Revista Saudosa Mooca Fevereiro/2014

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E estamos nós aqui de novo! É um imenso prazer podermos dar continuidade em nossa revista virtual e levar até você conteúdos verdadeiramente ligados à nossa Nação Mooca. Como de costume traremos ainda algumas matérias docotidiano. Em nossa matéria principal vamos relembrar e comparar alguns lugares da Mooca que mudaram bastante ou nem tanto ao passar das décadas. Fomos para as ruas e fizemos uma ensaio fotográfico revelador com as paisagens das fotos antigas mecladas às fotos atuais. Um resultado pra lá de interessante, que vai fazer você criar uma outra perspectiva dos lugares que tanto conhece e vê nas fotos antigas. Você ainda vai aprender a fazer um delicioso doce da culinária italiana: o Tiramisù, com sua receita original. E fevereiro é o mês da volta às aulas e você não pode deixar de conferir o espaço psicologia que preparamos. Temos ainda o espaço pet, que vai apontar os primeiros cuidados que devemos ter com nossos animaizinhos em seus primeiros dias. Vamos ainda falar de tecnologia, levar vocês até o estádio do Juve com uma crônica e muito mais! O resultado do nosso trabalho você confere a seguir. Boa leitura! Vitor Lupi - Editor

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Anuncie! Contato: 968-532-398 — A Saudosa Mooca não se responsabiliza por anúncios e artigos assinados por seus colaboradores.



Estamos de olho!

Foto: Subprefeitura da Mooca

Aprovado! Ocorreu no dia 23 de janeiro a reintegração de posse do prédio da antiga Creche Marina Crespi. A solicitação de tombamento junto ao DPH foi feita pela jornalista Elizabeth Florido e pelo arquiteto Alexandre Martins.

Desaprovado Solucionado um problema e outro gerado. Os ocupantes da antiga Creche Maria Crespi não foram muito distante de onde estavam. Mudaram-se para o prédio do antigo Jornal DCI na Rua Doutor Almeida Lima

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Mooca ontem e hoje

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A Mooca é um dos bairros mais antigos da cidade de São Paulo. Sua fundação deu-se em 17 de agosto de 1556, após apenas 56 anos do descobrimento do Brasil. Primeiramente ocupada pelos índios Tupis Guaranis que viviam nos entornos do então rio Tameteai, hoje Tamanduateí, o seu nome surgiu após os mesmos exclamarem: “Moo ca!” em livre tradução: “Eles estão fazendocasas!” Neste mesmo ano de 1556, a primeira citação do bairro foi em um comunicado da governança de Santo André da Borda do Campo da necessidade de construção da ponte sobre o rio Tameteai. Masis de trezentos anos depois, em 1868 ocorre a instalação da Ferrovia São Paulo Railway e mais tarde, em 1876, Rafael Aguiar Paes de Barros, fundou o Clube Paulista de corridas de Cavalos, o Jockey Club, que ficou por 64 anos instalados no terreno do atual Distrital. Em 1877 cria-se a Linha de Bondes MoocaCentro, primeiramente movida à tração animal e depois substituída por bondes elétricos da São Paulo Railway. No ano de 1880 o início da industrialização na Mooca dá partida. O bairro foi um dos pioneiros nas indústrias têxteis. Neste momento, nascem empresas que estariam arraigadas à marcos na história do bairro, como o Cotonifício e Lanifício Rodolfo Crespi, Companhia Antárctica Paulista, a então Padaria Irmãos Di Cunto, Tecelagem Aramina, Tecidos Labor, Grandes Moinhos Gamba, Companhia União dos Refinados, Lorenzetti, Calçados Clark, entre outras. Em 1887, devido à grande quantidade de imigrantes italianos, espanhóis, portugueses e outros tantos, é inaugurada a Hospedaria dos Imigrantes, que encerrou suas atividades após

longos 90 anos. Nove anos depois, em 1896, o Conde e Cavaleiro Rodolfo Crespi funda sua tecelagem, Cotonifício e Lanifício Rodolfo Crespi, o qual foi considerada a maior tecelagem de São Paulo. A primeira pizzaria veio quatro anos depois, em 1900, a Romanato, Fundada por Carlos Romanato, na Rua Javari, 313 é tida como a primeira pizzaria que se tem história em São Paulo. No ano de 1904 foi instalada a Fábrica de Calçados Clark, na época a fábrica mais moderna do país. A Clark foi fundada no Rio de Janeiro em 1822 em sua história está a coroação de D. Pedro I que estava calçando um sapato da Clark, bem como passou a ser o fornecedor para Corte. O Primeiro Grupo Escolar da Mooca, antigo Firmino de Proença, foi instalado em 1906. E em 1911 foi o ano do cinema, foi inaugurado o primeiro cinema da Mooca, o Cine Palácio Moderno, na Rua da Mooca no atual número 2241. Em 1912 Eduardo Pacheco Chaves, fez sua primeira tentativa aérea de São Paulo ao Rio de Janeiro saindo do Hipódromo da Mooca. No ano de 1917 foi criada a primeira Liga Operária da Mooca sendo a primeira organização de trabalhadores formada no Brasil para reivindicar aumento salarial. No mesmo ano a Mooca é o epicentro da Greve Geral em frente à Antártica e a primeira empresa a parar foi o Cotonifício Rodolfo Crespi. 1924 – Inaugurado por funcionários do Cotonifício Rodolfo Crespi o clube “Extra São Paulo” (atual Clube Atlético Juventus). Em 1924 o Cotonifício Rodolfo Crespi foi atingido por bombardeio aéreo das forças legalistas federais, durante a Revolução dos 23 dias. Em 1947,a Moocaera o bairro mais


populoso de São Paulo com quase cem mil habitantes. O Teatro Artur Azevedo é inaugurado em 1952 e dois anos depois a primeira biblioteca ambulante, a Affonso Taunay. O fechamento do Cotonifício Rodolfo Crespi por decadência operacional ocorreu em 1963. Em 1992 ocorre a inauguração da Estação Mooca para atender ao serviço de trens metropolitanos. O Memorial do Imigrante foi inaugurado em 1998 com intenção de preservar a história da imigração vinda para o Estado de São Paulo, a partir de 1820. Hoje a Mooca mudou. É alvo da especulação imobiliária, lojas e shoppings. A Mooca é um bairro de serviços e não mais industrial. Poucas indústrias ainda sobrevivem por aqui. Mas ainda assim é normal vermos operários de fábricas deitados nas calçadas após o almoço. A Mooca ainda tem seu próprio sotaque e alguns moradores ainda são os mesmos das mesmas casinhas operárias, se juntam na calçada para conversarem e claro comentar sobre a vida dos outros. Nesta edição traremos algumas mudanças que ocorreram com o passar das décadas no bairro. Fizemos um trabalho fotográfico onde foram montadas composições entre fotos antigas e atuais do mesmo lugar. Uma sobreposição que deu um resultado muito interessante. O resultado você confere agora.

Junção de fotos onde vemos a igreja São Rafael. Na imagem atual, de 2014 não percebemos muita mudança no local, exceto pelas árvores que cresceram muito e a esta altura até ultrapassam a paróquia. A foto antiga que ilustra apenas a frente da igreja é da década de 1940, mais precisamente ano de 1945. A foto a movimentação à porta da igreja têm como motivo o sino que está sendo içado. Na imagem, ainda que difícil de enxergar é possível vê-lo na altura da copa da árvore, pouco acima da porta de entrada principal da igreja. →

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Nesta comparação com o prédio do centenário Colégio Oswaldo Cruz, vemos que pouca coisa mudou. A fachada continua a mesma, ainda que escondida por árvores. Se bem observarmos é possível percebermos antigas luminárias e que a escola ainda tinha muros baixos na fotografia sobreposta da década de 1940.

O comparativo que observamos agora é da Rua da Mooca. A foto antiga é de um desfile do Grupo Escolar Oswaldo Cruz ocorrido em 1970. As crianças vestidas cada uma com um roupa representando uma letra nos remete a um tempo onde as ruas eram calmas,o suficiente para se fazer um desfile.

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IAPI em dois momentos: 1950 e 2014. Na pequena parte da foto que vemos dos anos 50 é possível perceber que não havia muros separando dos prédios e nem grades separando as torres da rua. Tudo parecia um único condomínio onde crianças brincavam livremente.

Esta foto nos remete a uma das revoltas paulistanas de maior relevância, a de 1924. Na foto do mesmo ano vemos as paredes do então colégio hoje convertido em pizzaria, com vestígios de deflagrações por todaparte. No geral pouco mudou neste caso.

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O cenário da vez é a esquina da Rua da Mooca com a Rua Iolanda. Na foto antiga, de 1968, vemos crianças comemorando os festejos carnavalescos do ano. Na Rua da Mooca vemos a calmaria dos anos 1960 no carro parado logo à esquina à contramão de hoje, lembrando-nos que a via não era mão única e ainda que comemorava-se festejos nas ruas.

Um belo registro da Rua Orville Derby no final dos anos de 1930. Ao fundo a estação de distribuição de energia da Eletropaulo ainda é a mesma. Mais uma beleza na imagem é o carro passando pela rua com casas operárias ao fundo. Atentem ainda para o contraste dos automóveis.

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Mestre Cuca Que a culinária italiana é uma das mais deliciosas que há não temos dúvida! A excelência das massas com molhos bem preparados são marcas registradas da cozinha italiana. E não acontece diferente com os doces. Um dos doces mais tradicionais é o Tiramisù. Uma delícia! Simples de se fazer, o delicioso Tiramisù só será tão bom quanto falamos se usarmos seus ingredientes tradicionais, que irão resultar um sabor único que você não vai conseguir provar só uma vez. Ficou com vontade? Então aí vai:

Ingredientes: - 200ml de café sem açúcar bem forte - 4 claras - 30 ml de água - 90gramas de açúcar - 350gramas de queijo Mascarpone - 4 gemas - 360 gramas de Biscoitos Champagne - 100 ml de LicorAmaretto ou Vinho Marsala Seco - 300 gramas de chocolate meio amargo em raspas - Cacau em pó

Como fazer: Primeiramente prepare o café e deixe esfriar bem. Em seguida bata as claras em neve na batedeira. Leve ao fogo a água e o açúcar, sempre mexendo, deixe ferver por aproximadamente 2 minutos. Após isso, despeje a calda em fio sobre as claras batidas e bata até esfriar. Em uma vasilha, misture o queijo e as gemas e assim que o creme estiver liso, acrescente-o sobre o merengue e misture bem. Embeba os

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biscoitos suavemente no café misturado com o vinho, ou licor, e monte uma primeira camada no fundo da forma. Cubra com uma camada do creme e por cima despeje as raspas de chocolate. Repita a operação, e na hora de colocar o chocolate polvilhe o cacau peneirado. E está pronto, mas não para comer. Deixe na geladeira por umas 20 horas. E está pronto o maravilhoso Tiramisù. E se você não achar o Mascarpone não se desespere, use Cream Cheese, e se você também não encontrar o Marsala, substitua por Vinho do Porto.


Crônica Por Marcelo Bellesso

AMooca amanhecia para um dia histórico. Vinte e cinco de novembro de dois mil e sete. O nevoeiro cobria o sol. Lembrava o fog londrino. Tomamos café na padaria e partimos para a Javari. Durante a peregrinação ao chegar ao estádio pude notar um café da manhã um tanto quanto típico para alguns da tifosi. Pão com manteiga e cerveja. Embora a cerveja estivesse gelada, era o aquecimento para um jogo inesquecível: Juventus x Linense. Finalíssima da Copa São Paulo. O time mooquense havia vencido o primeiro jogo por dois a um e assim poderia perder até por um gol de diferença que levaria a Taça Heróis de 32 dando o ingresso à Copa do Brasil de 2008.

A torcida grená estava em peso. Havia alguns senhores de boina, suspensório, camisa e calça social. Com certeza representavam uma parte da torcida que estava na multidão de aproximadamente cinqüenta mil torcedores, que lotaram a Javari e viram in locu o gol mais bonito do Pelé em dois de agosto de mil novecentos e cinqüenta e nove.Enfim, a maioria era Juventus da Mooca, Carrão, Penha, Tatuapé e outras regiões. Quem não tinha a camisa grená do Juve se uniformizou com a camisa de Portugal ou a do “vino tinto” da Venezuela.De repente a mãe do senhor Guilherme Cereta de Lima em sua casa ficou com a orelha quente e assim como de costume, lembrouque seu filho naquela manhã→

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Você que é da Mooca, com certeza, já foi ou já sonhou em conhecer a Itália! Convido vocês, leitores da Revista Saudosa Mooca, a ler o livro “Um fim de semana Italiano” publicado pela Editora Saraiva no formato de ebook, muito parecido com a forma da nossa querida revista. Quem nunca teve um sonho? Imagine se este sonho é conhecer a terra onde sua mãe nasceu. Imagine que esta terra é uma pequena cidade italiana, onde moram os primos da sua mãe e que você tem a oportunidade de conhecê-los em apenas um fim de semana. Assim, no entardecer romano de uma sexta feira, parti de trem para esta aventura. Uma viagem de reencontros com os costumes de uma parte da minha história. Houve experiências intensas ao visitar a belíssima Casteldi Sangro. Além da calorosa receptividade dos parentes, provei pratos da minha infância, pude desfrutar de uma inesperada queda de neve em pleno outono e nunca vivenciei a expressão Carpe Diem com tanta propriedade. Na manhã da segunda-feira seguinte, voltei para casa diferente como toda viagem boa que se preze. Esta história é um convite a desfrutar um final de semana inesquecível escrita em forma de carta.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/5103199/um-fim-de-semana-italiano-marcelo-bellesso https://www.facebook.com/UmFimDeSemanaItaliano


entrava em campo como o árbitro da partida. Todos enfileirados para o Hino Nacional. Amamos o nosso hino, uma vez que a Mooca é lembrada, pois foram as margens plácidas do Ipiranga que ouviram o grito brado retumbante de um povo heróico. O jogo começou com muito respeito de ambos os lados. O Juventus atacava para o gol oriental do campo. A tifosi do lado ocidental cantava “Olê Olê Olá!! Vamo Juventus!! Vamo ganhar!”. A coreografia da torcida era majestosa. Algumas torcidas têm estampado na bandeira Zico, Roberto Dinamite, a nossa bandeira estava estampada a imagem o Seu Madruga... Deve ter sido alguma excursão para o México. Faixas grenás se agitavam acima da torcida até o alambrado onde Peter Park uniformizado com a camisa do Juve cismava assistir ao jogo pendurado. Aos quinze minutos, Elias, camisa oito, recebeu a bola no flanco esquerdo do campo, ou melhor, do lado da rua dos trilhos. Havia três marcadores ao seu redor. Embora tivessem esta denominação, não o marcaram. Elias olhou para o gol e viu uma avenida aberta, como se o cruzamento entre a Rua da Mooca e Avenida Paes de Barros estivesse livre e assim fechou os olhos e chutou com o pé direito com força. A bola foi parar no ângulo esquerdo do goleiro Gilberto. GOLAÇO!!! Se a Javari é a Capela Sistina, Elias fora o Michelangelo com aquela pintura de gol. A torcida enlouquecia pulava. A Linense só tiraria a nossa taça se fizesse três gols. A mulher que assistia ao jogo do quintal da sua casa comemorava o gol levantando uma taça de vinho contendo cerveja. “Vamo Juve!!” “Oooooh Vamo lá Grená! La Grená! La Grená!

Vamo lá Grená!!!” Aline Lambert com seus olhos de lince visualizou aos trinta e quatro minutos Fausto, o jogador de Lins, impedido ao fazer o gol. Gol da Linense anulado. Seguia o jogo! O jogo prosseguia com a pressão do time adversário, quando Elias tocou para Valdir na área aos quarenta minutos do primeiro tempo. O jogador juventino, antes de chutar ao gol, recebeu na sua canela as travas do feroz zagueiro da Linense! Novamente a mãe do árbitro percebeu sua orelha quente, agora pela parte da torcida de Lins. PÊNALTI para o Juventus bater. Seria o gol da tranqüilidade, o gol do título, pois a Linense teria que fazer quatro gols para tirar a taça da Mooca. Jhonny. Sim o nome dele é Jhonny. O atacante juventino olhou para a Rua dos Trilhos e bateu a bola em direção da Rua Javari fazendo com que o goleiro fosse enganado. Goleiro num canto bola no outro, mas pena que a bola bateu no pé da trave e não entrou.A seguir após uma falha da zaga juventina veio a punição. Gol da Linense aos quarenta e quatro minutos. Gilsinho que recebeu a bola na entrada da pequena área, chutou a queima roupa não permitindo que Marcelo defendesse.Fim do primeiro tempo. Início do Cannoli. Embora poderíamos estar vencendo por dois a um, o placar mostravaum resultado confortável. O clima era de festa na fila do Cannoli. Sonhávamos com a Copa do Brasil de 2008de 2008 e por que não com a Libertadores de 2009 e o Japão?! Até que

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um senhor japonês chamado Uiquipédia disse que o Grená da Mooca foi ao Japão em 1974 e venceu a seleção japonesa por dois a zero. Contou também da excursão na Europa em 1953 onde venceu a Roma e Sampdoria. Depois de muita conversa e aula de história o jogo começava. Não imaginávamos que seriam cinqüenta minutos de muita emoção. Novamente o jogo começou morno, o que era ótimo para nós. A torcida cantava e homenageava a mãe do goleiro Gilberto a cada cobrança do tiro de meta. Uma tradição na Mooca. As mães dos goleiros visitantes são sempre lembradas! O jogo caminhava para o fim. O Juventus recuava demais irritando a torcida, quando aos trinta e oito minutos do segundo tempo, Schizo saltou recebendo o lançamento na pequena área desviando a bola do goleiro Marcelo. Gol de Lins. Aos quarenta e quatro minutos todos tensos. Faltavam sessenta segundos para o título. Estávamos perdendo de dois a um, mas o título era nosso! Quando Gilherme, o Cereta, o filho da mãe com as orelhas quentes, enxergou algo inexplicável. Um empurrão na área grená. Pênalti contra a Mooca!Seria um espécie de Maracanaço da versão Mooquense, em que a Linense seria o Uruguai da Javari!? Fausto colocou a bola na marca, olhou para o canto da Javari e chutou na mesma direção. Gol da Linense aos quarenta e sete minutos do segundo tempo. Seria Fausto o Ghiggia o carrasco da Mooca? Os torcedores do Carrão, Tatuapé, Penha e da Vila Prudente deixaram o estádio, mas os Juventinos da Mooca, não! A torcida Juventina acreditava em milagres.

A bola passou pelo nosso gandula. Na época seus cabelos cumpridos encaracolados, próximos a nuca davam o apelido de Luiz Caldas. Hoje Luiz Caldas engordou um pouco se transformando em Diego Maradona, mas voltemos a situação dramática. Luiz Caldas benzeu a bola e entregou ao jogador juventino para reiniciar a partida. Bola no meio de campo. O juiz iria apitar o fim, mas ao promover a inspirada para o apito final, apitou falta para o Juventus bater no lado direito do ataque. Tensão! Era a nossa última oportunidade. O padre na missa parou e pediu para que os fieis rezassem! A mamma que fazia a macarronada parou de cortar a massa para ouvir no rádio o lance! A torcida gritava “da-lhe Juventus!”... Aos quarenta e oito minutos e cinqüenta e cinco segundos a falta foi batida. O técnico Márcio Bittencourt definiu o esquema tático “English shower”. A bola vinha venosa diretamente para a pequena área o goleiro recuou para o gol devido à confusão. O zagueiro de Lins, número quatro, graças a Deus venceu a disputa e cabeceou para o meio da área em direção ao João Paulo, o jogador juventino na entrada da grande área. Ele fechou os olhos e com o pé esquerdo e chutou de bico... a bola foi parar na canela do zagueiro número quatro que desviou a bola entrando no GOOOOOOOOOOOOOOOLLLL!!!!! Juventus dois Linense três!!! Derrota com classe!!! Juventus campeão!!! A missa continuava, o macarrão foi jogado na água fervente enquanto na Javari foi levantada a Taça Heróis de 32!!! Uma justa homenagem à Escola Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo na Rua Cuiabá."


Rápidas Com o foco em uma intensa iniciativa de preservação, consientização, conhecimento e memória da cidade, o site São Paulo Antiga tem a nobre missão de olhar para onde pouco enxergam: a história presente em cada ponto do Estado de São Paulo. Por diversas vezes o site nos trás à tona o grande acervo fotográfico que inclui incríveis postais de São Paulo, raras fotos antigas e comparações. Fundado em 2009, com nome de São Paulo Abandonada, o site vale uma visita! www.saopauloantiga.com.br deviantART é uma popular comunidade virtual artística online, onde artistas de todo o mundo podem conhecer, divulgar, compartilhar e vender seus trabalhos e comprar os de outros. O site consiste em mais de sete milhões de usuários e mais de 62 milhões de contribuições e recebe aproximadamente 80.000 contribuições por dia, sendo o maior site artístico e a melhor forma de procurar inspiração, informação, boas obras de arte e possibilitando lucro apenas com suas habilidades artísticas. www.deviantart.com

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Psicologia Por Camila Corradini

Volta às Aulas de Forma Sadia Fevereiro chega e junto com ele vem o peso de voltar à rotina que aulas exigem. O problema é que muitas vezes esse peso é emocional e vem cheio de cargas negativas para a criança onde o ponto de partida desta carga é a falta de tranquilidade gerada por conta da própria ansiedade dos pais. A confiança da criança em seguir nas atividades escolares, depende de pais seguros que saibam preparar seus filhos quanto a esse pequeno passo de independência que é a frequência escolar sendo no primeiro dia de aula, em adaptação a uma nova escola e até mesmo na sequencia de seus estudos em ambiente onde já está habituada. Para tanto é necessário preparar os filhos e se livrar de culpas, afinal o ambiente escolar é essencial e ótimo para o desenvolvimento humano, para a adaptação de criar responsabilidades e estabelecer rotinas e ponto central de aprendizagem, assim como a continuidade da mesma com a participação ativa dos pais e família além da convivência com outras crianças que também desperta para esses pontos.

Como forma de preparação, é importante a visita à escola para conhecer o local e depois de os pais terem decidido sobre a matrícula, levar a criança para conhecer onde irá estudar torna-se peça chave para uma boa percepção dos pontos positivos da escola e da professora, lembrando que novas amizades sempre são bem vindas. O acompanhamento no primeiro dia de aula até o portão é fundamental para que a criança sinta segurança e tenha a certeza de que os pais irão voltar para buscá-la e que aquele é um ambiente seguro. É importante também o alerta de que mudanças ao longo da vida e de que a inserção de maiores responsabilidades sempre existirá durante a vida e que passar por isso é algo necessário e que não significa que será ruim, respeitando que o tempo de adaptação é único para cada um, não forçando a criança a exceder seus limites. O diálogo sempre é de extrema importância em qualquer tema e os pais podem usar dessa ferramenta para alertar os filhos e transmitir confiança e segurança independente da idade. Neste caso, conversar sobre a importância da escola e dos estudos reforça o despertar para esta fase tão longa da vida de todos.

Camila Corradini é Psicóloga Clínica e Pós-Graduanda em Psicopedagogia Clínica. Atua há dois anos em consultório particular e passou por instituições importantes como o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual com foco em psicopatologias, e associações de assistência social como Lar São José, Lar da Redenção e ABRETE com foco em saúde mental e comunitária.

www.facebook.com/corradini.psi camilacorradini.psicologia@hotmail.com

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Pet Da escolha aos primeiros cuidados

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Todos se encantam com um cachorrinho ou um gatinho e muitos querem ter um de companhia, afinal, o cachorro é o melhor amigo do homem, e gatos são tidos como excelente para ambientes mais calmos, pois em geral são mais sossegados. E adotar ou comprar um filhote parece até uma tarefa fácil, mas temos que considerar alguns cuidados que devemos ter ao levar o filhote para a casa. Primeiramente temos que ter em mente que um animal de estimação não é algo material. Ao adotar um temos que ter em mente que ele será um novo membro da nossa família que viverá por anos conosco e exigirá de nós. E também não podemos esquecer que eles precisam de espaço suficiente para viver. Não podemos de forma alguma colocar um São Bernardo dentro de um apartamento, pois assim colocaríamos em risco sua saúde. Cachorros grandes exigem espaços grandes. Deve-se ainda analisar a família. Uma família com crianças deve optar por raças mais calmas que possam acompanhar o ritmo agitado de uma criança. E ainda para aqueles que passarão grande parte do dia sozinhos é melhor escolher raças que sejam menos dependentes. Um cão também não deve ser tratado como um bebê humano que é incapaz de realizar qualquer tarefa simples. Tratando-o desta forma, seu animal pode ficar sem limites e sofrer se um dia não receber tanta

sofrer se um dia não receber tanta atenção quanto recebia antes. Para os gatos não é muito diferente, mas temos que ter alguns cuidados a mais como proteções nas janelas, para evitar quedas, principalmente em apartamentos, e também manter objetos que possam lhe oferecer riscos ao seu bichano guardados, já que eles adoram subir em tudo e podem acabar se machucando com objetos cortantes, principalmente latas vazias que eles facilmente colocam a cabeça para comer o que restou. E logo após leva-lo para caso, na primeira noite o filhote provavelmente estará muito assustado e o ideal é deixa-lo dormir no chão do quarto, próximo a você e sem dar muita atenção se ele chorar, pois é normal, caso contrário ele pode associar a atenção ao choro e você terá um grande trabalho.


Tecnologia Na edição do mês passado demos algumas dicas para quem queria comprar um celular novo de linha intermediária. Para entrar no mercado dos smartphones, é preferível que você compre de fato um modelo intermediário ou um inicial para criar experiência e depois evoluir para um modelo melhor. Mas para quem já tem mais experiência e já teve qualquer um dos outros dois tipos de celular uma boa opção são os modelos top de linha. Com mais recursos, eles são destinados principalmente para quem já tem certa experiência com smartphones. E desta vez vamos colocar dois tops de linhas lado a lado. Ambos os modelos da Sony, que deu o seu melhor para construir dois smartphones de excelência. Com tecnologias exclusivas da Bravia, a Sony vem com tudo. Confira:

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Considerado por alguns um projeto arcaico e por outros um projeto glorioso, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu significado é "Carro do Povo". Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan", e partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente aqui no Brasil como "FUSCA".Como bons fuscamaníacos, tentaremos relatar um pouco da história do FUSCA, embora não ter vivido brilhante época, época que fez do Fusca um candidato ao carro do século. Inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha. O primeiro projeto do Fusca, era equipado com um motor dois cilindros, refrigerado a ar, que tinha um rendimento absurdamente péssimo.Criaram o motor quatro cilindros, opostos dois a dois , chamado de Boxter,também refrigerado a ar, com suspensão independente dianteira, que funcionavam através de barras de torção. Foi um projeto ousadamente revolucionário, pois até então os carros da época eram feitos com motores refrigerados a água e suspensão que em sua maioria usavam feixe de molas (tipo suspensão de caminhões) ou molas helicoidais. Lançado oficialmente em 1.935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, ao preço de 990 marcos, e era equipado com motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts, câmbio seco de quatro marchas, que até então só se fabricavam carros com caixa de câmbio inferiores a 3 marchas.

caixa de câmbio inferiores a 3 marchas. Daí, as evoluções foram constantes. Sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo "rosca sem fim", evoluções estéticas como quebra vento, lado abertura da porta (no início a porta abria do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras. Em 1936, já reformulado, com bastante semelhanças com o Fusca de hoje, o Volkswagen era equipado com duas pequenas janelas traseiras, em 1.937 existiam 30 outros modelos sendo testados na Alemanha. E a partir de 1.938, iniciou-se a construção, em Hanover de uma fábrica a qual o Volkswagen seria construído na forma de fabricação em série. Em 1.939, devido ao início da segunda guerra mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar. Derivados do fusca, como jipes e até um modelo anfíbio (Shwinwagen, atualmente existem 3 no mundo, e um no Brasil). A mecânica também haveria mudado. Virabrequim, pistões, válvulas , o motor de 995 cc.e 19cv passou a ser de 1.131 cc. e 26 cv. Mais de 70 mil unidades militares foram produzidas. Término da segunda guerra mundial, a fábrica que estava sendo construída em Hanover, estava quase que inteiramente destruída. Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam, e de suas versões militares ninguém mais precisara, por pouco não foi o fim do Volkswagen. Até um major inglês redescobrir o Volkswagen. Ivan Hirst, resolveu "adotar" o velho Volkswagen, entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada.

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Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a ser utilizado em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico, etc. Em 1.946, portanto um ano depois, já existia 10 mil volkswagens sedans em circulação. Em 1.948 existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1.949 o Fusca já teria seu próprio mercado nos EUA. Basicamente o fusca até então era um projeto que havia dado certo, até meados de 1.956, quase nada havia mecanicamente mudado de seu projeto original. Independente de seu projeto mecânico, a aparência do Fusca haveria mudado bastante. Em 1.951, havia duas janelas repartidas na parte traseira, embora continuar sem os "quebraventos". Mas em 1.953, o fusca surgia com "quebra-ventos" nas janelas laterais, e a partir da segunda série deste ano a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Neste mesmo ano o fusca começou a ser montado no Brasil.Em 1.959 o Fusca começou a ser fabricado no Brasil. Em 1.961 no segundo semestre, o sistema de sinaleiros (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (também chamada de bananinha) para as lanternas traseiras, juntamente com as luzes de freio. E assim as mudanças foram surgindo. O câmbio deixa de "seco" para ter as quatro marchas sincronizadas, o mesmo que existe até hoje. Em 1.967 o Fusca passa por uma importante mudança: ele ganha motor 1.300 cc ao invés do 1.200 cc que o equipava até então. Os aros das rodas também receberam furos para melhor ventilação do sistema de

freios. Já em 1968 foi provado que o sistema de 6 volts que o equipava não se mostrava eficiente, aí oFusca ganhara um novo sistema elétrico 12 volts. E a caixa de direção passa a ser lubrificada com graxa. Em 1.970o Fusca sofreu uma grande transformação. Continuando com a versão 1.300 cc, surgiram a versão 1.500 cc (2º. semestre) essa com 52 cv (SAE) de potência. Carinhosamente apelidado de "Fuscão". Para essa versão, o fusca também recebeu uma barra compensadora no eixo traseiro, para finalidade de maior estabilidade. Esteticamente o capô do motor ganhou aberturas para maior ventilação, novas lanternas, cintos de segurança. Como opcional o fusca tinha freios a disco na dianteira. Mais mudanças vieram em 1.973. O novo sistema de carburação com carburadores recalibrados para menor consumo, e novo distribuidor vácuo-centrífugo deram mais ênfase ao carro que sem dúvida era um sucesso total. Nunca vendeu tanto fusca no Brasil como no ano de 1.974. O Fusca teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974. Comparado a produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. Tudo provava o absoluto sucesso do Fusca. E também nessa época que surgiu o Fusca com motorização 1.600S que rendia 65 cv(SAE)com dupla carburação. As mudanças mecânicas para esse ano eram o eixo dianteiro com bitola mais larga e a mudança estética foi o maior para-brisa para as versões 1.300 e 1.500. Em 1.975, a linha VW foi ampliada com a


Em 1.975, a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300, versão 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de em 1.993 por pedido do então presidente câmbio mais curta e filtro de ar do carburador do Brasil, Itamar Franco, o Fusca volta novo de papel. Outras alterações também vieram, de novo, como nesses seus 60 anos muito como painel e outras (estéticas). bem vividos. Em 1.978 o bocal do tanque de combustível Na segunda fase de 1.993, sem mudanças passou a ser do lado externo do carro, e não na carroceria nem no motor o fusca ganhou dentro do porta-malas como mostrava-se até para-choques na cor do veículo, canalizador então. com uma única saída de escape no paraEm 1.979 (2º. semestre) as lanternas traseiras lamas esquerdo, estofamentos novos, ganharam nova forma, e pelo seu grande volante novo e muitos outros detalhes de tamanho, esta versão do fusca, a partir desse acabamento, inclusive detalhes opcionais. ano foi apelidado de "Fuscão Fafá". Após quatro Quando todos não acreditavam no sucesso anos sem mudanças, em 1983 o "Super-Fuscão" do relançamento do Fusca, as vendas foram desaparece. Adotaram o nome oficial de mais que animadoras. Chegou a produzir "FUSCA". Com algumas poucas inovações como mais de 40 mil novos Fuscas. Até sua oficial caixa de câmbio "Life-Time"(dispensa troca parada de fabricação anunciada em Julho de periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos 1.996 o fusca deixou mais fãs por seu rastro. modelos a álcool, bomba de combustível com Para comemoração da sua última série de proteção anticorrosiva, válvulas fabricação, foram fabricados os últimos termopneumáticas nas entradas dos filtros de ar 1.500 Fuscas carinhosamente dados numa (com a função de controlar a temperatura do ar versão "FUSCA SÉRIE OURO", onde os aspirado para finalidade de melhorar a queima últimos 1.500 proprietários de fuscas da mistura). "novos" tem seus nomes guardados em um Mais no ano seguinte, portanto em 1.984, muda "Livro de ouro da VW." Um Fusca Série Ouro tudo. A versão 1.300 do Fusca desaparece. Surge é facilmente identificado, neste seu último aí um novo 1.600. Com pistões, cilindros e modelo a VW super-equipou esteticamente cabeçotes redesenhados, além de novas a versão. câmaras de combustão, o novo motor rendia 46 Com estofamentos do Pointer GTI, cv a 4.000 RPM e torque máximo de 10,1 kgf/m desembaçador traseiro, faróis de milha, a 2.000 RPM. Agora a medição foi feita no painel com fundo branco, vidros verdes método DIN e não mais no SAE. Equipavam a (75% transp.) esta foi a série de gala do versão também novos freios a disco na dianteira querido carrinho. Mais uma vez nosso e barra estabilizadora traseira redesenhada para querido fusquinha cumpre seu papel, um um melhor desempenho aerodinâmica. Mais foi sucesso de vendas e de mercado. Embora no ano de 1.986 que (temporariamente) acaba-no México ainda foi fabricado até 30 de se a carreira do Fusca. Embora o México não junho de 2003. parar de produzi-lo, no Brasil sua linha de Por Clube do Fusca - www.fuscaclube.com.br/historia.htm montagem chegara ao fim. Até que http://www.fuscaclube.com.br/historia.htm

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