Uma anรกlise fotogrรกfica
Vitor Guimarรฃes
Uma anรกlise fotogrรกfica
Vitor Guimarรฃes
BLAD RUNNER - UMA ANÁLISE FOTOGRÁFICA VITOR GUIMARÂES PINHEIRO FACUDADES DO NORDESTE - FANOR BACHARELADO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL COM ESPECIALIZAÇÃO EM RADIO E TV PROFª ORIENTADORA CAMILA LEITE
O filme
O filme se passa no ano de 2019, em uma Los Angeles decadente, onde a superpopulação e o consumismo exacerbado obrigam os seres humanos a colonizarem outros planetas. Os replicantes (seres artificiais idênticos aos humanos, superiores em força e inteligência, que são criados para trabalhos forçados e degradantes nessas colônias extraterrenas) por serem um risco a sociedade, são proibidos de circularem na terra, e seu tempo de vida é reduzido para quatro anos. Após um motim violento, quatro replicantes “Nexos 6” fogem para terra em busca de sua longevidade. Rick Deckard, um ex-agente caçador de androides (unidade especializada na busca e eliminação de replicantes transgressores) é recrutado para encontrar e matar (Recolher) esses replicantes.
Diretor
Ridley Scott Nacionalidade: Britânico Nascimento: 30 de novembro de 1937 (South Shields, Durham, Inglaterra) Idade: 77 anos Em meados de 1960 Ridley Scott trabalhou para a BBC como designer de cenário, uma experiência que influenciou em muito seu trabalho subsequente como diretor. Scott logo passou a diretor de TV, trabalhando em episódios de séries como "Z Cars" e "The Informer". Em 1967, ele deixou a BBC e passou a maior parte de seus dez anos seguintes fazendo centenas de comerciais de TV através de sua produtora de comercias, RSA (Ridley Scott Associates). Scot levou um total de 5 anos desde a concepção até o financiamento e a produção de seu primeiro filme, "Os Duelistas (1977)". Apesar de ter recebido um prêmio especial do júri de Cannes, Os Duelistas foi bastante criticado. O trabalho seguinte de Scott foi o thriller de ficção científica Alien, O Oitavo Passageiro (1979). O filme foi um grande sucesso de bilheteria, transformando Sigourney Weaver em uma estrela e rendendo ainda três sequências: "Aliens - O Resgate (1986)", "Alien 3 (1992)" e "Alien - A Resurreição (1997)". Seu segundo filme, "Blade Runner" apresenta uma visão chocante de uma
Los Angeles superpovoada e saturada pela mídia no ano de 2019. O filme teve um número significante de adoradores, apesar de alguns críticos não terem gostado da voz clichê de Ford e do final batido, que apresenta seu ponto de vista enquanto ele plana sobre um paraíso rural com a sua amante andróide (Sean Young). Na sequência, realizou "A Lenda", que foi mal recebido pela crítica, mas se tornou um sucesso na TV. "Perigo na Noite (1987)" foi um thriller de suspense direto e bem estruturado, mas que não se saiu bem nas bilheterias. Scott então obteve seu maior sucesso desde "Alien" com "Chuva Negra (1989)", um thriller policial sobre corrupção que se passa em Nova York e no Japão. Apesar da narrativa ser insubstancial e confusa a linha de ação de Tóquio ofereceu a Scott algumas das melhores composições urbanas. Scott posteriormente obteve grande sucesso crítico e comercial com "Thelma & Louise (1991)". Sobre os esforços subsequentes de Scott, quanto menos se comentar sobre seu épico de Colombo melhor: "1492 - A conquista do Paraíso (1992)". Esta bomba ofereceu algumas visões agradáveis, mas o elenco internacionalmente desconhecido falhou em dar vida ao drama. O filme seguinte de Scott, "Tormenta (1996)", representou uma melhora, mas ainda assim falhou em agradar o público e a crítica. Os anos 90 testemunharam o crescimento do interesse de Scott na produção. Ele produziu o belo remake de "Nunca Te Amei" estrelando Albert Finney e foi o produtor executivo do carismático filme família "Meu Pequeno Ladrão" estrelando Harvey Keitel e Thora Birch. Em 1995, Scott e seu irmão Tony adquiriram o London's Shepperton Studios para a Scott Free Productions. Após Tormenta (1996), Scott filmou o mornoAté o Limite da Honra, com Demi Moore não se saindo bem no papel de uma tenente da marinha americana. Em 2000 retornou ao topo do box office americano com Gladiador, um épico romano narrando a volta de um general depois de virar escravo ao poder. A produção foi impecável, tanto que o filme levou o Oscar de Melhor Filme , porém Scott ainda não consegue ser tão fabuloso quanto com Blade Runner, tanto que no ano seguinte filma o decepcionante Hannibal.
Diretor de fotografia
Jordan Cronenweth Atividade: Diretor de fotografia Nacionalidade: Americano Nascimento: 20 de fevereiro de 1935 Falecimento: 29 de novembro de 1996 com a idade de 61 anos Filmografia como diretor de fotografia 1991 Desejos 1990 Um Tiro de Misericórdia 1987 Jardins de Pedra 1986 Peggy Sue - Seu Passado a Espera 1982 Amigos Muito Íntimos 1982 Blade Runner, o Caçador de Andróide 1980 Viagens Alucinantes 1977 A Outra Face da Violência 1974 A Primeira Página 1970 Voar é com os Pássaros
Fotografia
A fotografia de Blade Runner imediatamente remete ao jogo de luzes e sombras do cinema noir. Esta característica não foi acidental. Segundo Cronenweth, “Ridley sentia que o estilo de Cidadão Kane era o mais próximo do que ele imaginava para Blade Runner. Isso incluía, entre outras coisas, alto contraste, o uso incomum de ângulos e feixes de luz em cenas internas”. No decorrer do filme notasse tambem a preocupação da luz 90° de caravágio principalmente no rosto dos personagens quebradas em alguns momentos conforme a movimentação das personogens na cena, cenas com silhuetas de personagens aparecem em alguns momentos fazendo com que a posição da personagem flua de forma coerente a o que está sendo assistido
Esta cena onde Holdem (Morgan Paull) espera por Leon (Brion James) para o teste Voight-Kampff usado para identificar os replicantes, mostra nitidamente como na maioria das cenas do filme aspectos do cinema noir, como o ângulo da câmera que está em um plongée diagonal tanto em relação ao personagem quanto em relação ao ambiente e a luz volumétrica que entra pelas janelas bem acima da altura do personagem em um ambiente penumbroso, fazendo um fino contorno de luz em seu corpo e ao mesmo tempo evidenciando a fumaça do cigarro. Voltando ao olhar da câmera, podemos deduzir que a milimetragem da objetiva esteja em torno de 30 a 35 mm, pelo fato da distorção da perspectiva não está tão acentuada.
Observando a luz de contorno que incide sobre o perfil dos personagens e a sombra dos objetos sobre a mesa e nas cadeiras onde ambos estão sentados, percebe-se que o ponto de luz está mais para o lado direito da imagem tornando Leon mais exposto evidenciando sua inquietação, em contra partida, deixa Holdem mais discreto na cena fazendo-o transparecer calma e tranquilidade, mostrando que o personagem está em uma posição de controle, como em uma cena de interrogatório tradicional onde o interrogado fica em uma sala escura com apenas um ponto de luz direcionado a ele só que de forma mais sutil.
Aqui, nesta cena, Harison Ford pede sua comida em uma lanchonete chinesa, percebe-se uma luz bem difusa e muito suave iluminando seu perfil, a também uma luz amarelada que incide sobre suas costas, vinda de cima, observemos o ambiente ao seu redor esta bem claro, e a também muitas lâmpadas fluorescentes desfocadas em quadro destacando bem o personagem que está bem mais escuro que o ambiente de fundo da cena, a lâmpada que está a direita do quadro perto da personagem, está apagada, dando a dica do porque ali está realmente escuro.
No plano da figura acima, Ford contracena com Sean Young em um grande salão por onde podemos ver o sol se pondo através de uma grande janela onde esta representado o ponto de luz principal da cena. Na sequência vemos Sean Young que chega no salão para contracenar com Ford, Young está de frente para a janela, percebe-se seu rosto bem iluminado pelo ponto de luz principal da cena, um pouco do alto fazendo uma sombra bem recortada do seu queixo em seu pescoço que por sua vez é sutilmente clareada por um suave e fraca luz de preenchimento, enquanto Ford que está no contra plano recebe uma luz de recorte, e pela frente uma suave luz bem
difusa e fraca. Nos dois últimos planos, as personagens em posições opostas a imensa janela é fechada por uma camada escura de uma especie de vidro fumê a pedido do personagem de Ford para que ele possa dar início ao teste Voight-Kampff em Young. Ao fechar a janela apenas um fino facho de luz continua a penetra pela Janela trazendo de volta a luz volumétrica que passa pelo lado de Young destacando seu perfil e iluminado Ford apenas do nariz para baixo.
Aqui, no momento em que Rick Deckard(Harison Ford) entra no banheiro do apartamento de Leon (Brion James) percebemos uma fonte de luz que vem do lado direito abaixo da porta do banheiro, iluminando parte de seus dedos e formando um suave flare embaixo de sua mão. o outro ponto de luz vem do neon que está na parede, por trás do ator, destacando um contorno nítida e bem desenhado da personagem, que se move na cena de forma a deixar sua ação perceptível, como é o caso do terceiro quadro, que deixa bem evidente que ele esta olhando algo agarrado a seus dedos, fazendo com que as imagens conversem com o espectador de forma coerente através de silhuetas.
Nesta cena percebemos nitidamente que o neon amarelo (circulo com uma estrela) alem de dar uma cor amarelada ao ambiente, influencia diretamente na iluminação da personagem.
como nesta outra cena, com uma certa particularidade nas luzes que variam entre azul e amarelo causando um efeito interessante na personagem.
Nesta sequência uma luz penumbrosa que vem do lado esquerdo no fundo da cena iluminadua de forma degradê (mais claro a direita, ficando mais escuro a esquerda), ilumina a parede por traz da personagem e com a ajuda da fumaça podemos ver o recorte da silhueta que por conseguinte faz com que a personagem interprete de forma que se adeque a iluminação proposta. Ao sacar sua arma Ford se posiciona de forma que a mesma apareça nitidamente, passando uma informação clara da ação da cena.
Este trabalho ainda não foi concluido, pretendo aprimorar minha percepção a respeito da analise filmica, reformular o que foi feito atÊ o momento e com o tempo pretendo ter a abilidade de analisar todos os planos de um filme.