Bauhaus jornal

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Ed. 01

bauhaus jornal


Este trabalho se trata de um exercício experimental aplicado na disciplina de História do Design da Universidade Federal de Pernambuco, no primeiro semestre de 2015, ministrada pela prof. Dra. Oriana Duarte, com monitoria da aluna Hannah Sá. A proposta é desenvolver uma narrativa ficcional ambientada na escola Bauhaus na primeira metade do Século XX e tem como objetivo uma outra possibilidade de apreensão do saber histórico. Os conteúdos aqui apresentados não devem ser considerados estritamente como fatos históricos e não devem ser usados como documentos históricos.

Trabalho desenvolvido por: Vitor Gregory


Sumรกrio 04

Objetivo

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Novos tempos

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Conversa Hennes Meyer

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Mia e a cadeira

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Entrevista Gunta Stรถlzl


Objetivo Esta publicação tem por objetivo informar aos queridos colegas alunos e professores, sobre o que se passa e se produz na nossa instituição. Nessa primeira edição, vamos abordar a mudança de sede de Weimar para Dessau, a posse da direção da Bauhaus por Hannes Meyer, além de um olhar acalorado sobre a nossa querida professora e mestra Gunta Stölzle e muito mais.

Aproveite e colabore conosco.


Novos tempos

A Bauhaus foi trazida a cidade de Dessau, em uma colaboração junto com o prefeito Fritz Hessel, ganhando assim um prédio novinho. Por que eu estou contando isso? Talvez alguns alunos novos não conheçam a nossa história e nesse momento de mudanças é bom relembrar um pouco. Na mudança de local todo corpo docente acompanhou o mestre Gropius, entre eles o jovem mestre Marcel Breuer que assumiu em 1925 a “oficina de móvel”, Moholy Nagy da “oficina de metal”, além de Kandinsky e Gunta Stölzl mestre no departamento têxtil. Esse ano alguns estão nos deixando, a saída do mestre fundador acarreta na saída dos mestres, Breuer, Nagy, Bayer. Uma pena, mas grandes mudanças estão acontecendo, então sejamos confiantes jovens nessa nova fase que nossa escola está entrando, o diretor Hannes Meyer parece que vai revolucionar, resta esperar para ver.

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Conversamos com o novo diretor da Bauhaus, Hannes Meyer, sobre o novo rumo da escola, o envolvimento com a sociedade e as novas perspectivas para a comunidade acadêmica e para ele. Perguntado sobre que rumo buscaria nessa nova fase ele responde “ Temos que deixar a ideia de escola de arte de lado e passar à produção voltada a sociedade, trabalhar em prol dela.”

Hannes

Meyer

Claramente o diretor sai do rumo que tradicionalmente a escola percorria, talvez seja um visionário, mas querendo saber mais desse ponto de vista continuo na pergunta e ele completa “ construir e criar são uma única força, e são um acontecimento social. Enquanto criadores nossa atividade é condicionada socialmente e o âmbito de nossas tarefas é marcado pela sociedade”.


Conversa Percebendo meu estranhar dessa nova “filosofia”, mas alimentado de curiosidade sobre a mesma, Meyer finaliza “ Enquanto criadores somos serviçais dessa comunidade, nosso trabalho é servir ao povo.”

O novo mestre busca uma doutrina social, desepegando da doutrina de apenas criação “estética”, aderindo a uma doutrina de construção e do conhecimento, onde a máxima “forma segue a função” seja imperativo absoluto. Parece desafiador, estou ansioso por esses novos tempos. Boa sorte diretor e que todos sejam agraciados com essas mudanças.

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Mia e a cadeira Mia*,19, aluna do 3º periodo, veio do interior da Alemanha, Rothenburg, deixou pais e amigos pelo sonho de estudar na Bauhaus. Elas está trabalhando no projeto de uma cadeira, a qual denomina D42, para uma das oficinas que participa e compartilhou o projeto conosco.

Mia diz que o projeto busca simplicidade, sofisticação, conforto, inovação, através de traços suaves, quinas arredondadas e funcionalidade. Usando materiais como tubo de metal cromado e esteira verde escuro.

*Mia é personagem do trabalho desenvolvido por Marina e Tutti, que cederam gentilmente para essa integração entre os trabalhos.


Oficina de car taz

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sala 225

27 de a es bril


Gunta Stölzl, Mestra Gunta Stölzl, nascida em 1897, anteriomente estudou em algumas escolas de arte, descobriu a Bauhaus e em 1919 ingressou na escola se mudando assim pra weimar. Sua primeira oficina foi de cara a têxtil? Sim, apesar do “manifesto” dizer que todos seriam aceitos, a mulheres, após ordem de Gropious, só era permitido a oficina de tecelagem. Como foi o começo na oficina? Primeiro comecei fazendo um gobelin*, depois fui arriscando em outras técnicas e padronagens. Sim, o que lhe acabou dando o titulo de Kandinsky da tapeçaria. Pois é. (sorri timidamente)

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de aluna a mestra Após começar a arriscar e aprimorar as técnicas veio o reconhecimento pode falar disso? Sim, Gropius viu como era rentável, como aprimoramos as técnicas e quis investir, mas eram tempos de vacas magras na escola, com regime naciona-socialista não tinhamos muito apoio nem político nem financeiro. Foi a partir daí que a escola se deslocou para Dessau, e você se torna a mestre da oficina têxtil. Qual os objetivos agora? Antes trabalhávamos como poesia, liberdade, sem muitas pretensões. Agora procuramos ser mais simples, disciplinar os meios, se adaptar ao material e funcionalidade. O novo lema é “modelar para Indústria”.

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Referências Links http://pt.scribd.com/doc/140755914/Pedagogia-Da-Bauhaus#scribd http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,as-mulheres-da-bauhaus,342833 https://diekarambolage.wordpress.com/2010/11/02/frauenpower-mulheres-da-bauhaus-gunta-stolzl-13/ http://www.bauhaus-dessau.de/das-bauhausgebaude-von-walter-gropius.html

Livros Wick, Reiner k. Pedagogia da Bauhaus. Martins Fontes,1989

Lupton, Ellen; Miller, J. Abbott. ABC da Bauhaus. Cosac Naify, 2009 Raimes, Jonathan. Design Retrô. Editora Senac, 2007

Notas Personagem Mia, pág 8 encontrada no link http://issuu.com/tuttidolly/docs/di__rio_de_algu__m_-_oficial_pdf




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