Diario de bordo n2

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AMOR QUE MATA: Quando o relacionamento acaba e os anos em busca de uma vida feliz viram páginas policiais

Diário ANO I - NÚMERO 2 - JULHO 2008 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DE BORDO

Ladeiras da alegria Ouro Preto e Mariana se transformam em palcos do maior festival de inverno do Brasil






Diário D DE E B BO OR RD DO O Ano I - Número 2 - Julho de 2008

10 Cultura Arte e festa nas ruas - Julho é tempo de

frio e de atrações gratuitas no Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana.

22 Internacional Ninguém segura - Imigrantes brasileiros

Ouro Preto - A tradição do Festival de Inverno. Página 10

ganham as páginas policiais nos Estados Unidos.

26 Tecnologia "Alô, liga a câmera"- A mais recente

novidade no mundo das comunicações é a tecnologia 3G de transmissão de dados.

28 Saúde Estresse - Mal administrado, pode provocar uma interrupção indesejada na carreira.

30 Comportamento Amor que mata - Casos de violência contra mulheres se acumulam nas delegacias.

32 Veículos Palio Adventure Locker - Com ou sem estrada, o motorista chega lá.

Comércio - Shopping promove “Bazar Solidário” e “Feira da Madrugada”. Página 16

36 Transporte pesado Lucro sobre rodas - Venda de caminhões

até 330 cavalos aumenta e provoca corrida entre fabricantes no Brasil.

40 Turismo Monte Verde - A “suíça mineira”, no sul

do Estado é a nova meca de turistas. Tiradentes - A jóia das vertentes apresenta

um festival gastronômico com bom gosto e sabor.

42 Culinária De dar água na boca - Aprenda como fazer

um delicioso pão de queijo mineiro.

58 Moda É a vez dos homens

Belo Horizonte - Capital vira pólo de atrações culturais. Página 56

Diário D DE E B BO OR RD DO O Diário de Bordo (marca registrada) é uma revista de circulação bimestral publicada sob a responsabilidade da Vox Domini Comunicação

O inverno mostra que eles também podem andar muito elegantes.

Expediente: Carlos Viana

Rodrigo Linhares

Ronan Munhoz

EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL

DIRETOR COMERCIAL

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

(31) 3088-6 6379

calbertoviana@uol.com.br / rodrigolinhares31@yahoo.com.br – 031 9155 0241/ rmunhoz@oi.com.br - 031 9249 2565

Textos de reportagens nos Estados Unidos publicados com autorização da BR Media LLc, responsável pelo National Jornal Brasileiro. www.nationaljb.com

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" N o s s a e s p e r a n ç a é a v o l t a d o S e u M a l u f. . . " Carlos Viana

A

frase acima eu ouvi recentemente de um taxista em São Paulo. Não é um motorista mais velho. É um jovem. Tem 22 anos. Trabalha há três batendo volante na capital paulista. O desabafo, em tom de sinceridade, foi feito durante um deslocamento à noite entre ruas não muito distantes uma da outra. Mesmo com tão pouca distância, enfrentamos um congestionamento que nos exigiu perto de 25 minutos de muita paciência. Mas por que tanta saudade de um personagem polêmico, considerado o que existe de pior em exemplo na política brasileira? E mais: por que nossos compatriotas, especialmente os mais jovens, se desencantam dessa maneira com a política e sentem saudades do que já deveria ter sido esquecido? As respostas para esses questionamentos nos levam a constatar um dos lados mais cruéis e desafiadores da política brasileira. Na hora de votar, vivemos um vazio, um momento onde não há opções diferentes em forma de militância partidária. Uma igualdade, infelizmente, baseada no pior. Preste atenção no horário político: não nos oferece idéias novas, discursos novos, ou algo que confirme a diferença entre os que disputam a nobre arte de conseguir votos. Estamos falando aqui, em última instância, de partidos que lutam para obter a confiança dos que vivem nessas abençoadas, mas ao mesmo tempo, sofridas terras tupiniquins. O que podemos constatar quando ouvimos as promessas repetidas, ano após ano, é que políticos com vida em nada exemplar conseguem voltar aos cargos eletivos ou arrancar suspiros de boas lembranças nos eleitores. Vemo-nos diante de um quadro histórico no mínimo preocupante. Passada a ditadura, em plena maturação do processo democrático, chegamos a um ponto onde não existem mais diferenças ideológicas e partidárias. Se é que um dia elas existiram! PT, PSDB, DEM e outros, como dizem nas ruas, "são farinha do mesmo saco". E o que é pior. Quando comparados nas obras e na capacidade de administrar, os mais corruptos acabam ganhando daqueles que se propõem a serem honestos com a coisa pública. Triste Brasil. Honestidade não é mais obrigação. É uma vantagem eleitoral. Mas voltemos às comparações. Andando de carro por São Paulo, os moto-

ristas apontam facilmente as obras do "seu Maluf". O túnel Ayrton Sena, uma trincheira em cruzamento complicado na avenida Paulista e por aí vai. Em cada local identificado como feito pelo ex-governador, imaginei: cada Real gasto deu lugar a outros três ou quatro que foram embolsados por construtoras, fiscais corruptos, deputados em campanha, parentes de políticos, amantes, exmulheres, etc, etc e etc. Ainda assim, o povo está satisfeito. Que coisa! Mas e a Marta (me referindo à Marta Suplicy, ex-prefeita petista e novamente candidata à prefeitura de São Paulo), o que ela fez de bom? Quando os juízes, que são nossas autoridades e que dispõem de todas as ferramentas para fazer um Brasil melhor, demoram a fazê-lo, resta ao povo a dúvida. O pedidor de votos é desonesto ou não? Diante da não condenação de um político e das obras que melhoram a vida das pessoas, o eleitor fica com as obras.

-Ah doutor, ela só deixou de herança a "Parada Gay", e como São Paulo "tem muito homossexual", essa gente gosta muito dela. Ela tá na frente das pesquisas por causa disso", respondeu o motorista. Meu Deus! Refleti mais uma vez. Um político condenado por vários crimes, entre eles roubo e desvio de dinheiro público, sendo esperado de volta às urnas, e o outro, lembrado apenas porque abriu as portas da cidade para uma Parada Gay. Que cenário! Essa cena paulista pode claramente ser identificada com outros estados brasileiros. Milhões de eleitores espalhados por Minas, Bahia, Alagoas pensam da mesma forma que o nosso jovem personagem. Políticos que fazem obras e melhoram de alguma forma a vida das pessoas recebem novos votos de confiança, mesmo que flagrados em escândalos inexplicáveis. Mas, caro leitor, podemos dizer que o povo está errado? A resposta é difícil, porque se dissermos que sim, estaremos tirando dos brasileiros o direito de escolher o que achar melhor, mesmo que erradamente. E é assim que fun-

ciona a democracia. Para limpar a vida política brasileira é preciso que se pratique o que existe de melhor no modelo republicano. Refiro-me à independência entre os poderes. Judiciário, Legislativo e Executivo se fiscalizando e construindo um país melhor. Apesar de existir na teoria, esse cenário de equilíbrio ainda está fora da nossa realidade. Nossa corte maior, o Supremo Tribunal Federal, nunca condenou um político. Recursos, prazos, bons advogados, tudo o que pode atrasar o processo acaba valendo e nos impedindo de saber se o deputado (ou seja lá o que for) é culpado ou não. Para o povo mais simples, o que vale é a possibilidade de a pessoa suspeita estar candidata. O que é isso? Se a Justiça ainda não concluiu pela condenação, diante de tantas provas e suspeitas, por que o povo condenaria? Pensem! Quando os juízes, que são nossas autoridades e que dispõem de todas as ferramentas para fazer um Brasil melhor, demoram a fazê-lo, resta ao povo a dúvida. O pedidor de votos é desonesto ou não? Diante da não condenação de um político e das obras que melhoram a vida das pessoas, o eleitor fica com as obras. Quando paramos o táxi no destino em São Paulo, cheguei à conclusão de que, apesar de toda a surpresa diante das palavras do rapaz, não pude condená-lo. Não temos escolhas mais confiáveis! Da mesma forma, não podemos condenar os brasileiros que votam de forma imediatista. O que precisamos é de Poderes mais fortes. De um Legislativo que tenha "vergonha na cara" e que, quando essa vergonha deixe de existir, entre em cena uma Justiça independente e que puna exemplarmente os que se desviem do caminho correto. Assim, quem sabe, conseguiremos um país melhor, mais justo, onde a omissão e a ausência de consciência política não se perpetuem entre as novas gerações de brasileiros. Paguei a corrida e saí do carro com a certeza de que ainda temos muito que caminhar! Diário de Bordo 7


El Niño ou La Niña, o que vem por ai? Prof. Dr. Ruibran dos Reis

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escadores peruanos observaram que quando a temperatura da água do mar esquentava ao longo da costa, no oceano Pacífico, os peixes sumiam e aconteciam fortes chuvas na região norte do país. Este tipo de fenômeno acontecia sempre próximo do Natal, no intervalo que variava de 2 a 7 anos, colocaram o nome do fenômeno de " El Niño", que vem do espanhol, o menino Jesus. Durante a década de 20, o cientista britânico Sir Gilbert Walker deu a pista para descobrir a relação do fenômeno El Niño com as Monções na Índia. Daí em diante, pesquisas foram feitas para diferen-

tes partes do globo, e descobriu-se que o El Niño poderia causar chuvas

Tudo indica que devemos ter um período mais frio em relação aos anos anteriores. A dica é tirar os agasalhos do guarda-roupa no Sul e seca na região Norte do Brasil, secas na Austrália, chuvas nos Estados Unidos, enchentes na Europa Ocidental e também na

China. Como a temperatura da água do mar demora a se esquentar e também para esfriar-se, os modelos meteorológicos conseguem prever a ocorrência do fenômeno com vários meses de antecedência. Assim, uma pequena observação de pescadores acabava de se tornar o maior descobrimento meteorológico do mundo, com influência no clima de diversos países. Com o aumento das pesquisas, os cientistas verificaram que, em determinados anos a temperatura esfriava-se, batizando o fenômeno de "La Niña". O La Niña também influencia o clima do nosso planeta. No Brasil, o La Niña é responsável pela diminui-


ção das chuvas na região Sul, no período de maio a agosto, chuvas fortes no Nordeste e pela queda da temperatura na região Sudeste.

Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1998 mostrada na figura acima. Os tons avermelhados indicam regiões com valores acima da média e os tons azulados as regiões com valores abaixo da média climatológica. Pode-se notar a região no Pacífico Central e Oriental com valores positivos, indicando a presença do El Niño. Dados cedidos gentilmente pelo Dr. John Janowiak CPC/NCEP/NWS/NOAA-EUA. Fonte: Inpe - Cptec.

No momento, a temperatura da água do mar está em média -1ºC abaixo do normal, o que caracteriza a situação como La Niña. No final do outono e no período de inverno estaremos sob a influência do La Niña, e tudo indica que devemos ter um período mais frio em relação aos anos anteriores. A dica é tirar os agasalhos do guarda-roupa, colocar no sol para tirar o cheiro de naftalina, porque as nossas noites deverão ser mais frias e com formações de nevoeiros pela manhã, principalmente na região Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.


CAPA

Na rota de

Aleijadinho Obras do artista mineiro revelam uma vida de sofrimento e de mistérios nunca totalmente esclarecidos

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e as Minas Gerais são muitas, como já escreveu Guimarães Rosa, Ouro Preto, sem dúvida, é um de seus maiores tesouros. Submersa nas montanhas da Estrada Real, caminho percorrido pelos bandeirantes em busca do ouro das Minas Gerais, a cidade esconde mistérios que se descortinam aos olhos dos visitantes, traduzidos na arquitetura barroca, na efervescência cultural e no frio que, especialmente nesta época do ano, toma conta das ruas da antiga capital do estado. Vila Rica - o nome dado pelos portugueses para unificar os núcleos de Ouro Preto, Antônio Dias, Ouro Podre e Padre Faria - viu nascer em seu território personagens que se tornaram ícones mundiais e levaram um pouco da história local para além das fronteiras do povoado. Por conta da Inconfidência Mineira, um dos principais movimentos de independência do país, teve o revolucionário Tiradentes e os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa; o líder negro Chico Rei, que libertou seu povo com ouro, e o primeiro dos grandes artistas brasileiros, Aleijadinho.

Doença misteriosa não impediu fama através dos séculos Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, volta a ser protagonista durante o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana. O evento anual, realizado entre os dias 8 e 27 de julho, coloca as cida10 Diário de Bordo

des históricas em evidência, atraindo milhares de visitantes ao berço da cultura mineira. E, numa homenagem muito justa, o artista barroco que ganhou esse apelido devido a uma doença, na época misteriosa, semelhante a Hanseníase, é o grande homenageado da festa. Shows, espetáculos, oficinas e mostras apresentam ao público um universo que só pode ser vivenciado por quem passa por lá. Escultor, entalhador e arquiteto, o mulato ouropretano, filho do português Manoel Francisco da Costa Lisboa e de sua escrava Isabel, deixou para a posteridade obras que desafiam a inteligência dos historiadores e a sensibilidade dos turistas,


FOTO EDUARDO TROPIA

que se guiam pelos altos-relevos nos frontões das igrejas, santos talhados em madeira e monumentos arquitetônicos, para descobrir um pouco mais sobre o passado que está escondido na cidade. O retorno ao passado começa com um simples passeio pelas ladeiras de Ouro Preto. A casa onde o escultor nasceu está lá na rua que hoje leva o nome do artista. Atualmente, a construção é uma residência particular, mas sua fachada ainda guarda as características da época e permite que o visitante vislumbre uma mostra dos séculos anteriores. Andando mais um pouco, é possível ver de perto a primeira obra pública do mestre que, aos 16 anos, completou o chafariz que o pai construía no Alto da Cruz. O busto desnudo, que retratava a imagem de Afrodite, está localizado nas proximidades da Igreja de Santa Efigênia, construída em 1761. As igrejas, aliás, representam um capítulo à parte na arquitetura ouropretana. Os monumentos, cobertos de ouro em seus altares, dão uma idéia da riqueza vivenciada pelos antepassados mineiros. É lá que estão abrigadas, até os dias de hoje, boa parte das obras produzidas por Aleijadinho, que exaltava profunda fé religiosa através de suas imagens. A Igreja de São Francisco de Assis é um belo exemplo disso. A construção religiosa mais famosa de Ouro Preto, cuja edificação foi iniciada em 1766, é considerada obra-prima de Aleijadinho, responsável pelo risco geral do prédio, portada, tribuna do altar-mor, altares laterais e capelamor. Também são de autoria do mestre

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Teatro, música e exposições transformam praças e ladeiras em locais de encontro e alegria para os visitantes


as esculturas da portada e dos púlpitos que ficam no interior de um dos exemplares mais magníficos do barroco mineiro. O Museu Aleijadinho também possui importantes obras do escultor. O espaço foi criado em 1968, para reunir peças de arte sacra e documentos gráficos com a finalidade de conservar, preservar e difundir o precioso acervo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, construída por Manoel Francisco Lisboa. Atualmente, três salas representam a obra de Aleijadinho: Festas Religiosas e Encenação da Morte, além da Multivisão, na qual são projetadas obras de Aleijadinho espalhadas por Minas Gerais. Outro espaço que merece destaque é o Museu da Inconfidência, que possui preciosidades barrocas, como uma imagem natural de São Jorge confeccionada para servir às procissões de Corpus Christi, uma de Nossa Senhora da Conceição e o Cristo Flagelado, pertencente aos Passos da Paixão, de sua autoria e peças de presépio encomendadas para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Não se sabe ao certo quantas foram as peças produzidas por Aleijadinho. Muitas, inclusive, ainda estão em processo de identificação. Isso porque, em função da doença que o fez perder os dedos dos pés e das mãos, o artista teve que contar com o auxílio de seus fiéis ajudantes - Maurício, Januário e Agostinho - para finalizar algumas obras. Atualmente, são 21 as características que conferem a assinatura de Aleijadinho a uma imagem, entre elas os olhos saltados, ligeiramente estrábicos, o nariz reto e alongado, lábios entreabertos e cabelos encaracolados. O corpo do maior artista barroco do Brasil está enterrado aos pés do altar da Nossa Senhora da Boa Morte, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, ponto turístico que substituiu a capela erguida em 1699 pelo bandeirante Antônio Dias, fundador de Vila Rica. Construída de 1727 a 1760 pelo pai de Aleijadinho, é a maior da cidade, rica em trabalhos barrocos. Na sacristia, é possível encontrar obras do escultor, como a mesa funerária de jacarandá e o busto de pedra-sabão de São Francisco de Paula.

Arte de Aleijadinho está espalhada por várias cidades

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história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, também é marcada pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia, servindo de cenário para muitas obras de Aleijadinho. Exemplo disso é a Igreja São Francisco de Assis, que leva o mesmo nome do santuário ouropretano. Com partido arquitetônico tradicional, apresenta medalhão esculpido em pedrasabão na portada, atribuído a Aleijadinho. O interior apresenta talha dourada elaborada por Francisco Xavier Carneiro e pinturas policromadas nos forros - a da sacristia foi execu-

tada por Manoel da Costa Ataíde, o maior pintor do período colonial, que usou a técnica da perspectiva, então em voga. A famosa fonte de Samaritana, esculpida em pedra-sabão por Aleijadinho, também pode ser encontrada na cidade. A peça está abrigada no Antigo Palácio dos Bispos, uma das construções mais bonitas de Mariana. Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão, autor do poema "Caramuru".

Janelas e casarões antigos encantam estrangeiros e turistas de todo o Brasil. Detalhes contam a vida dos mineiros ao longo do século.

FOTOS EDUARDO TROPIA

Do alto, Ouro Preto se revela uma jóia arquitetônica preservada entre as montanhas e as tradições de uma Minas patrimônio da humanidade Diário de Bordo 13


ATRAÇÕES

Ecoturismo também é opção de lazer para os visitantes de Ouro Preto e Mariana Para os amantes da aventura, o roteiro é cheio de belezas e naturais e mistérios em suas minas e parques

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lém de todos os outros atrativos, Ouro Preto e Mariana reservam um conjunto de belezas naturais para aqueles que procuram a natureza que se esconde por trás do casario colonial. O que não faltam nas cidades são opções de passeios ecológicos, para quem quer se divertir também longe do agito do Festival de Inverno. A Mina de Chico Rei, em Ouro Preto, por exemplo, reúne história e tradição em um ambiente cercado pelo verde. O local faz parte de uma propriedade privada, mas está aberto à visitação desde 1946, com toda infraestrutura para receber o visitante. Possui, em anexo, um restaurante que serve comida tipicamente mineira no fogão à lenha e uma lojinha de artesanato com trabalhos de artistas da região. Os mistérios que rodeiam a mina são muitos. Nascido no Congo com o nome "Galanga", Chico Rei era um monarca guerreiro e sumo-sacerdote do deus pagão Zambi-Apungo. Foi capturado com toda a corte por comerciantes portugueses de escravos e vendido com o filho Muzinga no Rio de Janeiro, de onde foi levado para Ouro Preto em 1740. Não se sabe bem como, mas Chico comprou sua carta de alforria, libertou o filho, conseguiu arrematar a mina de ouro supostamente esgotada e, com o trabalho na mineração, comprou a liberdade de centenas de escravos, entre os quais os integran14 Diário de Bordo


tes da sua corte africana. Já o Parque do Itacolomi, localizado entre Ouro Preto e Mariana, é uma unidade de conservação estadual de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas - IEF, cujo uso público é administrado em parceria com a Fundação Educativa de Ouro Preto - FEOP. A área oferece ao visitante diversos espaços de lazer, e a visitação é guiada tanto na parte histórica quanto nas trilhas e expedições. No Parque do Itacolomi é possível encontrar a Casa Bandeirista que serviu de posto fiscal no tempo da exploração aurífera; o Museu do Chá, com maquinário e área de beneficiamento do chá preto colhido nas lavouras durante alguns anos do século XX; além das trilhas, que evidenciam a beleza exótica do local. O retorno à era da maria-fumaça fica por conta da viagem entre Ouro Preto e Mariana, realizada pelo Trem

da Vale. O trajeto, de aproximadamente 18 quilômetros, recria o caminho outrora percorrido pelos exploradores do ouro, ligando as primeiras capitais de Minas Gerais.

O retorno à era da maria-fumaça fica por conta da viagem entre Ouro Preto e Mariana, realizada pelo Trem da Vale. O trajeto, de aproximadamente 18 quilômetros, recria o caminho outrora percorrido pelos exploradores Montanhas, quedas d'água, pontes e túneis compõem a paisagem que o trem percorre durante quase uma

hora de passeio. No caminho entre as duas cidades fica, ainda, a maior mina de ouro aberta à visitação do mundo. A Mina da Passagem, como é chamada, guarda segredos e mistérios que encantam a todos. A descida para as galerias subterrâneas se faz de modo incomum, por meio de um trolley que chega a 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade, de onde se vê um maravilhoso lago natural. O cenário do interior da mina impressiona a todos. A temperatura é estável o ano todo, entre 17 e 20 graus Celsius. Desde a fundação, no início do século XVIII, foram retiradas aproximadamente 35 toneladas de ouro. A Mina da Passagem fica a cinco minutos de Ouro Preto, em direção a Mariana, e está aberta para a visitação pública às segundas e terças das 9 às 17 horas, e de quarta a domingo das 9 às 17h30.

Os mistérios que rodeiam a mina são muitos. Nascido no Congo com o nome "Galanga", Chico Rei era um monarca guerreiro e sumo-sacerdote do deus pagão Zambi-Apungo

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Comodidade, praça de alimentação e segurança

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COMÉRCIO

Artesanato e moda

para as mulheres Shopping oferece diversidade de produtos para as consumidoras e inovações como a “Feira da Madrugada”

U

m shopping que funciona de dia e, nos finais de semana, oferece uma feira durante a madrugada. Os lojistas, os revendedores e o consumidor final de Belo Horizonte que não têm tempo para as compras no horário comercial, encontram essa possibilidade no Shopping Metrópole, localizado na rua da Bahia, bem no Centro da capital mineira. Lá, os clientes encontram desde o artesanato decorativo até bolsas, bijuterias e calçados especialmente para as mulheres. O Shopping Metrópole foi inaugurado em novembro de 2005, meses após o fechamento do Bahia Shopping, centro de compras que funcionava no local. O prédio foi alugado pelo empresário Mário Valadares. "Verificamos, através de pesquisas, a demanda por um espaço onde fosse comercializado artesanato e que oferecesse uma infra-estrutura com abrigo, segurança e praça de alimentação", conta a gerente do empreendimento, Mara Ketlen de Castro. Das 100 lojas disponibilizadas para aluguel, 80% foram abertas na época da inauguração do shopping. A maioria delas estava voltada para o artesanato decorativo. Mas, em maio de 2006, a administração percebeu a necessidade de diversificar os produtos. "O cliente comprava a peça decorativa e não voltava, pois não precisava de algo do mesmo tipo em um espaço menor de tempo. Isso não dava rotatividade e o lojista saía prejudicado", explica a gerente.

A solução encontrada foi a abertura de contratos para a comercialização de moda feminina. "Outra pesquisa nos mostrou que as mulheres são a grande maioria das pessoas que trabalham no entorno do shopping. Decidimos oferecer artigos para elas com bons preços", diz Mara Ketlen. Durante a semana, 70 lojas atendem o público para vendas no varejo. São produtos da moda, personalizados e com preços mais em conta. As bolsas, por exemplo, são vendidas entre R$ 14,99 até R$ 110. Em outubro do mesmo ano, mais uma novidade: a Feira da Madrugada, que funciona no segundo andar do Shopping. A proposta foi apresentada pelo artesão Fernando Mota, publicitário e atual coordenador do projeto, que buscava um espaço para alocar, com segurança e conforto, os artesãos que expunham há muitos anos seus produtos na calçada da Avenida Carandaí, região hospitalar da capital, na madrugada de domingo. Eles atendiam sacoleiras e lojistas que chegavam de outros Estados e do interior de Minas Gerais para comprar mercadorias na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena. Na Feira da Madrugada do Shopping Metrópole, que na verdade é aberta ao público às 18 horas de sábado e fechada às 4 horas da manhã do outro dia, as peças são comercializadas no atacado. Os principais clientes vêm da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de

Rio Grande do Norte e do Maranhão. Mara Ketlen garante que figurinistas do Projac, estúdio da TV Globo no Rio, também são clientes assíduos da feira. "Eles compram aqui para vestir personagens de novelas da emissora", afirma. Mas nada impede que o consumidor final aproveite as facilidades e o preço baixo dos produtos, desde que compre o número de peças estipulado pelos artesãos. "Algumas mulheres viam a movimentação na porta do shopping e entravam para saber o que estava acontecendo. Foi assim que o público que não é lojista descobriu a nossa feira", observa Mara Ketlen. A previsão é de que, no segundo semestre de 2008, as lojas que comercializam apenas no varejo, durante a semana, abram também aos sábados para a feira. O Shopping Metrópole também estuda a proposta dos artesãos que reivindicam a abertura da Feira da Madrugada pelo menos um dia durante a semana em épocas comemorativas, como o Natal e o Dia das Mães. Dormitórios para guias e motoristas é idéia pioneira no país A grande maioria dos clientes da Feira da Madrugada vem de outros Estados. Muitas vezes, as excursões saem da Bahia, por exemplo, no sábado pela manhã e ficam praticamente o dia inteiro na estrada. Para que a viagem de volta para casa seja tranqüila, a adminisDiário de Bordo 17


tração do Shopping Metrópole inaugurou recentemente dormitórios no subsolo especialmente para os guias e os motoristas das excursões, sem cobrar nada pelo serviço. São dois quartos, um para os guias e o outro para os motoristas, com seis e 10 camas, respectivamente. Os dormitórios são equipados com ar condicionado, chuveiros e refeitório. "Essa idéia é pioneira no país. Apesar de São Paulo ter uma feira da madrugada também, lá não tem esse cuidado com o motorista que passa horas dirigindo", afirma a gerente do Shopping Metrópole. A idéia surgiu quando a coordenação da feira percebeu que os motoristas chegavam cansados e tentavam descansar no bagageiro do ônibus, sem conforto algum, e eram acordados a todo instante para guardar as mercadorias das sacoleiras. "Ele não dormia, apenas cochilava", observou Mara Ketlen. Horas depois, por volta das 11 horas da manhã de domingo, têm que pegar a estrada novamente. Outra novidade para os motoristas é que, em breve, poderão estacionar os ônibus nas proximidades do shopping, com a presença de seguranças que tomarão conta dos veículos enquanto eles descansam. A administração do centro de compras solicitou à BHTrans que liberasse a parada de veículos na Avenida Augusto de Lima, entre as Ruas Goiás e da Bahia, e na Rua Goiás, em frente ao shopping. Segundo a gerente, a proposta já foi aprovada e deve ser regulamentada até o final deste semestre. Atualmente, os ônibus ficam estacionados na área hospitalar. Para facilitar o deslocamento das sacoleiras até o shopping, a coordenação da feira dispõe, gratuitamente, de um microônibus e de três vans para buscá-las e levá-las até as compras. Na volta, elas também contam com o serviço. Os clientes que aproveitam os outros dias da semana para as compras também são beneficiados. Eles contam com o transporte, gratuito, do hotel até o shopping. Preço do almoço diminui após às 14 horas Uma variedade de carnes, saladas, sobremesas e churrasco é oferecida nos seis restaurantes instalados na Praça de Alimentação do Shopping Metrópole. Para atender os funcionários que trabalham no entorno e encontram dificuldades em sair do comércio no horário de almoço, quando aumenta a demanda, são oferecidos dois preços para a comida. Das 11 às 14 horas, o quilo do almoço sai a R$ 15,90. Após esse horário, até às 15h30, 100 gramas custam R$ 0,89. 18 Diário de Bordo

Bazar Solidário é sucesso de público e vendas Há três anos o Grupo Mário Valadares cede gratuitamente espaço em um dos seus empreendimentos para a realização do Bazar Solidário da Jornada Solidária do Jornal Estado de Minas. A parceria começou em 2005, quando o evento foi realizado no Shopping Tupinambás, no Centro de Belo Horizonte. Em 2006 e 2008, o brechó aconteceu no Shopping Metrópole. Segundo Mara Ketlen de Castro, a edição deste ano superou todas as outras. O apoio de grifes mineiras que doaram roupas novas, vendidas com até 70% de desconto, foi um dos fatores que propiciaram a reper-

cussão do bazar. "Cedemos dois espaços no primeiro piso para a Jornada Solidária e os nossos lojistas também participaram, vendendo seus produtos com 50% de desconto", explicou a gerente. O sucesso foi confirmado pela procura. A fila de consumidores dobrava o quarteirão e chegava até a Rua Espírito Santo. A Jornada Solidária é realizada há 43 anos. Toda a renda arrecadada no Bazar Solidário é revertida para o atendimento a crianças de 21 creches de Belo Horizonte. Cerca de 3,5 mil devem ser beneficiadas com as ações em 2008.


Depois das compras, música e happy hour Reunir os amigos, tomar uma cervejinha e curtir um final de tarde com muita música no Shopping Metrópole, que oferece atrações culturais de segunda a sexta-feira, até as 23 horas. A programação é variada e inclui pagode, samba de raiz e forró, além de um projeto no qual o cliente escolhe a música que deseja ouvir. As atividades são realizadas na Praça de Alimentação do Shopping, que tem capacidade para 350 pessoas. Pagode e samba de raiz são as atrações das terças e sextas-feiras. Às quintas, o Trio Forrobodó anima o público e, uma vez por mês, se reúne com outras bandas promovendo um show no espaço. Para entrar, é cobrado o couvert artístico. "Cardápio Musical" é o nome do projeto desenvolvido nas quartas-feiras no Shopping Metrópole. O músico convidado relaciona as músicas que canta e as coloca na mesa dos clientes. São eles que escolhem as que serão interpretadas durante a apresentação musical. O projeto foi lançado recentemente e já conquistou o gosto dos clientes.

Público feminino é o alvo dos lojistas

Bazar oferece roupas com até 70% de desconto

Aos sábados e aos domingos não é oferecida nenhuma programação cultural. As atividades são destinadas à Feira da Madrugada. A Praça de Alimentação, no entanto, funciona normalmente no sábado, sem as mesas, apenas para atendimento a sacoleiras e lojistas.


O município e a segurança pública Robson Sávio Reis Souza *

E

legeremos em outubro prefeitos e vereadores. Ocasião propícia para um debate sobre a deterioração da segurança pública em nossas cidades. Precisamos reafirmar o primado do papel do poder público no enfrentamento dessa questão. Afinal, a segurança pública existe para aumentar nossos direitos e não limitá-los. Portanto, não nos iludamos com a falsa idéia, vastamente difundida e muito perigosa, de que as pessoas, individualmente, são capazes de se protegerem da criminalidade violenta através do seguro dos seus bens, dos muros altos nas suas residências, dos seus carros blindados e dos sistemas de vigilância sofisticados. Vários estudos desenvolvidos no Brasil têm mostrado o assustador aumento dos crimes, principalmente nas grandes cidades. Porém, as cidades menores, e espe-

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cialmente aquelas que apresentam possibilidades de crescimento, com fluxos migratórios, por exemplo, também já dão sinais do aparecimento da criminalidade violenta. Pesquisas recentes mostram que várias modalidades de crimes, notadamente aqueles associados ao tráfico de droga, têm migrado para cidades médias e pequenas. Mas o que os municípios podem fazer para ajudar os Estados e a União no enfrentamento da criminalidade? Esta deveria ser uma questão fundamental nas eleições deste ano. Bogotá e Cáli, cidades colombianas, são exemplos de redução da criminalidade. Na primeira, o programa "Segurança e Convivência Cidadã" articulou, simultaneamente, programas na área de justiça e polícia, com desenvolvimento tecnológico de comunicação e bases de dados poli-

ciais, projetos focalizados de prevenção ao crime e incremento de políticas sociais para grupos vulneráveis, além de ações para a recuperação de espaços públicos. Em Cáli, o "Programa Desenvolvimento, Segurança e Paz" trabalhou com fatores de risco que expõem os cidadãos à violência, como o álcool, as armas de fogo, a cultura de resposta violenta ao conflito, a impunidade e a ineficiência da justiça e da força policial, além da pobreza, desigualdade social e marginalidade. No Brasil, o exemplo mais interessante vem do Estado de São Paulo: políticas de integração policial, aliadas ao uso de ferramentas de geoprocessamento e análise criminal sofisticadas e o investimento em programas de prevenção em áreas carentes dos grandes centros urbanos, têm derrubado as taxas de crimes violen-


tos, inclusive na Capital do Estado. O Primeiro Comando da Capital que assustou o Brasil com mega-rebeliões está sob controle. Isso foi possível porque uma série de ações descentralizou e melhorou a eficiência do sistema prisional paulista. Observemos que os investimentos em políticas sociais foram priorizados, em detrimento das ações meramente reativas e repressivas, habitualmente utilizadas no enfrentamento ao crime. Os municípios (poder público e sociedade) têm um papel importante no enfrentamento à violência: em primeiro lugar, e fundamental, ampliando os direitos dos cidadãos através de políticas públicas inclusivas. Para tanto, é fundamental a integração das várias políticas sociais, os investimentos em programas de proteção, principalmente para jovens envolvidos no tráfico de drogas, assim como um atendimento prioritário a crianças e famílias em risco pessoal ou social. E ainda, investimentos no desenvolvimento econômico das comunidades mais carentes. Trabalho e renda para famílias e jovens vulneráveis são

fundamentais para diminuir um dos grandes atrativos oferecidos pelo tráfico de drogas - o lucro rápido e fácil. As prefeituras também podem desenvolver um planejamento estratégico visando a coibir a violação das posturas urbanas. Cidades sujas, ruas desertas, praças É fundamental a integração das várias políticas sociais, os investimentos em programas de proteção, principalmente para jovens envolvidos no tráfico de drogas, assim como um atendimento prioritário a crianças e famílias em risco pessoal ou social mal cuidadas diminuem o fluxo do cidadão e aumentam a probabilidade da ação de infratores nesses locais. Ações de melhoria dos equipamentos urbanos reduzem, também, a sensação de impunidade e de desorganização social. Finalmente, uma questão fundamental para uma gestão comunitária da segurança seria a criação de canais de controle externo das atividades das polícias e da Justiça. Isso não compete às prefeituras,

mas os municípios podem articular a opinião pública no sentido de pressionar os governos estaduais e federal na ampliação de mecanismos de combate às ações violentas dos agentes públicos. Essas dicas, baseadas em experiências exitosas, têm resultados comprovados. Podem se transformar em políticas eficazes, duradouras e efetivas de combate ao crime e, o mais importante, de promoção à cidadania. Afinal, os benefícios coletivos resultantes de cidades seguras são muito maiores do que os custos com políticas de repressão que têm efeitos meramente pontuais, sem resolver as causas da violência em nossas cidades. *Filósofo, pesquisador e coordenador de Comunicação do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Crisp); pesquisador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas (Nesp); coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Pró-reitoria de Extensão da PUC Minas; membro da Comissão Pastoral de Direitos Humanos da Arquidiocese de Belo Horizonte; vice-diretor executivo da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia.


INTERNACIONAL

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Na foto, a divisa entre as cidades de Tijuana e San Diego. De um lado, o rico Estados Unidos com leis de imigração cada vez mais duras. Do outro, o populoso e pobre México

Cadeias do Preconceito Centros de detenção nos EUA não prestam atendimento médico adequado a imigrantes

Da redação do National - Jornal Brasileiro, em New Jersey

O

jornal "The Washington Post" publicou uma série de reportagens revelando o colapso do sistema de atendimento médico aos imigrantes presos em centros de detenção norte-americanos. O jornal, que está entre os principais veículos de comuni22 Diário de Bordo

cação impressa dos Estados Unidos, se baseou em revisão de 83 mortes nas cadeias para cidadãos de outros países detidos na América. Em 30 casos, o atendimento ou a falta de cuidados contribuíram para os óbitos. A "crise em massa no atendimento médico dos deti-

dos" afeta cerca de 33 mil internos, que esperam a deportação ou uma audiência judicial, afirma o Post. Para o jornal, as negligências médicas sofridas pelos imigrantes fazem parte do custo humano gerado pelo rigor das políticas de segurança e imigração americanas,


após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Ao mesmo tempo, o país se ressente da falta de planejamento diante do impacto dessas políticas. "Os detidos têm menos acesso à assistência jurídica do que os assassinos convictos das prisões de segurança máxima, e alguns, inclusive, estão em piores condições do que os prisioneiros da base de Guantánamo, suspeitos de pertencer à Al Qaeda", diz o texto. A investigação encontrou um "mundo oculto de diagnósticos médicos errados". Quando um médico chega a ver um paciente existe ainda o problema da falta de exames para identificação das doenças. Para piorar ainda mais a imagem dos Estados Unidos diante do problema, os relatos mostram também a existência de práticas administrativas incorretas, guardas negligentes, técnicos mal preparados, extravio de expedientes médicos" e desmandos que dificilmente são identificados sem uma investigação mais apurada. 25% dos presos têm problemas de saúde Acossado pelas denúncias, o Departamento de Imigração dos Estados Unidos se defendeu dizendo que o número de presos aumenta a cada dia e que o orçamento para o sistema é insuficiente. Um comunicado enviado ao Washington Post pela agência de imigração afirma que, no ano fiscal de 2007 (entre setembro de 2006 e outubro de 2008), foram destinados perto de US$100 milhões para a assistência médica dos imigrantes detidos. No mesmo comunicado, a "Migra". como é conhecida entre os estrangeiros, afirma que um em cada quatro internos tem doenças crônicas.

Brasileiros enganadores nos EUA A notícia de que um paranaense simulou a própria morte para receber seguro de vida nos Estados Unidos colocou a comunidade brasileira no centro das discussões sobre golpes cometidos por imigrantes. Mércio Eliano Barbosa, de 28 anos, foi preso pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) da Polícia Civil do Paraná, por ter aplicado uma fraude contra a New York Life Insurance, uma das mais importantes seguradoras dos EUA. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) paranaense, o golpe começou a ser preparado há três anos, quando Barbosa morava com sua esposa nos Estados Unidos. Ele teria comprado duas apólices de seguro de vida, num total de US$ 1,6 milhão (R$ 2,7 milhões) e, depois, começou a procurar pelo Orkut alguém que lhe fornecesse um atestado de óbito falso. O fraudador encontrou o papiloscopista João Alcione Cavalli, que trabalhava no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Por R$ 30 mil, Cavalli vendeu o cadáver de um indigente, tirou as impressões digitais de Mércio e pediu que ele indicasse um parente de primeiro grau para fazer o reconhecimento. A tarefa ficou a cargo de Daiana, de 20 anos, irmã de Barbosa, que obteve a liberação para o enterro. Com o atestado de óbito falso, a mulher de Mércio, que ainda está nos Estados Unidos, acionou o seguro para receber a indenização da New York Life.

A busca pela legalização é um dos principais meios para que muitos brasileiros caiam em golpes

O crime que parecia perfeito começou a ser descoberto logo depois. A seguradora nova-iorquina desconfiou da morte de Barbosa por causa do valor da apólice e repassou algumas informações à polícia brasileira. Em três meses de investigações, oficiais chegaram aos fraudadores. Barbosa e Daiana foram presos no Norte do Paraná, juntamente com Cristian Gean José de Andrade, que emprestou o nome para Mércio fazer o consórcio de um carro no valor de R$ 130 mil. Os três vão responder por estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e formação de quadrilha. O funcionário do IML será indiciado por corrupção passiva. A polícia entregará uma cópia de todo o procedimento investigativo à Polícia Federal, para que sejam tomadas as providências legais contra a esposa de Barbosa, que está nos Estados Unidos. Provavelmente ela será extraditada, pois está em situação ilegal no país.

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Imóvel com vários donos: evite problemas Kênio de Souza Pereira

Q

uando uma ou mais pessoas são proprietárias de um bem móvel ou imóvel, seja ele um carro, terreno, casa ou apartamento, tem-se a figura do condomínio geral ou voluntário, em que os proprietários são considerados co-proprietários. Ser co-proprietário é ser dono de uma "parte" do bem, sem, contudo, identificar qual é esta cota-parte. O condomínio geral ou voluntário é tratado pelo Código Civil em seus artigos 1.314 a 1.330. Este tipo de condomínio, em se tratando de bens imóveis (casa, apartamento, lote, etc), difere do condomínio em edifícios, justamente pela impossibilidade de se identificar a cota-parte de cada co-proprietário. Todos são donos de uma "parte" do imóvel inteiro. Já no condomínio edifício, cada co-proprietário é dono de uma unidade autônoma

(apartamento/loja), distinta e definida em relação às demais. No condomínio voluntário, o condômino é obrigado, na proporção de sua cota-parte, a contribuir para as despesas de conservação ou divisão da

Ninguém é obrigado a ser dono em conjunto de um imóvel coisa, assim como a suportar os ônus a que estiver sujeita, sendo direito de qualquer condômino, a qualquer tempo, requerer a divisão da coisa comum. Unanimidade difícil Todos sabemos ser difícil obter opinião

unânime quanto ao que fazer com um imóvel. Um deseja morar, outro alugar, outro reformar ou emprestar para um parente. Assim, quanto maior o número de proprietários de um imóvel, maior a possibilidade de conflito. A situação se complica mais quando falece alguém e surgem mais herdeiros, aumentando o número de proprietários. Há vários exemplos de casas que se deterioram e perdem a condição de habitabilidade porque parte dos co-proprietários se nega a arcar com as despesas de reforma, já que não usufruem do imóvel. Ora, toda construção necessita de manutenção! Aluguel Se um imóvel pertence, por exemplo, a quatro pessoas, todos têm o mesmo direito de uso e, portanto, de


receber cada uma 25% do valor do aluguel. Nenhum desses quatro coproprietários pode agir de forma a prejudicar os demais, sendo abusivo alguém exigir que o imóvel permaneça fechado, gerando despesas com IPTU, água, condomínio e luz. Da mesma forma, se apenas um desses coproprietários ocupa o imóvel, cabe a ele pagar 75% do valor do aluguel de mercado, ou seja, 25% para cada um dos três outros proprietários. Há casos de má-fé, quando um ocupa o imóvel e se recusa a pagar o aluguel aos demais. A lei garante aos co-proprietários exigir em juízo o pagamento. A falta de atitude pode colocar o patrimônio em risco, especialmente quando o imóvel acaba indo para leilão por causa de uma Ação de Execução Fiscal movida pela Prefeitura por falta de pagamento do IPTU.

tros co-proprietários são obrigados a vender mesmo contra a vontade, já que ninguém é obrigado a manter um imóvel em condomínio. Até mesmo um casamento ou uma sociedade que surge mediante nosso desejo, pode ser desfeita

Partilha Qualquer imóvel pode ser partilhado, bastando apenas um dos co-proprietários exigir que o mesmo seja vendido. Os ou-

a qualquer momento. Obviamente, ninguém é obrigado a manter uma sociedade em um bem que, não sendo divisível fisicamente, pode ser vendido e

Qualquer imóvel pode ser partilhado, bastando apenas um dos co-proprietários exigir que o mesmo seja vendido. Os outros co-proprietários são obrigados a vender, mesmo contra a vontade

os recursos obtidos repartidos. A preferência da compra é do co-proprietário, mas se este não quiser, um terceiro poderá comprar. Porém, neste caso, para se promover a transferência no Cartório, será necessário que todos assinem a escritura. Se um se recusar a assinar, poderá ser proposta a Ação de Dissolução de Condomínio, em que o Juiz determinará a venda, podendo o imóvel ser levado a leilão, eliminando assim os conflitos motivados por um patrimônio que deveria proporcionar satisfação e lucratividade e não aborrecimento e prejuízo. Kênio de Souza Pereira - diretor da Caixa Imobiliária-Rede Netimóveis, vice-presidente do SECOVI - Sindicato do Mercado Imobiliário de MG, representante em MG da ABAMI Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário, vice-presidente da Câmara de Mercado Imobiliário de MG (31) - 3225-5599 - e-mail: keniopereira@caixaimobiliaria.com.br


3G: o fim TECNOLOGIA

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Os brasileiros começam a experimentar as facilidades da tecnologia móvel de alta transmissão de dados

Telefone celular nunca mais será o mesmo

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do telefone celular Renata Galdino

Assistir a filmes, usar internet banda larga e vídeochamadas pelo telefone celular deixaram há muito tempo de ser coisas da ficção científica. As novidades - onde o limite é o sonho - serão possíveis com a ampliação dos serviços da terceira geração celular (3G) ou banda larga móvel aqui em nossas terras tupiniquins. Apesar de introduzida nos países europeus em 2002, a rede 3G começa a ganhar força no Brasil somente agora, seis anos depois. Deve substituir, dentro de poucos anos, a atual tecnologia da telefonia móvel celular, a segunda geração celular (2G) ou digital. Quando o assunto é pesquisa, a expansão da tecnologia se transforma em necessidade, na mesma proporção em que surgem as novidades e serviços virtuais. Cada conquista equivale a um diagnóstico de final de vida para o presente. Aqui, a lembrança ficará por conta da rede digital. Para que o leitor compreenda a grande distância entre as tecnologias, basta entender que a 2G (digital) permite apenas o envio de mensagens SMS e o acesso à internet em banda restrita. Os benefícios da 3G vão muito além: internet banda larga, transferências de dados mais rápidas, TV ao vivo do próprio celular e conversas com outra pessoa em qualquer lugar do planeta com transmissão de áudio e imagem simultaneamente.

Negócio milionário e de hábitos novos A banda larga no celular se tornou o alvo das empresas para conquistar mais clientes e faturas milionárias no setor. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Consultoria Nielsen mostrou que os usuários da telefonia móvel no Brasil anda estão no que poderíamos chamar de "a idade da pedra tecnológica". Os resultados obtidos pelos especialistas da Nielsen, revelam que usamos o celular para tirar fotos, brincar em jogos já

instalados, ouvir rádio e mp3. Os que usam o aparelho para se conectar pela internet são apenas 1% dos milhões de proprietários que falam o português brasileiro e vibram com a seleção verde amarela. Os motivos para esse atraso podem estar em um fator fundamental para a qualidade das transmissões. Roberto Vasquez, diretor de pesquisa em telecomunicações para a América Latina da Nielsen, atribui nossa "idade da pedra" à baixa velocidade disponível para conexão, o que pode mudar com a chegada em grande escala da 3G. E basta um rápido olhar para o mercado para se confirmar essa realidade. As operadoras que já possuem rede para conexão remota oferecem banda larga com limitação de 1 Mbps (megabytes) para downloads. Nos computadores residenciais essa velocidade permite baixar uma música, por exemplo, em cerca de um minuto. Hoje, um cliente da telefonia móvel gasta cerca de 18 minutos para baixar e ouvir a música preferida no aparelho móvel. Enquanto americanos e europeus podem viajar na internet usando Audis e Toyotas, nós aqui no Brasil, ainda circulamos de fuscas e carroças. Outra possibilidade de uso da "nova" tecnologia 3G é a conexão mais rápida em notebooks. A terceira geração garante também ao internauta o acesso pelo modelo USB, bastando apenas conectar o computador a uma banda larga de alta velocidade no sistema sem fio, o wireless.

4G começa a ser discutida Mas no mundo da tecnologia, os segredos e possibilidades nunca param de ser revelados. Enquanto no Brasil, apreciamos de longe a corrida para fornecer melhores serviços na telefonia móvel, ainda 3G, os países que dispõem da tecnologia há muitos anos já discutem a implantação da quarta geração celular (4G).

O diferencial entre as duas redes é que a 4G, em relação à transmissão de dados, é 50 vezes mais veloz que sua antecessora, ainda nem implantada totalmente. É "piscou, baixou". Os chineses fizeram os primeiros testes com a 4G no início de 2007, mas não garantiram o primeiro lugar na utilização. Na época, por causa do atraso do governo para concessão de licenças, a 3G ainda não funcionava e só pôde ser comercializada recentemente. A previsão da 4G em solo chinês ficou para 2010.

Tecnologia de ponta, salários de terceiro mundo No Brasil, o alto custo dos aparelhos celulares compatíveis com a 3G pode ser um dos motivos da não expansão dessa rede. E a razão é simples. Mesmo com a melhora dos salários e o crescimento do número de empregos formais oferecidos pela indústria, os preços cobrados pelos aparelhos mais modernos ainda estão fora da realidade financeira de muitos brasileiros. É preciso levar em consideração ainda que para se conectar, o dono de um celular necessita de um provedor de banda larga. E a mensalidade desse serviço também não está disponível para a maioria dos assalariados. Além de pagar pela assinatura mensal, quem quiser se conectar pelo celular é obrigado a contratar outras taxas de fornecimento. Dependendo do serviço, pode chegar ao custo semelhante a um salário mínimo de 2008, algo em torno de R$485,00.


CARREIRA

O alto preço do

sucesso Renata Galdino

A

s exigências e os riscos já são bem conhecidos de milhares de trabalhadores. Não escolhem sexo, nem área profissional. Em meio aos desafios de quem entra para o mercado de trabalho, uma conclusão é certa: sem estresse fica difícil alcançar o sucesso na carreira e obter os prêmios de uma vida bem sucedida. O problema é lidar com um dos maiores vilões da saúde na vida moderna. Para quem faz parte do mundo corporativo (grandes empresas), horas seguidas e jornadas intensas de trabalho sem descanso já são velhas companheiras. E a relação é direta. Quanto mais alto o cargo nas empresas, mais tempo de dedicação é necessário para atingir as metas,

Falta de equilíbrio e cuidados para conviver com estresse podem colocar em risco o crescimento profissional lidar com conflitos, com a dificuldade das equipes e, muitas vezes, com a incompreensão dos superiores. Aliada a isso, está a cobrança da família. Resultado: dor de cabeça, cansaço e, claro, mais uma vez ele, o estresse, se manifesta de forma arrasadora, atingindo todos os segmentos da vida, inclusive o pessoal, tornando tudo um grande caos. O estresse, segundo a psicóloga Márcia Dolores Rezende, faz parte da rotina de muitos profissionais. "Lidar com esse mal da vida moderna significa estar mais preparado para o mercado e denota maturidade profissional", destaca a especialista. Porém, um alerta: o que deve ser levado em consideração em relação ao

problema é a forma com que o profissional o encara. "Se a pessoa transforma a situação em um transtorno, isso é altamente prejudicial, mas, se desenvolve uma percepção de desafio, possivelmente os resultados serão de qualidade". Para evitar esse mal, Márcia Rezende explica que é preciso, em primeiro lugar, identificar o que está causando o problema e destacar os pontos que desencadeiam a causa. A partir desta informação, o executivo pode definir como ele quer lidar com a situação. Se o problema for a falta de foco no trabalho, uma dica: coloque sua atenção no que você quer. "Abra caminhos para atingir sua meta e envolva as pessoas em sua visão e missão para dividir e


produzir muito mais", recomenda a psicóloga. Mas no caso de uma equipe inteira estressada, é preciso que o líder possa sanar o problema o mais rápido possível, de forma que a harmonia volte para o convívio de todos, inclusive para que essas pessoas possam estar aptas a enfrentar as pressões do dia-a-dia. "É preciso preparar melhor o time para lidar com as variáveis presentes no negócio para que toda adversidade se transforme em oportunidades". Para isso, a comunicação clara, sensível e harmoniosa é fundamental. Além disso, é importante que o executivo saiba ouvir os colaboradores e respeitar o que eles têm a dizer. Outra dica da psicóloga é sempre deixar informações boas no ambiente.O trabalho em equipe é o início de bons resultados no ambiente. Assim, Márcia Rezende sugere que o profissional delegue, compartilhe e auxilie, realmente trabalhe em equipe e forme equipes. "Influencie o clima da área e dos ambientes por onde passa de forma positiva, além de procurar valorizar o que você faz e o que os outros fazem bem", salienta. Entretanto, a melhor forma de evitar o problema, que causa tantos transtornos na vida do colaborador, como no cotidiano da empresa, é apostar em políticas de saúde e bem-estar que possam proporcionar apoio e equilíbrio para o capital humano. A especialista defende que um profissional em pleno bem-estar pode influenciar o ambiente de trabalho de forma positiva e ser um agente multiplicador de criatividade e ações bem-sucedidas. "Os benefícios dessa iniciativa são inúmeros. Esse investimento na saúde dos profissionais aumenta a rentabilidade. Pessoas felizes e satisfeitas produzem mais. Afinal, o bem-estar traz idéias mais criativas proporcionando saídas inovadoras, reforçando o conceito de empreendedorismo, além de ser uma valorização indireta que rende frutos diretos", reforça a psicóloga.


COMPORTAMENTO

Amor que mata Belo Horizonte, nos últimos oito meses, foi palco de casos de homens que mataram ou tentaram matar as namoradas após o fim do relacionamento Wander Veroni

N

o senso comum, o amor é um sentimento universal que desperta união e admiração entre as pessoas. Mas este sentimento nobre tem se transformado em desculpa para se cometer crimes após o término de relacionamentos amorosos. Na noite de 07 de novembro do ano passado, um crime passional ganhou repercussão nos noticiários. O estudante do segundo período de Direito, Roberto Márcio Marra, de 24 anos, assassinou a namorada Érica Alves Arante, de 22 anos, com 13 tiros, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. Logo após o ocorrido, o universitário se jogou da janela do nono andar do prédio do Centro Universitário Newton Paiva, onde estudava, localizado na avenida Carlos Luz, no bairro Caiçara. Nessa cobertura, os veículos de comunicação se depararam com a história do suicídio - que, pela ética profissional, é pouco divulgado, por ser um fato que pode, de acordo com alguns autores de manuais de jornalismo, incentivar outros casos e, numa representação mais religiosa, pode até representar falta de moral cristã. Neste caso, o suicídio foi algo a mais na tragédia - que já era motivado por um assassinato anterior. Ainda no final de 2007, outro caso chamou a atenção, pela frieza do crime e por envolver pessoas próximas da vítima. Mais precisamente no dia 5 de dezembro, uma tragédia pegou os profissionais da imprensa mineira de surpresa: a jornalista Tatiana Angélica Alves Pereira, de 25 anos, que trabalha na TV Alterosa, teve a mãe assassinada pelo ex-namorado, que também a baleou brutalmente. O crime aconteceu à noite na casa das vítimas, no bairro Aparecida, região Noroeste de Belo Horizonte. Após o crime, o ex-namorado de Tatiana ainda teria tenta-

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do suicídio. Segundo familiares de Tatiana, o suspeito estava inconformado com o final do relacionamento de cinco anos, que havia terminado há seis meses. Na época, a Polícia Civil informou que o Guarda Municipal e estudante de Direito, Anderson Lúcio da Silva, de 32 anos, seria encaminhado para uma cadeia, assim que recebesse alta do Hospital Odilon Bherens. Ele se recuperava de um tiro na barriga e estava fora de perigo. Silva foi autuado em flagrante, acusado de matar a ex-sogra, a enfermeira Maria Auxiliadora Alves Leite Pereira, de 58 anos, e balear a ex-namorada. A polícia informou ainda que o horário do crime coincidia com a hora em que Anderson deveria comparecer ao Núcleo de Mediação de Conflitos, da Delegacia Seccional Leste. Segundo a polícia, horas antes de sofrer o atentado, Tatiana procurou o Núcleo para pedir ajuda. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, a jornalista teria ido ao local dois dias antes para informar aos policiais sobre o "desequilíbrio" no comportamento de Anderson. Ela foi orientada a prestar queixa contra ele. No entanto, preferiu DIVULGAÇÃO

apenas a ajuda do Núcleo, que chegou a marcar o encontro com o suspeito para as 17h do mesmo dia. Tatiana foi internada no Hospital Mater Dei. Segundo o pai dela, o funcionário público Elias Leite Pereira, de 51 anos, a filha voltou para casa após pedir ajuda na delegacia. O relacionamento entre Tatiana e Anderson chegou ao fim quando o guarda municipal agrediu um colega de profissão da jornalista com um soco. De acordo com o pai de Tatiana, o funcionário público Elias Leite Pereira, de 51 anos, a agressão teria acontecido porque a filha deu uma carona para o colega após a cobertura de um jogo no Mineirão. Três dias depois do ocorrido, a Polícia Civil confirmou que o suspeito não possuía porte de arma, mais ainda não sabia como ele havia conseguido o revólver calibre 38. A assessoria de comunicação da Guarda Municipal informou na época, através de nota oficial, que Anderson estava na corporação desde maio de 2006, e que a Guarda não trabalha armada, por enquanto. Em 2008, 300 guardas municipais serão treinados e cadastrados para trabalhar com arma


de fogo e Silva não iria fazer parte desse grupo. Com o final do noivado e as ameaças constantes, o pai de Tatiana passou a acompanhar a filha quando ela saía de casa. Ele também a esperava voltar de festas. Já os familiares do guarda municipal Anderson Silva não suspeitavam das intenções do rapaz. Segundo um tio dele, o bombeiro Milson Alves da Silva, de 46 anos, o sobrinho passou a freqüentar um psiquiatra após o término do relacionamento com a jornalista.

Perfil psicológico A delegada Silvana Fiorelo Rocha de Rezende, da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher, em Belo Horizonte, afirma que o criminoso passional é uma pessoa desequilibrada emocionalmente. "Na verdade, ele não tem interesse sincero pela parceira. Nunca soube amar, no sentido correto do termo. O passional preciso de tratamento clínico e de sanções penais". A delegada conta ainda mais detalhes sobre o perfil desse criminoso. "No geral, são homens de faixa etária por volta de 30 anos e são extremamente vaidosos, ciumentos, possessivos e inseguros. Em sua defesa, eles sempre alegam a traição como principal fator do crime. No entanto, a experiência mostra que o homicida passional raramente se arrepende do ato que cometeu", revela. E os casos de maior repercussão na capital mineira não param por aí. No dia 7 de abril deste ano, uma tragédia dentro do campus Estoril, do Uni-BH, na região oeste de Belo Horizonte, causou comoção em toda a sociedade. A estudante de Administração Danielle Jaqueline Ramos Nascimento, de 21 anos, foi vítima de cinco disparos de arma de fogo, sendo dois

O amor se transformou em desculpa para se cometerem crimes após o término de relacionamentos

deles na cabeça, um no peito e outro de raspão no braço. O autor dos disparos foi o ex-namorado dela, o promotor de eventos Rodrigo Wenceslau Nassif Silva, de 31 anos. De acordo com familiares, Silva estaria inconformado com o fim do relacionamento, ocorrido há seis meses, e começou a declarar a intenção de matar a garota, pois estava deprimido, transtornado, e tinha idéia fixa de reencontrar a jovem. A Polícia Militar informou que Rodrigo Nassif teria entrado no Uni-BH de carro, um Ford Ka prata, por volta das 10h. Armado, ele procurou por Danielle em todas as salas, até que resolveu ligar para encontr-la. Assim que a moça saiu da sala, Silva efetuou os disparos e, mesmo com os gritos de pânico da garota, ele continuou a alvejá-la. A vítima foi levada para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte e recebeu alta parcial do CTI na manhã seguinte. Segundo a equipe médica, na época do atentado, a paciente passou por uma tomografia para avaliação do crânio e cérebro, já que um dos tiros penetrou a calota craniana, causando pequena lesão e afetando movimento da mão esquerda da jovem. Os médicos acreditam que a jovem irá recuperar os movimentos. Dois dias depois do atentado, a polícia apreendeu o suspeito de atirar contra Danielle, o ex-namorado dela, Rodrigo Nassif. Após as investigações, o crime corre em sigilo judicial. O psiquiatra Luiz Ângelo Dourado, especializado em Psicologia Criminal, afirma que esses criminosos possuem o ego inflamado e detesta ser contrariado. "O homicida passional é narcisista. Ele se ama tanto que esquece de amar as pessoas que estão à sua volta. Não possui auto-crítica e exige ser admirado, exaltado pelas qualidades que não tem, pela companheira. A namorada serve como um espelho de sua auto-afirmação, um objeto de paixão e obsessão. Quando vê que o seu objeto foi tirado, sente-se desprezado. Contra isso, luta com todas as armas, podendo até matar, para evitar o colapso de seu ego", revela.

Marcas de uma tragédia A obsessão pela pessoa amada é um dos fatores que movimentam as ocor-

rências policiais, quando o assunto é crime passional. A delegada Silvana Fiorelo Rocha de Rezende, da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher, em Belo Horizonte, explica que, no senso comum, convencionou-se chamar de passional todo crime cometido em razão de relacionamento sexual ou amoroso. "É preciso ter muito cuidado ao relacionar estes crimes com amor. O que percebemos na conduta do criminoso é que sua atitude não deriva do amor, mas sim de o ódio. Pode ser que, no início da relação, assassino e vítima tivessem tido uma relação afetiva e sexual próxima do amor. Depois que o homicídio é cometido, temos a legitimação que nenhum amor restou, o que se traduz nitidamente em obsessão doentia e destrutiva", atribui. Na manhã do dia 20/05/2008, mais um caso de homem inconformado com o fim do relacionamento, que usa da violência com o artifício, voltou às páginas policiais. O corretor de imóveis Glayson Alexandre Teixeira Vasconcelos, de 31 anos, é o principal suspeito de alvejar três tiros contra a namorada, a vendedora Kalila Costa Carvalho, de 25 anos, quando ela saía de casa para trabalhar. O fato aconteceu no bairro Floresta, região centro-sul de Belo Horizonte. Vasconcelos, que foi preso em flagrante, teve um relacionamento de três anos com a ex-companheira. Após o crime, ele teria tentado se matar, ao atirar contra a própria cabeça, porém a arma falhou. A vítima foi levada para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde permaneceu por muitas horas em estado grave. O corretor de imóveis Glayson Vasconcelos, que cursa o 6º período de Administração em faculdade pública, disse à polícia que o namoro de três anos com Kalila acabou quando ele foi preso por estelionato. Segundo o sargento Valteir Luiz Ferreira, do 16º Batalhão da Polícia Militar, o rapaz ficou detido por 69 dias e não foi procurado pela ex, que terminou o relacionamento. Vasconcelos ganhou liberdade e insistia em reatar. Um colega de trabalho de Kalila, que não quis se identificar, informou que ela estava com medo, pois recebeu várias ligações do ex, pedindo para reatar o relacionamento. Diário de Bordo 31


LANÇAMENTO

Palio Adventure ganha versão

Locker Com o bloqueio eletrônico do diferencial, novo SUV da Fiat vence barreiras com mais facilidade

FOTOS FIAT/ DIVULGAÇÃO


D

isposta a recuperar o mercado de peruas pequenas, cuja liderança foi perdida para a Volkswagen SpaceFox e Parati, a Fiat estréia um 'SUV light. A linha 2009 da Fiat Palio Weekend está disponível com mudanças visuais e mecânicas que partiram da versão Adventure. Responsável por 50% da produção da linha, a versão aventureira chega com um equipamento interessante que complementa a proposta do veículo, lançado há dez anos. Pioneira no segmento de off-road de aparência, a Palio Weekend Adventure pode agora sair do asfalto e encarar uma trilha leve nos finais de semana. Trata-se de um bloqueio do diferencial, cujo acionamento se dá por meio do botão ELD (Electronic

Locker Differential), localizado do lado esquerdo do painel de instrumentos, sendo necessário o motorista pisar no freio. Com ele, é possível vencer situações nas quais um carro 4x2 com tração dianteira comum certamente ficaria atolado ou derraparia em ladeiras íngremes com piso molhado. O equipamento, que vem de série na Adventure, distribui igualmente a força entre as rodas dianteiras, anulando o funcionamento do diferencial e possibilitando que a roda com mais aderência gire e mova o veículo. Durante os testes na lama, as rodas dianteiras ficaram patinando sem o Locker. Ao acioná-lo, a Palio Weekend Adventure venceu a subida. A partir dos 20 km/h, o sistema é desligado automaticamente.

Equipamento distribui igualmente a força nas rodas dianteiras e não deixa o veículo “patinar” na lama

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Design elegante e ao mesmo tempo agressivo: lanternas bem aplicadas e moldura da caixa de roda reforรงada


Versões têm preços atraentes

Além deste novo equipamento, a melhor estratégia da Fiat para recuperar a liderança neste mercado foi a de manter os mesmos preços da versão de entrada ELX, que permanece nos R$ 39.920, e da topo de linha, batizada de Adventure Locker, cotada a R$ 53.850. A intermediária Trekking custa R$ 41.920. A Adventure foi o ponto de partida para estender as modificações às outras versões e a Fiat não descarta oferecer o Locker no Idea e no Doblò. Motor 1.4 do Siena e Punto está disponível na nova Weekend

Motores 1.4 de 86 cv e 1.8 Flex de 112 cv

O motor 1.4 compartilhado pelo Siena e Punto chegou às versões ELX e Trekking. Desenvolve 85 cv (gasolina) e 86 cv (álcool) a 5.750 rpm, enquanto o torque é de 12,4 mkgf (g) e 12,5 mkgf (a) a 3.500 giros. Já o 1.8 flex chega aos 112 cv (g) e 114 cv (a) a 5.500 rpm, relativos à potência, e força de 17,8 mkgf (g) e 18,5 mkgf (a) a 2.800 giros. O câmbio permanece o mesmo em todas as versões: manual, de cinco marchas. Se o objetivo da Fiat foi aproximar a Palio Adventure Locker do seg-

mento de utilitários leves, a missão foi cumprida. Ao menos na aparência, a ex-perua conta agora com elementos que sugerem proteção: molduras nas caixas de rodas, que deixaram de ser circulares e passaram a ser geométricas; aplique nos pára-choques traseiro e dianteiro, que carrega os faróis auxiliares, e protetor de cárter, que não vem de série na ELX. Além disso, a traseira incorporou elementos horizontais que dão aspecto de maior largura. Entre as mudanças, também podem ser citado o novo sistema para acessar o estepe, novo conjunto da suspensão com destaque para os amortecedores - mais macio, o conjunto gera mais conforto aos passageiros -, altura do solo de 19 centímetros, rodas de 15 polegadas, pneus de uso misto mais largos (205/70 R15) e rack de teto com desenho em 'V'. Opcionalmente, a Adventure Locker conta com apóia-braço para motorista, banco do motorista com regulagem elétrica de altura, banco traseiro bipartido, airbag duplo, sistema de freios ABS, CD player com MP3/WMA, retrovisores externos com regulagem elétrica, revestimento interno de couro, sensores de estacionamento, chuva e crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, vidros traseiros elétricos e side bags dianteiros. De acordo com a marca, a linha não contará com tração 4x4, já que este sistema encareceria demais o preço do veículo.

Diário de Bordo 35


LINHA AXOR

Lucro sobre rodas

Novos modelos da Mercedez-Benz chegam para disputar um mercado cada vez maior

O

segmento de caminhões extrapesados leves no Brasil tem crescido acentuadamente nos últimos anos, chegando a representar, em 2004, 25% do mercado de extrapesados e 9% do mercado total de caminhões. Para esse crescente mercado, a Mercedes-Benz está trazendo os novos modelos Axor 1933 e 2533, indicados para operações de curtas e médias distâncias. Os veículos são ideais para uma série de operações, como logística, transporte de cargas fraccionadas e paletizadas, produtos industrializados, eletrodomésticos, móveis, veículos, hortifrutigranjeiros, bebidas, cargas frigorificadas, cargas líquidas, cereais, alimentos e

36 Diário de Bordo

outros produtos. De acordo com Gilson Mansur, diretor de vendas de Veículos Comerciais da DaimlerChrysler do Brasil, “a introdução dos novos modelos 1933 e 2533 é uma das grandes novidades do lançamento da nova linha Axor. Com esses produtos, a marca Mercedes-Benz estréia no segmento de extrapesados leves”. A marca traz para essa faixa de mercado o motor eletrônico mais potente, o OM 926 LA de 326 cavalos e torque de 127 mkgf a 1.400/1.600 rpm. Com tecnologia já consagrada no mercado brasileiro, o motor eletrônico proporciona redução de custos operacionais com respeito ao meio ambiente, aten-

dendo, desde já, à legislação Proconve P5, equivalente à norma européia Euro III. Novas cabinas no segmento Os modelos Axor introduzem novas cabinas no segmento de extrapesados, garantindo conforto, estilo e otimização da capacidade volumétrica de carga. Tanto o Axor 1933 quanto o Axor 2533 saem de fábrica com cabina estendida com cama. Opcionalmente, podem ser escolhidas cabines leito teto baixo ou leito teto alto. A cabina avançada traz mais vantagens, como a melhor manobrabilidade, a facilidade de manutenção garantida pelo basculamento total da cabina e, principalmente, o maior


espaço para carga, uma vez que ela permite a utilização de carroçarias maiores e o acoplamento de semi-reboques longos. É o caso, por exemplo, de semi-reboques para 30 pallets, no Axor 1933, de 3.300 mm de entreeixos; e 32 pallets, no Axor 2533, este representando uma capacidade inédita no mercado. Respondendo também à demanda dos transportadores por veículos mais robustos e de grande durabilidade, a linha Axor oferece trem-de-força integral Mercedes-Benz, o que amplia o grau de qualidade e confiabilidade do conjunto. Outros destaques da linha Axor são: computador de bordo com indicador de consumo e de manutenção, diagnose de falhas on board, botão de partida no motor, piloto automático com limitador de velocidade, coluna de direção regulável em distância e altura, pára-sol externo de série, ar-condicionado opcional e quinta roda com diversas opções de posicionamento e altura. Trem-dde-fforça Mercedes-B Benz O Axor 1933 e o Axor 2533 são equipados com o mesmo trem-de-força. O motor eletrônico Mercedes-Benz OM 926 LA de 6 cilindros, turboalimentado com pós-resfriador, oferece a maior potência da categoria. O câmbio Mercedes-Benz G 211 de 16 marchas sincronizadas também é novo. Ele apresenta facilidade de operação, grande capacidade de subida e arranque, maior velocidade, otimização do desempenho e durabilidade.O eixo traseiro HL-6, sem redução nos cubos, também é outra novidade da linha Axor. Ele tem menor peso, mas a mesma robustez e durabilidade dos eixos Mercedes-Benz que já são tradicionais no mercado.O aspecto segurança é outro diferencial da linha Axor. Os modelos rodoviários são equipados com freios a disco (único na categoria), freio-motor Top Brake e freio ABS (série para o modelo 2533 e opcional para o 1933). Esse conjunto proporciona muitas vantagens, com níveis elevados de segurança e economia operacional. O cavalo-mecânico Axor 1933 é indicado para clientes que atuam no transporte rodo-

viário de curtas e médias distâncias, especialmente operadores logísticos e transportadores em geral, que possuem nas transferências de cargas volumosas e baixo peso sua principal atividade. Entre diversos implementos possíveis, o Axor 1933 é indicado para tracionar semi-reboques do tipo sider, baú, porta-container e cegonheiros. Com capacidade máxima de tração CMT, de 47 toneladas, o Axor 1933 permite a utilização de semi-reboques de grande volume, com comprimento de até 15,4 metros, o maior da categoria, e com capacidade para 30 pallets. O Axor 1933 chega ao mercado como um dos mais leves de sua categoria, pesando apenas 6.200 quilos em sua configuração mais usual, com cabina estendida com cama e tanque de combustível de 300 litros. Sua leveza, aliada ao potente motor eletrônico de 326 cavalos e torque de 127 mkgf e ao generoso comprimento do semi-reboque, proporciona ótimo desempenho e grande capacidade de carga líquida, favorecendo a lucratividade e o custo operacional. Visando a ampliar as possibilidades de configuração do caminhão, o Axor 1933 oferece três opções de arranjos de tanque de combustível, de 300 a 820 litros, adequando assim a autonomia às necessidades dos clientes. Caminhão extrapesado leve com terceiro eixo de fábrica Além de trazer para o mercado um dos

Na cabine, computador de bordo com indicador de consumo e de manutenção, diagnose de falhas on board, botão de partida no motor, piloto automático mais modernos caminhões da atualidade, o Axor 1933, a marca Mercedes-Benz também inova no segmento de extrapesados leves com o inédito modelo Axor 2533. Trata-se de um caminhão plataforma 6x2 para operações logísticas com cargas de grande volume, ou operações rodoviárias que necessitem de elevada velocidade média operacional, como, por exemplo, combustíveis, produtos químicos e frigorificados. Com capacidade máxima de tração CMT, de 47 toneladas, o Axor 2533 permite a montagem de carroçarias de até 9,5 metros de comprimento ou composição tipo 'romeu-e-julieta' para até 32 pallets, uma capacidade inédita no mercado que favorece notavelmente as operações logísticas de transferências de cargas. O trem-deforça do Axor 2533 é o mesmo do Axor 1933. A esse conjunto, soma-se o terceiro eixo original de fábrica, com suspensão tipo balancim, que inclui molas semi-elípticas trapezoidais e suspensor pneumático. Por ser produzido pela própria fábrica, dispensa adaptações e trabalhos posteriores, disponibilizando imediatamente o veículo para a utilização do cliente. Diário de Bordo 37


F-TRUCK

Adilson Cajuru é o segundo piloto da Scuderia Iveco Equipe fecha quadro de pilotos e promete esquentar o campeonato

A

Scuderia Iveco, a mais nova equipe da Fórmula Truck, já tem seu segundo piloto e segundo caminhão. Quem vai pilotar o Iveco Stralis de número 55 é Adilson Zacari Magalhães, o Cajuru. Com ele a Iveco fecha a dupla de pilotos. O primeiro é Adalberto Jardim. Para o ex-piloto de competi-

ções de motovelocidade, categoria na qual conquistou 14 títulos de campeão, estar no cockpit de um Iveco novamente é motivo de comemoração. "Estou muito feliz com a oportunidade. Fui o primeiro piloto a pontuar com a marca em 2005 e agora, mais experiente, acredito que posso alcançar grandes resultados."

Seguindo o mesmo modelo do caminhão de Adalberto Jardim, o Iveco Stralis de Cajuru usa o motor eletrônico Iveco Cursor 13 que teve a potência elevada para mais de 1.000 cv. Nas pistas de corrida, o caminhão alcança velocidades acima de 200 quilômetros por hora. A caixa de câmbio é ZF de seis marchas, especial para a competição.


FOTOS DIVULGAÇÃO

O bólido de número 55 de Cajuru segue o mesmo padrão estético que o primeiro caminhão da Scuderia Iveco: branco e vermelho, em alusão à equipe mais vitoriosa da história da Fórmula 1, a Ferrari.

Piloto promete alcançar grandes resultados na Scuderia


TURISMO

Suíça mineira Monte Verde reúne qualidade de vida e belezas naturais no alto da Serra da Mantiqueira

40 Diário de Bordo


FOTOS RENATA GALDINO

Monte Verde: belezas naturais e visual de primeiro mundo

Renata Galdino

P

equena e charmosa. Aconchegante e bem tranqüila. Assim é Monte Verde, distrito de Camanducaia, a 490 quilômetros de Belo Horizonte, no Sul de Minas. A arquitetura européia fez com que o lugar, lotado de surpresas para os turistas, ficasse conhecido como um "pequeno pedaço da Suíça em Minas". Exagero? Não! Isso é uma tremenda verdade. Monte Verde tem hoje aproximadamente cinco mil habitantes. No inverno, a vila fica lotada de turistas que chegam de várias partes do Brasil, além, é claro, de estrangeiros. E não é por menos. Monte Verde atrai os que gostam do friozinho, entre casais apaixonados e famílias que procuram tranqüilidade no alto da Serra da Mantiqueira. As temperaturas em Monte Verde são baixíssimas e podem chegar a menos dez graus. A paisagem formada pela geada nas manhãs de inverno é um show à parte. Não chega a nevar, apesar de que isso já aconteceu há muitos anos. O distrito dispõe de cerca de 150 hotéis e pousadas. Mas apesar do alto número de hospedagens, as reservas devem ser feitas com antecedência para não se correr o risco de ficar sem ter onde dormir. Nos meses de maio a julho, muitos hotéis ficam com a capacidade esgotada em praticamente todos os finais de semana. A culinária é outro atrativo, quente e saboroso. Os restaurantes servem desde a mais tradicional cozinha mineira até pratos da culinária contemporânea e típicos do inverno. A chegada da estação é comemorada com o Festival de Morangos, realizado pela Casa de Chá Beija-Flor. São 15 sobremesas diferentes

preparadas artesanalmente na hora em que o cliente faz o pedido. A vila possui um aeroporto com um hangar, apenas para pousos de aviões de pequeno porte. Mas atenção: nenhuma empresa aérea opera vôos comerciais para Monte Verde. Mesmo quem não tem esse tipo de transporte tem que dar um pulinho por lá. O aeroporto é o mais alto do país, com 1.560 metros de altitude, e proporciona uma linda vista de toda a extensão da vila ao turista. Para quem gosta de movimento, a "Suíça" mineira oferece espaço para atividades como caminhadas, rapel, arborismo, rafting, motocross e cavalgadas. Além das belezas naturais, que também podem ser visitadas de quadriciclo e de jeep, Monte Verde possui outras opções de lazer, como a Pista de Patinação no gelo permanente, o Museu do Disco, o espaço cultural Chácara Adélia, entre outros. Se você gosta de andar e curtir bonitas paisagens, e principalmente se for um adepto do ecoturismo, um passeio imperdível são as caminhadas até o topo da Serra da Mantiqueira, exatamente na divisa entre Minas Gerais e São Paulo - Monte Verde fica a apenas 167 quilômetros do Estado de SP. As trilhas abertas na mata levam aos picos mais altos da região, que podem ser avistados da própria vila: Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida. Quem chega lá em cima é recompensado com um belo visual: pode-se ver toda Monte Verde, Campos do Jordão e outras cidades do Vale do Paraíba. Estas trilhas são relativamente leves, podendo ser feitas até mesmo por crianças, e estão bem demarcadas, dispensando o acompanhamento de guias.

Como tudo começou Os primeiros moradores de Monte Verde foram os letões da família Grinberg (em alemão, "grin" significa verde e "berg", monte). Em 1936, a região conhecida como Campos do Jaguari recebeu o recém-casado e jovem empreendedor Verner Grinberg. Ele procurava por aqui um lar cujo clima e paisagem lembrassem sua terra natal. Formando a Fazenda Pico do Selado, aos poucos a família Grinberg foi cedendo lotes para que amigos e conterrâneos construíssem casas e fossem viver por lá. Esse povoado recebeu o nome de Monte Verde, uma tradução literal do sobrenome de seu fundador. Em 1952, Grinberg decidiu lotear parte da fazenda, o que atraiu principalmente letões, húngaros e alemães que deram início à construção de uma vila com aspecto tipicamente alpino. A pequena vila cresceu devagar e pouco mudou durante muito tempo, mas nos últimos anos o aquecimento do turismo levou a um crescimento inevitável. Sob o olhar de alguns moradores preocupados com o progresso descontrolado, em fins dos anos 80 a estrada de acesso acabou sendo parcialmente asfaltada. Até hoje, pessoas dispostas continuam lutando para preservar as belezas naturais da região e manter as características originais da vila. Se depender delas, Monte Verde jamais perderá o seu charme de vila alpina. Diário de Bordo 41


CULINÁRIA

O pão de queijo, uma delícia típica de Minas Gerais, resgata a tradição familiar

Mineiro com certeza, Uai! Wander Veroni

O

pão de queijo é um lanche rápido que deixa a todos com água na boca. Obrigatório para quem vem ou mora

42 Diário de Bordo

em Minas Gerais, a receita nasceu nas fazendas do interior do nosso Estado, no século XVIII, e a partir disso, ganhou repercussão interna-

cional pela sua simplicidade e sabor inconfundível. Existem várias receitas diferentes, mas a base de ingredientes e o


mesmo! Mas como se faz? De onde veio? A revista Diário de Bordo embarcou nessa viagem pelas cozinhas mineiras e desvenda os segredos dessa receita que levou um dos mais famosos pratos do cardápio mineiro para o mundo.

Uma das receitas de maior sucesso entre familiares e amigos de Piedade é a de pão queijo

tipo do queijo variam no paladar do resultado final. Algumas usam polvilho doce, outras o azedo, ou mesmo ambos, porém todos oriundos da mandioca. De consistência macia, o pão de queijo é feito basi-

camente com polvilho, ovos, sal, leite, óleo e queijo. Não há nada melhor do que comer um pão de queijo quentinho, que acabou de sair do forno e acompanhado de um bom café, não é

Receita de Família Mineira da cidade de Santo Antônio do Gramo, a aposentada Maria da Piedade Russo Miranda, de 58 anos, aprendeu a cozinhar muito nova. Por ser a filha mais velha de 11 irmãos, Piedade sempre ajudou a mãe e a tia no preparo dos alimentos para os familiares. "Sou de família italiana e duas coisas que sempre foram referência na cozinha da minha família são queijo e polvilho. Quando era pequena, ficava admirando uma tia minha que fazia várias massas. Acho que daí que veio o gosto pela culinária", conta. Uma das receitas de maior sucesso entre familiares e amigos de Piedade é a de pão queijo. Durante algum tempo, ela chegou a comercializar o produto caseiro - o que a ajudou no faturamento familiar. Ela conta que já chegou a produzir mais de 20 kg de pão de queijo por dia. Entretanto, apesar do bom faturamento, Piedade teve que parar de fazer a receita em grande escala por complicações de saúde e por realizar movimentos repetitivos com o braço. Hoje em dia, Piedade é representante de cosméticos, mas as suas receitas ainda brilham por toda a vizinhança. "O pão de queijo é uma receita muito simples, mas que possui alguns detalhes, como a quantidade certa dos ingredientes. É preciso ficar atento para não perder o ponto". (Veja a receita na página 45). A primeira vez que a receita de pão de queijo chegou na família de Piedade foi a partir de uma receita retirada do catálogo telefônico, dado pelo irmão dela, há muito tempo. Desde então, ela modificou a receita e acrescentou outros Diário de Bordo 43


Depois de conquistar o paladar dos brasileiros, o produto já possui status de item de exportação

mento mensal do setor é de R$ 1,4 milhão - cuja movimentação chega a R$ 170 milhões anuais, entre as vendas nacionais e fora do país - cabendo ao varejo a fatia aproximada de R$ 100 milhões.

ingredientes até ter uma fórmula que a agradasse. "A cozinha é um lugar de experimentação. Você cria as receitas a partir do que tem na geladeira e na dispensa. Mas o uso da fécula de mandioca, por exemplo, foi um achado". Ela conta que descobriu o ingrediente por acaso, ao andar pelo Mercado Central e é um dos segredos para a boa consistência da massa. Piedade conta ainda que o polvilho e o queijo Minas sempre foram muito usados pelas receitas da família, principalmente na preparação de biscoitos e massas. "O pão de queijo, apesar de ser uma receita antiga de Minas Gerais, foi entrar na minha família muito tempo depois. Na verdade, por eu já transitar muito bem pelo polvilho e o queijo, fui adaptando a receita. Hoje meu filho do meio prepara pães de queijo deliciosos. Nesse sentido, é uma receita que está passando de geração a geração", conta.

44 Diário de Bordo

Fornada quente No século XVIII, as quitandeiras das fazendas mineiras nem imaginavam que a receita de pão de queijo se estendesse através das gerações e que ganharia o mundo como um dos quitutes mais lucrativos do nosso Estado. Depois de conquistar o paladar dos brasileiros, o produto já possui status de item de exportação, sendo comercializado para países como Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Alemanha, Itália, Espanha, França, Israel, Portugal e Japão, entre outros. Para se ter idéia do tamanho desse mercado, estima-se que existem atualmente 500 indústrias de pão de queijo no Brasil, e 70% delas no estado de Minas Gerais. Entre empresas legalmente registradas e fabricantes informais, a previsão de produção média é de seis mil toneladas mensais A Associação Brasileira dos Produtores de Pão de Queijo (ABPQ), criada desde janeiro de 1999, e com sede em Belo Horizonte, estima que o fatura-

Queijo Minas vira patrimônio cultural E por falar em pão de queijo, a matéria-prima dele, o queijo Minas foi registrado no último dia 15/05, como patrimônio cultural e material brasileiro, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O modo de fabricação artesanal e o seu valor histórico-cultural foram decisivos para a eleição dele, de acordo com o presidente e conselheiro do Iphan, Luiz Fernando de Almeida. "O pedido ao Instituto partiu dos próprios produtores artesanais, em 2001, quando foram obrigados a se enquadrarem na legislação sanitária. Após a aprovação, a próxima etapa será a homologação pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil", revela. A partir do registro, o Iphan irá apoiar a comunidade queijeira na elaboração de uma política de incentivo à prática da produção do queijo em todo o Estado, com projetos de educação patrimonial e qualificação profissional. Minas Gerias é responsável pela produção de mais de 26 mil toneladas de queijo artesanal por ano, conforme a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).


Receita do Pão de Queijo da Piedade Ingredientes: 5 xícaras de chá de polvilho doce 5 xícaras de chá de fécula de mandioca 1 xícara de chá de óleo 2 xícara de chá de leite

1 colher de sopa de sal ½ queijo Minas ralado (meio cura) 3 a 4 ovos.

Modo de preparo: Numa tigela, coloque o polvilho e a fécula para serem escaldados. Enquanto isso, numa panela, ferva o leite. Após fervido, jogue-o na tigela com o polvilho e a fécula. Esse procedimento chama-se escaldo e permite que a massa cresça melhor e se torne mais macia. Depois de escaldado, deixe que esta mistura esfrie um pouco e adicione os ovos. Esfarinhe a massa com as pontas dos dedos e sove muito bem. A massa deverá ficar maleável e uniforme. Adicione o queijo (previamente ralado) e regule o ponto com um pouco de leite ou polvilho quando necessário. Molde sob formato de bolinhas, no tamanho que preferir e leve ao forno previamente aquecido. Se quiser, para ressaltar o sabor do queijo adicione à mistura queijo tipo parmesão ralado. O tempo para assar o pão de queijo fresco (que não esteja congelado) normalmente é de 20 minutos, no forno previamente aquecido, que não deve ser aberto até o ponto final. Naturalmente, o pão de queijo congelado irá gastar mais tempo.

Dicas:

Use queijo Minas Curado ou um bom Parmesão, cujos sabores são autênticos. Deixe o polvilho escaldado esfriar, e somen-

te depois adicione os ovos. Pré-aqueça o forno para assar o seu pão de queijo. Caso queira inovar, adicione um peda-

cinho de Gorgonzola. Ficará muito gostoso também com bacon moído, alho e/ou cheiro verde.


TIRADENTES

Entre paredes históricas e bons pratos

C

hefs nacionais e internacionais vão invadir a cidade mineira de Tiradentes, entre os dias 15 e 24 de agosto, durante o 1º Circuito Brasileiro de Gastronomia. O evento tem como tema o bicentenário da vinda da Corte Real Portuguesa para o Brasil. O objetivo é mostrar que nem tudo já foi descoberto na gastronomia e cultura do país. De acordo com os organizadores, cerca de 100 mil pessoas devem participar do evento que ainda vai percorrer os municípios de Parati (RJ),

Cidade está preparada para receber os Chefs internacionais

Arraial d´Ajuda, Belmonte e Trancoso (BA), além de Gramado (RS). Os festins, jantares especiais preparados por chefs renomados para cerca de 120 pessoas, serão o grande atrativo do circuito. A programação prevê a realização de dois deles por dia em Tiradentes, com a participação de oito chefs, entre eles o francês Christian Le Squer (3 estrelas Michelin) e o italiano Vitório Serritelli. Parte da renda dessas apresentações será revertida para uma entidade beneficente da cidade.

O evento promete ainda oferecer elegância e sofisticação à altura dos gostos mais exigentes. Uma cidade cenográfica montada por artesãos e artistas plásticos de Tiradentes vai ser palco de apresentações culturais, cursos, oficinas e concursos. A "Cidade da Cultura e Gastronomia" ficará aberta dia e noite, onde funcionarão um museu, coreto, escola e capitanias de cada uma das cidades participantes. No museu, vão acontecer exposições de fotografia, arte e degustação de vinho. No


coreto, haverá apresentações de música e dança. Na escola, um dos parceiros do evento e alguns chefs darão cursos breves de gastronomia com temas como "A cozinha da Colônia" e "Gastronomia do Caminho do Ouro". As capitanias serão um espaço especial, onde cada uma das cidades terá oportunidade de expor suas atrações turísticas e artesanato. Entre as possibilidades oferecidas aos visitantes está também o ponto de encontro oficial: o Botequim, que será administrado por um dos mais conhecidos restaurantes de luxo do Rio de Janeiro. Para anunciar as atrações, um corneteiro percorrerá as ruas das cidades, divulgando e convidando para as apresentações. Para incentivar o comércio local, a organização do circuito não deixou a rede de hotéis e pousadas das cidades integrantes do festival de fora do projeto. Os participantes terão a oportunidade de saborear a comida onde estiverem hospedados e ainda eleger o melhor prato em um concurso. E quem é um verdadeiro amante da culinária poderá apresentar receitas pró-

prias, que serão avaliadas por três chefs. A melhor será elaborada por um deles em Gramado, no encerramento do circuito. Como chegar Pratos inovadores A cidade de Tiradentes fica a 215 são a atração do quilômetros de Belo Horizonte, capicircuito tal mineira. Com pouco mais de 6 mil habitantes, é um dos centros históricos da arte barroca mais bem preserde Belo Horizonte, a viagem deve seguir vados do Brasil. Entre ladeiras, artesanato, até o trevo de acesso a São João Del Rei. A monumentos, igrejas, construções históri- viagem demora em média 2 horas e 40 cas e muita tradição, o lugar tem um colo- minutos. rido diferente, e se apresenta como um Para quem vem do Rio de Janeiro para ótimo destino para todos os gostos: desde Minas Gerais, existe um acesso pela cidade os que desejam conhecer o patrimônio his- de Barbacena que encurta a viagem. tórico do lugar, até aqueles que esperam Nos dois trajetos, quando motorista apenas poder descansar no típico clima de deixa a BR 040, ele passa a viajar em rodointerior mineiro - não esquecendo, é claro, vias estaduais mineiras que se encontram dos jovens, que encontram uma animada muito bem conservadas. noite nos bares da cidade. Aqui vale uma outra dica: é bom se preO aeroporto mais próximo funciona na caver quando o assunto é hospedagem. também histórica São João Del Rei, que fica Durante os eventos, Tiradentes fica lotada a poucos minutos de Tiradentes. De carro, e, apesar da boa oferta de camas, o viajano viajante deve seguir pela BR-040. Vindo te pode encontrar dificuldades .


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BARES DIVULGAÇÃO

CLUBE DE QUEM BEBE

BAR DO PEPÊ

Botequim aberto desde 1990 especializado em churrasquinhos no espeto.

Bar especializado a petisco e tira-gostos.

Rua Castro Alves, 216, Nova Suíça. Tel.: (31) 3371-1088. Funciona de segunda a sábado, de 10h à 01h.

Avenida Presidente Carlos Luz , 675, Loja 04, Caiçara. Tel.: (31) 8705-2378Funciona a segunda a sexta-feira , a partir das 08h; e no sábado, a partir do meio-dia.

CHURRASQUINHO DO MANUEL

BAR DO PRIMO

Bar que atrai muita gente para happy hour especializado em tira-gostos, espetos e churrasquinhos. Avenida Ressaca, 175, Coração Eucarístico. Tel.: (31) 3464-6708. Funciona de segunda a sexta-feira, a partir das 18h; sábado e domingo, a partir do meio-dia.

Bar especializado em porções, petiscos e tiragostos Rua Santa Catarina , 656 , Lurdes , Tel.: (31) 3335-6654 Funciona de segunda a sexta-feira, das 17h à meia-noite; no sábado e feriados, a partir das 10h. BAR IDEAL

CHOPPERIA VIENA

Aberto desde 1999, o bar tem decoração inspirada em casas da Áustria e da Alemanha. Av. do Contorno, 3968, Funcionários. Tel.: (31) 3221-9555. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07h30 à meia-noite e no sábado até o último cliente. CHIC TÁCIO

Cada dia da semana o bar indica um petisco diferente além dos tira-gostos tradicionais. Rua Itamaracá, 25, Colégio Batista. Tel.: (31) 3421-3363.Funciona de segunda a sexta-feira, das 08h às 23h e sábado de 08 às 18h. REDENTOR

Botequim à moda antiga que reúne as tradições carioca e mineira. Rua Fernandes Tourinho, 500, Savassi. Tel.: (31) 3284-1175. Funciona diariamente, a partir do meio-dia. VILLA RIZZA

Bar montado num casarão histórico e tem como tema a música mineira. Av. do Contorno, 4383, Serra. Tel.: (31) 32253533. Funciona de segunda a sábado, das 11h30 à meia-noite. ARMAZÉM DO ÁRABE

Bar participante do festival "Comida di Buteco" há três anos. Rua Luz, 230, Serra. Tel.: (31) 3223-1410. Funciona de segunda a sábado , a partir das 17h30

Serve almoço, serviços self-service de massas e saladas Rua Sergipe , 1187 , Savassi. Tel.: (31) 3889-1187 Funciona de segunda a quartafeira do meio-dia às 15h e depois de 18h Às 23h30; quinta e sexta-feira do meiodia às 15h e das 18h à 1h; Sábado, do meio-dia à 1h; e domingo do meio-dia às 20h. CAFÉ DO CARMO

Casa que serve porções e caldos Rua Pium-í , 695 , Sion Tel.: (31) 3221-9156 Funciona de segunda à sexta-feira das 17h às 14h; Sábado, das 15h às 2h e domingo das 15h à meia-noite. CANTINA DO PACO

Especializada em comida espanhola. Rua Padre Rolim , 159, Santa Efigênia. Tel.: (31) 3241-3317Funciona de segunda a quinta-feira das 07h à meia-noite, sábado das 08h às 16h. CERVEJARIA BRASIL

Serve churrasco , almoço , jantar e pratos executivos. Avenida Francisco Deslandes , 444, Anchieta. Tel.: (31) 3221-0504 Funciona de terça a domingo, a partir das 11h30. CHURRASQUINHO DO TONINHO

Especializados em espetinhos e tira-gostos. Rua Montesimplom , 1373, Nova Suíça . Tel.: (31) 3334-2481 Funciona de segunda a sábado, das 17h30 às 23h30.

FAMÍLIA PAULISTA

Serve petiscos variados. Rua Luther King , 242 , Cidade Nova . Funciona de segunda a quinta-feira das 18h ás 23h , na sexta-feira das 18h à meia-noite; sábado, do meio-dia às 23h; e domingo do meio-dia às 17h. LA CONCHA SPORTS BAR

Decoração do bar baseada nos esportes e atletas consagrados. Rua Pium-í , 1122 , Sion Tel.: (31) 2127-1224. Funciona de segunda à sexta-feira, a partir das 19h; e sábado e domingo, a partir das 15h. LORD PUB

Decoração baseada no estilo medieval. Rua Viçosa, 263, São Pedro. Tel.: (31) 32235979. Funciona de quinta a sábado, das 21h às 4h; e domingo, das 19h às 03h. PIER ALPHAVILLE

Choperia de cardápio variado com vista para a Lagoa dos Ingleses. Av. Picadili, 150, Lojas 108 e 109, Condomínio Alphaville. Tel.: (31) 3541-1636. Funciona na segunda e terça-feira, das 11h às 15h; na quarta e sexta-feira, das 11h às 22h; sábado, domingo e feriados, das 11h às 19h. TAPAS

A casa oferece serviço à la carte e rodízio de pizzas, massas e saladas. Rua Irai, 235, Loja 52, Shopping Jardim, Cidade Jardim. Tel.: (31) 3344-1560. Funciona de segunda a domingo, a partir das 11h.

Diário de Bordo 49


Programe-se

RESTAURANTES COZINHA MINEIRA

PESCADOS

FAZ DE CONTA

BADEJO

Restaurante possui área verde com especo para recreação de crianças.

Especializado em moqueca capixaba.

BR-040, Km 548, Entrada para o Retiro das Pedras, Jardim Canadá. Tel.: (31) 3541-8959 Funciona diariamente, a partir das 11h.

Rua Rio Grande do Norte, 836, Savassi. Tel.: (31) 3261-2023. Funciona de terça a quinta-feira, do meio-dia às 15h30 e das 18h às 22h30; sábado, das 18h às 23h e no domingo, do meio-dia às 17h.

MARIA DAS TRANÇAS

O BARCO

Restaurante com serviço à la carte com serviço de caldos e porções.

A decoração do restaurante é inspirada num barco e serve porções e tira-gostos.

Rua Estoril, 938, São Francisco. Tel.: (31) 3441-3708. Funciona de segunda a domingo, das 11h às 22h.

Shopping Del Rey, Av. Carlos Luz, 3001, loja 17, Caiçara. Tel.: (31) 3415-4708. Funciona diariamente, das 11h às 22h.

PIMENTA COM CACHAÇA

Restaurante à la carte e funciona no quintal de uma casa, com mesas ao redor da piscina, sob árvores frutíferas.

RESTAURANTES VARIADOS ALPHINO RESTAURANTE

Rua Camapuã, 420, Barroca. Tel.: (31) 3087-6822. Funciona de terça a sextafeira, das 18h às 23h; sábado, do meio-dia às 23h e no domingo, do meio-dia às 18h.

Rua Tupinambás, 187, Centro. Tel.: (31) 3224-8349.Funciona de segunda a quarta-feira, das 11h às 15h; quinta e sexta-feira, das

Serviço self-service com cardápio variado.

11h30 às 22h; e sábado, das 11h às 15h. CANTINA DO LUCAS

Cardápio variado com opções de saladas, massas, peixes e comida mineira. Edifício Maleta, Av. Augusto de Lima, 233, Centro. Tel.: (31) 32267153. Funciona de segunda a quinta-feira, das 11h às 2h; sexta-feira e sábado, das 11h30 às 4h; e domingo, das 11h às 1h. FAZENDINHA

Os clientes podem ver o preparo dos pratos, uma vez que a cozinha fica no meio do salão principal do restaurante. Possui lista variada de petiscos, pizzas, massas, carnes e peixes. Av. Isabel Bueno, 1082, Jaraguá. Tel.: (31) 3441-0758. Funciona de segunda a sexta-feira, das 17h à meia-noite, sábado, domingo e feriados, das 11h à meia-noite.

COZINHAS INTERNACIONAIS MACAU

Restaurante de comida chinesa com mais de 100 tipos de pratos variados. Av. Olegário Maciel, 1767, Lourdes. Tel.: (31) 3337-3685. Funciona de terça a quinta-feira, das 11h30 às 14h30 e das 18h às 23h30; na sextafeira, das 11h30 às 14h30 e das 18h à meia-noite; no sábado, das 11h30 às 16h e das 18h à meia-noite; e no domingo, 11h30 às 16h30 e das 18h30 às 23h.

partir das 19h. e no domingo, do meio-dia às 18h.

quinta e sexta-feira, das 18h à 1h; e no domingo, das 11h à meia-noite.

MAMMA RITA

SPLENDIDO

Restaurante de comida italiana com amplo cardápio de carnes, pães, pizzas e massas.

Restaurante cuja cozinha se inspira no norte da Itália, agregando influências francesas.

Av. Guarapari, 510, Sta Amélia. Tel.: (31) 3427-9575. Funciona de terça a sexta-feira, das 18h à meia-noite; no sábado, do meiodia à 1h e no domingo do meio-dia à meia-noite.

Rua Levindo Lopez, 251, Savassi. Tel.: (31) 3227-6446. Funciona de segunda a sexta-feira, do meio-dia às 15h e das 19h às 1h; no sábado, das 19h às 2h; e no domingo, do meio-dia às 17h.

AURORA

Restaurante que mescla a comida mineira e do exterior, com influência da cultura grega. Rua Expedicionário Mário Alves de Oliveira, 421, São Luiz. Tel.: (31) 34987567. Funciona de quarta a sábado, a

50 Diário de Bordo

DIVULGAÇÃO

UN'ALTRA VOLTA

Restaurante de comida italiana especializado em molhos e massas. Rua Grão Mogol, 715, Sion. Tel.: (31) 3225-0403. Funciona de segunda a quarta-feira, das 18h à meia-noite;


CASAS DE SHOW BARRA LOUNGE DISCO

Boate anexa à choperia Barra Beer e possui três ambientes: lounge, bar e pista de dança. Av. Presidente Antônio Carlos, 7585, Pampulha. Tel.: (31) 3497-3133. Funciona na quinta-feira, a partir das 21h30; sexta-feira e sábado, a partir das 22h. CHEIO DE GRAÇA LOUNGE BAR

A casa é uma mistura de bar e boate com músicas variadas. Aos domingos, a partir das 19h, funciona como clube GLS. Av. do Contorno, 5727, Funcionários. Tel.: (31) 3281-4637. Funciona de quarta a sábado, a partir das 21h.

do dia da semana. Alameda da Serra, 18, Nova Lima, Vale do Sereno, Trevo Seis Pistas. Tel.: (31) 3286-3155. Funciona de segunda-feira a domingo, a partir das 18h. FLOR & CULTURA MULTIESPAÇO

Durante o dia, funciona como floricultura e, á noite, dá lugar a uma boate. Av. Raja Gabaglia, 4678, Santa Lúcia. Tel.: (31) 3296-2414. Funciona de sexta e sábado, a partir das 22h; e no domingo, das 18h às 22h. RECLICLO ASMARE CULTURAL

CLUBE DO CHALEZINHO

Casa decorada com material reciclado e espaço cultural para apresentações de shows e espetáculos.

Boate com festas temáticas, dependendo

Av. do Contorno, 10.564, Barro Preto.

Tel.: (31) 3295-3378. Funciona de quarta a sábado, a partir das 21h. A OBRA BAR DANÇANTE

Casa que toca principalmente rock e tendências criativas da música contemporânea. Rua Rio Grande do Norte, 1168, Savassi. Tel.: (31) 3261-9431. Funciona de quarta a sábado, a partir das 22h. ROXY / JOSEFINE

Apesar de funcionarem no mesmo espaço, a Roxy é voltada para o público hétero, e a Josefine é uma boate voltada ao público GLS. Rua Antônio de Albuquerque, 729, Savasi. Tel.: (31) 3269-4405 / 3269-4410. Funciona de quarta a domingo, a partir das 23h.

TEATROS

ESPAÇO CULTURAL AMBIENTE

Rua Grão Pará, 185, Sta Efigênia. Tel.: (31) 3227-7331

TEATRO DA MAÇONARIA

TEATRO DA CIDADE

Av. Brasil, 478, Sta Efigênia. Tel.: (31) 3213-4959.

Rua da Bahia, 1341, Centro. Tel.: (31) 3273-1050. DIVULGAÇÃO

TEATRO ALTEROSA

Av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta. Tel.: (31) 3237-6611 TEATRO FRANCISCO NUNES

Av. Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal. TEATRO DOM SILVÉRIO

Av. Nossa senhora do Carmo, 230, Savassi. Tel.: (31) 3209-8989. TEATRO SESI MINAS

Rua Padre Marinho, 60, Sta Efigênia. Tel.: (31)3241-7181. TEATRO DO SESC

Rua Tupinambás, 908, Centro. Tel.: (31) 9305-1071.

Teatro Francisco Nunes é uma ótima opção

Diário de Bordo 51


Programe-se

SELECIONADOS

NO ESCURINHO DO CINEMA: Na terra de cego, quem tem um olho é rei. O ditado popular ilustra bem o filme Blindness - Cegueira, baseado no livro Ensaio sobre a Cegueira, da obra de José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. A trama retrata uma epidemia de cegueira que se alastra rapidamente no mundo e faz uma metáfora interessante sobre os costumes e os valores da vida humana. Na história, a esposa de um médico é a única pessoa capaz de enxergar numa cidade onde todas as pessoas são misteriosamente tomadas por uma repentina cegueira. O fato acaba criando o caos e a desordem entre a população. Integram o elenco da co-produção Brasil/Canadá nomes como Mark Ruffalo, Julianne Moore, Gael Garcia Bernal, Danny Glover, Jorge Molina, Sandra Oh e a brasileira Alice Braga. O filme teve locações em Toronto, Montevidéu e São Paulo e sua estréia está prevista para o segundo semestre de 2008.

dida na imensidão da Amazônia, que há 20 anos comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho, que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor do irmão da menina morta, Tadeu. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia. No elenco têm Daniel de Oliveira, Jackson Antunes, Dira Paes e Cássia Kiss no elenco. O filme foi selecionado para o programa Cine en Construcción, no Festival de San Sebastián, e foi premiado pelo Procine (Governo do Estado do Rio de Janeiro), pelo Hubert Bals Fund (para desenvolvimento e finalização) e pelo Programa Ibermedia (para desenvolvimento e produção). COMER BEM:

Uma discussão sobre fé, religiosidade e costumes do interior do nosso Brasil. No filme A Festa da Menina Morta, estréia do ator Matheus Nachtergaele como diretor, conta a história de uma comunidade per-

Um espaço aconchegante onde os amigos podem se reunir para jogar conversa fora. Os Cafés já se tornaram points obrigatórios dos belo-horizonti-

nos e a cada dia estão ganhando mais adeptos. Um dos Cafés mais famosos da capital mineira, e outubro de 2006, o Café 3 Corações, que funcionava há mais de uma década como ponto de encontro cultural e gastronômico, teve as suas atividades encerradas após ter seu espaço ocupado por uma loja de telefonia celular. Seis meses depois, em 2007 a casa voltou a funcionar num formato menos e mais reduzido. E maio de 2008, o Café 3 Corações voltou a funcionar com a mesma estrutura aconchegante de antes. As opções básicas estão o cafezinho (R$ 1), expresso (R$ 2), machiato (R$ 2,50) e capuccino (R$ 2,80). Endereço: Rua Antônio de Albuquerque, 489, Savassi. Tel.: (31) 3284-6230. Funcionamento: aberto diariamente de 08h à meia-noite. Um espaguete na chapa com tudo que você quiser, já pensou? Na Cantina do Chef Marquinho, o cliente pode usar de toda a sua criatividade para pedir o seu macarrão como quiser. Num ambiente simples e de atmosfera familiar, a cantina serve também pizzas e caldos diversos. A Cantina do Chef fica na rua Borges, 355, paralelo à av. Isabel Bueno), no bairro Jaraguá. Tel.: (31) 3441-5397.

DIVULGAÇÃO

Matheus Nachtergaele

Ambiente aconchegante, quintal com plantas, mesas a céu aberto e um pequeno espaço anexo que serve como galeria de arte. No restaurante Maria Cocah você encontra uma variada lista de pratos no menu entre petiscos, saladas, massas e grelhados. Todo sábado tem samba (R$ 6 de couvert e R$ 10 de consumação), à partir das 18h. Endereço: Rua Sergipe, 1440 / loja C, Savassi. Tel.: (31) 3225-5510. Funciona de segunda à quarta-feira, das 12h às 17h; quinta à sexta-feira, das 12h às 02h e no sábado, das 14h às 02h.


HOTÉIS

Amazonas Palace Hotel

Estoril Hotel

Mercure BH Lourdes

Av. Amazonas 120 - Centro Tel.: (31) 3309-4650

Rua Carijós 454 - Centro Tel.: (31) 3201-9322

Av. do Contorno 7315 - Lourdes Tel.: (31) 3298-4105

Augustus Hotel

Évora Palace Hotel

Ouro Minas Palace

Av. do Contorno 7090 - Lourdes Tel.: (31) 3281-5344

Rua Sergipe 1415 - Savassi Tel.: (31) 3227-6220

Av. Cristiano Machado 4001 - Ipiranga Tel.: (31) 3429-4001

Belo Horizonte Plaza

Frimas Hotel

Othon Palace

Rua Timbiras 1660 - Lourdes Tel.: (31) 3247-4700

Av. do Contorno 2157 - Santa Tereza Tel.: (31) 3248-4800

Av. Afonso Pena 1050 - Centro Tel.: (31) 2126-0000

Ambassy Hotel

Gran Dayrell Minas Hotel

Palmeiras da Liberdade Hotel

Rua Caetés 633 - Centro Tel.: (31) 3279-5000

Rua Espírito Santo 901 - Centro Tel.: (31) 3248-1188

Rua Sergipe 893 - Savassi Tel.: (31) 3263-3500

Brasil Palace Hotel

Hotel Financial

Quality Hotel

Rua Carijós 269 - Centro Tel.: (31) 3273-3811

Av. Afonso Pena 571 - Centro Tel.: (31) 3270-4000

Av. Afonso Pena 3761 - Serra Tel.: (31) 2111-8900

BH Plaza Hotel

Hotel Savassi

Royal Center Hotel

Rua Timbriras 1660 - Lourdes Tel.: (31) 3247-4700

Rua Sergipe 939 - Savassi Tel.: (31) 3526-3266

Rua Rio Grande do Sul 856 - Lourdes Tel.: (31)2102-0000

BH Lourdes Hotel

Hotel Wimbledon

Serrana Palace Hotel

Rua Timbiras 1660 - Lourdes Tel.: (31) 3247-4700

Av. Afonso Pena 772 - Centro Tel.: (31) 3222-6160

Boulevard Plaza

Ibis Belo Horizonte

Av. Getúlio Vargas 1640 - Savassi Tel.: (31) 3269-7000

Av. João Pinheiro 602 - Funcionários Fone: (0xx31) 3224-9494

Caesar Business BH

Internacional Plaza Palace Hotel

Av. Luís Paulo Franco 421 - Belvedere Tel.: (31) 2123-9898

Rua Rio de Janeiro 109 - Centro Tel.: (31) 3201-5060

Caesarea Palace Hotel

Rua Bernardo Guimarães 925 Funcionários Tel.: (31) 3263-7000

Lorman Hotel

Classic Hotel

Liberty Palace

Rua Guarani 165 - Centro Tel.: (31) 3201-6100

Rua da Bahia 2727 - Savassi Tel.: (31)3282-3366

Rua Paraíba 1465 - Savassi Tel.: (31) 2121-0900

Comodoro Tourist Hotel

Normandy Hotel

Rua Carijós 508 - Centro Tel.: (31) 3201-5522

Rua Tamóios 212 - Centro Tel.: (31) 3201-6166

Rua Goitacazes 450 - Centro Tel.: (31) 3271-0200 Sol Belo Horizonte

Rua da Bahia 1040 - Centro Tel.: (31) 3274-1344 Via Contorno Hotel

Av. do Contorno 9661 - Prado Tel.: (31) 3275-2599 DIVULGAÇÃO


Programe-se

POUSADAS E FLATS Pousada Sossego da Pampulha

Champagnat Apart-Hotel

St. Paul Residence Service

Av. Cel José Dias Bicalho 1258 Pampulha Tel.: (31) 3491-8020

Rua Santa Rita Durão 1000 - Savassi Tel.: (31) 3261-5755

Rua São Paulo 1636 - Lourdes Tel.: (31) 3291-5559

Pousadinha Mineira

Ianelli Apart-Hotel

Rua Araxá 514 - FlorestaTel.: (31) 3423-4105 Chalé Mineiro

Rua Santa Luzia 288 - Santa Efigênia Tel.: (31) 3467-1576 AJ O Sorriso do Lagarto

Rua Paraíba 1287 - Savassi Tel.: (31) 3269-2800

Rua Guajajaras 885 - Centro Tel.: (31) 3217-8705

Volpi Apart-Hotel

Rua Levindo Lopes 231 - Savassi Tel.: (31) 3281-1036

Rua Cristina 791 - São Pedro Tel.: (31) 3283-9325

Guignard Apart-Hotel

Pancetti Apart-Hotel

San Francisco Flat Service

Rua Pernambuco 1045 - Savassi Tel.: (31) 3269-1300

Mercure Casablanca

Rua Tomé de Souza 1075 - Savassi Tel.: (31) 3227-3599 Av. Álvares Cabral 967 - Lourdes Tel.: (31) 3330-5600

Mercure Lifecenter

Rua Cícero Ferreira 10 - Serra Tel.: (31) 3280-3700 Mercure My Place

Rua Professor Morais 674 - Savassi Tel.: (31) 3281-2191


Mercure Apartaments Vila da Serra

Le Flamboyant Home Service

Alameda da Serra 405 - Belvedere Tel.: (31) 3289-8100

Rua Rio Grande do Norte 1007 - Savassi Fone: (0xx31) 3261-5233

Bristol Algarve Apart Hotel

Max Savassi Apart Service

Rua São Paulo 1628 - Lourdes Tel.: (31) 3275-2505

Rua Antônio de Alburquerque 335 Savassi - Tel.: (31) 2101-6466

Cheverny Apart Hotel

Bristol Metropolitan Apart Hotel

Rua Timbiras 1492 - Centro Tel.: (31) 3274-2366

Av. Getúlio Vargas 286 - Savassi Tel.: (31) 3281-1049

Forum Apart Hotel

MK Apart Hotel

Rua Tenente Brito Melo 472 - Barro Preto Tel.: (31) 3290-0950

Rua Cláudio Manoel 489 - Savassi Tel.: (31) 2121-0047

Bristol Golden Plaza Apart Hotel

Pampulha Flat

Rua Rio de Janeiro 1436 - Lourdes Tel.: (31) 3273-0330

Alameda das Latânias 1207 - Pampulha Tel.: (31) 3491-8080

Bristol La Place Apart Hotel

Pampulha Lieu Apart-Hotel

Av. Cristiano Machado 1587 Cidade Nova Tel.: (31) 3481-5122

Rua Desembargador Paula Motta 187 Ouro Preto Tel.: (31) 3490-3500

Park Flat

Rua Viçosa 153 - Savassi Tel.: (31) 3221-1950 Square Apart-Hotel

Praça Hugo Werneck 537 - São Lucas Tel.: (31) 3273-4832 Toronto Tower Residence

Rua Ceará 2001 - Savassi Tel.: (31) 3288-2001 Transamérica Flat Lourdes

Rua Bernardo Guimarães 2032 - Lourdes Tel.: (31) 3290-0933 Villa Emma Residence

Rua Artur Toscanini 41 - Savassi Tel.: (31) 3282-3388


AGENDA

A

capital mineira virou palco de atrações culturais gratuitas nos últimos tempos. Lugares como o Palácio das Artes e Praça da Estação, entre outros, tornaram-se espaços que cedem lugar à realização de eventos em que você não precisa pagar nada para entrar. São os conhecidos popularmente por "0800". Participar de uma palestra, ver um espetáculo de dança, assistir a uma peça de

teatro ou até mesmo prestigiar uma banda ou músico independente podem ser uma alternativa interessante para quem quer agitar o fim de semana. "As rotas culturais gratuitas existem, basta saber aonde procurar porque os grandes veículos não dão muito espaço para esse tipo de evento", desabafa a produtora de moda Mayana Dantas que, pelo

menos uma vez por semana, reúne as amigas para participar de algum evento cultural gratuito no centro de BH. É pensando nessa proposta que a Revista Diário de Bordo apresenta um roteiro com uma programação recheada de eventos para você não ficar parado em casa, divirta-se! Sair sem pagar nada Quem disse que não ter dinheiro no

BH vira pólo de Se você não possui muito dinheiro para sair, não fique em casa! Descubra agora alguns lugares gratuitos que estão fazendo a cabeça dos mineiros Wander Veroni/Repórter

A lei seca resolve o problema dos acidentes nas estradas do Brasil?

É

de conhecimento público e notório que a maioria dos acidentes de trânsito, ocorridos em virtude do consumo de bebidas alcoólicas, acontecem nos centros urbanos, alcançando pedestres, motoristas, passageiro,s e não em rodovias federais. Não existe nenhuma pesquisa no Brasil que comprova que os acidentes

nas estradas são causados pelo consumo de bebidas alcoólicas comprados nos estabelecimentos localizados às margens das rodovias federais. É correto afirmar que a proibição de venda de bebidas alcoólicas às margens de rodovias federais não irá impedir que motoristas continuem a dirigirem embriagados. Os principais motivos que reforçam a minha opinião são: 1 - o motorista pode ter acesso à rodovia dirigindo embriagado, saindo de um sítio ou uma fazenda em direção à cidade onde mora; 2 - o motorista pode carregar bebidas alcoólicas, como

cerveja em caixa de isopor, e outras bebidas quentes dentro do veículo; 3 - o reduzido efetivo da eficiente Polícia Rodoviária Federal, (que, lamentavelmente, agora fiscaliza bares, restaurantes e churrascarias); 4 - o motorista pode sair das rodovias e se dirigir a qualquer rua de uma cidade à beira da estrada para beber cerveja ou outra bebida alcoólica, 5mais de 50% dos bares, restaurantes e churrascarias às margens das rodovias, fazem parte da cidade local, do dia-a-dia daquele município, nada tendo com o movimento nas estradas.


bolso é uma condição necessária para ficar em casa? Belo Horizonte transformou-se, nos últimos anos, em uma das capitais brasileiras que mais produzem atividades culturais gratuitas ou com ingressos com preços mais acessíveis, de acordo com a Associação Mineira de Produtores Culturais. "Com o propósito de ser uma capital cultural, Belo Horizonte aproveita todos os seus espaços para movimentar as

atividades culturais, sejam com shows, espetáculos ou exposições", afirma o músico independente Wellington de Souza que há 8 meses se apresenta em bares do centro da capital e já participou de festivais e shows gratuitos bancados pela iniciativa pública e privada. A capital mineira conta com 36 teatros, 54 salas de cinema, mais de 30 galerias de arte, 18 museus, mais de 20 parques, praças e

bibliotecas espalhadas pelas regionais que também servem como palco para intensa atividade cultural. Se você está de bobeira e não sabe a qual evento deseja ir, basta acessar o site Guia Entrada Franca que mostra todas as atividades culturais de BH, e você pode montar a sua própria programação e reunir os amigos para um divertido passeio. Site Guia Entrada Franca: http://www.guiaentradafranca.com.br/agenda

atrações culturais Segundo pesquisa que está no site do Departamento Nacional de Infra-Estrutura DENIT, realizada pela Policia Rodoviária Federal, o uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias semelhantes está classificado em 10º lugar, ficando atrás da falta de atenção, excesso de velocidade, desobediência à sinalização, falha mecânica, ultrapassagem proibida, sono, além da má conservação das rodovias federais. A pesquisa apresentada pelo ministro da Justiça e pela direção da Policia Rodoviária Federal, em relação ao carnaval, apontou que o número de acidentes, com motoristas "supostamente" alcoolizados foi de 7%. Nada foi comprovado e nenhuma pesquisa apresentada confirmou que o motorista ou vitima de acidente nas rodovias federais, adquiriram ou ingeriram bebida alcoólica, nas churrascarias, bares e restaurantes às margens das rodovias federais. Todas as pesquisas apontam que a maior parte dos aci-

dentes de trânsito, por causa de bebidas alcoólicas, acontece nos centros urbanos, matando e mutilando motoristas, passageiros e pedestres, e não em rodovias federais ou estaduais. Entendo que cabe ao Estado, leiam-se Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, adotar medidas para acabar com a impunidade nos acidentes de trânsito, exemplos como: 1- Reforma asfaltica e privatizações das rodovias federais, 2- aumento das penas dos crimes de trânsito e nas prisões em flagrante (agravante para quem estiver dirigindo alcoolizado), 3- cassação ou suspensão da carteira de habilitação, 4- aumento dos valores das multas, 5- aumento do efetivo da Policia Rodoviária Federal e Estadual, 6- retirada de circulação de veículos que não apresentam a menor condição de trafegar em rodovias e nem em vias urbanas, 7aquisição de mais radares e bafômetros. É preciso acabar com a impu-

nidade de trânsito no Brasil. O titulo de campeão mundial de acidentes de trânsito, iremos perder se houver vontade política. Concluindo, a medida provisória 415, que não é lei, é desnecessária, inoportuna e inconstitucional, por violar, sem nenhum fundamento a Constituição Federal, como a liberdade econômica e acesso ao emprego. Paulo Cesar Marcondes Pedrosa

Presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais FHOREMG Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte SINDHORB paulocesarpedrosa@yahoo.com.br Advogado & Jornalista


MODA

Eles bem vestidos, elas agradecem Cada vez mais preocupados com a beleza e a elegância, os homens descobriram o prazer de se vestir bem

ÇÃO .M FOTOS DIVULGA

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ocê sabe o que é jaqueta Bomber? E calça slim fit? Seu blazer (ou paletó, como preferir), tem um, dois ou três botões? A gravata ainda é um item obrigatório nos trajes sociais? Moleton faz parte do seu guardaroupa? Essas e muitas outras perguntas já não fazem, há muito tempo, parte apenas das conversas femininas. Os homens elegantes e de bom gosto precisam estar 'antenados' às últimas tendências da moda que, para alegria deles, não muda tanto quanto os looks femininos. "Os tons marinho e preto, por exemplo, são sempre clássicos. Mas é importante atualizar o guarda-roupa e criar um estilo que dê oportunidade de variar, mesmo que a escolha seja sóbria", ensina o consultor de moda e estilo Eduardo Tevah. O consultor afirma que este é o inverno dos tons cinzas. Para os homens, vale apostar em peças que vão do grafite ao cinza médio. A padronagem risca-de-giz é o destaque da estação. "Imagine, então, um traje cinza com risca-de-giz; é sucesso garantido", garante Eduardo. Quem usa gravata deve abusar dos tons lilás, rosa e roxo. "Essas cores fashion encontram seu lugar no guarda-roupa masculino e quebram um pouco a sobriedade do cinza". As gravatas estão ligeiramente mais estreitas e as listradas caem muito bem. Quanto às meias, é unanimidade entre os estilistas: elas devem combinar com os tons da calça. "Se sua região é muito fria, opte por cachecóis para proteger-se. Mas certifique-se que eles são discretos e em tons neutros", aconselha Tevah. Para os que fazem o estilo social, uma dica: os trajes (ou ternos) estão mudando. Os modelos de blazer com três botões continuam sendo usados, mas a modelagem com apenas dois botões é forte tendência. "Evidenciada no inverno europeu, a


nova modelagem já faz parte dos guardaroupas dos homens elegantes. Outro detalhe do blazer é que ele tem uma abertura traseira", explica. Os paletós têm agora modelagem mais ajustada ao corpo e lapelas mais estreitas. O consultor afirma, ainda, que está em alta o uso de trajes sem gravatas. As calças do inverno seguem a modelagem slim fit, mais justas ao corpo e sem pregas. Tecidos como a lã fria deixam o terno muito elegante e pronto para encarar os dias amenos. Eduardo Tevah vê o sobretudo como peça-coringa do guarda-roupa masculino. "Ele evita a necessidade de ter de se agasalhar demais na rua e, depois, ter de enfrentar um ambiente fechado, mais quente. Os sobretudos do inverno 2008 têm modelagem reta, na altura dos joelhos, e aparecem em três cores: preto, bege (camel) e cinza. É preciso combinálo com o tom do terno". Veludo é o tecido de maior destaque na estação quando as peças são casuais. Um paletó esportivo nesse tecido é marcante, e as calças de veludo, além de elegantes, aquecem na medida certa. Calças Os jeans estão mais coloridos, com lavagens em tons de preto, marrom e verde. A composição com strech e lycra tornam as calças confortáveis (mas não justas como as femininas). A combinação jeans e paletó é muito elegante para homens casuais. Já as camisas esportes aparecem no padrão xadrez, que fica muito bem com calças lisas. Quando usar uma jaqueta ou paletó por cima, evite a

sobreposição de padrões. Em ocasiões bem descontraídas, o moletom é a escolha certa, mas sempre acompanhado por tênis. Já no esporte elegante, prefira as malhas, principalmente as com fecho, que são destaque nesta estação. "Um traje sem gravata, usada com uma camisa lisa por baixo, jeans com camisa xadrez e uma jaqueta de couro preta e calça social sem pregas cinza, com uma camiseta básica cinza e um blazer preto são looks casuais, muito fashion", informa Eduardo. Bomber Este é, sem dúvida, o inverno do couro. "O maior hit da moda é a modelagem Bomber, ligei-

ramente mais longa que uma jaqueta. Não é um sobretudo, nem uma jaqueta. É simplesmente Bomber", adianta Tevah.

Para os homens, vale apostar em peças que vão do grafite ao cinza médio


SAÚDE

Frio X Pele: Cuidados que amenizam doenças Nova estação pode intensificar problemas como alergias e acne

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s mulheres já sabem, mas muitas se esquecem. Com a chegada do inverno, a pele necessita de atenção maior. O frio e a diminuição da umidade relativa do ar trazem uma série de problemas decorrentes do ressecamento. A pele seca é a que sofre mais, intensificando problemas como alergias ou moléstias de origem genética, como por exemplo, a psoríase, ictioses e outras. O mais importante, nestes casos, é tentar compen60 Diário de Bordo

sar os efeitos com o uso produtos à base de óleo de amêndoa, aloe vera, uréia, vegellip e outros. A utilização de hidratantes em períodos diferentes do banho completa os cuidados. As oleosas tendem a ficar mais gordurosas, pois têm a capacidade de aumentar a secreção para se proteger do frio, ocasionando a acne e a seborréia. Nesse tipo de derme, o melhor é utilizar os hidratantes em forma de gel, que não têm base oleosa, protegem do frio e minimi-

zam o aparecimento de espinhas e cravos. Uma recomendação que vale para todos é diminuir o tempo de permanência no banho e a temperatura da água. Assim, a pele não perde em excesso o manto hidrolipídico, ou seja, a oleosidade natural. Importante também é usar sabonetes nas partes do corpo mais sujeitas ao suor, como axilas, virilhas e pescoço. E, ao final da ducha, com a pele ainda umedecida, utilizar óleos para lubrificação, enxugando-se depois.


Mário Brito - Humor

À BORDO DA ALEGRIA Mário Brito

APOSENTADORIA Quando o sujeito apresentou a documentação para a merecida aposentadoria do INSS, a atendente pediu a carteira de identidade pra confirmar a idade. Ele percebeu que tinha esquecido em casa e falou para a atendente: - Esqueci, vou até em casa buscar e já volto. A mulher respondeu rapidamente: - Não precisa, é só desabotoar a camisa. Ele abre a camisa meio sem jeito e mostra o peito cheio de pelos grisalhos e a atendente comenta: - Tudo bem, esse cabelo prateado é prova bastante para mim. Ela então, processa o protocolo, e ele recebe os documentos. Quando chega em casa, o sujeito conta para a mulher sobre a experiência no guichê do INSS, e ela responde: - Você bobeou; devia ter baixado as calças. Iria conseguir uma APOSENTADORIA POR INVALIDEZ!

mariobrito10@yahoo.com.br

CONOSCO Um dia, um caipira foi entregar o leite na casa do patrão bem na hora do almoço e foi convidado a comer com a família. Com vergonha de sua falta de modos, ele preferiu não aceitar. O patrão insistiu: - Coma conosco. E o caipira: - Não, brigado. - Coma conosco, está uma delicia! - Ah, tudo bem, acho que vou experimentar um conosquinho, então.

CURIOSIDADE "Sempre que você chegar pontualmente a um encontro, não haverá ninguém lá para comprovar, se ao contrário você se atrasar, todo mundo terá chegado antes de você."

NOTA 10 O menino chega da escola, e a mãe pergunta: - Que nota você tirou na escola? - Tirei 10, mãe! E a mãe, abraçando o garoto: - Que alegria ouvir isso, filho! - Obrigado, mãe, obrigado... - Foi Português e Matemática, né? Você tirou 10 nas duas? - Não, mãe...Tirei 1 em uma e 0 na outra...

Agente Funerário só joga buraco pra poder pegar o morto

NASCEU Na sala de espera da maternidade: - Com quanto seu filho nasceu? - Cinco mil reais, fora o anestesista!

LOIRA VELHA O guarda pára aquela senhora loira na blitz: - Quando a senhora passou pelo sinal, eu calculei 70 no mínimo! - Ah, deve ser essa roupa. Ela sempre me faz parecer mais velha!

IDÉIAS E DESENHOS/ 9375-1575

HEIN?? A mulher chega em casa e pega o marido na cama com a empregada: - Mas que coisa mais FEIA, Juvenal! - FEIA, mas é boa de cama!

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BELEZA

Para uma boa transformação é necessário escolher o tipo certo de produto

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Você tem cabelos lisos? Paulo Azevedo

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oi-se o tempo em que as mulheres ficavam horas a fio nos salões de beleza, tentando domar os cabelos rebeldes. A indústria de cosméticos sabe que milhões de mulheres alimentam o sonho de ter cabelos lisos e saudáveis. Uma pesquisa da Loreal mostra que metade das entrevistadas gostariam de ter os cabelos lisos. A mesma pesquisa mostra ainda que somente 27 % das que responderam o questionário se concederam o direito de dizer que são "donas de cabelos lisos". O resultado desse tormento feminino é que, a cada dia, surgem novas técnicas e produtos mais eficazes para cuidar da beleza. Basta dizer que a famosa escova definitiva mal havia emplacado, e a escova progressiva já estava chegando ao mercado. Muita gente chegou a imaginar que depois delas não havia mais nada a se inventar. Mas aí está o engano. Veio o formol, que gerou tanta polêmica, 62 Diário de Bordo

e logo em seguida várias técnicas de transformação foram lançadas para todos os tipos e formas de cabelos. Mas o que fazer para ter cabelos lisos com saúde? Para uma boa transformação, é necessário escolher o tipo certo de produto para o cabelo, levando em conta espessura, densidade, porosidade e elasticidade. Nessa onda de transformação, destaca-se o Photon Hair Uom. Trata-se de um sistema que combina uma substância chamada tioglicolato, com aplicação de Fótons. O resultado provoca uma reação fotoquímica no cabelo, responsável pela mudança na estrutura dos fios. E o tratamento para tornar os cabelos não só lisos, mas também cacheados ou modelados, utiliza produtos não agressivos à saúde dos fios. Segundo os especialistas, pode ser usado também em cabeleiras virgens, tingidas, com mechas, descoloridas,

relaxadas, e até mesmo por gestantes, além de tratar e dar vida nova aos cabelos. O tratamento leva cerca de duas a quatro horas, e o efeito permanece definitivo. Depois disso, é só retocar as raízes. A lopitexturizacao é outra possibilidade. É um sistema desenvolvido exclusivamente para o Brasil, conhecido pelo clima e a misturas de raças que resultam em cabelos miscigenados, com características bem especiais. A proposta da lopitexturizacao é controlar o volume e soltar os cachos mais difíceis ao mesmo tempo em que nutre e fortalece a estrutura da fibra capilar. E, por fim, existe a Hot Express. O grande diferencial dessa técnica é o poder de transformar e colorir ao mesmo tempo, evitando que você tenha que escolher a forma ou a cor. No mais e só encontrar um bom profissional, fazer o teste de mechas e dar adeus aos cabelos rebeldes.




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