TFG OÁSIS URBANO - VITÓRIA WILMA

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OÁSIAS U RBANO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE GRADUAÇÃO Orientador: Solimar Mendes Isaac

OÁSIAS U RBANO

Vitória Wilma Guerrero Caraponale São Paulo 2020

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“Acredito em uma arquitetura que desacelera e foca a experiencia humana, em vez de acelerá-la ou difundi-la (...) arquitetura nos faz entender e lembrar quem somos “ PALLASMAA, Juhani. Essências

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais que sempre me apoiaram em todas as decisões que tomei e caminhos que percorri, acreditando sempre em mim e nos meus sonhos. A minha mãe agradeço pelo carinho e paciência de sempre perante as minhas dificuldades, me ensinado que sempre podemos recomeçar e que tudo pode ser transmutado com amor. Ao meu pai agradeço por ser um exemplo de garra, superação e caráter, mostrando que se é possível alcançar tudo o que se deseja, mas que o melhor ainda é fazer isso com um propósito maior. Eu amo vocês. A minha irmã, minha grande paixão, que mesmo sendo mais nova sempre me inspirou e me ensinou muito. E fez com que nossas conversas filosofando sobre a vida e as relações fossem o ponto inicial, para que a ideia desse projeto começasse a florescer. Eu amo você. Aos amigos que cultivei ao longo dessa minha trajetória universitária e principalmente a Marcela, Giovanna, Juliana, Leandro, Luna e Ornella vocês fizeram esses anos de facualdade serem maravilhosos, cheio de companheirismo e amor. Fazendo com que os inúmeros trabalhos da faculdade fossem encarados de um modo mais divertido e leve. Obrigada por tudo. Eu amo vocês. À minha orientadora Solimar Mendes Isaac que aceitou me auxiliar na trajetória de construção desse trabalho com tanto carinho. Obrigada pelos conselhos, pelas conversas durante nossos encontros e por me inspirar desde o primeiro contato que tivemos, não só como profissional mais com ser humano. Aos professores que me apresentaram uma outra maneira de enxergar e entender a arquitetura, vocês são incríveis e agradeço muito por me ajudarem durante todo o processo de formação. Enfim, agradeço a todas as pessoas que passaram pela minha vida, pois todas elas têm influência em quem sou hoje e me ajudaram a tornar essa graduação possível! Obrigado!

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1 INTRODUÇÃO 10 9 BIBLIOGRAFIA 128

2 JUSTITICATIVA 12

8 PROJETO 44

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3 OÁSIS URBANO 15


6 ESTUDO DE CASO 23 7 LUGAR 30 5

ARQUITETURA EFEMERA 21

4 OCIO CRIATIVO 18

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INTRODUÇÃO

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Quando decidi ingressar na faculdade de arquitetura não sabia muito bem o que esperar, achava que iria acabar me deparando somente com projetos de edifícios e suas estruturas. Mas logo no início me surpreendi com um curso que apresentava muito mais profundidade e civilidade do que imaginava e isso fez com que eu me apaixonasse pelo universo da arquitetura e urbanismo. Ao decorrer do curso fui entrando em contato com um maior número de arquitetos e pensadores que me fizeram entender, com maior clareza, como a arquitetura poderia influenciar diretamente na vida das pessoas tanto socialmente quando psicologicamente. Foi então quando cheguei no 9 semestre e me deparei com a escolha de qual seria o tema do meu TFG que não tive dúvida que seria algum projeto com um lado humano muito enfatizado, priorizando o usuário e suas sensações, de uma forma que pudesse influenciar de um modo significativo a vida de seus futuros frequentadores. Afinal, foi isso que sempre me encantou na arquitetura. Nesse mesmo período de escolhas de tema estava lendo o livro “Sociedade do Cansaço” do filosofo Byung-chul Han, que foi a grande base para a concepção do projeto, ele aborda alguns problemas que a nossa sociedade apresenta atualmente. Como o grande frenesi social que vivemos e como isso pode causar e já vem causando consequências negativas para todos. Ele pôr fim no seu livro aborda que ações que fortaleçam o ato contemplativo podem ajudar e mudar muito o cenário de por onde nossa sociedade vem caminhando. Foi então que analisado esse livro junto com o conhecimento que adquiri ao longo da faculdade, que a cidade se apresentou como um grande espaço onde projetos que apresentassem esse caráter poderiam ser implantados. Assim sendo capaz de trazer locais de pausa que fortaleçam o elemento contemplativo em meio ao cotidiano corrido que as grandes metrópoles apresentam. Com isso foi escolhido um perímetro de análise e um percurso para a implantação do projeto. Se apropriando de 7 áreas para a concepção de 7 instalações que tentam compreender o local e suprir suas demandas, transformando-os em pequenos oásis urbanos para região. Dessa forma o projeto tem como base 3 conceitos, Oasis urbano, ócio criativo e arquitetura efêmera, que serão explicados melhor ao decorrer do trabalho. A proposta desse projeto é tentar criar espaços de estar e contato social que quebrem de alguma forma a frequência agitada das pessoas que se utilizam do local onde o projeto foi implantado. Fazendo com que a cidade seja um grande palco de experiências, propondo uma forma de maior democratização dos espaços públicos e da arte.

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JUSTIFICATIVA

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Nossa sociedade vem apresentando um grande crescimento da vida urbana nos últimos tempos. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidades,2018) 95% da população brasileira viverá em centos urbanos até 2050.

Porcentagem população área urbanas e ruais

O Brasil assustadoramente apresenta índices de pais com a maior porcentagem de pessoas com transtorno de ansiedade do mundo segundo a OMS (Organização nacional da saúde,2017), com mais de 9,2% da população com esse sintoma.

100

75 Porcentagem

“Por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie. Em nenhuma outra época os ativos, isto é, os inquietos, valeram tanto. Assim, pertence às correções necessárias a serem tomadas quanto ao caráter da humanidade fortalecer em grande medida o elemento contemplativo”. Menschliches, Allzumenschliches I (NIETZSCHE, 1967 apud HAN, 2010, p. 288)

Rural

50

Urbano

Prevalência de anciedade

25

0 1950

1975

2000

2025

2050

Essa urbanização vem causando significantes mudanças nosso modo de levar a vida. Conseguimos observar isso claramente em grande metrópole como São Paulo que com muita frequência, ouvimos discursos de pessoas dizendo como estão exaustas, sem tempo e agitadas. Até mesmo ao decorrer do dia a dia, somos capazes de perceber como a nossa mente não para, sempre preocupada, impaciente e cansada. Byung-Chul Han em seu livro Sociedade do cansaço (2010), aborda com muita propriedade esse assunto, ainda afirmando que as patologias que a sociedade do século XXI apresenta são em grande maioria neuronais. Isso é ocasionado por conta da nossa hiperatividade, que acaba causando carência de ser, pois viramos “máquinas” humanas e nos esquecemos de sermos humanos.

Porcentagem

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Essa ausência de pausa, além de nos levar à graves problemas neuronais como ansiedade e depressão, ainda pode nos levar a problemas culturais.

“Com a estonteante aceleração da velocidade do tempo atual e a constante aceleração de nossa realidade experimental, somos seriamente ameaçados por uma ampla amnésia cultural. Na vida acelerada de hoje, finalmente conseguimos apenas perceber – mas não nos lembrar.” (PALLASMAA, 2007 p.253)

Juhani Pallasmaa se refere a esse tempo, do não fazer, também como algo curativo, “O tempo intermediário é um tempo sem trabalho, um tempo lúdico(...) é um tempo de cura e de trabalho.” (PALLASMAA,2007,p.102) Além disso a forma em que o homem pós-moderno vem conduzido sua vida tem o colocado em uma posição de isolamento (BYUNG-CHUL) e compreendendo que somos seres sociais por natureza (Aristóteles) esse afastamento pode causar grandes problemas para saúde física e metal. E isso, mesmo já sendo conhecido fica ainda mais em evidência devido esse intenso isolamento social que estamos vivendo, no ano de 2020 por motivos do covid-19, que vem mostrando como esse convívio social é fundamental para a vida humana. (BOLFIM,2020) Com isso novos anseios das pessoas em relação a cidade e de sua importância em dinâmicas cotidianas está acontecendo. (BOLFIM, 2020) E para os arquitetos e urbanistas isso acaba abrindo uma porta de análise para repensar a relação da cidade e seus espaços de convivência. Assim podendo aprofundando a visão nos usuários e na “nova” demanda que isso vai causar, de uma forma democrática e inovadora. 14

Juntando todos os pontos abordados, fica claro como elementos na cidade que tenham como proposta a quebra do frenesie e onde a pausa seja o ponto central, promovendo assim um maior contato social é algo indispensável. Criando assim espaços onde o ócio criativo possa ser experenciado, visto ainda que estamos em uma época em que a criatividade está sendo a base para grandes mudanças .


OÁSIS URBANO

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O terno oásis pode ser abordado pela visão de diferentes vertentes. Se for explicada pelo âmbito geográfico e científico ele se refere a uma pequena região no deserto onde temos a presença de água por conta das fontes subterrâneas existente. (GUEDES,2016) Os oásis são os únicos locais dentro das dunas de areia onde permite o homem efetuar plantio e que fixe moradia. São lugares indispensáveis para que as pessoas que caminham pelo deserto possam recuperar seu bem-estar, perante o grande calor e escassez de áreas sombreadas e com a presença de água, que um ambiente tão árido apresenta. Agora olhando para esse espaço de uma forma mais subjetiva, Rubio e Tuduri no livro Del Paraiso Al Jatin Latino (2002) que conseguem descrever esse termo de uma forma simples e sensível. “A emoção do oásis é quase uma ideia. Desta forma, é apresentado em uma abstração aquele que a cena criador ou paradisíaco, inscreva-se naturalmente na clareza de uma ideia, foi uma base firme para o pronto concretagem do jardim nas regiões de clima desértico. (…) O oásis é delimitado por seu próprio ser. Chega até de onde vem a água que dá vida. Mais outra coisa reina ali, a duna, o deserto, a solidão formidável. O oásis é por si só mesma definição. " (RUBIÓ e TUDURÍ,1981, p.98)

Uma das definições que é encontrada no dicionário Aurélio também aborda esse conceito de uma forma mais figurado “Lugar e/ou circunstância que, embora estejam certados por momentos ou coisas desagradáveis, ocasionam prazer; tudo o que pode parecer calmo.” Após essa breve análise da palavra oásis, conseguimos analisar o conceito proposto, oásis urbano, em sua totalidade.

Alguns projetos com a finalidade de serem verdadeiros oásis urbanos já foram idealizados, como o The Springs projetado por Henning Lasen (figura 1) e o The Oasis na Coreia do sul (figura 2). Os dois apresentam resultados e dimensões diferentes, mais com a mesma essência. Logo, o que se pode definir como oásis urbano?

Figura 1 (fonte: Archdaily,2018)

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Figura 2 (fonte:ArchDaily,2016)


Segundo Shirazi em seu livro Contemporary Architecture and Urbanism in Iran (2018). “A configuração arquitetônica do oásis urbano é baseada na interpretação indireta do passado histórico e cultural, misturando-se às vantagens da nova tecnologia e modernização. Nesse sentido, é uma manifestação de atenção simultânea ao internacional e ao local, daí um autêntico 'espaço intermediário'. Além disso, um oásis urbano fornece um campo de contato social e um senso de lugar, no qual o intercâmbio e a comunicação social são enriquecidos. (...) para criar um 'oásis urbano' no sentido em que o teorizamos; lugares para um espaço intermediário 'para resistir à hegemonia invasora dos Megapolis” (SHIRAZI, 2018, p.99)

Sendo um novo espaço na cidade que possibilita novos caminhos em meio a uma vida cotidiano agitado. Onde é possível experenciar um ambiente que conseguem mudar o estado de espírito das pessoas que caminham pelo meio urbano, promovendo pausa e reflexão. podendo cessar por alguns instantes o frenesi das grandes cidades. Capaz ainda de gerar um local que proporcione um campo de contato social agradável e convidativo que gere o intercambio e comunicação social que são coisas extremamente enriquecedores e importantes.

Outros autores que abordam este tema são Marcus e Francis (1998). Referrem-se à Oasis urbano como um local parcialmente isolado da rua, com uma localização e um design que deliberadamente diferenciam esse espaço do barulho e atividade da cidade, assim tendo uma qualidade reflexiva silenciosa. No livro Marcus e Francis (1998) ainda citam a entrevistas feita pelo arquiteto Loukaitou-Sideris para o Citicorp Plaza em Los Angeles.

“um cenário semelhante a um parque, onde bancos largos e árvores de sombra proporcionam um descanso tranquilo de um dia agitado (...) um local em que a vegetação pretendia esconder dos usuários dos prédios horripilantes e a cidade do lado de fora e criar uma diferença realmente refrescante da vida cotidiana da cidade.” (LOUKAITOU-SIDERIS,1992 apud MARCUS e FRACIS, 1998, p.99)

A partir desta análise é possível chegar à conclusão que um oásis urbano não se define por seu aparente formato físico específico e sim pela atmosfera que ele é capaz de proporcionar aos seus usuários.

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ÓCIO CRIATIVO

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A ideia de ócio criativo foi proposta pelo professor e sociólogo italiano Domenico De Masi na década de 90. Essencialmente, o ócio criativo é uma nova maneira de olhar para o trabalho e o definir. De Masi (2000) no seu livro “Ócio Criativo” ilustra como a felicidade e o bem estar no dia a dia podem aumentar a criatividade e o desempenho na produtividade no trabalho. "Adotando o ócio criativo, as empresas seriam mais criativas, mais produtivas e reduziriam as despesas. Os trabalhadores teriam mais tempo para a vida pessoal, revitalizariam seus relacionamentos com a família, com o bairro, com a cultura; alimentariam a própria criatividade."( DE MAIS,2000 p.2368)

Esse novo jeito de definir essa “pausa” vai em contra partida com muitas ideias já estabelecidas sobre esse conceito.

“Existe um ócio alienante, que nos faz sentir vazios e inúteis. Mas existe também um outro ócio, que nos faz sentir livres e que é necessário à produção de ideias, assim como as ideias são necessárias ao desenvolvimento da sociedade.”(DE MASI,2000 p.3178)

O filosofo inglês Bertrand Russell na década de 30, já colocava em discussão em seu livro O Elogio ao Ócio (1935) o quanto o excesso de trabalho pode ser prejudicial, causando a diminuição de produtividade.

“O uso judicioso do lazer, devo admitir, é produto da civilização e da educação. Um homem que toda a sua vida trabalhou longas horas irá se sentir entediado se ficar ocioso de repente. Mas, sem uma quantidade adequada de lazer, a pessoa fica privada de muitas coisas boas. Não há mais nenhum motivo pelo qual a maioria da população deva sofrer tal privação, e só um ascetismo tolo faz com que continuemos a insistir no excesso de trabalho quando não há mais necessidade.” (RUSSELL,1935 p.30)

No ócio criativo é o meio onde se pode experenciar a riqueza gerada pelo trabalho e se o ser humano se desapegar do conceito imposto pelo mundo moderno, o ócio se tornaria o tempo livre onde o indivíduo o utiliza da maneira que mais achar conveniente, seja exercendo alguma atividade que lhe dê prazer, ou apenas relaxando em sua casa no fim de semana. (MAIS,2000)

Ainda o professor e historiador Leandro Karnal em entrevista para o Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (2018) afirma como precisamos de uma mudança de mentalidade.

“O ócio criativo é fundamental para se poder trabalhar. Cada vez mais nós estamos workaholics, cada vez mais imersos em atividades que exigem a nossa atenção imediata, prática, cronológica. Isto nos torna pessoas cada vez menos produtivas. É preciso o ócio criativo, no sentido da capacidade de pensar, ter ideias, estabelecer estraté giasdar passos seguintes, o que é diferente de se viver imerso nesse oceano de ações cotidianas.” (KARNAL, 2018)

Figura 3: Rizoma do ócio (DE MAIS,2000)

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Outro autor que faz uma excelente abordagem a este conceito e de como a não aplicabilidade do ocio tem causado grandes problemas nessa nova sociedade pós-moderna é o filosofo Coreano Byung-chul Han.

“Por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie. Em nenhuma outra época os ativos, isto é, os inquietos, valeram tanto. Assim, pertence às correções necessárias a serem tomadas quanto ao caráter da humanidade fortalecer em grande medida o elemento contemplativo”. (NIETZSCHE, 1967 apud HAN, 2010, p. 288)

Tendo em vista tudo o que o ócio criativo abrange, conseguimos chegar à conclusão, que ele se apresenta como algo necessário, que é precioso direcionar a sociedade para se fundir no ócio. Assim, ócio se torna uma arte, onde, possa ser uma escolha de vida e uma fonte inesgotável de ideias para a realização criatividade.

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ARQUITETURA EFEMERA

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Arquitetura efêmera se define como projetos de rápida construção e de caráter transitório que afeta o dia a dia do espaço e suas dinâmicas de uso.

“O efémero pressupõe uma temporalidade fugaz, uma duração tão curta que a própria criação admite a destruição(...) arquitetura efémera uma forma de expressão que permite explorar relações entre espaço, ambiente e pessoas, visto que a maior parte destes projetos está relacionada com propósitos de coexistência, que procuram gerar encontros sociais, detonadores de diálogos e reflexões.”(CARNIDE,2012 p.9)

Já, o arquiteto Daniel Paz em um artigo para revista Vitruvius levanta questionamentos sobre a arquitetura efêmera e a o espaço.

“A Arquitetura Efêmera é a maneira que se tem de incrementar a eficiência de espaço, doravante inadequado para uma atividade que se pretende instalar temporariamente nele – e isso vale para espaços mais amplos, mesmo naturais ou edificados” (PAZ, 2009)

Com isso é possível verificar como a arquitetura efêmera se apresenta como uma possível solução transitória. No entanto a concepção da construção efêmera tem início milenar, com ligação aos primeiros núcleos de assentamento humano: os nômades. Como deslocavam-se continuamente à procura de bons alimentos, suas moradias que se caracterizavam por tendas e cabanas desmontáveis, facilitavam essa transição de localização, por conta do seu fácil transporte e montagem rápida. (BENEVOLO:1999)

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Além disso é possível traças um paralelo com a própria modernidade, período no qual as relações entre indivíduos, meio e sociedade se apresentam de forma dinâmica. Baudelaire em seu livro “Só a modernidade “aborda essa relação” A modernidade é o transitório, o efêmero e o imutável” (BAUDELAIRE, 1996, p.25). Assim fica claro com o efêmero e a modernidade estão diretamente conectados. Os dois entendem que a sociedade contemporânea se dá por um grande fluxo de trocas de informações e experiencias. Fortes também aborda em seu livro “Intervenções temporárias, marcas permanentes” este conceito.

“Apesar de temporárias, elas paradoxalmente têm um impacto sobre os lugares que pode ser duradouro, e a intenção é verificar de que forma elas interferem nos espaços da vida coletiva, e se podem ser mecanismos para a manifestação da amabilidade.” (FORTES, 2013 p.26)

Assim, conseguimos chegar à conclusão de que arquitetura efêmera caracteriza-se por apresentar transitoriedade, rapidez no processo construtivo e dimensões que podem variar dependendo das necessidades e projeto. Mesmo com esse caráter passageiro consegue proporcionar mudanças permanentes no local, que melhoram a eficiência do espaço consecutivamente acarretando uma maior interação entre as pessoas que frequentam o local.


ESTUDO DE CASO

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Fonte:ArchDaily,2013 24


Parc de La Villette

Arquiteto: Bernard Tschumi Local: Paris, Franca Ano:1987

O Parc de La Villette foi escolhido como Estudo de caso para este trabalho pela concepção de ser um grande “edifício desmembrado” por conta de seu folies dispostos em diferentes locais do parque. Estes Folies caracterizam-se por serem pavilhões que são vistos como centros de programas informais e efêmeros. No total são 20 folies espalhados por todo o parque, a partir de uma grelha de 10x10m, cada um com um formato e com diferentes programas que podem ser efetuados dentro deles de acordo com suas dimensões e formas. Mas todos apresentam uma premissa em comum, são locais de uso livre para qualquel atividade de lazer que seus usuários queiram efetuar, desde uma exposição até como um local para descanso (ARCHDAILY,2013). Exatamente a ideia de instalações implantadas em diferentes espaços e com formas desiguais que se interligam e o que este projeto auxilia como estudo de caso. Esta interligação que o arquiteto consegue promover vem tanto pela cor, quanto pelo material e pelo igual conceito que ele coloca em todos os folies e ainda assim conseguindo promover diferentes sensações em cada um.

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Fonte:ArchDaily,2016 26


THE OÁSIS

Arquiteto: OBBA Local: Yongin-Si, Coreia Do sul Ano: 2015

Este projeto consiste em um pavilhão que oferece a ideia de refúgio, fazendo com que a sobra obscureça a fronteira de interior e exterior. Possui uma abertura em sua cobertura promovendo uma condução do olhar do seu usuário ao céu, assim fazendo o interior do pavilhão se expandir. (ARCHDAILy,2016). Enquanto isso suas bordas são compostas por cordas, que fazem com que o espaço e seus limites mudem de acordo com o vento, que promove um movimentar das cordas. Assim suas paredes de compõem de uma forma circular e não estrutural. (ARCHDAILY,2016). Todas essas propostas e análises apodadas serão utilizadas para a concepção deste trabalho final de graduação, pois em um pequeno espaço o projeto foi capas de criar um ambiente que possibilita mudar a visão e sensações de seus usuários sobre o local. Promovendo assim um excelente local para a pausa ser experiência.

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Fonte:ArchDaily,2014 28


AMBIENT 30 60

Arquiteto: UMWELT Local: Santiago,Chile Ano:2014

A concepção deste projeto vem da ideia de uma obra de arquitetura efêmera para que no verão o parque público em Santiago do chile pudesse abrigar temporariamente programas culturais (ARCHDAILY,2014). Constituísse de uma pavilhão que se compõem de 30 estruturas metálicas quadradas que juntas com uma cobertura de lona translucida constroem um ambiente onde os eventos culturais podem ser feitos de uma forma gratuita e ainda levando seus usuários a se sentirem em uma atmosfera diferente do que a cidade proporciona. Se utilizando de aberturas na cobertura conduzindo o seu usuário a apreciar o céu , passando assim a sensação que só aquele ambiente e o céu existem por um momento (ARCHDAILY,2014). O interior das 30 estruturas metálicas que compõem o pavilhão apresentam diferentes tamanhos e usos, tendo assim desde espaços livres para exposições, até parco para show, bancos e arvores. Fazendo com que as pessoas que ali adentrem tenham experiências diversas. Este projeto foi escolhido como estudo de caso pelo seu conceito de arquitetura efêmera, pelo método construtivo simples, metálico, e pela diferença de uso e a atmosfera que foi criada em um mesmo espaço.

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LUGAR

30


A implantação do projeto será feita no percurso entre a estação de metrô Pinheiros e a estação Faria Lima, assim cruzando o Sesc Pinheiros, o Largo da Batata e a Av. Brigadeiro Faria Lima.

Percurso

Locais importantes

A escolha do local para o projeto ser implantado, veio da análise dos locais na cidade onde o grande fluxo de pessoas estivesse presente, com excessiva agitação e onde não houvesse muitos espaços onde o desaceleramento fosse oferecido, sem espaços estáticos, convidativos para esse fim. Com isso a Avenida Brigadeiro Faria Lima e seu entorno, se apresentou como um excelente local para a implantação do projeto, mais especificamente na altura onde se encontra o Largo da Batata. Neste local, além da Av. Brigadeiro Faria Lima ser um dos maiores centros financeiros de São Paulo (ESTADÃO, 2017), o que já traz o caráter de grande fluxo, o Largo da Batata também é onde se encontra a estação Faria Lima. Assim sendo, o local de onde temos um dos maiores fluxos de pessoas que se distribuem pela área.

Outro local na região que apresenta essa mesma característica é onde está situado metrô e a estação de ônibus Pinheiros, muitas pessoas chegam em pinheiros por meio da estação e começam a se distribuir pela região, a maioria em direção a Av. Brigadeiro Faria Lima. Ainda, analisando mais a fundo o local foi possível chegar a conclusão que o Sesc Pinheiros pode ser considerado um grande oásis urbano para a área, pois apresenta como conceito, ser um local onde as pessoas possam descansar entre a jornada de trabalho e onde todo seu potencial pode ser desenvolvido por meio da cultura, lazer e esporte (SESC). Tendo assim, espaços onde o ócio criativo pode ser experenciado e possibilitando a quebra do frenesi da cidade. Com o levantamento de todas essas informações o percurso em que as instalações seriam implantadas foi traçado. Visto isso, um estudo mais aprofundado da área escolhida foi feito, com a finalidade de identificar em quais pontos desse percurso as instalações seriam colocadas a partir da necessidade e demandas do local. Para isso foi feito alguns mapas diagnósticos e sete locais foram identificados como potenciais para implantação do projeto.

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ZONEAMENTO

Zona mista

32

0

Zeis 3

400

800

1200


USO E OCUPAÇÃO

0

Residencial e comercio

Comercio e serviço

Comercio

Sem uso predominante

400

800

1200

33


GABARITO

34

0 รก 3 metros

6 รก 9metros

3 รก 6 metros

9 รก 12 metros

0

12 รก 15 metros

400

800

1200


TRANSPORTE

Ponto e estação de onibus

Linha de onibus

Estação de metro

Ciclovia

Estação Pinheitos

Estação Faria Lima

Pessoas/Dia

Pessoas/Dia

160.000

56.000 35


FLUXO DIA

0

36

400

800

1200


FLUXO NOITE

0

400

800

1200

37


ARBORIZAÇÃO

0

Arvore

38

400

800

1200


SOMBRA

0

400

800

1200

Sombra arbรณrea

39


ANร LISE 1

0

Fluxo de pessas Seguranรงa

40

Atratividade Facha pedestre

Semaforo

Muito Medio

Pouco

400

800

1200


ANÁLISE 2

0

Metro

Instalações

Onibus

Sombra arbórea

400

800

1200

Fluxo

41


M A P A

G E R A L

5 7

6

42

Percurso

Locais importantes

Instalaçþes


2

1

3

4

43


PROJETO

44


O objetivo deste projeto será a proposta de pequenas intervenções urbanas, com a ideia de arquitetura efêmera. Assim, constituindo-se de sete instalações, que se interligam, com a finalidade de proporcionar espaços que possam causar uma mudança de frequência perante esse grande frenesi social que vivemos. Com isso, despertando os sentidos de seus usuários e convidando-os para uma pequena pausa da vida cotidiana corrida, assim oferecendo novos caminhos e experiências na cidade de modo que o ócio criativo possa ser experienciado e onde o contato social possa ser enfatizado. Fazendo tambem com que a arte chegue de uma forma democratica nas ruas.

OBJETIVO

O público alvo do projeto são as pessoas que se utilizam do metro Faria Lima e Pinheiros tanto para ir aos seus respectivos trabalhos diariamente, maioria localizado na Av Faria Lima, ou quando as pessoas vão para a área usufruir do Sesc Pinheiros ou aproveitar os bares que se encontram em grande maioria no perímetro do Largo da Batata.

PUBLICO ALVO

A partir do estudo de alguns outros projetos que convergem para o mesmo tema proposto aqui neste trabalho, e que apresentaram bom resultado com suas propostas, foram adotadas algumas estratégias para que objetivo do projeto pudesse ser alcançado. Dente as estratégias aplicadas temos:

ESTRATEGIAS

Criação de novos caminhos Atividades culturais

Sombra Arte

Diferentes sensaçoes Uso de locais inesperados

Mudança do comum Áreas de estar

Espaço de convívio Luz

A cor usada no projeto, verde azulado , também foi pensada a partir da psicologia das cores onde o verde e o azul são cores que transmite a sensação de tranquilidade e calma. ( HELLER, 2000 p.31)

VIABILIDADE

A viabilidade do projeto se dará através de uma parceria com a Secretaria Municipal Cultural (SMC) e com o Sesc. O SMC arrecadará os recursos financeiros necessários para a construção das instalações, através da Transferência de Potencial Construtivo (TPC). Já o Sesc poderá utilizar as instalações para as suas exposições e atividades e em troca ajudara na manutenção das instalações. 45


I N S T A L A Ç Ã O

1

Primeira instalação se localiza bem em frente da saí-

da do metro Faria Lima, trazendo assim um espaço com sombra. Um pequeno oásis para uma área onde o fluxo de pessoas é extremamente intenso não possuindo espaços estáticos confortáveis.

Assim sendo, uma instalação que convida as pes-

soas, que por ali passam, para uma mudança de frequência, uma pequena pausa em seu dia perante a grande agitação que o local apresenta devido ao metro e a Av. Faria

PAUSA

46

SOMBRA

CONVIVEO

Lima.


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

MET

RO

47


ANTES 48


DEPOIS 49


MODO CONSTRUTIVO

50


Estrutura metaica PEÇA PARA FIXAÇÃO DA REDE

PEÇA BASE PARA CONTRUÇÃO Dimensão= 4x4m

Painel metalico perfurado

Corda OPÇÃO 1 COBERTURA

Corda OPÇÃO 2 COBERTURA 51


IMPLANTAÇÃO

52


CORTE AA

53


MATERIAIS UTILIZADOS

54


55


I N S T A L A Ç Ã O

2

O largo da batata atualmente é um local que causa bastante insegurança para os pedestres que por ali passam por conta da degradação em que se encontra. Mesmo sendo uma lugar onde grandes manifestações já foram feitas e alguns incentivos como o grupo “Batata precisa de você” a área não conseguiu mudar seu caráter e ainda se encontra em péssimo estado e sem um uso constante. Por isso a segunda instalação se localiza no “centro” do largo, se constituindo de 3 módulos de arquibancada, onde dentro deles podem acontecer diferentes exposições de arte, contendo espaços para diversas atividades simultâneas.

SOMBRA

PAUSA

ARTE

56

CONVIVENCIA

+ SEGURANÇA

Assim fazendo com que as pessoas tenham um maior interesse em frequentar o Largo, por conta das diferentes obras de arte que possam passar por essas instalações de modo temporário. Quebrando também a barreira que a arte só pode ser vista em locais “fechados”, desse modo aproximando diferentes públicos entre si e com arte. A arte serve também como um grande gatilho par a que as pessoas deem uma pausa em seus dias, pois não é possível observar verdadeiramente uma arte sem “iniciar uma ato” de contemplação do que está sendo apresentada no quadro, escultura, dança ou som. (PALASSMA,2007). Assim trazendo a alma principal do projeto que é conseguir proporcionar espaços de pausa e contato social.


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

METRO

57


ANTES 58


DEPOIS 59


ANTES 60


DEPOIS 61


ESTUDO VOLUMENTRICO

Trazer pessoas para o centro

Centro livre para ser ocupado pelas pessas

Nao interferencia no fluxo natura ja existente 62


IMPLANTAÇÃO

63


PLANTA

64


C O R T E AA

65


MODO CONSTRUTIVO

MODULO Dimensão= 3x3m Barras=10x15 mm 66

MODULO Dimensão= 6x3m

DETALHE LUVA FIXACÃO BARRAS


DETALHE ESCADA FIXAÇÃO ESTRUTURA

DETALHE ESCADA FIXAÇÃO PISO 67


O processo de montagem apresentado até o momento é o mesmo para os 3 módulos, arquibancadas. Porem a partir desse ponto as instalações começam a ter montagens diferenciadas e serão divididas em modulo 1, 2 e 3 para melhor entendimento de detalhe construtivo.

DETALHE LUVA FIXACÃO BARRAS E CONTRAVENTAMENTO

68

MÓDULO 1


MÓDULO 2

69


MÓDULO 3

70


71


72

PERSPECTIVA


73


I N S T A L A Ç Ã O

3

A terceira instalação se caracteriza por ser uma grande gentileza urbana. ---Assim se constituído de “novo” ponto de ônibus, mais confortável e que ponha enfoque no bem-estar de seus usuários. Com isso criando um espaço com sombra e uma nova ambientação que transforma o ponto de ônibus de só um local de passagem para um espaço onde podem correr pausas pela correria do dia a dia, encontros e trocas de um modo agradável na cidade.

PAUSA

CONVIVENCIA

74

SOMBRA

VEGETAÇÃO


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

75


ANTES 76


DEPOIS 77


PLANTA

78


CORTE AA

79


IMPLANTAÇÃO

80


81


MODO CONSTRUTIVO

PORTICO Barras= 10x5mm 82

DETALHE FIXAÇÃO


DETALHE FIXAÇÃO COBERTURA MÃO FRANCESA DETALHE DE ENCAIXE E FIXAÇÃO

MATERIAL COBERTURA Placa de policarbonato

83


POSSÍVEIS VEGETAÇÕES

BEGÔNIA

HERA 84

Todas as possíveis vegetações escolhidas foram pensadas a partir da boa adaptabilidade da espécie ao local. Com isso não precisam ser regadas com tanta constância, gostam de locais ensolarados e não demandam de um cuidado específico

BEIJOS SUNPATINS

ESPADINHA


85


I N S T A L A Ç Ã O

4

A quarta instalação está situada onde hoje se caracteriza como “floresta de bolso”. O que antes era um pequeno terreno degradado agora se apresentam como uma das poucas áreas verdes próximas ao Largo da Batata, graças à intervenção feita pelo Cardim Arquitetura paisagismo e colaboradores que plantaram mudas de arvores pelo terreno. Mesmo assim a “floresta de bolso” não é muito usufruída pelas pessoas de uma forma integral, tendo o caminho que por ela cruza, quase sem uso por conta da insegurança e mau- cheiro que o ambiente proporciona. Com isso a quarta instalação está implantada nesse caminho e acaba promovendo outros em meio a natureza, dessa forma trazendo mais movimento para o local e proporcionando áreas de estar junto com um grande painel de LED que acende a partir de movimentações, usando de sensores de movimento. Assim trazendo mais segurança para o local e uma maior interação entre natureza e futuros usuários.

PAUSA

CONVIVENCIA

86

+ SEGURANÇA

VEGETAÇÃO

.


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

87


ANTES 88


DEPOIS 89


IMPLANTAÇÃO

90


CORTE AA

91


MODO CONSTRUTIVO

PORTICO Estrutura banco Barras= 5x5mm

Detalhe fixação contraventamento SAPATA AJUSTAVEL 92


Abraçadeira Fixação lampada

PAINEL DE FIBRA DE VIDRO será parafusado na estrutura metalica

Lampada tubular de LED D= 1,20cm

93


BANCO MODELO

94

PESPECTIVA


PAINEL DE LED

95


96


97


. S E S C

ANTES 98


Visto que SESC pode ser considerado um oásis para a região, se considerou inevitável inclui-lo no percurso do projeto. Assim fazendo com que a faixa que interliga todas Instalções se encaminhe também até o interior do edifico.

MAPA REFERÊNCIA

DEPOIS 99


I N S T A L A Ç Ã O

PAUSA

CONVIVENCIA

100

5

SOMBRA

ARTE

A quinta instalação está localizada próxima a Estação Pinheiros, em uma pequena “praça” que não apresenta um constante uso por falta de equipamentos. Com isso a instalação que será implantada nesta local, além de trazer uso novo uso para a praça, ainda proporcionara um belo espaço de pausa para as pessoas que passam próximas ao metro pinheiros. Outro pequeno oásis assim como a primeira instalação projetada e sendo por si só uma obra de arte.


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

101


ANTES 102


DEPOIS 103


IMPLANTAÇÃO

104


105


MODO CONSTRUTIVO

ESTRUTURA METALICA

TECIDO CURTO COBERTURA

TECIDO LONGO ACENTO

PILAR

106


DETALHE FIXAÇÃO ENTRE PILAR E ESTRUTURA

PILAR Diametro=10 mm DETALHE FIXAÇÃO TECIDO

107


PESPECTIVA 108


109


I N S T A L A Ç Ã O

CONVIVENCIA

110

ARTE

6

SOMBRA

PAUSA

Dando um novo significado para a banca de jornal já existente no local, a sexta instalação consiste de uma estrutura metálica que cria uma pequena “biblioteca pública” para ser usufruidas pela populaçâo, ainda promovendo um ambiente confortável para a leitura destes


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

111


ANTES 112


DEPOIS 113


PLANTA

114


CORTE AA

115


IMPLANTAÇÃO

116


117


MODO CONSTRUTIVO

PILAR Diametro= 8mm

DETALHE ENCAIXE DETALHE BASE PILAR

118

BARRA


Metal Lรก de rocha DETALHE PAINEL SANDUICHE COBERTURA

DETALHE PISO

DETALHE COBERTURA

119


PEÇA BIBLIOTECA

DETALHAMENTO FIXAÇÃO BIBLIOTECA 120


121


I N S T A L A Ç Ã O

+ SEGURANÇA

122

PAUSA

7

CONVIVENCIA

ARTE

A sétima instalação se constitui de um pequeno “cinema“ a céu aberto, dando assim um novo uso para o local, trazendo mais movimento, segurança e um novo espaço de estar confortável , pois mesmo quando não houver filme ou documentários pode ser utilizado como uma local de descanso.


MAPA REFERÊNCIA

LOCALIZAÇÃO

123


ANTES 124


DEPOIS 125


126


MODO CONSTRUTIVO

MADEIRA

DETALHE ESTRUTURA FIXAÇÃO NO SOLO

ESRUTURA

DETALHE PISO E ESTRUTURA 127


IMPLANTAÇÃO

128


129


PESPECTIVA 130


131


REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

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