Um Ponto Sonoro

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06 DE NOVEMBRO DE 2016 - Nº 1 - SALVADOR /BA

Juntos somos mais Com a intenção de inovar e entreter, o Espaço Cultural Dona Neuza, é o palco perfeito para a integração entre a música boa e as comunidades a sua volta. Os projetos desenvolvidos no espaço visam reunir gente de toda cidade para aproveitar ao máximo um bom som. Além de projetos musicais, o espaço também realiza “feirinhas” para que os comerciantes locais possam expor seus produtos. Afirmando, cada vez mais, a importância desse ponto artístico para os bairros próximos. Sempre de braços abertos para novos talentos, o espaço cultural também conta com o Estúdio Caverna do Som, que ajuda no aperfeiçoamento de novos músicos, cobrando preços acessíveis a população. O local foi recebido com muita alegria pela comunidade, que encontrou no espaço um lugar para o seu lazer. Boa parte dessa receptividade dos moradores é causada pela popularidade de Dona Neuza e Irmão Carlos, que sempre estiveram com as portas abertas para todos. É com uma vibe incrível e com um som alternativo que o espaço cultural deixa marcas na vida de cada um que passa por ali.


Cor, corpo e som- Espaço Dona Neuza Não

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m ponto sonoro situado na Zona Especial de Interesse

Social (ZEIS), entre o Imbuí e a Boca do Rio, para músicos e amantes da cultura que criam, ouvem e sentem a música. Assim pode ser definido o Espaço Cultural Dona Neuza uma organização comunitária de artes e entretenimento que através do fomento a cultura é considerado um dos locais mais populares da cena alternativa de Salvador. Criado como um bar, administrado por Dona Neuza, em meio a um emaranhado urbano, o espaço teve as primeiras mostras de sua vocação cultural através do filho artista de Dona Neuza e idealizador do espaço, Irmão Carlos. Através desses primeiros contatos, surgiu no primeiro domingo de cada mês um evento que pouco a pouco fez com que as pessoas deixassem a televisão falando sozinha. O espaço foi tomando cor, corpo e som.

Expediente

Surgiu assim o Projeto “Domingo de cabeça para baixo”, de forma gratuita, é um espaço aberto para novos artistas. Hoje o carro chefe dos eventos é o "Lá em Dona Neuza". Acontece um sábado de cada mês, oferecendo um espetáculo musical que é uma opção de lazer e cultura para a população soteropolitana. Neste centro de cultura, funciona integrado ao espaço o Estúdio Caverna do Som. Nele, para os interessados em música é possível realizar produções musicais de qualidade profissional a preços acessíveis e populares. Assim, intensifica-se o contato entre diferentes artistas e o surgimento de projetos compartilhados. O Espaço Cultural Dona Neuza, desde 2014, é sede do projeto “Ponto Sonoro” que promove ao longo de seis meses atividades voltadas para o público e profissionais de produção musical. Marque presença nesse ponto sonoro, venha experimentar o Espaço Cultural Dona Neuza.

Bora Lá em Dona Neuza!

Redatores: Daniel Lyra Maria Eduarda Costa Tainá Martins Vitor Arthur Design: Vitor Arthur Informativo do Espaço Dona Neuza Este trabalho foi desenvolvido como critério parcial para aprovação da disciplina Redação Jornalística e Institucional | Curso de Jornalismo da Unifacs Docente responsável: Profª Mariana Alcântara

O Espaço cultural Dona Neuza (ECDN) sempre procura realizar eventos para que a comunidade soteropolitana possa se beneficiar, por isso, foi criado o Lá em Dona Neuza. Com feirinhas, palestras e shows, o ECDN promove esse evento com todas as a t r a ç õ e s gratuitas, para que todos possam acessar o espaço. Sua ultima edição, que ocorreu no Feirinha Musical dia 3 e 4 de junho, tiveram a presença de Marcos Sampaio, Fernando Maia e Bruna Barreto, além de DJ Rairú, Diamba e o próprio Irmão Carlos, um dos idealizadores do espaço. Na edição do dia 14 de maio, haviam palestras como Captação e pós produção de áudio, Promoção de novos artistas, e, o que não poderia

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faltar e que há em todas as edições, a Feirinha Musical. A iniciativa para a comunidade faz com que o ECDN tenha uma responsabilidade social grande para ajudar na profissionalização de pessoas e no entretenimento, que está tornando visível artistas que não poderiam, normalmente, fazer shows e realizar seu sonho que é tocar e alguém escutar. Curta a nossa Fanpage no Facebook para acompanhar o Lá Em Dona Neuza e ver as suas próximas edições.


Bate-papo “Com a internet hoje, a gente pode ganhar o mundo. Esse ĂŠ o caminho! Mas a base a gente mantĂŠmâ€? Entrevista com IrmĂŁo Carlos

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ĂĄ mais de 10 anos na cena artĂ­stica musical baiana, Carlos Fernando Ribeiro Paiva (Salvador, 1975) ĂŠ dos dirigentes na resistĂŞncia do Rock

soteropolitano. Ele empresta ao cenårio seus mais diversos talentos: agitador cultural no Espaço Cultural Dona Neuza, produtor musical no Estúdio Caverna do Som e no palco trås o seu inquietante Rock psicodÊlico, com sua banda O Catado e no seu projeto solo Irmão Carlos. Na promoção e perpetuação destes setores defende a utilização das novas mídias e suas tecnologias. Pergunta: No papel cidadão, como você observa a dimensão do trabalho realizado no Espaço Cultural Dona Neuza para a população de Salvador? Resposta: O conhecimento Ê nossa maior fonte de riqueza. O objetivo Ê atingir o maior número de pessoas, não só com palestras, o fi c i n a s , w o r k s h o p s , m a s t a m b Ê m a t ra v Ê s d a m ú s i c a . Estatisticamente não tenho uma precisão, mas sei que jå temos profissionais atuando na música e ou em outras ramificaçþes do mercado, por conta do nosso trabalho, não só em Salvador, mas tambÊm no interior do Estado. Pergunta: Como você, morando a bastante tempo no bairro onde estå situado o Espaço, avalia a importância da relação entre Organização e a comunidade? Resposta: Sobre a importância direta ainda tem uma película que separa a comunidade do Espaço, quando falo nas açþes profissionalizantes, em si. Ainda existe uma timidez por parte da turma, mas falta pouco pra essa membrana ser rompida. Quanto ao resultado de forma mais lúdica, acho que rola legal. Vejo pais e mães de crianças e adolescentes que jå mais saíram de casa pra um show de música que não fosse o que eles conhecem pela grande mídia, e se permitem ouvir e ver outras possibilidades, o que då um resultado bacana. Jå ouvi alguns vezes de pessoas do bairro: -Irmão Carlos, meu filho baixou seu disco e canta quase todas as músicas! Ou: -Carlinhos, eu não gostava de rock, mas esse rock aqui Ê legal. AlÊm dos grafites que ficam expostos no espaço e tals. Pergunta: Você sempre estå presente nos eventos, inclusive participando de performances no palco como músico e sendo reverenciado como grande personalidade desta cena. Quão significativo Ê o Espaço e os eventos que vocês promovem nele para sua vida pessoal?

Pergunta: Nos dias de hoje, com a supervalorização dos produtos da chamada Indústria Cultural, Ê muito importante a atuação de espaços como o ECDN, onde manifestaçþes artísticas alternativas tomam voz e alcançam os mais variados públicos. Qual influência na forma de consumo dessas artes você nota nos moradores da comunidade após o surgimento do espaço? Resposta: Isso isso! Sim! A indústria Ê forte! No passado não existia possibilidade de ser músico profissional se vc não fizesse parte dela. Hoje a gente tem outros caminhos e espaços independentes são importantes e necessårios. O contado das pessoas eu jå conto na "pergunta 2", mas acrescento outro fato: O contato direto, não só das crianças, mas dos mais velhos tambÊm, com uma outra linguagem, não só musical, mas de comportamento mesmo. São Pessoas de vårios estilos que se misturam. Conservadores, artistas, jovens e mais velhos dividem o mesmo espaço. Pergunta: Que balanço você faz das realizaçþes do ECDN neste ano de 2016? Resposta: To ficando rico a cada ano! Hahaha.. Rico de reconhecimento e de música. Pago minhas contas tranquilamente fazendo música todos os dias da vida. Certo que tem os momentos burocråticos e chatos, mas aí qualquer carreira bem gerida tem que ter. Quanto ao resultado do que o Espaço se propþe a fazer, acho que cresce a cada ano. Mais reconhecimento e mais profissionais envolvidos direta e indiretamente. O setor da economia criativa vem crescendo bastante, Ê fato!! Nós fazemos parte desse crescimento. Pergunta: Quais plano do Espaço para o ano de 2017? Resposta: Sem patrocínio vamos ter que reinventar. Desenvolver mais uma, duas ou três formas sustentåveis pra manter tudo funcionando, se não tudo, algumas açþes pelo menos. Planos e idÊias ainda em fase de Brainstorm.

Resposta: Tudo! Todo! Muito! Full! É isso... Toda minha carreira como artista, produtor musical e agitador cultural ĂŠ feita no Espaço Dona Neuza. Embora, no ultimo ano eu venha procurando novos horizontes e caminhos. Uma hora nosso lugar fica pequeno e a gente precisa expandir. Uma vez ouvi de um produtor que eu admiro: "Primeiro vc conquista seu bairro, depois o bairro vizinho, a cidade, o Estado e assim vai ganhando espaço."Com a internet hoje, a gente pode ganhar o mundo. Esse ĂŠ o caminho! Mas a base a gente mantĂŠm.

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