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Manel Kape deu luta, mas perde na estreia no UFC

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O lutador luso angolano, criado em Rio Tinto, acabou derrotado perante o brasileiro Alexandre Pantoja, nas decisões dos juízes. Apesar de ter deixado uma excelente imagem com o seu estilo de luta, o “Starboy” tinha pela frente em Las Vegas, Estados Unidos da América, um lutador com bastante experiência, quinto no ranking mundial dos pesos-mosca. Apesar de ter criado bastantes dificuldades ao seu oponente, saiu derrotado por decisão unânime dos juízes (29-28; 2928 e 30-27).

Município entrega cerca de 1200 computadores às escolas do concelho

A Câmara Municipal de Gondomar reforçou com mais 1200 computadores os recursos informáticos dos estabelecimentos escolares, totalizando assim 2000 equipamentos e 700 hotspots já entregues, desde o início da pandemia, a alunos que se encontram a frequentar os vários níveis de ensino. Um investimento realizado de 680 mil euros.

Ala Nun’Alvares em dificuldades no Campeonato Nacional Honda de Voleibol

Após derrota por 3-2 frente à Académica de S. Mamede, a Ala Nun’Alvares ocupa o penúltimo lugar do Nível de Despromoção do Campeonato Nacional Honda, com 5 pontos em 5 jogos. No próximo fim de semana, os gondomarenses têm um jogo decisivo, onde vão defrontar em Matosinhos, o Leixões SC.

Corporações receberam 30 mil litros de combustível

O executivo municipal aprovou, em reunião de Câmara, no dia 18 de fevereiro, o apoio extraordinário de 30 mil litros de combustível às cinco Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários do Município. O intuito desta medida é o de minimizar o impacto financeiro da situação pandémica nas Corporações de Bombeiros, as quais têm assistido a uma queda significativa nas suas receitas.

Doe Sangue, doe vida!

Para este mês, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: dia 6 de março, na Junta de Freguesia de Valbom, entre as 9h e as 12h 30 min; e no dia 21 de março, na Junta de Freguesia de Foz do Sousa, entre as 9h e as 12h 30 min.

Gondomar SC na liderança do Campeonato Portugal

Após a vitória por 2-1 sobre o Leça FC, no passado fim de semana, o Gondomar SC alcançou o primeiro lugar da série C do Campeonato de Portugal. A equipa orientada por Américo Soares lidera com 28 pontos, ainda que à condição, visto que o segundo e terceiro lugar têm menos um jogo (Leça FC e CD Trofense respetivamente). No próximo fim de semana, os gondomarenses vão ao terreno do FC Pedras Rubras defrontar a equipa local.

Fim de Semana Negativo no ténis de mesa feminino gondomarense

No passado fim de semana em dupla jornada, a Ala Nun’Alvares que participa na Primeira Divisão do Nacional Feminino de Ténis saiu derrotada contra o GDC Juncal por 4-1 e contra a U Sebastianense FC também por 4-1. A equipa gondomarense, que disputa com as atletas Raquel Martins e Marta Santos, ocupa neste momento o 5º Lugar com 5 pontos, em 8 jogos realizados.

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O Plano E@D do Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar (AEG1),

decorre do reinício das atividades letivas não presenciais, a partir de 8 de fevereiro, decretado pelo governo como medida promotora do isolamento social, no combate à pandemia da Covid-19. Nesta versão 2, de fevereiro de 2021, tivemos em conta a experiência já acumulada e a formação em que todos os docentes e educadoras deste agrupamento têm participado. Preocupamo-nos com o reforço do espírito de pertença ao grupo e à comunidade AEG1, através de uma comunicação que pretendemos que seja eficaz. Para tal, e entre muitos outros procedimentos, contribui o envio semanal a cada turma de uma Newsletter. Este plano espelha, acima de tudo, o compromisso do AEG1 com o desenvolvimento das aprendizagens de TODOS os alunos, daí que o Perfil dos Alunos do Século XXI, as Aprendizagens Essenciais, bem como os documentos enquadradores da Educação Inclusiva e da Educação para a Cidadania sejam os grandes documentos orientadores. Este plano de E@D foi construído no sentido de continuarmos o desenvolvimento dos domínios estabelecidos, quer no PEA, quer no Plano de Melhoria, dando, assim, cumprimento ao estabelecido no Plano Curricular de Desenvolvimento das Aprendizagens 2020-2021.

A saúde de todos depende da ação de cada um de nós.

Sabemos que o elevado profissionalismo e sentido de missão dos nossos professores e do nosso pessoal não docente permitir-nos-á, uma vez mais, estar à altura deste imenso e incomparável desafio. Contamos, também, com a responsabilidade dos nossos alunos e das suas famílias.

Protejam-se e fiquem bem!

A diretora, Lília Silva

O canal Youtube do AEG1 já está em pleno funcionamento!!!! Neste ano letivo, vivemos a “escola” entre dois tempos: iniciamos com o ensino presencial e, devido a imperativos de saúde pública, regressamos ao ensino à distância. Testemunhos de pais e encarregados de educação acerca do ensino presencial num tempo de pandemia.

Associação de Pais da Escola Básica de Gens

Todos já antevíamos que este iria ser um ano difícil. O ano letivo passado já tinha sido limitado por esta nova realidade pandémica e pelo “bicho papão” COVID19. Tendo em conta a situação atual, o objetivo da APGENS tem sido manter o foco naquilo que pode ser feito para melhorar as condições de alunos, auxiliares e docentes, mantendo sempre uma visão otimista e saudável face aos horizontes que se avizinham. As maiores preocupações de todos os intervenientes, na EB/JI de Gens, têm a ver com a COVID19. A falta de informação, ou a informação “quebrada” ou a informação dispersa por vários agentes e entidades, proporciona alguma ansiedade aos Encarregados de Educação, em relação ao que devem ou não fazer e que comportamentos adotar. Percebemos que há um esforço das entidades envolvidas para promover um bom acom-

panhamento dos alunos e tentar com que a situação pandémica afete o menos possível o desenvolvimento

interpessoal e afetivo dos alunos. Há, sem dúvida, uma preocupação dos EE em relação ao aproveitamento escolar, em especial na EB: como é que se recupera de um cenário pandémico desta dimensão, nunca vivido antes em Portugal? Este é um assunto para pensar e desenvolver, assim que a “poeira do vírus assentar”, e traçar estratégias para mitigar as consequências da pandemia na educação das nossas crianças, numa altura tão charneira do seu desenvolvimento pessoal e intelectual.

Ana Maria Oliveira, Presidente da Associação de Pais da EB/JI de Gens

Associação de Pais da Escola Básica de Jovim Foz do Sousa

Nos tempos em que vivemos, no meio de uma guerra em que o nosso inimigo é invisível, não tem sido fácil para qualquer Encarregado de Educação deixar os educandos irem para a Escola. Contudo, conforme o 1° Período foi passando, foi-nos sendo transmitida, tanto da parte da Coordenação da Escola Básica de Jovim Foz do Sousa, bem como da Direção do Agrupamento, confiança, tanto ao nível da segurança como da higienização de todos os espaços da Escola. Minimizar o desconforto sentido pelos alunos e pelos Encarregados de Educação é uma prioridade. Temos a certeza de que, no nosso Agrupamento, tudo é feito de

forma a não comprometer o nível de ensino dos nossos educandos.

Susana Sousa, Presidente da Associação de Pais da EBJFS

Associação de Pais Escola Secundária de Gondomar

No geral, sinto que a ESG é uma escola segura, preo-

cupada com as aprendizagens dos alunos e aberta à comunidade que a rodeia.

Segura, porque, apesar do estado de pandemia em que vivemos, implementou uma série de medidas que visam a redução ao mínimo possível do risco de contágio entre os alunos. Preocupada com as aprendizagens, porque as medidas implementadas têm como objetivo dar aos alunos as “ferramentas” necessárias para atingirem os melhores resultados possíveis. São, também, desenvolvidos projetos que envolvem os alunos, permitindo-lhes desenvolver capacidades e competências que são importantes para o seu futuro. Contudo, não se pode pensar que tudo é perfeito. Existem, naturalmente, preocupações e aspetos que devem ser melhorados. Inicialmente, foi preocupante a falta de Assistentes Operacionais, de professores de substituição e o facto de os alunos não poderem usufruir do intervalo ao ar livre, embora seja uma medida compreensível. Motivo de satisfação é verificar a preocupação da Direção em envolver os Pais e Encarregados de Educação na tomada de decisões pelos Órgãos de Gestão da Escola e verificar que há um trabalho enorme por parte de todos para que os educandos se sintam o melhor possível dentro da escola. Duarte Silva, Presidente da Associação de Pais da ESG

Parabéns, Beatriz!

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Viva Prevenido

Catarina Gonçalves

Optometrista da Opticália

Não se adapta às lentes progressivas? Desmistificar a inadaptação às lentes progressivas.

Tem mais de 40 anos e sente dificuldade em ver letras pequeninas ao perto? Tem necessidade de afastar a folha para ler melhor? Procurar locais com mais luz? Se a sua resposta a estas perguntas for sim, na verdade tem presbiopia. Este tipo de problema começa a manifestar-se a partir dos 40 anos de idade e é devido à pouca elasticidade dos músculos do cristalino responsável por a nossa boa visão e focagem. Hoje em dia são várias as soluções para este erro refrativo. Primeiramente, terá de recorrer a uma consulta para examinar, adequadamente, a sua visão. A consulta será constituída por várias fases: uma informação breve sobre antecedentes visuais e oculares, assim como da saúde em geral; descrição das suas tarefas diárias como o seu trabalho entre outras atividades. Seguido dessas informações passamos para a realização de testes preliminares, refrativos e à sua motilidade ocular. Será, também, avaliada a sua visão binocular e acomodação e, por fim, a sua saúde visual. Todos estes exames vão auxiliar-nos na escolha da melhor solução para si. A prescrição para a presbiopia pode ir desde o uso de óculos apenas para situações de visão ao perto ou para pessoas que já necessitavam de óculos para a visão de longe: as lentes bifocais, lentes progressivas e lentes de contacto multifocais. Existe um grande estigma em relação às lentes progressivas. Foram vários os casos de inadaptação a estas mesmas lentes e, na verdade, antigamente as mesmas padeciam de algumas aberrações óticas laterais o que limitava bastante a amplitude do campo visual dos usuários. Hoje em dia, as lentes estão cada vez mais otimizadas e o número de pessoas que não se adaptam é cada vez mais reduzido. Existem vários tipos de lentes progressivas e, com a devida informação, hoje em dia é possível escolher a ideal para si. No entanto para cada pessoa existe uma lente progressiva adequada e para que essa escolha seja a melhor temos de ter em atenção vários fatores: a sua profissão, as diversas distâncias de trabalho,conduzir à noite, hábitos de leitura (uso de aparelhos digitais como tablets, telemóveis, computador), o equilíbrio da sua visão binocular, o seu erro refrativo, entre outros. Todos esses parâmetros nos permitirão escolher a lente ideal para si, com um bom campo visual. Podemos dar um exemplo prático de uma escolha acertada de lentes progressivas num cliente que passa o dia ao computador e a escrever vai necessitar de uma lente com visão de perto e intermédia mais ampla do que propriamente a visão de longe. Neste caso escolheríamos uma lente que desse mais conforto visual no perto e intermédio. Se fosse um cliente que conduz bastante teriamos de aconselhar uma lente com um campo visual predominante no longe. Deste modo, conseguimos minimizar os sintomas de inadaptação tão frequentes e, simultaneamente, já tão ultrapassados neste tipo de lentes. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na Opticalia Gondomar, a nossa equipa especializada estará ao seu dispor para fazer todos os exames e medidas necessárias para assim ajudar e aconselhar a lente mais adequada a si.

Sociedade

Manutenção e abate de árvores criticados pela população

São várias as zonas do concelho que foram criticadas pela má manutenção e pelo abate excessivo destes recursos. Questionamos o Vereador do Ambiente, José Fernando e duas Uniões de Freguesias mencionadas nas denúncias.

Confrontado com as acusações, José Fernando reconhece os problemas mencionados pelos munícipes e refere que tem estado a par desta situação e que, enquanto responsável pelo ambiente “Esta situação preocupame muito”. O Vereador explica que “Num passado muito recente quando resolvemos passar para as Juntas de Freguesias estas competências (poda e manutenção das árvores), era necessário que eles tivessem realmente pessoas capacitadas e formadas para estes serviços”, José Fernando reconhece o erro cometido e espera que no futuro esta situação seja revertida. No entanto, adianta que “Todos os meses eles recebem verbas para fazerem estes serviços. Eles têm aqui duas hipóteses ou contratam uma empresa de fora que saiba fazer devidamente este trabalho, ou fazem com os recursos de pessoal que têm e que, normalmente, não estão capacitados para isso”. O responsável pelo ambiente reconhece o esforço das Juntas e explica que entrou em contacto com as entidades locais do concelho e pediu que “Cada vez que uma equipa fosse para o local”, comunicasse previamente a Câmara para uma técnica os acompanhar. O intuito desta decisão é “Minimizar o máximo possível estes riscos e explicar como as podas são efetuadas”. Quanto ao abate essa responsabilidade é do Município. O Vereador explica que as árvores abatidas resultam de uma análise fitossanitária que foi previamente realizada. Esta análise revela quais representam “Perigo de vida para as pessoas. Nós lamentámos, mas é o nosso dever minimizar os riscos, é a nossa obrigação”. José Fernando reconhece a responsabilidade e garante que todas as árvores abatidas serão repostas e, em mais quantidade. Fomos até à União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, falar com o Presidente Pedro Vieira. O autarca começa por referir que esta situação não está bem clara de quem é responsável pela poda das árvores. A Junta de Freguesia faz a manutenção dos espaços verdes. Quanto à poda das árvores, há aqui uma colaboração entre a Câmara e a Junta. Árvores de pequeno porte a Junta executa a manutenção e a poda, as outras de grande porte não, porque é a Câmara Municipal que assegura” essa manutenção. O responsável pela União de Freguesias sublinha que, para realizar este trabalho, é necessário ter meios “É preciso dar formação aos funcionários e é preciso contratar mais colaboradores, há aqui naturalmente uma necessidade de investimento no serviço público”. O edil sublinha que “não se esteja aqui apenas a passar a culpa uns para os outros”, porque na opinião de Pedro Vieira, independentemente do que esteja escrito tem que haver uma “Colaboração entre a Junta e a Câmara, uma relação de proximidade e de boa fé, para que o trabalho no terreno, seja compatível com as necessidades”. Na perspetiva de António Braz, Presidente da União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim, “Nós reconhecemos que temos algumas falhas, mas temos consciência que fazemos o que podemos”. O edil explica que com a pandemia a situação complicou-se e que o horário de trabalho dos funcionários foi reduzido, o que impediu o tratamento de mais árvores. O autarca reconhece que há situações de árvores específicas que deveriam de ter “um aconselhamento melhor”. O Presidente constata ainda que “Se calhar devíamos ter a colaboração de outras entidades, que poderiam disponibilizar alguns equipamentos que existem no concelho e que nesta altura podiam estar a ser utilizados”. ▪

> José Fernando, Vereador do Ambiente da CMG

Sociedade

Juntas vão porta-a-porta contactar mais de 4 mil utentes

O Município de Gondomar, deliberou juntamente com os Presidentes das Juntas de Freguesia do concelho e os responsáveis pelo Agrupamento de Centros de Saúde de Gondomar (ACeS) delinearam, em conjunto, ações que visam otimizar o processo de vacinação contra a COVID-19 em Gondomar. O objetivo é garantir que nenhum utente elegível para vacinação fique de fora.

Num primeiro momento, ficou acordado entre as várias entidades que as Juntas de Freguesia vão assegurar o transporte ao Centro de Vacinação Municipal, a todos os utentes que, sendo elegíveis para a vacinação, não possuam retaguarda familiar - ou outro tipo de condição - que os permita deslocar-se ao Multiusos de Gondomar. Além deste apoio, ficou também acordada a colaboração das Juntas de Freguesia de forma a acelerar a identificação e a otimizar os contactos com os utentes elegíveis para a vacinação. Isto porque, segundo levantamento do ACeS de Gondomar, dos mais de 13 500 utentes elegíveis para a vacinação, cerca de 27% (mais de 4 mil utentes) não possui qualquer contacto telefónico no respetivo Centro de Saúde. Daí a necessidade de mapear, através de um contacto porta-a-porta, os utentes residentes em determinada Freguesia e inscritos numa unidade de saúde pertencente ao ACeS de Gondomar e de proceder à atualização do seu contacto telefónico. Esse contacto porta-a-porta será assegurado pelas Juntas de Freguesia. O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, reconhece o trabalho “Impecável” que os Presidentes têm vindo a desempenhar nesta situação junto a este nicho da população. O autarca explica ainda que, a partir desta semana o “procedimento começou a ser todo informatizado. O número de telemóvel utilizado é aquele onde as pessoas recebem as receitas”. Estas ações têm como objetivo garantir que nenhum utente pertencente aos grupos prioritários fica de fora da vacinação, tendo ficado clara a importância da colaboração efetiva entre todas as entidades. Todos os colaboradores encontram-se devidamente identificados, no entanto em caso de dúvida a pessoa pode e deve apontar o nome do funcionário e entrar em contacto com a sua Junta de Freguesia para confirmar que são de facto funcionários da Junta. Caso algum idoso não atenda, os representantes das Juntas que se encontram no terreno deixam um aviso na caixa de correio a informar que estiveram no local, no âmbito da vacina da COVID-19 e que o munícipe necessita de entrar em contacto com a Junta. ▪

Classificados do 29º Festival do Sável e da Lampreia

O Sável e a Lampreia sempre foram dois pratos gastronómicos de renome no concelho de Gondomar. Faz parte da história, da identidade do Município e com o intuito de comemorar e eternizar estes produtos que transcende gerações é realizado o Festival do Sável e da Lampreia em Gondomar.

Neste Festival, os restaurantes de Gondomar dão o seu melhor para fazer brilhar estas matérias primas e destacar-se da concorrência com o melhor prato. No ano de 2020, decorreu, entre o dia 29 de fevereiro a 29 de março, o 29º Festival do Sável e da Lampreia. O concurso é dividido em três distinções que são: a Categoria de Melhor Lampreia, a Categoria de Melhor Sável e Certificados de Participação. Na categoria de Melhor Lampreia recebeu o certificado de Ouro os seguintes estabelecimentos: Ponte do Freixo, O Laranjal, Dom Vicente, Figurino do Douro, Estrelas do Douro, Beef D’Ouro, Cantinho das Manas, Choupal dos Melros, Madureira’s Vera Cruz, Bom Retiro, Rei da Tasca. Com certificado de Prata ficou qualificado a Casa Lindo, o Campidouro e o Clube dos Caçadores. E, com o certificado de Bronze ficou classificado os restaurantes o Cardeal e os Sabores do Chefe. Na categoria de melhor sável, o certificado de ouro foi atribuído aos seguintes restaurantes: Estrelas do Douro, Casa Lindo, Cantinho das Manas, Madureira’s Vera Cruz, O Chefe Barbosa, Rei da Tasca. Premiado com os certificados de Prata, ficou qualificado o Porto à Vista, Ponte do Freixo, O Laranjal, Dom Vicente, Clube dos Caçadores, Beef D’Ouro, Bom Retiro, O Fórum. Foi premiado com o certificado de Bronze o Cardeal e o Choupal dos Melros. E o Certificado Originalidade foi atribuído ao estabelecimento o Rei da Tasca. Quanto aos certificados de Participação estes foram atribuídos aos restaurantes O Fórum, o Porto à Vista, o 3 MMM e O Chefe Barbosa. ▪

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Entrevista JOÃO BAIÃO:

“A felicidade é um chavão, mas a saúde é agora o mais importante”

Texto: André Rubim Rangel

Tendo praticado ginástica desportiva e futebol na infância, sentiu cedo que a sua vocação não passaria por aí?

Nessa altura nunca pensei muito nisso. Ia vivendo a vida à medida que ia sentido, pois gostava de fazer muita coisa ao mesmo tempo. Eu tinha 9/10 anos e estava nos escuteiros e fazia teatro com o meu irmão. E, simultaneamente, praticava ginástica e jogava futebol. Era uma outra geração: vivia-se muito a vida na rua, com os colegas e amigos. Havia jogos de futebol de rua contra rua, mas o bichinho de comunicar era maior. Eu arranjava sempre um grupinho para fazer peças de teatro e dirigia a secção de teatro.

E acha que faz falta nos jovens atuais essa riqueza de partilha e interação com os jogos e convívios de rua, até para não estarem tão dependentes das novas tecnologias?

Naquela altura estávamos longe de saber o que seria a internet e o telemóvel. Era um outro tempo: as pessoas comunicavam mais e sentia-se mais amizade com quem vivia perto de nós. Entretanto tornou-se impraticável porque as cidades se tornaram muito mais agitadas e mais movimentadas em termos de tráfego. Mas lembro-me como era mais saudável antigamente, em que se jogava à carica, ao berlinde, aos carrinhos de esfera… Hoje em dia vive-se muito dentro de casa, com as tecnologias, mas não quer dizer por isso que as pessoas não se relacionem. Talvez menos um pouco, mas de outra maneira. Naquela altura, se tivesse havido uma pandemia, não poderíamos estar a gravar esta entrevista pelo Zoom, por exemplo.

Começou na representação dramática interpretando clássicos teatrais de grandes dramaturgos mundiais. Como disse Schopenhauer, concorda que “não ir ao teatro é como fazer a toilette sem espelho?

(risos) Eu acho que o teatro, o cinema e a música fazem parte da nossa vida. Sentimos isso agora, que estamos fechados em casa. Se não fosse a arte e a cultura, viveríamos mais fechados e se calhar as depressões seriam maiores. Aliás, a Cultura faz crescer o povo: foi através dela, e da arte, que surgiram grandes pensadores; que o mundo avançou e se deram a conhecer novos caminhos, novas vertentes e novas ideologias. Acho que isso é importante e nós, às vezes, encaramos um bocadinho a Cultura como uma coisa supérflua e desnecessária. Mas a verdade é que isto é a essência daquilo que pode ser uma Sociedade e vemos outros países, como a Espanha e o Brasil, em que sentem aquilo de forma orgânica, que faz parte do povo: a televisão, a música, a pintura, a dança, etc..

O que aponta, então, ainda fazer falta à nossa Cultura, até para estar ao nível que devia estar?

Eu penso que nós evoluímos muito nestes últimos anos. E, hoje em dia – agora não –,já temos acesso a muitas propostas teatrais e a muitas estéticas. Sinto que falta acreditarmos um bocadinho mais naquilo que é nos-

Foto DR

so e desenvolvermos nós próprios. Porque já mostramos que temos matéria-prima. É curioso ver-se que qualquer produção teatral acontece em todo o país. E uma coisa incrível é que fora de Lisboa há salas de espetáculo ótimas e tem-se investido nisso. De cada vez que há um espetáculo em cada cidade o público gosta de ver e está presente. Houvese colegas a falarem em crise no teatro, mas – antes da pandemia – têm-se enchido salas e há muitas propostas em termos de novos espetáculos. Por isso, acho que estamos no bom caminho. E Portugal teve uma abertura muito grande ao mundo: é preciso mantê-la e incentivar os novos talentos. Ainda por cima, porque há muitos atores jovens que são dinâmicos e que têm novas propostas. Somos um país rico culturalmente e, às vezes, olhamos para fora endeusando o que daí vem em detrimento daquilo que é nosso.

Com o tanto que já realizou, considera que o programa da sua vida, em termos de apresentação, foi o «Big Show SIC», no ar durante cinco anos? Porquê?

Não consigo eleger o melhor trabalho. Antes desse tinha acontecido a «Grande Noite», com o Filipe La Féria, onde tive a oportunidade de conhecer atores de outras gerações – Raul Solnado, José Viana, entre outros – e gente que também cantava e que foram os meus ídolos da adolescência. Os canais privados estavam a nascer e foi uma “pedrada no charco” em termos de propostas diferentes a nível de produção teatral, com o teatro feito em televisão. Teve um impacto muito grande! Depois, o «Big Show» teve uma outra vertente: enquanto na «Grande Noite» eu era um ator a representar uma personagem, ali eu era o apresentador. Era o próprio João Baião, a conduzir o programa. Mas posso referir que essas duas propostas foram uma grande abertura para, pelo menos, as pessoas conhecerem o meu trabalho. Como sabemos, a televisão chega a muito mais gente do que o teatro.

Sendo o João um verdadeiro «show man», não podia deixar de ingressar nalguns dos espetáculos musicais de La Féria. Que análise faz a esse conceito e estilo de produção?

(risos) O Filipe, de facto é um sonhador e é um mágico em termos de teatro. Ele não fez só musicais, há já muito tempo que está no teatro. Realmente ele tem um nível muito idêntico, e em alguns casos superiores, a musicais que vemos na Broadway ou mesmo em Londres. Está muito a esse nível e isso é extraordinário. De repente, de há uns anos para cá, começamos a ver esse género de musicais de outras agências e promotoras, porque realmente as pessoas gostam desse tipo de espetáculos. É uma pena que o «teatro de revista» tenha perdido algum fôlego, que foi um grande espetáculo musical de tradição no nosso país. Mas acho que há espaço para tudo. Os diferentes musicais têm a sua estética, porém o Filipe marca aqui a diferença quando tenta imprimir na nossa realidade o conceito do que se faz na Broadway e em Londres.

No seu entender, qual o motivo que impedem de haver um maior número de musicais dele, comparativamente com outrora?

Não há redução: o La Féria nunca parou de fazer produções e tem feito espetáculos grandiosos. Não sinto decréscimo, mas é verdade que haja uma aposta monetária menor que dificulta as produções a visitarem outras salas do país.

É a minha e nossa visão do Norte: dantes havia muitos mais espetáculos musicais, de La Féria e não só, nas salas do Grande Porto e deixou de haver…

Mas isso tem a ver com algum preconceito de determinados diretores de grandes salas de teatro e acabam por não apostar neste tipo de propostas. Como aconteceu com o Teatro Rivoli, apenas com realizações esporádicas. O que é pena, pois acaba por ser uma nódoa negra na nossa essência. O público gosta de tudo e quando o espetáculo é de qualidade ele vai ver.

Voltando ao João, afinal, de onde lhe vem essa energia toda? Pois todo o seu corpo fala, em movimento e dinâmica constantes, enquanto apresenta e representa…

(risos) Essa é a pergunta que mais me fazem, para a qual ainda não tenho resposta. Eu sinto que sempre fui assim, mesmo na infância quando referia há pouco que gostava de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Só comecei a perceber que tinha essa energia fora do normal quando as pessoas me começaram a falar nisso. Eu sabia lá que era fora do normal, se sempre fui assim! Aliás, eu quando estudava em casa, no tempo da escola, fazia-o em frente à televisão: eu vivia-a muito. Era prati-

camente vidrado nas coisas da televisão. Os meus pais achavam muito estranho como eu conseguia assimilar a matéria escolar e os TPC em frente à televisão, mas a verdade é que eu conseguia. E consigo. Eu consigo encontrar a minha paz no meio duma multidão, por isso gosto das grandes cidades, de muita luz e de cor. Sempre fui assim, é algo orgânico.

Nem vê o facto dos seus 57 anos serem uma barreira para tal energia permanente? É algo que nem pensa, nem sente a idade a passar por si?

Nem penso, nem sinto que a idade me esteja a pesar em algum desses aspetos. Pelo contrário, até sinto um maior fulgor. Mas também sei que com a técnica que tenho dá-nos algum autocontrole. Ainda bem que não sinto, porque esta é a minha essência e quero manter a minha energia no auge, até para não dececionar as pessoas.

E tem alguma preparação e tipo de cuidados, como o alimentar e a atividade física para ajudar nessa energia?

Quando me apercebi dessa tal energia, pelas pessoas falarem, comecei a fazer por sustentá-la, através da minha alimentação e exercícios físico. Mas gosto muito de comer e comer à vontade, sem ter limites para nada. O que faço é sem exageros nem fundamentalismos, sem passar horas no ginásio. É apenas para manter a boa-forma e para as dobradiças não enferrujarem (risos).

Consta na sua biografia, online, que – também como encenador – lançou publicamente atrizes como Maria Rueff e Sílvia Rizo. Sente quota-parte de responsabilidade no sucesso que ambas atingiram?

Eu nunca penso nas coisas dessa forma. Eu, na altura, estava a fazer várias coisas e queria fazer um espetáculo de «café-concerto», que é um género que infelizmente se perdeu um bocadinho. Tinha participado num e, como as solicitações eram muitas, quis continuar a fazer. Eu estava então a fazer uma peça com o Armando Cortez e a Manuela Maria e no conservatório estava a Maria Rueff, que ia visitar-nos muitas vezes. Eu via que aquela mulher era duma comicidade incrível: ela imitava muito bem os atores brasileiros e divertia-nos a todos em cheio. E pensei: o espetáculo vai ter uma nova versão e vou convidá-la. E, claro, acabou por ser um êxito: a Maria é genial, mesmo! Mas não sinto responsabilidade nenhuma. O talento relaciona-se com a própria pessoa e, às vezes, há pessoas com muito talento que podem não ter oportunidade de chegar ao sítio certo e na altura certa. Também aconteceu o mesmo com a Sílvia. Estava a fazer o «Maldita Cocaína» de La Féria, no Politeama, conheci-a e fizemos um café-concerto num bar. Naquela altura, de facto, havia uma dinâmica e fazíamos espetáculos diários em bares diferentes.

Estamos em fevereiro e este ano não houve expressão exterior visível de Entrudo. E recordo que em 1996 apresentou o Carnaval do Rio de Janeiro: é esse o melhor Carnaval mundial, para si? Ou o de Veneza é mais mágico e genuíno?

Eu nunca fui ao carnaval de Veneza, mas sei qual é o contexto e sua estética: é muito mais sereno, poético e teatral. Mas aquele que tem a ver mais comigo é o carnaval brasileiro, porque vivi dois anos no meio daquela escola de samba e daquele ritmo. E não há espetáculos como aquele, com aquela energia! E não é fabricada, é uma coisa epidérmica. Eu gostei imenso e repetia imenso. Carnaval é festa, é folia, e eles vivem-no com muita verdade. E estar no meio daqueles 50 tocantes de bateria é uma coisa única, que ficará para a vida toda.

Num outro tipo de festa, em 2014 esteve em Gondomar para apresentar «Portugal

Foto DR

Entrevista

em Festa» na maior romaria deste município. Que lembrança tem da cidade e dessa «Feira das Nozes», integrada na Festa de N.ª Sr.ª do Rosário?

Eu já visitei Gondomar diversas vezes. Além desse programa, também apresentei há uns anos o «Há Volta», numa volta de bicicleta a Portugal, em que entrevistei o Major Valentim Loureiro. Estar aí é incrível porque as pessoas são muito carinhosas comigo. Como todas as do Norte, principalmente, que têm uma autenticidade muito delas, não fazem favores e não põem capas. Elas vêm e abraçam-nos. Recordo-me sempre como me abordam, é como se eu fosse da família! As pessoas falam comigo como se eu fosse um irmão, um tio, um companheiro. Elas são muito simpáticas e hospitaleiras. E depois come-se muito bem aí, como a lampreia. Gondomar é uma cidade maravilhosa!

Essa relação quase familiar dá-se também com outros seres vivos: o João é amante da Natureza e, como tal, é dono duma quinta com dezenas de animais de várias espécies. Fale-nos um pouco deste projeto…

(risos) Não propriamente é um projeto. Eu fui viver para o campo e consegui uma casa com espaço ao ar livre para ter animais. Depois, foi acontecendo. Houve uma amiga que me deu um par de lamas. Eu não conhecia o temperamento deste animal, depois nasceram crias e fui-me afeiçoando a eles. Aqui andam à vontade não tenho intenção de os domesticar. Sempre fui uma pessoa de cidade, não de campo, mas quando a gente começa a trabalhar todos os dias, a crescer e a amadurecer, começa a sentir a necessidade da tranquilidade aos fins de semana, daí esta casa. E é uma energia muito boa, que transmite muita paz, esta relação próxima com os animais. Este é um espaço privado e tenho os animais que a lei permite.

Como vês a relação de algumas pessoas com os animais como se eles fossem humanos, os seus filhos, com afetos que muitas vezes não têm pelas pessoas… Não te parece um exagero?

Como em tudo na vida tem de haver equilíbrio. Obviamente que os animais têm tantos direitos como nós e podemos tratá-los como tratamos uma pessoa: não é por aí. Esse equilíbrio também passa pela forma de pensar e de agir. Ter um animal em casa sem ter condições para tal, então mais vale não ter, só porque é engraçado. Já que os animais também sentem e choram. Hoje em dia há uma atenção muito grande sobre os animais e as pessoas não podem dizer nada nas redes sociais com opinião diferente, que são logo atacadas de forma gratuita. Temos de ter respeito por todos, seja humano ou não. E não podemos ser fundamentalistas.

A 2.ª década deste milénio foi, para si, negativamente marcante com a morte dos seus pais, num espaço de nove anos. Como é viver e gerir toda essa realidade e continuar – como o vemos – sempre alegre naquilo que faz?

O público, que é sempre companheiro e cúmplice do nosso trabalho e nos apoia, não tem que levar – digamos assim – com a nossa vida pessoal. Obviamente que são perdas irreparáveis, dores que ficam para a vida, mas temos que continuar e encontrar uma forma de gerir o sentimento de perda com a proposta de levar alguma alegria às pessoas. É a vida, é mesmo assim: nunca estamos preparados para perder os pais, fica sempre um vazio. Eu tive de fazer espetáculo na noite em que o meu avô morreu, por exemplo, e isso foi uma coisa terrível. Quando foi do meu pai, dois dias depois estava a fazer televisão. Temos de encontrar forma para ultrapassar esse obstáculo, não o esquecendo, mas sem ter de impingi-lo ao público.

Atualmente, apresenta diariamente a «Casa Feliz», na televisão. A particularidade desta casa, e que nos entra em casa, é a felicidade. Acha que ela foi ferida com a pandemia ou podemos ser felizes, mesmo fechados em casa?

As nossas casas podem ser felizes se ficarmos dentro delas, protegendo-nos. Depois, encontrando formas que combatam o tédio e os problemas psicológicos. Há tanta coisa boa que se pode fazer em casa! A felicidade, entre tantos valores humanos, é um chavão, mas a saúde é agora o mais importante. Quer queiramos quer não, com tudo o que temos vivido desde o ano passado. Costuma-se dizer: “quando se tem saúde, tudo pode acontecer”. E essa é a verdade. Temos de preservá-la, seja a mental, seja a física.

E sentiu aflição quando a sua saúde foi beliscada, ao ficar infetado pela covid. Como foi essa experiência?

Se fosse no início, eu tinha ficado mais assustado, porque era o desconhecido na altura e aquelas notícias que nos chegavam de Itália e de Espanha eram aterradoras! Fiquei, então, duas semanas confinado sem fazer o «Olhó Baião» e quando regressei ia um pouco com medo. Depois, como houve muitas explicações pelos médicos e tive muitos colegas que passaram por ela de forma ligeira, eu não tive tanto medo. Ao ouvir: “estás positivo”, fica sempre aquele alerta e aquele nervoso. Confesso que, na primeira noite, foi mais complicado, porque – com tudo escuro – a noite abraça-nos duma forma estranha, quando pensava nas tantas mortes e se me dava um problema respiratório, durante o sono… Foi uma questão mais psicológica, depois passou bem. Os meus sintomas também eram leves. Estive calmo, sereno, e isso é fundamental.

Por fim, que apelo final e positivo pode deixar aos nossos leitores?

Neste momento, o mais importante é mantermos acesa a esperança! Mantenhamos a guarda da nossa segurança. Vamos ganhar esta batalha, para depois quando passar podermos vir para a rua fazer a festa. A dos santos populares, ou a do teatro, a da música, a da poesia, porque este país é um palco de muitas cores e já precisamos deste respirar de ar puro. Sonhem muito e deem as mãos a quem está ao nosso lado: porque, no fundo, somos todos iguais! ▪

Sociedade

Marco Martins: “Gondomar é o concelho da região Norte, onde a vacinação está mais avançada”

No dia 29 de janeiro foi o início da montagem do Centro de Vacinação Municipal contra a COVID-19, no Multiusos de Gondomar. Uma parceria realizada entre a Câmara Municipal e o Serviço Nacional de Saúde. A diretora da ACES de Gondomar, Cristina Pascoal, adianta que a velocidade da vacinação depende da quantidade de vacinas que são atribuídas ao Município.

A Diretora da ACES de Gondomar, Cristina Pascoal referiu ao VivaCidade que todo este mérito deve-se ao trabalho que tem vindo a ser preparado pelas entidades do concelho ao longo dos últimos meses, “um trabalho verdadeiramente de equipa, entre a Câmara Municipal e a ACES de Gondomar”. A responsável explica que a “Câmara forneceu tudo o que é estruturas físicas, porque não tínhamos capacidade suficiente de conseguir nas instalações do ACES, receber tanta gente ao mesmo tempo. Assim, temos os espaços físicos da Câmara. A autarquia disponibilizou ainda toda a parte informática para que nós conseguíssemos aceder aos nossos registos online em tempo real. Os Assistentes Operacionais do Município têm sido incansáveis no que diz respeito à orientação dos utentes. Do nosso lado do ACES de Gondomar, temos as equipas de médicos e enfermeiros que vão sendo alocados em número, de acordo com os utentes que temos programados para esse dia”. Todo o agendamento que está a ser realizado para a vacinação encontra-se na inteira responsabilidade da ACES de Gondomar. O dia 5 de fevereiro de 2021, ficará marcado como sinónimo de esperança para a população do concelho de Gondomar, dado que começaram a ser administradas as primeiras vacinas na população. O primeiro grupo a estrear as instalações foi o nicho de pessoas com mais de 80 anos de idade e com mais de 50 anos com patologias associadas. Nesta primeira fase de vacinação estavam elegíveis 13 mil pessoas, adiantou a diretora da ACES de Gondomar, Cristina Pascoal. No dia 12 de fevereiro, foi a vez dos soldados da paz receberem a vacina. Ao todo foram 170 Bombeiros das cinco corporações do Município- Areosa/Rio Tinto, Gondomar, Melres, São Pedro da Cova e Valbom. O clima de esperança entre os presentes era visível. Ao VivaCidade o bombeiro da Corporação da Areosa, José Barreiro, revelou que ao fim de vários meses na frente de batalha contra a COVID-19 o sentimento presente é o de “Felicidade com a situação, porque de certa forma é um reconhecimento do risco que corremos diariamente no desempenho das nossas funções”, José Barreiro deixa ainda uma mensagem aos Gondomarenses, “Acima de tudo a vacina existe, é um bom sinal, mas continuem a manter a prevenção, porque ela é o melhor remédio para conseguirmos sair desta epidemia o mais rápido possível”. Passado uma semana, no dia 19 de fevereiro, foi a vez dos agentes da PSP e da GNR que exercem funções no concelho de Gondomar a receber a vacina. Nesta primeira fase, foram administradas vacinas a 60 militares da GNR e 120 agentes das três esquadras e da Divisão da PSP de Gondomar. Nesse mesmo dia, mas na parte da tarde, foi retomado a segunda dose da vacina às pessoas com 80 e mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com patologias. Em declarações ao VivaCidade, o Comissário da PSP, Luís Augusto revela que “É muito importante para os profissionais que estão no terreno receberem esta vacina. Eles sentem-se mais protegidos na sua atividade profissional. No geral todos eles estão satisfeitos e não houve nenhuma reação negativa”. O comissário deixa ainda um apelo “Eu sei que isto é uma questão individual, mas considero que todos nós deveríamos ser vacinados”. Nesse mesmo dia à tarde, decorreu a administração da segunda dose da vacina aos 150 profissionais de saúde do concelho de Gondomar. Para o médico de família, Inácio Monteiro receber esta vacina “Foi muito importante, porque ela realmente pode mudar o rumo da epidemia. Esta é a nossa única esperança para conseguir uma imunidade de grupo que nos vá proteger deste vírus, depois poderemos ter covid, mas não passará de uma simples gripe, de algo comum, sem sintomas graves”. Ao VivaCidade, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, revelou que “3070 pessoas no concelho já estão vacinadas e destas pessoas 1600 já levaram a segunda dose, o que é muito importante”. O autarca explica que o objetivo é administrar 500 doses de vacinas por dia no Multiusos. O edil salienta ainda todo o trabalho “incansável” que todos os profissionais que se encontram no terreno têm vindo a realizar, neste processo de vacinação. O Presidente Marco Martins garante ainda que: “Gondomar é o concelho da região Norte, onde a vacinação está mais avançada”. ▪

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Sociedade

Município cria estratégia de Retaguarda para Gondomar

O Município de Gondomar lançou o desafio ao Hospital Fernando Pessoa para ser um Centro de Retaguarda concelhio, numa eventual rutura das estruturas distritais de apoio para doentes com COVID-19. Este projeto de medida preventiva conta com o apoio das Águas de Gondomar para garantir o apetrechamento e todos os equipamentos necessários para o espaço.

A ideia deste projeto surge quando, “Decorrente da situação pandémica e dos números muito acentuados em termos de COVID”, o Município de Gondomar decidiu criar um plano C, como explica a vereadora Cláudia Vieira ao VivaCidade A responsável explica que, para além das estruturas distritais e dos espaços já preparados em Gondomar, como o Multiusos, “Sentiu-se a necessidade de assegurar e dar retaguarda” aos gondomarenses numa eventual rutura das infraestruturas já criadas. Para a Vereadora, a preocupação do Município é “Com as pessoas, nós não queremos, de maneira alguma que elas fiquem sem retaguarda. Foi nesse sentido que quisemos aqui aproveitar esta estrutura de referência do ponto de vista hospitalar e do serviço de saúde que é o Hospital Fernando Pessoa”. Foi nesse sentido que a entidade camarária, realizou um acordo com o Hospital Fernando Pessoa de servir como Centro de Retaguarda. O mesmo aceitou a proposta. No acordo estabelecido, o Município só irá pagar os serviços, caso nos próximos seis meses, aconteça alguma eventualidade. Até lá, Claúdia Vieira garante “Isto também tem aqui uma lógica de gestão financeira, em que só pagamos se viermos a precisar, uma vez que o Hospital Escola tem a sua estrutura já criada, tem os seus serviços já devidamente organizados. O que é uma mais valia para nós”. Quanto ao encaminhamento dos utentes, fica à responsabilidade da validação da subcomissão da proteção civil e “Só iremos utilizar estes serviços, quando os outros todos se esgotarem”. Para o Membro do Conselho de Gestão do Hospital Fernando Pessoa, Bruno Soares, esta parceria com o Município pretende dar resposta às eventuais necessidades desta pandemia. O intuito é colaborar seja a nível nacional como estrutura de retaguarda ou concelhio, com

> Centro de retaguarda do Hospital Fernando Pessoa

este novo projeto. Assim, após a proposta da Autarquia, a equipa do Fernando Pessoa sentiu a necessidade de desenhar um modelo “Inovador”, com o intuito de dar resposta à comunidade. “Começamos logo a elencar aquilo que são as necessidades básicas. A parceria a ser criada divide-se em três áreas: a primeira é a hospitalização domiciliária, um projeto pioneiro, inovador, onde vamos utilizar uma unidade móvel, constituída por um médico, um enfermeiro e um auxiliar de saúde. A segunda será a hospitalização social para grupos que estão positivos e que não podem estar a coabitar com os outros utentes nas instalações e a terceira é uma enfermaria para acolher até 15 doentes”. Definidos os três eixos, o Hospital depara-se com o problema do que era necessário para operacionalizar o plano delineado. É, nesse momento, que de forma “natural” entra em jogo as Águas de Gondomar, “Assim surgiu a possibilidade deste projeto ter a chancela desta entidade naquilo que nós designamos de responsabilidade social”. “Sentimos logo uma abertura total sendo que passado dois dias desta abordagem, tivemos a confirmação dessa disponibilidade. E conseguimos passar imediatamente à parte da operacionalização e, neste momento, temos a enfermaria completamente equipada e pronta para dar resposta às necessidades do Município” caso seja necessário. Bruno Soares explica que “Já existem dotações para cada uma das tipologias que eu referi anteriormente. Portanto estamos a falar que podemos ter capacidade de resposta para até 200 pacientes em internamento e 70 em resposta domiciliária. Portanto, se estamos a ajudar o país e se estamos a dar assistência de retaguarda ao serviço nacional de saúde, temos obrigatoriamente de estar disponíveis para a comunidade que nos acolheu, esta é a nossa filosofia”. Enquanto representante da direção das Águas de Gondomar Jaime Martins explica que a entidade tem esta vertente social e “Queremos estar presentes. Queremos estar ao serviço da comunidade. Muitas vezes não é isto que as pessoas pensam sobre nós, mas é isso que nós indiretamente fazemos e queremos fazer”. “A primeira vez que falamos disto, a ideia agradou-me e, disse logo que tinha todas as condições para avançar. Levei à administração e eles aceitaram o projeto. Em seguida, entrei em contacto com o hospital e mostramos a nossa total disponibilidade e para estar presentes. Estamos aqui também para ajudar a comunidade. Para nós isto não é uma obrigação, estas coisas têm de ser naturais e este é um projeto que gostamos. Nós entendemos que o Centro de Retaguarda é um projeto que está à nossa imagem e que os parceiros que temos são credíveis”, explica Jaime Martins. Bruno Soares referiu ainda que: “A gestão de recursos que a Autarquia tem desenhado e tem posto em ação e, aqui é de salientar também o papel da Vereadora Cláudia Vieira nesta ação, que tem sido importantíssima. Devo felicitá-la pela excelente iniciativa. Assim, isto tem sido bem pensado e bem delineado e que continuemos neste caminho que certamente iremos chegar a bons resultados no condicionamento desta pandemia, especificamente no Município de Gondomar”. ▪

Sociedade

Um gesto solidário popular que muda vidas

O gosto por ajudar o próximo sempre esteve presente no ADN de Susana Barbosa. Foi graças à vontade de ajudar que Susana teve a ideia de criar um projeto que proporcionasse uma ajuda alimentar nesta fase difícil que muitas famílias enfrentam por causa da pandemia. Até ao momento, Susana revela que já ajudaram mais de 650 famílias.

Nos últimos seis anos, antes de criar o grupo, Susana já ajudava crianças com necessidades especiais. No entanto, no início da pandemia, em março de 2020, começou a receber no seu perfil pedidos de ajudas alimentar. Devido ao aumento de pedidos, no dia seis de abril, decidiu então criar uma página no Facebook intitulada por Ajuda alimentar a Famílias Susana Barbosa, um gesto solidário que tem vindo a mudar a vida de muitas famílias gondomarenses. Com o passar do tempo, Susana revela ao VivaCidade que quer os pedidos de ajuda, quer as doações que têm sido realizadas têm registado um crescimento exponencial. Agora, com 4300 membros na página, “Temos cerca de 190 pedidos” de ajuda alimentar, “Recentemente os pedidos dispararam”. A responsável pelo movimento, explica que dado ao que já presenciaram no terreno, o grupo já forneceu ajudas no quesito de “mobilar casas com eletrodomésticos, dar roupas e brinquedos. E, através dos nossos pedidos, já conseguimos arranjar empregos para alguns membros destas famílias”, o intuito é ajudar quem precisa. É ajudar as famílias que tiveram a sua vida “Virada do avesso” por causa da pandemia. A magia de ajudar o próximo começa neste grupo de Facebook, no entanto as doações podem ser realizadas de várias formas “Contamos também com vários pontos de recolha de alguns estabelecimentos comerciais que se aliaram neste gesto solidário. Sendo um ponto de recolha nosso onde poderão deixar o vosso contributo que iremos recolher. Colocamos um cartaz com toda a nossa informação para poderem ajudar ou também pedir ajuda. Para quem não tem acesso às redes sociais podem nos ligar pelo nº 916803544. Para quem está mais longe ou não se quer deslocar aos locais mencionados no cartaz poderão fazer o seu donativo por Mbway para o nº 939815847”. As recolhas são realizadas todas as quintas feiras, por todo o distrito do Porto. Segundo a organizadora, todas as ajudas são bem-vindas, “Porque por pouco que seja, ajuda sempre”. Atualmente, a maior dificuldade do grupo de Susana é a “Falta de um pequeno espaço para depositar as doações. E uma pequena carrinha para transportar as coisas”. Com estas duas ferramentas a responsável acredita que muitas mais famílias poderiam ser ajudadas. ▪

Sociedade “As pessoas que estão responsáveis por essas entidades, deviam ter esta visão sobre a importância de realmente preservar o património paleontológico, cultural, histórico” para o futuro da região

Apaixonado pela ciência, Pedro Correia é paleontólogo e investigador. Com mais de dez anos de carreira, Pedro já realizou inúmeras descobertas na Paleobotânica e Paleoentomologia, áreas que se dedicam ao estudo de fósseis de plantas e de insetos. Na entrevista o investigador aproveitou o momento para salientar a importância da preservação do património para descobertas futuras e a falta de investimento na ciência. Neste momento, Pedro é o único em Portugal que estuda esta área da Paleobotânica.

Quando entrou neste mundo da paleontologia e como é que descobriu esta paixão?

Desde novo sempre gostei de fósseis. Sou natural de Valongo, vivi num sítio que era rico em fósseis de trilobites, mas as trilobites foi nos anos 90, foi a minha primeira descoberta nas Serras de Valongo, tinha nove/dez anos de idade. Entretanto entrei na faculdade e surgiu o interesse por paleobotânica. Este território, a Bacia Carbonífera do Douro, S. Pedro da Cova é uma região muito rica em fósseis de plantas e tudo iniciou-se aqui.

Para os nossos leitores perceberem, o que é um fóssil e qual a importância que tem para a ciência?

Olhe por exemplo, um grupo de plantas tem implicações para o estudo do clima e do ambiente do passado, e nós como conseguimos a nível de comparações com táxons mais semelhantes, mais próximos, conseguimos ver qual é o tipo de clima a que eles estavam adaptados. Nós aqui em S. Pedro da Cova, encontramos um conjunto de floras, por exemplo, que estavam adaptados a um clima seco, e quando este tipo de fósseis foram depositados e preservados ocorreram dois eventos muito importantes, um deles foi a formação de Pangeia, que era o supercontinente em que todos os continentes estavam unidos, e é na Ibéria, que agora atualmente é a Península Ibérica, estava entre dois blocos centrais, a Gondwana a sul e a Laurásia e é por isso que nós vemos estas cadeia montanhosas, que é resultante desta formação de Pangeia. A partir dessa formação ocorreu também um evento também importante que foi uma mudança climática na época, que é a passagem de um clima húmido e quente para um clima mais árido. Nós vemos no registo fóssil aqui em S. Pedro da Cova, um registo excecional de plantas que estavam adaptadas a esse tipo de clima e ambiente.

Do concelho de Gondomar, falando de um ponto de vista geral, S. Pedro da Cova é o mais rico em termos de descobertas deste tipo?

Sim, a nível de património paleontológico. O território de S. Pedro da Cova é de facto uma das regiões mais ricas em Portugal, e nós nos últimos dez, onze anos, temos identificado cerca de doze novas espécies, já incluindo este novo táxon. Para a ciência nós temos aqui uma diversidade florística das floras, mas não só da flora, como também da fauna, temos descoberto alguns novos animais, como insetos por exemplo, que ainda são mais raros do que fósseis de plantas.

Das suas descobertas, quais foram aquelas mais raras e as que mais se orgulha?

Todas. Identificar uma nova espécie exige um trabalho muito delicado e demorado, nós até chegarmos à conclusão que pode ser uma potencial nova espécie é um trabalho que leva normalmente três, quatro anos. Este último, por exemplo demorou cerca de quatorze anos até ser publicado na semana passada, e é sempre uma grande satisfação quando nós conseguimos comunicar o nosso trabalho numa revista especializada. O nosso trabalho, é de certa forma valorizar e também de certa forma preservar o nosso património, por exemplo, junto à CEPSA, encontramos o primeiro registo em Portugal de uma aranha fóssil que não produzia fios de seda, era uma aranha muito primitiva, daí ser muito importante a preservação dos espaços.

Sente que há essa preservação do território, principalmente de São Pedro, sendo um local “de excelência” no país para estas descobertas?

Eu gostava de deixar um alerta às entidades municipais de Gondomar. Eu tenho alertado a Câmara Municipal, mas eles nem sequer se dão ao trabalho de responder aos meus emails. É de certa forma desapontante, porque não há aquele feedback. Também não digo só da paleontologia, porque também temos a experiência do Cavalete. As pessoas que são responsáveis por essas entidades, deviam ter esta visão sobre a importância de realmente preservar o património paleontológico, cultural, histórico, e acho que essa falta de conhecimento, de visão, é a chave para realmente ter esta sensibilidade de preservação e de valorização deste património que é essencial para o futuro e realmente para o desenvolvimento daqui da região.

Mas quando fala de preservação, é de tornar a zona numa espécie de parque natural para não haver construções, é nesse sentido? Elucide-me um pouco nessa parte.

Pois, eu tenho tido a infelicidade dos locais onde faço as escavações são lotes privados, e é muito complicado sensibilizar a Câmara que realmente aquele local vale a pena preservar. Nós temos aqui alguns exemplos, tem ali as bombas de gasolina da Cepsa, por detrás, tem floreamente que está num lote privado, uma das melhores escavações que fizemos, em que nós já descobrimos seis novas espécies. E, também junto as escombreiras encontramos exemplares, aqui o mais importante de preservar são os afloramentos. O território de São Pedro da Cova tem vários pontos de interesse para a área da investigação e que seria necessário proteger. Eu já tentei sensibilizar a Câmara, mas eles simplesmente não respondem.

De todos os trabalhos que já coletou até hoje estão expostos onde?

Sim, isso é uma questão muito importante que é quando nós classificamos, e quando publicamos uma nova espécie, neste caso de um fóssil, ele tem que ser encaminhado para um local seguro para um museu, daí que leva um número de coleção, de forma a que no futuro, os jovens investigadores possam depois investigar e estudar os espécimes que outrora, no passado, foram classificados. O último encontrado está depositado no Museu da História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Com as suas descobertas acaba por levar o nome de S. Pedro da Cova a territórios internacionais e mesmo a territórios nacionais. Já teve alguma história interessante com algum investigador por causa daqui desta zona?

Olhe, por exemplo, nós já atribuímos o nome de S. Pedro da Cova a espécies encontradas. Nós temos um novo género e uma nova espécie de um inseto que é o Lusitaneura Covensis, uma nova espécie, que levou o nome precisamente da região em que foi descoberto.

Sente que em Portugal há falta de investimento na área da investigação?

Sim, sim. Há muita falta de financiamento para a ciência. E, é importante investir na ciência porque podemos com a ciência, neste caso com a paleontologia, projetar o país sobretudo lá para fora, e também atrair mais financiamento e jovens investigadores estrangeiros. E, isso só nos enriquece a nível de cultura científica em Portugal. ▪

Sociedade Águas de Gondomar reforça medidas de proteção com aquisição de esterilizador de ozono

A Águas de Gondomar (AdG) adquiriu um novo equipamento para realizar ações de desinfeção de forma rápida e eficaz. O aparelho, um esterilizador de ozono, é portátil e permite levar a cabo desinfeções dentro de edifícios ou viaturas, num curto espaço de tempo.

O equipamento será usado em ações de desinfeção que vão decorrer, diariamente, nas instalações da sede da empresa e nas viaturas de piquete e de fiscalização da AdG. De acordo com Jaime Martins, diretor-geral da Águas de Gondomar, “é mais investimento numa ferramenta que nos vai permitir reforçar a nossa capacidade de combate ao Covid-19 e garantir, em simultâneo, proteção aos nossos funcionários e aos clientes que recorrem ao serviço de atendimento presencial.” Esta solução de desinfeção é feita através de ozono, cuja propriedade oxidante muito potente atua rapidamente sobre os vírus e altera a estrutura e permeabilidade de bactérias e células virais, provocando a sua dissolução e eliminação. Como se trata de um gás, atua em todas as direções, anulando qualquer possibilidade de ângulos mortos, o que garante uma cobertura total na área alvo de desinfeção. De acordo com a informação técnica do equipamento, a taxa de eliminação de vírus pelo ozono situa-se na ordem dos 99,22% e o efeito esterilizante do ozono é entre 300 a 600 vezes maior que a dos desinfetantes com cloro. O atual contexto de pandemia e os riscos associados de disseminação crescente da COVID-19 na comunidade determinaram a necessidade de tomar medidas mais exigentes de proteção destinadas a reduzir o risco de contágio. A AdG adotou todas as medidas de proteção determinadas pela Direção Geral de Saúde, de forma a proteger não apenas os colaboradores, mas também a comunidade em geral, com o intuito de reduzir o risco potencial de transmissão cruzada da infeção pelo vírus SARS-CoV-2. “Para além de aplicar um exigente plano de contingência, a AdG decidiu ir mais além com a aquisição deste equipamento complementar de proteção, de modo a que esta fase tão crítica decorra dentro dos mais altos padrões de segurança. O nosso papel é também o de contribuir para evitar a propagação deste vírus que impiedosamente tem roubado tantas vidas em Portugal e no mundo.”, conclui Jaime Martins. ▪

União de Freguesias contesta posição da GNR na situação dos cemitérios

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A situação remete-nos ao dia 18 de fevereiro, quando a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova comunicou a intenção de proceder a reabertura dos cemitérios no passado dia 22 de fevereiro, segunda feira. No entanto, a situação não decorreu conforme o planeado, dado que no dia anterior à abertura, a GNR entrou em contacto com o Presidente Pedro Vieira e referiu que “Não impediriam a abertura dos espaços, mas iriam autuar as pessoas que estivessem a circular no local sem autorização”, explicou Pedro Vieira ao VivaCidade. Perante a situação, o edil referiu que não teve outra hipótese do que continuar a manter os espaços encerrados. Na perspetiva do responsável pelas freguesias, “Estão reunidas as condições para voltar a reabrir os cemitérios à população. Os cemitérios do nosso ponto de vista, não é dos locais mais perigosos para a propagação do vírus, consideramos isso por ser ao ar livre e por ser um espaço amplo”, apesar de que segundo Pedro “O Presidente da Câmara desde o início mostrou-se muito renitente na abertura dos espaços e nesse aspeto a sua opinião sempre foi coerente, no entanto eu discordo com a opinião dele. A postura dele desde sempre foi que os cemitérios fossem encerrados”. O autarca critica a situação constatando que “Nós consideramos que isto é uma questão das Juntas de Freguesia e são elas que fazem a avaliação do seu território. A junta tem de ter a capacidade de criar as condições necessárias para que as pessoas tenham segurança na ida aos cemitérios. E nós criamos. As casas de banho estão encerradas e as pessoas têm de trazer o balde e as vassouras de casa. Estes são alguns exemplos que implementamos para que não haja a partilha de objetos e espaços”, assim quando um cidadão vem ao cemitério tem uma postura mais “objetiva” que é visitar os seus entes queridos. O Presidente da União critica ainda a posição da GNR, dando como exemplo os concelhos vizinhos “Têm os cemitérios abertos”. Para Pedro Vieira, esta situação “Leva-nos a outra questão que é, as liberdades individuais de cada cidadão, porque chegamos a um ponto que temos que justificar o que estamos a fazer na rua”. O autarca termina a sua ordem de ideias referindo que “As opiniões são públicas, os comportamentos são coerentes com as opiniões e o que nós dizemos é que de facto, há algumas contradições nesta situação”. Contactados pelo VivaCidade, a GNR de Fânzeres preferiu não prestar declarações sobre o assunto. ▪

Reportagem

A resposta dos nossos lares à pandemia

Texto e Fotos: Gabriela Monroy

Desde o início da pandemia, os lares de idosos foram as instituições que tiveram de adotar medidas mais radicais para impedir a contaminação neste grupo etário mais vulnerável. Houve momentos que, para alguns lares do concelho, a situação fugiu do controlo, dado que é difícil controlar um inimigo invisível. Estivemos à conversa com dois lares do Município para perceber como está a ser a dinâmica organizacional e como tem decorrido os últimos meses de pandemia.

Fomos até ao Alto Concelho e estivemos à conversa com Joaquim Viana, diretor do Centro Social da Lomba que, infelizmente, enfrentaram um surto de COVID. O responsável começa por explicar que a situação da pandemia trouxe alterações a todos os níveis na dinâmica dos lares de idosos. “Trouxe alterações em termos de higienização específica no interior das instalações, trouxe a necessidade da proteção individual de cada funcionário, trouxe a necessidade de tomar medidas logo à entrada, porque aqui o problema, e como em todo o lado, são os funcionários que não residem cá e que ao regressar ao trabalho, fruto da vida social deles, normalmente são quem transportam o vírus”. No que concerne ao dia a dia dos idosos, teve de haver um ajustamento na dinâmica de funcionamento “Tivemos de fazer alterações no refeitório porque os utentes têm que almoçar a dois metros de distância uns dos outros, e nunca frente a frente, e o mesmo se aplica aos nossos colaboradores. Houve também algumas atividades que ficaram suspensas”. Para o responsável, um dos problemas mais difíceis que esta pandemia trouxe aos idosos em termos de quebra de rotina “Foi a não visita dos familiares. Eu sempre evidenciei como muito positivo que em 47 utentes residentes, ter cerca de 3600/4000 visitas por ano é muito positivo. Para além disso ainda havia utentes que ao fim-de-semana iam com os familiares almoçar, ou jantar, ou lanchar e uma queda abrupta desta rotina afetou toda a gente e sobretudo os nossos utentes”. Joaquim Viana explica que esta situação pandémica prejudicou “A saúde mental e física dos idosos, nós tínhamos pessoas completamente autónomas que hoje já não estão mais”. A média de idade dos utentes deste lar é de 85 anos e, segundo o responsável “75% estão dependentes, 10% estão semiautónomos e depois uma percentagem muito pequena estão completamente autónomos”. No que concerne ao surto pandémico, o diretor explica que na primeira fase, o Centro não teve nenhum infetado. No entanto, o panorama mudou. E o pior aconteceu, houve um surto de Covid que se iniciou entre as funcionárias do lar. “Acionamos logo a Autoridade de Saúde, porque as funcionárias ficaram infetadas. No dia 28 de dezembro, veio cá a Cruz Vermelha realizar testes a todos os doentes. Como as funcionárias têm um contacto mais direto com os utentes, consequentemente serviu como um rastilho para a pólvora”. Da triagem realizada de um universo de 47 pessoas, 33 ficaram infetadas. Neste momento, Joaquim Viana revela que o Centro Social está “Completamente livre e seguro e a prova disso é que entraram recentemente mais dois utentes para as nossas instalações”. O responsável adianta ainda que as famílias foram muito “Compreensivas. Foi fácil lidar com eles nesta situação, porque sempre tivemos uma ligação próxima. Uma das soluções criadas para os utentes estarem mais perto das famílias passou pela realização de videochamadas ou chamadas telefónicas. Joaquim Viana refere que o seu agradecimento vai para toda a equipa que esteve sempre do seu lado neste momento mais complicado ‘’Não me vou esquecer das funcionárias que não estavam positivas, que trabalharam dia e noite. Tivemos aqui colaboradoras que trabalhavam dez horas todos os dias, isso eu não me vou esquecer. Felizmente, foi possível também segurar com a ajuda das entidades autárquicas e não autárquicas esta situação. Grande parte destes equipamentos foram comprados, mas outra parte foi graças à solidariedade que se gerou à nossa volta, tanto de empresas, como de pessoas’’. No quesito financeiro, Joaquim Viana diz que “As Instituições nunca estiveram bem e, agora, estão muito piores. Dado que, sem praticamente ajuda nenhuma, em equipamentos de prevenção contra a COVID-19, desde que a pandemia começou, temos quase 50 mil euros gastos. Isto porque o nosso edifício é enorme e todos os dias tem de ser desinfetado. Portanto, a Segurança Social deu um apoio de equipamentos na ordem dos 8 mil euros. Já pagou quase 50%, mas não recebemos mais nenhum apoio extra’’. Como o Centro Social da Lomba não

> Centro Social e Paroquial de Rio Tinto

pertence ao ACES de Gondomar, mas ao de Gaia/Espinho o processo de vacinação do mesmo está a decorrer esta semana, “Infelizmente nós não pertencemos ao ACES de Gondomar, pertencemos ao ACES Gaia/Espinho, que na minha opinião, está a falhar redondamente nesta matéria”. Voltando à zona urbana de Gondomar, mais propriamente em Rio Tinto, encontra-se o Centro Social da Paróquia de Rio Tinto, onde estivemos à conversa com Cristina Barbosa, diretora técnica. Logo na primeira fase a medida adotada para a proteção dos utentes foi o impedimento da entrada de terceiros na instituição “Naturalmente mudou muita coisa, tínhamos boas práticas já instituídas, mas tivemos que adequar toda a nossa atuação à informação conforme íamos recebendo”. Para Cristina tudo era muito novo, no entanto a comunicação e a transparência foram e são dois pilares essenciais que decidiu adotar desde o início. “Melhoramos muito a nossa comunicação interna, socorremo-nos das novas tecnologias e na qualidade de diretora de serviços criei logo um grupo de WhatsApp para facilmente comunicar com todas as pessoas, porque aqui na instituição há rotatividade de funcionários, há turnos instituídos. Eu tinha a necessidade de a todo o momento, à medida que as informações iam sen-

do veiculadas informar todos os funcionários sobre o que estava a suceder, e de facto as novas tecnologias ajudaram-nos muito nessa necessidade de informar. Mas antes disso, foi efetivamente a elaboração do plano de contingência. Aqui os nossos técnicos que exercem funções do ponto de vista clínico, quer o médico, quer as enfermeiras, também tiveram uma importante função neste processo. Considero que o segredo passou sobretudo por aí, pela forma fluída como a informação foi sendo passada, não só aos colaboradores, mas também aos nossos utentes. E uma coisa que eu sempre achei que era muito importante desde início

era não criar o pânico. A serenidade é o nosso maior aliado. Foi sempre isso que tentei manter ao longo destes meses”. A limpeza também foi reforçada no Centro de Rio Tinto “As práticas de higiene e limpeza já estavam bem definidas e estruturadas do ponto de vista interno, o que foi muito mais fácil incrementá-las, porque elas já existiam. Melhoramos apenas o número de vezes, e o tipo de produtos utilizados, na higienização de determinados espaços. Puxadores, botões de elevador, portas, eram limpas, e ainda são, quatro vezes por dia. Em simultâneo, a nossa entrada que tem acesso à secretaria todos os dias pela manhã é desinfetada com lixívia com uma máquina de vaporização que temos, já tínhamos, consequência das tais boas práticas que já estavam estabelecidas”. Outro cuidado que a direção implementou foi a desinfeção diária dos “Espaços comuns onde os utentes estão. Mesmo o próprio material que os utentes utilizam, os lápis, os pincéis, é tudo desinfetado uma vez por semana”. “A inquietação é permanente, a preocupação é permanente, mas houve efetivamente momentos em que o coração apertou, em que hou-

ve necessidade de ser mais dura nas medidas, mas isso também nós fomos navegando ao sabor do que foi acontecendo a nível nacional”, refere a responsável. Cristina salienta que “é importante ter consciência da nossa fragilidade, quer individual, quer coletiva. Porque segredos não há”. Quanto à rotina dos idosos que habitam o lar nada mudou, “O que não podem fazer são as visitas ao exterior, de resto eles mantêm todas as atividades”. No entanto, a diretora salienta que os utentes que têm sofrido mais com este impacto “foram

“A inquietação é permanente, a preocupação é permanente, mas houve efetivamente momentos em que o coração apertou, em que houve necessidade de ser mais dura nas medidas, mas isso também nós fomos navegando ao sabor do que foi acontecendo a nível nacional”, refere a responsável”

Reportagem

> Joaquim Viana, Diretor do Centro Social da Lomba

os utentes do centro de dia, porque aí sim, a resposta foi suspensa e houve aqui uma quebra abrupta da rotina deles”. Quanto à vacinação, o Centro Social de Rio Tinto já recebeu as duas doses da vacina, “Curiosamente, os nossos idosos não sentiram sintomas, nem com a primeira dose, nem com a segunda. No entanto, os nossos colaboradores, sentiram alguns sintomas. Os idosos nada, tudo muito tranquilo”. Para a responsável as instituições foram muito importantes “Quer por parte dos serviços da segurança social, quer por parte da delegada local de saúde e da Câmara Municipal todos tiveram um papel muito importante na ajuda às instituições do concelho e sentimos sempre o apoio por parte delas”. Cristina fez questão de agradecer à equipa e aos utentes que têm sido “extraordinários, porque têm lidado com isto de uma forma muito serena e tranquila”. ▪

Maria Ribeiro - Utente

“Sempre senti o apoio por parte de todas a equipa. Eles sempre nos explicaram a situação. Nunca senti medo, mas custou um pouco estar aqui fechada, de resto as coisas continuaram iguais. Já levei a vacina e senti-me bem, não senti nada. Espero é que esta situação melhore. ”

Mariana Ferreira Animadora do Centro

“Esta situação foi um murro no estomago. Paramos, respiramos fundo, arregaçamos as mangas e fomos à luta. Não foi uma caminhada muito fácil, de repente os nossos idosos sentem que não podem sair, as pessoas do centro de dia tiveram de voltar para casa, muitos com estrutura familiar, outros viviam sozinhos. Tem sido uma caminhada muito dura, mas nós caminhamos todos juntos, cheio de força e vontade para ultrapassar tudo, principalmente por eles. Para colmatar estas lacunas que eles sentem. São pessoas idosas e nós temos de pensar neles. Temos de ter um sorriso mesmo dentro da máscara, mesmo que seja difícil. Enquanto a pandemia por cá andar, tive, como animadora, de reinventar o meu trabalho. Saliento que tudo isto é possível pelo grande pilar que temos que é a nossa diretora, que esteve sempre do nosso lado. E deixo aqui uma mensagem aos meus idosos que estão em casa que são do Centro de Dia: estamos todos juntos no pensamento, acreditamos que em breve vamos regressar. Para a população geral não se esqueçam que os idosos são pessoas e é importante cuidar deles”.

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