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PALADARES Maio 2014

PALADARES Nº 001

VACA ATOLADA

Carne mergulhada na gordura pelos tropeiros deu origem à vaca atolada.

Foto retirada do site www.revistamenu.com.br para fins acadêmicos.

Nº 001 Ano 14 R$ 12,90

Fotografia Agência Istoé.

Ano 14 Maio / 2014

Algumas comidas são exóticas, mas fazem sucesso em determinadas regiões do planeta. Com certeza, você vai ficar chocado com algumas dessas especialidades, mas não se deixe levar pela primeira impressão. Cozinha molecular: a vertente mais badalada da gastronomia atual. Quanto de você é fast, quanto de você é food.

Vaca atolada por Bruna Bomtempo.


EDITOR RESPONSÁVEL Victor Matheus.

EDITORIAL

DIRETORA EDITORIAL Elciane Caixeta. DIRETOR DE REDAÇÃO Jader Mendes Terrão e Andressa Mota. COLUNISTAS Ana Caroline Pelet,Andressa Mota, Elciane Caixeta, Luan Elias, Jader Mendes Terrão,Victor Matheus, Vitor Carvalho e Wanderson Costa.

Gastronimia

A Gastronomia abrange bem mais do que simplesmente comer, e o que comer significa? Significa substâncias e proteínas utilizadas pelos seres vivos como fontes de matéria e energia para poderem realizar as suas funções vitais. Sim significa tudo isso e muito mais, um mundo onde o prazer se mistura a cores e aventuras, onde as mais diversas misturas se completam e se complementam de maneira inusitada, transformando um prato em uma tela em branco e o paladar em um mundo mágico de sensações novas. A diversidade do Brasil é separada pela cultura gastronômica de cada lugar, levando desde o que nossas avós faziam, até hoje com técnicas inovadoras e releituras de grandes clássicos nesse mundo fantástico. Entre todas a mais rica cultura gastronômica começou nas Gerais, de onde foi se arrastando por São Paulo e Rio de Janeiro, vários pratos que compõem a cultura dessas regiões teve origem em Minas Gerais. Por ser a mais característica do Brasil, mas sobretudo porque é feita de pratos ricos em sabor e cheios de histórias próprias. São histórias bem brasileiras que remontam à época dos escravos, o ciclo do ouro, das pedras preciosas e que nos falam de cidades importantes como Ouro Preto, Diamantina, Sabará e outras, onde se escreveram muitas páginas da história brasileira.

Victor Matheus de Almeida, Editor Responsável

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DIRETOR DE ARTE Victor Matheus. FOTOGRAFIA Victor Matheus e Wanderson Costa. IMPRESSÃO Multigraf - Gráfica Rápida LTDA Patos de Minas.


A HISTÓRIA GASTRONÔMICA NO BRASIL E NO MUNDO por Wanderson Costa

Melhor chef do mundo

Tendo seu inicio na pré historio com o homem primitivo, a gastronomia era consumida primeiramente cru e depois com a descoberta do fogo passou a ser cozido. Com o passar o tempo o homem foi descobrindo que poderia modificar o sabor dos alimentos e que poderia até mesmo produzir vários alimentos. Os vinhos e pães tiverem uma grande força na idade média, especialmente pela igreja e na cozinha romana. O peixe foi outro alimento bastante valorizado pelos monges que buscavam simplificar a preparação dos alimentos e enriquecerem a qualidade dos produtos. No Brasil a historia da gastronomia começa a ser contada a partir do momento em que os portugueses chegam ao país onde tiveram seus primeiros contatos com os índios que tinham a sua própria culinária e que era bastante diferente do que os portugueses conheciam. Com a mistura de três povos, os portugueses, os africanos e os indígenas, nasceu a culinária brasileira onde pratos brasileiros foram incorporados a culturas recém chegadas no Brasil naquela época. Na atualidade a gastronomia é bem parecida pois todo o mundo tem acesso a tudo que o outro faz, mas apesar dessa grande visão as cozinhas regionais ainda tentam preservar a cultura que lhe é peculiar e é isso o que lhes faz diferentes de todo o resto do mundo. Tendo como grade artista o chefe de cozinha a culinária é uma grande responsável por produzir delicias que atraem pessoas de varias culturas diferentes a experimentares novos sabores.

Alex Atala foi escolhido o melhor chef do mundo por seus colegas na cerimônia de divulgação do ranking elaborado pela revista britânica "Restaurant" que aconteceu nesta segunda-feira em Londres, e o restaurante dinamarquês Noma recebeu o título de Melhor Restaurante do Mundo. O chef René Redzepi recupera assim o cetro da gastronomia mundial pela quarta vez, depois de 2010, 2011 e 2012. Já Atala não participou da cerimônia, que foi assistida por vários dos mais importantes chefs do mundo. O cozinheiro protagonista da nova cozinha nórdica e entusiasta do naturalismo gastronômico agradeceu aos mais de 900 eleitores que o colocaram no topo do ranking dos "50 Melhores". Diante de sua equipe agradeceu ao prêmio e reconheceu não "ser uma pessoa fácil para se ter ao lado por causa da paixão e dedicação". Vencendo sua dificuldade de falar em público, disse: "Isto é loucura, não posso expressar o quão feliz estou", disse Redzepi, que saltou da 20ª para a 1ª posição. O segundo lugar ficou com o espanhol El Celler de Can Roca, eleito o melhor no ano passado. Na 3ª posição se manteve o italiano Osteria Francescana, de Massimo Bottura. O restaurante de Atala, DOM, caiu uma posição e ficou em sétimo. Já o Maní, que tinha entrado pela primeira vez no ranking no ano passado, subiu dez posições e ficou em 38º. A chef Helena Rizzo compareceu à cerimônia para receber o prêmio de melhor chef feminina. A Espanha é o país com mais representação entre os dez melhores restaurantes do mundo: El Celler de Can Roca (que fica na Catalunha), Mugaritz (no país basco) (em sexto) e Arzak (em San Sebastián, em oitavo, também no país basco).

8,5 x 5cm


Foto retirada do site www.gastronomylab.com para fins acadêmicos.

COZINHA MOLECULAR: A VERTENTE MAIS BADALADA DA GASTRONOMIA ATUAL. por Andressa Mota Atualmente será difícil encontrar alguém que não tenha ao menos ouvido falar da nova moda que invadiu a gastronomia mundial: a cozinha molecular. A tendência vem sendo implantada nos melhores restaurantes em todo o mundo. Mas afinal o que vem a ser cozinha molecular? Para começar, é preciso esclarecer uma confusão comum entre os iniciantes nessa vertente culinária (essa confusão deixa qualquer especialista irritado) . Há sim diferença entre os termos gastronomia molecular e cozinha molecular. A gastronomia molecular não é uma descoberta assim tão recente. Na verdade, esse termo foi usado pela primeira vez em 1988 pelo físico Nicholas Kurti e o químico Hervé This, estudiosos e grandes admiradores dessa ciência. (Sim, ciência!!) Para eles todo o processo gastronômico, inclusive a sensação que cada alimento proporciona tem uma explicação cientifica, e o estudo desses processos químicos podem auxiliar no aperfeiçoamento do preparo da comida além de permitir elaborar técnicas e equipamentos que facilitem, e muito, a vida do chefs. Já a cozinha molecular, essa sim mais popularizada recentemente, nada mais é que a aplicação de todo o conhecimento descoberto na 4

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gastronomia molecular de forma a tornar os pratos cada vez mais atrativos. Espumas, esferas e cores surpreendentes. Uma combinação perfeita dos ingredientes com certos aditivos alimentares e voala: pratos incríveis, com uma estética indiscutível. Emulsionantes, geleificação, ágar, enzimas. Um pouco complicado não? Mas são todos esses processos e ingredientes que fazem a mágica acontecer na cozinha molecular. Os termos podem ser pouco conhecidos, porém já fazem parte da indústria alimentícia há muito tempo e só agora são utilizados na cozinha. Já pensou em comer caviar de maracujá? E caviar de vinho? Pois é, na cozinha molecular isso e possível. Através de um processo chamado eferificação qualquer líquido pode ser aprisionado em uma esfera. O processo acontece através da reação química do alginato com o cloreto de cálcio criando uma película em volta do líquido escolhido para preparo formando esferas perfeitas. A gelatina, uma velha conhecida nossa de cada dia, ganha papel de destaque na cozinha molecular. Com o Agar, uma gelatina natural encontrada em algas, é possível geleificar inúmeros ingredientes, como por exemplo, preparar spaguete de queijo (é isso mesmo, o queijo aqui não é um complemento, é o ingrediente principal). São várias as técnicas usuais da cozinha molecular, e vale a pena conhecê-las. Certo é que os estudos nela aplicados não favorecem apenas aos chefs renomados, mas podem ser muito úteis também na cozinha usual. Saber como preparar adequadamente cada ingrediente, a temperatura correta, o que combina com o que, é sem dúvida, interesse de todos os admiradores da boa gastronomia. Então, seja bem vindo ao surpreendente mundo da conzinha molecular.

REAPROVEITAMENTO DE RESTOS DE ALIMENTOS Estudos mostram que 30% da produção mundial de alimentos é desperdiçadas em razão da falha no cultivo, na colheita, no transporte, no armazenamento e na comercialização. No Brasil, toneladas de alimentos que poderiam ser aproveitadas por famílias carentes são jogadas fora todos os dias. Isso dá ao Brasil o título de “país do desperdício”. A falta de conhecimento da população sobre as propriedades nutricionais dos alimentos é um dos fatores que levam ao desperdício. Além da conscientização sobre o desperdício dos alimentos, a população também precisa conhecer os alimentos que farão bem ou mal para a saúde. A educação nutricional começa em casa, mas na escola o professor pode trabalhar com os alunos maneiras de se reaproveitar alimentos.


Partes de alimentos e sobras podem ser reaproveitadas, tornando-se receitas novas e deliciosas. O arroz que sobrou de uma refeição pode virar bolinhos, arroz de forno, risotos; O feijão que sobrou também pode virar tutu, feijão tropeiro, bolinhos, virado; Com a carne assada e a carne moída que sobraram é possível fazer croquetes, recheios de tortas, omeletes e pastéis, molhos; Pode-se aproveitar o leite que talhou fazendo um delicioso doce de leite.

receita Bolinho de vegetais Ingredientes: 3 xícaras (chá) de casca de chuchu, Cenoura, Berinjela; ½ xícara (chá) de talos de agrião e salsa; ½ xícara (chá) cebola ralada; 1 dente de alho; 2 colheres (sopa) de óleo para refogar; 4 colheres (sopa) de farinha de trigo; ½ xícara (chá) de leite; ½ xícara (chá) de água; 1 xícara (chá) de arroz cozido; ½ xícara (chá) de farinha de rosca; 1 xícara(chá) de óleo para fritar. Modo de preparo: lave bem as cascas dos legumes e talos das hortaliças, pique-os e reserve. Refogue a cebola e o alho no óleo. Junte as cascas e os talos e, se necessário, ½ xícara de chá de água. Refogue até ficarem macios. À parte, dissolva a farinha de trigo no leite e na água e junte ao refogado. Cozinhe mexendo sempre, até desprender do fundo da panela. Desligue o fogo e misture o arroz cozido. Faça bolinhos, passe-os na farinha de rosca e frite.

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CADA UM COM SEU GOSTO... por Luan Elias Algumas comidas são exóticas, mas fazem sucesso em determinadas regiões do planeta. Com certeza, você vai ficar chocado com algumas dessas especialidades, mas não se deixe levar pela primeira impressão. Antes de qualquer julgamento, experimente essas comidas estranhas. Você vai se surpreender!

vinho de cobra, sudeste asiático

ovos do século, china

fugu, japão

Experimente um bom copo de vinho de cobra. Esta bebida popular é dotada de importantes propriedades restauradoras e faz sucesso em países como China e Vietnã. Ela pode ser feita por meio da infusão de uma cobra, em vinho de arroz, ou através da mistura de fluidos corporais de cobra, tal como o sangue, com o álcool.

Apesar do nome, esses ovos não foram armazenados durante 100 anos, eles são preservados por poucos meses. Mas isso é suficiente para transformar a gema numa substância verde escura.

Um dos pratos mais famosos do Japão é o fugu ou baiacu, um peixe que pode ser letal se suas partes tóxicas não forem removidas corretamente. Mais de 20 pessoas morreram no Japão, depois de comer o peixe desde o ano 2000.

grasshoppers, em todo mundo

aranhas fritas, camboja A aranha frita é servida com limão e pimenta preta.

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Os gafanhotos são carregados de proteína, e são uma iguaria popular em muitas partes do mundo. Na Ásia, você vai encontrá-los fritos e vendidos em mercados de rua; enquanto no México, um tipo chamado chapulines é servido com limão e alho.

shiokara, japão Shiokara é um prato japonês feito a partir de animais marinhos, tais como lulas, que são fermentados nas suas próprias vísceras. Não é à toa que ele é muitas vezes engolido e seguido por uma dose de uísque.


sannakji, coréia

coração de papagaio, islândia

witchettygrub, austrália

Sannakji é um prato tradicional coreano. Trata-se de polvo cortado em pequenos pedaços e servidos enquanto os tentáculos ainda estão se contorcendo.

coração de papagaio é uma iguaria na cozinha islandesa.

Essa guloseima é composta de grandes larvas brancas. Elas eram tradicionalmente consumidas por Aborígines.

beondegi, coréia

tong zidan, china

Essas larvas são tradicionalmente servidas como lanche na Coréia.

Essas larvas são tradicionalmente servidas como lanche na Coréia.São ovos cozidos na urina de jovens estudantes. A iguaria é servida toda primavera, na cidade de Dongyang

escamoles, méxico São larvas de formiga colhidas nas raízes de plantas. Os mexicanos adoram esse lanche incomum e o chamam de "caviar inseto".

vinho de camundongos bebê, china

hákarl, islândia O hákarl é carne de tubarão decomposta. O tubarão fica enterrado para fermentar em seus próprios fluidos durante vários meses, em seguida, é cortado em tiras e pendurado para secar.

Outra bebida supostamente com propriedades benéficas para a saúde é o vinho de camundongos bebê.

blakc coffee marfim O café chamado Black Ivory tornou-se uma das cervejas mais caras do mundo. Essa bebida tem ligeiro toque de terra com esterco de elefante.

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VACA ATOLADA por Bruna Bomtempo Como novo leitor da paladares, é bem provável que você já tenha experimentado comidas japonesas, italianas, baianas e mais umas tantas. Agora, quantas vezes você já foi a um restaurante fora do seu estado que servia comida Mineira? A resposta fica complicada ao pensar em grandes capitais tal como São Paulo. Feijão tropeiro, costelinha de porco com canjica e leitão a pururuca são pratos, para espanto de muitos minieiros, também tradicionais do Estado de São Paulo."A comida paulista vem da culinária tropeira, que hoje o mineiro diz que é deles. Mas quem povoou as Minas Gerais foram os tropeiros que passavam por São Paulo", esclarece Neide Gomes, vice-presidente da Comissão Paulista de Folclore e uma das organizadoras do festival Revelando São Paulo. As cozinhas regionais estão cada vez mais valorizadas e esse movimento já começa a ter reflexos em Minas Gerais

1kg de costela de boi 500g de mandioca em pedaços 50g de alho 3 tomates, picados e sem sementes 2 cebolas 1/2 colher (sopa) de colorau 2 folhas de louro; 10 colheres (sopa) de óleo; sal a gosto; tomilho, cominho e pimenta do reino a gosto. vaca atolada tempere a carne com alho, sal, tomilho, pimenta do reino e cominho e deixe neste tempero por 2 horas. Coloque 8 colheres de óleo em uma panela e leve ao fogo alto. Vá colocando aos poucos os pedaços de carne para dourar. Em uma panela de pressão coloque 2 colheres de óleo, o colorau, a cebola e a carne. Cubra com água e cozinhe por 35 minutos, contando a partir da pressão. Após esse tempo, abra a panela e adicione a mandioca e coloque na pressão por mais 5 minutos. Depois desse tempo, o caldo deverá estar mais grosso. para servir sirva acompanhado de couve refogada, farofa e arroz.

dica da chef para que a costela fique mais saborosa, deixe no tempero de um dia para o outro com alho, sal, tomilho, pimenta do reino e cominho.

rendimento 4 porções preparo 1 hora execução fácil

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Foto retirada do site www.revistamenu.com.br para fins acadêmicos.

Carne mergulhada na gordura pelos tropeiros deu origem à vaca atolada.

Fotografia Agência Istoé.

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QUANTO DE VOCÊ É FAST, QUANTO É FOOD? por Jader Mendes Terrão Comecemos pelos clichês, vivemos em um tempo sem tempo, com dias cada vez mais rápidos e com mais tarefas, que vão acumulando na nossa mesa mente, fazendo com que seja quase impossível ter uma rotina saudável. Se alimentar de maneira saudável para você, talvez pareça algo impossível, que somente nutricionistas, modelos e fisiculturistas conseguem, pois são pessoas que tem tempo para se cuidar, pesquisar e consumir alimentos adequados nos horários corretos. Com seus cardápios e refeições já definidas, expostos com aquelas imensas imagens ilustrativas que dão água na boca e definitivamente parecem ser mais saborosas que as que consumimos, as redes fast food se tornaram uma opção muito prática e eficiente para nos alimentarmos. Fazemos o nosso pedido, pagamos antes mesmo de consumir o produto evitando um maior gasto de tempo, recebemos nosso pedido, caso haja um pequeno espaço na nossa agenda, comemos por lá mesmo, do contrário, vamos beliscando, no carro, na mesa do trabalho, em frente ao computador, sem apreciar, degustar e muito menos pensar sobre o nosso ato. O dia termina e nós estamos cheios; de comida, do trabalho, das pessoas, de nós mesmos. Você está com o corpo exausto e desnutrido – não pense que só porque você ainda não teve nada é porque seu corpo está mil maravilhas – desejando uma folga, da rotina, do trabalho, da comida e principalmente de você, que é quem tem feito o maior mal a si mesmo e ao seu organismo. Mas nós continuamos com os clichês e dizemos que não é possível mudar, não dá mais tempo, talvez em 2015 ou quando mudar de serviço, de casa, ou qualquer outra desculpa. A resposta para todas essas questões era e continuando sendo a mesma. É preciso uma mudança nos seus hábitos, no seu comportamento e consequentemente em sua alimentação. Uma dica, mude, experimente, corte um exagero aqui, outro ali, prefira um suco, faça uma caminhada, evite comidas gordurosas, coma frutas, faça exercícios. Vá a sua lanchonete prefirida, tenha uma regalia mas volte pra uma rotina saudável. Seja menos fast e mais food, good food não junk food. Seja mais fast na hora de mudar pra mudar, no seu desempenho com um organismo saudável, com uma rotina adequada e equilibrada. Seja mais consciente que o melhor é fazer com qualidade e não apenas com velocidade.

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21 x 29,7cm


RECEITAS por Elciane Caixeta

PAMONHA

MINGAU DE MILHO VERDE-CURAL

PÃO DE QUEIJO

12 espigas de milho verde Palhas inteiras do milho 3 e 1/2 xícaras (chá) de açúcar pedacinhos de queijo branco 1 pitada de sal 1/2 xícara (chá) de manteiga 1 litro de leite ou água

8 espigas de milho 1/2 litro de leite 2 xícaras (chá) de leite condensado 2 xícaras (chá) de açúcar 1 colher (café) de sal e canela

500 g de polvilho azedo 1 copo americano de água 1 copo americano de leite 1/2 xícara de óleo 2 ovo 100 g de queijo parmesão ralado sal a gosto

Modo de Preparo: Rale as espigas de milho. Misture o milho ralado com os demais ingredientes e mexa até obter um creme grosso. Faça copinhos com a palha reservada, dobre ao meio, encha com a mistura e amarre com umbarbante ou com tiras da própria palha. Cozinhe as pamonhas em água fervente por 30 minutos. Retire-as, deixe esfriar.

Modo de preparo Depois de tirar a palha, corte as pontas da espiga. Retire os grãos com uma faca. Bata o milho com o leite no liquidificador. Bata a mistura até ficar homogênea. Então use um coador para retirar o bagaço. Para temperar o mingau, coloque as duas xícaras de leite condensado, as duas xícaras de açúcar e o sal de cozinha. Misture e despeje na vasilha que vai ser levada ao fogo. No fogão, é preciso mexer lentamente todo o tempo até ferver. São cerca de 20 minutos até o mingau chegar ao ponto certo, em que começa a embolar. Coloque ainda quente em uma travessa e polvilhe a canela. Retire, deixe esfriar.

Modo de Preparo Em uma panela ferva a água, leite, óleo e o sal e escalde o polvilho, quando conseguir sove, quando a massa estiver morna acrescente o queijo parmesão e os ovos, amasse novamente Coloque na forma com auxilio de uma colher, ou se preferir modele com cuidado, deixe um espaço entre os pães de queijo, pois ele vai crescer enquanto assa Asse até que eles fiquem dourados. Retire, deixe esfriar.

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REGIONALIDADE A cidade de Patos de Minas é conhecida, nacionalmente, como a cidade do milho. Por esse motivo, o mercado gastronômico da cidade gira em torno de pratos que são feitos através do milho. São inúmeras as receitas inventadas pelas pessoas da cidade, mas existem empreendedores que fazem dessa riqueza local, uma forma de sustento. O Aguinaldo, da Pamonharia do Agnaldo é pioneiro no ramo de pamonhas. Ele investiu alto nesse ramo alimentício e vem colhendo os frutos, literalmente. De acordo com ele, são mais de 1mil clientes que passam pelo seu estabelecimento por dia. Outros empreendedores que fazem sucesso na cidade são os irmãos Gilmar Antônio de Melo E Carlos Eduardo. Eles comandam a Sorveteria Sideral, e entre os diversos tipos de sorvetes, não poderia deixar de fora o sorvete de milho, que de acordo com eles, faz sucesso o ano inteiro. Outra pamonharia não fica para traz no quesito inovação, a pamonharia milharal tem em seu cardápio a panqueca de banana. A Norma Venâncio, proprietária do estabelecimento, garante que há quem troque um almoço pela panqueca. Quem entra na Pamonharia e Restaurante Milharal tem a certeza de estar na terra da semente dourada, pois ali o cardápio que salta aos olhos oferece iguarias que, na maioria, são feitas com o grão que impera pelos campos da região. A pamonharia já chegou a receber cerca de 3 mil pessoas por dia nos fins de semana. Tamanho sucesso é justificado pelo sabor das massas de pizza feitas com milho, das pamonhas, dos mingaus, dos sucos e dos doces, também à base do ouro de Patos. Mas é um pudim, bastante caprichado, que atrai olhares e paladares. Feito com essência e polpa de milho, a delícia, ao ser degustada, causa a sensação de se estar devorando o cereal ainda na espiga, tamanha fidelidade ao sabor. Aberto diariamente, o bar do Cabaça é parada ideal para um happy hour. No cardápio, porções caprichadas que arrancam suspiros. Duas delas ganham disparado quando o assunto é tira-gosto: bolinho de abóbora e almôndega de carne de porco. Maria Laudiene Pereira, especialista no caldo de milho verde, diz que na época da fenamilho vende 300 litros de caldo por dia. Ela tem uma barraca na Feira Livre do Produtor Rural, ao lado do Terminal Rodoviário, e comemora a venda de mais ou menos 120 pamonhas por dia. O sucesso e a aceitação do público é tanta, que ela almeja expandir o comércio.

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O bom bom de milho verde, criado pela Maria Cristina Borges é uma das maiores atrações turisticas da mesa de pratos tipicos da Festa Nacional do Milho. O doce é tão gostoso que varias docerias da cidade já aderiram ao produto e, ainda por cima, Maria Cristina é convocada a todo ano, fazer cerca de 300 bom bons para exposição. Em todo canto da cidade, sempre vai ter uma comida típica pronta para ser deliciada, por isso selecionamos as que fazem mais sucesso entre os patenses. Além dos pratos já citadoas a cima, existe o famoso musse salgada de milho; o rocambole de milho; a broa temperada e recheada; o escondidinho mineiro; o sequilho com raspa de limão; o quichê de milho; a trilogia de miúdos; o pudim de milho.


BOM GOSTOSO SAUDÁVEL

QUEIJO MINAS ARTESANAL SERRA DO SALITRE por Wanderson Costa Vem do município de Serra do Salitre – MG, na fazenda Pavão um dos melhores queijos Minas do mundo. João de Melo é da 4ª geração de produtores de queijo da família e é responsável pela inovação e legalização do queijo minas, que no inicio era produzido apenas pelos seus avós apenas para o consumo próprio. Dando sequencia a tradição da família João de Melo foi além e resolveu inovar a principal fonte de renda da família dando inicio a produção do queijo artesanal. Após viagens para o exterior na busca de novas tecnologias, novos sabores e novos conhecimentos o produtor diz que foi a necessidade de crescimento e de legalização que o fez buscar tantos recursos e novidades para alavancar a produção dos queijos em sua fazenda, já que seu pai tinha bastante dificuldade, pois o queijo não podia sair da porteira pra fora de forma legal. Buscando parcerias em países como França, ele enxergava o mercado muito além do que um simples queijo minas, ele via o queijo com vários sabores para vários mercados e a partir daí começou a buscar novos parceiros para sua produção. Após buscar essas novas parcerias e novas tecnologias, João de Melo passou do simples queijo minas para oito novos tipos de queijo, mas sempre fazendo questão de manter a tradição da família com o queijo tradicional. Ele enxerga o leite como um produto nobre, e diz que desde a forma com que se manipula e se armazena o mesmo já se consegue inúmeros sabores diferentes, assim como no queijo que segundo ele até mesmo a cada embalagem diferente, a cada temperatura de armazenamento diferente surge um novo produto com um novo sabor para atender o consumidor. Paladares

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