Digital Security 78

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Ano 5 • No 78• Fevereiro/2018

78 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista BRUNO JOUAN SEGURPRO Entenda a proposta e demandas da nova empresa focada em vigilância e tecnologia

Carnaval em Jundiaí

GESTÃO INTEGRADA E TECNOLOGIA GARANTEM FOLIA TRANQUILA

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Editorial

Conectados com

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epois da primeira feira de segurança do ano, a Intersec, que aconteceu em Dubai em janeiro, o Brasil dá o pontapé inicial em seus eventos do setor com a realização da ISC Brasil 2018. Puxando o calendário e adiantando um pouco as atividades do mercado, o evento deste ano reflete a necessidade de mudanças pela qual o mercado, como um todo, atravessa. O número enxuto de expositores e a aposta em novos segmentos chamam a atenção antes mesmo de o encontro ter início. Tendo como foco as necessidades do público consumidor, o formato diferenciado do evento abre caminho para reforçar e valorizar a experiência do usuário/ integrador em diferentes verticais como aeroportos, hospitais e universidades, demonstrando como a integração de tecnologias funciona na prática. Por outro lado, a ISC Brasil 2018 aposta na convergência dos setores, colocando em um mesmo espaço segurança eletrônica, segurança pública, segurança privada e patrimonial, sem esquecer a segurança cibernética, um segmento que, ao longo dos anos, ganhou força, e que hoje é motivo de grandes investimentos por parte das empresas. A programação e um espaço específicos para essa vertical são exemplos de uma nova trajetória e da evolução do mercado de segurança nos últimos anos. Com o objetivo de refletir o momento do mercado, o evento deste ano tem como missão atrair compradores. Para isso, serão estabelecidas políticas de comunicação específicas para as diversas verticais com as quais o mercado trabalha como indústrias, construção, transporte e logística, varejo, hospital, hotel, bancos, aeroportos, agricultura, universidades, shopping center e condomínios. Com foco total no visitante e na conexão entre os diversos segmentos, a ISC 4.0, como é chamada, está em contagem regressiva para começar. Com mais horas de programação e conteúdo específico ainda mais relevante, ela tem tudo para ser diferente das outras edições e, quem sabe, encontrar um novo caminho de crescimento. Fica a nossa torcida.

Redação Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Eduardo Boni Publisher

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Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br


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Sumário

produtos e serviços

Giga Security

pg10 Novos produtos Open HD 720p e 4 MP

Axis Communications

pg10 Device Manager integra gestão e controle de dispositivos IP

CASE STUDY

Carnaval em Jundiaí

pg24 Órgãos de segurança e administração municipal utilizam tecnologia de vigilância em conjunto para alcançar resultados satisfatórios

Sist

Avigilon

pg12 Companhia lança nova tecnologia de IA para detecção de movimento incomum

Leitu de v

Vivotek

pg12 Câmeras 65 Series focam em cibersegurança e compressão avançada

Mercado

IDEMIA pg14 Marcelo Bellini Garcia liderará fusão entre OT e Safran/ Morpho na América Latina Bosch

pg14 Divisão Security Systems torna-se Building Technologies

entrevista

Bruno Jouan – SegurPro

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Reposicionamento mercadológico

Eventos

Plata

Motorola Solutions

pg16 Multinacional se posiciona para dominar o mercado de segurança com aposta em serviços e compra bilionária da Avigilon

Geren (men entra

Módu corret ARTIGO

CFTV: de olho no panorama atual

agenda

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LANÇAMENTO

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13ª FEIRA E CONFERÊNCIA MARÇO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA


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13ª FEIRA E CONFERÊNCIA MARÇO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA

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Produtos e Serviços Giga Security

Novos produtos

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Giga Security, marca do Grupo Multilaser e fabricante nacional de equipamentos de segurança eletrônica, está ampliando seu portfólio de soluções para CFTV. Neste mês de fevereiro, a companhia anunciou o lançamentos de duas linhas de produtos: os HVRs e câmeras de 4 megapixels para projetos de alta performance, e os DVRs OPEN HD LITE 720p para projetos mais econômicos. O objetivo da Giga é tornar os equipamentos com resolução 4 MP mais acessíveis para acelerar o uso em projetos de monitoramento de qualquer porte ou orçamento para aumentar a performance dos sistemas. Segundo a empresa, esses produtos terão preços tão atrativos quanto uma solução Full HD atual de outras marcas. Compatíveis com câmeras CVBS, AHD, HDCVI e HDTVI, os novos HVRs OPEN HD 4 MEGA serão comercializados em modelos para 4, 8 e 16 câmeras (canais BNC) e trabalharão com compressão H.264+ para economizar em até 50% as necessidades de banda e armazenamento. Para o monitoramento das imagens, os modelos oferecem saída de vídeo BNC, HDMI e VGA, com o modelo de 16 canais suportando saída 4K via HDMI.

Na linha de câmeras infravermelho de 4 MP, a Giga lança inicialmente dois modelos: tubular e dome, nas cores branca, com fabricação em metal e proteção IP66. O alcance do infravermelho chega a 30 metros, e oferece lente de 4mm e sensibilidade de 0.01 lux para capturar imagens em 2560x1440p. Voltados para projetos menores e sensíveis a preço, a Giga Security também expandiu o portfólio de DVRs OPEN HD LITE, com modelos para 4 e 8 câmeras 720p. Com suporte para até 1 HDD de 10TB, o gravadores oferecem as mesmas compatibilidades de tecnologia de câmeras da linha de 4 MP, com o diferencial de oferecer os serviços DDNS Giga e nuvem gratuitos. Com isso, o acesso das imagens pode ser feito via app, software CMS ou browser web, além da visualização local com monitores com entradas HDMI ou VGA. Feito com um revestimento em plástico resistente, os DVRs ainda oferecem proteção elétrica contra surto. Todos esses modelos podem se aproveitar do serviço de Troca Fácil da Giga Security que facilita e agiliza a troca de produtos com defeitos, com cobertura para todo o Brasil. DS Para mais detalhes, acesso o site www.gigasecurity.com.br

Axis Communications

Device Manager integra gestão

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Axis Communications anunciou o lançamento do Axis Device Manager, uma nova ferramenta de gestão de dispositivos on-premise para as principais tarefas de instalação e manutenção dos dispositivos IP da marca. O novo software surge para substituir o Axis Camera e expandir as suas capacidades para outras soluções como controle de acesso e dispositivos de áudio, além de fortalecer a cibersegurança da rede. Como as ameaças de segurança estão se tornando mais comuns, o AXIS Device Manager permite uma proteção proativa de dispositivos e redes. Com ele, é possível gerenciar até dois mil dispositivos entre câmeras de rede, controle de acesso e de sonorização em uma única interface, seja localmente ou em infraestruturas multi-site. Com o Device Manager é possível realizar diversas tarefas de gestão de rede e dispositivos de forma centralizada, seja atribuir automaticamente os endereços IP ou instalar, configurar, substituir e atualizar um único dispositivo. Além disso, com alguns poucos cliques é possível copiar as configurações para outros milhares de dispositivos, conectando múltiplos servidores e sistemas. Também oferece recursos como pontos de restauração e retorno às configurações padrão de fábrica, permitindo atualizar o firmware dos dispositivos, com gerenciamento e atualização de contas de usuários e senhas utilizando certificações HTTPS e IEEE 802.1x. Suporte à cibersegurança O novo Axis Device Manager oferece melhorias na segurança dos dispositivos conectados ao permitir a gestão centralizada de conta, senhas e certificados de cibersegurança seguindo o guia de harde-

ning de rede da Axis, o que potencialmente reduz o custo para os instaladores e administradores de sistemas. “Ser capaz de acessar e instalar, adaptar e proteger de forma eficiente todos os dispositivos da sua rede economiza tempo”, comentou Ola Lennartsson, Gerente de Produto Global e Gerenciamento do Sistema da Axis Communications. “No mundo acelerado de hoje, qualquer dispositivo ou rede estática não é apenas antiquado, é potencialmente propenso a ameaças cibernéticas. Portanto, é importante garantir que nossos clientes possam usar uma ferramenta que lhes permita gerenciar de forma fácil, rápida e decisiva todos os dispositivos em sua rede. AXIS Device Manager é essa ferramenta” DS

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Produtos e Serviços Avigilon

Companhia lança nova tecnologia de IA

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Avigilon anunciou a sua mais nova tecnologia de analítico de vídeo, o Unusual Motion Detection (UMD ou Detecção de Movimento Incomum, em tradução livre), que estará disponível a partir da versão 6.8 do Avigilon Control Center (ACC). O UMD é baseado em inteligência artificial e promete trazer um novo nível de automação para a vigilância por vídeo, revelando eventos que, de outra forma, seriam perdidos. Sem nenhuma configuração ou regras pré-definidas, a tecnologia UMD pode aprender continuamente quais são as atividades típicas de uma cena e detectar e acionar alarmes em caso de uma movimentação incomum. Isso permite que os operadores pesquisem através de uma grande quantidade de gravações de forma mais rápida, uma vez que o UMD foca sua atenção em eventos atípicos que possam precisar de mais investigação. “Hoje, a maioria do vídeo gravado não é visto nunca, significando que eventos críticos possam não ser detectados. A Avigilon está utilizando a tecnologia de inteligência artificial do UMD para ajudar

os clientes a extrair dados e informações valiosas dos seus fluxos de vídeo”, disse Mahesh Saptharishi, diretor de tecnologia da Avigilon. “Conforme o UMD continua a evoluir, ele oferecerá capacidades avançadas para os operadores, tanto em investigações forenses quanto em segurança preventiva em tempo real”. A interface melhorada do ACC 6.8 também permitirá aos usuários filtrar a sua linha do tempo de vídeo gravado e automaticamente rever os eventos de movimento incomum. Esses eventos serão exibidos em uma tela de reprodução intuitiva que promete guiar os usuários através dos clipes de destaque. No lançamento, que está previsto para o primeiro trimestre deste ano, a tecnologia UMD está compatível com as câmeras box, bullet e dome da linha H4 da Avigilon, sendo expandindo para outras câmeras do portfólio da marca ao longo do ano. Os clientes poderão atualizar alguns produtos legados para que possam utilizar a ferramenta. DS

Vivotek

Câmeras 65 Series focam em cibersegurança

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Vivotek está apresentando a sua primeira linha de câmera de segurança IP com a tecnologia de cibersegurança da Trend Micro embarcada, as 65 Series. Com compressão H.265/HEVC, a linha chega ao mercado com três modelos dome fixas de 2 megapixels, FD9165-HT, FD9365-HTV e FD9365-EHTV e duas bullet de 2 megapixels, IB9365-EHT e IB9365-HT. A série de câmeras inclui o software anti-intrusão da Trend Micro para detectar e prevenir automaticamente ataques baseados em credenciais, além de bloquear eventos suspeitos e permitir mais segurança na rede IP. Além disso, as câmeras H.265 estão equipadas com uma nova geração de tecnologia de compressão, chamados Smart Stream III e SNVII (Supreme Night Visibility II), para otimizar a largura de banda e a eficiência de armazenamento em até 90%, garantindo a segurança 24h por dia.

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As cinco câmeras possuem SNV II, WDR Pro II e Smart IR II, que proporcionam imagem de qualidade durante a noite a partir da redução de pontos que exigem IR (infravermelho) e do controle de intensidade IR. Outra novidade é que os iluminadores infravermelho têm alcance de até 50 metros. “Os ataques cibernéticos tornaram-se recentemente um problema sério para diferentes setores, inclusive para a indústria de vigilância de IP”, afirmou Shengfu Cheng, diretor da divisão de desenvolvimento de produtos e marketing da Vivotek. “A Vivotek dá uma enorme importância para esse problema, focando em fornecer aos usuários produtos com os mais altos níveis de confiabilidade e qualidade. Com isso em mente, a empresa está orgulhosa de lançar essa linha de câmeras H.265”. DS Para mais informações acesse www.vivotek.com



Mercado IDEMIA

Marcelo Bellini Garcia liderará fusão entre

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IDEMIA, companhia nascida da fusão entre a OT (Oberthur Technologies) e a Safran Identity & Security (Morpho) e com foco em Identidade Aumentada, anunciou Marcelo Bellini Garcia como seu o novo presidente na América Latina. Neste cargo, o executivo terá como missão consolidar o processo de integração entre as operações das empresas que deram origem à IDEMIA. Além disso, Bellini tem a meta de dobrar o faturamento da região em soluções digitais. Para isso, aposta em biometria e pagamentos móveis. “Para atender a essa expansão, a Idemia vai investir 1 bilhão de euros em P&D nos próximos cinco anos. Na América Latina, vamos aproveitar a maturidade tecnológica do mercado para alavancar nossas ofertas e ampliar as operações da região”, conclui. Bellini continuará na vice-presidência da unidade de negócios Financial Institutions, área direcionada a bancos, sistemas de pagamento e processadores de transações, que promove a segurança nos mais diversos pagamentos. Formado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Bellini possui MBA em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Antes de assumir a

presidência da operação latinoamericana da IDEMIA, Bellini ocupou posições de liderança na antiga Morpho por 20 anos, incluindo a diretoria de operações no Brasil e a presidência da empresa na Colômbia e nos Estados Unidos. DS

Bosch

Divisão Security Systems torna-se

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partir de 1º de março de 2018, a divisão Bosch Security Systems será chamada de Bosch Building Technologies. No negócio de integração de sistemas, a Bosch Security Systems já oferece aos seus clientes mais do que soluções de segurança e tecnologia de comunicação. “Queremos que o nosso portfólio reflita melhor o nosso nome”, diz Gert van Iperen, presidente da divisão Bosch Security Systems. Esta nova divisão compreende duas unidades organizadas: o negócio de produtos globais, que fornece as soluções e equipamentos para que terceiros integrem os sistemas, e o de serviços de integração de sistemas regionais que atua em oito países, majoritariamente nos Estados Unidos e na Europa. Nestes oito países, esses serviços integram sistemas e soluções para edifícios comerciais diretamente aos clientes finais. Dependendo da região, o portfólio inclui a construção de segurança, serviços de energia e automação de construção. Para clientes, isso significa planejamento, instalação e operação dessas soluções, bem como serviços adicionais, de uma única fonte. Já o negócio de produtos globais – que passará a ser conhecida no futuro como Bosch Security and Safety Systems - continuará a operar como um fornecedor global de sistemas de video, intrusão, alarme de incêndio e alarme de voz, além de sistemas de controle

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de acesso e software de gerenciamento, tudo sob a marca Bosch. Seu portfólio é composto por sistemas profissionais de áudio e conferência para transmissão de voz, som e música. Os produtos são distribuídos exclusivamente para integradores de sistemas através de revendedores por atacado. A Digital Security entrou em contato com Robson Marzochi, country manager da Bosch no Brasil, que informou que essa mudança de nome faz parte de um alinhamento estratégico mundial e também vale para a unidade brasileira da companhia. “Nosso portfólio de produtos é muito amplo e não possui apenas soluções de segurança, como vídeomonitoramento, controle de acesso e detecção de intrusão, mas também abarca a detecção e alarme de incêndio, sonorização para evacuação e comunicação. Essa revisão tem como objetivo mostrar o quão amplo é o nosso portfólio para o mercado”. De acordo com o executivo, a sinergia entre esse portfólio de produtos será maximizada a partir desta mudança estratégica. Assim, as unidades de negócio que atuavam de forma separada, agora estarão sob o mesmo guarda-chuva, de forma a compartilhar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para que os produtos sejam lançados já preparados para a integração através dos softwares de gestão da marca. Os nomes das entidades legais da divisão não serão afetados. DS



Eventos Motorola Solutions

Compra bilionária, aposta em serviços

Neste começo de ano, a Motorola Solutions reforçou suas estratégias para fornecer soluções ponta-a-ponta para clientes governamentais e de infraestrutura crítica por Gustavo Zuccherato

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m 2018, a Motorola Solutions chega aos seus 90 anos de história com expectativas altas para fortalecer ainda mais as capacidades de seus clientes e expandir sua presença em outros mercados. Com grandes contratos firmados com o governo e com a iniciativa privada, a companhia aposta em serviços gerenciados e traz para o mercado brasileiro soluções com foco na tecnologia LTE, padrão de comunicação 4G voltado para segurança pública, defesa e infraestruturas críticas. A estratégia e os novos produtos e possibilidades oferecidas por essas soluções foram apresentados em um evento para a imprensa no dia 30 de janeiro na sede da Motorola Solutions em São Paulo. Dois dias depois, a multinacional americana surpreendeu a todos com o anúncio da compra das ações da Avigilon, uma das mais renomadas companhias do mundo em analíticos de vídeo para segurança. Pelo acordo, a companhia especializada em tecnologias de comunicação para missão crítica pagará CAD$27 por ação e assumirá as dívidas da Avigilon, totalizando aproximadamente US$ 1 bilhão na transação. “Essa aquisição traz a plataforma de videovigilância e analíticos avançados da Avigilon para o fluxo de trabalho de segurança pública, ao mesmo tempo que expande o nosso portfólio com novos

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Elton Borgonovo, presidente da Motorola Solutions Brasil

produtos e tecnologias para clientes corporativos”, disse Greg Brown, CEO da Motorola Solutions. “O vídeo terá um papel poderoso em criar cidades mais seguras e negócios mais rentáveis. Pode servir como ‘olhos e ouvidos’ altamente eficientes para monitorar um determinado local e os analíticos podem alertar proativamente os oficiais em caso de uma invasão de perímetro para rapidamente encontrar uma pessoa que deixou para trás um objeto de interesse”. A transação, que tem previsão de conclusão para o segundo trimestre de 2018, faz parte de uma estratégia de mercado que se desenha desde o ano passado, com parcerias tecnológicas e aquisições de empresas especializadas em sistemas de gestão, tratamento de dados, vídeo e prestação de serviços (leia mais no box). “Tem sido uma diretriz global da companhia investir em serviços e a participação desta modalidade em nosso faturamento global tem crescido cada vez mais, já superando 40% do total. No Brasil, os resultados tem sido ainda maiores”, contou Elton Borgonovo, presidente da Motorola Solutions Brasil durante o evento para a imprensa. “Basicamente, esses serviços abarcam o suporte e manutenção, para garantir uma rede de um cliente em operação plena,


Eventos Motorola Solutions

e o que chamamos de serviços gerenciados, onde a Motorola faz o investimento CAPEX, implementa a rede e vende os serviços relacionados para o nosso cliente, desde a operação até a manutenção e eventuais atualizações tecnológicas relacionadas, gerando um custo OPEX baseado em acordos de níveis de serviço (SLAs) mais acessível para o cliente”. Outro foco da companhia é desenvolver tecnologias para Smart Cities. Com o desligamento do sinal analógico de televisão e a consequente liberação da faixa de 700Mhz para o uso de LTE, a Motorola Solutions já disponibilizou no Brasil suas tecnologias mais recentes, como as soluções que criam uma “bolha” de comunicação 4G dedicada em qualquer lugar. “O LTE traz a capacidade de transmissão de dados em banda larga, permitindo uma transmis-

são de vídeo e aplicações diversas, como mapas, por exemplo, que podem levar muito mais informações para Centros de Comando e Controle”, explica Borgonovo. Neste sentido, a empresa oferece quatro produtos. Voltados para a mobilidade, há a solução tática compacta LXN 500, para uma área de até 2 km e que pode ser carregado até mesmo em uma mochila, e a LXN-6000, para áreas de até 8 km, normalmente usada em centrais móveis de monitoramento. Para instalações fixas, por outro lado, há os modelos LXN8000 e LXN7000, ambos com coberturas de até 8 km. Todos esses produtos podem ser interconectados para criar uma rede LTE ainda maior para aplicações de missão crítica. Ainda fazem parte dos planos da Motorola Solutions seguir com tecnologias de Inteligência Móvel como os dispositivos de mão, semelhantes a um smartphone mas com robustez e durabilidade seguindo a certificação IP66, como o LEX L10, e a câmera corporal Si500, que permite a comunicação e o registro de ações policiais em campo. Em outra frente, integrando comunicação de próxima geração, estão os softwares da empresa, como a plataforma CommandCentral, que une Analytics, Big Data e Inteligência Artificial no combate ao crime, previsão de catástrofes e investigações e análises pós incidente. Essas novas capacidades são fruto do investimento em pesquiPortfólio de soluções em comunicações críticas da Motorola Solutions incluem rádios tradicionais, smart devices e terminais que criam “bolhas” de rede LTE




Eventos Motorola Solutions

sa e desenvolvimento (em torno de 10% do faturamento anual da companhia) e da consolidação de parcerias e aquisições recentes, como a Airbus DS, uma das principais empresas de software para gerenciamento de chamadas de emergência em centros de comando na América do Norte e a Neurala, que traz inteligência artificial à câmeras portáteis da companhia. Neste portfólio de soluções, vale o destaque para o PremierOne CAD, que permite um atendimento e despacho de recursos mais eficiente para qualquer central de comando e controle. Já utilizado por diversas forças policiais e de emergência nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, o sistema personalizável permite receber os chamados de números de emergência e acompanhar a localização dos agentes em campo em tempo real em um mapa de dados GIS, permitindo se comunicar e deslocar as equipes mais próximas para um atendimento mais rápido seguindo as prioridades definidas pelo cliente. Complementando essa oferta, há também os sistemas de gerenciamento de resposta a emergência, Emergency Operations Center (EOC), e de suporte à operações táticas e investigação, Real-Time Crime Center (RTCC), que inclusive pode trabalhar com Big Data de mídias sociais para auxiliar na investigação e na predição de possíveis crimes. “Estas soluções serão uma verdadeira revolução nos centros de comando e controle e ajudarão empresas privadas a melhorarem sua segurança e aperfeiçoarem suas linhas de produção”, diz Borgonovo, que ainda destaca que estas tecnologias de Segurança Públi-

Durante o evento, a equipe da Motorola Solutions demonstrou o uso de mapas, transmissão de vídeo e voz através do uso de rede LTE privada, fornecida por um LXN-500

ca Inteligente serão realidade em breve no Brasil. Durante o evento para imprensa, Elton e sua equipe fizeram demonstrações de possibilidades de uso destas plataformas integradas, embarcadas e trafegando na solução de comunicação LTE LXN 500, como o uso de mapas e a transmissão de vídeo e voz com o uso de um LEX L10. DS

Provedora única

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compra da Avigilon pela Motorola faz parte de uma estratégia de mercado que se desenha desde o ano passado, com parcerias tecnológicas e aquisições de empresas especializadas em sistemas de gestão, tratamento de dados, vídeo e prestação de serviços. Em março, a multinacional fez sua primeira aquisição no mercado latino-americano, com a Interexport, empresa chilena focada em serviços gerenciados e de suporte, o que gerou bons resultados, como apontado por Elton Borgonovo no evento de imprensa. Ainda em julho de 2017, foram outros dois anúncios: a parceria com a Neurala, especializada no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial para câmeras de segurança; e a compra da Airbus DS Communications, uma empresa focada em softwares para gerenciamento de chamadas de emergência em centros de comando. O resultado foi a suíte completa de softwares CommandCentral para gestão de Centros de Comando e Controle, especialmente – mas não se limitando à – os de segurança pública. Seguindo o calendário, em agosto a Motorola Solutions anunciou a consolidação de uma equipe focada em cibersegurança, trazendo Troy Mattern para liderá-la. O executivo possui mais de 25 anos de experiência em ciberinteligência, sendo por duas décadas militar para os Fuzileiros Navais dos EUA, onde desenvolveu suas competências relacionadas à cibersegurança e inteligência de sinais, sendo também o primeiro presidente da força tarefa focada em ciberinteligência da INSA, aliança para segurança nacional e inteligência dos EUA. Agora, com o anúncio da compra da Avigilon a companhia conseguirá fornecer quase toda a infraestrutura necessária para operações de segurança pública, indo de câmeras, controle de

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acesso e hardwares relacionados à comunicações e softwares com inteligência artificial para otimizar qualquer ação. Assim, com um argumento de vendas bem consolidado baseado em soluções ponta-a-ponta com serviços integrados, não é de se surpreender que, no futuro, a Motorola Solutions comece a ganhar quase todas as licitações de sistemas voltados para a segurança pública. As empresas integradoras focadas em clientes corporativos também poderão encontrar um competidor gigantesco e difícil de superar daqui para frente, especialmente em infraestruturas críticas, como as indústrias de Óleo e Gás, Transporte, Utilities e Fabricação, onde a Motorola Solutions já tem um grande histórico de colaboração fornecendo sistemas de comunicação. A partir de agora, certamente o mercado de segurança verá uma reformulação completa na forma de atuação da companhia. A Digital Security ficará de olho nestas mudanças em terras brasileiras e trará as notícias em primeira mão para nossos leitores.



Case Study Carnaval de Jundiaí

Ações integradas Câmeras, drones, unidade móvel, planejamento e gestão conjunta fizeram do carnaval de Jundiaí, no interior de São Paulo, uma experiência organizada e sem ocorrências graves

Foto: AeroKapture

por Gustavo Zuccherato

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arnaval. Para muitos, essa palavra representa um período de muita alegria e diversão. Sem segurança, no entanto, até mesmo a mais brasileira das festas pode se tornar um grande transtorno para muita gente. Pensando em melhorar a experiência de todos, a cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, organizou uma operação de carnaval inédita, apostando na tecnologia e na integração de forças para uma maior efetividade nas ações. Com uma população estimada de aproximadamente 400 mil habitantes, a folia contou com o tradicional desfile de Escolas de Samba em uma das principais avenidas da cidade e diversos blocos por várias ruas em uma programação que começou no dia 9 e foi até o dia 17 de fevereiro. A iniciativa conjunta, anunciada logo no começo do ano, reuniu os representantes de órgãos da administração municipal com membros da Polícia Civil e Militar, Bombeiros e Guarda Municipal para criar uma Sala de Situação no Paço Municipal de forma que todos pudessem aproveitar a videovigilância a favor das suas competências, estabelecendo um Centro Integrado de Comando e Controle de Jundiaí (CICCJ).

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Ao todo, foram 13 blocos que preencheram as ruas de Jundiaí durante o dia e a noite

“A Administração encontra-se empenhada na atuação cada vez mais voltada à prevenção, no combate à violência e criminalidade. Para isso, os caminhos de integração entre as forças de segurança e os demais segmentos envolvidos seguem para que se possam alcançar resultados cada vez mais positivos”, afirmou o Prefeito Luiz Fernando durante coletiva. O projeto aproveitou parte da infraestrutura já instalada na cidade e foi complementada por soluções fornecidas por parceiros da iniciativa privada. Sendo uma das pioneiras regionais em tecnologia a favor da segurança, o Centro de Controle Operacional da Guarda Municipal de Jundiaí foi a base que permitiu essa projeto. Iniciada em 2006 com 42 câmeras, hoje, a cidade conta com 85 câmeras HD de videomonitoramento, todas da Bosch, sendo 55 modelos PTZ da linha AutoDome com zoom de até 36x e outras 30 das linhas Dinion e Flexidome, gerenciadas a partir do software proprietário da marca. Além disso, a partir de 2012, a cidade passou


Case Study

Fotos: Vera Gonçalves/Prefeitura Jundiaí

Carnaval de Jundiaí

a contar com câmeras especificas para reconhecimento óptico de caracteres (OCR, da sigla em inglês), contando atualmente com 102 câmeras deste tipo, modelo ITSCAM 411 da Pumatronix, sendo gerenciadas pelo software Sentry da Multiway. “As câmeras de OCR tiram uma foto e fazem leitura de placa de todo veículo que passa por seu campo de visão e o registra em um banco de dados. A partir disso, o sistema Sentry alerta o operador em caso de alguma restrição e também podemos fazer pesquisas que acharmos necessárias”, explica Gilberto Russo Jenuino, subinspetor da Guarda Municipal. “Este sistema é integrado com 11 cidades da região, formando uma base de dados compartilhada entre esses municípios. Assim, se algum veículo furtado em uma cidade vizinha for cadastrado no sistema, assim que ele for identificado por uma das câmeras, recebemos um alerta”. De acordo com o subinspetor, toda a comunicação das câmeras com o CCO é feita através de um anel de 60 km de fibra óptica espalhada pela cidade, com redundância e alguns pontos com ociosidade de rede. “Por não termos inteligência nas câmeras nem no software de gestão de vídeo, operamos 24 horas por dia com uma equipe de 7 pessoas durante o dia e 5 durante a noite”,ressalta. “Ao todos, são 15 estações de monitoramento disponíveis para acesso das imagens e backup”. Por se tratar de uma infraestrutura IP, para o armazenamento das imagens o CCO emprega servidores Dell e HP, com 72 TB de capacidade para o videomonitoramento e 18 TB para o OCR. Os modelos para CFTV são um Dell PowerEdge R410 e três Dell PowerEdge R510, enquanto para o OCR são utilizados um HP Proliant DL380 G7 e um HP P2000. “Seguimos a determinação da lei de monitoramento, armazenando o vídeo durante 30 dias e o OCR em torno de 12

Foto: Flávio Bonanome

A campeã do carnaval em Jundiaí foi a escola de samba Leões da Hortolândia, com enredo homenageando a África

Gilberto Russo Jenuíno, subinspetor da Guarda Municipal de Jundiaí

meses”, conta o subinspetor. “Na visualização, utilizamos 100% da qualidade das imagens, mas na gravação colocamos apenas 50% como uma forma de diminuir custos. Como o monitoramento é em tempo real, conseguimos capturar os detalhes ao vivo com o zoom das câmeras, então a qualidade em 50% é suficiente para nós”. A comunicação com os agentes em campo é feita através de uma rede de rádio digital privada e criptografada, baseada em 350 comunicadores da Motorola Solutions utilizados pelos guardas municipais. Já possuindo um ponto de fibra óptica no Paço Municipal, não houveram grandes dificuldades para levar o acesso desta infraestrutura para a Sala de Situação. De acordo com o subinspetor, foi necessário apenas levar a estação de monitoramento e realizar a conexão no local.

Sala de Situação permitiu que órgãos da administração municipal e membros da Polícia Civil e Militar, Bombeiros e Guarda Municipal aproveitassem a vigilância em suas competências

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Case Study Carnaval de Jundiaí

Carnaval em 2018 Cientes de que um bom planejamento faz toda a diferença, o carnaval de Jundiaí foi pensado de maneira coordenada. “Fizemos várias reuniões com todos os órgãos relacionados e interessados e, baseados na experiência do ano passado, definimos os locais onde o desfile e os blocos estariam autorizados a circular, considerando o posicionamento das câmeras que nós já tínhamos instaladas”, relata o subinspetor Russo. Outro diferencial foi a utilização de uma unidade móvel de monitoramento do programa federal “Crack, é possível vencer”. Com quatro câmeras fixas externas, a unidade da Guarda Municipal de Jundiaí foi atualizada com uma câmera speed dome no topo para servir como um centro de monitoramento local na Avenida União dos Ferroviários. Ainda assim, através de parcerias com a iniciativa privada, o sistema foi complementado com mais tecnologia. Credenciada como representante do programa Vigilância Solidária da Tecvoz em Jundiaí, a empresa Basson Segurança implementou mais 6 câmeras de monitoramento do modelo bullet TV-ICB212 ao longo da avenida, com a infraestrutura de internet necessária para levar as imagens para a nuvem em um período de uma semana antes do carnaval. Em uma parceria com a provedora local de internet Maxiweb, a Basson utilizou os Access Points ePMP 2000 combinados às antenas ePMP Force 200 da Cambium Networks, estabelecendo um enlace entre os dispositivos e o ponto de acesso à internet na frequência de 5.8 GHz. “Com o uso da plataforma Vigilância Solidária, pudemos disponibilizar o acesso das imagens para um número ilimitado de pessoas, tanto em tempo real quanto das imagens gravadas, através da nuvem da Amazon”, destaca Carina Basson, diretora da empresa. “Ficamos lisonjeados de fazer parte da Operação de Carnaval de Jundiaí. Trata-se de um projeto eficaz e moderno, que unifica informações entre as forças de segurança proporcionando tranquilidade e paz a todos. É a tecnologia a serviço da segurança”. Esta mesma infraestrutura de internet foi aproveitada para visualizar as imagens da Speed Dome na unidade móvel diretamente do CICCJ e por outra parceira privada da operação de carnaval, a AeroKapture, especializada em serviços de imagens aéreas. A companhia participou dos quatro dias do feriado de carnaval,

Unidade móvel do programa “Crack, é possível vencer” possui cinco câmeras para servir como uma central de monitoramento local

A Basson Segurança instalou mais seis câmeras Tecvoz e infraestrutura de internet na Avenida dos Ferroviários para disponibilizá-las na Sala de Situação através do Vigilância Solidária

operando dois drones, um DJI Phantom 4 e um DJI Phantom 4 Pro, resultando em mais de 20h de vôo, com 57 km percorridos. “Quando consideramos o impacto e a facilidade que os drones trazem, com a transmissão ao vivo das imagens para a sala de situação, conseguimos oferecer às várias entidades uma visão abrangente do que acontecia nos locais do carnaval. É uma iniciativa inédita e para nós foi de extrema importância estar auxiliando em tornar o Carnaval de Jundiaí mais seguro”, destacou Cesar Teatin Cocco, diretor da AeroKapture. De acordo com o subinspetor Russo, os principais focos de atuação foram “a identificação das pessoas e aglomerações, principalmente na concentração e na dispersão, além de monitorar venda de bebidas alcoólicas não autorizadas, produtos ilícitos, confusões no meio da população e, desta forma, conseguimos trabalhar com um pouco mais de inteligência”. O comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI), tenente-coronel Henrique Neto, também reforçou as vantagens da criação da Comissão para o trabalho conjunto. “O CICCJ reflete a economia de recursos e otimização, cada segmento envolvido faz a sua parte e o resultado é total, em tempo real. É o sistema de cooperação para a gestão eficiente, com a participação de especialistas altamente habilitados”. A Polícia Militar também aproveitou esta oportunidade para instalar boletins de ocorrência eletrônicos nas viaturas, oferecendo um acesso direto com a Polícia Civil de qualquer lugar. “Este é um momento ímpar: Executivo e forças de segurança tratando do assunto de forma efetiva e integrada”, destacou o tenente-coronel. Com todas essas ações, os resultados não poderiam ser melhores: nenhuma ocorrência grave foi registrada e as ações impediram venda de produtos ilegais, evitaram desinteligências e perturbação de sossego e até resultou na apreensão de uma réplica de arma em posse de um folião menor de idade. “A dispersão dos blocos na região central ocorreu tranquilamente e as ruas já começavam a ser liberadas pelas equipes da Limpeza Urbana e Mobilidade e Transporte”, destacou Marcelo Peroni, gestor de Cultura da administração municipal, que acompanhou as operações no CICCJ. DS

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Expose


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19/12/17 16:09


Entrevista Bruno Jouan – SegurPro

Reposicionamento Com presença em todo o território nacional, a Prosegur se tornou uma das líderes nacionais em vigilância e transporte de valores. Em dezembro, a multinacional anunciou a criação de uma nova marca, a SegurPro, com foco total em segurança. Conversamos com Bruno Jouan, diretor da nova companhia, para entender o que muda daqui em diante.

por Gustavo Zuccherato

Digital Security: Por que a Prosegur realizou essa mudança estratégica de criar uma marca para tratar especificamente a segurança? Bruno Jouan: A Prosegur já está há muitos anos no país com presença em todo o território nacional, sendo bastante conhecida por seus serviços de vigilância e transporte de valores. São dois negócios muito enraizados no mercado nacional e, embora também atuemos na área de tecnologia já há muitos anos como uma das principais integradoras do país neste segmento, a imagem da empresa Prosegur nunca foi associada à um conjunto de tecnologia, vigilância e transporte. Hoje, com a SegurPro, nós estamos muito mais focados em tecnologia aliada à segurança patrimonial com foco em inovação, que é o que vai direcionar nossa estratégia para o futuro deste negócio. Trata-se de uma empresa 100% de vigilância ativa, patrimonial e tecnologia de segurança integradas, enquanto a Prosegur continua com a sua expertise em transporte de valores. Digital Security: Quais foram as mudanças na estrutura do grupo Prosegur aqui no Brasil para atender essa nova marca? Bruno Jouan: Começamos por uma mudança na estrutura organizacional da companhia com a criação da empresa SegurPro, com uma nova identidade visual e focada nos segmentos de vigilância patrimonial e tecnologia, para realizar uma segmentação de investimentos. Internamente, nossa área comercial já nasce muito robusta com mais de 150 colaboradores espalhadas pelo Brasil, vendendo as duas soluções integradas. Antigamente, nós tínhamos uma área comercial que tocava a área de tecnologia e outra área comercial regionalizada que tocava a vigilância. Agora, a estratégia a nível Brasil é com uma única unidade, ou seja, toda a nossa estrutura comercial vai vender tanto a vigilância como a tecnologia, de forma que possamos expandir nossa capilaridade de atender o mercado: indiferentemente de qual posição geográfica a oportunidade e o cliente esteja, nós estaremos presentes. Neste sentido, fizemos uma nova busca de profissionais que aliassem o conhecimento dessas duas atividades. Operacionalmente, temos uma operação focada na vigilância e uma operação focada na tecnologia mas de forma presente em todos os estados do país, compartilhando essa grande estrutura com mais de 26 filiais que nós temos, para conseguir fornecer uma solução completa na ponta indiferente do estado que o cliente esteja. A grande diferença de atuação em relação ao que tínhamos com negócios separados é que a SegurPro nasce para fornecer a solução end-to-end de segurança para o cliente, relacionando tecnologia e vigilância em uma solução customizada para a sua necessidade – este é o nosso grande diferencial de mercado.

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Digital Security: Quais são as principais verticais de atuação da SegurPro no Brasil? Bruno Jouan: Temos uma carteira de clientes consolidada de mais de R$ 1,5 bilhão de faturamento recorrente, com alguns segmentos muito importantes, como o bancário, mineração, petróleo e gás e a indústria de forma geral. Acreditamos que temos que manter essa base e crescer em alguns outros segmentos-chave que tem muito espaço para a empresa. Aeroportos, por exemplo, é um destes segmentos-chave. Nós somos uma empresa de referência no mercado aeroportuário europeu, mas no Brasil, hoje, não atuamos em praticamente nenhum aeroporto. Com a privatização dos aeroportos, temos um poder de conhecimento técnico e de fornecimento de material, tanto tecnológico quanto humano, que pode agregar valor a essas novas parcerias que estão sendo feitas.


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Entrevista Bruno Jouan – SegurPro

Outro segmento que é muito importante são os portos, que movimentarão o mercado daqui para frente por conta da nova legislação. É uma área que conhecemos muito, baseado na ISPS Code [norma internacional de segurança para controle de acesso e monitoramento de portos], tanto na área de tecnologia mas também na de segurança patrimonial que a gente pode aportar muito valor ao parceiro. Por fim, também há as rodovias, onde temos atuação muito forte no Brasil, mas muito mais na Espanha, com tecnologia e homens para a operação das rodovias e das praças de pedágio. Essas são os nichos de mercados que eu enxergo que terão um nível de crescimento mais acelerado e que fomentarão o nosso objetivo de chegar à um faturamento anual recorrente de R$ 2 bilhões até 2020. O setor automotivo é outro mercado que estamos acompanhando de perto e esperando a nova legislação. Agora, com o crédito que está vindo e uma taxa de juros mais baixos, acreditamos que esse setor irá movimentar a economia nos próximos três anos. Digital Security: Quais são as orientações da equipe comercial e de tecnologia da SegurPro para atuar nessas verticais de mercado? Bruno Jouan: Esse é um grande investimento que a Prosegur está fazendo desde que chegou aqui. Nós temos grandes parcerias com grandes empresas de educação. No ano passado fizemos uma parceria com a Fundação Dom Cabral para fazer o treinamento desse time e neste ano temos formado outras parcerias de treinamento com o objetivo de transformar essa venda de commodities em uma venda consultiva. O sucesso de atuação neste mercado de segurança não é a venda de um produto de prateleira, mas sim entender a necessidade do cliente, qual é o plano do cliente para aquele negócio e aí tentar aportar e agregar valor entregando algo customizado para ele. Para isso, é preciso conhecimento e estamos treinando esse time para entender essa realidade. Também temos trabalhado junto com as empresas de RH para traçar um novo perfil comercial e já conseguimos contratar mais de 20 novos colaboradores, com previsão de mais contratações pelo Brasil, já com esse novo foco. Nós fizemos um investimento expressivo de mais de um R$ 1 milhão na educação e no treinamento técnico e de consultoria desses profissionais. Enxergamos que tudo isso vai ser o diferencial da SegurPro, porque um negócio é feito por pessoas e se não investirmos nelas, não conseguiremos trazer esses negócios para a empresa.

A SegurPro nasce para fornecer a solução end-to-end de segurança para o cliente, relacionando tecnologia e vigilância em uma solução customizada para a sua necessidade 30

Contratamos novos profissionais e investimos mais de um R$ 1 milhão na educação e no treinamento técnico e de consultoria da nossa equipe comercial para fornecer soluções customizadas e integradas aos clientes

Digital Security: Quais são os principais parceiros comerciais e de tecnologia da SegurPro? Bruno Jouan: Como uma empresa integradora de sistemas de tecnologia, temos algumas soluções próprias que são desenvolvidas por nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento e por empresas que adquirimos na Europa mas nunca de um ponto de vista de hardware, mas sim de software, como uma customização ou integração. Além disso, trabalhamos com os principais parceiros globais de tecnologia, podendo citar exemplos como a Genetec e a Bosch, que são parceiros que a gente trabalha muito próximo a nível global e os produtos nos trazem um retorno muito positivo para o negócio. São parcerias tanto comerciais como técnicos que nos ajudam a não deixar o cliente na mão. Digital Security: Como está estruturada essa equipe de pesquisa e desenvolvimento do grupo Prosegur? Bruno Jouan: Existe uma estrutura de P&D na Europa, basicamente na Alemanha e na Espanha, com alguns direcionamentos. Hoje, esse grupo está muito focado em soluções de cibersegurança. Além disso, temos soluções de integrações de algumas ferramentas que nós utilizamos de forma corporativa com alguns dos parceiros comerciais. Neste sentido, há soluções de nuvem desenvolvidas pela Prosegur utilizando produtos de terceiros, como câmeras e controle de acesso, combinadas com a solução de software da Prosegur. A ponta de desenvolvimento regional surge das demandas que nossos clientes solicitam, de forma a facilitar uma ponte com esse grupo de P&D no exterior, para que o investimento seja priorizado e solucionemos as dúvidas o mais rápido possível para trazer a solução ao cliente. Digital Security: Você pode citar um exemplo de alguma necessidade específica aqui no Brasil que gerou um desenvolvimento de solução? Bruno Jouan: São demandas muito mais relacionadas a parte de legislação que obrigam a ter alguns controles que em outros países não tem e integrações de alguns ERPs específicos dos nossos clientes que fazemos de forma local. Outro ponto que é muito importante, onde investimos bastante


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Entrevista Bruno Jouan – SegurPro

em desenvolvimento e estamos lançando agora é o uso de veículos autônomos. Temos um drone indoor que faz toda uma rota de mapeamento dentro de um shopping center, por exemplo, de forma totalmente autônoma. O software de controle foi totalmente desenvolvido por nós. Foi uma demanda a nível Espanha mas que compartilhamos e desenvolvemos em conjunto. Digital Security: É interessante você falar sobre veículos autônomos porque existe um senso-comum que diz que a tecnologia irá substituir o trabalho humano no futuro. Você enxerga isso acontecendo principalmente no mercado de vigilância? Bruno Jouan: Este é um tema um pouco complexo e polêmico. Entendemos que a tecnologia não vai acabar com empregos, mas vai gerar empregos mais qualificados para manter e para operar essa tecnologia. Acredito que não há uma relação de “um para um”, onde enquanto eu coloco uma tecnologia eu substituo um posto de trabalho. O que nós enxergamos e podemos provar é que conseguimos reduzir os custos de forma otimizada para o cliente com o auxílio da tecnologia. É possível reduzir a conta para o cliente ao mesmo tempo que entregamos mais segurança unindo o mundo da tecnologia e a mão de obra qualificada. Não existe uma relação de troca do posto de vigilante por uma tecnologia, porém é necessário uma qualificação dessa mão de obra. Digital Security: Quais são as demandas tecnológicas que uma empresa como a SegurPro tem atualmente? Bruno Jouan: Uma demanda crescente de tecnologia que tem futuro são os veículos autônomos, principalmente para fazer vigilância patrimonial em áreas de difícil acesso, onde há interface com rios, mar ou até mesmo floresta. Vivemos em um país continental e, as vezes, por estarmos em uma cidade como São Paulo não enxergamos as necessidades que alguns clientes podem ter. A SegurPro, no entanto, tem clientes no Acre, em Rondônia, em Manaus, em todos os lugares e esses veículos, sejam terrestres ou aéreos, podem trazer mais segurança para o cliente e diminuir os riscos de vida para os vigilantes. Temos feito diversas provas de conceito nos clientes e já estamos pro fechar alguns grandes projetos com essa tecnologia.

Aeroportos, portos e rodovias são os nichos de mercados que terão um nível de crescimento mais acelerado e que fomentarão o nosso objetivo de chegar à um faturamento anual recorrente de R$ 2 bilhões até 2020

Digital Security: Quais tendências tecnológicas a SegurPro enxerga como as mais promissoras? Bruno Jouan: Eu acho que a Internet das Coisas realmente veio para ficar. Já é uma realidade fora do país, mas ainda precisamos ter um servidor de IoT que faça sentido. Hoje, com os custos de telefonia, acaba sendo de difícil aplicação para o nosso negócio mas já estão vindo novas empresas de telecomunicações para vender o serviço, principalmente de Narrowband, onde conseguiremos utilizar os equipamentos e aí poderemos deixar de ter sistemas especificamente naquele cliente e começar a utilizar nuvem para gestão. Neste sentido, podemos pensar em quase todos os sistemas de forma geral, com exceção do vídeo que precisa de bastante banda para transmissão. Acho que, hoje, o controle de acesso, o monitoramento de dispositivos e a localização de equipamentos para controle de ativos podem se aproveitar muito da Internet das Coisas. O IoT abrirá um campo de atuação muito grande para nós. Digital Security: Como a SegurPro enxerga a questão do Estatuto da Segurança Privada que está em tramitação no Congresso Nacional? Bruno Jouan: Estamos ansiosos para que esse estatuto seja aprovado. Há alguns pontos que eu não gostaria de comentar mas três deles são importantes. A primeira é a criminalização das ações contra os vigilantes, que garantirá uma maior segurança para nossos vigilantes. Em segundo lugar, há a penalização criminal de empresas que atuam com vigilante armado que não sejam empresas de segurança, protegendo esse setor, considerando que existem uma série de certificações e cuidados necessários. Por fim, há a abertura para utilização da tecnologia dentro das empresas de segurança. Hoje temos empresas diferentes de vigilância e tecnologia, mas esse novo estatuto permitirá que uma única empresa consiga utilizar a tecnologia, sendo totalmente alinhado com a estratégia para o futuro da SegurPro, unindo esse mundo ao de vigilância. DS

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Artigos

Artigos

Vídeomonitoramento

Hardening de rede

CFTV: De olho no panorama atual “Fazer mais com menos” será o lema dos próximos capítulos por Gilberto Quintanilha Júnior e Bruno Gilli*

O

CFTV é hoje uma necessidade e ferramenta fundamental para o varejo. Encontrado em áreas como Operações, Segurança, Gestão de Estoques e Prevenção de Perdas, permite o monitoramento e validação de processos e controles, bem como a identificação de ações indevidas, diminuindo custos operacionais de ônus oriundos de operação. Pode-se dizer que atualmente existem dois principais grupos de sistemas de CFTV, o analógico (analógico convencional e HD) e o CFTV IP. Segundo a HD-CCTV Alliance (associação internacional que cria padrões para sistema de CFTV de alta resolução), as vendas no mundo de câmeras analógicas HD já ultrapassaram as vendas de câmeras analógicas convencionais. Até 2019 as câmeras analógicas convencionais deverão perder em vendas até para as câmeras IPs. Há alguns anos foi criado um novo padrão para sistema de CFTV de alta resolução, com tráfego de imagens sobre cabos coaxiais. A tecnologia denominada HD-SDI (High Definition Serial Digital Interface), trafegava um sinal digital por uma estrutura que normalmente é utilizada para sistemas analógicos. O novo modelo apresentado ao mercado enfrentou grandes dificuldades para se manter, pois demandava cabos coaxiais de boa qualidade, as distâncias máximas de cabeamento e os preços dos equipamentos não eram muito diferentes dos sistemas IP. Consequentemente a convergência natural aconteceu do sistema analógico para o IP e não para o SDI. Por fim, esse sistema não se tornou padrão para CFTV e atualmente é apenas utilizado em sistema de gravação de imagens para televisão. De acordo com o Instituto CFTV, no Brasil, 60% das tecnologias de CFTV possuem o sistema analógico convencional; 30% são de sistema CFTV IP e somente 10% contam com o sistema analógico HD. Os sistemas analógicos de alta definição estão ganhando espaço no mercado a ponto de se falar da “morte” dos sistemas analógicos convencionais de baixa resolução. Esses equipamentos de alta definição entraram no mercado com os mesmos preços das câmeras analógicas convencionais. Inicialmente possuíam resolução de até 2 megapixels, porém atualmente possuem resolução de até 5MP (HD-TVI), similar aos modelos de câmeras IPs mais comuns. Até pouco tempo atrás, a única opção HD disponível para o mercado de CFTV era o sistema IP, que sempre foram muito mais caros que os sistemas analógicos convencionais, por conta do seu alto desenvolvimento tecnológico. Já os sistemas analógicos HD são de baixa complexidade, assim como os seus “irmãos” analógicos convencionais, o que os faz extremamente competitivos e com ótima relação custo-benefício. Além de ter um tempo de migração curto, o sistema possui equipamentos mais acessíveis e infraestrutura relativamente barata (para projetos de pequeno e médio porte). No que diz respeito à parte técnica, ele não possui delay de imagem e os cabos coaxiais podem chegar até 1.000m. Atualmente existem três padrões de sistemas de CFTV analógico, que não são compatíveis entre si. Esses padrões são: HD-TVI –

High Definition - Transport Video Interface; HD-CVI – High Definition - Composite Video Interface; e AHD – Analog High Definition. As aplicações de tais modelos variam de acordo com o cliente. Atualmente, muitas empresas fazem a escolha dos materiais de segurança com base no preço ou apenas por achar que estão dando um passo para soluções integradas, mas acabam deixando de lado funcionalidade dos mesmos. Um projeto de CFTV que visa gerenciar uma unidade de negócio de forma eficiente ou até mesmo a criação de uma Central de Monitoramento é uma tarefa levada a sério por parte do cliente e seu fornecedor. Ao possibilitar a integração entre soluções, é possível gerar automação, agilidade e assertividade. Próximos passos A elevação contínua das resoluções dos sistemas de televisão, bem como das transmissões de vídeo pela internet e sistemas de CFTV, vem aumentando a necessidade de espaço necessário para armazenamento e a banda de rede para a transmissão do vídeo. Apesar dos avanços tornarem os equipamentos mais acessíveis, os serviços de transmissão e armazenamento demandados pela tecnologia ainda são muito caros. As grandes empresas estão em processo de homologação e investimento em novas soluções que possam ser mais flexíveis no que diz respeito a fazer mais com menos: gerar melhores resultados consumindo menos. Isso se dá por conta do atual cenário de infraestrutura do Brasil, o qual ainda apresenta restrições tecnológicas. Exemplo disso foi o desenvolvimento do H.265, que é duas vezes mais eficiente que seu antecessor. Ele é capaz de fazer a transmissão imagem com a mesma qualidade do H.264 ocupando metade da banda de rede e armazenamento. O novo formato de compressão encontrado na tecnologia mais recente foi denominado H.265HEVC (High Efficiency Video Coding). Analisando o mercado de sistemas como esse é possível concluir que “fazer mais com menos” será o lema dos próximos capítulos. Com materiais mais baratos, menor consumo de banda, e tempo de migração mais curto, poderemos notar uma convergência natural dos sistemas de CFTV analógicos convencionais para os sistemas HD. DS

* Gilberto Quintanilha é gerente de Prevenção de Perdas da Tyco Retail Solutions;

Bruno Gilli é especialista em soluções tecnológicas para varejo

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Agenda

MARÇO ISC Brasil 6 a 8 de março São Paulo No Brasil, a ISC chega este ano à sua 13ª edição, se antecipando à sua feira irmã dos Estados Unidos, e aparecendo como o principal centro gerador de negócios, de informações e da difusão da cultura preventiva para o setor no Brasil. A edição de 2018 traz, pela primeira vez, uma área dedicada para a segurança digital, além dos já tradicionais espaços de troca de conhecimento e exposição de soluções integradas, equipamentos e serviços para todas as necessidades de segurança, de grande, médio e pequeno porte. O ISC Experience também retorna neste ano. A iniciativa tem como objetivo oferecer uma experência prática aos visitantes em verticais como aeroportos, hospitais, condomínios e residências. www.iscbrasil.com.br

ABRIL ISC West 11 a 13 de abril Las Vegas/EUA O ISC West é a maior feira de segurança eletrônica nos Estados Unidos e reúne quase 30 mil profissionais do setor no Sands Expo. O encontro deste ano apresentará novos produtos e tecnologias que abrangem desde controle de acesso até veículos não tripulados de mais de 1.000 expositores e marcas. O evento também reserva um espaço para a educação, com sessões para as mais diversas verticais da indústria. Como no ano passado, o Unmanned Security Expo e o Connected Security Expo (CSE) também terão seu espaço junto à ISC West. O primeiro é um evento com foco em Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs), Veículos Robóticos não tripulados, além de softwares e aplicativos. O CSE, por sua vez, é o local certo para reunir os mundos físico e digital e se torna cada vez mais importantes para os profissionais que desejam proteger suas organizações e clientes de ameaças físicas e cibernéticas. www.iscwest.com

Seguridad Expo 24 a 26 de abril México Eleita entre as mais importantes feiras do segmento na América Latina, a Seguridad Expo reúne em um único lugar todas as verti-

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cais de segurança como videomonitoramento, controle de acesso, alarmes, combate a incêndio, cybersegurança e ciências forenses. Nela estão presentes todos os principais players mundiais do setor de segurança, tornando o evento um dos mais completos tanto para quem deseja adquirir novos conhecimentos, como conhecer as novidades tecnlógicas ou ampliar o networking. www.exposeguridadmexico.com

MAIO Exposec 22 a 24 de maio São Paulo A EXPOSEC | Feira Internacional de Segurança é o principal evento e vitrine tecnológica da América Latina para o setor de segurança e traz em sua 21ª edição atualizações de produtos e serviços nos segmentos de Segurança Eletrônica, Privada, Pessoal, Patrimonial e Empresarial. Organizada pela Cipa Fiera Milano, em parceria com a ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), a EXPOSEC é um evento eminentemente de negócios, com mais de 800 marcas expositoras e público de 42 mil profissionais do setor (2016). Realizada anualmente no mês de maio, na cidade de São Paulo, figura hoje entre as mais importantes feiras do setor no mundo. www.exposec.com.br

JUNHO Church Tech Expo 26 a 28 de junho São Paulo/SP A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo, segurança e iluminação em templos e igrejas. www.churchtechexpo.com.br



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