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Informativo Evangélico Ano 01 Edição 5
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Para mais de um milhão de internautas!
VTI
EVANGELIZA O BRASIL INTEIRO!
Editorial
OS FURACÕES DA PRIMAVERA DE 2016
Vital Sousa, editor
Com alegria apresento a quinta edição da Vigiai Virtual. É trabalhoso, mas, muito prazeroso editar a revista semanal. Compartilhamos artigos rigorosamente selecionados e autorizados para serem publicados na Vigiai, visto que os autores ao dedicarem seu tempo a escrever estão adorando ao Senhor e repartindo conhecimento com um número ilimitado de leitores em prol do Reino de Deus, e a Vigiai sente-se honrada em socializar autores tão comprometidos com o Reino. Propositadamente colocamos o sumário logo abaixo e os leitores atestarão a veracidade das palavras da editoria, basta ler... ele faz parte do editorial. A Vigiai Virtual edição 5 é uma leitura imperdível!
Expediente Criação Fabiano Sousa (In Memoriam) Jornalista e Designer Mtb-SP 66.300 Tiragem Edição on-line enviada para mais de um milhão de internautas
Editor e diagramador Jornalista Vital Sousa Mtb-SP 63.588 E-mail: vital.sousa@gmail.com facebook.com/vital.sousa.3
Fotos Todas as fotos foram extraídas da internet
Produção Ministério Vigiai.net www.vigiai.net vigiai.net@gmail.com CNPJ 17.442.129/0001-52
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Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos seus autores, e não representam necessariamente a opinião do Informativo. É proibida a reprodução total ou parcial de reportagens, entrevistas, artigos, ilustrações e fotos, sem a prévia anuência dos titulares dos direitos autorais.
“Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.” (Mateus 24:42-44)
Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 2
Dois furacões chamaram atenção nesta primavera, do poder, desencadeando um grande mal ao povo que mais parece um interstício do inverno, outrora sofrido de nossa terra. era mais um hiato do verão. Vida que muda. As palavras de Jesus são a melhor referência neste O primeiro furacão é literalmente um furacão que fez momento triste: “O ladrão não vem senão para estragos na América Central e na América do Norte, roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham sobretudo no Haiti. vida e a tenham em abundância.” (João 10:10) Como o Haiti é um país extremamente pobre sofre ainda mais, porque a maioria das casas não são construídas de concreto e a intensa força dos ventos derruba quase tudo que à frente se encontre. Muita tristeza. Muitos estão envolvidos em solidariedade aos menos favorecidos que sofrem muito diante da força da natureza. Conheça a real situação nos informes da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira. Outro furacão que chamou atenção foi a política brasileira, principalmente as eleições no começo do mês de outubro.
Como é triste constatar esta realidade na política do nosso Brasil. Mas ao constatarmos que não somos cidadãos deste mundo e que em Cristo se tem vida e em abundância, sentimos o refrigério de estar no caminho correto e digno. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30:5). Que as noites no Haiti passem logo. Que as noites no Brasil passem logo.
Não podemos viver de furacão em furacão, como a Operação Lava-Jato, mas é necessário que tudo se esclareça, e que a justiça seja feita de forma O hecatombe político sofrido pelo Partido dos exemplar, punindo os ladrões do povo. Trabalhadores revela o profundo descontentamento do povo brasileiro com as atrocidades cometidas A edição da Vigiai impressa 21 já está a todo o por muitos de seus dirigentes, com a demagogia vapor, com uma entrevista forte e contundente do de palanque, fazendo o povo de marionete, com Pr. Moizés de Oliveira e outra bem doce, do casal desvios de vultosas quantias que deveriam ser de missionários Pr. Exéquias e Miss. Maria Helena. empregadas na educação, na saúde, na moradia popular, na mobilidade urbana, etc e muito etc e São os contrastes de um mesmo cenário dentro do não para enriquecer uns poucos que se utilizam contexto batista atual.
Sumário Institucional
1 - Capa - Pr. Odilon Pereira - VTI 2 e 3 - Editorial / Expediente / Sumário
Parceiros
Articulistas
10 - Pr. Ezequias Amancio Marins 14 - Pr. Mauro Clementino 16 - Pr. Evaldo Rocha 18 - Pr. Ozéas Dias Gomes 30 - Pr. Antonio Carlos de Lima 36 - Pr. Luiz Sayão
4 - Dr. Gilberto Garcia 5 - Rede Batista de Educação 6 - VTI 39 - Marco Wanderley Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 3
Parceria
Leia o artigo abaixo, do Dr. Gilberto Garcia, no site do “O direito nosso de cada dia” www.direitonosso.com.br
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http://redebatista.edu.br Colégio Batista Mineiro Compromisso com a Educação 550 crianças recebem Educação gratuita no Colégio Batista Mineiro, Unidade de Nova Contagem. Os alunos recebem também, além da educação formal, uniforme e alimentação. Uma parceria com a Casa de Apoio. Nas fotos vemos a comemoração local pela semana da criança. Valseni Braga
Veja mais fotos e mais informações no facebook do Prof. Valseni Braga Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 5
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EVANGELIZA O BRASIL INTEIRO!
Igreja Batista de Jardim Alcântara - São Gonçalo - RJ
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“Faça já o Seminário na sua igreja!”
Primeira Igreja Batista em Votuporanga - SP
Primeira Igreja Batista de Bauru - SP
Segunda Igreja Batista em Araturi - Caucaia - CE
Igreja Batista Boas Novas Presidente Prudente - SP
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“Faça já o Seminário na sua igreja!”
Igreja Batista da Liberdade - Roraima
Igreja Batista Videira - Araçatuba - SP
Igreja Batista Nova Jerusalém - Santos - SP
Igreja Evangélica Missão Nacional Jd. Elba - São Paulo - SP
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“Faça já o Seminário na sua igreja!”
Igreja Assembleia de Deus Cristo Vive Palmas - TO
Igreja Batista IV Centenário São Paulo - SP
Primeira Igreja Batista em Três Pontas - MG Igreja Batista Independente Ebenézer Várzea Grande - MT Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 9
“Precisamos de um avivamento!” Pr. Ezequias Amancio Marins relevante: “Dê-me uma centena de pregadores que não receiem nada, senão em pecar, e nada desejem senão a Deus, e eles, não importa se clérigos ou leigos, por si sós abalarão as portas do inferno, estabelecendo o Reino de Deus na terra”. A Leonard Ravenhil, um avivalista do oração de Wesley foi atendida, passado, disse algo forte: “Como e ele vivenciou, junto com outros estiver a igreja, assim estará o homens de Deus como George mundo”. E as últimas sentenças Whitefield, um grande avivamento do capítulo são: “Quanto a mim eu nos seus dias, no século XVII. É quero um avivamento, em minha sabido que muitos historiadores vida, minha igreja e minha nação; seculares concordam que foi o ou então prefiro a morte”. 1 despertamento evangélico de duzentos anos atrás, na época Precisamos de um avivamento de Whitefield e dos Wesley, que não de métodos, mas de mente e provavelmente salvou a Inglaterra de uma experiência semelhante coração Este é o momento de se à Revolução Francesa. A igreja fazer um destaque acerca da estava tão cheia de vida e de contextualização bíblica de uma poder que a sociedade inteira foi igreja que cresce naturalmente. afetada. Na realidade, enquanto o mundo fica preocupado em buscar Quando leio Atos 1.8 não posso métodos, Deus está interessado deixar de vê-lo como o “carro em buscar pessoas. Em outras chefe” de uma igreja que deseja palavras, o mundo pergunta: ter como único estratagema de “Com que método posso contar?”, crescimento o próprio Deus, pois enquanto Deus pergunta: “Com o Senhor é o único motivador de que homem eu posso contar?”. A crescimento da igreja. E é uma maior força que Deus possui nas pena de que em grande parte mãos para a operação de suas da literatura do movimento de maravilhas em nosso tempo é, “crescimento de igrejas” encontrasem sombra de dúvida, o homem se bem pouca menção ao método que se rende completamente de Deus para a igreja crescer: o a Ele. próprio Deus! É fato que o pedido de John Wesley ao Senhor continua
Deus derramar o seu avivamento sobre a igreja, os planos e métodos humanos estarão ruindo como que, em reverência ao Senhor da Igreja, aquele que começa e termina as coisas segundo unicamente a sua visão e o modo de trabalhar. E, como Deus não tem conselheiros, ele sem dúvida alguma cumprirá sempre o que lhe apraz. O grande pregador batista Charles Spurgeon admitiu: “Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada. Somos como veleiros ou carruagens sem cavalos. Como galhos sem seiva, murchamos. Como carvão sem fogo, somos inúteis”. Não podemos prescindir de uma vida de intimidade e total dependência de Deus. São com os joelhos flexionados que recebemos a orientação para o nosso ministério, e não em nossas salas de planejamento. Se Deus não nos encontrar em intimidade não adianta buscar ideias criativas de crescimento e mobilização da comunidade. Tenho para mim que Deus tem considerado carnalidade muito do que se tem sido feito em seu nome nesses dias. Não dá para se perceber Deus agindo em meio a tanto comércio, tanto marketing, tanta badalação personalista.
Mas é preciso que creiamos de todo o nosso coração que quando
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“Precisamos de um avivamento!” Pr. Ezequias Amancio Marins O avivamento que precisamos desmascarará muita gente, e eu peço ao Senhor que comece sua limpeza no seio da igreja, revelando os orgulhosos, soberbos e gente que tem desejado se promover com o título de pastor.
Tenho concordado há muito tempo com o que sentencia Danilo Raphael. Em um dos seus artigos ele diz que, hoje em dia, o liberalismo teológico tem sido responsável por uma visão do cristianismo apenas racional, e não do coração e da fé simples. Esse não é o avivamento que O liberalismo, em sua apostasia, precisamos! Posso dizer sem nega a validade de quase todos sombra de dúvidas, que isso é os fundamentos da fé como, o grande pesadelo de nossos por exemplo, a inerrância das dias: ver igrejas que mais Escrituras, a divindade de Cristo, parecem centros espíritas, com a necessidade da morte expiatória suas superstições, mantras e de Cristo, seu nascimento virginal extravagâncias, e que já não A igreja local acaba sendo refém e sua ressurreição. O liberalismo possuem nenhuma coerência desse ambiente pulverizado, é um sistema racionalista em uma busca equilibrada do onde o conteúdo vale menos que só aceita o que pode ser avivamento bíblico. que a aparência, o ético não é “provado” cientificamente pelos tão valorizado quanto o estético, próprios conhecimentos falíveis, Avivamento bíblico tem como e o belo nem sempre é sinal de fragmentados e limitados do base João 4.24: “Deus é espírito, pureza! Infelizmente a lógica do homem. e é necessário que os que o mercado invadiu a mente dos adoram o adorem em Espírito e cristãos, e a começar pelos líderes Por isso que tenho que resgatar em Verdade”. Existe adoração da adoração da igreja, que regem uma história contada por Martin na igreja que é em espírito e inclusive o que a igreja canta, Lloyd Jones, sobre uma espírita sem verdade, bem como existe pensa e crê! bem conhecida em Londres, que também a versão sem espírito e se converteu a Cristo depois de somente em verdade. Isto reflete O sociólogo alemão Rudolf assistir ao culto da Capela de a meninice da igreja. Otto afirmou que, embora a Westminster: “No momento que verdadeira religião comece com entrei em sua capela e me sentei Preocupo-me com a necessidade um conhecimento racional de entre as pessoas, tive consciência de um equilíbrio na nossa Deus, ela nunca deve parar ali. O de um poder sobrenatural”, adoração a Deus. Em nossos final da verdadeira adoração, ele lembrou-se a mulher. “Eu tive dias o que assistimos são dois diz, é um sentimento de “espanto consciência da mesma espécie de extremos: o rigor da forma e místico” na presença de Deus. poder sobrenatural que eu estava a tirania do espontâneo. Esse Aliar “poder e palavra”, “místico acostumada a sentir em nossas quadro precisa mudar, pois como e racional”, “espírito e verdade”, reuniões espíritas, mas havia uma diria Aristóteles, “a virtude está no torna-se o grande desafio para grande diferença: eu sentia que o meio”. evitarmos a tragédia de uma poder na capela era limpo”. adoração desequilibrada. A mídia popularizou o que antes só estavam cientes aqueles que faziam parte do meio evangélico. Hoje já temos bares gospel com funcionamento vinte e quatro horas, shows com bandas e cantores praticamente todos os meses em um local ou outro, produção de CD’s em grande quantidade de estilos (e alguns até com gravadoras independentes!), o Brasil se tornou um celeiro de novidades musicais gospel já há algum tempo.
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“Precisamos de um avivamento!” Pr. Ezequias Amancio Marins
Precisamos de um avivamento que renove o poder na pregação O Espírito Santo, quando encontra espaço para a sua atuação, logo produz um amor pela pregação expositiva. É estranho que o movimento de crescimento da igreja tenha tantas reservas com a mensagem expositiva.
que condene essa postura que poderia até ser legítima, mas ao ser tratada como matéria central torna-se materialista e por demais terrena.
Palavra em três esferas: criação, encarnação (Jesus) e Escritura (Bíblia). Não podemos desprezar um Deus que se interessou tanto em se comunicar que se exibiu a nós em formas tão esplêndidas e ricas, de um profundo significado.
Michael Green faz um protesto nesse sentido: “O padrão da pregação no mundo moderno é A pregação bíblica precisa deplorável. Há poucos grandes retomar o seu lugar de honra David Eby, pastor presbiteriano nos pregadores. Muitos ministros entre todas as partes do culto Estados Unidos, vem estudando parecem não mais acreditar cristão. Eu fui seminarista do estudos sobre crescimento de nela como uma poderosa forma falecido pastor Licinio Taylor, que igrejas desde 1972, e o que de proclamar o evangelho e dizia antes de qualquer pregador o surpreende é que o assunto mudar a vida. Esta é a era do assumir a palavra: “Vamos agora “pregação” é muito pouco citado. sermãozinho: e sermõezinhos à parte mais importante do culto”. Essa omissão é preocupante. fazem cristãozinhos”. A Palavra de De inicio eu questionava esta Por que será que os teóricos de Deus traz poder à comunicação do frase, e até mesmo tinha meus métodos que visam justamente a evangelho que visa a libertação de argumentos. Mas a pratica me saúde da igreja local não cuidam homens e mulheres das amarras ensinou de que de fato essa frase de tratar o tema da pregação? 2 do pecado e do domínio do confere com o ensino bíblico. A inferno. Não se pode desprezar a pregação do evangelho através Eu tenho um palpite a respeito verdade de que Deus revelou sua da proclamação é o meio de Deus disso: os teóricos não tratam Palavra para ser comunicada em tocar os corações das pessoas. da pregação porque na raiz sua plena complexidade, e não do pensamento dos lideres escolhendo um versículo ou outro E o conceito fica: temos de ser interessados apenas no para satisfazer algum capricho ou bíblicos e simples. A grande crescimento numérico não cabe curiosidade dos fiéis. riqueza de uma equipe de uma ênfase a respeito de temas adoração na igreja são pessoas espinhosos das Escrituras, como Fico a pensar que precisamos de que se dedicam a apresentar depravação total, eleição, graça um avivamento que faça o povo ao Senhor um sacrifício de irresistível, expiação particular de Deus mergulhar nas Escrituras louvor com base na humildade e perseverança dos salvos. sem pré-conceitos, sem ter e no espírito de entrega. São Eles preferem falar de assuntos estabelecido qualquer tipo de ministros de Deus no sentido da amenos como vitória sobre pensamento anterior. Trata-se palavra grega uperethas, isto é a depressão, a ansiedade, o de um mergulho desinteressado, “remadores de terceira categoria”, medo... dentre outros. Ao expor apenas com o fim de buscar que não ditam o rumo da igreja, as Escrituras corre-se o risco comunhão com o próprio Deus. apenas apressam o seu ritmo. de encontrar algum assunto Lutero disse que Deus deixou a sua Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 12
“Precisamos de um avivamento!” Pr. Ezequias Amancio Marins
Entendo que um avivamento caminha por esta ênfase: uma igreja que não adore apenas com o cérebro, mas também não apenas com o coração, mas sim “em Espírito e em Verdade”, levando a sério um renovado poder pela pregação. Não podemos mais ficar reféns de uma mensagem puramente temática, indo ao encontro das carências de nosso auditório, pura e simplesmente. Ao fazermos isso, seremos escravos daquilo que posso chamar de “mensagem sensível ao incrédulo”. Toda pregação evangélica precisa ter como alvo central alcançar o coração do pecador, crendo que somente o Espírito Santo poderá espedaçá-lo. Os puritanos pensavam nisso quando diziam que quando se começa a aplicação, o sermão começa. Em outras palavras, o clímax da mensagem está no apelo, que pode ser feito por perguntas, ao coração do homem,
que deve ser considerado como escravo do pecado – e já de antemão é importante salientar que ele não está confortável nesse papel. Por ele mesmo, não há desejo de mudanças alguma! Com isso, deve haver uma mudança radical no modo como preparamos nossas mensagens, tudo isso, para não focarmos por demais na exposição, pensando em sermos apenas “expositivos”, como se o sermão fosse uma aula de exegese, esquecendo-nos da aplicação, que é o fogo acesso no coração do pregador, que incendeia como fogo em lenho seco o coração do pecador! E, para se ter essa sensibilidade aplicativa, somente com uma vida rendida ao Senhor em oração. Whitefield acordava cedo, as quatro horas da manhã, e dormia às dez horas da noite. Muitas vezes ele se levantava à noite da cama para orar. Portanto, a oração precisa fazer parte da vida de quem se coloca a disposição para
falar de Deus. A. W. Tozer já nos aconselhava que não devemos ouvir alguém que antes não tenha ouvido a Deus! Maranatha! Ora vem, Senhor Jesus!
________________ 1 RAVENHIL, Leonard, Por que tarda o pleno avivamento? Venda Nova: Editora Betânia, 1989, passim. 2 Cf. EBY, David, Pregação poderosa para o crescimento da Igreja: o papel da pregação em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001.
Ezequias Amancio Marins Pastor titular da IBACEN (Igreja Batista Central em Japuiba - Angra dos Reis - RJ) www.ibacen.com.br - desde 1994. Foi ordenado ao ministério pastoral batista em 1994. Formou-se em Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil em 1996. Graduado Nacional do International Leadership Institute. Atualmente é Mestre em Divindade pela Faculdade Teológica da Fé Reformada. Casado com Débora Fritz Santos Marins e pai de João Marcos Fritz Marins. Blog: http://www.teologiabrasileira.com.br/ teologiacolunista.asp?codigo=59 Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 13
“Eu chorei em Cuba” Pr. Mauro Clementino
1. Impacto pessoal: Um país imerso no retrocesso no tempo e no espaço Vou estar falando aqui da Cuba que conheci, convivendo com os cubanos. Não vou falar da Cuba da imagem, dos hotéis Hilton, Sheroton. Não vou falar da Cuba que serve de treinamento para líderes sindicais, da Cuba que serve de fachada e inspiração para muitos que não a conhecem. Não vou falar da Cuba com suas lindas praias como Guantânamo onde os cubanos não podem curtir porque é isca para arrancar dinheiro dos turistas estrangeiros... Vou falar da Cuba para gente normal, do dia a dia. 2. Aspectos geográficos: Abaixo de Miami apenas 80 km. Abaixo, Jamaica; à direita – Porto Rico, Haiti e República Dominicana e Bahamas. 3. Aspectos políticos: Comunista, regime que impera pela desconfiança e o medo. Todo mundo vive sob muita pressão. Para se comprar tem-se uma caderneta com um número podendo comprar apenas em um lugar. Ganho médio da população normal: $5.00 a $15.00 4. Aspectos econômicos Cana de açúcar, laranja, tabaco, alho, cebola, etc. Ajuda financeira dos cubanos radicados nos EUA, e as
Organizações não governamentais que auxiliam enviando roupas, comida. Pior crise: 1994.
medida. Aliás, os únicos que vivem bem são os escalões do governo, os militares, a polícia e os delatores.
5. Aspectos sociais Carência por todos os lados. A pobreza é fabricada, criada pelo homem. O país parece ter sido bombardeado em uma guerra e não foi recuperado a anos.
11. Minhas experiências pessoais: a) Álbum de fotografia: Quando da minha visita à Cuba, estávamos sentados na sala, folheando o álbum de casamento dos meus anfitriões. Algo chamou-me a atenção: Todos naquela cerimônia estavam excessivamente magros. Perguntei-lhes então o que havia ocorrido e porque eles todos exibiam aquele aspecto? Foi quando o casal me explicou que naquele tempo (que durou mais de um ano), eles enfrentaram uma dura e cruel crise. Quando comiam, era apenas uma vez por dia dando sempre prioridade para as crianças e os mais velhos. Era claro naquelas fotos que a magreza não era uma dieta para beleza, mas sim a pressão de um regime sobre as pessoas. Era a pobreza fabricada.
6. Transporte, carros Carros super antigos, emendados, dos anos 1920,30 e 50. O transporte coletivo é semelhante ao nosso pau de arara. Ironicamente, os que dispunham de uma melhor condição social, inclusive carros, eram pessoas que trabalhavam para o Governo, os companheiros. 7. Comunicação Tudo é vigiado e a escuta é algo permanente. É proibido o E-Mail, e o que existe é vigiado. 8. Religião É a única coisa de concreto que o povo tem. E por incrivel que pareça, a Igreja Batista é democrática, mesmo em Cuba. É um povo que realmente depende de Deus para tudo. 9. Povo Predomina a população negra e mestiços. Muito semelhante ao carioca, na maneira, no jeito de se vestir, nas brincadeiras, na espontaneidade. 10. Embargo americano: Atinge mais o povo que o governo, pois este está acima de qualquer
b) Os chocolates: Levei em minha bagagem, alguns pacotes de chocolates para agradar as crianças. Como meu tempo era curto e muita agenda a ser cumprida, distribui aos lideres locais o que havia levado para que eles me ajudassem. Dois dias depois, perguntei a um deles se as crianças haviam gostado dos bombons. Ele ficou em silêncio. Achei então que não tivesse sido entendido. Perguntei-lhe novamente, ao que ele me respondeu: -Elas guardaram os bombons de lembrança.
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“Eu chorei em Cuba” Pr. Mauro Clementino
Disse-lhe que não eram souvenirs. Eram para ser comidos. Ele me disse então: Eles guardaram para que um dia pudessem dizer a seus filhos o que era um bombom... c) Papel Higiênico: Tendo em vista o e-mail que eu havia recebido da nossa lider de um outro país sulamericano sobre o que levar, cheguei a pensar que fosse brincadeira. Mas estava escrito “levar papel higiênico”. “Pero si, pero non”, levei vários rolos. Chegando lá, a líder os distribuiu com os participantes daquela reunião. Foi uma experiência única para mim, vê-los carregando papel higiênico debaixo do braço como se carrega uma valise ou agenda para todas as reuniões. Soube lá também da dificuldade para as mulheres pela falta de absorventes. d) Censura 24h: Palavras como – rei, comandante, general, vitória, chefe, marcha, etc. etc, são palavras apropriadas de uso exclusivo do governo da ilha. e) Uma noite retornando à hospedagem: Conversamos baixo e sempre com muito cuidado. Perguntei ao meu anfitrião porque tínhamos que conversar daquela maneira. Ele me respondeu que não sabíamos se havia gente estranha em casa ou na igreja que pudesse ver nossa ação como algo que atentasse o governo... f) Café da manhã: Primeiro dia – sentamos à mesa, e depois de ser dado graças (oração) vi sobre a mesa um leite quase transparente de
branco, e um dedal de café em frente à cada pires. Tendo óleo de soja e um pouco de sal. O economista venezuelano que estava comigo perguntou então se não havia margarina. E para que ela aquele óleo de soja com sal. A senhora respondeu que havia margarina sim no mercado central, mas que custava US$ 2.50 (dois dólares e cinqüenta centavos), um quarto do salário do marido. O óleo de soja com sal era para dar gosto ao pão. Estranhamento, enquanto esperava pelo vôo de volta ao Brasil, folheei um belíssimo livro ricamente ilustrado de autoria do senhor Fidel Castro com o título: “Como comer lagosta com um bom vinho”... g) Carona ao aeroporto de Havana: Já chorei muito nestes meus 50 anos de idade. Hoje, poucas situações me levam às lágrimas. Todavia, algumas delas são inarráveis: uma criança que chora assustada; uma mãe que chora a perda de um filho; um pai que chora a dissolvição de sua própria família; um idoso que ainda chora com a desesperança. E foi exatamente aí que tenho um registro de memória eterna. Quando terminamos nossa atividade em Cuba, rumamos para o Aeroporto de Havana. Um senhor beirando seus 70 anos se prontificou em nos dar carona. Disse-nos para continuarmos como em uma viagem normal, mas que ele tinha algo muito importante a nos dizer. Começou pelo sonho de um novo país. A paixão inflamada dos jovens por novas conquistas e liberdades. Quando então eles experimentaram
a nova ideologia que se apossou da ilha em 1959. Enquanto aquele senhor nos contava aquela história, observei que as lágrimas corriam por sua face. Em algum momentos ele soluçava. Ao se despedir de nós implorava-nos dizendo: Filhos, por favor, pelo amor que vocês têm ao país de vocês, contem tudo que vocês viram e ouviram por aqui. Nós fomos enganados. Mas não podemos deixar que os outros também o sejam. Por favor filhos, contem tudo que vocês viram e ouviram aqui. Não se deixem enganar por palavras doces e discursos agradáveis aos ouvidos. Isso é só por pouco tempo. Depois.... vocês viram no que deu! Nunca mais me esqueci nem daquele senhor nem de suas palavras de advertência. E, se já não era simpatizante de bandeira vermelha, passei a repudiála por completo. Nossa bandeira, a bandeira brasileira tem as cores: verde, amarelo, azul e branco. E são estas cores que quero defender como cidadão até ao fim da minha vida. 11. Lições apreendidas em Cuba, como cristão: a) não precisamos muito de coisas para viver, mas precisamos de essência de vida. Um povo que não tem praticamente nada, nem direito à expressão,todavia consegue superar a carência de coisas materiais, sendo autêntico, genuíno, sólido. b) aprendi que posso viver com menos, pois tendo dado tudo que levei, sobrevivi.
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“Fariseus pós-modernos”
Pr. Evaldo Rocha
Fariseus pós-modernos criam normas demais e oferecem vida de menos. Fariseus pós-modernos têm um discurso legalista e deixam de propagar a graça divina revelada em Jesus. Fariseus pós-modernos apontam com altivez o que “os outros têm de fazer” e são insensíveis ao que “eles mesmos devem fazer”.
Fariseus pós-modernos promovem opressão e são incapazes de ensinar o caminho da vida em Cristo Jesus. Fariseus pós-modernos põem fardos pesadíssimos nos ombros dos outros e eles mesmos são incapazes de carregar, confirmando a advertência de Cristo nos evangelhos. Fariseus pós-modernos caminham na “estrada da arrogância” e cada vez Fariseus pós-modernos vivem mais se distanciam da proposta Fariseus pós-modernos são aque- amparados pela hipocrisia e vivem de humildade apontada por Jesus. les que veem as pessoas como distantes da integridade. Fariseus “leprosas” por causa de suas ma- pós-modernos se autopromovem, Fariseus pós-modernos estão, zelas existenciais e espirituais. mas são incapazes de reconhecer de certa forma, alinhados aos Fariseus pós-modernos agem as virtudes de seu próximo. Fari- princípios dos seus antepassasem misericórdia em relação ao seus pós-modernos tocam suas dos que foram condenados vepróximo carente do perdão divi- “trombetas” e sufocam o “som de ementemente por Jesus em seu no. Fariseus pós-modernos têm vida” que é produzido pelos fiéis. ministério. Fariseus pós-moderdificuldade em perceber a graça nos anunciam uma mensagem de do Pai nas situações do cotidiano Fariseus pós-modernos não vi- condenação e se distanciam da dos homens. vem os valores do Reino de Deus esperança trazida pela encarnae rechaçam aqueles que desejam ção, paixão, morte e ressurreição Fariseus pós-modernos valo- promovê-lo. Fariseus pós-moder- de Cristo. Fariseus pós-modernos rizam a notoriedade a qualquer nos não experimentam Deus no precisam ser denunciados com preço e desconhecem a relevân- cotidiano e questionam aqueles coragem por aqueles que expericia da significância. Fariseus pós- o fazem com simplicidade e sin- mentaram da graça divina, do agir -modernos produzem um baru- ceridade. Fariseus pós-moder- restaurador do Espírito Santo e lho intenso na intenção de expor nos são guias cegos que condu- que cumprem a missão dada por publicamente o pecado alheio, e zem pessoas para o “atoleiro da Cristo. escondem com maestria os seus religião”, que vai sufocando aos próprios desacertos. Fariseus poucos aqueles que começaram Pr. Evaldo Rocha pós-modernos preferem orbitar a respirar o “ar fresco do evangeentre o julgamento atroz e a falta lho”. Escritor e pastor batista de amor. evaldonrocha@uol.com.br Site: www.evaldorocha.com Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 16
Josneide Jeanne Carvalho Nascimento Participe e curta a página do Programa da ANAMEL: Quando a noite vem. No ar todas as quintas-feiras das 17h às 18h. Proclamando a Palavra de Deus através de mensagens bíblicas e louvores, inclusive lançando novos talentos. Entrevistas com magistrados, várias autoridades e personalidades do mundo gospel. Você pode ouvir de qualquer lugar do Brasil ou do mundo pelo link: http://www.radiorecordrj.com.br/
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“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO” Pr. Ozéas Dias Gomes.
Atos 2:47. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. “A Igreja não pode ser confudida com o Reino, mas nao dá para ser compreendida separada Dele” (I. Silveira Chaves). Então vale pensar no Tema Igreja Transformada Pelo Poder do Reino de Deus. O Pr. Evaldo Rocha pregando na Assembleia da OPBB Fluminense, deu enfase às características de um Ministério Relevante, com base no texto. Marcos 10:35-45: - Motivação certa do ministerio. - Descansar no projeto divino. Evitar compartemento desagregadot. - Fugir da mentalidade de dominação no mundo. - Seguir o modelo ministerial de Jesus. Encerrou enfatisando: Para que o conteúdo da pregação da igreja seja relavante e não o modelo. Diferente do que acontece hoje! Vemos muitas igrejas com foco nos modelos e programas, em detrimento do conteúdo da sua mensagem, e cumprimento da sua missão.
Um pouco sobre este tempo: As estáticas apontam que somos no Brasil 30% de evangélicos, segundo o IBGE os evangélicos cresceram 61% no Brasil na ultima década, outras agências de pesquisa prevêem, que em 2022 seremos 106 milhões, e que em 2040, os evangelicos ultrapassaram os católicos! ISTO PODE SER EMPOLGANTE! Sim temos crescido em numero! Mas a pergunta é: ESTAMOS SENDO relevante, neste tempo? Tempo de crise politica, social e moral no Brasil! Tempo da “Cultura da Morte”, disse o pr. Eber na sua pregação na Assembleia da OPBB Fluminense: Morte da dignidade, MORTE DO RESPEITO AS AUTORIDADE. Cresci vendo pastores sendo respeitados, ovelhas submetidas às orientações de seus pastores, hoje em muitas ocasiões se observa o crescente desrespeito às orientações e liderança pastoral. Tomo as palavras do pr. Eber para afirmar: Igreja relevante neste tempo precisa ser usada pelo Espirito Santo para desfazer a Cultura da Morte!
Tempo de desafios; onde as pessoas declaram que não acreditam mais nas instituições; corrupção, perseguição, quebra de princípios bíblicos, morais e éticos ; que respinga na igreja. Busca desenfreada pelo progresso. O pr. Marcos Luis Lopes, em uma das suas devocionais em uma das assembleias da CBF, disse sobre o progresso que temos percebido neste tempo! Há sim muito progresso! mas tem nos faltado o que nos é relevante! Como por exemplo: Disse o pastor: “temos visto tanta tecnologia, mas ao mesmo tempo tanta frieza nos relacionamentos!” Temos percebido crescer as ideologias de uma mentalidade humanista, materialista, hedonista - O hedonismo (do grego hedonê, “prazer”, “vontade” ) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser, o prazer, o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene. A liberdade oposta à moral cristã. Tudo isso contribui para desajustes internos que levam a uma nova formulação do “Ser IGREJA”.
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“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO”
Pr. Ozéas Dias Gomes.
Mas como ser RELEVANTE? Precisamos sim ser RELEVANTES, neste tempo e para futuro da Igreja Evangélica brasileira, especialmente em nossas igrejas! Foi para isso que nossas vidas foram TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS NA POSSOA DO SEU FILHO JESUS! Texto: Atos 2:42-47 42. e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 44. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. 45. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. 46. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos. IGREJA RELEVANTE, é ser considerada indispensável, e plenamente necessária na vida de seus membros, e para sua comunidade. Caindo na graça de todos. MAS O QUE É SER IGREJA RELEVANTE? No âmbito igreja sempre se olha para os chamados heróis da fé para
definir essa relevância. “Seja como Abraão, Moisés, Davi, Paulo…” Não que os heróis da fé, merecidamente exaltados em Hebreus 11, não tenham sido extremamente relevantes, muito pelo contrário, mas, alguns quase anônimos, podem e devem ser destacados, eles exerceram seus papeis de forma fundamental para o cumprimento dos planos de Deus para a Salvação:
E o que dizer de um menino que dividiu sua marmitinha com uma multidão gigantesca? (Mateus 14.1719, Marcos 6.38-41; Lucas 9.13-16; João 6.9)
Dois exemplos dentro do ministério terreno de Jesus: Havia um paralítico que queria ser curado por Jesus (Mateus 9.2; Marcos 2:3-10; Lucas 5:18).
Era no fim do dia e nada para aquele povo comer. Jesus ordena aos discípulos: “vão procurar algo para alimentar multidão”.
O problema era: como chegar perto de Jesus? Havia sempre uma multidão cercando o Mestre, todos querendo algo em seu favor. Mas, o paralítico de Cafarnaum tinha algo a mais: Quatro amigos de verdade e, que naquele tempo, foram importantes na vida do amigo paralitico, conduzindo sua cama, com todo o esforço ao desce-lo pelo telhado... Mas o puseram diante de Jesus! Podemos exclamar: que atitude dos amigos! Lindo isso! O paralítico foi curado para honra do nome de Deus. E, certamente, seus amigos foram grandemente relevantes em sua vida além de se tornarem um exemplo de fidelidade e ousadia para nós.
Havia milhares de pessoas ouvindo Jesus (mais de 5000, porque no texto a conta se referia apenas aos homens, sem contar mulheres e crianças).
Encontram um menino com: 5 pães e 2 peixes. Mas, a dúvida foi. “Como dividir 5 pães e dois peixes? Não dá pra todo mundo…” O resultado nós sabemos: A partir do que aquele menino tinha para oferecer, Jesus multiplicou os pães e os peixes e alimentou a multidão. Dois mil anos depois ainda contamos essa história, mesmo sem saber o nome do menino. Que, com o seu pouquinho, fez algo completamente relevante. Ser relevante É FAZER do melhor modo a seu alcance. Influenciar alguém com seus atos de fé, ajudar outro, orar por um amigo, atender um necessitado, demonstrar atenção para com seu irmão “domestico da fé”.
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“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO” Para a igreja ser relevante neste tempo, o Reino de Deus deve ser a prioridade na missão da igreja, a ela é dada as promessas do Reino; como parte integrante do Reinado Divino, é compromisso da igreja as tarefas históricas e concretas do Reino na sociedade, e levar adiante a esperança reveladas pelo Senhor do Reino, e seus resultados espirituais e sociais na vida de uma comunidade. A igreja tem a missão de proclamar o Reino de Deus, de despertar na sociedade os valores espirituais a fim de transformá-la. Atos 2 revela-nos como a Igreja em Jerusalém tornou-se relevante, para o seu tempo, e suas lições chegam até ao NOSSO TEMPO. Após a histórica manifestação do Espírito Santo, capacitando os discípulos para o Testemunho da Fé, dando ousadia a Pedro para confrontar os seus compatriotas com a realidade da condenação e crucificação de Jesus; afirmando que sua ressurreição consumou a obra do Filho de Deus em resgatar o pecador. E que o pecador, através da Sua Fé em Cristo se torna salvo da condenação do pecado; verdade que fora interpretada com integridade para todos os que ali estavam, inclusive os de língua diferente entenderam sobre “A Grandeza de Deus”; e naquele dia foram batizados quase 3000 pessoas, acrescidas à igreja de Cristo naqueles dias.
congregação de cristãos quais são as marcas que precisam ser encontradas na igreja que quer ser RELEVANTE NO SEU TEMPO: QUAIS SÃO ESTAS MARCAS? 1- PERSEVERANÇA - Perseverar na doutrina dos apóstolos. At. 2.42
Pr. Ozéas Dias Gomes. da educação cristã, para serem aplicados às igreja hoje, e a nova geração de crentes ser firmada na guarda e defesa da “Doutrina Biblica”, que foi transmitida aos apóstolos, para que estes transmitissem aos crentes, para ser guardada e defendida pela igreja.
Os crentes de Jerusalém, agora fortalecidos pela capacitação espiritual, estavam perseverando na doutrina dos apóstolos.
Para que a igreja de hoje, e as gerações futuras, estejam firmadas na defesa da fé, pautada na doutrina que recebemos dos apóstolos. E assim sejam relevantes.
Não devemos falhar em observar e perseverar na doutrina: Todos os crentes, não somente os pregadores, têm o compromisso de perseverar na doutrina.
Relevância não se mede com números na escala de crescimento de igrejas, mas com os resultados da sua atuação na vida das pessoas.
Mas o que temos visto é que muitos, ou por não ouvir a condução do Espírito Santo, ou por seus próprios interesses têm se desviado da doutrina, e em nome da autonomia da igreja ferem frontalmente princípios bíblicos que são absolutos e não relativos à luz da revelação do que Deus quer para sua igreja ser relevante!
SER RELEVANTE! Não é uma receita pronta.
Todos os membros da primeira congregação foram dedicados à palavra. Todos desejavam aprender. Deus quer que sejamos capazes de defender as razões da nossa esperança nele (1 Pedro 3:15). Essa defesa da fé, é possível somente por meio da perseverança nos ensinos que recebemos da Palavra do Senhor, que são as suas doutrinas.
O que identificamos nestes exemplos são as oportunidades que Deus coloca em nossas vidas para que façamos algo conforme nos foi ensinado nestes valiosos exemplos. Podem ser obras gigantescas ou um copo de água ao sedento. O importante é fazer algo que possa impactar positivamente alguém. Afinal, é para isso que Ele nos chamou, para fazermos a diferença, SERMOS RELEVANTES AQUI! NO NOSSO TEMPO! MARCAS DA IGREJA RELEVANTE NO SEU TEMPO O texto de Atos 2, revelam para nós as marcas da relevância da igreja.
Aprendemos com a primeira É preciso resgatar o princípio Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 01.10.2016 - www.vigiai.net - Página 20
“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO” 2- PERSEVERANÇA - Perseverar na comunhão, no partir do pão e nas orações. At. 2.42 Eles perseveravam na doce comunhão. As duas experiências de perseverança da igreja de Jerusalém: “no partir do pão e nas orações”, denotam o quanto estavam em comunhão, e caminhando em acordo. A falta de comunhão compromete a relevância da igreja, e também das nossas instituições denominacionais. 3- TEMOR - Temer a Deus. At. 2.43 A Igreja tinha o temor ao Senhor, significa que reverenciavam ao Senhor, reconhecendo o Seu domínio sobre a igreja, se Jesus não for o Senhor da Igreja, ela fica sem vida e perde sua referência diante dos homens e da sociedade. Igreja Sábia Tema ao Senhor! (Provérbios 1.7). 4- MISSÃO - Cumprir a missão “Sinais e naravilhas”. At. 2.43. Os Apóstolos seguiam cumprindo a missão que receberam do Senhor para ser bênção na vida do seu povo, e “muitos sinais e prodígios eram feitos”. Cumprir a missão: De ser instrumento de Deus para “transformação” de vidas, torna a igreja relevante para sua comunidade.
cristã genuína; e ser uma agência relevante na promoção da firmeza cristã para os seus membros. 5- TER TUDO EM COMUM - Viver em Comunidade. “Estavam juntos e tinham tudo em comum”. At.2.44 Quando olhamos para este texto das Escrituras, logo nos vem à mente a partilha dos bens que cada um fazia, mas a vida em comum da Igreja vai muito além de bens materiais. Mas o que deve nos chamar a atenção é que podemos ver pelo texto de Atos 2, no verso 44, é que os que criam estavam “juntos”. ESTAR JUNTOS. Significa estar em Cristo, e vida em comunidade. Não mais vidas individuais, propósitos individuais, ambições e realizações pessoais. Agora um só caminho, um só coração e uma só alma: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns” Atos 4.32. Infelizmente, muitos líderes, assim como também os crentes, em nossas igrejas, perderam a relevância do “Estar Juntos”! Fica claro quando observamos suas ausências e cooperação nas atividades denominacionais.
Pr. Ozéas Dias Gomes. para o seu tempo. 6- CUIDADO - Cuidar uns dos outros. “E repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um”. At.2.45 Para uma igreja que entendeu a mensagem do evangelho, e que vivia junto tendo tudo em comum, era natural perceber que as pessoas se auxiliassem de uma maneira como descrita no verso! Uma igreja que se apoiava e se socorriam mutuamente, cuidavam uns dos outros.
Isso foi possível na igreja de Jerusalém, porque viveram identificados com os Ensinos dos Apóstolos. O Evangelho é o mesmo, o Espírito Santo também é o mesmo que age no convencimento: · Porque falta o cuidado uns com os outros em no meio da igreja? · É porque as pessoas não estão mais sensíveis a esse convencimento? · Porque há muito da frieza humana? Porque a Bíblia fala que Jesus é mesmo ontem hoje e sempre o será (Hebreus 13.8). Não foi Jesus que mudou; e sim a s pessoas. Muitos estão mais preocupados com coisas “materiais” do que com pessoas. Devemos até cuidar das coisa temporais, mas não em detrimento das pessoas!
CUMPRIR A MISSÃO deve ser o verdadeiro “propósito” DA IGREJA. Estar juntos torna a igreja relevante, No cumprimento da missão para suas realizações como relevante, ela deve ser dirigida por agência do Senhor, assim também Cuidar uns dos outros faz os crentes uma ação “radical” na direção de como denominação batista, é e igrejas serem relevantes para resgatar o valor da “experiência” preciso estar juntos e, ser relevante este tempo e em sua comunidade. Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 21
“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO” Ser Unânime significa: “aquilo que é do mesmo sentimento, ou mesma direção”. Alguém perguntará: Será isso possível nos dias de hoje também? Não somente é possível como deve ser a pratica de todos os crentes. Ter unanimidade, é relevante para igreja hoje, para que ela seja conhecida por sua unidade com Cristo, e com os irmãos que compartilham da mesma fé. 8COMPARTILHAMENTO SINGELO - Compartilhar com singeleza e alegria. “E partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração” At.2.46 O termo singeleza quer dizer simples; e isso também permeava na igreja de Jerusalém. Em outras palavras, eles não tinham mágoas um dos outros, rancor ou maldade. Seus corações eram puros. É incrível como as pessoas andam “armadas” uma contra as outras. Muitos vão para igreja, ou reuniões já com resposta prontas, e até mesmo com atitudes de rejeição em relação ao seu irmão na fé.
na igreja, pois há diversidade de pensamentos. Mas o coração deve estar sempre pronto para perdoar e se humilhar quando necessário. Ou seja, é preciso ter um coração singelo que promova a paz, a unidade, e a relevância da igreja, na direção do louvor ao Senhor. 9- LOUVOR - Ter atitude de Louvor ao Senhor. “Louvando a Deus” At.2.47 Não podia ser diferente, aqueles crentes, lá em Jerusalém, há mais de 2000 anos, viram e experimentaram a glória de Deus manifestadas em suas vidas, por isso as marcas do louvor estava presente nas suas experiências. A Igreja reunida celebrava ao Senhor com grande alegria (v.46). Os crentes não murmuravam, embora enfrentando as dificuldade, não havia queixas, mas louvavam a Deus, havia solidariedade, havia convivência fraternal. O Culto da igreja era uma festa, diariamente louvavam ao Senhor no Templo (V. 46, 47). Eles transbordavam de alegria devido a comunhão que mantinham com Deus. Igreja que que experimenta a Glória de Deus, que louva ao Senhor, e tem um Culto alegre e integro, será reconhecida pela sua relevância.
Pr. Ozéas Dias Gomes. ação impactante da Igreja, na sua comunidade do seu tempo, era considera e respeitada pelos “de fora”. O texto nos mostra que, quando no viver da igreja, suas marcas são manifestadas, essa igreja “cai na graça do povo”. A comunidade, a cidade onde a igreja está plantada será impactada por sua ação. Ela fará diferença e as pessoas terão simpatia por ela. “Cair na graça de todo o povo”. Faz a igreja ser relevante no seu tempo. 7UNANIMIDADE Ter unanimidade. “Perseverando unânimes todos os dias no templo” At. 2.46 E perseverando unânimes. Só a pessoa que alcançou uma benção de salvação, e que foi transformada pode ter essa experiência: perseverar, e ser unânime entre os irmãos, porque conheceu o valor da salvação. Unânimes. Porque a benção se alcança no corpo, na comunhão.
Todos os dias. Porque a igreja precisa de uma porção diária, Atitudes assim comprometem a constante para viver em comunhão. relevância da igreja e das nossas No Templo. O templo é lugar organizações. Nós precisamos de refúgio (casa do Senhor) de “desarmar” nossos corações adoração, onde temos comunhão e automaticamente nos livrar dessas “armas” do mal para que 10- RECONHECIMENTO - Ter com o Pai. Assim como Davi: os relacionamentos com os outros o reconhecimento dos de fora. “Porque mais vale um dia nos teus membros do corpo de Cristo seja “Caindo na graça de todo o povo” átrios do que em outra parte mil. Sl 84:10” sempre saudável. At. 2.47. 11- FRUTICAR - Frutificar em vidas É evidente que às vezes há algum A Igreja Primitiva viveu essa transformadas para o Reino de tipo de discordância entre pessoas realidade e, como resultado da Deus. Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 22
“IGREJA TRANSFORMADA PELO PODER DO REINO DE DEUS, PRECISA SER RELEVANTE PARA ESTE TEMPO” “E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” At.2.47 Deus acrescentava aquela igreja vidas que iam sendo salvas. Deus quer realizar esse milagre na vida das igrejas espalhadas no nosso Brasil e no mundo. Como igreja viva do Senhor Jesus, ela pode mostrar as marcas da sua relevância e impactar e contagiar VIDAS com a Glória de Jesus Cristo. Mas para isso é preciso que os valores de Deus apresentados na sua Palavra sejam reais na vida da igreja. CONCLUSÃO A RELEVÂNCIA DA IGREJA HOJE: Realizar e cumprir a missão dada por Deus para a igreja é uma questão desafiadora. Em meio aos desafios nos deparamos com a incumbência de ser uma igreja relevante para a comunidade onde estamos inserida. Cumprir a missão de Deus é realizar a sua vontade. E qual é sua vontade? Sua vontade, é que a igreja exerça o seu papel de serva, desprendendo-se de tudo que possa desviá-la da missão, e, a igreja deve proclamar o amor de Deus para a vida das pessoas. A igreja deve ser serva porque aquele que a comprou com sangue precioso foi servo de todos, e o fez em submissão ao Pai. Seu amor
sacrificial nos chama para amar como ele nos amou. Então, a igreja deve amar o próximo como a si mesma para expressar o amor de Deus ao mundo, revelar a todos os benefícios oferecidos por sua “Maravilhosa Graça”. O individualismo, a ausência de compartilhamento, a falta de ética e justiça, o tradicionalismo, o formalismo e outros, são perigosos inimigos da missão que podem nos distanciar de fazer a vontade do Senhor Deus, no que diz respeito à visão e cumprimento do dever. Tais atitudes a igreja deve repudiar, as que realmente querem servir a Jesus em seu Reino, e ser relevante! Uma igreja relevante para a comunidade não se limita ao seu espaço físico. Esta deve interagir com a sociedade em ações de justiça. Agir na direção de atender as necessidades das pessoas menos favorecidas; ser mobilizadora no atendimento das questões básicas, necessárias à sua comunidade. Uma igreja relevante para a comunidade deve ser contagiante. Ama a comunhão entre os irmãos e aborrece todo tipo de contendas. Lidera perdão, pois o perdão é a mola mestre que sustenta os relacionamentos, é no perdão e por ele que as relações encontram maturidade, esforça-se na prática do amor, da partilha, da misericórdia, do acolhimento, da fé. É desta forma que a igreja contagia “Cai na Graça”. É em meio à interação com as pessoas que a
Pr. Ozéas Dias Gomes. igreja se tornará relevante. O poder de Deus manifestado pela presença do Espirito Santo na vida da igreja certamente atrairá os que estão de fora. A igreja deve se apresentar diante do Pai como cooperadora na missão, entendendo seu propósito para ela. Por fim, a relevância da igreja encontra-se em sua disposição para servir e atender ao chamado do Cristo, realizar o projeto de Deus para a humanidade. Ser agência de Deus na promoção dos valores cristãos e da boa ética. A profundidade da relevância da igreja está na disposição de ser sal e luz para a sua comunidade. Mat. 5.14. E que nos confrontarmos com a realidade das Marcas de uma Igreja Relevante, possamos ter entendido que igreja transformada por Cristo, deve portar estas marcas: na vida dos seus membros, na vida das famílias de seus membros, na sociedade e comunidade onde está inserida. Só assim podemos cantar “Eu Tenho a Marca de Cristo em mim” Que o Senhor abençoe a todos os crentes e igrejas do Senhor Jesus, que possam como Transformados pelo Poder do Reino de Deus, viver e poder as Marcas da Igreja Relevante no seu Tempo. Julho de 2016 Pr. Ozéas Dias Gomes.
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“O cristão e a cultura: a tensão dos dois mundos” Pr. Antonio Carlos de Lima J. Wesley Baker no seu ensaio “Os cristãos numa cultura tecnológica” diz que os cristãos devem reconhecer as formas tecnológicas para uma nova cultura, e aproximálas num papel profético e ministerial. Baker encontra dois pressupostos por trás desta colocação. O primeiro está relacionado com a responsabilidade que os cristãos têm com o desenvolvimento de sua cultura, o segundo caracteriza a cultura como uma cultura tecnológica. Baker desenvolve suas idéias analisando a tensão que há na dualidade entre Cristo e cultura, inclusive relembra as categorias do livro Cristo e cultura, de H. Richard Niebuhr. Não me dou ao ensejo de querer reproduzir as idéias de Baker quanto ao cristão numa sociedade tecnológica, porque seria uma resenha e não um ensaio, mas gostaria de analisar alguns aspectos reducionistas na cultura religiosa. O reducionismo religioso está arraigado em diferentes formas religiosas. Do ponto de vista do cristianismo não é diferente. Parece-me que o cristão é educado a pertencer a dois mundos (espiritual e material).
chegando aos nossos dias sem que nos desvencilhemos dela.
Há outras produções que retratam a fuga da realidade presente.
É bem verdade que a Bíblia demonstra vários contextos em que o cristão defronta-se com o labirinto dicotômico. Ele depara-se com as expressões: os dois caminhos (largo e estreito), luz e trevas, justo e ímpio, salvação e perdição, céu e inferno, bênção e maldição, vida e morte, as coisas de Deus e as do mundo. Estas palavras pertencentes ao vocabulário religioso, portanto, encontráveis nas Escrituras Sagradas, influenciaram escritores que conseqüentemente influenciaram seus fiéis na maneira de ver os dois mundos separadamente.
Niebuhr relaciona alguns livros que dão o reflexo da completa separação da cultura, os principais são: O Ensino dos Doze, O pastor de Hermes, A Epístola de Barnabé, e a Primeira Epístola de Clemente (Cristo e cultura p. 71).
Na literatura pós-apostólica, alguns escritos revelam a idéia reducionista religiosa na vida do cristão, onde o mundo em que vive está fora de cogitação, tudo se reduz ao religioso. A Carta a Diogneto, possivelmente escrita no ano 100, que procura responder algumas indagações sobre a religião cristã, formulada por Diogneto, diz que a vida deles (os cristãos) decorre na terra, a cidadania, contudo, está nos céus (pp. 22-23).
Há de se levar em consideração que a postura cristã diante do mundo e sua cultura, refletia toda uma situação peculiar que era vivida por aqueles cristãos. Havia perseguição esporádica àqueles que professavam a fé cristã, posteriormente essa perseguição tornou-se oficializada pelo Estado, a rejeição era uma resposta contundente a um Estado repressor que os prendia e os lançava às feras e/ou fogueiras, sem contar as agruras provocadas pela crucificação. Um Estado que admitia adoração somente aos deuses que faziam parte de seu panteão e ao imperador. Ser cristão e envolver-se com os aspectos culturais do mundo, era sentar-se na roda dos escarnecedores.
A idéia de um mundo transitório em oposição à vida dos cristãos, faz parte desta carta, que é respaldada Quem sabe se a comunidade Essa influência platônica faz escola tanto no Antigo Testamento quanto religiosa que habitou a região de Qumran estaria dando uma de teologia desde a Antigüidade, no Novo Testamento. Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 30
“O cristão e a cultura: a tensão dos dois mundos”
Pr. Antonio Carlos de Lima
resposta a um mundo com o qual não concordava?
numa sociedade cada vez mais plural.
missionário partia de sua terra para evangelizar.
Qual o motivo da proibição a banhos públicos?
O religioso, independentemente do grupo ao qual pertença, querendo, ou não querendo, é um ser deste mundo.
Desconhecedor da antropologia do país para o qual era escolhido a pregar, o missionário designava como ser cristão, os aspectos culturais de seu país. Criando uma subcultura, tornava a forma de adoração de sua igreja uma forma universal, seguindose a ordem de culto, os hinos cantados, instrumental utilizado, em desrespeito ao que o nativo tem mais de importante que é a cultura.
Seria tão somente pecado, ou um reducionismo religioso, no sentido da rejeição à cultura? Convêm lembrar que os cristãos em épocas posteriores também se defrontaram com a tensão entre os dois mundos, Cristo e cultura. As ordens monásticas do período medieval são uma prova concreta que os cristãos não foram hábeis para resolver a questão. Elas são umas respostas de abandono quase que total do mundo e/ou rejeição cultural. Temos visto em diferentes noticiários que algumas seitas têm como ideal forte, a rejeição aos aspectos culturais do país onde elas estão. Esses movimentos sectários contemporâneos proíbem seus fiéis de fazerem aquilo que o Estado acha ser legal, como: servir ao exército, doar sangue, doação de medula, etc. Não estariam provando que a tensão entre Cristo e cultura, ou os dois mundos, continua?
O Reino de Deus não é deste mundo, mas foi inaugurado neste mundo, sem excluir-nos da responsabilidade com este mundo, tanto é que Jesus disse: “… é chegado a vós o reino de Deus” (Mat. 12:28). Jesus falou de um reino de justiça, e de tantos outros sinais visíveis desse reino. Torna-se difícil fechar-se dentro de uma redoma e excluir-se deste mundo, achando que temos de pensar só no Reino enquanto nosso futuro escatológico. Ser luz do mundo e sal da terra só é possível se o cristão contribuir para que a luz brilhe e o sal tenha sabor, tais procedimentos se materializam em contato com a sociedade, a fim de transformá-la numa sociedade mais justa. O reducionismo cultural é uma outra realidade provocadora de tensão entre o cristão e a cultura, dois mundos em questão. Por muito que se diga que o mundo jaz no maligno, o pensamento religioso é influenciado pela cultura desse mundo.
Um exemplo de reducionismo cultural usado em missões, foi a atitude de Guilherme Carey diante do decreto expedido pelo governado Lord William Bentinck, que tornou a queima de viúvas um delito proibido na Índia. A cerimônia chamada “sati” (palavra de origem sânscrita que significa “verdadeira” ou “fiel”) obrigava as viúvas serem enterradas vivas juntas aos esposos. Carey verteu o decreto para a língua do povo e fê-lo publicar o mais rápido possível (Ele tinha o mundo no coração, p.94). A atitude intervencionista de Carey, tendo como aliado o decreto de Bentinck, seria uma demonstração supracultural?
O reducionismo religioso não Ou Carey compreendeu a cerimônia tem espaço na sociedade “sati” a partir de sua experiência contemporânea, ainda que religiosa no seu contexto cultural? convivamos com grupos que Essa possibilidade evidenciouexcluam a possibilidade de diálogo se por muitos anos quando o Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 31
“O cristão e a cultura: a tensão dos dois mundos” Não seria melhor que se permitisse que Deus conscientizasse a sociedade indiana dessa prática, em vez de querer impor uma cultura homogênea através de decreto. Na Bíblia temos exemplos incontestáveis de pessoas que foram transformadas pela atuação de Deus em suas vidas. Podemos citar o exemplo Zaqueu, o publicano.
de
Não foi preciso decreto para que sentisse a necessidade de devolver àquilo que pertencia às pessoas, caso tivesse defraudado, no exercício de cobrador de impostos. Lia um livro de antropologia acerca do costume africano relacionado ao direito de propriedade. O africano ao vender sua propriedade, vamos supor um terreno, continuava sendo dono dos cupins existentes naquele terreno. Todo ano por ocasião em que os cupins começavam a se preparar para voar, o antigo dono do terreno os recolhia para si. Ele não tinha direito ao terreno, mas o cupim lhe pertencia. Com que direito um missionário estrangeiro diria que esse procedimento africano não é ético. O recrudescimento por alguns antropólogos quando se fala na evangelização indígena, é motivado pelo reducionismo cultural, porque acham certos brancos que o demônio está na cultura indígena.
Então, em nome da cultura do branco destruamos a do índio, colocandoelementos de liturgia urbana. No Brasil, o protestantismo de missão ou histórico impôs sua cultura de forma tão contundente, que até hoje, o cristianismo brasileiro tem dificuldade de se livrar. Constata-se essa realidade, quando um grupo de pessoas pensa numa liturgia desenvolvida a partir de elementos de nossa cultura, há um choque com aqueles que preferem o continuísmo litúrgico do século 19. A idéia que se tem é que Cristo é contra a cultura do evangelizado. Até pouco tempo, uma denominação que surgiu depois dos históricos, exigia que os homens usassem terno e chapéu, tal uso continua pelos homens mais idosos em igrejas do interior, os mais jovens se libertaram desse reducionismo cultural religioso. O reducionismo doutrinário é uma outra questão não resolvida entre os cristãos. Algumas denominações mais recentes têm surgido pela falta de compreensão do que seja doutrina e costume. A doutrina pode ser compreendida como crença ou ensino de temas teológicos, podemos dizer que ao estudarmos sobre a natureza de Deus, sua multiforme revelação aos homens na história, estamos estudando uma doutrina. A Igreja procura se orientar pela
Pr. Antonio Carlos de Lima interpretação que dá a essas doutrinas, surgindo assim o dogma, que é uma doutrina em forma de declaração. O costume está relacionado à cultura do povo, é um hábito, às vezes é de caráter regional. No Brasil o povo do sul tem uma forma diferente de se vestir. Eles usam bombachas, que são calças muito largas em toda a perna, menos no tornozelo, onde são presas por botões, apreciam um bom chimarrão. Seria paradoxal, e até mesmo absurdo, a tentativa de transformar em doutrina aquilo que é costume, porque o costume passa, ou permanece como folclore do povo. Então, quando um grupo religioso começa a padronizar hábitos como: são proibidos cabelos longos nos homens e o uso de barba, calça esporte nas mulheres, qualquer tipo de maquiagem, depilação nas axilas e pernas, está reduzindo em doutrina aquilo que doutrina não é.
A prática do reducionismo doutrinário inviabiliza a pregação do evangelho, porque cria situações constrangedoras para as pessoas que estão de fora do círculo evangélico, a ponto de pensarem que determinados evangélicos sejam alienados. Que pessoas estariam sujeitas a um jugo pesado de se carregar? O apequenamento desse entendimento pode influir negativamente no relacionamento entre o cristão e seu mundo.
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“O cristão e a cultura: a tensão dos dois mundos” O grupo que assim age deveria se perguntar: “O Cristo transformador da cultura estaria interessado transformá-la em doutrina”? A boa compreensão do que seja doutrina e costume, há de facilitar o trabalho que a Igreja deva desenvolver através dos seus membros. Deus precisa alcançar as diferentes camadas da sociedade, e o fará se seus filhos estiverem vivendo dentro de sua contemporaneidade. Seria extemporâneo se uma pessoa entendesse que a maneira certa para testemunhar de Cristo, fosse o hábito de vestir e se alimentar a semelhança de João Batista, ou seja, vestir-se com pelos de camelo, comer gafanhotos e mel silvestre. Imaginemos tal pessoa trabalhando como recepcionista numa repartição pública, não seria grotesco? O cristão não deve criar uma subcultura religiosa, o reducionismo doutrinário pode ser visto como uma subcultura, porque a subcultura tem dificuldade de manter um diálogo com a sociedade. Isso se aplica a qualquer grupo. Os hippies constituíram uma subcultura em protesto aos ideais de produtividade da sociedade moderna, substituindo esses ideais pela contemplação, lazer, e uso de drogas. Eles perderam a grande oportunidade de transformar a sociedade para melhor porque se evadiram ao diálogo.
O cristianismo através do cristão não pode criar uma subcultura, porque perderá a rica oportunidade de influenciar, por isso não deve transformar hábitos em doutrina, dificultando o acesso de pessoas ao conhecimento do evangelho. O reducionismo institucional é uma outra questão que precisa ser trabalhada pelos cristãos numa sociedade pluralista. A Igreja na sua primitividade não estava muito preocupada com os aspectos institucionais, salvo a questão da circuncisão resolvida no Concílio de Jerusalém (At.15:135), ela se preocupava mais em testemunhar sobre a razão de sua fé. Não podemos desmerecer o cuidado que se deve ter com a instituição, o período dos grandes concílios na história da Igreja teve o seu lugar de importância, muito do que cremos hoje foi resolvido naqueles concílios. A dificuldade se estabelece quando a Igreja torna-se escrava de uma eclesiologia inflexível, sem levar em conta o bem maior que é o ser humano. Por exemplo, hoje não há espaço para impor uma forma homogênea na distribuição da Ceia do Senhor que exclua da participação outros irmãos em Cristo. O reducionismo institucional que se atrela à atitude excludente na administração da ceia, não reflete a comunhão de Atos dos Apóstolos, mas ainda persiste em alguns grupos.
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As Igrejas contemporâneas, principalmente àquelas que estão nos grandes centros urbanos, hão de ser Igrejas que assimilem a multiformidade cultural e eclesiológica, sem perder a identidade de Igreja. Apenas para pensar, o que uma Igreja em São Paulo faria a um coreano, japonês, ou judeu que se converta em um de seus cultos? Transformaria em brasileiro, para que o brasileiro tenha percepção de que o estrangeiro converteuse? O estrangeiro entenderia essa questão de ceia restrita ou irrestrita? O mundo evoluiu e como cristãos não podemos estar à margem dessa evolução, se ficarmos, a tensão entre os dois mundos permanece inalterável para nós. O Cristo da cultura está aí querendo dialogar sobre uma série de coisas que mexem com os cristãos: clonagem, aborto, eutanásia, pena de morte, pesquisa em célulastronco, etc. Os cristãos terão que dar sua opinião em que circunstâncias tais coisas ferem a ética cristã ou não. Hoje, dizer que determinado fenômeno é pecado, não fecha a questão, outras possibilidades precisam ser analisadas à proporção que a ciência avança. Tenhamos cuidado reducionismo!
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Pastor Antonio Carlos de Lima Pastor Adjunto da PIB em Nilópolis
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“SERÁ QUE DAS CRIANÇAS É O REINO DOS CÉUS?”
Pr. Luiz Sayão
O que acontece com uma criança depois da morte? As crianças são de fato inocentes, como sugere a crença popular? E até que idade esta inocência persiste? Afinal, não foi o próprio Jesus que disse que “delas é o Reino dos Céus”? Como entender esta questão tão complexa?
que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. (Mt 18.3-4)
crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’”? (Mt 21.15-16 – citação do Sl 8.2).
Esses textos refletem a idéia de que o próprio Jesus se identifica com as crianças e que, além disso, a criança é o padrão de E, tomando uma criança, espiritualidade desejado por colocou-a no meio deles. Jesus. A criança possui humildade Em primeiro lugar, é necessário Pegando-a nos braços, disse- e sabe apresentar o louvor destacar que as crianças são lhes: “Quem recebe uma destas perfeito. Aqui um contraste com a pecadoras desde o nascimento, crianças em meu nome, está me mentalidade religiosa dominante conforme Salmo 51.5. Ninguém recebendo; e quem me recebe, da época, quando o padrão de nasce inocente. Todos nós somos não está apenas me recebendo, espiritualidade era o homem pecadores por natureza. Portanto, mas também àquele que me ancião. a crença de que as crianças são enviou”. (Mc 9.36-37) . Apesar disso, essa pureza infantil “anjinhos” não tem fundamento nas Escrituras. Todavia, as Mas quando os chefes dos e essa sinceridade extraordinária crianças são evidentemente sacerdotes e os mestres da lei dos pequenos não são suficientes “inocentes” no sentido em viram as coisas maravilhosas que para protegê-los espiritualmente. que não fazem tanta maldade Jesus fazia e as crianças gritando Em Marcos 9.21-22, lemos que premeditada e trabalhada, como no templo: “Hosana ao Filho de um menino era possesso de um fazem os adultos. Em geral, as Davi”, ficaram indignados, e lhe espírito mau desde a infância: crianças são mais transparentes, perguntaram: “Não estás ouvindo sinceras e capazes de perdoar do o que estas crianças estão Jesus perguntou ao pai do menino: “Há quanto tempo ele que a vasta maioria dos adultos. dizendo?” está assim?” Essa candura infantil parece ser refletida em alguns textos bíblicos: Respondeu Jesus: “Sim, vocês E disse: “Eu lhes asseguro nunca leram: “ ‘Dos lábios das Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 36
“SERÁ QUE DAS CRIANÇAS É O REINO DOS CÉUS?”
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“Desde a infância”, respondeu ele. “Muitas vezes esse espírito o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
não estão sob a mesma proteção necessário impedir que elas se espiritual. Se este é o caso, tornassem adultas. A consciência como então entender que Jesus adquirida na fase adulta seria a afirmou que o Reino dos céus é maior maldição da vida. Será que das crinças. Como pode ser isso? poderíamos considerar Herodes, A resposta para esta pergunta o assassino dos bebês, como um está na tradução equivocada do evangelista? Teria ele enchido o As Escrituras fazem distinção texto grego em Mateus 19.14. A céu? entre crianças que estão debaixo verdade é que a tradução comum de proteção divina, por serem do texto em diversas versões É muito mais provável que filhos de gente que está em aliança antigas que afirma que “o Reino haja crianças salvas e crianças com Deus (1Co 7.14). Portanto, dos céus é das crianças” está perdidas. A verdade é que parece razoável concluir que há errada. O grego toiouton não nenhum texto bíblico fala aberta crianças sob a influência do mal se refere às crianças e deve ser e claramente sobre o assunto. e crianças sob a bênção protetora traduzido conforme, por exemplo, Todavia, não é possível sustentar de Deus. É muito provável que a NVI, e é compatível com Mateus a salvação garantida a todas a idéia de “anjos da guarda”, 18.3-4: as crianças. É possível que as mencionada em Mateus, refira-se crianças, filhas de cristãos sejam a estas crianças, chamadas de Então disse Jesus: “Deixem vir a salvas, mas isso não pode ser santas em 1Coríntios 7.14: mim as crianças e não as impeçam; provado. A outra possibilidade pois o Reino dos céus pertence é que isso seja decidido a partir “Cuidado para não desprezarem aos que são semelhantes a elas”. da decisão soberana de Deus. um só destes pequeninos! Pois eu Isso não é impossível. Todavia, lhes digo que os anjos deles nos Portanto, devemos concluir que é preciso reiterar o fato de que céus estão sempre vendo a face as crianças não herdam o Reino a convicção de que todas as de meu Pai celeste. (Mt 18.10). dos céus automaticamente só por crianças são automaticamente Assim, vemos que as crianças serem crianças. Isso significa que salvas fundamenta-se numa podem ser abençoadas e nem todas as crianças são salvas, tradução equivocada da Bíblia. especialmente protegidas por ao contrário da crença popular. Deus, mas há também aquelas Se fosse verdade que todas Pr. Luiz Sayão que estão afastadas de Deus e que as crianças são salvas, seria Revista Vigiai Virtual - 5a. edição - 08.10.2016 - www.vigiai.net - Página 37
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