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Internacional 23/12/2011 - 09:10 Twe e t
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Vaclav Havel: uma vida dedicada à defesa da democracia Ex-president e checo cart ograf ou o f inal do século XX em análises sobre o poder de pessoas comuns para inf luenciar a polít ica - ideias mais at uais do que nunca Vitor Pamplona O f e rt as
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A trajetória de Vaclav Havel é motivo de orgulho para os checos (David W Cerny/Reuters)
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Vaclav Havel, cujo corpo será enterrado nesta sexta-f eira, liderou a revolução que derrubou quatro décadas de comunismo na antiga Checoslováquia, escreveu 19 peças de teatro, padeceu anos na prisão por sua dissidência política e f oi presidente de duas repúblicas por 14 anos, antes e depois do divórcio entre Eslováquia e República Checa, no início da década de 90. Com uma biograf ia inimitável, menos conhecida do que deveria e tão admirável quanto merecia, tornou-se uma f igura de proa na política mundial e um líder idolatrado. As manif estações públicas em Praga e Bratislava desde o anúncio de sua morte, aos 75 anos, domingo passado, são evidências inequívocas de uma personalidade heroica e popular. David W Cerny/Reuters
"Havel f oi uma f igura def inidora da Europa do f inal do século XX", escreveu o historiador britânico Timothy Garton Ash, primeiro escritor do Ocidente a prestar atenção no colapso do comunismo na Europa Oriental. "Ele não f oi apenas um dissidente; ele f oi a epítome do dissidente, como viemos a entender aquele termo novo. Ele não f oi apenas o líder da Revolução de
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Em Praga: velas em homenagem a Havel enf eitam a Praça Wenceslas
Veludo; ele f oi o líder da Revolução de Veludo original, aquela que nos deu uma marca aplicada a muitos outros protestos de massa não-violentos desde 1989", destacou ele no jornal inglês Guardian. Mas a autoridade intelectual precede a ressonância revolucionária. Do início da militância política à cadeira de presidente no Castelo de Praga, sede do governo, o dramaturgo delineou em ensaios, cartas e textos políticos uma cartograf ia do sistema comunista, arquitetou alternativas para chegar a uma democracia autêntica e encorajou movimentos políticos em todos os países que orbitavam a União Soviética a se levantar contra o regime sem disparar um tiro, numa época em que a luta armada - e a literatura política - eram discutidas com o entusiasmo hoje dedicado a ídolos pop e times de
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f utebol. Fuga do assunto - Um dos primeiros textos de Havel a repercutir a leste do Muro de Berlim f oi Sobre o Pensamento Evasivo, que integra a coletânea Open Letters (Cartas Abertas ). Escrito originalmente como um discurso à União de Escritores Checoslovacos em 1965, o texto f oca o hábito que muitos políticos e intelectuais têm de começar um discurso abordando um f ato corriqueiro e terminar discorrendo sobre as perspectivas para o f uturo da humanidade, f ugindo completamente do assunto. Na Checoslováquia comunista da época, um exemplo era o grupo de "médicos, advogados e auxiliares de escritório" responsável por cuidar dos prédios cujos peitoris das janelas estavam caindo em cima das pessoas. Chamada pelo regime de "manutenção socialista pelos inquilinos", a brigada disf arçava na nomenclatura o f ato de que a segurança de moradores e pedestres estava na mão de completos amadores. A lógica do ensaísta era cristalina: "Se é um f ato consumado que um aborígene era capaz de alguma f orma montar um abrigo que não caísse sobre sua cabeça, também deve ser igualmente um f ato consumado que uma sociedade socialista moderna seja capaz de of erecer às pessoas uma passagem segura pelas ruas". Por décadas, a ideia de criar um partido de oposição ao Partido Comunista seduziu os dissidentes. Havel a def endeu durante a Primavera de Praga, em 1968, como um caminho para uma abertura democrática. Pouco tempo depois, estava descrente da solução, o que explica numa entrevista de 1987: "Eu suspeito que o envolvimento no governo inevitavelmente leva à burocratização, corrupção e perda de democracia. Não me oponho à
Blogs e Colunistas D e N o va Yo rk D ip lo macia C aio B lind e r Atual vice e futuro presidente da China, Xi Jinping, visita Obama na Casa Branca
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solidariedade e coesão de vários grupos de pessoas com a mesma opinião. Apenas sou contra qualquer coisa que sirva para ocultar a responsabilidade pessoal ou premiar alguém com privilégios por sua devoção a um grupo particular". Em meio à Primavera de Praga, ele publicou um texto chamado Sobre o Tema de uma Oposição, no qual também analisa a relação entre democracia e opinião pública - com conclusões que se mantém atuais. "A opinião pública (representada pela imprensa, por exemplo) só pode agir como um ef etivo controle do governo se também tiver o poder de inf luenciar o governo. No f im das contas, o poder só ouve o poder e, se é para melhorar o governo, precisamos ser capazes de ameaçar a sua existência, não apenas a sua reputação." Pessoas comuns - A intimidação popular à Odd Andersen / AFP existência de regimes totalitários f oi exercitada em 2011, nos países árabes, numa dimensão inédita desde quando o edif ício do totalitarismo soviético desabou. Havel, que coincidentemente desaparece no mês de aniversário de 20 anos do f im da União Soviética, dedicou à capacidade das pessoas comuns interf erirem na política o seu texto mais inf luente. O impacto de O Poder dos Sem-Poder pode ser medido no depoimento do ativista Z bygniew Bujak, do Revoltas árabes mostram como as ideias de movimento sindical polonês Solidariedade, Havel continuam mais atuais do que nunca que projetou Lech Walesa, o primeiro sindicalista-presidente da história. No f im dos anos 70, quando o ativismo em reuniões públicas e f ábricas parecia não dar resultados na Polônia, Bujak diz que os membros do Solidariedade chegaram a duvidar do que estavam f azendo. "Aí, veio o ensaio de Havel. Lê-lo nos deu o alicerce teórico para nossa ação. Ele manteve nosso ânimo. Nós não desistimos. Quando eu olho para as vitórias do Solidariedade e do Carta 77 (o movimento cívico f undado por Havel na Checoslováquia), vejo nelas um assustador cumprimento das prof ecias contidas no ensaio." O que O Poder dos Sem-Poder tinha de prof ético perdura enquanto lição. O texto é uma análise prof unda da natureza dos regimes comunistas. Havel não os considerava ditaduras comuns porque, entre outras coisas, exigiam uma ideologia precisa, estruturada, compreensível por todos, tão completa e elaborada que beirava quase uma religião laica. Numa parábola, o escritor checo expôs as f issuras do sistema. A cena é de um verdureiro que todos os dias coloca na vitrine da sua quitanda, em meio às "cebolas e cenouras", um cartaz com o slogan "Trabalhadores do mundo, uni-vos!". O que o verdureiro queria PDFmyURL.com
expressar, na verdade, segundo Havel, era: "Eu, o verdureiro f ulano, moro aqui e sei o que devo f azer. Eu me comporto da maneira esperada. Eu sou conf iável e estou acima de qualquer suspeita. Eu sou obediente e, portanto, tenho o direito de ser deixado em paz". Por trás da crença nas palavras do lema comunista, escondia-se a ideologia. Lutando contra ela nos mínimos detalhes da vida cotidiana, def endia Havel, o pilar que sustentava o sistema iria f inalmente ruir. A ideologia era a mentira e Vaclav Havel convocava a viver na verdade, negando todos os rituais e f alsas demonstrações de f idelidade política, com o propósito de minar a harmonia aparente exigida pelo sistema. Timothy Garton Ash resume a essência do poder que não habita os palácios: "Havel captou o insight f undamental no qual toda resistência civil se nutre: que mesmo os regimes mais opressivos dependem de uma aceitação mínima por parte das pessoas que eles governam". Não-violência - Negar a visão ideológica do mundo, pela qual os governos totalitários justif icam sua existência, nunca f oi na luta política de Vaclav Havel o primeiro passo para o conf ronto com os f uzis e tanques do regime. "A atitude dissidente é e precisa ser f undamentalmente hostil à noção de mudança violenta", def endia. Ele não acreditava que mudanças no governo por serem consideradas "f undamentais" - justif icassem o sacrif ício de coisas "menos f undamentais", como vidas Vaclav Havel tinha 75 anos humanas. Em muitos trechos de sua obra, Havel contrapunha os propósitos do totalitarismo aos da vida real, vendo na opressão um movimento contrário à própria natureza. "Enquanto a vida, em sua essência, se move em direção à pluralidade, diversidade, auto-constituição independente e auto-organização, em suma, para preencher sua própria liberdade, o sistema pós-totalitário exige conf ormidade, unif ormidade e disciplina", comparou. David W Cerny/Reuters
Enquanto dissidente com uma voz ouvida e temida, sua vida real f oi demarcada pelos anos que passou na prisão, período retratado em Cartas para Olga, livro que reúne a correspondência para a sua primeira mulher, Olga Havlova. Nele, o analista político e orquestrador de revoluções f az concessão ao amor, à descrição de seu carcereiro, simpatizante do nazismo, e ao que pensava da vida. "Quando uma pessoa escolhe assumir uma certa posição, quando inspira algo para a própria vida, isso lhe dá perspectiva, esperança, propósito." Havel manteve sua posição calma e obstinadamente até derrotar seus opressores. Encarcerado, endereçou à mulher a explicação: "Manter-se numa posição silenciosamente e constantemente signif ica mais do que gritá-la para f ora e, então, PDFmyURL.com
rapidamente abandoná-la. Alguém silencioso, que não se pode prever quando vai f alar, embora seja certo que quando f alar será mais claro do que o bater de um sino, é muito mais capaz de perturbar o mundo".
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