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O Jardim do Telhado da Base de Submarinos em Saint-Nazaire como exemplo do princípio da Terceira Paisagem de Gilles Clément Videira, M.1 e Frutuoso, V.1 1
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - ECAV
E-mail: monica_videira.92@hotmail.com; vfrutuoso.ap@gmail.pt
Resumo A paisagem aos olhos da Arquitetura Paisagista é um sistema complexo no que se refere às simbioses entre os fatores naturais, humanos e histórico-culturais, sofrendo ao longo do tempo uma constante transformação. Reflexos do atual modelo de desenvolvimento socioeconómico, as intervenções humanas contribuíram para a degradação da paisagem. Este artigo tem como objeto de trabalho os conceitos e as técnicas desenvolvidas ao longo das últimas décadas pelo Arquiteto Paisagista Gilles Clément, que considera que espaços degradados e sem identidade, poderão ser vistos e disfrutados de uma outra perspetiva, o terceiro estado. O autor destaca a importância destes espaços privilegiados, onde realça a intensa atividade biológica que neles se desenrola, e que do seu ponto de vista pode constituir o território biológico do futuro. Do estudo da prática de um desenho dinâmico, ecológico e diversificado, nasce os conceitos de “Jardim do Movimento” e “Jardim do Planetário”, da prática destes conceitos surge o princípio da “Terceira Paisagem”, associado a espaços abandonados, reservas naturais e até mesmo lugares inacessíveis. O caso prático estudado foi a Base de Submarinos de Saint-Nazaire, onde são analisados três casos de estudos (Le Bois des treme, Le Jardin des Orpins et des Graminées e Le Jardin des Étiquettes) que integram os diferentes conceitos. Numa análise de reflexão, este estudo permite demonstrar as diferentes vertentes e estados evolutivos presentes na paisagem de Clément, no que refere à relação do Homem com a natureza, assumindo assim a existência de um novo estado, o “Jardim de Resistência”. Palavras-chaves: Jardim do Movimento, Jardim do Planetário, Terceira Paisagem, Gilles Clément, Saint-Nazaire.
e MATOS, 2013). A regra "junto com" a
Introdução A
Paisagem
de
Gilles
Clément:
natureza em vez de "contra" ela, é a base das teorias criadas pelo autor (ROCCA, 2008).
Conceito Geral arquiteto
Uma visão de um único ambiente ecológico
paisagista horticultor, botânico, engenheiro
interdependente, onde todos possuem um
agronómico, escritor e filósofo, leciona desde
papel essencial à vida de todos os seres
1979 na Ecole Nationale Supérieure du
vivos no planeta, expondo desta forma a
Paysage (ENSP), de Versailles (LOZANO,
problemática dos mecanismos da vida e o
2007). Para além das suas aulas realizou
papel do homem.
Gilles
Clément
(1943),
projetos em jardins, espaços públicos e
Tendo em conta os benefícios da ciência
privados, seguiu um trabalho teórico e prático
e cultura, e a consciência da fragilidade do
a partir de vários conceitos que marcam o
equilíbrio ecológico, o autor aprende a agir
final do século XX e o início do século XXI,
com consciência e acima de tudo com
introduzindo novas práticas, aquando no ano
responsabilidade sendo através do conceito
1998 é-lhe reconhecido o prémio “Grand Prix
de "Terceira Paisagem" onde ele demonstra
du paysage”, um título concebido de dois em
como “a vida” nasce nos lugares mais
dois anos pelo governo francês (Conseil
imprevisíveis.
Architecture
Urbanisme
Assim, de acordo com os princípios e
Environnement
estilo
Seine-Martime, 2015).
de
vida
do
autor,
os
conceitos
Os conhecimentos, as experiências nas
estudados por ele, demonstraram as formas e
mais diversas áreas e a paixão pelas causas
meios de relacionamento do homem com a
que defende transformaram-no um visionário,
natureza. Sendo estes “com base em uma
que encara o jardim como um lugar que tem
releitura de temas ecológicos e biológicos e
capacidades de cultivar uma harmoniosa e
na invenção de uma abordagem de design
equilibrada relação com a Terra, sendo desta
original, o trabalho de Clément representa
forma o início de uma teoria que marca um
hoje
princípio de valorização do planeta. Desta
desenvolvimento de uma nova forma, mais
forma e enquanto Arquiteto Paisagista na
apropriada do pensamento sobre a relação
criação cultural da paisagem, o jardim, Gilles
com
Clément apresenta preocupações e cuidados
(ROCCA, 2008). Esta simbiose combina as
no que toca a esta recriação plena da
exigências
“paisagem real” mantendo sempre a sua
mesma maneira apresenta novos critérios no
identidade. O autor recorre a esta profissão
que toca à preservação do nosso património,
para demonstrar as mais belas obras na arte
comum a toda a comunidade.
um
o
contributo
ambiente
deste
essencial
onde
nós
para
o
moramos”
desenvolvimento
e
da
de ordenar a paisagem, demonstrando que
O jardim é entendido como uma viagem
“Na Arquitectura Paisagista, a paisagem é,
onde os protagonistas são as plantas, os
com efeito, encarada como um sistema
animais, o homem e os seus sonhos, como. É
complexo
permanente
desta maneira que a paisagem se compõe,
transformação, que resulta da interacção
um percurso de vários universos sem limites
entre factores naturais e culturais.” (BATISTA
de desenvolvimento que desafiam o controlo
e
dinâmico,
em
e domínio do jardineiro. O jardim é assim interpretado como “uma demonstração do pensamento”, é o território consagrado como a alma da paisagem que envia mensagens de si
mesmo
ao
seu
observador.
A
revolucionária visão da ecologia é para Clément a ciência que estuda a natureza como um todo, sendo que todos os elementos que fazem parte dela não reconhecem os limites, afirmando que “para eles, qualquer lugar é habitável.” (ROCCA, 2008, p. 41,
Figura 1 - Jardim representativo do conceito do
citado por Gilles Clément).
“Jardim do Movimento”. La Vallé, Creuse em 1997. Fonte: http://www.gillesclement.com
O “Jardim em Movimento” e o “Jardim Esta teoria consiste na argumentação
do Planetário” O conceito do “Jardim em Movimento” foi pela primeira vez referido na sua publicação “Le Jardin en mouvement” em 1991. Um relato literário das experiências que Clément fez interagir com a natureza onde a primeira prática exposta ao público deste conceito decorreu no ano 1986 no Parc André-Citroën, um espaço público de 14 hectares, em colaboração
com
os
arquitetos, Patrick
Berger, Alain
Provost e Jean-Paul
Viguier
e Jean-François Jodry, inaugurado em 1998.
nas
origens
das
práticas
profissionais de Gilles Clément, é um conceito que nasceu no seu próprio jardim em Creuse (1997) atualmente denominado como La Valléé (figura 1) com 5 hectares de prados, pomares e bosques (CLÉMENT, 1991). É a matriz
de
todas
as
suas
experiencia
possíveis, lugar de descanso, reflexão e experimentação a partir do qual começou a prosseguir
uma
apenas espaços estáticos que devem ser controlados, mas sim lugares onde a natureza deve seguir seu próprio curso. Referindo que "Na prática, os jardineiros destas paisagens deve
manter
ativamente
o
movimento,
ajudando a natureza, em vez de adotar planos rígidos" (Clément, 1994). Mais tarde nasce de uma extrapolação do jardim em movimento (trabalhos de campo) e de uma observação (viagens) o conceito do jardim planetário (CLEMENT,
(ROCCA, 2008) Estando
que os jardins e as paisagens não são
reapreciação
conhecimento prático.
do
seu
1997). O “Jardim Planetário”, conceito referido pela primeira vez na sua publicação “Thomas et le Voyageur” em
1997. Através
da
articulação das visões distintas do artista (pintor) e do cientista (viajante) encarnadas pelos dois protagonistas, Clément procura ilustrar e esquiçar a ideia do planeta como jardim. A proposta é apresentada pela mão e pela emoção de Thomas, o pintor-artista, que pinta uma tela em que procura formalizar a ideia de “Jardim Planetário” partindo, para tal, do cruzamento de experiências e de escalas
entre as paisagens percorridas pelo viajante-
como agir corretamente; por fim a ultima
cientista,
periodicamente
etapa do percurso apresentada como ‘o
relatórios de cariz científico sobre os lugares
Jardim da Utopia’ onde é oferecido um
que vai percorrendo à volta do mundo, e o
espaço e um tempo para refletir. Este
jardim da sua casa, que ele próprio concebeu,
percurso
construiu e viveu intensamente (CLEMENT,
oportunidade de viajar, à semelhança de
1997).
Thomas (OLIVERIRA, 2000).
que
lhe
envia
oferecia
a
cada
visitante
a
Mais tarde referido num catálogo que foi levado à exposição no Grande Halle de La Villette em 1999 (LOZANO, 2007), onde afirma que este conceito é a visualização do jardim no contexto da terra do planeta, é uma das
respostas
mais
sugestivas
para
a
renovação da definição do espaço urbano, pois este apresenta a globalização económica e urbana das cidades apresentadas desta maneira
como
um
conjunto,
social
e
ecologicamente coeso e equilibrado. É por isto, que este conceito representa um jardim da cidade global onde oferece a visão de uma interpretação e intervenção numa paisagem contemporânea, em que a manutenção da diversidade biológica e cultural é garantida essencialmente pela gestão sustentável de uma paisagem (figura 2). É assim entendido como
um
projeto
político
de
economia
Figura 2 – Jardim representativo do conceito de
humanista, entendido como espaço comum
“Jardim Planetário”. Jardins Mediterrâneos de
(de todos os seres vivos) do presente e do
Domaine
futuro (CLÉMENT, 1999).
http://www.gillesclement.com
Os visitantes da exposição viajam em paralelo com a história "natural" da natureza e a história natureza "cultural" em três fases distintas,
de
maneira
a
oferecer,
à
semelhança de Thomas, a possibilidade de viajar. A primeira etapa apresentada como o “Jardim do Conhecimento” onde o autor pretende que o visitante aprenda a observar e a
compreender;
a
segunda
etapa
apresentada como o “Jardim da Experiência” solicita a aprendizagem e a preocupação de
du
Rayol,
Var.
Fonte:
A “Terceira Paisagem” O conceito de “Terceira Paisagem”, foi referido pela primeira vez no “manifesto da Terceira Paisagem”, organizado por doze breves capítulos, em 2004. Este conceito teve origem na sequência de um estudo à paisagem de Vassivière no Limousin, coordenada pelo Centre d'Art et du Paysage de Vassivière em 2002 (CLÉMENT, 2004). Este local mostra a natureza binária desta
paisagem
-
por
um
lado
uma
exploração
florestal
controlada
por
um
O autor vê estes espaços como um
engenheiro florestal por outro, uma paisagem
“reservatório genético” da Terra e uma
composta por pastagens e gado sob a
“cápsula do tempo biológico” (CLEMENT,
vigilância de um engenheiro agrónomo. Este
2004).
estudo marcou o início de uma nova fase na reflexão de Clément.
Nesta sua teoria defende ainda que se deixarmos de olhar a paisagem como se
Definido como um “fragmento indeciso
fosse o objeto de uma indústria, poderemos
do Jardim Planetário” (CLÉMENT, 2004), este
descobrir de repente, uma grande quantidade
princípio
tecido
de espaços indecisos, desprovidos de função,
espaços
aos quais é difícil dar um nome. Daí a sua
ou
necessidade de treinar e educar o olhar para
apresenta-se
conjuntivo
como
composto
negligenciados,
um
por
abandonados
inexplorados pelo homem. Este conjunto
reconhecer
inclui
Paisagem”.
espaços
abandonados,
terrenos
e
compreender Isso
a
requer
“Terceira
uma
nova
agrícolas abandonados, espaços urbanos e
possibilidade para a visão e disseminação do
industrias, espaços de transição, pântanos,
conhecimento
estradas,
praias,
urbanos,
renovando
Espaços
mutantes
estética,
como
aterros de
abandonados. um
território
fragmentado, carregado de um simbolismo forte
e,
no
entanto
num
estado
em
ambientes assim
uma
o
nova
naturais senso de
perceção
e
oportunidade.
de
permanente indecisão onde renascem novas formas
da
natureza,
onde
se
O Jardim do Telhado da Base de
pode
testemunhar a relação entre a cidade e a
Submarinos em Saint-Nazaire
biodiversidade atribuindo a estas um valor
Trabalhando
predominantemente
com
ecológico (figura 3). Clément acrescenta
princípios ecológicos, exaltando assim as
ainda espaços de cariz mais natural, que
virtudes de uma prática que dá importância e
cada vez mais são esquecidos pelo Homem:
valor à dinâmica e evolução de um jardim
locais inacessíveis, picos de montanha, áreas
natural. Os princípios da Terceira Paisagem
não-cultiváveis, desertos e reservas naturais.
foram postos em prática no telhado da base de submarinos de Saint-Nazaire, localizado em França que foi construída durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941, pelo exército
alemão.
A
zona
da
Base
foi
abandonada ao longo dos tempos e em 1994 o município decide re-urbaniza-la. Acessível ao público desde 1998, com o projeto do urbanista
Manuel
de
Solà-Morales,
a
cobertura da base de submarinos é um 1
Figura 3 - Jardim representativo da “Terceira Paisagem”. Parque Henri Matisse de 8 hectares. Lille, 1990. Fonte: http://www.gillesclement.com
terraço entre a cidade e a bacia portuária . 1
Não
encontrado
<http://www.estuaire.info/ >.
o
autor
da
fonte.
Um lugar de grande atração turística e
encontrada pela vegetação. Este projeto, o
cultural.
Bosque de Choupos é uma das práticas do
O
Estuaire
é
um
evento
de
arte
Jardim em Movimento, pois numa perspetiva
contemporânea ao longo do território do
de cima da Base de Submarinos consegue-se
estuário do rio Loire. Já conta com três
observar o movimento da copa das árvores,
edições - 2007, 2009 e 2012 -, conta com a
feito pelo vento entre as vigas de betão
participação de inúmeros artistas (cerca de 30
(Figura 4).
em cada ano). As obras podem ter apenas a duração do evento, ou de forma permanente, são realizadas in situ numa área que se prolongo por sessenta quilómetros, desde 2
Nantes a Saint-Nazaire . É assim, no âmbito do evento Estuaire, no ano de 2009, que Clément coloca em prática as suas ideias, propondo assim para a base submarina um conjunto de jardins, onde privilegia o seu aspeto dinâmico e toda a sua evolução com a mínima manutenção. O tríptico (“Le Bois des Trembles”, “Le Jardin des Orpins et des Graminées” e o “Le Jardin
des
Étiquettes”),
submete-se
as
características arquitetónicas do telhado da 3
base de submarinos . É uma realização perene que foi construída em três fases: em 2009 o Bosque de Choupos, e em 2010 e 2011 o Jardim dos Sedum e das Gramíneas,
Figura 4 - Plantação dos choupos na sala de
e o Jardim das Etiquetas.
explosão de bombas da base. Representação do
Para a primeira fase foram plantadas cento e sete Choupos, emergem das salas de explosão de bombas através das vigas de
conceito
do
Jardim
do
Movimento.
Fonte:
http://coloco.org/300510/4125760/galerie/jardinsdu-tiers-paysage-
betão. Estas espécies são árvores jovens e resistentes,
de
crescimento
O Jardim do stonecrop e das Gramíneas
rápido,
iluminadas por projetores de baixa tensão, utilizando a energia solar. A cobertura, quando foi reaberta ao público, continha já alguns fetos e uma macieira. A ideia de Clément foi aproveitar esta oportunidade
(2011), ocupa uma parte central, através de um canal desenhado por entre as linhas de betão,
preenchidas
longitudinalmente.
Suporta plantas resistentes, como os sedums e
ervas,
capazes
de
viver
num
piso
betominoso. Este jardim representa bem o 2
Não
encontrado
<http://www.estuaire.info/ >. 3
Ibidem.
o
autor
da
fonte.
conceito de “Terceira Paisagem” (Figura 5).
Reflexão Clement vê a base de submarinos como "um
local
de
resistência"
por
todo
o
simbolismo que transmite o lugar e pela capacidade ecológica
4
de
acolher
a
diversidade
. Este conceito de “Jardim da
Resistência” é desenvolvido de acordo com os critérios de equilíbrio entre a Natureza e o Homem. Figura 5 – Jardim do stonecrop e das Gramíneas. Fonte:http://www.estuaire.info/fr/oeuvre/le-jardin-dutiers-paysage-gilles-clement/
Revendo os seus conceitos, Clément vê os “Jardins de Resistência”
como uma
correlação de cada conceito anteriormente estudado. No seu primeiro conceito “Jardim O Jardim das etiquetas, ocupa uma cova retângular
um
como intervir na paisagem em meio urbano.
revestimento fino de substrato, para que
Já com o conceito do “Jardim do Planetário”,
espontaneamente os pássaros e o vento
o autor amplia a visão do jardim, sendo este
depositem novas sementes. Duas vezes por
visto como um conjunto geral do planeta onde
ano, novas plantas serão cuidadosamente
o conhecimento geral é o resultado de uma
identificadas e etiquetadas. Este jardim tal
administração
como
das
Desenvolvendo-se assim um equilíbrio, no
Gramíneas, é mais uma representação do
qual é mantido pela relação do Homem com a
conceito da “Terceira Paisagem” (Figura 6).
Natureza, tendo em conta os seus sistemas e
o
onde
Clement,
Jardim
do
adicionou
em Movimento”, o autor descreve o modo
stonecrop
e
centrada
no
Homem.
mecanismos de evolução. Com o conceito da “Terceira Paisagem”, o autor descreve e enumera os espaços que são explorados, e que em determinada altura acabam por ser abandonados
pelo
Homem,
evoluindo
sozinhos, ao ritmo da própria natureza. Em suma, o “Jardim de Resistência” é uma aprendizagem
que
se
tem
vindo
a
desenvolver ao longo dos tempos e do seu percurso Figura 6 - Identificação e etiquetagem das novas espécies
do
Jardim
das
etiquetas.
Fonte:
profissional,
onde
a
arte
da
jardinagem é praticada em harmonia com a Natureza,
de
modo
a
preservar
os
http://www.estuaire.info/fr/oeuvre/le-jardin-du-tiers-
mecanismos vitais. De modo a preservar a
paysage-gilles-clement/
diversidade biológica e cultural, onde os encontros e intercâmbios são resultantes na 4
Não
encontrado
<http://www.estuaire.info/ >.
o
autor
da
fonte.
participação
do
mecanismo
global
da
o seuiente social e biológico.
uma forma
evolução destes jardins. Definindo assim um
geral o “Jardim da Resistência” efine um
estilo que não diz respeito apenas ao jardim,
estilo de vida, a relação do Homem com o
mas de um modo global, a relação do homem
seu
com o jardim (LOZANO, 2007), onde não existem trocas vitais ou previstas. Pois estas
social.
trocas contrariamente ao que se pretende,
desempenha a evolução, a longidade e a
têm sido uma das causas que contribuem
bras,
para a degradação do equilíbrio biológico e
resistentes. De a forma geral o “Jardim da
social.
que
Resistência” define m estilo de vida, a relação
desempenha a evolução, a longevidade e a
do Homem com o seu ambiente social e
auto-sustentabilidade
biológ
Este
conceito
é
das
o
papel
suas
obras,
classificando-as assim como resistentes. De uma forma geral o “Jardim da Resistência” define um estilo de vida, a relação do Homem com o seu ambiente social e biológico.
Este
conceito
classificando-as
é
o
papel
assim
que
como
Referências Bibliográficas
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<http://www.gillesclement.com/fichiers/_tierspaypublications_92045_manifeste_du_tiers_
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La
diversité
invisible”.
Artigo
consultado
a
5
de
Novembro
de
2015
<
http://www.ird2.org/wp-content/uploads/2015/04/RDV-2015-04-29-Conf%C3%A9rence-GillesCl%C3%A9ment-HD-2.pdf> Lozano, A. (2007). Le Tiers-Paysage. Página consultada a 5 de Novembro de 2015 <http://www.gillesclement.com/cattierspaysage-tit-le-Tiers-Paysage>. Lozano, A. (2007). Le jardin Mouvement. Página consultada a 6 de Novembro de 2015 <http://www.gillesclement.com/cat-mouvement-tit-Le-Jardin-en-Mouvement>. Lozano, A. (2007). Le jardin Planétaire. Página consultada a 6 de Novembro de 2015 <http://www.gillesclement.com/cat-jardinplanetaire-tit-Le-Jardin-Planetaire>. Lozano, A. (2007). Parcours Professionnel. Página consultada a 5 de Novembro de 2015 < http://www.gillesclement.com/cat-cv-tit-Parcours-Professionnel>. Oliveira, A. (2000). “Gilles Clément e o jardim planetário (1)”. Página consultada em 28 de Novembro, <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.002/997>. Rocca, A. (2008). Planetary Gardens. The Landscape Architecture of Gilles Clement, Edições Birkhauser Verlag AG. Sobre o evento Estuaire e a intervenção na base submarina de Saint-Nazaire. Página consultada a 1 de Dezembro de 2015, <http://www.estuaire.info/>.