultados da pósintervenção, reflectindo-se sobre o impacto do programa de promoção da saúde mental desenvolvido na forma como os jovens percepcionam questões de saúde mental. 69
No que respeita aos resultados obtidos na pré-intervenção importa, antes de mais, contextualizar os resultados no âmbito das características sociodemográficas dos participantes. Os dados apresentados do presente relatório são relativos a alunos de 13 escolas, localizadas na zona Norte Litoral de Portugal. Ainda que se tenha procurado obter uma distribuição o mais representativa possível da zona Norte Litoral, na leitura dos resultados apresentados, não pode deixar de ser tido em consideração o facto de, num total de 13 escolas, 8 se situarem no distrito do Porto. Deve salientar-se, igualmente, o facto de quase metade dos participantes se incluírem num NSE médio-alto. Este aspecto apela a uma reflexão cuidada já que não nos permite generalizar os resultados para a população a que estes jovens pertencem. Eventualmente, recorrendo a uma amostra constituída por jovens que habitassem maioritariamente fora da cidade e provenientes de um NSE inferior, poderiam ter-se encontrado resultados distintos dos que aqui se apresentam. Os participantes do presente estudo apresentaram, num primeiro momento, níveis gerais razoáveis de percepções de conhecimentos sobre problemas de saúde mental. A percepção de conhecimentos apenas foi reduzida para 3 das 14 perturbações mentais listadas. Assim, para além da depressão e das fobias – problemas que, de acordo com os resultados preliminares do primeiro Estudo Nacional de Saúde Mental [38], se constituem como amplamente prevalentes na população portuguesa, aspecto que pode contribuir para explicar uma maior percepção de conhecimentos – verificaram-se níveis elevados de percepção de conhecimentos para as perturbações do comportamento alimentar e dependências, as quais se cruzam com os conteúdos maioritariamente abordados no âmbito das iniciativas de Educação para a Saúde realizadas em contexto escolar [39]. Também foi adequada a identificação das causas associadas aos problemas de saúde mental, com especial destaque para os acontecimentos de vida negativos causadores de stress (e.g.,
70
reprovação, divórcio dos pais), do consumo de drogas/ álcool, do funcionamento cerebral e dos problemas familiares. Em relação às percepções estigmatizantes, os alunos que participaram nas acções de sensibilização apresentam, num primeiro momento, percepções neutras face às pessoas com perturbação mental o que, associado ao razoável nível de conhecimentos apresentado, parece ir de encontro aos resultados de outros estudos que apontam para uma relação proporcional entre um maior nível de conhecimentos e atitudes menos negativas [16,17,21,25,26]. Quanto ao resultado da questão centrada na possibilidade de as pessoas com perturbação mental terem uma vida “como a das outras pessoas”, é interessante verificar-se o desconhecimento de grande parte dos alunos assumindo, assim, uma posição neutra. Para além disso, apenas uma minoria dos estudantes (cerca de 17%), considera a recuperação total como uma possibilidade. Esta é, sem dúvida, uma percepção estigmatizante central – a impossibilidade de recuperação. No entanto, nos itens 2 e 4 – Uma pessoa com uma perturbação mental pode, eventualmente, recuperar e Uma pessoa com uma perturbação mental melhoraria se fosse tratada e apoiada – foram encontradas percepções maioritariamente positivas, isto é, menos estigmatizantes. Assim, os alunos consideram ser possível uma “eventual” recuperação das pessoas com perturbação mental (resultado congruente com o seu nível de conhecimentos); no entanto, não consideram ser possível que essa recuperação tenha uma amplitude tal, que lhes permita ter uma “vida como a das outras pessoas”. Finalmente, e no que diz respeito aos resultados da secção Intenções comportamentais, o facto de a maioria dos alunos considerar que, face a um eventual problema de saúde mental, procuraria ajuda e tomaria a iniciativa de ajudar alguém próximo com problemas de
71
saúde mental, é congruente com os resultados obtidos relativamente ao nível das percepções estigmatizantes e de conhecimentos.
No que diz respeito aos resultados obtidos na pós-intervenção, de uma forma geral, os resultados obtidos ao nível das percepções de conhecimentos após a intervenção, no GE, parecem ser indicadores claros da adequabilidade do discurso e das estratégias utilizadas nas acções para a promoção da literacia em saúde mental dos alunos. Paralelamente, o aumento de percepções positivas (menos estigmatizantes) no GE sugere que as acções de sensibilização, independentemente do seu carácter limitado no tempo, constituem-se como efectivas na alteração das percepções estigmatizantes face a pessoas com problemas de saúde mental. Acredita-se que uma das estratégias utilizadas no âmbito da segunda sessão poderá ter contribuído para explicar este aumento de percepções positivas (menos estigmatizantes). Ao longo da actividade “O que dizem as letras?”, os alunos assistem a dois vídeos relativos a duas músicas do Movimento UPA’08 – Mariza & Boss AC e Xutos e Pontapés & Oioai – realizando, em seguida, uma actividade que tem como objectivo desconstruir os temas de ambas as músicas. Posteriormente, é ainda apresentado o making of relativo à primeira música trabalhada (Mariza & Boss AC), no qual o músico Boss AC menciona ter escrito a música num período após ter vivido uma depressão. Durante o estudo piloto, no âmbito dos grupos de discussão, os jovens referiram considerar pertinente apresentar “um testemunho de qualquer pessoa que viveu” um problema de saúde mental. Paralelamente, vários estudos apontam o contacto com pessoas com perturbação mental como uma das estratégias mais poderosas no combate ao estigma e discriminação [15,20]. Assim, acreditamos que o “contacto” destes jovens com a história de um modelo como é, certamente, o Boss AC para os mesmos, poderá ter contribuído para normalizar a perturbação mental, apresentando-a como uma experiência comum, que pode afectar qualquer pessoa em qualquer época da saúde vida e, ainda, tratável. 72
Importa, ainda, discutir o aumento de percepções positivas (menos estigmatizantes), também verificado no GC, resultado que poderá relacionar-se com o possível efeito irradiativo [41] que a intervenção desenvolvida junto do GE poderá ter tido junto dos restantes jovens, do GC, envolvidos no projecto. No caso de poder confirmar-se este possível efeito irradiativo, este constitui-se como mais um aspecto a considerar no âmbito do impacto positivo que acções desta natureza podem ter. No que respeita às intenções comportamentais, verificou-se que, na pós-intervenção, a maioria dos participantes do GE passou a considerar o recurso a mais e diferentes tipos de ajuda face a um eventual problema de saúde mental; sendo também de salientar o facto de se ter verificado uma diminuição do número de participantes do GE que não sabiam a que tipo de ajuda recorreriam. Este resultado poderá relacionar-se com o facto de a 2ª sessão das acções se ter centrado na sensibilização dos alunos para a existência de diferentes serviços especializados (e.g., serviço de psicologia da escola) ou pessoas significativas (e.g., um professor de referência), aos quais poderiam recorrer em caso de necessidade. Os resultados anteriores assumem-se como fundamentais no âmbito de acções de promoção da saúde mental, uma vez que o reconhecimento precoce e a procura de ajuda apropriada só ocorrerão se os jovens tiverem conhecimento acerca da sintomatologia das perturbações mentais, bem das possíveis ajudas disponíveis e de como aceder às mesmas [42], para o que uma rede de apoio informada (e.g., família, professores e amigos) poderá revelar-se crucial. Importa ainda destacar que o presente projecto permitiu desenvolver um instrumento para a avaliação de percepções de alunos do ensino secundário face a problemas de saúde mental (conhecimentos, estigma e intenções comportamentais), bem como construir uma proposta de intervenção manualizada, com linguagem simples e acessível, que poderá ser replicada junto de outros grupos de jovens da mesma faixa etária. A este respeito, de realçar, ainda, o 73
facto de as acções de sensibilização terem sido construídas no âmbito de uma metodologia rigorosa que permitiu a avaliação do seu impacto, mediante recurso a um grupo experimental e a um grupo de controlo, bem como a uma metodologia pré-pós-intervenção. Por último, os indicadores recolhidos relativamente à avaliação da satisfação dos professores interlocutores/ elementos da direcção face à implementação do projecto, enfatizam a relevância, na perspectiva destes agentes educativos, da importância de desenvolver programas de promoção da saúde mental em contexto escolar. Os restantes indicadores de avaliação da satisfação recolhidos sugerem que as estratégias utilizadas ao longo da implementação do projecto foram ao encontro das expectativas, quer dos professores interlocutores/ elementos da direcção, quer dos alunos, o que se reverteu num feedback positivo de ambos. Uma última consideração em relação às limitações do presente estudo, nomeadamente o facto deste ter sido realizado com base numa amostra cuja localização geográfica se circunscreve à zona norte litoral, o que não permite a sua generalização. De referir ainda o facto de o “Questionário UPA” não se encontrar validado para a população portuguesa. Neste sentido, para estudos futuros, considera-se que a introdução de melhorias ao nível do desenho experimental, nomeadamente através da utilização de uma amostra mais representativa, pode assumir-se como uma mais-valia. Não obstantes as referidas limitações, acreditamos que o UPA Faz a Diferença demonstrou ser um importante contributo para a concretização de um dos objectivos do Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016, o desenvolvimento de “programas de educação para a saúde mental em meio escolar” [43].
74
PARTE IV | Divulgação do projecto
75
Ao longo dos dois anos de implementação do projecto, procurou-se que o mesmo fosse o mais divulgado possível, tendo a disseminação dos seus resultados constituído uma prioridade. A divulgação do projecto realizou-se, sobretudo, em duas grandes áreas – apresentação de comunicações em reuniões científicas – nacionais e internacionais – e divulgação junto da população geral.
4.1. Apresentação de comunicações em reuniões científicas No total foram apresentadas 10 comunicações sobre o projecto. Destas, 8 correspondem a comunicações apresentadas em reuniões científicas nacionais e 2 correspondem a comunicações apresentadas em reuniões científicas internacionais.
4.1.1. Comunicações nacionais Campos, L. (aceite). UPA Faz a Diferença. Acções de sensibilização pró‐saúde mental junto de jovens entre os 15 e os 18 anos: diferenças de género, no 9º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde, Aveiro, Portugal. Campos, L. (2011, Novembro). Abrir espaço à Saúde Mental. Comunicação apresentada no Simpósio promoção da saúde mental: quando começar e como?, no VII Congresso da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Coimbra, Portugal. Campos, L. (2011, Outubro). Abrir “Espaços” à Saúde Mental em contexto escolar. Comunicação apresentada no workshop Promoção da saúde Mental na 1ª e 2ª infância, nas Comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental, Matosinhos, Porto. Campos, L. (2011, Maio). Abrir “espaços” à saúde mental. Comunicação apresentada no 5º Fórum Científico da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal.
76
Campos, L. (2011, Abril). UPA Faz a Diferença: Acções de sensibilização pró-saúde mental. Comunicação apresentada no 2º Congresso da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Escolar - Saúde Escolar: da Investigação às Boas Práticas, Ermesinde, Portugal. Campos, L. & Palha, F. (2010, Dezembro). UPA faz a diferença: O combate ao estigma com os jovens. Comunicação apresentada no workshop subordinado ao tema Estigma e doença mental: Diferentes frentes de combate, no VI Congresso da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Estoril, Portugal. Palha, F.; & Campos, L. (2010, Dezembro). Estigma e doença mental: Diferentes frentes de combate. Comunicação apresentada no workshop subordinado ao tema Estigma e doença mental: Diferentes frentes de combate, no VI Congresso da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Estoril, Portugal. Campos, L., Costa, N., & Palha, F. (2010, Fevereiro). UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental. Construção de Guião de Focus Group. Poster apresentado no 8º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde, Lisboa, Portugal. Campos, L. (2009, Outubro). O UPA Faz a Diferença – Acções de sensibilização pró-saúde mental: Construção do questionário de avaliação. Comunicação apresentada no II Congresso de reabilitação e inclusão na saúde mental, Coimbra, Portugal.
4.1.2. Comunicações internacionais Campos, L. (2012, Março). UPA (United to help movement) makes a difference: A schoolbased intervention to promote mental health literacy and combat mental illness stigma in young people. Comunicação aceite para apresentação no Refocus on Recovery 2012 conference, Londres, Reino Unido.
77
Dias, P.; Campos, L.; Palha, F.; Veiga, E. & Lima, V.S. (2011, Setembro). Sensibilização pró-saúde mental em contexto escolar em Portugal. Comunicação apresentada no III Congresso Internacional de Saúde da Criança e do Adolescente, São Paulo, Brasil. Campos, L. (2010, Junho). UPA hace la diferencia. Acciones de sensibilización pro-salud mental | Estudio piloto. Comunicação apresentada no 2nd International Congress on Psychoeducational Counselling, Madrid, Espanha.
Algumas destas comunicações foram objecto de publicação em revistas científicas, sendo listas na secção Publicações do presente relatório.
4.2. Publicações Seguidamente, apresentam-se as publicações realizadas no âmbito do projecto UPA Faz a Diferença: (4.3.1.) Artigos publicados, (4.3.2.) Artigos no prelo, (4.3.3.) Publicações sob a forma de resumo e, por fim, (4.3.4.) Dissertações de mestrado.
4.2.1. Artigos publicados Campos, L.; Palha, F.; Veiga, E.; Dias, P; Lima, V.S.; et al. (2011). UPA hace la diferencia. Acciones de sensibilización pro-salud mental: Dados preliminares del estudio piloto. Actas do II Congreso Internacional de Orientación Psicoeducativa: Escuela y Psicopatología. Madrid: Universidad CEU-San Pablo.
4.2.2. Artigos no prelo Campos, L.; Palha, F.; Dias, P; Veiga, E.; Lima, V.S.; Costa, N.; & Duarte, A.I. (no prelo). UPA Faz a Diferença - Acções de sensibilização pró-saúde mental junto de jovens entre
78
os 15 e os 18 anos: Diferenças de género. Actas do 9º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. Campos, L.; Palha, F.; Dias, P.; Veiga, E.; Lima, V.S.; Costa, N. & Duarte, A. (no prelo). Acções de sensibilização pró-saúde mental em escolas: Estudo piloto. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano. Campos, L.; Palha, F.; Dias, P.; Veiga, E.; Lima, V.S.; Costa, N. & Duarte, A. (no prelo). UPA Faz a Diferença - Acções de sensibilização pró-saúde mental: Resultados preliminares de acções de sensibilização pró-saúde mental. Revista de Saúde Escolar.
4.2.3. Publicações sob a forma de resumo Campos, L., Palha, F., Dias, P, Veiga, E., Lima, V.S., Costa, N. & Duarte, A. (2011). UPA Faz a Diferença: Acções de sensibilização pró-saúde mental: Resultados preliminares. 2º Congresso da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Escolar. Saúde Escolar: da Investigação às Boas Práticas. Programa e Resumos, 39. Campos, L.; Costa, N. & Palha, F. (no prelo). UPA FAZ A DIFERENÇA – Acções de Sensibilização pró-saúde mental. Construção do questionário de avaliação. Actas do II Congresso de Reabilitação e Inclusão na Saúde Mental. Campos, L.; Costa, N.; & Palha, F. (2010). O Upa faz a diferença – acções de sensibilização pró-saúde mental. Parte 1 | Construção de guião de Focus Group. (pp. 355-358). Psicologia, Saúde & Doenças, 11(S1), 177. Campos, L.; Palha, F.; Dias, P.; Veiga, E.; Lima, V.S.; Costa, N. & Duarte, A. (submetido). UPA Faz a Diferença - Acções de sensibilização pró-saúde mental junto de jovens entre os 15 e os 18 anos: Diferenças de género. Actas do 9º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde.
79
4.2.4. Dissertações de mestrado Gomes, L. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de alunos do ensino secundário público. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. Magalhães, S. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de agentes educativos de alunos do ensino secundário privado. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. Mesquita, S. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de agentes educativos de alunos do ensino secundário público. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. Santos, A. (2011). UPA FAZ A DIFERENÇA - avaliação do impacto de acções de sensibilização pró-saúde mental junto de alunos do ensino secundário público. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. Mendes, J. (2011). UPA FAZ A DIFERENÇA - Avaliação do impacto de acções de sensibilização pró-saúde mental junto de alunos do ensino secundário particular e cooperativo. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa.
80
4.3. Divulgação junto da população geral A divulgação do projecto junto da população geral foi realizada mediante a criação de uma página do facebook e de um website25 de apoio ao projecto. Para além do objectivo inicial de envolver os jovens e apoiar a implementação do projecto, estando disponíveis na internet estas duas ferramentas permitiram, igualmente, uma maior divulgação do projecto. Dados do GoogleAnalytics26 indicam um total de 1531 visitas, no período compreendido entre 1 de Fevereiro (momento em que o site ficou disponível online) e 5 de Julho de 2011, correspondendo a um total de 1048 visitantes e 5007 visualizações de página. Por outro lado, também a página do facebook do UPA Faz a Diferença totaliza já 339 “amigos”.
25
http://upafazadiferenca.encontrarse.pt/
26
O Google Analytics corresponde a uma solução de análise da Web que proporciona informações sobre o
tráfego de websites. 81
4.4. Outros resultados A elevada receptividade ao projecto por parte dos alunos, levou a que a ENCONTRAR+SE recebesse pedidos de realização de sessões extra. Neste sentido, para além das sessões referidas anteriormente, foram ainda realizadas 3 sessões a pedido de grupos de alunos que, em Área Projecto, estavam a trabalhar o tema dos problemas de saúde mental. De referir que estes pedidos vieram, uma vez mais, contribuir para a validação das metodologias utilizadas no âmbito das sessões, descritas pelos alunos como sessões “interactivas e cativantes”. Da mesma forma, também a simplicidade do discurso, não obstante o rigor inerente ao mesmo, constituiu um dos pontos destacados pelos alunos, que caracterizaram a informação transmitida durante as acções de sensibilização como “informação “fiável” sobre doenças mentais.
Imagem 1. Excerto de um e-mail de um grupo de alunos do 12º ano que participou nas sessões e, em Área Projecto, se encontrava a trabalhar o tema dos problemas de saúde mental.
Imagem 2. Excerto de um e-mail de um grupo de alunos do 12º ano que participou nas sessões e, em Área Projecto, se encontrava a trabalhar o tema dos problemas de saúde mental.
82
4.5. Prémios A equipa do projecto submeteu-o ao concurso de Boas Práticas em Saúde Escolar, promovido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Escolar (SPESE), tendo este sido distinguido com o 1º prémio (Cf. Anexo 15).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. Comissão das Comunidades Europeias (2005). [em linha]. Disponível em: http://eurlex.europa.eu/LexUriServ/site/pt/com/2005/com2005_0484pt01.pdf [Consultado em: 03/11/2010]. 2. Murray, C. & Lopez, A. (1996). The global burden of disease. A comprehensive assessment of mortality and disability from diseases, injuries and risk factors in 1990, and projected to 2020 (Vol. 1). Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press. 3. U.S. Department of Health and Human Services (1999). Mental Health: A Report of the Surgeon General. Rockville, MD: U.S. Department of Health and Human Services, Substance Abuse and Mental Health Services Administration, Center for Mental Health Services, National Institutes of Health, National Institute of Mental Health. 4. Dwight, E., Foa, E., Gur, R. E., Hendin, H., O’Brien, C. P., Seligman, M. E. P. & Walsh, B. T. (2005). Treating and preventing adolescent mental health disorders: What we know and what we don't know. A research agenda for improving the mental health of our youth. Oxford: Oxford Press. 5. Campos, L., Palha, F., Dias, P., Veiga, E., Lima, V. S., Costa. N., & Duarte, A (no prelo). Acções de sensibilização pró-saúde mental em escolas: Estudo piloto. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano. 6. European Commission & Portuguese Ministry of Health [em linha]. Background document for the thematic conference - Promoting Social Inclusion and Combating Stigma for better Mental Health and Well-being. Disponível em: http://ec.europa.eu/health/mental_health/docs/ev_20101108_bgdocs_en.pdf. [Consultado em:03/11/2010]. 7. Canadian Alliance on Mental Ilness and Mental Health. [em linha]. Disponível em: http://www.camimh.ca/files/literacy/LIT_REVIEW_MAY_6_07.pdf. [Consultado em: 03/11/2010]. 8. Dwight E, Foa E, Gur RE, Hendin H, O’Brien CP, Seligman MEP, Walsh BT. (2005). Treating and preventing adolescent mental health disorders: What we know and what we don't know. A research agenda for improving the mental health of our youth. Oxford: Oxford Press. 9. Northamptonshire Children & Young People’s Partnership. Mental Health is Everybody’s Business. Children and young people’s mental health - A handbook for schools & other agencies in Northamptonshire [em linha]. Disponível em: http://www.northamptonshire.gov.uk/en/councilservices/cyp/caf/Documents/PDF%20 Documents/MentalHealthHandbookPublishedVersionJan2007.pdf [Consultado em 03/11/2010]. 10. National Institute for Health and Clinical Excellence. Promoting young people’s social and emotional wellbeing in secondary education [em linha]. Disponível em: http://guidance.nice.org.uk/PH20/Guidance/pdf/English [Consultado em 03/11/2010].
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11. Adi, Y., McMillan, A.S., Kiloran, A., Stewart-Brown, S. (2007). Systematic review of the effectiveness of interventions to promote mental wellbeing in children in primary education. London: NICE. 12. Colman, I., Murray, J., Abbott, R.A., Maughan, B., Kuh, D., Croudace, T.J., & Jones, P.B. (2009). Outcomes of conduct problems in adolescence: 40 year follow-up of national cohort. British Medical Journal, 338: a2981. 13. Graham, H. & Power, C. (2003). Childhood disadvantage and adult health: A lifecourse framework. London: Health Development Agency. 14. World Health Organization. Social cohesion for mental well-being among adolescents. [em linha]. Disponível em: http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0005/84623/E91921.pdf [Consultado em 03/11/2010]. 15. Schulze, B., Richter-Werling, M., Matschinger, H. & Angermeyer, M. C. (2003). Crazy? So what? Effects of a school project on student’s attitudes towards people with schizophrenia. Acta Psychiatrica Scandinavica, 107, 142–50. 16. Stuart, H. (2006). Reaching Out to High School Youth: The Effectiveness of a VideoBased Antistigma Program. Canadian Journal of Psychiatry, 51, 647–653. 17. Pinfold, V., Toulmin, H., Thornicroft, G., Huxley, P., Farmer, P. & Graham, T. (2003). Reducing psychiatric stigma and discrimination: evaluation of educational interventions in UK secondary schools. British Journal of Psychiatry, 182, 142–146. 18. Jorm, A. (2011). Mental Health Literacy: empowering the community to take action for action for better mental health. Manuscript submitted for publication 19. Jorm AF (2000). Mental Health Literacy. Public knowledge and beliefs about mental disorders. British Journal of Psychiatry;177;396-401. 20. Corrigan, P. & Watson, A. (2002). Understanding the impact of stigma on people with mental illness. Forum – stigma and mental illness, 16-20. 21. Kelly, C. M., Jorm, A. F. & Wright, A. (2007). Improving mental health literacy as a strategy to facilitate early intervention for mental disorders. Medical Journal of Australia, 187, S26-S30. 22. Wyn, J., Cahill, H., Holdsworth, R., Rowling, L. & Carson, S. (2000). MindMatters, a whole-school approach promotion mental health and wellbeing. Australian and New Zealand Journal of Psychiatry, 34, 594-601. 23. Campos, L.; Palha, F.; Dias, P.; Veiga, E.; Lima, V.S.; Costa, N. & Duarte, A. (no prelo). UPA Faz a Diferença - Acções de sensibilização pró-saúde mental: Resultados preliminares de acções de sensibilização pró-saúde mental. Revista de Saúde Escolar.
86
24. Spence, S., Burns, j., Boucher, S., Glover, S., Craetz, B., Kay, D., Patton, G. & Sawyer, M. (2005). The beyondblue schools research initiative: conceptual framework and intervention. Child and Adolescent Psychiatry, 13(2), 159-164. 25. Watson, A., Otey, E., Westbrook, A., Qardner, A., Lamb, T., Corrigan, P. & Fenton, W. (2004). Changing Middle Schoolers' Attitudes About Mental Illness Through Education. Schizophrenia Bulletin, 30(3), 563-572. 26. Pinfold, V., Stuart, H., Thornicroft, G. & Arboleda- Flórez, J. (2005). Working with young people: the impact of mental health awareness programmes in schools in the UK and Canada. World Psychiatry, 4 (1), 48-52. 27. Ministério da Saúde e Divisão de Saúde Escolar (2006). [Em linha]. Disponível em: http://www.min-saude.pt/NR/rdonlyres/4612A602-74B9-435E-B7200DF22F70D36C/0/ProgramaNacionaldeSa%C3%BAdeEscolar.pdf [Consultado em: 03/11/2010]. 28.
Grupo aventura social [Em linha]. Disponível em: http://www.fmh.utl.pt/aventurasocial/pdf/GESNE.pdf [Consultado em: 03/11/2010].
29. Noar, S. (2006). A 10-year restrospective of research in health mass media campaigns: where do we go from here? Journal Health Community, 11, 21-42. 30. Patel, V., Flisher, A., Hetrick, S. & McGorry, P. (2007). Mental health of young people: a global public-health challenge. Lancet; 369: 1302–13. 31. Amaro, F. (1996). Escala de Graffar adaptada. In: Costa, A. et al. Currículos Funcionais. Lisboa IIE Vol. II. 32. Kobau, R., DiIorio, C., Chapman, D. & Delvecchio, P. (2010). Attitudes about mental illness and its treatment: Validation of a generic scale for public health surveillance of mental illness associated stigma. Community Mental Health Journal, 46, 164-176. 33. Gomes, L. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de alunos do ensino secundário público. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. 34. Magalhães, S. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de agentes educativos de alunos do ensino secundário privado. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. 35. Mesquita, S. (2010). UPA FAZ A DIFERENÇA – Estudo piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades relativas a questões de saúde mental, num grupo de agentes educativos de alunos do ensino secundário público. Dissertação de Mestrado não publicada, Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. 87
36. Cohen, J. (1992). A power primer. Psychological Bulletin, 112(1), 155–159. doi:10.1037/0033-2909.112.1.155. 37. European Commission & Portuguese Ministry of Health (2010). [Em linha]. Background document for the thematic conference - Promoting Social Inclusion and Combating Stigma for better Mental Health and Well-being. Disponível em: http://ec.europa.eu/health/mental_health/docs/ev_20101108_bgdocs_en.pdf [Consultado em: 03/11/2010]. 38. Jornal i [Em linha]. Portugal é o país da Europa com mais doenças mentais. Disponível em: http://www1.ionline.pt/conteudo/52456-portugal-e-o-pais-da-europa-com-maisdoentes-mentais [Consultado em: 24/03/2010]. 39. Matos, M.G.; Simões, S.; Ferreira, M.; Tomé, G.; Camacho, I.; Baptista, I. & Diniz, J.A. (2008) [Em linha]. Gestão Escolar, Saúde e Necessidades Especiais – Inquérito no âmbito do estudo HBSC/OMS. Disponível em: http://www.fmh.utl.pt/aventurasocial/pdf/GESNE.pdf [Consultado em: 24/03/2010]. 40. Loureiro, L. M. J., Dias, C. A. A., & Aragão, O., R. (2008). Crenças e atitudes acerca das doenças e dos doentes mentais: contributos para o estudo das representações sociais da loucura. Revista Referência, 2(8), 33-44. 41. Botvin, G., Renick, N., & Baker, E. (1983). The effects of scheduling format and booster sessions on a broad-spectrum psychosocial approach to smoking prevention. Journal of Behavioral Medicine, 6(4), 359-379. 42. Patton, G., Glover, S., Bond, L., Butler. H., Godfrey, C., Di Pietro, G. & Bowes, G. (2000). The Gatehouse Project: A systematic approach to mental health promotion in secondary schools. Australian and New Zealand Journal of Psychiatry, 34, 586-593. 43. Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental [Em linha]. Relatório – Proposta de plano de acção para a reestruturação dos serviços de saúde mental em Portugal 2007-2016. Disponível em http://www.acs.minsaude.pt/2008/01/18/plano-accao-servicos-de-saude-mental/ [Consultado em: 20/06/2008].
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ANEXOS
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Anexo 1
Gui達o dos grupos de discuss達o _ Alunos
Guião focus group _ estudo piloto _ ALUNOS
Breve apresentação: Somos investigadoras de um projecto chamado “Upa faz a diferença” que tem como objectivo perceber que ideias têm sobre os temas saúde e doença mental. Agradecer a presença de todos. Breve apresentação dos alunos (nome, idade, área) e colocação dos crachás. Retomam o início e reforçam o consentimento informado: explicam que não há respostas certas ou erradas; todas as ideias são interessantes; não precisam de concordar uns com os outros, quanto mais ideias surgirem melhor; falem na vossa linguagem; quantos investigadores nós somos (6); os dados são anónimos e confidenciais, depois de transcritos passam a ter um número/código e deixam de existir nomes; Regra: é muito importante não falar ao mesmo tempo. Assinatura do consentimento informado. Explicam o que vai ser feito: 1. Preenchimento do questionário breve – para se centrarem no tema (alguns já respoderam … mas outros não: querem voltar a “olhar” para as questões; já todos responderam partem para a discussão). 2. Discussão em grupo.
1
Devolver a perguntas O que achas? O que o resto do grupo acha? Essa ideia é interessante, queres falar um pouco sobre isso? Queres explicar melhor essa tua ideia?
Ter sempre em mente os objectivos do trabalho: explorar os conhecimentos que os jovens têm sobre a doença/saúde mental/levantamento de mitos e crenças, barreiras 2ª moderadora: fazer registo sp que adequado na folha de registo (a ser enviada) No final: reunirem as duas moderadoras e fazem uma análise crítica sobre a discussão (como correu, impressões, contextualizações, alguém dominante, tipo de grupo….)
2
QUEBRA GELO/QUESTÃO DE PARTIDA: Como reagiram ao convite para falar sobre estes temas saúde/doença mental? Como reagiram ao convite de participar neste grupo? Sinais/ Comportamento
EXPERIÊNCIAS Curiosidade
PESSOAIS
Interesse
O que é?
Desinteresse
O que significa?
Giro ….
O nosso objectivo é apreendermos as experiências/ Vivências dos jovens
Percepção/Descrição de casos, situações Na sua opinião? Permite criar conforto, espaço para que cada um dê a sua opinião
Causas/Riscos
Impacto
e.g Como se percebe que alguém tem doença mental
e.g. De onde vem? O que pode provocar? Há pessoas que correm mais riscos? Que tipo de situações? e.g. Como interfere na vida? Tem consequências? O que se pode fazer? Tratamento/Prognóstico e.g. Como podem ser ajudados? Intenções comportamentais e.g. Como reagiriam?
Saúde mental Do que depende?
Avaliação de necessidades e balanço da discussão
3
TEMAS 1. Definição doença mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos alunos queremos que respondam O que acham que é uma Que imagem/palavra doença mental? associam à doença mental/pessoa com doença mental?
Pistas
Como é que se percebe que alguém tem uma doença mental? (Como caracterizariam uma pessoa com doença mental?) Que doenças mentais conhecem? Conhecem alguém que Existem outras formas de chamar a tenha uma doença mental? (sexo, doença mental (designações)? idade…) Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma doença mental?
2. Causas e Riscos na doença mental Existem causas para a De onde “vem” a doença mental? doença mental? O que é que provoca uma doença mental? Quem está em risco de Há pessoas que correm mais risco desenvolver uma doença de terem uma doença mental? mental? Que tipo de situação(ões) põe uma pessoa em risco?
4
TEMAS 3. Impacto da doença mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos alunos Pistas queremos que respondam Qual o impacto da Como a doença mental interfere na Tem impacto na família e nos amigos? doença mental? vida? Se sim, de que forma? Tem impacto na escola (e.g. sala de Tem consequências? aula) trabalho? Se sim, de que forma?
4. Tratamento/Prognóstico da doença Existe(m) tratamento(s) Como acham que as pessoas podem De que forma? mental para as doenças ser ajudadas? Resposta: Com medicamentos … é o único mentais? tratamento? Quem pode ajudar? Qual o prognóstico da O que acham que acontece ao longo Caso tenha sido falado de tratamento pessoa com doença do tempo? na pergunta anterior: O que acham que mental? acontece às pessoas que se tratam/não se tratam? E se for tratada? De que forma imaginam essa pessoa no futuro? Existe uma cura para a Existe uma cura para a doença doença mental? mental?
Sim. Para todas? Não. Para nenhuma?
5
TEMAS 5. Intenção comportamental
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos alunos que
Pistas
E se vos fosse diagnosticada Como se comportariam? Sentiriam? uma doença mental? Pensariam? E se fosse diagnosticada a uma pessoa com quem vocês se relacionam? Se na vossa turma existisse uma pessoa com doença mental, o que achariam se ela fizesse parte do vosso grupo de trabalho? Como reagiriam?
6. Definição saúde mental
O que entendem por Qual é a ideia que têm sobre saúde Resposta: É uma pessoa que não tem doença. saúde mental/ bem- mental? Como é que ela é? estar? Que imagem tens de alguém que tem saúde mental? Como elas se sentem? Como se relacionam os outros? O que fazem? Que características têm as pessoas que tem saúde mental /bem-estar? O que te faz sentir bem? O que fazes quando não te sentes bem? O que é que as pessoas com saúde mental/ bem estar fazem?
6
TEMAS 7. Promoção de saúde mental 8. Levantamento de necessidades
9. Em aberto
Pergunta a que queremos que respondam Do que é que acham que depende a nossa saúde mental / bem-estar? Alguma vez contactaram com informação sobre saúde/ doença mental? Alguma vez participaram ou tomaram conhecimento de algum programa de promoção da saúde mental? Se na vossa escola fosse criado um programa de promoção de saúde mental, o que achavam?
QUESTÕES a colocar aos alunos
Pistas
Do que é que acham que depende a nossa saúde mental / bem-estar?
Depende do próprio? Dos que estão à sua volta?
Alguma vez contactaram com informação sobre saúde/ doença mental? Alguma vez participaram ou tomaram conhecimento de algum programa de promoção da saúde mental?
Se sim, onde? Que tipo de informação?
Se sim, o que acharam? O que acharam deste grupo?
Se na vossa escola fosse criado um Participavam? programa de promoção de saúde O que achavam que deveria ser feito? mental, o que achavam? Sentem necessidade de saber algo mais sobre este tema? Se sim, o quê? Quem deveria participar neste tipo de programas? Há mais alguma coisa que gostassem de dizer?
7
Anexo 2
Questionรกrio sรณcio-demogrรกfico
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO _ ESTUDO PILOTO _ Alunos Código aluno: ______________________ Código pai/mãe: ______________________ Código professor: ______________________ Código director: ______________________
Data de recolha ___/___/_____; Entrevistador:___________________ 1 – Data de Nascimento ____/____/________; 2 – Género: 3 – Estado civil: Solteiro(a)
□
Feminino:
□
□ Outro □ ___________________;
4 – Ocupação/ Profissão: Estudante:
□
Trabalhador-estudante:
□ ___________________;
□ 11º □ 12º □ 6 – Retenção: Não □ Sim □ 1 □ +1 □
5 – Ano de escolaridade: 10º 7 – Área:
Masculino:
□ Línguas e humanidades □ Ciências e tecnologias
Artes visuais
□
Ciências Sócio-económicas
□
8 – Ocupação dos tempos livres:
□ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Artísticas □ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Outras ocupações □ Leitura □ Televisão □ Cinema □ Internet □ Outra: _______________ Desportivas
9 – Naturalidade: Portuguesa
□ Outra □ ;
□ Outra □
10 – Nacionalidade: Portuguesa
11 – Concelho de Residência: ____________________;
Cidade
□
Vila
□
Aldeia
□
12 – Local: Bairro residencial
□
Rua Comercial
□
Bairro operário
□
Bairro Social
□
13 – Habitação:
□
Moradia
□
Apartamento
□
Barraca
□
Quinta
14 – Estado de conservação da habitação: Bem conservada
□
Deteriorada
□ Mau estado □
□ Lucros de empresas □ Salário □ Tipo ? Mensal □ Semanal □ Diário □ Tarefa □ Subsídio □ Tipo ? Estatal □ Privado □
15 – Tipo de rendimento: Herança
1
16 - Agregado Familiar: Grau de Idade parentesco
Habilitações Literárias
Situação profissional
Profissão
□ Sim □ Se sim, qual a relação? Familiar 1º grau □ Outro familiar □ Amigo □ Outro □ __________ 17 – Conhece alguém com uma doença mental? Não
Observações: __________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________
2
Anexo 3
Questionรกrio breve
Questionário breve_ estudo piloto _ ALUNOS 1. Que imagem/palavra associas à doença mental/pessoa com doença mental? ___________________ ___________________________________________________________________________________ 2. Que doenças mentais conheces? _____________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 3. Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma doença mental? ____________________ ___________________________________________________________________________________ 4. O que é que provoca uma doença mental? ______________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 5. Há pessoas que correm mais risco de terem uma doença mental? ____________________________ ___________________________________________________________________________________ 6. Como a doença mental interfere na vida? _______________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 7. Existe(m) tratamento(s) para as doenças mentais? ________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 8. Existe uma cura para a doença mental? ________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 9. Alguma vez contactaram com informação sobre saúde/ doença mental? _______________________ ___________________________________________________________________________________ 10. Se na tua escola fosse criado um programa de promoção de saúde mental: O que achavas? _______________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Participavas? _________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________
Anexo 4
Consentimento informado _ Alunos
CONSENTIMENTO INFORMADO _ ALUNOS
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓSAÚDE MENTAL
Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a minha participação no mesmo: 1. Responder a um questionário breve sobre saúde/ doença mental, 2. Participar num grupo de discussão, juntamente com outros colegas, em que vamos falar sobre os conhecimentos que temos e que não temos sobre saúde/ doença mental.
Fui informado que a discussão em grupo será gravada (apenas o som).
Foi-me assegurado que estes dados (respostas ao questionário e participação na discussão em grupo) são totalmente anónimos e confidenciais.
Foi-me dada oportunidade de fazer as perguntas que julguei necessárias e para todas obtive resposta satisfatória.
Além disso, foi-me afirmado que tenho direito de recusar a todo o tempo a minha participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo.
Por isso, consinto participar neste projecto.
Data: ___ / ___ / ___
_________________________________
Anexo 5
Documentos estudo piloto _ Agentes educativos
Documentos estudo piloto _ Director Questionรกrio sรณcio-demogrรกfico Consentimento informado Guiรฃo de entrevista
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO _ ESTUDO PILOTO _ Director Código director: ______________________ Código aluno: ______________________ Código professor: ______________________ Código director: ______________________
Data de recolha ___/___/_____; Entrevistador:___________________
1 – Data de Nascimento ____/____/________; 2 – Género:
Masculino:
□
Feminino:
□
3 – Estado civil: Solteiro(a)
□ Casado(a)/União de facto □ Divorciado(a)/Separação de facto □; Viúvo(a) □
4 – Habilitações literárias:
□ Licenciatura □ Mestrado □ Doutoramento □ Outro □ ________________; 5 – Área: Ciências e tecnologias □ Artes visuais □ Línguas e humanidades □ Ciências Sócio-económicas □ 6 – Anos de direcção: Menos de 1 ano □ 1 ano □ 2 anos □ 3 anos □ Mais de 3 anos □ Bacharelato
7 – Ocupação dos tempos livres:
□ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Artísticas □ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Outras ocupações □ Leitura □ Televisão □ Cinema □ Internet □ Outra: _______________ Desportivas
8 – Naturalidade: Portuguesa
□ Outra □ ;
9 – Nacionalidade: Portuguesa
10 – Concelho de Residência: ____________________; Cidade
□
Vila
□
□ Outra □ Aldeia
□
11 – Local: Bairro residencial
□
Rua Comercial
□
Bairro operário
□
Bairro Social
□
12 – Habitação:
□
Moradia
□
Apartamento
□
Barraca
□
Quinta
13 – Estado de conservação da habitação: Bem conservada
□
Deteriorada
□ Mau estado □
□ Lucros de empresas □ Salário □ Tipo ? Mensal □ Semanal □ Diário □ Tarefa □ Subsídio □ Tipo ? Estatal □ Privado □
14 – Tipo de rendimento: Herança
1
15 - Agregado Familiar: Grau de parentesco
Idade
Habilitações Literárias
Situação profissional
Profissão
□ Sim □ Se sim, qual a relação? Familiar 1º grau □ Outro familiar □ Amigo □ Outro □ __________ 16 – Conhece alguém com uma doença mental? Não
Observações: __________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________
2
CONSENTIMENTO INFORMADO _ DIRECTOR
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a minha participação no mesmo: 1. Preencher a uma ficha sociodemográfica (com alguns dados como a idade e a profissão), sendo que em momento algum será registado o meu nome/ identificação; 2. Responder a um questionário breve sobre saúde/ doença mental; 3. Responder a uma entrevista em que serão discutidos os temas saúde/ doença mental. Fui informado que a entrevista será gravada (apenas o som). Foi-me assegurado que estes dados são totalmente anónimos e confidenciais. Foi-me dada oportunidade de esclarecer possíveis dúvidas sobre o projecto em questão. Além disso, foi-me afirmado que tenho o direito de recusar a qualquer momento a minha participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo. Por isso, consinto participar neste projecto. Data: ___ / ___ / ___ _________________________________
Guião de entrevista _ estudo piloto _ DIRECTOR
1. Como reagiu ao convite para falar sobre o tema saúde mental? 2. O que entende por perturbação mental? Que imagem/palavra associa à perturbação mental/a uma pessoa com perturbação mental? Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma perturbação mental? Existe diferença entre uma deficiência mental e uma perturbação mental? Que perturbações mentais conhece? Como caracterizaria uma pessoa com perturbação mental (sinais/ sintomas)? É possível perceber que determinada pessoa tem uma perturbação mental? Se sim, de que forma? Existem outras formas de chamar a perturbação mental (designações)? 3. Existem causas para a perturbação mental? Se sim, quais? De onde “vem” a perturbação mental? O que é que provoca uma perturbação mental? 4. Quem acha que está em risco de desenvolver uma perturbação mental? Há pessoas que correm mais risco de terem uma perturbação mental? Que tipo de) situação(ões) põe(m) uma pessoa em risco? 5.
Qual o impacto da perturbação mental? Como a perturbação mental interfere na vida? Tem consequências?
1
Explorar áreas (não induzir): no dia-a-dia da pessoa? Se sim, de que
forma?; na família e nos amigos? Se sim, de que forma?; na escola (e.g. sala de aula)? Se sim, de que forma? No trabalho? 6. Quem faz o diagnóstico de uma perturbação mental? 7. Existe(m) tratamento(s) para uma pessoa com perturbação mental? Se sim, qual/quais? Funciona(m)? Como acha que as pessoas podem ser ajudadas? De que forma? Quem pode ajudar? 8. Qual o prognóstico da pessoa com perturbação mental? O que acha que acontece ao longo do tempo? O que acha que acontece às pessoas que se tratam/não se tratam? E se for tratada? De que forma imaginam essa pessoa no futuro? 9. Existe uma cura para a perturbação mental? Sim. Para todas? Não. Para nenhuma? 10. Se se apercebesse de alteração de comportamento de uma pessoa com quem se relaciona, como reagiria (comportar/sentir/pensar)? 11. Como reagiria se fosse diagnosticada uma perturbação mental a um colega seu (comportar/sentir/pensar)? 12. O que entende por saúde mental/ bem-estar? Qual é a ideia que tem sobre saúde mental? 13. Do que é que acha que depende a nossa saúde mental / bem-estar? É possível promover a saúde mental (a nossa e/ ou a dos outros)? Se sim, como? Quem é que pode contribuir para a promoção da nossa saúde mental?
2
14. Alguma vez contactou com informação sobre saúde/ perturbação mental? Considera possuir informação suficiente sobre saúde/ perturbação mental? Se sim, de que forma a adquiriu? 15. Considera ser importante promover a saúde mental nas escolas? Acha que os adolescentes estão devidamente informados sobre saúde mental/ perturbação mental? Considera que seria pertinente a inclusão de mais informações acerca da promoção da saúde mental e prevenção da perturbação mental a nível curricular? 16. Alguma vez participou ou tomou conhecimento de algum programa de promoção da saúde mental? Se sim, o que achou? 17. Alguma vez foi realizado algum programa de promoção de saúde mental no Colégio Nossa Senhora do Rosário (CNSR)? 18. Se no CNSR fosse implementado um programa de promoção de saúde mental: O que achava? Gostaria de participar? O que achava que deveria ser feito? Quem deveria participar? 19. Há mais alguma coisa que gostasse de dizer?
3
Documentos estudo piloto _ Pais Questionário sócio-demográfico Consentimento informado Questionário breve Guião grupo de discussão
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO _ ESTUDO PILOTO _ Pais Código pai/mãe: ______________________ Código aluno: ______________________ Código professor: ______________________ Código director: ______________________
Data de recolha ___/___/_____; Entrevistador:___________________
1 – Data de Nascimento ____/____/________; 2 – Género:
Masculino:
□
Feminino:
□
3 – Estado civil: Solteiro(a)
□ Casado(a)/União de facto □ Divorciado(a)/Separação de facto □; Viúvo(a) □
4 – Habilitações literárias:
□ 2º ciclo □ 3º ciclo □ Secundário □ Bacharelato □ Licenciatura □ Mestrado □ Doutoramento □ Outro □ ___________________________ 1º ciclo
5 – Situação Profissional: Empregado:
□
Desempregado:
□
6 – Profissão: _________________________________________________________________; 7 – Ocupação dos tempos livres:
□ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Artísticas □ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Outras ocupações □ Leitura □ Televisão □ Cinema □ Internet □ Outra: _______________ Desportivas
8 – Naturalidade: Portuguesa
□ Outra □ ;
9 – Nacionalidade: Portuguesa
10 – Concelho de Residência: ____________________; Cidade
□
Vila
□
□ Outra □ Aldeia
□
11 – Local: Bairro residencial
□
Rua Comercial
□
Bairro operário
□
Bairro Social
□
12 – Habitação:
□
Moradia
□
Apartamento
□
Barraca
□
Quinta
13 – Estado de conservação da habitação: Bem conservada
□
Deteriorada
□ Mau estado □
□ Lucros de empresas □ Salário □ Tipo ? Mensal □ Semanal □ Diário □ Tarefa □ Subsídio □ Tipo ? Estatal □ Privado □
14 – Tipo de rendimento: Herança
1
15 - Agregado Familiar: Grau de parentesco
Idade
Habilitações Literárias
Situação profissional
Profissão
□ Sim □ Se sim, qual a relação? Familiar 1º grau □ Outro familiar □ Amigo □ Outro □ __________ 16 – Conhece alguém com uma doença mental? Não
Observações: __________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________
2
CONSENTIMENTO INFORMADO _ PAIS
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a minha participação no mesmo: 1. Preencher a uma ficha sociodemográfica (com alguns dados como a idade e a profissão), sendo que em momento algum será registado o meu nome/ identificação; 2. Responder a um questionário breve sobre saúde/ doença mental; 3. Participar num grupo, juntamente com outros encarregados de educação, em que serão discutidos os temas saúde/ doença mental. Fui informado que a discussão em grupo será gravada (apenas o som). Foi-me assegurado que estes dados são totalmente anónimos e confidenciais. Foi-me dada oportunidade de esclarecer possíveis dúvidas sobre o projecto em questão. Além disso, foi-me afirmado que tenho o direito de recusar a qualquer momento a minha participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo. Por isso, consinto participar neste projecto. Data: ___ / ___ / ___ _________________________________
Questionário breve_ estudo piloto _ PAIS 1. Que imagem/palavra associa à doença mental/pessoa com doença mental? ___________________ ___________________________________________________________________________________ 2. Que doenças mentais conhece? _____________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 3. Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma doença mental? ____________________ ___________________________________________________________________________________ 4. O que é que provoca uma doença mental? ______________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 5. Há pessoas que correm mais risco de desenvolver uma doença mental? ______________________ ___________________________________________________________________________________ 6. De que forma é que a doença mental interfere na vida? ____________________________________ ___________________________________________________________________________________ 7. Existe(m) tratamento(s) para as doenças mentais? ________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 8. Existe uma cura para a doença mental? ________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 9. Acha que possui informação suficiente sobre saúde/ doença mental? _________________________ ___________________________________________________________________________________ 10. Se na escola do seu filho fosse criado um programa de promoção de saúde mental: O que achava? _______________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Gostaria que o seu filho participasse? ______________________________________________ ___________________________________________________________________________________
Guião focus group _ estudo piloto _ PAIS
Breve apresentação: Somos investigadoras de um projecto chamado “Upa faz a diferença” que tem como objectivo perceber que ideias têm sobre o tema mental. Agradecer a presença de todos. Breve apresentação dos pais (nome, idade, profissão) e colocação dos crachás. Retomam o início e reforçam o consentimento informado: explicam que não há respostas certas ou erradas; todas as ideias são interessantes; não precisam de concordar uns com os outros, quanto mais ideias surgirem melhor; falem na vossa linguagem; quantos investigadores somos (6); os dados são anónimos e confidenciais, depois de transcritos passam a ter um número/código e deixam de existir nomes; Regra: é muito importante não falar ao mesmo tempo. Assinatura do consentimento informado. Explicam o que vai ser feito: 1. Preenchimento do questionário breve – para se centrarem no tema 2. Discussão em grupo
1
Devolver as perguntas O que acha? O que o resto do grupo acha? Essa ideia é interessante, quer falar um pouco sobre isso? Quer explicar melhor essa sua ideia?
Ter sempre em mente os objectivos do trabalho: explorar os conhecimentos que os pais têm sobre saúde mental/ levantamento de mitos e crenças em relação às perturbações mentais, barreiras 2ª moderadora: fazer registo sempre que adequado na folha de registo No final: reunirem as duas moderadoras e fazem uma análise crítica sobre a discussão (como correu, impressões, contextualizações, alguém dominante, tipo de grupo….)
2
QUEBRA GELO/ QUESTÃO DE PARTIDA: Como reagiram ao convite para falar sobre o tema saúde mental? Como
reagiram ao convite de participar neste grupo? EXPERIÊNCIAS
Curiosidade
PESSOAIS
Interesse
O que é?
Desinteresse
O que significa?
Giro ….
O nosso objectivo é apreendermos as experiências/ Vivências dos
Sinais/ Comportamento
Percepção/Descrição de casos, situações Na sua opinião? Permite criar conforto, espaço para que cada um dê a sua opinião
Causas/Riscos
Impacto
e.g Como se percebe que alguém tem uma perturbação mental
e.g. De onde vem? O que pode provocar? Há pessoas que correm mais riscos? Que tipo de situações? e.g. Como interfere na vida? Tem consequências? O que se pode fazer?
jovens Tratamento/Prognóstico e.g. Como podem ser ajudados? Intenções comportamentais e.g. Como reagiriam?
Saúde mental Do que depende?
Avaliação de necessidades e balanço da discussão
3
TEMAS 1. Definição perturbação mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos pais queremos que respondam O que entendem por Que imagem/palavra perturbação mental? associam à perturbação mental/pessoa com perturbação mental? [Conhecem alguém que tenha uma perturbação mental? (sexo, idade…)] Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma perturbação mental?
Pistas Como é que se percebe que alguém tem uma perturbação mental? (Como caracterizariam uma pessoa com perturbação mental?) Que perturbações mentais conhecem? Existem outras formas de chamar a perturbação mental (designações)? Conhece alguém com perturbação mental? Se sim, sentem que essa convivência mudou a sua visão acerca da saúde/ perturbação mental?
2. Causas e Riscos na perturbação Existem causas para a De onde “vem” a perturbação mental perturbação mental? mental? O que é que provoca uma perturbação mental? Quem está em risco de Há pessoas que correm mais risco desenvolver uma de terem uma perturbação perturbação mental? mental? Que tipo de) situação(ões) põe(m) uma pessoa em risco? 3. Impacto da perturbação mental Qual o impacto da Como a perturbação mental Tem impacto na família e nos amigos? perturbação mental? interfere na vida? Se sim, de que forma? Tem impacto no trabalho? Tem consequências? Se sim, de que forma?
4
TEMAS 4. Tratamento/Prognóstico perturbação mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos pais Pistas queremos que respondam da Existe(m) tratamento(s) Como acham que as pessoas podem De que forma? para as perturbações ser ajudadas? Resposta: Com medicamentos … é o único mentais? tratamento? Quem pode ajudar? Qual o prognóstico da O que acham que acontece ao longo Caso tenha sido falado de tratamento pessoa com perturbação do tempo? na pergunta anterior: O que acham que mental? acontece às pessoas que se tratam/não se tratam? E se for tratada? De que forma imaginam essa pessoa no futuro? Existe uma cura para a Existe uma cura para a perturbação perturbação mental? mental?
5. Intenção comportamental
Sim. Para todas? Não. Para nenhuma?
Se se apercebessem de Como se comportariam? Sentiriam? alteração de comportamento de uma Pensariam? pessoa com quem se relacionam, o que fariam? (e.g. familiar) E se fosse diagnosticada uma perturbação mental a uma pessoa com quem vocês se relacionam (e.g. familiar), como reagiriam?
5
TEMAS 5. Intenção comportamental (continuação)
6. Definição saúde mental
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos pais que
Pistas
Se no vosso trabalho existisse Como se comportariam? Sentiriam? uma pessoa com perturbação mental, Pensariam? o que achariam se ela fizesse parte da vossa equipa de trabalho, como reagiriam? Como reagiriam se descobrisse que tinha sido diagnosticada uma perturbação mental a um professor de um filho seu? [E se vos fosse diagnosticada uma perturbação mental?] O que entendem por Qual é a ideia que têm sobre saúde Resposta: É uma pessoa que não tem saúde mental/ bem- mental? perturbação. estar? Como é que ela é? Que imagem tem de alguém que tem saúde mental? Como elas se sentem? Como se relacionam os outros? O que fazem? Que características têm as pessoas que tem saúde mental /bem-estar? O que vos faz sentir bem? O que faz quando não se sente bem? O que é que as pessoas com saúde mental/ bem-estar fazem?
6
TEMAS 7. Promoção de saúde mental
8. Levantamento de necessidades
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos pais queremos que respondam Do que é que acham que Do que é que acham que depende a depende a nossa saúde nossa saúde mental / bem-estar? mental/ bem-estar? É possível promover a nossa saúde mental?
Pistas
Alguma vez contactaram Alguma vez contactaram com com informação sobre informação sobre saúde/ perturbação saúde mental / mental? perturbações mentais? Consideram possuir Consideram possuir informação informação suficiente suficiente sobre saúde mental/ sobre saúde mental/ perturbações mentais? perturbações mentais? Alguma vez o(s) vosso(s) filho(s) lhe colocou(aram) alguma questão sobre saúde mental/ perturbações mentais? Acham que os adolescentes estão Consideram ser devidamente informados sobre importante promover a questões relacionadas com saúde saúde mental nas mental/ perturbações mentais? escolas? Consideram que seria pertinente a inclusão de mais informações acerca da promoção da saúde mental e prevenção da perturbação mental a nível curricular?
Depende do próprio? Dos que estão à sua volta? Se sim, como?
Se sim, onde? Que tipo de informação?
Se sim, de que forma a adquiriram? Sentem necessidade de saber algo mais sobre este tema? Se sim, o quê?
Se sim, o que sentiram?
7
TEMAS 8. Levantamento de necessidades (continuação)
9. Em aberto
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos pais que
Alguma vez participaram Alguma vez participaram ou tomaram ou tomaram conhecimento sobre algum programa conhecimento sobre de promoção da saúde mental? algum programa de promoção da saúde mental? Se na escola do seu filho Se na escola do seu filho fosse criado fosse criado um um programa de promoção de saúde programa de promoção mental, o que achavam? de saúde mental, o que achavam? Há mais alguma coisa que gostassem de dizer?
Pistas
Se sim, o que acharam? O que acharam deste grupo?
Gostariam que os vossos filhos participassem? O que achavam que deveria ser feito? Quem deveria participar neste tipo de programas?
8
Documentos estudo piloto _ Professores Questionário sócio-demográfico Consentimento informado Questionário breve Guião grupo de discussão
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO PILOTO _ Professores Código professor: ______________________ Código aluno: ______________________ Código professor: ______________________ Código director: ______________________
Data de recolha ___/___/_____; Entrevistador:___________________
1 – Data de Nascimento ____/____/________; 2 – Género:
Masculino:
□
Feminino:
□
3 – Estado civil: Solteiro(a)
□ Casado(a)/União de facto □ Divorciado(a)/Separação de facto □; Viúvo(a) □
4 – Habilitações literárias: Bacharelato 5 – Área:
□ Licenciatura □ Mestrado □ Doutoramento □ Outro □ ________________; Ciências e tecnologias □ Artes visuais □ Línguas e humanidades □ Ciências Sócio-económicas □
6 – Ocupação dos tempos livres:
□ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Artísticas □ Regularidade: 1x semana □ 2x semana □ +2x semana □ Outras ocupações □ Leitura □ Televisão □ Cinema □ Internet □ Outra: _______________ Desportivas
7 – Naturalidade: Portuguesa
□ Outra □ ;
8 – Nacionalidade: Portuguesa
9 – Concelho de Residência: ____________________; Cidade
□
Vila
□
□ Outra □ Aldeia
□
10 – Local: Bairro residencial
□
Rua Comercial
□
Bairro operário
□
Bairro Social
□
11 – Habitação:
□
Moradia
□
Apartamento
□
Barraca
□
Quinta
12 – Estado de conservação da habitação: Bem conservada
□
Deteriorada
□ Mau estado □
□ Lucros de empresas □ Salário □ Tipo ? Mensal □ Semanal □ Diário □ Tarefa □ Subsídio □ Tipo ? Estatal □ Privado □
13 – Tipo de rendimento: Herança
1
14 - Agregado Familiar: Grau de parentesco
Idade
Habilitações Literárias
Situação profissional
Profissão
□ Sim □ Se sim, qual a relação? Familiar 1º grau □ Outro familiar □ Amigo □ Outro □ __________ 15 – Conhece alguém com uma doença mental? Não
Observações: __________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________
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CONSENTIMENTO INFORMADO _ PROFESSORES
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a minha participação no mesmo: 1. Preencher a uma ficha sociodemográfica (com alguns dados como a idade e a profissão), sendo que em momento algum será registado o meu nome/ identificação; 2. Responder a um questionário breve sobre saúde/ doença mental; 3. Participar num grupo, juntamente com outros professores, em que serão discutidos os temas saúde/ doença mental. Fui informado que a discussão em grupo será gravada (apenas o som). Foi-me assegurado que estes dados são totalmente anónimos e confidenciais. Foi-me dada oportunidade de esclarecer possíveis dúvidas sobre o projecto em questão. Além disso, foi-me afirmado que tenho o direito de recusar a qualquer momento a minha participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo. Por isso, consinto participar neste projecto. Data: ___ / ___ / ___ _________________________________
Questionário breve_ estudo piloto _ PROFESSORES 1. Que imagem/palavra associa à doença mental/pessoa com doença mental? ___________________ ___________________________________________________________________________________ 2. Que doenças mentais conhece? _____________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 3. Existe diferença entre uma doença física (e.g. gripe) e uma doença mental? ____________________ ___________________________________________________________________________________ 4. O que é que provoca uma doença mental? ______________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 5. Há pessoas que correm mais risco de desenvolver uma doença mental? ______________________ ___________________________________________________________________________________ 6. De que forma é que a doença mental interfere na vida? ____________________________________ ___________________________________________________________________________________ 7. Existe(m) tratamento(s) para as doenças mentais? ________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 8. Existe uma cura para a doença mental? ________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 9. Acha que possui informação suficiente sobre saúde/ doença mental? _________________________ ___________________________________________________________________________________ 10. Se na escola onde trabalha fosse criado um programa de promoção de saúde mental: O que achava? _______________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Gostaria de participar? __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________
Guião focus group _ estudo piloto _ PROFESSORES
Breve apresentação: Somos investigadoras de um projecto chamado “Upa faz a diferença” que tem como objectivo perceber que ideias têm sobre o tema saúde mental. Agradecer a presença de todos Breve apresentação dos pais (nome, idade, profissão) e colocação dos crachás. Retomam o início e reforçam o consentimento informado: explicam que não há respostas certas ou erradas; todas as ideias são interessantes; não precisam de concordar uns com os outros, quanto mais ideias surgirem melhor; falem na vossa linguagem; quantos investigadores somos (6); os dados são anónimos e confidenciais, depois de transcritos passam a ter um número/código e deixam de existir nomes; Regra: é muito importante não falar ao mesmo tempo. Assinatura do consentimento informado. Explicam o que vai ser feito: 1. Preenchimento do questionário breve – para se centrarem no tema 2. Discussão em grupo
1
Devolver a perguntas O que acha? O que o resto do grupo acha? Essa ideia é interessante, quer falar um pouco sobre isso? Quer explicar melhor essa sua ideia?
Ter sempre em mente os objectivos do trabalho: explorar os conhecimentos que os professores têm sobre o tema saúde mental/levantamento de mitos e crenças relativas às perturbações mentais, barreiras 2ª moderadora: fazer registo sempre que adequado na folha de registo (a ser enviada) No final: reunirem as duas moderadoras e fazem uma análise crítica sobre a discussão (como correu, impressões, contextualizações, alguém dominante, tipo de grupo….)
2
QUEBRA GELO/QUESTÃO DE PARTIDA: Como reagiram ao convite para falar sobre o tema saúde mental? Como reagiram ao convite de participar neste grupo? EXPERIÊNCIAS Curiosidade
PESSOAIS
Interesse
O que é?
Desinteresse
O que significa?
Giro ….
O nosso objectivo é apreendermos as experiências/ Vivências dos
Sinais/ Comportamento
Percepção/Descrição de casos, situações Na sua opinião? Permite criar conforto, espaço para que cada um dê a sua opinião
Causas/Riscos
Impacto
e.g Como se percebe que alguém tem uma perturbação mental
e.g. De onde vem? O que pode provocar? Há pessoas que correm mais riscos? Que tipo de situações? e.g. Como interfere na vida? Tem consequências? O que se pode fazer?
jovens Tratamento/Prognóstico e.g. Como podem ser ajudados? Intenções comportamentais e.g. Como reagiriam?
Saúde mental
Do que depende?
Avaliação de necessidades e balanço da discussão
3
TEMAS 1. Definição perturbação mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos queremos que professores respondam O que entende por Que imagem/palavra perturbação mental? associam à perturbação mental/pessoa com perturbação mental?
Pistas
Como é que se percebe que alguém tem uma perturbação mental? (Como caracterizariam uma pessoa com perturbação mental?) Que perturbações mentais conhecem? Existem outras formas de chamar a [Conhecem alguém que tenha perturbação mental (designações)? uma perturbação mental? (sexo, Se sim, sentem que essa convivência idade…)] mudou a vossa visão acerca da saúde/ Existe diferença entre uma perturbação mental? perturbação física (e.g. gripe) e uma perturbação mental?
2. Causas e Riscos na perturbação Existem causas para a De onde “vem” a perturbação mental perturbação mental? mental? O que é que provoca uma perturbação mental? Quem está em risco de Há pessoas que correm mais risco desenvolver uma de terem uma perturbação perturbação mental? mental? Que tipo de) situação(ões) põe uma pessoa em risco? 3. Impacto da perturbação mental Qual o impacto da Como a perturbação mental Tem impacto na família e nos amigos? perturbação mental? interfere na vida? Se sim, de que forma? Tem impacto no trabalho? Tem consequências? Se sim, de que forma?
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TEMAS 4. Tratamento/Prognóstico perturbação mental
Pergunta a que QUESTÕES a colocar aos professores queremos que respondam da Existe(m) tratamento(s) Como acham que as pessoas podem para as perturbações ser ajudadas? mentais?
Pistas
De que forma? Resposta: Com medicamentos … é o único tratamento? Quem pode ajudar? Qual o prognóstico da O que acham que acontece ao longo Caso tenha sido falado de tratamento pessoa com perturbação do tempo? na pergunta anterior: O que acham que mental? acontece às pessoas que se tratam/não se tratam? E se for tratada? De que forma imaginam essa pessoa no futuro? Existe uma cura para a Existe uma cura para a perturbação perturbação mental? mental?
5. Intenção comportamental
Sim. Para todas? Não. Para nenhuma?
Se se apercebessem de Como se comportariam? Sentiriam? alteração de comportamento de uma Pensariam? pessoa com quem se relacionam, o que fariam? (e.g. familiar) E se fosse diagnosticada a uma pessoa com quem vocês se relacionam (e.g. familiar)? Como reagiriam se descobrisse que tinha sido diagnosticada uma perturbação mental a um colega vosso?
5
TEMAS 5. Intenção comportamental (continuação)
6. Definição saúde mental
7. Promoção de saúde mental
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos professores que
Pistas
Como reagiriam se fosse Como se comportariam? Sentiriam? diagnosticada uma perturbação Pensariam? mental a um aluno vosso? [E se vos fosse diagnosticada uma perturbação mental?] O que entendem por Qual é a ideia que têm sobre saúde Resposta: É uma pessoa que não tem saúde mental/ bem- mental? perturbação. estar? Como é que ela é? Que imagem têm de alguém que tem saúde mental? Como elas se sentem? Como se relacionam os outros? O que fazem? Que características têm as pessoas que tem saúde mental /bem-estar? O que vos faz sentir bem? O que fazem quando não se sentem bem? O que é que as pessoas com saúde mental/ bem-estar fazem? Do que é que acham que Do que é que acham que depende a Depende do próprio? depende a nossa saúde nossa saúde mental / bem-estar? Dos que estão à sua volta? mental / bem-estar? É possível promover a nossa saúde Se sim, como? mental?
6
TEMAS 8. Levantamento de necessidades
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos professores que
Pistas
Alguma vez contactaram Alguma vez contactaram com com informação sobre informação sobre saúde mental/ saúde mental/ perturbações mentais? perturbações mentais? Consideram possuir Consideram possuir informação informação suficiente suficiente sobre saúde mental/ sobre saúde mental/ perturbação mental? perturbação mental? Alguma vez, numa aula, um aluno vos colocou alguma questão sobre saúde mental/ perturbações mentais? Acham que os adolescentes estão Consideram ser devidamente informados acerca da importante promover a saúde mental/ perturbações mentais? saúde mental nas escolas? Consideram que seria pertinente a inclusão de mais informações acerca da promoção da saúde mental e prevenção da perturbação mental a nível curricular?
Se sim, onde? Que tipo de informação?
Se sim, de que forma a adquiriram? Sentem necessidade de saber algo mais sobre este tema? Se sim, o quê?
Alguma vez participaram Alguma vez participaram ou tomaram ou tomaram conhecimento de algum programa de conhecimento de algum promoção da saúde mental? programa de promoção da saúde mental?
Se sim, o que sentiram?
Se sim, o que acharam? O que acharam deste grupo?
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TEMAS 8. Levantamento de necessidades (continuação)
9. Em aberto
Pergunta queremos respondam
a
que QUESTÕES a colocar aos professores que
Se na escola onde Se na escola onde trabalham fosse trabalham fosse criado criado um programa de promoção de um programa de saúde mental, o que achavam? promoção de saúde mental, o que achavam? Há mais alguma coisa que gostassem de dizer?
Pistas
Gostariam de participar? O que achavam que deveria ser feito? Quem deveria participar neste tipo de programas?
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Anexo 6
Autorização do Ministério da Educação (Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular; DGIDC)
MIME - Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar
Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar Início » Consultar inquéritos » Ficha de inquérito
Identificação da Entidade / Interlocutor Nome da entidade: ENCONTRARSE - ASSOCIAÇÃO DE APOIO ÀS PESSOAS COM DOENÇA MENTAL GRAVE Nome do Interlocutor: Maria Luísa B. P. Coelho Vieira de Campos E-mail do interlocutor: mcampos@porto.ucp.pt Dados do Inquérito Número de registo: 0063500001 Designação: O UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL- ESTUDO PILOTO Descrição: A organização mundial de saúde (OMS) define saúde como um estado de bem-estar físico, mental e social, total, e não apenas a ausência de doença, ou de incapacidade (OMS, 1948). A saúde mental é fundamental para a realização intelectual e emocional, bem como para uma adequada integração na escola, no trabalho e na sociedade. Em contrapartida, a doença mental impõe perdas e sobrecargas aos cidadãos e aos sistemas sociais, bem como múltiplos custos. Sabe-se hoje que 1 em cada 5 adolescentes irá passar pela experiência de um problema psicológico significativo durante a escolaridade, e muitos mais irão ter problemas psicossociais que vão interferir no seu funcionamento a diferentes níveis. Os adolescentes devem ser vistos como um grupo-alvo prioritário para iniciativas de sensibilização/ informação sobre saúde mental, bem como em programas anti-estigma, não só pelo risco natural de virem a desenvolver uma doença mental, como também pela necessidade de preparar uma sociedade futura mais informada, humana e saudável. É neste contexto que se tem assistido ao desenvolvimento de intervenções destinadas a promover a saúde mental e bem-estar dos jovens (Wyn, Cahill, Holdworth, Rowling & Carson, 2000; Schulze, Richter-Werling, Matchinger & Angermeyer, 2003; Patton, Glover, Bond, Butler, Godfrey, Di Pietro & Bowes, 2000), diminuir o estigma associado à doença mental no intuito de promover o pedido de ajuda se necessário (Schulze, Richter-Werling, Matchinger & Angermeyer, 2003; Pinfold, Toulmin, Thornicroft, Huxley, Farmer & Graham, 2003; Pinfold, Stuart, Thornocroft & Arboleda-Flórez, 2005; Stuart, 2006) e, ainda, aumentar a mental health literacy (Pinfold, Stuart, Thornocroft & Arboleda-Flórez, 2005), ou seja, os conhecimentos sobre saúde mental, estratégia muito utilizada no âmbito destas intervenções. O conceito mental health literacy foi utilizado pela primeira vez por Jorm, Korten, Jacomb, Christensen, Rodgers & Pollit (1997) para definir os conhecimentos e crenças acerca da doença mental que ajudam no seu reconhecimento, gestão e prevenção. Mental health literacy inclui a capacidade de reconhecer problemas específicos, procurar informações sobre as doenças mentais, conhecer os factores de risco e causas da doença mental, as formas de autoajuda, e ainda os tipos de ajuda profissional existentes, bem como atitudes que promovem o reconhecimento e procura de ajuda adequada. Neste sentido, promover o conhecimento relativos à saúde / doença mental deve ser encarado como uma prioridade, já que, do ponto de vista clínico, a procura atempada de ajuda é crucial. Do exposto, neste estudo piloto, pretendemos construir um questionário que avalie os conhecimentos dos alunos do ensino secundário (15 aos 18 anos) sobre saúde / doença mental. A construção de um questionário fiável e válido permitirá o desenvolvimento de uma intervenção dirigida às necessidades específicas deste público-alvo, bem como a avaliação da sua eficácia. A metodologia definida para a construção do questionário compreende a realização de discussões em grupo – focus group - sobre as temáticas acima referidas. As discussões em grupo compreenderão dois momentos. Num 1º momento, os alunos, individualmente, preenchem uma ficha sociodemográfica e um questionário breve e, num 2º momento, é realizada a discussão em grupo propriamente dita. Objectivos: Avaliação dos conhecimentos de jovens, alunos do ensino secundário, acerca da saúde/ doença mental. Construção de um questionário de avaliação de conhecimentos, de jovens do ensino secundário (15 aos 18 anos), sobre os temas saúde / doença mental. Periodicidade: Pontual Data do inicio do período de recolha de dados: 14-10-2009 Data do fim do período de recolha de dados: 31-12-2009
http://mime.gepe.min-edu.pt/Private/InqueritoConsultar.aspx?id=706 (1 of 2) [31-05-2010 15:23:48]
ENCONTRARSE ASSOCIAÇÃO DE APOIO ÀS PESSOAS COM DOENÇA MENTAL GRAVE Sair Área reservada ●
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MIME - Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar
Universo: Alunos do ensino secundário Unidade de observação: 24 alunos do ensino secundário (8 alunos do 10º ano, 8 alunos do 11º ano e 8 alunos do 12º ano) Método de recolha de dados: Preenchimento de ficha sociodemográfica; Preenchimento de questionário breve; Discussão em grupos Inquérito registado no Sistema Estatístico Nacional: Não Inquérito aplicado pela entidade: Sim Instrumento de inquirição: 00635_200909301430_Documento1.doc (DOC - 1,30 MB) Nota metodológica: 00635_200909301430_Documento2.doc (DOC - 1,29 MB) Outros documentos: 00635_200909301430_Documento3.doc (DOC - 1,29 MB) Data de registo: 30-09-2009 Versão: 1 (1) Dados adicionais Estado: Aprovado Avaliação: Exma. Senhora Dra. Maria Luísa B. P. Coelho Vieira de Campos Venho por este meio informar que o pedido de realização de questionário em meio escolar é autorizado uma vez que, submetido a análise, cumpre os requisitos de qualidade técnica e metodológica para tal. Com os melhores cumprimentos Jesuína Ribeiro Subdirectora-Geral DGIDC Observações: Sem observações Outras observações: | Voltar | Versão 1 |
http://mime.gepe.min-edu.pt/Private/InqueritoConsultar.aspx?id=706 (2 of 2) [31-05-2010 15:23:48]
Anexo 7
Questionário UPA Faz a Diferença: Percepções de alunos face a problemas de saúde mental
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental Código aluno: |x|x|x|__|__|__|__|__|__| Formadores: _______________ / ______________ 1 – Data de Nascimento ____/____/________;
Código escola: ___________________ Data de Recolha: ___ / ___ / ____ 2 – Género:
□Masculino
□Feminino
□Solteiro(a) □Outro ___________________; 4 – Ocupação/ Profissão: □Estudante □Trabalhador-estudante: ___________________; 5 – Ano de escolaridade: □10º □11º □12º 6 – Já alguma vez repetiste um ano?: □Não □Sim □1vez □+1 vez 7 – Área: □Ciências e tecnologias □Artes visuais □Línguas e humanidades □Ciências sócio-económicas 3 – Estado civil:
8 – Ocupação dos tempos livres:
□Desportivas Regularidade: □1x semana □2x semana □+2x semana □Artísticas Regularidade: □1x semana □2x semana □+2x semana Outras ocupações: □Leitura □Televisão □Cinema □Internet Outra: _______________ 9 – Nacionalidade:
□Portuguesa □Outra □Cidade □Vila □Aldeia □Bom bairro residencial □Rua Comercial
10 – Concelho de Residência: ____________________;
□Bairro residencial luxuoso □Bairro operário □Bairro Social 12 – Conforto da habitação: □Casa ou andar luxuoso, espaçoso e com máximo de conforto □Casa ou andar bastante espaçoso e confortável □Casa ou andar modesto em bom estado de conservação □Casa, andar ou barraca impróprio. Coabitação de várias famílias 11 – Local:
□Herança □Lucro de empresas □Salário Tipo ? □Mensal □Semanal □Diário □Tarefa □Subsídio Tipo ? □Estatal □Privado 13 – Principal fonte de rendimento familiar:
1
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental 14 - Agregado Familiar. Em relação às pessoas com quem vives indica: Grau de Idade Habilitações Literárias Profissão (4º-12º ano; curso profissional, parentesco bacharelato, licenciatura, mestrado…)
Situação profissional (empregado, desempregado, reformado, subsídio…)
Pedimos-te agora alguns minutos para responderes às perguntas que seguem. Responde de forma sincera, sem te preocupares em responder “certo”. O objectivo desta avaliação é percebermos melhor o que as pessoas da tua idade sabem/não sabem sobre o tema da saúde mental. Obrigado.
2
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental I – No quadro que se segue encontras uma série de afirmações com as quais podes, ou não, concordar. Em relação a cada uma delas, indica o quanto concordas ou discordas, colocando uma X. Se não perceberes alguma das afirmações, pedimos-te que assinales, sublinhando. Discordo totalmente
Discordo
(0)
(1)
Não concordo, nem discordo (2)
Concordo
Concordo totalmente
(3)
(4)
1. As pessoas com uma perturbação mental afastam-se dos seus familiares. 2. Uma pessoa com uma perturbação mental pode, eventualmente, recuperar. 3. É difícil falar com uma pessoa com uma perturbação mental. 4. Uma pessoa com uma perturbação mental melhoraria se fosse tratada e apoiada. 5. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas socialmente. 6. As pessoas são, de forma geral, simpáticas e atenciosas com as pessoas que sofrem de perturbação mental. 7. As pessoas com uma perturbação mental afectam negativamente a vida das suas famílias. 8. Uma pessoa com perturbação mental sente o que todos nós, por vezes, sentimos. 9. As pessoas com uma perturbação mental afastam-se dos seus amigos. 10. O tratamento pode ajudar as pessoas com perturbação mental a terem vidas normais. 11. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas pelas suas famílias. 12. Qualquer pessoa pode ter, em algum momento da sua vida, uma perturbação mental. 13. Uma pessoa com uma perturbação mental é imprevisível. 14. Uma pessoa com uma perturbação mental pode ter o mesmo sucesso no trabalho que outra pessoa. 15. Uma pessoa com uma perturbação mental é a única culpada pela sua situação. 16. As pessoas com uma perturbação mental podem contribuir positivamente para a vida das suas famílias. 17. Uma pessoa com uma perturbação mental é violenta para com as outras pessoas. 18. Uma pessoa com uma perturbação mental, se quiser, pode recuperar. 19. As pessoas com uma perturbação mental são rejeitadas pelos seus amigos.
3
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental II. Esta parte refere-se ao conhecimento que tens sobre alguns problemas de saúde mental. 1. Da lista de problemas de saúde mental que se segue, identifica o grau de conhecimento que consideras ter em relação a cada um deles, colocando uma X. Não conheço (0) 1.
Depressão
2.
Perturbação Bipolar
3.
Fobias
4.
Perturbação de Pânico
5.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva
6.
Stress pós-traumático
7.
Perturbações de Personalidade
8.
Esquizofrenia
9.
Anorexia
10.
Bulimia
11.
Dependências
12.
Demência de Alzheimer
13.
Espectro do Autismo
14. Perturbação Disruptivas Comportamento e de Défice de Atenção
Conheço pouco (1)
Conheço razoavelmente (2)
Conheço bem (3)
Conheço muito bem (4)
do
4
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental
1. Assinala com uma X, a(s) causa(s) que consideras poderem estar associadas ao aparecimento de problemas de saúde mental. Poderás assinalar uma ou mais causas. Funcionamento Cerebral
Hereditariedade
Fragilidade Personalidade psicológica fraca pessoal (ex. baixa auto-estima)
Acontecimentos de vida negativos causadores de stress (ex. reprovação, divórcio dos pais)
Problemas familiares
Consumo drogas/álcool
Preguiça
Não sei
2. Assinala com uma X, a possibilidade de uma pessoa com problemas de saúde mental ter uma “vida como a das outras pessoas” (a estudar/trabalhar, constituir família, etc.)
0 Impossível
1
3
4 Possível
Provavelmente procuraria ajuda
Definitivamente procuraria ajuda
2
3. Se tivesses um problema de saúde mental, procurarias ajuda? (Assinala com uma X) Definitivamente não procuraria ajuda
Provavelmente não procuraria ajuda
Não sei
5
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental
4. Caso a tua resposta à pergunta anterior tenha sido afirmativa, que tipo de ajuda procurarias?
□ Procuraria ajuda dos meus pais □ Procuraria ajuda de outra pessoa □ Procuraria ajuda de um serviço □ Não sei
Quem? ________________ Qual? _________________
5. Conheces alguém que sofre/sofreu de um problema de saúde mental?
□
Sim
□ Não
□ Não sei
6. Caso tenhas respondido sim à pergunta anterior 5.1 Qual o problema de saúde mental? ____________________________________ 5.2 Qual a relação que tens com essa pessoa?
□ Eu próprio (a) □ Familiar 1º grau (mãe, pai, irmão/irmã) □ Outro familiar □ Amigo(a) □ Outra relação __________ 6
Questionário “UPA faz a diferença” Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental
7. Se conhecesses alguém próximo (familiar, amigo, colega) com um problema de saúde mental, irias ter com ele para o ajudar?
□ Sim
□ Não
□ Não sei
8. Antes de teres contacto com o projecto “UPA faz a diferença”, já conhecias: 8.1. O Movimento UPA 8.2. A ENCONTRAR+SE
□ Sim □ Sim
Não □ Não □
9. De que forma achas que podes contribuir para a promoção da saúde mental (tua e a dos outros)? ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________
7
Anexo 8
Ficha de avaliação da satisfação _ Alunos
UPA FAZ A DIFERENÇA – A minha opinião A tua opinião é de extrema importância para nós pois, só assim, poderemos melhorar futuras iniciativas junto de pessoas da tua idade. 1. Achaste importante falar-se sobre temas relativos à saúde mental?
Nada Pouco Mais ou menos Muito
Não tenho opinião
2. Achas importante que estes temas sejam abordados nas aulas?
Nada Pouco Mais ou menos Muito
Não tenho opinião
3. Qual a tua opinião sobre a forma como os temas foram abordados?
Não gostei Gostei pouco Gostei Gostei muito
Não tenho opinião
4. De uma forma geral, como avalias estas 2 sessões?
Mal Razoável Bem Muito bem
Não tenho opinião
5. Se pudesses voltar atrás, voltarias a participar nas sessões? Sim
Não
6. Recomendarias a um amigo que participasse? Sim
Não
7. Na tua opinião, o que deveria/ poderia ser melhorado? ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 8. Por favor, utiliza o espaço que se segue para deixar qualquer outro comentário que gostasses de fazer sobre este projecto. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________
Muito obrigada pela tua colaboração!
Anexo 9
Ficha de avaliação da satisfação _ Elementos da direcção das escolas
UPA FAZ A DIFERENÇA – Acções de sensibilização pró-saúde mental
Na sequência da implementação do projecto UPA Faz a Diferença, revela-se de elevada importância compreender a forma como, na sua opinião, decorreu todo o processo. Neste sentido, solicitamos o preenchimento e devolução do presente questionário, com o objectivo de melhorar futuras iniciativas. 1. Considera importante falar-se sobre temas relativos à saúde mental junto dos jovens?
Nada importante Pouco importante Mais ou menos importante Importante Muito importante
Não tenho opinião
2. Considera relevante que este tipo de acções seja realizado em contexto escolar?
Nada relevante Pouco relevante Mais ou menos relevante Importante Muito relevante
Não tenho opinião
3. Considera relevante que estes temas sejam abordados no período lectivo?
Nada relevante Pouco relevante Mais ou menos relevante Importante Muito relevante
Não tenho opinião
4. Qual o seu grau de satisfação relativamente à disponibilidade das formadoras, no que respeita à articulação com a escola?
Muito insatisfeito Insatisfeito Nem satisfeito, nem insatisfeito Satisfeito Muito satisfeito
Não tenho opinião
5. Após a participação nas sessões, como classifica o feedback dos alunos? Muito negativo Negativo Nem positivo, nem negativo Positivo Muito positivo Não recebi feedback
6. Se pudesse voltar atrás, receberia novamente o projecto UPA Faz a Diferença? Sim Não Não sei
6.1 Caso a sua resposta, à pergunta anterior, tenha sido negativa, por favor, indique a principal razão subjacente. _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________
UPA FAZ A DIFERENÇA – Acções de sensibilização pró-saúde mental
7. Recomendaria a um colega que recebesse o projecto UPA Faz a Diferença? Sim
Não
Não sei
7.1 Caso não tenha respondido afirmativamente à pergunta anterior, por favor, indique a principal razão subjacente. _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________
8. Na sua opinião, o que deveria/ poderia ter sido realizado de forma diferente? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________
9. Por favor, utilize o espaço seguinte para deixar qualquer outro comentário que gostasse de fazer sobre este projecto. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________
Muito obrigada pela sua colaboração!
Anexo 10
Ficha de avaliação da satisfação _ Professores interlocutores
UPA FAZ A DIFERENÇA – Acções de sensibilização pró-saúde mental
Na sequência da implementação do projecto UPA Faz a Diferença, revela-se de elevada importância compreender a forma como, na sua opinião, decorreu todo o processo. Neste sentido, solicitamos o preenchimento e devolução do presente questionário, com o objectivo de melhorar futuras iniciativas. 1. Considera importante falar-se sobre temas relativos à saúde mental junto dos jovens?
Nada importante Pouco importante Mais ou menos importante Importante Muito importante
Não tenho opinião
2. Considera relevante que este tipo de acções seja realizado em contexto escolar?
Nada relevante Pouco relevante Mais ou menos relevante Importante Muito relevante
Não tenho opinião
3. Considera relevante que estes temas sejam abordados no período lectivo?
Nada relevante Pouco relevante Mais ou menos relevante Importante Muito relevante
Não tenho opinião
4. Qual o seu grau de satisfação relativamente à disponibilidade das formadoras, no que respeita à articulação com a escola?
Muito insatisfeito Insatisfeito Nem satisfeito, nem insatisfeito Satisfeito Muito satisfeito
Não tenho opinião
5. Após a participação nas sessões, como classifica o feedback dos alunos? Muito negativo Negativo Nem positivo, nem negativo Positivo Muito positivo Não recebi feedback
6. Se pudesse voltar atrás, assumiria novamente o papel de interlocutor com o projecto UPA FAD? Sim Não Não sei
6.1 Caso a sua resposta, à pergunta anterior, tenha sido negativa, por favor, indique a principal razão subjacente. _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________
UPA FAZ A DIFERENÇA – Acções de sensibilização pró-saúde mental
7. Recomendaria a um colega que recebesse o projecto UPA Faz a Diferença? Sim
Não
Não sei
7.1 Caso não tenha respondido afirmativamente à pergunta anterior, por favor, indique a principal razão subjacente. _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________
8. Na sua opinião, o que deveria/ poderia ter sido realizado de forma diferente? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________
9. Por favor, utilize o espaço seguinte para deixar qualquer outro comentário que gostasse de fazer sobre este projecto. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________
Muito obrigada pela sua colaboração!
Anexo 11
Autorização do Ministério da Educação (Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular; DGIDC)
MIME - Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar
Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar Início » Consultar inquéritos » Ficha de inquérito
Identificação da Entidade / Interlocutor Nome da entidade: ENCONTRARSE - ASSOCIAÇÃO DE APOIO ÀS PESSOAS COM DOENÇA MENTAL GRAVE Nome do Interlocutor: Maria Luísa B. P. Coelho Vieira de Campos E-mail do interlocutor: upafazadiferenca@gmail.com Dados do Inquérito Número de registo: 0063500002 Designação: O UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL Descrição: No estudo Global Burden of Disease foi demonstrada a necessidade da doença mental ser assumida como uma preocupação local, nacional e global, sendo salientado que as perturbações mentais contribuem, aproximadamente, em 12% para o burden global da doença [1], prevendo-se que este valor atinja os 15% em 2020 [2]. Neste contexto, a saúde mental e o bem-estar psicológico de crianças e jovens tornou-se um tema prioritário. De acordo com o World Health Report 2001, pelo menos 1 em cada 5 jovens sofre de problemas de desenvolvimento, emocionais ou comportamentais [2], tornando-se a prevenção e o tratamento de tais dificuldades um dos maiores problemas de saúde pública [3], nomeadamente em Portugal. Diferentes países têm vindo a fomentar políticas específicas de desenvolvimento de serviços que satisfaçam as necessidades educacionais, de saúde e sociais de crianças e jovens, com o objectivo de promover a sua saúde mental e bem-estar psicológico [4]. Tem sido, assim, enfatizada a necessidade de se desenvolverem recursos a este nível, junto de adolescentes, jovens e adultos, destinados a promover o seu máximo potencial [3,4,5,6]. A importância deste “investimento” é suportada por investigação que demonstrou o papel protector do bem-estar psicológico, emocional e social face ao risco de desenvolvimento de problemas comportamentais, violência e crime, gravidez na adolescência e abuso de substâncias e álcool [7,8,9]; podendo, igualmente, contribuir para uma aprendizagem e realização académica efectivas, fundamentais para o bem-estar social e económico a longo-prazo [10]. O presente projecto baseia-se no conceito de “mental health literacy” [11] que integra seis componentes, considerados fundamentais numa primeira abordagem a esta temática: (1) capacidade de reconhecer perturbações específicas ou diferentes tipos de mal-estar psicológico; (2) conhecimento e crenças relativamente a factores de risco e causas; (3) conhecimento e crenças quanto a intervenções de auto-ajuda; (4) conhecimento e crenças em relação à ajuda profissional disponível; (5) atitudes que facilitam o reconhecimento e a procura de ajuda; (6) e, finalmente, o conhecimento relativo à obtenção de informação sobre saúde mental [11]. De acordo com a literatura, intervenções centradas na promoção de “mental health literacy” têm revelado possuir importantes vantagens ao nível da prevenção, do reconhecimento e da intervenção precoce, bem como da redução do estigma associado à perturbação mental [13,14,15]. Segundo Kelly, Jorm e Wright, sendo a escola um local privilegiado de acesso aos jovens, deverá ser o contexto privilegiado para o desenvolvimento de intervenções destinadas à promoção da “mental health literacy” [16]. Em Portugal, e apesar dos esforços do Ministério da Educação para assegurar que a área da saúde mental fosse integrada no currículo das escolas até 2007, até à data não se possui informação relativa à consecução deste objectivo. Por outro lado, tendo em conta as principais áreas prioritárias identificadas por este ministério, entre as quais a “prevenção da violência e bem-estar/saúde mental”, não é clara a forma como se pretendem tratar as questões da “sub-área” da “saúde mental” [10]. Neste contexto, considerando a escassez de estudos que utilizem uma intervenção sistematizada e instrumentos de avaliação válidos e fiáveis para avaliar a sua eficácia junto desta faixa etária, com este projecto pretendemos desenvolver e avaliar a eficácia de uma intervenção de promoção de “mental health literacy” e de redução de percepções estigmatizantes em relação à perturbação mental junto de jovens estudantes entre os 15 e os 18 anos. Neste sentido, seguindo uma metodologia do tipo pré-pós intervenção, pretende-se desenvolver acções de sensibilização pró-saúde mental em meio escolar, junto de jovens do 10º, 11º e 12º ano. Junto de cada turma serão desenvolvidas duas sessões com a duração de cerca de 2 horas cada uma, dinamizadas por duas psicólogas devidamente treinadas para o efeito. Para avaliação do impacto das acções serão contemplados dois momentos de avaliação (no início da primeira sessão e no final da segunda sessão) utilizando-se, para tal, o “Questionário UPA FAZ A DIFERENÇA. Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental”, construído durante a primeira fase deste projecto com base numa metodologia de grupos de discussão (focus group) de alunos, pais, professores e directores das escolas. Objectivos:
http://mime.gepe.min-edu.pt/Private/InqueritoConsultar.aspx?id=1595 (1 of 3) [31-05-2010 15:24:26]
ENCONTRARSE ASSOCIAÇÃO DE APOIO ÀS PESSOAS COM DOENÇA MENTAL GRAVE Sair Área reservada ●
Dados da entidade
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Instruções
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MIME - Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar
As acções de sensibilização pró-saúde mental têm como objectivo geral contribuir para o aumento do conhecimento sobre problemas de saúde mental num grupo de 500 jovens do ensino secundário no sentido de, por um lado incentivar a procura precoce de ajuda e diminuir atitudes estigmatizantes e discriminatórias e, por outro lado, sensibilizar para a necessidade de promoção de saúde mental. Neste sentido, os objectivos específicos deste projecto consistem em: (1) Avaliar os conhecimentos sobre problemas de saúde mental que alunos do ensino secundário possuem; (2) Realizar o levantamento de mitos e crenças sobre problemas de saúde mental junto de alunos do ensino secundário; (3) Transmitir informações sobre os principais sinais e sintomas de alerta para o risco de perturbação mental a um grupo de alunos do ensino secundário; (4) Divulgar o movimento UPA – Unidos para ajudar, cujo mote é “Levanta-te contra a discriminação da doença mental”, no sentido de sensibilizar para o impacto do auto/hetero-estigma e, por último, (5) Avaliar a eficácia da iniciativa e de necessidades futuras de intervenção. Mais especificamente, em cada uma das sessões, serão trabalhados os seguintes objectivos. 1ª primeira sessão 1) apresentar o projecto UPA FAZ A DIFERENÇA, os formadores e os participantes; 2) definir regras de funcionamento das acções de sensibilização; 3) aplicar o questionário “UPA FAZ A DIFERENÇA. Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental”, 4) explorar a vivência psíquica; 5) discutir sobre o que se entende por problemas de saúde mental; 6) compreender a fronteira entre saúde e doença/perturbação mental e, ainda, 7) identificar as causas e riscos na perturbação mental. 2ª sessão 1) explorar o impacto da doença/perturbação mental; 2) debater aspectos relacionados com o tratamento e prognóstico da doença/perturbação mental; 3) abordar as intenções comportamentais relativas aos problemas de saúde mental; 4) discutir o que se entende por saúde mental; 5) explorar as estratégias de promoção de saúde mental dos participantes; 6) promover comportamentos não estigmatizantes face às doenças/ perturbações mentais; e, por último, 7) aplicar o Questionário “UPA FAZ A DIFERENÇA. Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental”. Periodicidade: Pontual Data do inicio do período de recolha de dados: 01-09-2010 Data do fim do período de recolha de dados: 24-06-2011 Universo: 500 alunos do ensino secundário Unidade de observação: Alunos do ensino secundário (10º. 11º e 12º anos) Método de recolha de dados: Avaliação pré e pós-intervenção com o questionário “UPA FAZ A DIFERENÇA”. Conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental. Inquérito registado no Sistema Estatístico Nacional: Não Inquérito aplicado pela entidade: Sim Instrumento de inquirição: 00635_201005172216_Documento1.pdf (PDF - 134,12 KB) Nota metodológica: 00635_201005172216_Documento2.pdf (PDF - 68,79 KB) Outros documentos: Data de registo: 17-05-2010 Versão: 1 (1) Dados adicionais Estado: Aprovado Avaliação:
http://mime.gepe.min-edu.pt/Private/InqueritoConsultar.aspx?id=1595 (2 of 3) [31-05-2010 15:24:26]
MIME - Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar
Exmo(a). Senhor(a) Dr(a) Maria Luísa B. P. Coelho Vieira de Campos Venho por este meio informar que o pedido de realização de questionário em meio escolar é autorizado uma vez que, submetido a análise, cumpre os requisitos de qualidade técnica e metodológica para tal. Com os melhores cumprimentos Isabel Oliveira Directora de Serviços de Inovação Educativa DGIDC Observações: Considerando que a UPA faz referência à área prioritária da DGIDC, solicita-se o envio ao Núcleo de Educação para a Saúde e Acção Social escolar desta Direcção Geral o envio dos resultados que forem objecto de apuramento. Outras observações: Sem observações. | Voltar | Versão 1 |
http://mime.gepe.min-edu.pt/Private/InqueritoConsultar.aspx?id=1595 (3 of 3) [31-05-2010 15:24:26]
Anexo 12
Checklist de procedimentos de implementação das acções de sensibilização
UPA FAZ A DIFERENÇA ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL
Definição de procedimentos para implementação das acções de sensibilização
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO AOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO (1) Será entregue na escola-parceira todo o material necessário para que este pedido seja realizado. Neste sentido, aquando da realização da reunião de agendamento das acções, serão entregues nas escolas os seguintes documentos a enviar aos encarregados de educação: - Carta de apresentação do projecto, - Consentimento informado. (2) O envio das cartas e do consentimento informado aos encarregados de educação deverá ser assegurado pela escola/ professor (a definir na reunião; ver anexo). (3) O consentimento informado poderá ser devolvido ao director de turma/ professor responsável pelo UPA na escola/ turma (a definir na reunião; ver anexo). (4) A devolução dos mesmos deverá ser realizada até 2 semanas antes da data da 1ª sessão ou 1ª aplicação dos questionários.
N.B.: Tratando-se de alunos menores de idade, os alunos apenas poderão participar nas acções de sensibilização após os seus encarregados de educação terem assinado e devolvido o consentimento informado para tal.
PREPARAÇÃO DAS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO (1) Análise da possibilidade/ viabilidade de preenchimento prévio do questionário; (2) Definição de: - 3 Turmas de controlo e respectiva área (10º, 11º e 12º); - Disciplinas em que ocorrerão as recolhas de dados (inicial e final) das 3 turmas de controlo; - Número de alunos de cada turma de controlo; - Professores responsáveis pela entrega e recolha dos consentimentos informados das turmas de controlo; - Data e horários em que ocorrerão os 2 momentos de recolha de dados junto das turmas de controlo; - 3 Turmas que serão alvo da intervenção e respectiva área (10º, 11º e 12º); - Disciplinas em que ocorrerão as recolhas de dados (inicial e final) das turmas que serão alvo de intervenção; - Número de alunos de cada turma que participará nas sessões de sensibilização; - Professores responsáveis pela entrega e recolha dos consentimentos informados das turmas que serão alvo de intervenção; - Data e horários em que ocorrerão as 2 sessões de sensibilização;
2
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
- Interlocutor responsável pela reunião das condições necessárias na escola (e.g. sala, materiais necessários, recolha de todos os consentimentos previamente à 1ª sessão, mobilização dos alunos); (3) Necessidade de uma sala de aula comum; (4) Averiguação da possibilidade de ruído em salas adjacentes (e.g. educação musical); (5) Necessidade de um projector multimédia e local apropriado à projecção; (6) Necessidade de colunas stereo (2ª sessão); (7) Necessidade de uma mesa de apoio (para colocação do lanche).
Integração das acções de sensibilização (1) As acções de sensibilização deverão ser realizadas no âmbito das áreas curriculares (disciplinares), devendo ser enfatizada a obrigatoriedade de presença e permanência de todos os alunos durante as duas horas de cada sessão.
Realização das acções de sensibilização (1) Para além do consentimento informado dos encarregados de educação, também o consentimento informado dos alunos será solicitado no início da primeira sessão, (2) Será assegurado o lanche dos alunos, (3) A segunda sessão deverá ser realizada, impreterivelmente, uma semana após a primeira sessão.
Sinalização de alunos Caso, durante as sessões, seja identificado algum aluno que evidencie estar a experienciar problemas de saúde mental ou, caso a equipa do UPA seja contactada por algum dos alunos nesse sentido, após consentimento do mesmo, este será sinalizado ao serviço de psicologia da escola, caso exista. Caso a escola não possua este serviço ou não tenha disponibilidade para acompanhar o aluno em questão, este apoio poderá ser disponibilizado pela ENCONTRAR+SE, caso o aluno e os seus encarregados de educação assim desejem.
Turmas de controlo Terminado o período experimental, se as escolas assim o desejarem, as acções de sensibilização poderão ser implementadas junto das turmas de controlo. Esta decorrerá durante o 3º período do ano lectivo.
3
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Escola: ___________________________________________________________________ Morada: __________________________________________________________________ Interlocutor:______________________ Tlf:_____________ Email: ___________________
CONDIÇÕES DA ESCOLA
A escola tem serviço de psicologia?:
Sim
Não
Responsável: ________________________________________________
Local: ______________________________________________________
Horário de atendimento: _______________________________________
4
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA DE CONTROLO
Ano: 10º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Economia Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data do 1º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______ Data do 2º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
NOTAS: ________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
5
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA DE CONTROLO
Ano: 11º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Economia Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data do 1º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______ Data do 2º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
NOTAS: ________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
6
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA DE CONTROLO
Ano: 12º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Economia Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data do 1º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______ Data do 2º momento de aplicação dos questionários: ___ / ___ / ___ Horário: ______
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
NOTAS: ________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
7
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA PARTICIPANTE NAS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Ano: 10º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Economia
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data de aplicação do questionário: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 1ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 2ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
8
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Professor responsável pelo espaço e material: _______________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
Espaço:
Sala de aula
Anfiteatro
Outro
Qual? ____________
Material:
Projector
Tela para projecção
Caixote do lixo
Quadro
Colunas stereo
Tipo de quadro: ______________________
Mesa de apoio para lanche
NOTAS: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________
9
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA PARTICIPANTE NAS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Ano: 11º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Economia
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data de aplicação do questionário: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 1ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 2ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
10
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Professor responsável pelo espaço e material: _______________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
Espaço:
Sala de aula
Anfiteatro
Outro
Qual? ____________
Material:
Projector
Tela para projecção
Caixote do lixo
Quadro
Colunas stereo
Tipo de quadro: ______________________
Mesa de apoio para lanche
NOTAS: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________
11
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
TURMA PARTICIPANTE NAS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Ano: 12º
Turma: ____
Área:
Ciências e Tecnologias
Artes visuais
Línguas e Humanidades
Ciências socioeconómicas
Disciplina:
Área-projecto Biologia
Desenho
Economia
Educ. Física Educ. Moral e Religiosa
Espanhol
Filosofia
Físico-química
Geologia
Geometria
Geometria Descritiva
História
HST
Inglês
Matemática
Matemática aplicada às Ciências Socais
Português
Psicologia Sociologia
Literatura Portuguesa
Nº de alunos: ____
Data de aplicação do questionário: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 1ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___ Data da 2ª sessão: ___ / ___ / ___ Horário: ___h___ - ___h___
Professor responsável pelos CI:
Director de turma Outro ________________
Nome: ________________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
12
DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Professor responsável pelo espaço e material: _______________________________ Telefone: ______________________________ Email: ___________________________
Espaço:
Sala de aula
Anfiteatro
Outro
Qual? ____________
Material:
Projector
Tela para projecção
Caixote do lixo
Quadro
Colunas stereo
Tipo de quadro: ______________________
Mesa de apoio para lanche
NOTAS: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________
13
Anexo 13
Consentimento informado _ Encarregados de educação
CONSENTIMENTO INFORMADO _ ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a participação do meu educando no mesmo: 1. Preencher um questionário breve sobre conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental, totalmente anónimo e confidencial, precedido de alguns dados sócio-demográficos como a idade e o ano de escolaridade, sendo que em momento algum será registado o seu nome/ identificação; 2. Participar em 2 acções de sensibilização sobre questões de saúde mental, com a duração de 2 horas cada (com intervalo de uma semana), juntamente com outros colegas, em que serão discutidas questões sobre problemas de saúde mental, bem como o papel activo dos jovens na promoção da sua saúde mental. Foi-me assegurado que os dados recolhidos são totalmente anónimos e confidenciais. Foi-me dada oportunidade de esclarecer possíveis dúvidas sobre o projecto em questão. Além disso, foi-me afirmado que o meu educando tem o direito de recusar a todo o tempo a sua participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo. Por isso, consinto que o meu educando participe neste projecto. Data: ___ / ___ / ___ ________________________________
Anexo 14
Consentimento informado _ Alunos
CONSENTIMENTO INFORMADO _ ALUNOS
Projecto: UPA FAZ A DIFERENÇA – ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL
Eu, abaixo-assinado, compreendi a explicação que me foi dada sobre este projecto, bem como em que consiste a minha participação no mesmo: 1. Responder a um questionário breve sobre conhecimentos e atitudes face a problemas de saúde mental; 2. Participar numa acção de sensibilização, constituída por duas sessões de cerca de 2 horas, realizadas com o intervalo de cerca de uma semana, juntamente com outros colegas, em que vamos falar sobre problemas de saúde mental e promoção da saúde mental.
Foi-me assegurado que estes dados (respostas ao questionário e participação na 2 sessões) são totalmente anónimos e confidenciais.
Foi-me dada oportunidade de fazer as perguntas que julguei necessárias e para todas obtive resposta satisfatória.
Além disso, foi-me afirmado que tenho direito de recusar a todo o tempo a minha participação no projecto, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo.
Por isso, consinto participar neste projecto.
Data: ___ / ___ / ___
_________________________________
Anexo 15
Certificado 1º prémio do Concurso de Boas Práticas em Saúde Escolar, promovido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Escolar (SPESE)