Vigiai virtual 21

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vigiai Informativo Evangélico Edição 21 www.vigiai.net

Virtual

VIDA TOTAL DA IGREJA VTI

Marque hoje o seminário na sua igreja! http://www.vidatotaldaigreja.com.br/contato.html Telefones: (13) 3251-1948 e (13) 99783-4411


Sumário CAPA

01 - Pr. Odilon Pereira - VTI

vigiai Informativo Evangélico Edição 21 www.vigiai.net Fevereiro de 2017

Criação Fabiano Sousa (In Memoriam) Jornalista e Designer Mtb-SP 66.300

INSTITUCIONAL

2 - Sumário e Expediente 3 - Editorial - “Ele é tudo pra mim”

PARCEIROS

4 e 5 - Convenção Batista Mineira 6 e 7 - Rede Batista de Educação 8 e 9 - Pr. Marcos Amazonas 10 e 11 - VTI - Vida Total da Igreja 12 e 13 - Casa de Apoio “Boto Rosa” 14 e 15 - Editora Cristã Evangélica 16 e 17 - Dr. Gilberto Garcia 18 e 19 - Segunda Igreja Batista de Campos 20 - Fidelidade 21 - Pr. Gilson do Carmo Batista 37 - Dr. Rubens Teixeira 42 - Igreja Batista em Parque do Carmo

ARTICULISTAS

22 a 25 - Pr. Lécio Dornas 26 e 27 - Pr. Antonio Carlos de Lima 28 e 29 - Pr. Neemias Lima 30 e 31 - Pr. Alonso S. Gonçalves 32 e 33 - Pr. Evaldo Rocha 38 a 41 - Pr. Geraldinho Farias

ENTREVISTA 34 a 36 - Pr. Eber Silva

ESPECIAL

43 a 45 - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil 46 a 50 - Quem é Billy Quin

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Editor e diagramador Jornalista Vital Sousa Mtb-SP 63.588 E-mail: vital.sousa@gmail.com facebook.com/vital.sousa.3 Produção Ministério Vigiai.net www.vigiai.net vigiai.net@gmail.com Contatos E-mail: vigiai.net@gmail.com facebook.com/vital.sousa.3 Nota Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos seus autores, e não representam necessariamente a opinião do Informativo. É proibida a reprodução total ou parcial de reportagens, entrevistas, artigos, ilustrações e fotos, sem a prévia anuência dos titulares dos direitos autorais. “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.” (Mateus 24:42-44)

Tiragem Para mais de um milhão de internautas


Editorial “Ele é tudo pra mim”

Vital Sousa, edtor

Amados leitores, A minha bursite - depois de 20 anos - resolveu reaparecer, dificultando e muito a elaboração da Vigiai Virtual desta semana. E por este motivo, o editorial, é uma reflexão antiga... Boa leitura! Em minha caminhada matinal, pensei e repensei, em um fato contado recentemente, por um pastor em seu púlpito. Dizia ele que esteve na cidade de Caçapava-SP para ministrar um curso na Prefeitura. Logo após o curso, um funcionário público, muito humilde, o procurou pedindo-lhe uma visita em sua casa. Durante a explanação em seu curso, tivera oportunidade de falar também de Deus, apesar do curso ser secular. Aceitando o convite, conheceu a família daquele senhor. Sua esposa, muito simples, e seu filho, na cama. Dizia o pai que seu filho tinha 22 anos e era único. Mesmo com esta idade não falava, não ouvia, e não andava. Nunca leu uma poesia, nunca deu um beijo. Nunca abraçou ninguém, nunca caminhou. Nunca sorriu, mas, chorava. Com o seu olhar, manifestava as suas necessidades. De fome, de higiene, de satisfação, de alegria. Intrigado com aquele quadro tão dolorido, com tanto trabalho e sofrimento, o pastor perguntou: O que o seu filho representa para o senhor? O pai, em lágrimas, respondeu: Tudo. Ele é tudo pra mim. Quando o olhar dele manifesta alegria, eu fico feliz. Ele é tudo pra mim, finalizou emocionado. “Apenas um olhar pode fazer uma diferença crucial”. novembro, 2008

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Convenção Batista Mineira lança “kit homilético” para pastores. Em 2017 os pastores das Igrejas Batistas do Estado de Minas Gerais poderão contar com mais uma ferramenta para auxiliá-los em seus ministérios. Todos os pastores do estado receberão gratuitamente o “Kit Homilético”, composto por um DVD com mensagens para as 52 semanas do ano, todas com ilustrações que ajudam na didática do culto. Trata-se de um material riquíssimo, produzido por uma equipe de pastores de todos os cantos do estado. São estudiosos da teologia e doutrina Batista, que a convite da Convenção Batista Mineira (CBM) se dispuseram a elaborar uma de sermões, para que todas as igrejas possam caminhar em unidade, no mesmo tom e com o mesmo zelo doutrinário. A ideia para este projeto surgiu no coração do Pr. Marcio Santos, diretor executivo da Convenção Batista Mineira, no ano de 2016. Analisando o tamanho do estado de Minas Gerais, que hoje é o quarto maior estado brasileiro, e também do contato com os pastores e líderes das igrejas mineiras, ele viu a necessidade dos batistas se unirem e terem uma mesma linguagem e um mesmo pensamento homilético. “Ao todo hoje somos 1153 igrejas e congregações, espalhadas por toda parte. A frente destes trabalhos, contamos com uma equipe de mais de 1000 pastores e líderes. A ideia do projeto é permitir que o conhecimento seja compartilhado de norte a sul, de leste a oeste. Nossa intenção não é engessar o pastor, de forma que ele não tenha liberdade de conduzir seu púlpito, mas sim oferecer a ele mais uma ferramenta na nobre missão de pregar o evangelho aos salvos e também aos não alcançados”, pondera. Para desenvolver este projeto, o tema anual da Convenção Batista Brasileira, que este ano é “Anunciando o Reino com o poder de Deus”, foi subdividido, com uma ênfase específica para cada mês do ano. “Eu achei essa ideia maravilhosa, porque cada pastor vai receber um kit, onde ele terá mensagens para todo o ano, para cada domingo do ano, e não apenas o texto, mas também um modelo de power point. Mesmo que ele não queira pregar exatamente o sermão que vai receber, ele vai ter ali uma ideia, um suporte, uma referência, e todos nós, no estado, estaremos seguindo na mesma direção. Eu acho que isso será muito importante para nós”, comenta o Pr. Sebastião Arsênio, da Igreja Batista Esplanada em Governador Valadares, que participou da elaboração dos sermões e de todo alinhamento homilético. A iniciativa está alinhada com os objetivos da diretoria da Convenção Batista Mineira, de disponibilizar material sólido e consistente para que os líderes das igrejas e congregações possam ter fontes seguras de pesquisa e consulta. “É um alinhamento com uma visão homileticamente correta. Entendemos que esse projeto pode abençoar, porque ele é didaticamente trabalhado para que não só o pregador tenha condições de estabelecer um vínculo maior com o texto, mas para facilitar inclusive para o próprio ouvinte”, comenta o Pr. Marcelo Petrucci, da Primeira Igreja Batista em Mantena, e que também faz parte da equipe de elaboração, organização e revisão do “Kit Homilético”. O projeto também vem atender uma demanda por “identidade” denominacional, que é a busca pela unidade entre os Batistas Mineiros, em um tempo em que diversas denominações estão perdendo seu foco e sua essência. “Não posso deixar de agradecer a Convenção Batista Mineira e também todos os irmãos envolvidos neste projeto. Qualquer Igreja Batista em Minas Gerais que você chegar em 2017, todos vão estar falando a mesma coisa. É algo que no passado eu já comentei, que é a busca por “identidade denominacional”. Espero que nossos colegas pastores entendam esta visão e estejam apoiando. Com certeza aqui na Primeira Igreja Batista em Manhuaçu nós estaremos juntos, neste alinhamento homilético para 2017”, comemorou o Pr. Marcio Melo. O “Kit Homilético” é mais um apoio que a Convenção Batista Mineira oferece aos líderes pastorais das Igrejas e Congregações do estado. Além dele, outras ações como a “Academia de Estudos Pastorais”, que em 2017 completa 3 anos de existência, e também a “Convalidação Para Pastores e Líderes”, realizada pela Convenção Batista Mineira em parceria com a Faculdade Batista de Minas Gerais, são realidades de projetos bem sucedidos, que têm, de forma gratuita, abençoado pastores e líderes em todo estado.

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Vem aí a Academia de Estudos pastorais

Atentos às necessidades ministeriais do pastorado em nosso estado, a Convenção Batista Mineira e a Rede Batista de Educação estarão lançando em breve a Academia de Estudos Pastorais. Constatada a grande demanda de aprimorar os conhecimentos, especialmente no interior do estado, a Academia de Estudos Pastorais oferecerá capacitação continuada para pastores batistas. A ampla proposta de aperfeiçoamento, que tem a coordenação do pastor Irland Pereira de Azevedo, entre outras coisas, busca: - Estimular a leitura e aprendizado constante de pastores; - Complementar e enriquecer o preparo de bacharéis em Teologia e instrumentalizar seus conhecimentos de modo a exercerem um ministério pastoral eficaz; - Debater grandes temas do ministério pastoral em nossos dias, sua teologia, missão e desafios; - Estimular e debater a pregação da Palavra com excelência, fidelidade e relevância, nos dias atuais, em face da crise da pregação que temos testemunhado; - Estimular e exemplificar a prática da mentoria no ministério pastoral dos nossos dias. - Ajudar os pastores a lidar com problemas que ocorrem em sua igreja e ministério. Muitos outros temas serão estudados em três módulos. Dentro em breve estaremos divulgando mais informações. Pastores, fiquem atentos e participem desta oportunidade de enriquecer seus conhecimentos.

PRIMEIRO MÓDULO – 14 a 18 de março de 2016 PROGRAMAÇÃO Primeiro tema: Ministério Pastoral com Excelência e Integridade para este Tempo – Pr. Irland de Azevedo 14/03 – 19h30 – 22h30 – (3h) 15/03 – 8h às 10h30 Avivamento O papel da igreja no processo de avivamento Preletor: Gregory Frizzell 19h30 – 22h30 – (3h) Segundo tema: O pastor, sua cultura espiritual e os saberes que o ajudarão hoje – Walter Batista 16/03 – 8h – 12h – (4h) 19h30 – 22h30 – (3h) Terceiro tema: O pastor: chamada e caráter do homem de Deus – Pr. Vanderlei Marins 17/03 – 8h – 12h – (4h) 19h30 – 21h30 – (2h) 21h30 – 22h30 – Mesa Redonda – Pr. Rubens, Pr. Vanderlei e Pr. Wagno Quarto tema: Avaliação dos temas apresentados (Mesa Redonda: Pr. Marcio e Pr. Wagno). Dividir o grupo em três grupos, avaliando os aspectos positivos e retornando ao grupo 18/03 – 8h – 12h (4h)

Faça sua inscrição no link abaixo https://kairos.batistasmineiros.org.br/kairos/

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Pr. Marcos Amazonas


Começar de novo

Pr. Marcos Amazonas

Começar de novo e de novo começar. É preciso sempre começar e recomeçar. Começar novamente dá a ideia de que um ciclo se fechou ou então, algo não ficou muito bem. Quem começa novamente é uma pessoa que não aceita a mesmice. É uma pessoa que percebe que há sempre a oportunidade de fazer diferente. Há sempre algo que necessita ser aperfeiçoado. A canção de Ivan Lins diz: “Começar de novo E contar comigo Vai valer a pena Ter amanhecido Ter me rebelado Ter me debatido Ter me machucado Ter sobrevivido Ter virado a mesa Ter me conhecido Ter virado o barco Ter me socorrido” Começar de novo é não desistir. É perceber que a vida segue e que há possibilidade de realizar os sonhos e a capacidade para enfrentar seus medos e fantasmas. É rebelar-se consigo mesmo é dizer que não aceita a passividade. É ter a coragem de virar a mesa e lutar para que as coisas sejam diferentes. Começar de novo é juntar os cacarecos da vida. É tratar-se e não se deixar largado e abandonado. É não desistir de si mesmo. É perceber-se com valor e sendo assim, valorizar-se e cuidar-se para desfrutar de dias melhores. É tratar-se e amar-se, porque o amor deve partir primeiramente de nós. Quem não se ama é incapaz de receber o amor seja de quem quer que for. Começar de novo é ser resiliente. É não se deixar destruir. É ter a capacidade de perceber que a vida sempre nos oferece uma nova oportunidade. É entender que erros não são fracassos, mas sim tentativas de acerto que não foram bem-sucedidas e por isso, devemos tentar outra vez. E tentar outra vez, é começar de novo. Começar de novo é ser uma pessoa que olha para cada novo dia como uma oportunidade de fazer diferente e ser diferente. É perceber que sobreviveu e vive não para ser expectador da vida, mas artista principal. É fazer parte da banda e não ficar parado vendo a banda passar. Começar de novo é olhar para vida com outros olhos. É dizer que não aceita ser escravo da mesmice e não aceita viver enclausurado em si mesmo e nas circunstâncias da vida. É voar e voar alto e voar para fora de si e viver a vida com tudo o que há para viver.

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Rosa. Recebemos mensagem de uma empresa, perguntando-nos como podem ajudar. Explicamos que todo apoio é bem vindo, a DNConsultoria,doa de seu tempo e de sua experiência, nos ajudando na Administração Financeira da Casa Boto Rosa. Entre em contato conosco e veja como sua empresa pode vir somar conosco nessa missão na luta contra o câncer infanto - juvenil. Obrigado Dnconsultoria pelo apoio. https://www.casabotorosa.org/

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Queridos ontem, recebemos dois anjos em forma de gente do Beaba e do brincandocomLola. Vieram nos abençoar com os kits do Beaba e da Lola. Obrigado um beijão no coração de cada um. FAZER O BEM FAZ BEM A ALMA. Hoje nós estívemos em missão dupla: representamos o Beaba , ONG que desmistifica o câncer infantil de maneira otimista que nós somos parceiras e também levamos Lolas (em formato de Joaquins!) para as crianças e jovens moradores da Casa Abrigo Boto Rosa aqui em SP. A ação do Beaba é entregar kits de higiene e os guias. ❤#comlola #beaba #brincandocomlola

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Esta vai para agradecer a Editora Cristã Evangélica, os irmãos da Sociedade Bíblica do Brasil, Lécio Dornas e Abimael Cirene Souza pelo companheirismo nos anos de trabalho da Equipe. Não posso deixar de mencionar José Humberto Oliveira, que no início do projeto deu todo apoio e empolgação. Venha conhecer esta preciosa ferramenta no dia 17 de março, às 20h00 na Igreja da Cidade em São José dos Campos. Aproveite e se inscreva para nosso congresso. Maiores informações em www.editoracristaevangelica.com.br Andre Lima

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” João 10.10.-11. Não dá para titubear: Corra para os braços de Jesus. “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade” 1 Coríntios 15.52-53. A volta de Jesus nos reservas estas bênçãos extraordinárias. Por isso, clamamos: MARANATA!!! “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” Tiago 1.12. Ser provado e aprovado por Deus nos garante vida eterna no céu. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 1 João 1.9. Todo aquele que confessa seus pecados a Deus e arrependido abandona a sua prática recebe o perdão divino e a vida eterna. “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” 1 Coríntios 7.1. Por tudo que Deus nos tem dado e prometido, precisamos viver em santidade de vida. Abimael Cirene Souza

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IAB na celebração do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Ivanir dos Santos e Gilberto Garcia

O presidente da Comissão Especial de Direito e Liberdade Religiosa do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Gilberto Garcia, participou da celebração do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (comemorado em 21 de janeiro), em ato realizado no dia 19, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. O evento, que reuniu representantes de diversos credos, foi promovido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR), em parceria com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) e a ABI. Durante o encontro, que contou com a presença de diversos líderes religiosos, entre os quais, católicos, candomblecistas, espíritas, evangélicos, judeus, hare krishna, mulçumanos, umbandistas, messiânicos, mórmons, além de ateus e agnósticos, foi lançado o relatório bilíngue Intolerância Religiosa no Brasil. O documento tem como objetivo evidenciar situações de discriminação, violência verbal e física inseridas no campo da intolerância religiosa no Brasil. Um dos organizadores do livro, o babalawô e professor Ivanir dos Santos, que é o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, explicou que o relatório é fruto da parceria entre a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e o Laboratório de História das Experiências Religiosas do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Também esteve presente ao ato o consócio Joycemar Lima Tejo, integrante das comissões de Direito da Integração e de Direitos Sociais. Fonte: Portal IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros) 16 | VIGIAI - janeiro de 2017


Simpósios, Conferências e Palestras gilbertogarcia@direitonosso.com.br +55 (21) 2696-5244 +55 (21) 99912-6678 Rua: Antonio Teles de Menezes, 41/408 Centro – São João de Meriti/RJ CEP. 25.520-630 janeiro de 2017 - VIGIAI | 2017 | 17


Segunda Igreja Batista de Campos dos Goytacazes Pastor Presidente: Éber Silva


Endereço: Rua Conselheiro JosÊ Fernandes, 198 - Centro Cidade: Campos dos Goytacazes - RJ E-mail: secretaria@segundaigreja.com.br Telefone: (22) 2723-3784



Pastor Gilson do Carmo Batista 50 anos de ministério pastoral JOSÉ DE SOUZA MARQUES (1894/1974) PASTOR – EDUCADOR – ADVOGADO – POLÍTICO Pastoreou a PIB. de Campo Grande, de 1923 a 1925. Pastoreou a PIB. de Realengo, de 1934 a 1942. Nasceu em 29 de Maio de 1894, na Cidade do Rio de Janeiro. Converteu-se em 1910, na PIB. do Rio de Janeiro, sendo batizado pelo Pr. J.W.Shepard. Casou-se em 07/12/1922 com a irmã Leopoldina Amélia Ribeiro. Desse casamento resultou os filhos: Stela, Diléa, Elza, Dulcinéia, José, Leopoldina e Nise. Certamente foi um grande exemplo de homem negro e oriundo da pobreza, que teve que lutar bravamente para adquirir educação.

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Epidemia de preguiça Pr. Lécio Dornas “Preguiçoso, aprenda uma lição com as formigas! Elas não têm líder, nem chefe, nem governador, mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno. Preguiçoso, até quando você vai ficar deitado? Quando vai se levantar? Então o preguiçoso diz: “Eu vou dormir somente um pouquinho, vou cruzar os braços e descansar mais um pouco.” Mas, enquanto ele dorme, a pobreza o atacará como um ladrão armado.” ( Provérbios 6.6-11 - NTLH )

Quanto mais eu trabalho, me esforço, viajo, estudo, prego, aconselho, visito, dirijo reuniões , vou dormir cada noite com o desejo que o dia tivesse mais horas; mais eu encontro gente que, como se diz, “não quer nada com a hora do Brasil”. Gente que consegue fazer a mesma coisa todos os dias e nunca a faz melhor; pessoas que pegam um trabalho já iniciado e sequer se esforçam por completá-lo; gente que não limpa ou melhora o próprio local de trabalho, que não se importa o mínimo quando algo se quebra ou estraga, que prefere colecionar objetos estragados a consertá-los, opta por usar mais um copo limpo a lavar um para tomar água. O fato se dá com funcionários de aeroportos, hotéis, repartições públicas, agências bancárias, consultórios etc. Quando a gente menos espera ( e as vezes quando mais precisa ), fica de frente com um desses calaceiros. Recentemente deixei o carro no estacionamento de um aeroporto para uma viagem rápida. Ao retornar, verifiquei que, por ter esquecido o farol ligado, a bateria estava descarregada. Imaginei que eu não deveria ser o primeiro a sofrer este tipo de infortúnio e voltei ao terminal, fui orientado pelo setor de informações a procurar uma das muitas pessoas que transitavam no saguão com um colete exibindo a seguinte frase: “Posso ajudar?”. Ao compartilhar meu problema ele me disse: “Aqui no aeroporto o senhor não vai encontrar solução, vai ter que chamar ajuda de fora, não posso ajudar em nada”. Observei que ele se afastou e se encostou num balcão e ali ficou. Comecei andar e procurar algum setor que fosse util e achei outra pessoa com o mesmo colete. Arrisquei e expliquei também a ele minha situação. O senhor me conduziu até o local apropriado no próprio saguão, não muito longe de onde estávamos, lá eu obtive ajuda e, em poucos minutos, eu já estava saindo do estacionamento no meu carro com a bateria já funcionando. Dois funcionários com o mesmo colete, desempenhando a mesma função, no mesmo horário: Um mandrião e o outro um trabalhador honesto e digno. No contexto empresarial, nas empresas de todos os portes, o fato também ocorre. Às é empresário, o executivo, o diretor ou o gerente, que se debruça em planilhas e resultados pretéritos e fica no escritório ao telefone, na Internet ou só de papo com algum colega, esquecendo-se de que sua empresa confia nele e o remunera para dedicar tempo e potencial em favor de seu crescimento. Diretorias inteiras de empresas, optando por caminhos aparentemente mais curtos e fáceis de serem percorridos, acabam perdendo sua posição no mercado e, não poucas vezes, tendo até que deixá-lo. A razão de tudo: Preguiça, muita preguiça! Há uma epidemia de preguiça na sociedade contemporânea!

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A preguiça faz a pessoa escolher sempre o caminho mais fácil, o que dá menos trabalho, mesmo que não assegure resultados compensadores. A preguiça faz a pessoa criticar o que seu antecessor fazia, simplesmente para justificar sua inação. A preguiça leva a pessoa a abandonar projetos e caminhos já iniciados, apenas para não ter que enfrentar o desafio de aprender e crescer. Afinal de contas, é bem mais fácil e cômodo parar com um projeto cuja continuidade coloca o líder na contingência de desenvolver novas competências, do que encarar a própria limitação, assumindo-a e agindo na direção de desenvolver novas habilidades para o bem da empresa ou da corporação. A preguiça faz a pessoa estagnar e sua obra definhar! A preguiça, por fim, emburrece. Se na sociedade como um todo, e no mundo corporativo em particular, a preguiça é devastadora, na igreja e na obra do Reino de Deus, é fatal. São pastores de tempo integral que só começam preparar o sermão no dia anterior ao da pregação; líderes de ministérios que nunca reúnem seus liderados, nunca planejam e, quando dão por si, o ano acabou e nada foi feito. Lembro-me de uma igreja onde fui membro que, no momento da eleição da nova diretoria, reelegeu como diretor de evangelismo, um irmão que não havia feito absolutamente nada no ano anterior. A justificativa foi a de dar a ele a oportunidade para fazer algo, já que no ano anterior ele não conseguiu fazer nada. Resultado: Mais um ano sem evangelismo na igreja. O mesmo se verifica em instituições do Reino, que patinam sem sair do lugar há anos, unicamente pelo comodismo, falta de visão e preguiça daqueles que as lideram. Perdem-se dinheiro, desperdiçam-se oportunidades, frustram-se pessoas de alto potencial, enfim, o Reino perde, perde e perde. Uma das coisas que alimenta a preguiça é a ilusão quanto à durabilidade dos efeitos de vitórias no passado. A pessoa tem uma vitória em um determinado tempo e fica o resto da vida querendo viver à sua sombra. A preguiça tende a se instalar logo após um grande triunfo e, quando se instala, impede que novas conquistas aconteçam. Segundo a sabedoria de Provérbios, supramencionada, o preguiçoso... · Não é pró-ativo ( “... Elas não têm líder, nem chefe, nem governado...” ); · Não é previdente ( “... mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno...” ); Não tem prontidão em agir ( “...vPreguiçoso, até quando você vai ficar deitado? Quando vai se levantar? ); · Vive perdendo oportunidades ( “...o preguiçoso diz: “Eu vou dormir somente um pouquinho, vou cruzar os braços e descansar mais um pouco.” ). Diz ainda que o preguiçoso, vítima da própria preguiça, sem perceber... · Acaba em ruínas (...”Mas, enquanto ele dorme, a pobreza o atacará como um ladrão armado.” ). Ao que parece, o preguiçoso está muito em desvantagem em nosso tempo. Tanto o competitivo mundo corporativo, quanto as organizações públicas e também as do chamado terceiro setor, elencam competências que o desclassificam com facilidade. Mesmo na igreja e nas agências do Reino, onde a carga de misericórdia e a disposição em dar mais uma chance ao desleixado e mandrião, é sempre grande; mesmo aí decresce a tolerância com os que só fazem peso e, como já disse, “não querem nada com a hora do Brasil”. Não é raro vermos gente com este perfil zopeiro dando entrada no seguro desemprego e depois, amargando temporadas sem encontrar espaço no mercado de trabalho. O oposto do preguiçoso é o laboriso, o devotado ao trabalho, que trabalha duramente e esforçado. Estes saem na frente e acabam conquistando os melhores espaços. 24 | VIGIAI - janeiro de 2017


Em nossas igrejas, instituições cristãs, agências missionárias, colégios e faculdade evangélicos, hospitais e projetos sociais cristãos, precisamos empreender uma luta contra o ostracismo, a tendência à mesmice e à retaguarda, bem como à estagnação e ausência de progresso, tudo isso provocado pela preguiça daqueles que as lideram ou nelas estão alocados, especialmente em funções de nível gerencial, de direção e supervisão. Não podemos mais tolerar em nossas organizações e nas estruturas de nossas igrejas, pessoas que não querem crescer e, por isso, não cooperam para que a Obra cresça. Gente enferma que não aceita remédio e tratamento. Pessoas cheias de inveja, marcadas por vaidade, despidas de humildade e contaminadas pelas tiranias da competição e do estrelato; que lutam por cargos, mas não aceitam a missão; que brigam pelo que querem fazer, mas não vibra com o que já foi feito por outros; que zelam por sua posição mas não se dobram perante a Cruz do nosso Senhor. Gente que está mas não é; que aparenta mas não tem; que fala mas não faz; que julga os outros mas não cresce. Precisamos encontrar gente que de fato queira fazer o trabalho, inová-lo, aprimorá-lo, ampliar seu escopo e sua abrangência; gente que se realize no trabalho e não apenas com os proventos e benefícios dele advindos; gente que, por trabalhar em agências do Reino, tem a visão de ministério e, portanto, de excelência. Gente que busca a sabedoria do alto, que sabe discernir entre o ótimo e o excelente, que é digno do Evangelho, que se apresenta a Deus aprovado, sem ter de que se envergonhar, que milita na medida exata das suas forças, que não enterra talentos nem se vende por moedas de prata; gente que se ajoelha para orar sem temer editais profanos, que cumpre a missão sem medo de ser lançado no poço, que segue o modelo de Cristo sem receio de ser rejeitado pelos homens. É de gente assim que precisamos em nossas agências cristãs e em nossas igrejas. Gente que não receia ter que encarar tribunais iníquos, adversários medíocres, sistemas contaminados, soldados inimigos ainda que vestindo a mesma farda, falsos profetas, pseudo-apóstolos. Precisamos de gente pronta para caminhar de dia e de noite, no vale e na montanha, no meio das massas ou solitariamente, gente apta para obedecer a Deus crendo no incrível, vendo o invisível e ousando o impossível. É de gente assim, sem preguiça e pronta para trabalhar em favor do crescimento do Reino, sem trégua e sem comodismos, que a Obra de Deus precisa. E vale lembrar a promessa do Senhor para os que não cruzam os braços e não se acomodam, antes se esforçam e dão o máximo de si para que o trabalho seja realizado com êxito e excelência: (“E o lavrador que trabalha no pesado deve ser o primeiro a receber a sua parte na colheita.” -- II Timóteo 2.6 - NTLH ) Agora, quando a preguiça prevalece... A ruína logo baterá à porta. Faço eco com a Versão Revisada da Imprensa Bíblica Brasileira (de acordo com os melhores textos em hebraico e grego – 1986 ): “Vá ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio.” ( Provérbios 6.6 ) _________________________________________________ Lécio Dornas é teólogo, educador, autor com 19 livros publicados nas áreas de Educação Cristã, Liderança, Estudo Bíblico, Vida Cristã e Infantil. Palestrante e Conferencista internacional, atua na formação de líderes e de docentes em vários países. É pastor na First Baptist Church Windermere janeiro de 2017 - VIGIAI | 2017 | 25


Pr. AntĂ´nio Carlos de Lima

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Ela dá também em nós

Pr. Antônio Carlos de Lima

Às vezes sou procurado para emitir opiniões sobre alguns temas que fazem parte da existência humana. Alguns desses temas são aceitos pelo senso comum, outros a comunidade científica tem resposta, mas nós não aceitamos por acharmos que somos seres intocáveis, filhos de Deus acima de qualquer suspeita. Esta postura de espiritualizar todo fenômeno que presenciamos, tem nos levado ao fanatismo e a falsa ideia de que não sofremos dano no corpo, corpo que naturalmente se desgasta. Há dez anos fui procurado por uma pessoa que estava preocupada com um parente que teria sido diagnosticado com depressão, mas não aceitava a condição de tomar remédio porque esse tipo de doença não é para cristão. Fui à pessoa para que pudéssemos conversar sobre seu estado, seu sofrimento, firmamos um pacto no sentido que oraria por ele, mas ele teria que tomar os remédios mencionados na bula. Passados alguns meses, tive a alegria de ver a pessoa se recuperando, voltando a sorrir novamente, dando-se a rotina da vida, enfrentando os problemas que são comuns a todos nós. Notei uma profunda mudança em seu rosto, o gosto pelo diálogo foi restabelecido. Ele passou a compreender que a depressão dá também em nós que somos cristãos. Devemos entender que a depressão é doença como outra qualquer, como tal precisa ser tratada. Não há um texto bíblico que nos instrua quanto ao tipo de doença que o crente deva ter, doença é doença. Todos servos do Senhor, desde Adão até nossos dias, padeceram, ou padecem de alguma coisa. Os nossos hábitos contribuem para algum tipo de adoecimento, e às vezes colocamos a culpa em Deus. As síndromes depressivas são atualmente vistas como um problema de saúde pública. Segundo dados da OMS, “a depressão maior é considerada a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas de saúde.” diz o escritor Paulo Dalgalarrondo, no seu livro “Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais”. Nós precisamos estar atentos para alguns sinais que essa doença deixa, e procurarmos o médico rapidinho, para que possamos ser tratados. Há muitos sintomas, menciono apenas os afetivos: tristeza, sentimento de melancolia, choro fácil e/ou frequente, apatia (indiferença afetiva; “Tanto faz como tanto fez.”), sentimento de falta de sentimento (“É terrível: não consigo sentir mais nada!”), sentimento de tédio, de aborrecimento crônico, irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.), angústia ou ansiedade, desespero, e desesperança. As síndromes depressivas surgem frequentemente quando temos perdas significativas: de pessoa muito querida (luto, divórcio), emprego, moradia, mudança de posição social, por exemplo, a falência de uma empresa. Todas essas coisas que afetam o corpo podem também nos alcançar, o crente tem um corpo. Passar por esses dissabores não significa que estejamos depressivos, quem faz o diagnóstico é o médico. É inteligente procedermos ao que o apóstolo nos recomenda, a oração da fé e o remédio, este representado no texto pelo óleo. Em algumas circunstâncias a oração da fé salvará o doente – Tg. 5: 14-1 _______________________________________________________________ Antonio Carlos de Lima é co-pastor da Primeira Igreja Batista de Nilópolis - RJ. janeiro de 2017 - VIGIAI | 2017 | 27


Pr. Neemias Lima

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É (im)possível a felicidade (.!?) Pr. Neemias Lima Uma declaração: É (im)possível a felicidade. Uma surpresa: É (im)possível a felicidade! Uma indagação: É (im)possível a felicidade? Para Odair José, cantor brega badalado nas décadas de 70 e 80, “felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes”. Então, apelava: “Vamos fazer dessa noite, a noite mais linda do mundo, vamos viver nessa noite a vida inteira num segundo”. Peninha, mais clássico, assume “Eu tenho andado tão sozinho ultimamente, que nem vejo à minha frente nada que me dê prazer. Sinto cada vez mais longe a felicidade, vendo em minha mocidade tanto sonho perecer”. E anseia por uma vida simples como um conceito de felicidade: “Eu queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer”. José Saramago não gostava de falar de felicidade. Para ele, “a felicidade é egoísta”. Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, acredita que “a felicidade é um estado de espírito, significa paz de espírito”. Machado de Assis, maior escritor brasileiro, defende que “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”. Henry Thoreau vê a luta em busca da felicidade como algo impossível: “Felicidade é como uma borboleta: quanto mais você tenta apanhá-la, mais ela se afasta de você. Mas se você dirigir sua atenção para outras coisas, ela virá e pousará suavemente no seu ombro”. E é de William Shakespeare um conceito muito realista: “Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorrem quando você está escalando-a”. Imagine um sonho: ter o carro mais moderno zero, o confortável apartamento ou ganhar uma grana considerável. No momento em que conseguir, surgem as preocupações e a felicidade bate asas. Enquanto empregava energia, inteligência e habilidade para conseguir o feito, a felicidade era aparente. Alcançado, bye-bye felicidade. É pecado buscar a felicidade? Ed René Kivitz responde: “Buscar a felicidade não é errado. O problema surge quando buscamos prazer e felicidade em outras fontes e não em Deus”. Para C. S. Lewis, “Deus nos criou para a felicidade, mas a felicidade de sermos um, indo a ele numa relação de amor”. Afinal, é possível a felicidade? Sim e não. Dependerá sempre do conceito de felicidade que se tem. A cultura ocidental predominante sugere que a felicidade é ter. Quanto mais, mais felicidade. Acontece que o que se tem, pode-se perder e o conselho de C. S. Lewis é valioso: “Não deixe sua alegria depender de algo que você pode perder”. Contrariando a cultura predominante, felicidade é ser. O que se tem, pode-se perder. O que se é, jamais se perderá. É o que ensina a declaração de Fanny Jane Crosby, alcançada pela tormenta da perda da visão: “Vivo feliz, pois sou de Jesus”. No mais importante sermão da história, Jesus iniciou com o tema felicidade. Ao usar ‘makários’ (feliz), enaltecia uma experiência completa, duradoura e que se relacionava com Deus e com o próximo: feliz é ser humilde de espírito, ser sensível, ser manso, ser faminto e sedento de justiça, ser misericordioso, ser limpo de coração, ser pacificador e ser capaz de sofrer perseguição por amor a Deus. Ed René Kivitz ensina, poetizando: “O caminho cristão para a felicidade é aquele em que a palavra ‘prazer’ cabe na mesma frase que a palavra ‘Deus’”. Busca de felicidade sem Deus é infelicidade. _________________________________________ Neemias Lima Pastor da Igreja Batista do Braga, Cabo Frio janeiro de 2017 - VIGIAI | 2017 | 29


PASTOREIO: DOM OU OFÍCIO? Pr. Alonso S. Gonçalves

Decorrente da discussão quanto à aceitação (ou não) do ministério pastoral feminino, está havendo um profícuo e intenso debate sobre o tema em nível denominacional. Mesmo que para alguns esse é um assunto superado, ainda é possível verificar a opinião de pessoas com diferentes enfoques: bíblico-teológico, sociológico e político. Como a maioria do debate se dá em torno do papel da mulher em relação ao homem, o tema, por vezes, fica restrito entre os igualitaristas (que entende que tanto homem como mulher são iguais, não havendo distinção em termos de funções ou papéis) e os complementaristas (que entende que homem e mulher são distintos e cada um desempenha papéis diferentes). Dentro dessas duas concepções, o texto bíblico é invocado para dar base tanto ao conceito do igualitarismo como do complementarismo. Nesse sentido, os igualitaristas gostam de se utilizar de textos como Gl 3,28, por exemplo. Já os complementaristas se utilizam de textos onde a figura da mulher é colocada em segundo plano, em relação ao homem. Aqui os textos de 1Co 14,33b-36 e 1Tm 2,11-15 são os preferidos. Textos que expressam, de maneira contundente, o comportamento silencioso da mulher no culto. Em relação aos dois textos usados pelos complementaristas, há um consenso de que ambos têm dificuldades quanto a uma exegese coerente e que, portanto, não podem ser taxativos. Em 1Co 14,33b-36 há uma disputa se a referida passagem é uma glosa ou interpolação ou ainda em que contexto Paulo está se referindo ao silêncio uma vez que em 1Co 11,5 as mulheres estão orando e profetizando. Já em 1Tm 2,11-15 não se pode definir, prontamente, que se trata de todas as mulheres, podendo ser algo para aquelas que foram seduzidas pelos “falsos ensinos” e se desviaram (1Tm 5,15). Aqui será dado um outro enfoque, embora os referidos textos e tantos outros que tocam o assunto de maneira direta ou indiretamente, devam ser estudados exegeticamente de maneira coerente e com o maior número de ferramentas disponíveis. Partindo do pressuposto de que o Novo Testamento (NT) tem a sua diversidade intrínseca, é notável de que a eclesiologia de Paulo será diferente da eclesiologia dos Evangelhos e que será diferente da eclesiologia de Hebreus como também das pastorais. Não é possível ignorar que na eclesiologia paulina o foco está nos dons espirituais e a igreja é composta por profetas. Também não se pode ignorar que as listas de dons espirituais em Paulo não há distinção de gênero.

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Sendo assim, é impreterível que se considere as diferentes eclesiologias presentes no NT e como elas se diferem em sua organização. Aqui estabelecemos a diferença entre a eclesiologia paulina e a eclesiologia nas pastorais. Na eclesiologia paulina (as cartas de Paulo apenas) não é possível falar em ordenação (palavra que nem mesmo aparece no NT), porque os apóstolos não foram ordenados (assim como Paulo não foi), eles possuem autoridade devido aos critérios estabelecidos em Atos 1,21-22 e o próprio Paulo se considera um “fora de tempo”. A eclesiologia paulina não conhece uma designação oficial para o ministério pastoral. O que há são pessoas que possuem dons concedidos pelo Espírito Santo, capacitando pessoas para o serviço na comunidade. No caso de uma mulher ensinar ou profetiza na comunidade não dava a ela o papel de liderança na comunidade. Isso pelo fato de que as comunidades paulinas reproduzem o status quo do seu tempo, ou seja, as mulheres não partilhavam dos mesmos direitos que os homens. Paulo por diversas vezes chama pessoas próximas a ele na tarefa missionária de colaboradores e colaboradoras (Rm 16,6 e 12), a sua autoridade apostólica em nenhum momento é diminuída ou esvaecida. A eclesiologia paulina é uma igreja de profetas. Nas comunidades paulinas o profetismo era o elemento que mantinha a comunidade em torno de pessoas carismáticas e aptas a dirigir a atividade eclesial. A ênfase nos dons espirituais se deve pelo fato de que a comunidade se entendia como iguais em dignidade de todos com todos, por esse motivo a coesão, incluindo aí a pluralidade em manifestações tão recorrentes nos textos de Paulo onde ele lista a diversidade dos dons espirituais; era uma dádiva da manifestação do Espírito Santo. A comunidade é estruturada a partir do Espírito, ele é o doador da liderança carismático-profética que dirige a comunidade por meio da distribuição de dons. Na eclesiologia das pastorais, a comunidade passa a ser uma instituição e não mais uma comunidade de iguais, a figura do Espírito Santo passa a ser obnubilada, não esquecida. Ele deixa de ser um “agente” propagador dos dons espirituais. O foco agora são os ministérios ordenados. Por isso a ênfase na imposição de mãos (1Tm 5,22; 2Tm 1,6). Entre essas duas concepções quanto à organização eclesial (dons espirituais – Paulo ou ofício – “pastorais”), fica algumas perguntas: o ministério pastoral pode ser enquadrado como um ofício ou ele ainda depende de alguns dons espirituais para se realizar? Se ele for entendido como um ofício, o dom é intrínseco? Não é tão simples resolver isso. Ocorre que há no NT duas eclesiologias (as que foram elencadas aqui), em que os dons espirituais são o elemento condutor da comunidade. Em seguida a institucionalização que confere a uma pessoa a função pastoral. De qualquer forma, e a que opinião possa ter, não é sensato ignorar essas duas eclesiologias que trazem em seu contexto diferentes maneiras de organização comunitária. __________________________________________________ Pr. Alonso S. Gonçalves Igreja Batista Central em Pariquera-Açu/SP wwwibmi.blogspot.com

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Pr. Evaldo Rocha

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Fariseus pós-modernos *Por Evaldo Rocha Fariseus pós-modernos são aqueles que veem as pessoas como “leprosas” por causa de suas mazelas existenciais e espirituais. Fariseus pós-modernos agem sem misericórdia em relação ao próximo carente do perdão divino. Fariseus pós-modernos têm dificuldade em perceber a graça do Pai nas situações do cotidiano dos homens. Fariseus pós-modernos valorizam a notoriedade a qualquer preço e desconhecem a relevância da significância. Fariseus pós-modernos produzem um barulho intenso na intenção de expor publicamente o pecado alheio, e escondem com maestria os seus próprios desacertos. Fariseus pós-modernos preferem orbitar entre o julgamento atroz e a falta de amor. Fariseus pós-modernos criam normas demais e oferecem vida de menos. Fariseus pós-modernos têm um discurso legalista e deixam de propagar a graça divina revelada em Jesus. Fariseus pós-modernos apontam com altivez o que “os outros têm de fazer” e são insensíveis ao que “eles mesmos devem fazer”. Fariseus pós-modernos vivem amparados pela hipocrisia e vivem distantes da integridade. Fariseus pós-modernos se autopromovem, mas são incapazes de reconhecer as virtudes de seu próximo. Fariseus pós-modernos tocam suas “trombetas” e sufocam o “som de vida” que é produzido pelos fiéis. Fariseus pós-modernos não vivem os valores do Reino de Deus e rechaçam aqueles que desejam promovê-lo. Fariseus pós-modernos não experimentam Deus no cotidiano e questionam aqueles que o fazem com simplicidade e sinceridade. Fariseus pós-modernos são guias cegos que conduzem pessoas para o “atoleiro da religião”, que vai sufocando aos poucos aqueles que começaram a respirar o “ar fresco do evangelho”. Fariseus pós-modernos promovem opressão e são incapazes de ensinar o caminho da vida em Cristo Jesus. Fariseus pós-modernos põem fardos pesadíssimos nos ombros dos outros e eles mesmos são incapazes de carregar, confirmando a advertência de Cristo nos evangelhos. Fariseus pós-modernos caminham na “estrada da arrogância” e cada vez mais se distanciam da proposta de humildade apontada por Jesus. Fariseus pós-modernos estão, de certa forma, alinhados aos princípios dos seus antepassados que foram condenados veementemente por Jesus em seu ministério. Fariseus pós-modernos anunciam uma mensagem de condenação e se distanciam da esperança trazida pela encarnação, paixão, morte e ressurreição de Cristo. Fariseus pós-modernos precisam ser denunciados com coragem por aqueles que experimentaram da graça divina, do agir restaurador do Espírito Santo e que cumprem a missão dada por Cristo. ____________________________Escritor e pastor batista evaldonrocha@uol.com.br

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Pr. Éber Silva

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Vigiai entrevista o Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil Pastor Eber Silva 1) Como está a OPBB? A OPBB está indo bem. O Congresso , em Santis foi uma bênção e um genuíno divisor de águas...!!! Estamos com as contas em dia, e, com as anuidades que são aquecidas em junho, cremos que teremos virado a página...!!! 2) O seguro acabou? PR. Juracy Bahia é um guerreiro é muito cuidadoso com os nossos Pastores, especialmente, os mais veteranos. OSeguro tem sido alvo de nossas conversas em todos os encontros de Diretoria e Conselho. Creio que, agora,na virada do semestre, teremos resolvida esta questão do SEGURO.,,!!! 3) A revista acabou? A Revista está parada, mas estamos tratando de reeditá-la de forma virtual e, ou, gráfica..,!!! 4) O massacre aos gays em Orlando mudará postura sobre a Igreja Batista do Pinheiro? A questão de Orlando foi algo terrível, uma verdadeira tragédia sem precedentes e alarmou o mundo. Queira Deus não se repita...!!! A questão do Pinheiro é outra. Trata-se de uma Igreja que optou por abrir mão de alguns dos seus princípios, para atender em seu seio de comunhão uma categoria especial, que são os homossexuais...!!! Questões bem distintas...!!! 5) Como morador do Estado do Rio de Janeiro o que mais doí no irmão: o estupro coletivo ou exploração sexual em Campos dos Goytacazes? As duas questões são chocantes. Estupro coletivo ou exploração sexual infantil são dois resultados graves da inconsequência espiritual, ética e moral do nosso tempo. Resultado direto da desestruturação familiar do nosso tempo, absurdamente distante de Deus, e, sem referência bíblica...!!! Ambas as aberrações são lamentáveis..,!!!

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6) A Segunda Igreja Batista de Campos dos Goytacazes é a maior igreja batista do Rio de Janeiro, com exceção de algumas da capital, isto é um milagre? oda pessoa salva por Jesus Cristo representa um milagre...!!! Nossa Igreja cresceu muito. Logo são muitos milagres, mas, sem dúvida alguma, com muito trabalho, fé, investimento em vidas, propósitos definidos e um programa de relacionamentos muito sério...!!! 7) Existem pastoras em sua igreja. Dê a sua opinião sinteticamente sobre isto. nossa Igreja tem várias Pastoras. Nossa cidade tem Igreja conduzida e presidida por Pastora, e, nossa seção e subseção têm Pastora na Diretoria, como a OPBB, também...!!! Uma questão de contextualização, de demanda e necessidade...!!! 8) O irmão é uma pessoa politizada; já foi deputado federal e é suplente a deputado estadual no RJ e com as eleições de prefeito em outubro poderá tomar posse para o restante do mandato de dois anos. Como o irmão vê o cenário político hoje do Brasil? o cenário político do Brasil está seriamente conturbado. A República está muito avariada, por toda esta crise política, econômica e moral. Todavia, tudo o que está acontecendo era necessário é esperado por toda a Igreja Brasileira, que orava, pedindo a Deus socorro pelo Brasil..,!!! A nação vai melhorar muito, a política ( do que sobrar ) será outra, e, a Igreja vai estar firme e pronta, para servir à nação, ensinando-a, como será o seu papel, a SER UMA NAÇÃO, CUJO DEUS É O SENHOR Jesus Cristo...!!! 9) Quem é Eber Silva para Eber Silva? Um homem de 66 anos de idade, filho de um carpinteiro e uma costureira, crentes de convicção Batista intensa, casado há quarenta anos com Dulcinea, com nossos filhos e netos conscientes e firmes na fé cristã, e, Pastor há trinta anos, sendo os últimos 27 anos e 5 meses e 16 dias da mesma Igreja, nossa querida Segunda Igreja Batista de Campos, até a próxima Assembleia estará dirigindo a nossa, não menos querida, OPBB, pela graça e para a gloria do Senhor...!!! Em suma, um cara simples e gente boa, com muitos amigos, que são amigos de Jesus..,!!! 10) Dê as suas considerações finais. Quero parabenizar você, querido Vidal e à VIGIAI, pelo trabalho sério e bonito que têm feito, através da comunicação, focando a obra e o povo Batistas do Brasil...!!!


http://rubensteixeira.com.br/ Secretário de Conservação e Meio Ambiente Rubens Teixeira foi a Campo Grande ouvir moradores

O Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, o engenheiro Rubens Teixeira, esteve na tarde desta segunda-feira no bairro de Campo Grande ouvi as solicitações dos moradores. Veja a matéria aqui: https://globoplay.globo.com/v/5612640/

Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente Rubens Teixeira vai a Jacarepaguá

O Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Rubens Teixeira, esteve na manhã desta terça-feira no bairro de Jacarapégua, zona oeste do Rio, para ouvir os moradores da localidade. Assista e reportagem: http://globoplay.globo.com/v/5598182/

Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente Rubens Teixeira em Bangu

Secretário de Conservação e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Rubens Teixeira, esteve em Bangu, nesta manhã, onde ouviu a população local que solicitou a reforma de uma praça. Veja a matéria: http://globoplay.globo.com/v/5588230/

Secretário Rubens Teixeira acompanhou o prefeito Crivella no plantio de mudas florestais

O secretário de Meio Ambiente Rubens Teixeira acompanhou o prefeito Crivella, na manhã desta terça-feira, de um mutirão ambiental que incluiu o plantio de 40 mudas florestais no Rio da Prata no Bairro de Bangu.


Pr. Geraldinho Farias


GAYS:

CONVIVÊNCIA, DIÁLOGO E ACOLHIMENTO Geraldinho Farias Sobre a recepção de pessoas nas igrejas cuja orientação sexual é diferente da nossa: Precisamos re-visitar (re-descobrir) o Cristo. Acolhimento, amizade e acessibilidade a todos e todas: Jesus não veio para reverter uma condição ou orientação apenas. Parece para aqueles mais radicais (muitos homofóbicos, sim!), o indivíduo deva se converter porque é homossexual. As boas novas são para o indivíduo todo, quaisquer que sejam a sua condição: Não implica mudar particularidades e-ou características, mas sua condição global. Significa que a pessoa deva ser resgatada pelo Cristo por causa de sua condição pecaminosa e não por causa de sua homossexualidade, apenas. Para muitos cristãos, a orientação sexual é algo nocivo ao extremo, enquanto que outras condições e expressões são mais, digamos, toleráveis... Um pecado não é maior que o pecador. Um pecado não é mais danoso que outros. Porque não é sua especificidade, mas a condição de pecadores que somos é que nos torna apartados da graça de Deus e necessitados da redenção (Rm 3.23). O indivíduo homossexual deva confessar o Cristo e re-elaborar sua vida através dos ensinos do Mestre não porque é homossexual, mas porque é pecador. Não deva mais que qualquer um de nós devia ou deve! Nas mídias há um cenário que não deve ser o nosso: A generalização de que todos os que tendem a uma orientação sexual diferente da nossa são militantes odiosos, anti-evangélicos, anti-cristãos. Não são todos os gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais, pansexuais,... que estimulam o “nós LGBTI**” X “eles cristãos”! Não são todos que enfatizam uma convivência supostamente impossível ou que demarcam uma odiosa fronteira – reconheço, de militantes sociais radicais! Por favor, não confundir ou generalizar. Da mesma forma que não são todos os evangélicos que agem com uma não assumida homofobia – sim, há radicais – ou com discursos irascíveis, sem gesto de convivência ou ato de conexão! Digo das “malafacianas” e “felicianas” em voga. Há excessos dos dois lados. Precisamos de uma confissão histórica: Ao longo de décadas os olhares dirigidos aos “diferentes”, noutras condições digamos heterodoxas, incomuns ou pertencentes a determinadas minorias (não sei como colocar) foram fitadas com olhares de juízes e não de acolhedores amorosos; sonegamos lugares nas comunidades dos saudáveis, angelicais e quase perfeitos; quando não fechamos as portas – há muitas formas de fechar portas, não necessariamente com chaves, travas e cadeados. Sem prejulgar, conduta muito parecida com aquele fariseu petulante, arrogante, que em seu íntimo censurou o Nazareno por permitir-se banhar por uma pecadora (Lc 7.36 ss). A mulher pecadora entrou no recinto, à mesa, mas o coração do religioso estava fechado pra ela, provocando a Parábola dos Dois Devedores... janeiro de 2017 - VIGIAI | 2017 | 39


Sabe a relação interesseira uma aproximação com uma segunda intenção, a conversão??? “Ele(a), o outro diferente, tem de ser como nós, convertidos, certinhos, afinal, a existência dele ornando a paisagem, denuncia um credo insuficiente para trazê-lo à religião.” E isso incomoda. E o poder do Evangélico (sim, do tal “evangélico”) é exposto através dos discursos de vitrine: O gay que se converte logo vira um performer do testemunho público. Não há tempo para discipular, amadurecer, crescer, logo vai às ribaltas públicas como show-man contar sobre a bizarrice do não-ser-mais... (Vede Lana Holder e outros|as) Não é o pecador salvo por Cristo, mas o ex-gay agora protagonista de um espetáculo! É essa relação de conveniência ou “aproximação com segunda intenção” (de converter) que nos denunciam. Como nosso discurso veemente ou verborrágico de amor e bondade, contrastam com nossa prática rígida cheia de incompreensões, ouvidos cerrados, muitas vezes arrogantes (os normais ante os anormais, os certos ante os errados, os salvos ante os perdidos...) já não mais cabem. Os resultados estão aí: Um público que se assume também com suas convicções enrijecidas (qualquer coisa, menos uma igreja...) ou até mesmo os formatos de exceção – nichos, “guetos evangélicos”, novas modalidades (de igrejas) especializadas em gays que dão o que os históricos não foram (ou são) capazes de oferecer... E o mais fenomenal: O movimento dos desigrejados – aqueles e aquelas que creem, mas que não mais querem viver a experiência cristã nas instituições. Perguntado sobre como evangelizar um gay, respondi com outra pergunta: “Como se evangeliza alguém?” Enquanto relevarmos as convicções, as afirmações da fé, em detrimento de uma práxis que humaniza e atrai, portanto, não querida por aqueles que precisam – são inúmeros os públicos - continuaremos a desenhar uma caricatura de cristianismo, distante da convivência e amizade que o Nazareno expôs como modelo: “Os fariseus e seus escribas reclamaram dos discípulos de Jesus: “Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?” (Lc 5.30) “E aconteceu que todos os pecadores, como os coletores de impostos e pessoas de má fama estavam se reunindo para ouvir a Jesus…” (Lc 15.1) “Todos, em meio à multidão, que presenciaram o que se passou começaram a murmurar: “Ele entrou na casa daquele pecador e vai hospedar-se lá!” (Lc 19.17) Enquanto paredes, ornamentos, placas e indumentárias forem mais importantes que o convívio – aproximação, compreensão, audição,... – estaremos aumentando os tijolos de nossos muros e demarcando fronteiras de indiferença, escancarando o “nós, os santos” x “eles, os pecadores”. (Enfatizo que, graças a Deus, há iniciativas aqui e acolá de abordagens sensíveis àqueles desejosos, sob crises existenciais e sedentos de um sentido que o Evangelho pode dar!). Enquanto não revermos nossos modelos – esses que expõem nossas entranhas apodrecidas charlatanice, farisaísmo moderno, marquetagem, predileções ou seletividades, bancadas,... Seremos soterrados pela tsunami que varre todas as instituições do país, perdendo, assim, nossa posição histórica de “saleiros” e “luzeiros” numa sociedade sob escombros. Em suma: Pessoas, todas, precisam de Deus e de uma comunidade de amor. Sejamos a comunidade que sinaliza o plano de Deus para todos e todas. Igrejas combinam com portas abertas – as últimas e talvez as únicas – para transformar a sociedade.

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Defendamos nossas convicções, sempre. Também sejamos humanos: Continuamos pecadores. Não somos os donos da Cruz! Não possuímos o monopólio da graça! O céu não pertence a uma Denominação! A porta é Ele! O caminho e porta continuam apertados mas ainda é possível acessá-las! Os de fora precisam de amigos e não de juízes. Discipulado é “discípulo ao lado” e não acima ou de largo: “Mas eu vos tenho chamado de amigos...” (Jo 15.15). Mudemos. Mas mudemos porque todos devem e precisam mudar. Não porque um grupo deve mudar mais que outros. O Cristo ocidental, capitalista, de olhos azuis e cabelos bem penteados, esculpido nas engrenagens religiosas... O Nazareno do Novo Testamento não demarcou território ou selecionou públicos. Estava onde todos estavam. Modelos e discursos limitam, censuram, adestram e editam o Cristo, suas relações e seus discursos. Mas, calma aê! Recebamos a todos e todas: São bem vindos pobres, negros, complexados, gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais, marginais, dependentes químicos... Acolhidos como pessoas; compartilhemos um jeito de ser, um estilo de vida inspirados no Nazareno: A convivência tem um poder que o próprio discurso desconhece! Sem simplismos e reducionismos: Parece que ainda não sabemos lidar com as questões complexas do nosso tempo. Conviver, dialogar e acolher de forma amorosa e confrontativa: Quem tem medo..? By Geraldinho Farias (*) Gravura de http:||imgkid.com (**) Internacionalmente, a sigla mais utilizada é LGBTI, que engloba as pessoas intersex. Órgãos como a ONU e a Anistia Internacional elegeram esta denominação com um padrão para falar desta parcela da população. fonte: http://lideralpinista.blogspot.com.br/2017/01/gays-convivencia-dialogo-e-acolhimento.html?spref=fb

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Igreja Batista em Parque do Carmo Cultos aos domingos 09hs00 e quartas às 20h. R. Jerônimo de Abreu do Vale, 388, J. N. S. do Carmo. Cultos aos domingos 18h30, Av. Ma. Luiza Americano, 100 ADORAÇÃO, COMUNHÃO, EDIFICAÇÃO, EVANGELISMO E SERVIÇO Bases perfeitas para os servos do Senhor. Nesta terça-feira - 31.01.2017 - os pastores e coordenadores vão se reunir pela primeira vez após a Campanha de Evangelismo 2017

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