Vigiai
t r i V
Informativo Evangélico - Ano 01 - No. 02 2a. semana/setembro 2016 Para mais de um milhão de internautas
AUTONOMIA, ISOLACIONISMO E UNIDADE
Uma publicação do grupo Vigiai.net - 12.09.2016 Editor Responsável: Jornalista Vital Sousa, MTB 63.588 vital.sousa@gmail.com
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AUTONOMIA, ISOLACIONISMO E UNIDADE Pr. Amilton Vargas
Quando pensamos no ideal de Jesus para a igreja, não podemos sequer imaginar uma igreja que não caminhe em unidade. A oração de nosso Salvador, conforme registro em João 17, era um clamor pela união em essência. Ser um com o pai e com Jesus é algo de tão intensa profundidade que seria inimaginável considerar a viabilidade desse sonho de Jesus. A palavra que melhor exprime a união de Jesus com o Pai é “Unigênito”, de genética única, (do grego μονογενὴς, monoguenês), indivisível, inseparável e um em essência com o Pai. Então, na oração de Jesus, é esse tipo de união que ele espera de cada um de nós. Temos esse tipo de união? Evidenciamos essa união que se revela na vida prática, através da solidariedade, da participação nas coisas que nos são comuns, na comunhão e na cooperação? Será que no momento em que nos isolamos e afastamos da família da fé, dos que nos deram origem espiritualmente e também, de modo institucional, nos subsidiaram com treinamento, formação teológico-doutrinária e capacitação, não estaríamos traindo o ideal de Jesus? O que Ele desejava quando disse ...“que todos sejam um”?
Quando pensamos na abordagem estratégica e corporativa, a autonomia e independência eclesiástica em nada prejudica a unidade, mas quando nos valemos da autonomia para ficarmos isolados, esquecidos da interdependência, estamos sim atentando contra a comunhão. Há tarefas tão elevadas que certamente não conseguiremos realizá-las sozinhos, nem mesmo como uma igreja local, mas só conseguiremos ter sucesso através da união de todos. Temos muitas razões para permanecermos unidos: Temos o mesmo inimigo, somos pecadores salvos pela mesma graça, todos queremos compartilhar essa graça, temos o mesmo Senhor, somos filhos do mesmo Deus e iremos para o mesmo céu! Senhor dá-nos a humildade de lembrar que dependemos uns dos outros e que precisamos ter sinergia para servir, contrariando a tendência do mundo materialista e egoístico em que estamos inseridos, e para fazer diferença. Senhor, faça o milagre de que a oração de Jesus seja atendida pelo Pai e por nós, Amém! “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21) Pastor Amilton Vargas Diretor executivo da Convenção Batista Fluminense Fonte: http://www.oescudeirobatista.com.br/palavra-do-executivo
Missão Portas Abertas Na Líbia, vários meios de comunicação cristãos da região estão à procura de pessoas que se envolvam na produção de novos materiais que possam ser usados em mídias sociais e outros conteúdos on-line. Ore para que as pessoas certas sejam encontradas. Saiba mais sobre a perseguição no 10º país da Classificação da Perseguição Religiosa 2016: http://goo.gl/tjFwmV
Comunidade Batista do Bueno Venha participar com a sua família e acompanhe a 7ª mensagem da série a partir das 18h30. #comunidadego #missão #discipulado Inscreva-se no nosso canal e acompanhe a nossa celebração ao vivo. https://www.youtube.com/channel/ UCtqUhuLnMy4Iowe2bwybhLA
Neste sábado 10/09 foi inaugurada a nova CRISTOLANDIA CASA ROSA do Distrito Federal um projeto da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. Centenas de batistas de várias igrejas do DF participaram da caminhada a partir da Igreja Batista Vitória até a Casa Rosa, no Riacho Fundo I, cidade a 40 minutos de Brasília. O Pr. Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, esteve presente para inaugurar a Casa. “Nós não vamos recuar, vamos avançar multiplicando o Amor de Deus, disse ele”. #ÉTempodeAvançar #MultiplicandoAmor
A presença física não garante que alguém ouvirá a Palavra”. Então, o que é preciso fazer? É preciso saber ouvir. É preciso sair da defensiva e permitir que Deus realmente confronte, ilumine, convença, opere e transforme a nossa vida pelo poder de Sua Palavra.
“Transformados Pela Palavra” Pr. Adriano Xavier Machado Uma urgente necessidade dos dias de hoje é de mudança, ou seja, transformação de vidas. Por algum motivo, muitos membros de igrejas já se acostumaram com a rotina religiosa, com as atividades eclesiásticas, com os sermões do púlpito, com os hinos e cânticos ensinados, mas, encontram-se vazios de poder, vazios da graça e da vida do Espírito. O grande problema é que tem faltado mais consideração e temor aos ensinos da Palavra de Deus. De acordo com o texto de 1 Tessalonicenses 2.13, os cristãos daquela região da Macedônia haviam recebido “a palavra da pregação”, isto é, a ministração do evangelho da graça de Deus, “não como palavra de homens”, mas, sim, “na verdade, como palavra de Deus”. Os cristãos de Tessalônica, portanto, haviam se posicionado diante da Palavra de Deus com o coração aberto, com uma atitude de humildade e sujeição. Deus, na verdade, não esteve falando para aqueles irmãos na fé, através de uma sarça ardente nem mesmo através de raios, trovões ou terremotos, mas, através de homens que tinham a incumbência de proclamar a verdade de Cristo. O texto que ora estamos refletindo, assim diz: “havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus”. É essa atitude que precisamos ter, caso desejemos receber os benefícios do evangelho. Muitas vezes estamos escutando, no entanto, nem sempre estamos de fato recebendo de coração a Palavra de Deus. Watchman Nee afirmou que, a “Palavra de Deus não é algo que as pessoas ouvem apenas por estarem presentes no local da pregação.
Se entendemos que “a palavra da pregação” é de Deus, então, precisamos demonstrar mais reverência, mais devoção, mais sujeição, mais humildade, mais obediência, mais temor e um coração mais disposto para aprender e mudar a vida e o coração, segundo o propósito da Palavra de Deus. Enfim, não podemos ficar indiferentes com o que estamos ouvindo da parte de Deus. “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural. Porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de que tal era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito” (Tiago 1.22-25). É a Palavra de Deus recebida e praticada que opera mudança e transformação de vidas. Não obstante, muitas igrejas estão mais preocupadas com eventos, programas, métodos e estratégias, do que com a fidelidade ao ensino da Palavra de Deus. Vejamos a terrível tragédia dos nossos dias: “aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Timóteo 3.7). No entanto, não era o que acontecia com os irmãos de Tessalônica. Antes, eles experimentavam a vida, a graça, a luz e o poder da Palavra de Deus. Por isso, lemos: “a qual também opera em vós, os que crestes”. A ideia é no sentido de que “a palavra da pregação” estava continuamente agindo e trabalhando na vida daqueles cristãos. Eles estavam permitindo pela fé que, a Palavra de Deus operasse na vida deles. É o que, também, precisamos permitir! Portanto, saibamos receber “a pregação da palavra” de um modo muito especial, “não como palavra de homens”, mas, sim, “na verdade, como palavra de Deus”. Adriano Xavier Machado é pastor da Primeira Igreja Batista em Fátima do Sul (MS)
CONVENÇÃO BATISTA CARIOCA A igreja batista nas Paralimpíadas
por Marketing CBCarioca
A irmã Rosane Miccollis participou da cerimônia de abertura das Paralimpíadas, levando a bandeira brasileira. Rosane representou seu pai Aldo Miccolis, que foi um dos precursores do esporte paralímpico, executivo da Associação dos Diáconos Batistas Cariocas e líder geral dos Adolescentes Batistas Cariocas por 10 anos consecutivos. A história de Aldo Miccolis com o movimento paraolímpico começou em 1958, ao lado do cadeirante alagoano e também batista Robson Sampaio de Almeida. Para desenvolver um projeto social e esportivo que priorizasse a pessoa com deficiência física, eles fundaram o Clube do Otimismo. Aldo, na época, era preparador físico do exército e utilizou seus conhecimentos para a formação das primeiras equipes de basquetebol em cadeiras de rodas no Brasil. Em 1965, o diácono ajudou a fundar o Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro, hoje Centro de Amparo ao Incapacitado Físico (CAIF). No final da década de 60 estava formada a primeira delegação brasileira de atletas cadeirantes com fins de competição. O desafio eram os II Jogos Pan-americanos em Cadeira de Rodas. Foram 17 medalhas conquistadas e, a partir de então, o Brasil entrava para o rol de países representados nas competições internacionais para atletas com deficiência física. Em 1975 foi fundada a ANDE – Associação Nacional de Desportos para Deficientes, da qual o nosso irmão Aldo Miccolis foi presidente durante 25 anos. Em 1976, Aldo Miccolis assumiu a direção do esporte nacional
dos deficientes. Como representante do movimento paraolímpico, Aldo foi recebido por grandes personalidades mundiais como o Príncipe Charles, Rei Juan Carlos, Papa João Paulo, entre outros. Participou de audiências com todos os Presidentes da República do Brasil, desde Castelo Branco a Luís Inácio Lula da Silva. Mas seu legado vai além do esporte. Ele teve uma vida pautada em seu compromisso com Deus e o evangelho. Por diversas vezes testemunhou do amor de Cristo a atletas do Brasil e de vários outros países. Foi diácono da Igreja Batista do Méier, executivo da Associação de Diáconos Batistas Cariocas, atuou na Junta de Ação Social da Convenção Batista Carioca, entre outras participações em organizações interdenominacionais. Aldo Miccolis faleceu em dezembro de 2009, vítima de infarto. Sua vida foi dedicada ao serviço em todas as esferas. Serviu a Cristo, à família, à igreja, ao país e ao esporte. A participação das pessoas com deficiência no esporte hoje é motivo de orgulho nacional e a cada dia agrega mais admiradores. Aldo é patrono do Instituto Aldo Miccolis, uma associação que visa a defesa do pleno exercício da cidadania das pessoas com deficiência. Presidido pela filha, Rosane Miccolis, o instituto possui sede no bairro do Méier e pode ser contatado pelo e-mail institutoam@institutoam.org.br
A partir de então, a união entre a videira e os ramos passaria a simbolizar o relacionamento profundo ao qual cada um de nós é chamado para vivermos com Ele. Uma ca
palavra se destaneste texto: permanecer.
“Permanecer” significa: nuar em; habitar; ficar ou
contiestar.
Assim, Jesus enfatizou a nossa necessidade não só de entregar nossas vidas a Ele, mas também de fazer Dele o nosso lugar de habitação permanente. Da forma como o ramo está ligado à videira, nós devemos estar solidamente ligados a Ele. Videira e ramo possuem a mesma substância; lançam fibras um sobre o outro, até que se tornem praticamente um; o ramo precisa da videira para viver; a videira precisa do ramo para dar fruto.
Pr. Breno Boroto Neves “Permaneça em Cristo” Iniciamos na última quarta-feira um estudo a respeito do texto de João 15.1-16. A cada estudo nos debruçaremos sobre as palavras de Jesus, buscando compreendê-las e aplicá-las à nossa realidade. Jesus está na iminência de sua prisão, condenação e morte. Era a última noite que passaria com seus discípulos e Ele concentra-se em transmitir lições valiosas sobre o novo relacionamento que surgiria. Sua mas
presença agora no
continuaria real, âmbito espiritual.
Jesus lhes dá uma ilustração para facilitar a compreensão do que estava transmitindo, e conta a parábola da Videira e dos Ramos.
Seria absurdo pensar em um ramo que decide não estar na videira, pois nela encontra-se a sua única esperança de vida. Mas Jesus nunca nos obrigará a escolhê-lo. Precisamos necer na
escolher Videira
permaverdadeira.
Se você quer experimentar o relacionamento que Jesus veio para lhe dar, precisa escolher aprofundar a sua vida nEle. A intenção era estimular seus discípulos para uma vida prática, uma vida de relacionamento sincero, verdadeiro e real. Você
já
É
de
viu
uma fato
videira? admirável.
Sua sombra, proteção, frutos deliciosos. Entretanto, por mais que você estude e conheça bem a videira terrena, o seu raciocínio humano nunca alcançará a profundidade do significado de experimentar Jesus como a Videira verdadeira.
Somente Jesus pode revelar a si mesmo.
Antes de Jesus falar sobre os ramos, perEle dá o seu Espírito Santo para abrir os manecer ou dar frutos, Ele volta os seus nossos olhos para contemplá-lo, e para olhos e o foco para o céu, para o Pai. abrir o nosso coração para recebê-lo. Na raiz da vida cristã está o pensamenA declaração de Jesus significa que to de que Deus deve fazer tudo, e que Ele é a única e perfeita Videira celestial. o nosso trabalho é nos entregarmos e nos deixarmos ficar em Suas mãos. Única fonte de vida. A grande falha da vida cristã é quanQuem tem Jesus, não tem falta de nada. do deixamos Deus, o Pai, de fora. Como tem cionamento
sido com
o
a
seu
rela- Cristo sempre demonstrou a importânvideira? cia e participação do Pai na sua vida.
Você tem permanecido nEle, o tempo Ele nos deu o exemplo. todo, 24 horas por dia, 7 dias por semana? Como Ele confiava em Deus, nós também devemos confiar. Nada se planta sozinho. Confie que tudo que você deve Uma videira precisa do agricul- ser ou ter lhe será dado do alto! tor para plantá-la, cuidar dela, colher os frutos e se alegrar com eles. Tão certo quanto o Agricultor fez da Videira o que ela deveria ser, Ele fará Jesus é a videira do plantio de Deus-Pai e de cada ramo o que ele deve ser. em tudo buscava a vontade e a glória do Pai. Este relacionamento é o modelo que procura tornar nosso também. Assim como Cristo, devemos ser dependentes dEle para tudo, e podemos ter plena confiança de que Ele fará a sua obra em nós.
A VERDADEIRA VIDA Manoel de Jesus The Algumas vezes nos surge à ideia de nos compararmos uns com os outros. Isso nas comunidades, ou, até mesmo nas igrejas é muito comum. A ansiedade de ocuparmos os melhores espaços está sempre presente nos humanos. Nenhum de nós está a salvo do perigo de, quando menos esperamos, tomam o nosso lugar. Mesmo entre os apóstolos, alguns deles achavam serem melhor que os outros. Lembremos que, certa vez, Cristo os surpreendeu no debate de quem era o maior entre eles. Uma das grandes mensagens da Bíblia é a mensagem que José nos passa através de sua vida. José desfilava entre os irmãos como o queridinho do papai e da mamãe, através de suas lindas roupas e de seus privilégios. O ambiente de nossas igrejas, vez por outra, repete o mesmo episódio. Queremos desfilar. Desfilar através dos cargos, das melhores posições, dos maiores privilégios. Na maioria das igrejas das quais pastoreei, poucas eram as pessoas que eram felizes cuidando da limpeza, da cozinha, das mais humildes tarefas. Felizes são aqueles que descobrem que o olhar de Deus penetra em todos os cantos. Longe dos olhos de Jacó, seus filhos, ao verem chegar o invejado irmão caçula, esqueceram que o olhar de Deus, estava presente. Já imaginaram se Jacó ouvisse o que eles disseram? “Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou”. Os poderosos ouvidos de Deus, devem, vez por outra, ouvir o mesmo discurso de um crente sobre o outro. Deus ouve nossos pensamentos. Isso é sério. A partir desse episódio, a vaidade de José acabou. Sua vida caminhou, passo a passo, em direção à morte. José deixou para trás todas as suas regalias. Daí em diante, a vida de José simbolizou a morte. Ele perdeu tudo, tudo, tudo que desfrutava. A verdadeira vida só é experimentada, depois da morte. Morte da vaidade, do orgulho, dos bens materiais, das posições, de tudo enfim. Jesus teria tudo que quisesse, mas nele, esses sonhos humanos estavam mortos. Nossa verdadeira vida, a vida eterna, só existe porque ele abriu mão de tudo. No final da vida, de posse da verdadeira vida, José mostrou ter-se antecipado a todos os que, milhares de anos depois, através de Cristo, alcançariam a verdadeira vida, quando ordenou, ainda no Egito, aos filhos de Israel: “Quando Deus intervier em favor de vocês, levem os meus ossos daqui”. Como nos diz o apóstolo Paulo, para que a verdadeira vida possa ressurgir, a velha vida deve, antes, morrer. O mesmo Paulo afirma: “Seremos arrebatados com o Senhor e assim estaremos com o Senhor para sempre”. Essa será a verdadeira vida plenamente.
O Exercício da Cidadania e a Linguagem Jurídica Gilberto Garcia
Tive a alegria de ser “iniciado” na carreira jurídica por dois amigos, há quase trinta anos, aos quais rendo homenagens póstumas, eis que, alertaram dos perigos do “juridiquês”, a linguagem técnica utilizada pelos advogados, juízes etc.
Colegas experientes, àquela época, ambos com mais de três décadas de advocacia, Dr. Pércio Rangel de Almeida, meu “gamaliel jurídico”, e, Dr. Paulo de Souza Ribeiro, meu “exemplo de profissional”.
Eles ensinavam já no início dos anos 80, “faça petições objetivas, escreva de forma direta, exponha o fato, a lei e o direito, eis que o juiz não tem tempo a perder com `latins´, e o tempo de escrever difícil com citações estéreis, de utilizar linguagem rebuscada passou.”
Verdadeiramente os tempos mudaram, e hoje é tido como desnecessária exposição de conhecimento, a citação exagerada de latim, ou mesmo visto como pretensão de demonstração de cultura a citação de textos de pensadores, doutrinadores, filósofos etc.
É sabida a dificuldade que a maioria das pessoas tem em lidar com os chamados
“jargões técnicos herméticos”, ou seja, expressões e termos específicos, em geral compreendidos apenas por quem é “versado” no assunto, limitando o acesso do povo ao conhecimento.
Assim temos o “politiquês”, o “economês”, o “mediquês”, e ainda o “juridiquês”, que não é entendido pelo grande público, cerceando o exercício de cidadania, sendo que esta dificuldade de comunicação tem motivado iniciativas de simplificação da linguagem legal.
Fortalece-se cada vez mais um movimento entre advogados, professores de direito, juízes e diversos outros operadores do direito, inclusive pela Associação de Magistrados Brasileiros, visando propiciar o acesso à cidadania, com a facilitação de seu entendimento. Vivemos um tempo novo, onde existe uma maior ênfase na comunicação visual, sendo a escrita um ponto de referencial da sociedade, por isso, cada vez mais perde espaço a linguagem “bolorenta”, “verborrágica”, palavras de difícil compreensão, ou de uso incomum, exatamente em função da escassez de tempo, que todos nós estamos submetidos.
É vital o advogado, fuja do “juridiquês”, pois o que antigamente era um sinal de intelectualidade, atualmente é visto como um profissional que não sabe se comunicar na linguagem simples, prestando um desserviço a população dificultando seu acesso ao direito. Neste tempo de internet, comunicação virtual, linguagem digital, onde os meios de comunicação carecem da intervenção dos profissionais do direito, sobretudo dos advogados, é indispensável à utilização de uma linguagem prática, sem deixar de possuir conteúdo técnico-jurídico, transmitindo conhecimento de forma fácil, sem ser chulo. A utilização da linguagem coloquial e acessível ao cidadão não versado no direito tornou-se um imperativo, em face da necessidade de comunicação dos advogados com a sociedade, tornando mais fácil a compreensão das leis, e aí, promover-se-á a instrumentalização no exercício da cidadania facilitando o pleito de direitos junto aos órgãos públicos e privados.
A linguagem forense verdadeiramente tem uma forma de expressão diferenciada e muitas das vezes existem termos específicos que são utilizados no direito que não podem ser substituídos, entretanto, necessitamos evitar a utilização de um palavratório arcaico.
Desta forma, também, estaremos contribuindo para que nossa “brava gente brasileira” possa conhecer para usufruir plenamente de suas prerrogativas, tendo ciência de suas responsabilidades, eis que deste modo, verdadeiramente, o direito estará a serviço do povo.
O escritor Oscar Wilde, em “O Retrato de Dorian Gray”, através do personagem Lord Henry Wotton, numa tradução livre, asseverou: “Nossos provérbios querem ser reescritos. Eles foram feitos no inverno e nós estamos no verão“.
Gilberto Garcia é Mestre em Direito, Professor Universitário e Especialista em Direito Religioso. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e Autor dos Livros: “O Novo Código Civil e as Igrejas” e “O Direito Nosso de Cada Dia”, e, “Novo Direito Associativo”, e Coautor nas Obras Coletivas: “Questões Controvertidas – Parte Geral Código Civil”, Editora Método, e, “Direito e Cristianismo”, Editora Betel, e, ainda, do DVD – “Implicações Tributárias das Igrejas”, Editora CPAD. Gestor do Site: www.direitonosso.com.br
Queridos, Gudrun e eu continuamos instalados na aldeia Salto, da etnia Xerente, a 14 km de Tocantínia, TO. Eu, desde o dia 20/07 e ela, desde o dia 09/08. Já deu para realizar vários trabalhos: Dei minhas aulas de Teologia Bíblica de Missões no Seminário Teológico Batista do Tocantins, Araguaína, TO, (a 270 km. de Tocantínia) durante a semana de 01 a 05 deste mês de agosto, e fiz, na mesma oportunidade, duas palestras sobre Missões Transculturais para os pastores da região. Entre os Xerente, já pude ministrar dois cursos intensivos para a formação da liderança, com a ajuda do colega Pr. Mário Moura, responsável pela parte logística. O primeiro aconteceu na aldeia Santo Antônio (Mrãite), região chamada Brupre, a 60 km de Tocantínia, nos dias 22 a 24 de julho, com a presença de 15 líderes, e o segundo aconteceu na aldeia Cabeceira Verde (Mrãiwahi), região do Rio do Sono, a 70 km. de Tocantínia, nos dias 19 a 21 deste mês de agosto, com a presença de 13 líderes. No primeiro, dei a disciplina “A Bíblia e a Cultura” e, no segundo, “Igreja Indígena”. Nessas viagens, vamos sempre na caminhonete do Pr. Mário, já que as estradas não permitem ir com o meu Honda Fit. No último curso, a Gudrun foi também, pois o Pr. Mário tem uma casa lá na aldeia, onde ficamos hospedados. A Gudrun foi, assim, curvada em sua bengalinha, com muita dificuldade para subir e descer da caminhonete, mas foi. Os irmãos ficaram admirados e muito felizes com a presença dela na equipe. Muitos dos líderes eram meninos quando Gudrun e eu chegamos aqui. Alguns deles brincavam no ribeirão com nossas filhas e as demais meninas da aldeia. Um deles fez de tudo para tirar uma foto conosco para que a levássemos para as nossas filhas, e fez questão de mencionar o nome delas...
Num outro momento, um deles, que, quando criança, nos anos 58/59, conheceu o Pr. Guenther e eu, na aldeia Baixa Funda, quando ambos éramos ainda solteiros, foi à frente para fazer um discurso, agradecendo a nossa presença, mas não conseguiu conter as lágrimas. Como não conseguia mais falar, fui também à frente, fiquei abraçado com ele e, só assim, ele conseguiu concluir o seu discurso. Foi muito emocionante! Muitos no auditório também choraram... Ainda temos mais dois cursos pela frente. Um acontecerá no final desta semana, nos dias 26 a 28/08, na aldeia Santa Fé (Ktẽpre), região do Brejo Comprido, a 45 km. de Tocantínia, onde esperamos a presença de 10 líderes. Para esse curso a Gudrun não vai. As acomodações são precárias, até para nós mesmos. Ela ficará no hotel de uma irmã amiga, na cidade de Tocantínia. Nesse curso ainda daremos a disciplina Igreja Indígena, por serem, todos, novos participantes. O último curso será dado aqui na aldeia Salto, onde estamos localizados, na data de 14 a 16/10, quando contaremos com um número de 10 a 15 líderes, com a disciplina “A Bíblia e a Cultura” Esse último curso seria dado em setembro, conforme programação anterior, e nós voltaríamos para Brasília no fim do mês. Porém, como nosso irmão Pr. Mário foi convocado pela Junta para fazer divulgação por ocasião da campanha de Missões Nacionais, nós adiamos nossa volta para Brasília por mais duas semanas para esperarmos a volta dele. A presença dele é imprescindível, pois a parte logísticas que ele faz é, pelo nosso contexto aqui, mais complicada que a parte didática... Os irmãos podem perceber que esses cursos foram programados para serem ministrados em quatro regiões diferentes, da área indígena. O objetivo dessa estratégia é alcançar a liderança toda, pois nossas igrejas estão espalhadas por toda a área indígena. O mês de setembro, na ausência do Pr. Mário, estaremos dedicando à igreja da aldeia Salto, onde estamos localizados, fazendo a nossa parte para a sua edificação. Desejando a bênção de Deus para cada um dos irmãos e contando com o apoio e as orações de todos. Despedimo-nos, fraternalmente, no amor do Senhor Jesus! Nele. Rinaldo e Gudrun PS. O fotógrafo da equipe foi o Pr. Mário. Assim que ele me passar as fotos, mando para os irmãos. Pr. Rinaldo e Gudrun de Mattos Missionários de Missões Nacionais entre os índios Xerente, no Tocantins Celulares: (61) 98218-0638–TIM; (61) 98605-0662–OI; (61) 99291-3026-Claro; (61) 996403539-Vivo (sem telefone fixo) Endereço de Brasília: Núcleo Rural Lago Oeste, Rua 02, Chácara 587 – 73.100-060 - Sobradinho, DF Endereço do Tocantins: Aldeia Salto, Etnia Xerente, a 14 km de Tocantínia, TO, e esta, por sua vez, a 85 km de Palmas. Missionário Radical: “Aquele que é missionário a vida inteira”