Revista vigiai virtual 4

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Informativo Evangélico Ano 01 Edição 4

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Para mais de um milhão de internautas!

BATISTAS MINEIROS IRÃO RECEBER O CONGRESSO DA ANEB

Prof. Valseni Braga - Diretor Geral da Rede Batista de Educação (MG)


Editorial

GRATIDÃO AOS PARCEIROS

Vital Sousa, editor Mas os parceiros nos tem sustentado em orações e apoio, financeiro ou não. Recebi uma mensagem in-box de um pastor - Adriano Xavier Machado - lá de Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul, preocupado com a situação financeira do projeto e dando idéias, principalmente indicando o mercado de livros. A Vigiai já estava estudando a idéia e no ano que vem deverá estar editando livros. Queremos nos aperfeiçoar na edição de livros de pequenas quantidades e já oferecendo a diagramação, catalogação, registro na Biblioteca Nacional com o número do ISBN, divulgação e venda na web. Mas a maior alegria foi com o lançamento da “família Vigiai”, foi a resposta de Deus dizendo: “Não pare”.

Precisamos de mais apoiadores financeiros, é Gratidão ao Senhor pela vida, por mais um dia e por como uma adoção ao estilo PAM - Plano de Adoção Missionária, a contrapartida são publicações nesta menos um nesta caminhada! revista. Os que puderem participar somente com Com a crise do país o “Ministério Vigiai” tem sofrido publicações avulsas o valor fixado é de apenas muito e a vontade de parar se fez presente nos R$50,00. últimos meses.

Expediente Criação Fabiano Sousa (In Memoriam) Jornalista e Designer Mtb-SP 66.300 Tiragem Edição on-line enviada para mais de um milhão de internautas

Editor e diagramador Jornalista Vital Sousa Mtb-SP 63.588 E-mail: vital.sousa@gmail.com facebook.com/vital.sousa.3 Telefone (12) 3621-2579

Fotos Todas as fotos foram extraídas da internet

Produção Ministério Vigiai.net www.vigiai.net vigiai.net@gmail.com CNPJ 17.442.129/0001-52

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Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos seus autores, e não representam necessariamente a opinião do Informativo. É proibida a reprodução total ou parcial de reportagens, entrevistas, artigos, ilustrações e fotos, sem a prévia anuência dos titulares dos direitos autorais.

“Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.” (Mateus 24:42-44)

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Nas primeiras páginas desta edição a palavra “parceria” logo ao alto, aparece em destaque, nomina os que abraçaram conosco a Vigiai, alguns colocando-a no “colo” com duas “adoções” em forma de parceria. Gratidão à: 1) Rede Batista de Educação; 2) Marco Wanderley da Lipp-Tour; 3) VTI-Vida Total de Igreja; 4) Dr. Gilberto Garcia e 5) Editora Cristã Evangélica.

páginas nas edições semanais da Vigiai Virtual, precisamos ter dez “adotantes”, temos só cinco. Para enfrentar a crise, além do projeto virtual e no futuro, o projeto dos livros, o Ministério Vigiai continua editando revistas impressas. E parceiros tradicionais já se comprometeram em participar, viabilizando a 21a. edição, definindo-se sua publicação para meados de outubro.

Pretendemos ainda no final de outubro publicar uma revista para a Associação de Magistrados Vocês são bençãos e abençoadores, efetivamente. Evangélicos - ANAMEL, instituição liderada pelo Com a parceria de vocês ofereceremos ao público Desembargador Fábio Dutra e muito próxima dos uma nova revista virtual,contemplando novos autores batistas, contando em seu quadro com vários juízes e notícias relevantes; entretanto está realidade só batistas, além do citado desembargador, o conhecido se tornou possível com o apoio destes irmãos ao William Douglas, que também é escritor. projeto, possibilitando sua continuidade, visto que os custos operacionais com este e outros projetos O Ministério Vigiai não é apenas midiático, utilizase desta ferramenta como uma cooperativa, pois são dispendiosos. os patrocínios não cobrem os custos das revistas Na semana passada estive em São Paulo-SP impressas; apoia outros Ministérios, como a levando donativos para a Cristolândia que necessita Cristolândia-SP e o Lar Batista de Crianças-SP, por muito de roupas usadas, devendo voltar com outra acreditar na eficácia da informação que contribui remessa ainda esta semana. As despesas com para minimizar as necessidades destas instituições. combustível, pedágio, estacionamento, etc, são “A persistência é o caminho do êxito.” inerentes. Sem apoio é impossível ajudar. Charles Chaplin. O valor do apoio “Família Vigiai” é de apenas Gratidão aos parceiros que sustentam o projeto. R$200,00 mensais e o apoiador terá direito a duas Deus os abençoe.

Sumário

Articulistas

1 - Capa - Prof. Valseni Braga 2 e 3 - Editorial - Vital Sousa 2 - Expediente 3 - Sumário

7 - Marco Wanderley 14 a 19 - Pr. Walmir Vigo Gonçalves 20 - Pr. Manoel de Jesus The 21 - Pr. Rinaldo e Gudrun de Mattos 24 e 25 - Pr. Gerson Borges 26 - Pr. Irenio Chaves 27 - Pr. André Bahia 29 - Pr. Evaldo Rocha

Parceiros

Notícias

Institucional

4 e 5 - Rede Batista de Ensino 6 e 7 - Lipp-Tour 8 e 9 - Vida Total de Igreja 10 e 11 - Dr. Gilberto Garcia 12 e 13 - Editora Cristã Evangélica

28 Deltan Dallagnol 30 - 38 - O que reformar na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira?

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Parceria

A Rede Batista de Educação receberá Encontro de Diretores de Escolas Batistas do Brasil – ANEB, que ocorrerá no período de 11 a 14 de novembro 2016, nas instalações do Colégio Batista Mineiro.

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VOCÊ SABE ADMINISTRAR SUA EMOÇÃO?

Diretor-geral da Rede Batista de Educação, prof. Valseni Braga, escritor Augusto Cury, diretor da Faculdade Batista, Claudinei Franzini e o diretor executivo da Convenção Batista Mineira, pastor Márcio Alexandre de Moraes Santos O mundo vive a era da sustentabilidade. Mas é preciso ter consciência de que não apenas o planeta tem recursos limitados, mas o “planeta” cérebro também. O ser humano esgota a mente ao ruminar perdas e mágoas, sofrer pelo futuro, preocupar-se muito com a opinião das pessoas, ter a necessidade neurótica de mudar os outros e cobrar demais de quem está ao seu redor. Para tentar esclarecer e identificar tais emoções, a Rede Batista de Educação convidou o psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador e escritor Augusto Cury para uma palestra, realizada na manhã do dia 2 de setembro com o tema “Gestão da emoção”. Durante sua exposição, Cury ajudou a identificar o mau uso da emoção e o gasto desnecessário de energia, além de sugerir ferramentas para corrigir a rota. Através de técnicas simples, mas impactantes, Cury ensinou a trabalhar melhor a emoção e expandir as habilidades vitais da inteligência. “Não sabemos conversar com os nossos fantasmas e medos, além de sermos tão criativos que até inventamos problemas. Tornamo-nos exploradores do mundo externo. Mas hoje temos de aprender sobre o nosso eu, sobre a nossa mente. Temos de parar de apontar o dedo para fora, e mergulhar dentro de nós mesmos. Desenvolver a capacidade de pensar antes de agir é gerir pensamentos e atitudes. A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Temos de duvidar, criticar os próprios pensamentos e controlálos”, enfatiza o escritor. ACOMPANHE No dia 2 de outubro, lançamento oficial do livro “Gestão da emoção”, de Augusto Cury, e, no dia 8 de dezembro, estreia no cinema de “Vendedor de sonhos”. Fonte: http://redebatista.edu.br/voce-sabe-administrar-sua-emocao/ Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 5


Parceria

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O Oriente Médio: desafio para a Igreja e para o mundo

Por: Marco Wanderley seu patrimônio histórico, religioso e cultural. Portanto, é imprescindível desenvolver um olhar mais profundo e crítico em relação à sua realidade, tanto de seu passado como também da formação das novas nações naquela região durante estes últimos séculos.

Palco de grandes eventos no passado que repercutem até os nossos dias, berço de grandes impérios na antiguidade e também das maiores e mais influentes religiões da humanidade, o Oriente Médio continua tendo importância vital na geopolítica global de nossos dias.

Para a Igreja cristã, por outro lado, com seu princípio expansionista e missionário, o Oriente Médio se constitui em um de seus maiores desafios no tempo presente, tanto no sentido da evangelização, quanto na preservação do que até então conseguiu atingir.

Majoritariamente formado por populações muçulmanas o Oriente Médio abriga, também, populações de outras religiões. Assim, o mesmo fenômeno que tanto tem ocupado os noticiários em razão da invasão de imigrantes à Europa, tem ocorrido, também, nos países do Oriente Médio, Com uma extensão de 7.200.000 kms2 e que ainda que em uma proporção menor, naturalmente. abrange países como Turquia, Israel, Irã, Iraque, De qualquer modo, isto tem contribuído para levar Egito, Jordânia, Síria, Líbano, dentre outros, o cristãos para dentro de seu território. Oriente Médio continua sendo um desafio em termos de estabilidade política. Nos últimos anos, vítima Na Jordânia, por exemplo, convivi com grupos de de guerras arrasadoras e conflitos tribais cruéis, o indianos e nativos do Sri Lanka que foram para Oriente Médio viu surgir, em suas entranhas, um aquele país em busca de melhores oportunidades de movimento de resistência crescente às políticas trabalho e que contam com liberdade para vivenciar imperialistas do Ocidente, especialmente executadas sua fé cristã, bem como para, com certo cuidado, pelos Estados Unidos da América do Norte, o compartilhar seu amor a Jesus Cristo. “monstro” que o mesmo Ocidente convencionou chamar de “terrorismo”, representado por facções De qualquer modo, o Oriente Médio continua como a Al Qaeda, Hamas, Hesbolah e agora, por sendo dos maiores desafios para à Igreja Cristã. último e o mais devastador, o Estado Islâmico. Tal Compartilhar o evangelho naquela região requer movimento tem transposto os limites geográficos renúncia, determinação e muita sabedoria, pois dos países da própria região e se constituído em uma ainda há, na maioria dos países da região, uma grande ameaça, não somente para àquele território, grande resistência, mais do que ao evangelho em si, mas também para todo o mundo, especialmente para a conversão à outra forma de religião. a Europa e os EUA. Para o futuro do Oriente Médio, nada podemos Porém, julgar os povos daquela região a partir do ainda visualizar, mas até que a estabilidade política, olhar ocidental é algo que requer cuidado, pois a paz e conceitos como democracia e justiça social podemos usar referenciais a partir de nossas próprias cheguem aquela região, ainda teremos que esperar experiências e conceitos, sem levar em consideração por algumas gerações. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 7


Parceria

Vida Total da Igreja

www.vidatotaldaigreja.com.br O que é VTI Autor: Pastor Odilon dos Santos Pereira Coordenador do Ministério VTI no Brasil e Países de Língua Portuguesa VIDA TOTAL DA IGREJA NÃO É MAIS UM PROGRAMA Vida Total da Igreja não é mais um programa de crescimento de igreja. É, antes, uma estratégia que ajudará a igreja a alcançar a sua comunidade através de um Evangelismo Contextualizado. Quando a igreja é focalizada em uma estratégia, ela mantém os programas e atividades girando em torno do propósito maior, que é salvação do mundo. Vida Total da Igreja se lastreia em um tripé de três “E”s, que resumem o propósito da igreja: Exaltar o Salvador Equipar os Santos Evangelizar o Pecador O foco central de Vida Total da Igreja está na saúde espiritual do corpo, a Igreja. O versículo básico é Colossenses 1:18 “...Ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que EM TUDO TENHA A PREEMINÊNCIA”. O corpo é sadio quando vive em plena submissão à cabeça, Cristo. Sendo a igreja sadia, ela naturalmente alcançará pessoas e crescerá. O crescimento da igreja é um resultado, não uma meta.

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A igreja cumprindo o IDE de Jesus! Foi maravilhoso o VTI realizado, dias 23-25 de setembro, na PIB de Jardim Alcântara, São Gonçalo - RJ. No domingo pela manhã, mesmo chovendo, a igreja saiu às ruas para proclamar o evangelho de casa em casa. Louvamos a Deus pelas vidas alcançadas para Cristo. Glória ao Senhor!

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Parceria

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CELEBRAÇAO DOS 90 ANOS DO PR. EBENEZER SOARES FERREIRA,

presidente Emérito da Convenção Batista Brasileira, promovido por sua família, na liderança do Pr. João Marcos Barreto Soares, Diretor Executivo da Junta de Missões Mundiais da CBB, na Capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, 17.09.2016, onde reuniram-se familiares, amigos, ovelhas, alunos etc, com mensagem do Rev. Guilhermino Cunha, presidente da Acadêmia Evangélica de Letras do Brasil, que prestou-lhe expressiva homenagem, tendo contado, entre outros líderes denominacionais, com o Pr. Edgard Barreto Antunes, representando a Diretoria da CBB, o Pr. Geraldo Geremias e o Pr. Amilton Vargas, presidente e diretor executivo da CBF, o Pr. Raphael Zambroti, representando a Universidade UNIGRANRIO, e, Diácono Dr. José Octávio, presidente da ADIBERJ. Na foto o casal Dr. Gilberto Garcia e Dra. Soraia Garcia abraçam o Amigo Nonagenário Pr. Dr. Ebenezer Soares Ferreira, STBSB. Dr. Gilberto Garcia

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Parceria


Da Editora Cristã Evangélica

“Ganhamos o Prémio Areté 2016, na categoria Jogos e brinquedos! Livro de Cânticos - Tempo de Crescer!” Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Romanos 11:36. #editoracristaevangelica


É TEMPO DE AVANÇAR MULTIPLICANDO O AMOR DE DEUS Pr. Walmir Vigo Gonçalves Igreja Batista em Muqui (ES) “É tempo de avançar multiplicando o amor de Deus”. Esse é o tema com que nós, batistas brasileiros, temos trabalhado nesta campanha de Missões Nacionais 2016. É um tema deveras interessante, e creio que todos entendemos bem o que ele quer dizer – precisamos avançar fazendo mais e mais e mais, multiplicando assim os atos que demonstram o amor de Deus pelas suas criaturas especiais, que somos nós, principalmente os atos que demonstram que Deus, em Cristo, tem uma salvação com a qual Ele quer nos presentear. Mas, desde quando é tempo de avançar? Certamente que não apenas desde o início de Setembro de 2016, quando começamos a campanha. Então, desde quando? No mínimo desde que o nosso Senhor Jesus Cristo ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. E, desde então, isso tem sido feito. Às vezes mais diligentemente e às vezes mais lentamente, às vezes com mais dificuldades e às vezes com menos dificuldades, às vezes sob muita perseguição e às vezes com menos perseguição.... Mas tem sido feito. Não tenho conhecimento de algum momento da história em que esta missão tenha sido completamente abandonada ou mesmo desvirtuada. Ao contrário, temos informação de manifestações de Deus trazendo discernimento e avivamento em tempos de grandes crises de fé. E o que acontece quando Deus assim se manifesta? Veja algumas coisas que acontecem: o Uma nova visão da Majestade de Deus; o Um novo discernimento acerca de o quão terrível é o pecado, acompanhado de um grande temor de pecar e ofender a Deus; o Uma renovada dependência de Deus; o Uma intensa alegria pela salvação; o Uma intensa manifestação do fruto do Espírito; o E, para não me delongar muito, uma nova disposição para realizar a obra do Senhor, ou, poderíamos contextualizar para o momento em que estamos vivendo: uma grande disposição para avançar multiplicando o amor de Deus Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 14


Tem sido feito... Nunca parou. Que não sejamos nós aqueles que vão parar, e nem mesmo aqueles que vão ser responsáveis pela lentidão do avanço. Agora convido você a que abra sua Bíblia em Atos 8.1-4 e 11.19-26, onde veremos algumas coisas importantes para que essa obra, em nossas mãos nesse tempo, avance. “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.” (Atos 8:1-4 RC) “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:19-26 RC) A narrativa é de Lucas, o médico amado, companheiro de Paulo, primeiro historiador da história da igreja e que escreveu o evangelho que leva seu nome e também esse livro de Atos. Dessa narrativa podemos tirar boas lições no que respeita à necessidade de avançarmos multiplicando o amor de Deus.

A primeira lição é sobre as dificuldades para avançar na obra – nenhuma dificuldade deve nos impedir de avançar. Veja novamente o que está escrito: “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.” “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. Houve uma perseguição. E nesse tempo de perseguição os cristãos eram “assolados”, isto é, postos em grande aflição e agonia; as casas eram invadidas e seus moradores eram arrastados para fora e postos na prisão. E não devemos nos esquecer de Estêvão, que foi morto e de como foi morto.

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Por causa da perseguição houve uma dispersão. Caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia – cidades situadas a centenas de quilômetros de Jerusalém. Mas, enquanto iam, anunciavam o evangelho, ainda que só aos judeus. Em Antioquia, alguns varões de Chipre e de Cirene anunciaram o Senhor Jesus aos Gregos. A perseguição não os calou, e isso nos traz a lição de que as dificuldades não devem nos calar, não devem nos impedir de avançar. Existem as dificuldades reais “fora de nós” § Dificuldades advindas de perseguições – Como as acima e hoje como nos países islâmicos; § Dificuldades porque há lugares isolados, difíceis de chegar, e às vezes até com povos hostis a estranhos; § Dificuldades advindas às vezes de proibição total ou restrições e controles à pregação do evangelho; Existem as dificuldades reais nossas § Nosso comodismo; § As limitações que pensamos ter, como as que pensavam ter até alguns grandes homens de Deus na Bíblia: · Moisés era “pesado de língua”; · Gideão era da tribo menor e o menor da tribo; · Jeremias era muito jovem ainda – uma criança – Veja que bonito o chamado de Jeremias em 1.4-10: “Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta. Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:4-10 RC) E existem aquelas dificuldades como sendo “muros mentais” que nós mesmos “construímos”. Um exemplo é quando colocamos dificuldades dizendo: “Essa cidade é muito difícil... muitas religiões diferentes...”. E por aí vai... Dificuldades existem, mas nenhuma delas deve nos impedir de avançar.

A segunda lição é que o Senhor quer ver interesse de nossa parte, disposição de avançar anunciando, e quando Ele o vê, então as coisas acontecem, a vitória é certa. Veja novamente uma parte dos textos de Atos: “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor”. A mão do Senhor ser com eles quer dizer que o poder e a presença de Deus se manifestavam entre eles. A presença de Deus não era apenas parte da crença deles, era uma presença manifesta, sentida e, de certo modo, podemos dizer, “visualizada”. Existe uma heresia denominada Deísmo, que, falando bem resumidamente, reconhece a existência de um criador, mas que esse criador abandonou a sua criação às leis pré-estabelecidas e que nada acontece, seja positivo ou negativo, por motivo da ação de sua vontade. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 16


Mas o que vemos aqui não é Deísmo, e sim Teísmo, a verdade de que Deus não só é o criador, mas também é quem sustenta e dirige a Sua criação, se manifesta. Deus se manifesta; a mão do Senhor é conosco; o Seu poder e Sua presença são manifestos quando nós nos dispomos a fazer aquilo que Ele nos ordenou a fazer. Veja a seguinte história: JOHN GEDDIE: MISSÃO ENTRE CANIBAIS Em 1606, foi “descoberta” por Fernandez de Quiros da Espanha, uma cadeia de dezoito ilhas no Pacífico Sul, a nordeste da Austrália e ao sudeste de Nova Guiné, que foram chamadas de Novas Hébridas. Hoje formam a nação de Vanuatu. Mais de dois séculos depois, em 1839, dois cristãos enviados pela Sociedade Missionária de Londres aportaram por lá. Era o século das missões. Ásia, África e Oceania estavam sendo visitados por dezenas de jovens missionários que desejavam anunciar o amor de Deus aos seus moradores. Ocorre, que os dois missionários foram mortos e devorados por canibais que habitavam em uma das ilhas, chamada Eromanga, apenas poucos minutos após aportarem. Foi um batismo de sangue para as Ilhas Hébridas... A mesma sociedade missionária enviou outra equipe em 1842, desta feita, para a ilha de Tana. Estes não foram mortos, mas expulsos em sete meses. Os resultados, aparentemente negativos, não tiraram o ímpeto dos que desejavam ver pessoas de cultura tão distinta aos pés de Cristo. Foi, então, que em 1848 John Geddie (da igreja presbiteriana da Nova Escócia), acompanhado de sua esposa, Charlotte McDonald, e dois filhos, chegou à ilha de Anatom. Pouco tempo após sua chegada, Geddie escreveu em seu diário, em 09 de fevereiro de 1849: “Na escuridão, degradação, poluição e miséria que me rodeia, vou olhar para a frente na visão de fé para o momento em que alguns desses pobres ilhéus se unirão na música triunfante de almas resgatadas Àquele que nos amou e nos lavou dos nossos pecados em Seu próprio sangue”. Depois de anos de paciente semeadura e cultivo, o missionário começou a colher alguns frutos preciosos. Ele relata com alegria quando a ordenança da Ceia do Senhor foi observada pela primeira vez na ilha. “Esta é a primeira vez”, diz Geddie em uma carta, “que o amor do Redentor foi comemorado nesta terra escura. Oh! Que o tempo pode chegar em breve, quando muitos mais dos seus habitantes degradados devem se juntar a nós nesta portaria do amor”. Sua oração foi finalmente atendida. Um dia, um nativo chamado Yakanui veio até o missionário. Yakanui era o maior canibal da ilha, odiado pelo povo, pois o temiam por sua ferocidade e porque também acreditavam que ele possuía poderes misteriosos que poderiam trazer ruína sobre eles. Por volta de 1854 ele, que já tinha companhia de John Inglis, que chegou em 1852, escreveu com júbilo: “cerca de 3.500 selvagens [mais da metade da população] jogaram fora seus ídolos e renunciaram a seus costumes pagãos, e todos confessaram-se adoradores de verdadeiro Jeová Deus”. John Geddie, o “pai” das missões presbiterianas nas Ilhas dos Mares do Sul, faleceu em 1872. No seu memorial está escrito: Numa grande igreja, com capacidade para 1.00 pessoas, há uma placa comemorativa do trabalho de John Geddie, com os seguintes dizeres: ‘Quando ele chegou aqui, em 1848, não havia nenhum crente; e quando ele saiu, em 1872, não havia mais incrédulos’”.

A terceira lição é sobre a necessidade de nunca deixarmos nossos pés se distanciarem da presença e da vontade do Senhor – Permanecer com firmeza de coração na presença do Senhor. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 17


Assim diz parte do nosso texto base: E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Barnabé exortou sobre a necessidade de que permanecessem no Senhor com firmeza de coração. Se quisermos avançar é assim que tem que ser. Essa é a mensagem de Jesus em João 15. Veja lá os versos 1-5: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.” (João 15:1-5 RC) E ademais, verdadeiras ovelhas de Jesus são as pessoas que o ouvem e o seguem, isto é, creem nele e permanecem nele – Veja João 10:22-30: “E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno. E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão. Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” (João 10:22-30 RC) E com essa atitude, além de sermos bem sucedidos em nossa obra, veja o testemunho de Davi no Salmo 16.11: “... na Tua presença há abundância de alegrias; na Tua mão direita há delícias perpetuamente”.

A quarta lição é sobre a necessidade de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Por que foram chamados assim? Não há outra razão senão a sua identificação prática com a pessoa de Cristo. Ser identificado com Cristo é a vontade do Pai para nós – Veja Romanos 8.29: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. O Apóstolo Paulo nos ensinou isso na prática – Veja Gálatas 2.20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”. A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando somos cristãos em tempo integral e não só no tempo em que estamos na igreja; A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença se, conforme disse John Piper, nós morremos com Ele na cruz, tendo o nosso pescoço quebrado, nosso topete derrubado, nosso coração de pedra trocado por um coração de carne, nosso orgulho mortificado, e se nossa vida agora é conduzida por Jesus Cristo. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 18


A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando manifestamos o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando pensamos nas e buscamos as coisas que são de cima, quando mortificamos nossa carne com suas paixões e concupiscências e nos revestimos das preciosas virtudes do reino celestial. A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando deixamos de nos guiar pela nossa própria cabeça para sermos guiados por ele. Enquanto escrevia me lembrei de uma parte do compromisso dos Embaixadores do Rei: “Prometo: Ser leal a Jesus Cristo, viver para Ele e servi-lo sempre. Terei uma vida pura, direi sempre a verdade, corrigirei os meus erros, seguirei a Cristo, o Rei..”, e o finalzinho é assim: “... Se assim não for, para que nasci?” Se vivermos assim, avançaremos, nossa vida terá sentido e saberemos para que nascemos.

Concluindo... Meus irmãos, é tempo de avançar; ainda é tempo de avançar, e precisamos avançar. Tem dificuldades? Sim! Mas elas não podem nos impedir da avançar porque o Deus a quem servimos é maior que todas elas. Quando o povo de Israel estava encurralado com o mar vermelho à frente e o exército de Faraó atrás o que foi que Deus disse? “Moisés, diga aos filhos de Israel que marchem! E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. E o que aconteceu? O mar se abriu e o povo passou, e o exército de Faraó, querendo passar também, sucumbiu sob as águas. Quando eu olhava esse texto acima fiquei pensando em como Deus se ri do fato de muitos homens imaginarem que tem algum poder contra Ele e contra a obra que Ele quer realizar. Pense no próprio Moisés, por exemplo; qual a “arma” que Deus lhe deu? Uma vara. Pense em Josué quando Deus o mandou conquistar Jericó. DEUS: “Josué, reúna o povo e vá derrubar as poderosas muralhas de Jericó”. JOSUÉ: “Sim, Senhor, mas como vamos derrubá-las?” DEUS: “No grito” – Você vão rodear a cidade cercando-a uma vez a cada dia durante seis dias. No sétimo dia vocês vão rodeá-las sete vezes e na sétima vez os sacerdotes tocarão buzinas e o povo vai gritar, e as muralhas vão cair” Agora pense em Gideão quando Deus o chamou para libertar Israel das mãos dos Midianitas. GIDEÃO: Senhor, reuni um exército para a Missão, trinta e dois mil homens. Mas tá difícil Senhor, é muito soldado experiente (ele falava do exército inimigo); a proporção é de uma para mais de 4. DEUS: É verdade, Gideão, é muita gente, vamos diminuir, vamos dar um jeito de mandar embora um pouco dessa gente que você ajuntou. GIDEÃO: Mas, Senhor, eu disse muito soldado no exército inimigo. DEUS: Não Gideão, seu exército é que está grande demais. E Deus foi diminuindo – de 32.000 para 10.000 e de 10.000 para 300 homens. Uma proporção agora de 1 para cada 440. Mas o que aconteceu? Os 300 venceram os 132.000. Porque? Porque eles avançaram no poder de Deus e para Deus não há dificuldades. Então, é tempo de avançar, e há dificuldades, mas nossa atitude deve ser a de permanecer na presença do Senhor com firmeza de coração e a de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença, e avançarmos. Seremos vitoriosos porque Deus é quem pelejará por nós. É tempo de avançar! Avancemos, então! Pr. Walmir Vigo Gonçalves Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 19


A VERDADEIRA VIDA

Algumas vezes nos surge à ideia de nos compararmos uns com os outros. Isso nas comunidades, ou, até mesmo nas igrejas é muito comum. A ansiedade de ocuparmos os melhores espaços está sempre presente nos humanos. Nenhum de nós está a salvo do perigo de, quando menos esperamos, tomam o nosso lugar. Mesmo entre os apóstolos, alguns deles achavam serem melhor que os outros. Lembremos que, certa vez, Cristo os surpreendeu no debate de quem era o maior entre eles. Uma das grandes mensagens da Bíblia é a mensagem que José nos passa através de sua vida. José desfilava entre os irmãos como o queridinho do papai e da mamãe, através de suas lindas roupas e de seus privilégios. O ambiente de nossas igrejas, vez por outra, repete o mesmo episódio. Queremos desfilar. Desfilar através dos cargos, das melhores posições, dos maiores privilégios. Na maioria das igrejas das quais pastoreei, poucas eram as pessoas que eram felizes cuidando da limpeza, da cozinha, das mais humildes tarefas. Felizes são aqueles que descobrem que o olhar de Deus penetra em todos os cantos. Longe dos olhos de Jacó, seus filhos, ao verem chegar o invejado irmão caçula, esqueceram que o olhar de Deus, estava presente. Já imaginaram se Jacó ouvisse o que eles disseram? “Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou”. Os poderosos ouvidos de Deus, devem, vez por outra, ouvir o mesmo discurso de um crente sobre o outro. Deus ouve nossos pensamentos. Isso é sério. A partir desse episódio, a vaidade de José acabou. Sua vida caminhou, passo a passo, em direção à morte. José deixou para trás todas as suas regalias. Daí em diante, a vida de José simbolizou a morte. Ele perdeu tudo, tudo, tudo que desfrutava. A verdadeira vida só é experimentada, depois da morte. Morte da vaidade, do orgulho, dos bens materiais, das posições, de tudo enfim. Jesus teria tudo que quisesse, mas nele, esses sonhos humanos estavam mortos. Nossa verdadeira vida, a vida eterna, só existe porque ele abriu mão de tudo. No final da vida, de posse da verdadeira vida, José mostrou ter-se antecipado a todos os que, milhares de anos depois, através de Cristo, alcançariam a verdadeira vida, quando ordenou, ainda no Egito, aos filhos de Israel: “Quando Deus intervier em favor de vocês, levem os meus ossos daqui”. Como nos diz o apóstolo Paulo, para que a verdadeira vida possa ressurgir, a velha vida deve, antes, morrer. O mesmo Paulo afirma: “Seremos arrebatados com o Senhor e assim estaremos com o Senhor para sempre”. Essa será a verdadeira vida plenamente. Manoel de Jesus The

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CARTA DO PASTOR RINALDO DE MATTOS

Queridos,

Gudrun e eu tivemos que voltar da aldeia antes do tempo. Fui acometido de uma dor na coluna, região lombar e quadris, que não passou durante três semanas, mesmo tomando as doses mais fortes de analgésicos e anti inflamatórios. Já tive isso uma vez, anos atrás, e a dor desceu para as pernas, ficando eu quase sem poder andar por vários dias. Diante isso, tomamos a decisão radical de interromper nossa estadia de aldeia (que iria até 18 de outubro) e voltamos para Brasília quinta-feira passada, dia 22. Nosso filho, Daniel, foi de avião, de Goiânia a Palmas, para vir dirigindo o carro para nós até Brasília. Aqui, com maiores recursos e com o apoio dos filhos, vamos buscar o tratamento necessário. Sentimos muito porque deixamos para trás uma reunião da liderança da igreja, muito importante, marcada para este domingo, dia 25, deixamos para trás os batismos que serão realizados no dia 09 de outubro, na aldeia Salto, e deixamos ainda o quarto curso intensivo, que eu iria dar nos dias 14 a 16 também de outubro, para os líderes das igrejas da região do Rio Tocantins. Saímos da aldeia praticamente sem nos despedir dos colegas e da maioria dos irmãos e amigos Xerente. Mas, saímos tranquilos, sabendo que em se tratando de doença, tanto os colegas como os Xerente são muito compreensivos e iriam entender muito bem. Louvado seja Deus! Pedimos orações aos queridos irmãos para que eu possa achar um tratamento bom, aqui em Brasília, possa continuar tendo uma vida normal e possamos, Gudrun e eu, continuar fazendo nossas costumeiras estadias de trabalho na aldeia. No Senhor, Rinaldo e Gudrun Pr. Rinaldo e Gudrun de Mattos Missionários de Missões Nacionais entre os índios Xerente, no Tocantins Celulares: (61) 98218-0638–TIM; (61) 98605-0662–OI; (61) 99291-3026-Claro; (61) 99640-3539-Vivo (sem telefone fixo) Endereço de Brasília: Núcleo Rural Lago Oeste, Rua 02, Chácara 11 (antiga 587) – 73.100-060 - Sobradinho, DF Endereço do Tocantins: Aldeia Salto, Etnia Xerente, a 14 km de Tocantínia, e a 85 km de Palmas, TO. Missionário Radical: “Aquele que é missionário a vida inteira” Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 21




Porque pastores se matam?

Gerson Borges

“Solto a voz nas estradas Já não quero parar Meu caminho é de Pedra Como posso Sonhar ? Sonho feito de brisa Vento vem terminar Vou fechar o meu pranto Vou querer me matar”

(Milton Nascimento/ Fernando Brant)

Já tem um monte de gente perguntando, debatendo e conversando a respeito, mas essa manhã , lidando com minha agenda pastoral e suas infindáveis, enormes demandas bio-psiquicas-espirituais , a pergunta retornou . E não fugi da mesma. Encarei. Pastores se matam porque pensam que são Deus. Podem resolver tudo. Quando acordam desse desvario, quando a fatura chega , não tem tem como bancar. Já brinquei de ( ser ) Deus. Brinco mais não. Sai fora. Literalmente, não tem graça ! Pastores se matam porque são pessoas boas. Só pessoas boas ficam deprimidas. Pastores-lobos ficam cínicos. São discípulos de Hofni e Finéias. Usam as pessoas. Gente se deprime. Psicopatas , empatia zero,deprimem / destroem os outros. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 24


Pastores se matam quando vestem máscaras de santidade. Não brigam com a mulher. Tem filhos perfeitos. Nunca pecam. Oram muitas horas por dia. Retormam, respondem no mesmo dia um número infindável de ligações e esvaziam sua caixa de entrada de emails antes das 18h. Ah, jamais deixam acontecer o absurdo de uma mensagem de whatsapp ficar mais de 1h sem resposta. Imagina ! Pastores se matam porque não conseguem dizer não . O que vão dizer deles ? Estão ali pra servir. São pagos para atender a todos o tempo todo. “Ovelha é um bicho carente, não sabe se cuidar “, eles argumentam. E vai que se engracem para outro rebanho, outro redil ? “ Pastor tem de ter cheiro de ovelha”. E quem disse que o cheiro é bom ? Onde já se viu feridas purulentas do pecado cheirar a alfazema. Pastores se matam porque querem concorrer com o consumismo religioso. Pregam o Evangelho, enquanto os Outros, os Lobos, pregam autoajuda espiritualizada. Proclamam as Escrituras enquanto os Lobos vendem prosperidade. É uma luta desleal. Lutar ingenuamente essa luta é uma máquina de moer carne. Pastores se matam porque não podem trocar de carro sem ouvir piadinhas egoístas. Se compram casa em geral, financiada a perder de vista , “ estão enriquecendo mesmo à custa das pobres ovelhas”. Ouvi uma vez : “ Você chegou em São Paulo com uma mão na frente e outra atrás ! “ O que dizer ? Um frase de tamanha mesquinharia merece réplica ? Tô com preguiça. Serio. Pastores se matam porque não cuidam do corpo , não brincam. Devem dormir de paletó, não é possível. “ Nosso descanso não é nesse mundo “, escutei um deles. Querem ser maiores que o seu Senhor, contrariando a admoestação biblica. Jesus dormiu , cochilou de cansado. Se bobear, pastores não dormem nem à noite… Pastores se matam de raiva, de tristeza, de crise vocacional, de frustração, de pobreza , de baixa autoestima, de falta de sexo, de decepção, de abandono, de tanto trabalhar, de falta de férias decentes, de cobranças injustas, de tanto se cobrar por saber tudo , serem bons em tudo - pregar bem, visitar como um psicólogo ou médico da família , administrar como um CEO, pensar como um filósofo , ensinar como um PHD, ser pai como um guru familiar. Já pensou ? Um profissional assim ( sem falar que não podem ser profissionais - até porque não podem cobrar comp um ) merece que salário? Pastores se matam aos poucos. E aos montes. Quietos no seu abandono, na sua tristeza de não ser que os outros acham que são - santos impecáveis. Pastores se matam porque adoecem. Como qualquer outro ser humano - que se não se tratar, entra em colapso . Stress é o “ pecado que jaz à porta “ do pastor. Pecados sexuais idem. O pastor, como os profissionais da saúde , os policiais e outras carreiras de risco , deveriam ser cuidados e não apenas cuidar. Quem cuida de quem cuida, como pergunta uma amiga terapeuta , Roseli Kunhrich ? Quem cuida do seu pastor ? Pastores se matam porque passam a ler a Bíblia só para fazer sermões , porque desconhecem o Ócio Santo e Criativo, por que não ouvem música , não namoram, não dançam , depois de um “ vinho com a mulher da sua mocidade “ ( Pv 5.18 ). Nem lêem João Crisóstomo, Richard Baxter, Eugene Peterson , Osmar Ludovico, Ricardo Barbosa, verdadeiros pastores de pastores ! Sou pastor. Não vou me matar. Não posso morrer pelos pecados dos outros. Jesus já fez isso . Aliás , o Pastor mesmo é Ele . O Bom Pastor. Eu? No máximo , como diria Fernando Pessoa, sou “ um guardador de rebanhos”. Pecador. Isso só é olhe lá . Se você é um pastor de verdade , “ companheiro dos outros no sofrimento” ( Ap 1.8 ), fique esperto. Não se mate por nada. Nem por tudo. Morrer por Jesus é uma coisa bem diferente de ser morto pelo rebanho. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 25


Orientações para ação pastoral durante a campanha eleitoral

Irenio Chaves

Durante a campanha eleitoral, pastores e líderes religiosos exercem uma função importante na formação de consciências críticas das pessoas com as quais se relacionam. Como pastor, compreendo que alguns compromissos precisam ser assumidos diante do processo eleitoral, uma vez que somos formadores de opinião e temos uma opção política e ideológica diante da vida da sociedade. Independente de qual seja a posição de cada um, apresento aqui os princípios que devem orientar a ação pastoral em meu ministério: 1. O que não fazer: 1.1. Não assumir em público atitudes contrárias ou favoráveis a qualquer candidato ou partido político. Embora tenha uma preferência, a defesa ou condenação de pessoas ou grupos constrange a relação com os demais e inibe a liberdade de escolha da comunidade. 1.2. Não promover, em hipótese alguma, o chamado “voto de cajado”, aquele em que líderes eclesiásticos e religiosos negociam favores ou propostas com o objetivo de comprometer o voto dos seguidores de seu grupo religioso. 1.3. Não usar argumentos religiosos, espiritualizan-

tes ou mesmo bíblicos para promover ou denegrir candidaturas ou programas políticos. Tanto a demonização quanto a sacralização de candidatos, ideologias, programas ou partidos se constituem como fatores inibidores do debate maduro dos reais problemas da sociedade. 1.4. Não criar barreiras, inimizades ou contendas com pessoas, grupos e segmentos da sociedade que tenham opiniões opostas. As eleições não correspondem a uma batalha entre inimigos. Oposição e governo são dois lados igualmente importantes para a democracia. 1.5. Não se omitir em relação às situações que envolvem injustiça, opressão, exploração, cerceamento da liberdade de expressão e desigualdades sociais. 2. O que fazer: 2.1. Defender a participação livre e consciente de cada cidadão no processo democrático através do voto. 2.2. Contribuir de forma responsável para que se tenha um compromisso claro a respeito da participação de cada pessoa na dinâmica da vida social e da ação política. 2.3. Assumir uma função profética em favor da justiça, em defesa dos oprimidos e na condenação de toda forma de privação de liberdade de expressão e de exploração do outro. 2.4. Ser um intercessor em favor da paz, orando pelas autoridades e suplicando por um governo justo e uma sociedade alcançada pela graça. 2.5. Servir como guia e exemplo de compromisso com o bem-estar social, procurando contribuir de forma concreta para que as mudanças necessárias na vida em sociedade se realizem de forma ampla, com oportunidade igual para todos, livre de qualquer tipo de preconceito e discriminação.

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Deltan Dallagnol convoca população para ato na web Deltan Dallagnol @deltanmd Anote na agenda: 10 de outubro, a partir das 10h, use a hashtag #Lutepelas10medidas no twitter, face e instagram para apoiar essa causa. Contamos com a ajuda de todos. Vamos fazer a hashtag chegar ao top. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 28


Inimigos da Cidade

Por Evaldo Rocha

Inimigos da cidade são aqueles que estão no pleito pelo poder e pelas vantagens trazidas pelo cargo. Inimigos da cidade são aqueles que criam mecanismos de arrecadação, ao longo do mandado, visando o enriquecimento ilícito. Inimigos da cidade são aqueles que “vendem o próprio mandato” em troca de vantagem financeira. Inimigos da cidade são aqueles que institucionalizam a roubalheira de forma arquitetada. Inimigos da cidade são aqueles que operam na base da vingança e do ódio. Inimigos da cidade são aqueles que governam ou fazem leis para protegerem a si mesmos. Inimigos da cidade são aqueles que escarnecem do pobre e arrancam sua dignidade.

Inimigos da cidade são aqueles que surgem nas eleições ou cena política sem nenhum engajamento anterior. Inimigos da cidade são aqueles que fazem uma leitura dos problemas sem o real desejo de resolvê-los. Inimigos da cidade são aqueles que não reúnem as virtudes necessárias para representarem o povo no Executivo e Legislativo. Inimigos da cidade são aqueles que criam soluções fantasiosas, diante das realidades de cada contexto, com o fim de ludibriar a população cansada e sofrida. Inimigos da cidade são aqueles que fazem promessas sem o desejo efetivo de trazer as soluções. Inimigos da cidade são aqueles que jogam com os problemas do povo sem o interesse na solução real.

Inimigos da cidade são aqueles que lutam pela própria causa e se esquecem daqueles a quem deveriam representar. Inimigos da cidade são aqueles que manipulam, sem misericórdia, visando alcançar um processo atroz: voto, cargo, poder e enriquecimento ilícito. Inimigos da cidade são aqueles que dominam sem produzir mudanças sociais reais. Inimigos da cidade são aqueles que estão mergulhados na mentira e “navegam no oceano da corrupção”. Inimigos da cidade são aqueles que fazem alianças espúrias simplesmente para se perpetuarem no poder. Inimigos da cidade são aqueles que precisam ser identificados e afastados da cena pública e política. Inimigos da cidade são aqueles que devem ser denunciados, com coragem, como hipócritas. Inimigos da cidade são aqueles que, em hipótese alguma, merecem o voto dos cidadãos honestos. Evaldo Rocha evaldonrocha@uol.com.br

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DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

O que reformar? Leia a DD nas próximas páginas e envie as suas sugestões! Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 30


INTRODUÇÃO Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome batista se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”. A designação surgiu no século 17, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.

6º) A autenticidade e apostolicidade das igrejas. Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos. Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira, nos 19 artigos que seguem: I- Escrituras Sagradas

A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado humana.1 É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens.2 Sendo Deus seu verdadeiro pela defesa destes princípios: autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos 1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única pelo Espírito Santo.3 Tem por finalidade revelar os regra de fé e conduta. propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus.4 2º) O conceito de igreja como sendo uma comunidade Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e local democrática e autônoma, formada de pessoas por isso é um perfeito tesouro de instrução divina.5 regeneradas e biblicamente batizadas. Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens.6 A Bíblia é a 3º) A separação entre igreja e Estado. autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta 4º) A absoluta liberdade de consciência. dos homens.7 Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo.8 5º) A responsabilidade individual diante de Deus. Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 31


1 Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21 2Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 16.25,26; 1Pe 1.25 3 Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21 4 Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4 5 Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17 6 Jo 12.47,48; Rm 2.12,13 7 2Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 8.20; 34.16; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.13 8 Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14

deles fazer filhos por adoção.3 Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele creem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu Espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.4 1 Is 64.8; Mt 6.9; 7.11; At 17.26-29; 1Co 8.6; Hb 12.9 2 Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9 3 Sl 2.7; Mt 3.17; 17.5; Lc 1.35; Jo 1.12 4 Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11 2- Deus Filho

Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus.1 Nele, por ele e para ele foram criadas II- Deus todas as coisas.2 Na plenitude dos tempos ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e Maria, sendo, em sua pessoa, verdadeiro Deus e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade verdadeiro homem.3 Jesus é a imagem expressa do e amor.1 Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem.4 Senhor da história e do universo, que governa pelo Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo e obedeceu toda a vontade de Deus.5 Identificou-se com o seu eterno propósito e graça.2 Deus é infinito perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo em santidade e em todas as demais perfeições.3 Por e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto isso, a ele devemos todo o amor, culto e obediência.4 ele mesmo não tivesse pecado.6 Para salvar-nos do Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer sem divisão em sua essência.5 muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o seu eterno sumo 1 Dt 6.4; Jr 10.1; Sl 139; 1Co 8.6; 1Tm 1.17; 2.5,6; sacerdócio.7 Jesus Cristo é o único Mediador entre Ex 3.14; 6.2,3; Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; Ml 3.6; Tg Deus e os homens e o único e suficiente Salvador 1.17; 1Pe 1.16,17 e Senhor.8 Pelo seu Espírito ele está presente e 2 Gn 1.1; 17.1; Ex 15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef habita no coração de cada crente e na igreja.9 Ele 3.11; 1Pe 1.17 voltará visivelmente a este mundo em grande poder 3 Ex 15.11; Is 6.1,2; 57.15; J34.10 e glória, para julgar os homens e consumar sua obra 4 Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1Pe 1.15,16 redentora.10 5 Mt 28.19; Mc 1.9-11; 1Jo 5.7; Rm 15.30; 2Co 13.13; Fp 3.3 1 Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2; 1- Deus Pai 11.27; 14.7-11; 16.28 2 Jo 1.3; 1Co 8.6; Cl 1.16,17 Deus, como Criador, manifesta disposição paternal 3 Is 7.14; Lc 1.35; Jo 1.14; Gl 4.4,5 para com todos os homens.1 Historicamente ele se 4 Jo 14.7-9; Mt 11.27; Jo 10.30,38; 12.44-50; Cl revelou primeiro como pai ao povo de Israel, que 1.15,19; 2.9; Hb 1.3 escolheu consoante os propósitos de sua graça.2 Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 32


5 Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10 6 Rm 8.1-3; Fp 2.1-11; Hb 4.14,15; 1Pe 2.21-25 7 At 1.6-14; Jo 19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22-24; 1Co 15.4-8 8 Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.1416; 10.19-23 9 Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; 1Co 6.19 10 At 1.11; 1Co 15.24-28; 1Ts 4.14-18; Tt 2.13 3- Deus Espírito Santo O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina.1 É o Espírito da verdade.2 Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras.3 Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina.4 No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo.5 O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja.6 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.7 Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.8 Opera a regeneração do pecador perdido.9 Sela o crente para o dia da redenção final.10 Habita no crente.11 Guia-o em toda a verdade.12 Capacita-o a obedecer a vontade de Deus.13 Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.14 Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante.15 1 Gn 1.2; J23.13; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Lc 4.18,19 ; Jo 4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14; 1Jo 5.6,7; Mt 28.19 2 Jo 16.13; 14.17; 15.26 3 Gn 1.2; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21 4 Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1Co 2.10-14; Hb 9.8 5 Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4; 24.29; At 2.41; 8.14-17;

10.44-47; 19.5-7; 1Co 12.12-15 6 At 2.38,39; 1Co 12.12-15 7 Jo 14.16,17; 16.13,14 8 Jo 16.8-11 9 Jo 3.5; Rm 8.9-11 10 Ef 4.30 11 Rm 8.9-11 12 Jo 16.13 13 Ef 5.16-25 14 1Co 12.7,11; Ef 4.11-13 15 Ef 5.18-21; Gl 5.22,23; At 1.8 III- O Homem Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme a sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade.1 Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar.2 Seu espírito procede de Deus e para ele retornará.3 O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada.4 Criado para a glorificação de Deus.5 Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade.6 Ser pessoal e espiritual, o homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso.7 1 Gn 1.26-31; 18.22; 9.6; Sl 8.1-9; Mt 16.26 2 Gn 2.7; 3.19; Ec 3.20; 12.7 3 Ec 12.7; Dn 12.2,3 4 Gn 1.21; 2.1; Sl 8.3-8 5 At 17.26-29; 1Jo 1.3,6,9 6 Jr 9.23,24; Mq 6.8; Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39 7 Jo 1.4-13; 17.3; Ec 5.14,17; 1Tm 2.5; J19.25,26; Jr 31.3; At 5.29; Ez 18.20; Dn 12.2; Mt 25.32,46; Jo 5.29; 1Co 15; 1Ts 4.16,17; Ap 20.11-15

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IV- O Pecado

1 Sl 37.39; Is 55.5; Sf 3.17; Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At No princípio o homem vivia em estado de inocência 15.11; 4.12 e mantinha perfeita comunhão com Deus.1 Mas, 2 Is 53.4-6; 1Pe 1.18-25; 1Co 6.20; Ef 1.7; Ap 5.7-10 cedendo à tentação de Satanás, num ato livre 3 Mt 16.24; Rm 10.13; 1Ts 5.23,24; Rm 5.10 de desobediência contra seu Criador, o homem 4 Rm 6.23; Hb 2.1-4; Jo 3.14; 1Co 1.30; At 11.18 caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado.2 Em consequência da A regeneração é o ato inicial da salvação em que queda de nossos primeiros pais, todos somos, por Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele natureza, pecadores e inclinados à prática do mal.3 fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, sua vontade e sua lei.4 Mas o mal praticado pelo a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida homem atinge também o seu próximo.5 O pecado eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo maior consiste em não crer na pessoa de Jesus crente é batizado no Espírito Santo, é por ele selado Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal.6 para o dia da redenção final e é liberto do castigo Como resultado do pecado, da incredulidade e eterno dos seus pecados.1 Há duas condições para da desobediência do homem contra Deus, ele o pecador ser regenerado: arrependimento e fé. O está sujeito à morte e à condenação eterna, além arrependimento implica mudança radical do homem de se tornar inimigo do próximo e da própria interior, por força do que ele se afasta do pecado e criação de Deus.7 Separado de Deus, o homem é se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da assim depende da graça de Deus para ser salvo.8 personalidade a ele por parte do pecador.2 Nessa experiência de conversão o homem perdido é 1 Gn 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29 reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, 2 Gn 3; Rm 5.12-19; Ef 2.12; Rm 3.23 justiça e paz.3 3 Gn 3.12; Rm 5.12; Sl 51.5; Is 53.6; Jr 17.5; Rm 1.18-27; 3.10-19; 7.14-25; Gl 3.22; Ef 2.1-3 1 Dt 30.6; Ez 36.26; Jo 3.3-5; 1Pe 1.3; 2Co 5.17; Ef 4 Sl 51.4; Mt 6.14; Rm 8.7-22 4.20-24 5 Mt 6.14,15; 18.21-35; 1Co 8.12; Tg 5.16 2 Tt 3.5; Rm 8.2; Jo 1.11-13; Ef 4.32; At 11.17 6 Jo 3.36; 16.9; 1Jo 5.10-12 3 2Co 1.21,22; Ef 4.30; Rm 8.1; 6.22 7 Rm 5.12-19; 6.23; Ef 2.5; Gn 3.18; Rm 8.22 8 Rm 3.20; Gl 3.10,11; Ef 2.8,9 A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando V- Salvação os méritos do sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, capacitando-o para uma vida de retidão diante de mediante arrependimento do pecador e da sua fé Deus e de correção diante dos homens.1 Essa graem Jesus Cristo como único Salvador e Senhor.1 O ça é concedida não por causa de quaisquer obras preço da redenção eterna do crente foi pago de uma meritóritas praticadas pelo homem mas por meio de vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sua fé em Cristo.2 sangue na cruz.2 A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser.3 É um 1 Is 53.11; Rm 8.33; 3.24 dom gratuito que Deus oferece a todos os homens 2 Rm 5.1; At 3.19; Mt 9.6; 2Co 5.21; 1Co 1.30 e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação.4

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A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita.1 Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo.2

4 Jo 3.16,36; Jo 10.28,29; 1Jo 2.19 5 Mt 24.13; Rm 8.35-39 6 Jo 10.28; Rm 8.35-39; Jd 24

1 Rm 8.30; 2Pe 1.10,11; 1Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11 2 1Co 13.12; 1Ts 2.12; Ap 21.3,4

1 Dn 2.37-44; Is 9.6,7 2 Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43; Jo 18.36; 3.3-5 3 Mt 25.31-46; 1Co 15.24; Ap 11.15

VII- Reino de Deus

O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno.1 É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e 1 Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7 Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regene2 Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 2.12,13; 2Co 7.1; 3.18; Hb rados que opera no mundo e se manifesta pelo tes12.14; Rm 6.19; Gl 5.22; Fp.1.9-11 temunho dos seus súditos.2 A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que A glorificação é o ponto culminante da obra da sal- só Deus conhece, quando o mal será completamenvação.1 É o estado final, permanente, da felicidade te vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para dos que são redimidos pelo sangue de Cristo.2 a eterna habitação dos remidos com Deus.3

VI- Eleição Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça.1 Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação.2 Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens.3 A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus.4 Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus.5 O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação.6

VIII- Igreja Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento.1 Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho.2 As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo.3 Há nas igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do reino de Deus.

1 Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez 36.22,23,32; 1Pe 1.2; Rm 9.22-24; 1Ts 1.4 2 Rm 8.28-30; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13,14 3 Dt 30.15-20; Jo 15.16; Rm 8.35-39; 1Pe 5.10 Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 35


O relacionamento com outras entidades, quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada igreja é um templo do Espírito Santo.4 Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra “igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus.5 1 Mt 18.17; At 5.11; 20.17-28; 1Co 4.17 2 At 2.41,42 3 Mt 18.15-17 4 At 20.17,28; Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-13 5 Mt 16.18; Cl 1.18; Hb 12.22-24; Ef 1.22,23 IX- O Batismo e a Ceia do Senhor O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica.1 O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal.2 Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos.3 O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.4 A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho.5 Nesse memorial o pão representa seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado.6 A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes.7

3 Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12 4 Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48 5, 6 Mt 26.26-29; 1Co 10.16,17-21; 11.23-29 7 Mt 26.29; 1Co 11.26-28; At 2.42; 20.4-8 X- O Dia do Senhor O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito.1 Com o advento do Cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em virtude de haver Jesus ressuscitado neste dia.2 Deve ser para os cristãos um dia de real repouso em que - pela frequência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas - eles estarão se preparando para “aquele descanso que resta para o povo de Deus”.3 Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo trabalho secular, excetuando aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da comunidade. Devem também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades espirituais.4 1 Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14 2 Jo 20.1,19,26; At 20.7; Ap 1.10 3 Hb 4.9-11; Ap 14.12,13 4 Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8 XI- Ministério da Palavra Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo.1 Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua Palavra.2 O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. 3 Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo

1 Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1Co 11.20,23-30 2 At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48 Revista Vigiai Virtual - 4a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 36


4 A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos.5 Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã.6 Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado.7 O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus.8 O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho.9 Às igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores.10

o Evangelho que recebeu de Deus.5 As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas.6 Devem eles trazer à igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberdade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras.7

1 Mt 28.19,20; At 1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb 9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14 2 Mc 3.13,14; Lc 1.2; At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co 12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17 3 Ex 4.11,12; Is 6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28 4 At 26.19,20; Jo 13.12-15; Ef 4.11-17 5 Mt 28.19,20; Jo 21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16 6 At 13.1-3; 1Tm 3.1-7 7 At 13.3; 1Tm 4.14 8 At 6.1-4; 1Tm 4.11-16; 2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3 9 Mt 10.9,10; Lc 10.7; 1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18 10 2Co 8.1-7; Gl 6.6; Fp 4.14-18

A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus.1 É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou.2 A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara.3

XII- Mordomia Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas.1 Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso os homens devem a ele o que são e possuem e, também, o sustento.2 O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo.3 Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e sabedoria.4 Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo

1 Gn 1.1; 14.17-20; Sl 24.1; Ec 11.9; 1Co 10.26 2 Gn 14.20; Dt 8.18; 1Cr 29.14-16; Tg 1.17; 2Co 8.5 3 Gn 1.27; At 17.28; 1Co 6.19,20; Tg 1.21; 1Pe 1.1821 4 Mt 25.14-30; 31.46 5 Rm 1.14; 1Co 9.16; Fp 2.16 6 Gn 14.20; Lv 27.30; Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.23 7 At 11.27-30; 1Co 8.1-3; 2Co 8.1-15; Fp 4.10-18 XIII- Evangelização e Missões

1 Mt 28.19,20; Jo 17.20; At 1.8; 13.2,3 2 Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20 3 Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15

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XIV- Educação Religiosa

1 Gn 1.27; 2.7; Sl 9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.49,13; Tg 4.12 O ministério docente da igreja, sob a égide do Espí- 2 Js 24.15; 1Pe 2.15,16; Lc 20.25 rito Santo, compreende o relacionamento de Mestre 3 Dn 3.15-18; Lc 20.25; At 4.9-20; 5.29 e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente.1 A palavra 4 Dn 3.16-18; 6; At 19.35-41 de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nes- 5 Mt 22.21; Rm 13.1-7 se processo e no programa de aprendizagem cristã. 6 At 19.34-41 7 Dn 3.16-18; 6.7-10; Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 2 O programa de educação religiosa nas igrejas é 13.1-7; 1Tm 2.1-3 necessário para a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele COMENTÁRIO que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do Roberto Do Amaral Silva: doutrinamento adequado dos crentes, visando à “É necessário que haja alterações e acréscimos. sua formação e desenvolvimento espiritual, moral Farei algumas sugestões como autor que sou do e eclesiástico, bem como motivação e capacitação livro “Princípios e Doutrinas Batistas” é percebendo sua para o serviço cristão e o desempenho de suas a necessidade de que haja essa “mexida”.” tarefas no cumprimento da missão da igreja no mundo.3 PARA FAZER SUGESTÕES Escreva para Convenção Batista Brasileira - CBB, 1 Mt 11.29,30; Jo 13.14-17 preenchendo o formulário no link http://www. 2 Jo 14.26; 1Co 3.1,2; 2Tm 2.15 batistas.org/pesquisa/cadastro/ 3 Sl 119; 2Tm 3.16,17; Cl 1.28; Mt 28.19,20 XV- Liberdade Religiosa Deus e somente Deus é o Senhor da consciência.1 A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual.2 Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano.3 Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie.4 A igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções.5 É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo.6 O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus.7

PROPOSTA DA VIGIAI 1 - XI- Ministério da Palavra Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo.1 Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua Palavra. ALTERAR ITEM 1 para “certos homens e mulheres”

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