A DAMA DO VESTIDO LONGO BARRERITO
Com o rosto triste por de traz da maquiagem Onde ela tenta esconder imensa dor Vestido longo, transparente e sensual. Sobre a luz negra de um salão multi cor E fim de noite e a boate esta vazia E a cidade já começa despertar Todos os boêmios já se foram embora E aquela dama se prepara pra deitar. REFÃO (2X) Senta na cama em frente à penteadeira Vê no espelho o seu rosto abatido Neste momento com os olhos rasos d'água Vê seu futuro totalmente destruído O sono chega e a envolve de mansinho Quando ela sonha ser rainha de um lar Por que num mundo onde ninguém é perfeito Ela também tem o direito de sonhar.
A SEMENTINHA Lourenço e Lourival La na casa da fazenda onde eu vivia Numa manhã de garoa e de céu nublado Achei no chão do terreiro uma sementinha Pensei logo em plantá-la no chão molhado O tempo passou depressa e a mocidade Chegou como chega a noite como ao cair da tarde Veio morar na fazenda uma caboclinha Graciosa, bela e meiga, e na flor da idade Iniciou-se um romance entre eu e ela Na sombra aconchegante de uma paineira Dei a ela uma rosa com muita esperança Que eu colhi de um galhinho daquela roseira Marcamos o casamento no fim do ano Pra mim só existia ela e pra ela só eu Pouco mais de uma semana para o nosso idílio A minha flor prometida doente morreu Arranquei o pé de rosa da primavera E plantei na sepultura de minha amada Todas tardes eu molhava com o meu pranto A roseira foi murchando e acabou-se em nada A chuva se foi embora e o sol ardente Matou a minha roseira e secou meu pranto Só não matou a saudade da caboclinha Pois eu veja sua imagem por todo canto Por isso é que eu vivo longe da minha terra Seguindo a longa estrada de minha vida Procuro viver sorrindo mas no entanto Eu choro ao me recordar a amada querida O destino como sempre é caprichoso É cheio de traição e de sonhos loucos Tal qual aquela roseira e a minha amada Eu pressinto que também estou morrendo aos poucos
EX-RAINHA Nascimento e Zeloni
Já chegou a hora de jogar pra fora essa dor.... que maltrata Já chegou a hora de esquecer de tudo e dizer ao mundo que fostes ingrata Já chegou a hora de mostrar a todos a fraude mesquinha Fingindo ser minha vida de rainha tiveste ao meu lado
REFRÃO Depois foi embora não sei onde mora porém pouco importa Só sei que hoje vives dias infelizes só pensa na volta Não és mais rainha ficaste sozinha no mundo perdida Não mereces nada e tens nessa casa entrada proibida Repete tudo...
FAZENDA SÃO FRANCISCO Tom: B(A na 2ª casa) (intro) (A E7 F#m A E7 A) A E7 Eu fiz a maior proeza F#m pras bandas do rio da morte E com outro caminhoneiro E7 A traquejado no transporte D fui buscar uma vacada, A para um criador do norte, E na chegada eu pressenti E7 A que era um dia de sorte E depois do embarque feito, E7 A A E7 E7 A só ficou um boi de corte A E O mestiço era bravo, F#m que até na sombra investia E a filha do fazendeiro E7 A molhando os lábios dizia D eu nunca beijei ninguém, A juro pela luz do dia E mas quem montar nesse boi E7 A e tirar a valentia E ganha meu primeiro beijo E7 A A E7 E7 A que eu darei com alegria A E7 Vendo a beleza da moça, F#m meu sangue ferveu na veia E eu calcei um par de esporas E7 A e passei a mão na peia
D peguei o mestiço a unha, A rolei com ele na areia E enquanto ele esperneava, E7 A fui apertando a correia E mais quando eu sentei no lombo E7 A A E7 E7 A foi que eu vi a coisa feia A E7 O boi saltou a porteira F#m no primeiro corcoveado, E numa ladeira de pedra, E7 A desceu pulando furtado, D saia lingua de fogo, A cheirava chifre queimado E quando os cascos do mestiço E7 A batiam no lajeado, E parou berrando na espora E7 A A E7 E7 A ajoelhando derrotado A E7 Pra cumprir sua promessa, F#m a moça veio ligeiro E e disse você provou E7 A ser peão de boiadeiro, D dos prêmios que vou lhe dar, A o beijo é o primeiro, E sua boca foi abrindo, E7 A seu olhar ficou morteiro, E nessa hora eu acordei E7 A A E7 E7 A abraçando o travesseiro
Gaveta Fernando e Sorocaba Tom: F#(acordes na forma do tom E) Capotraste na 2ª casa Intro: E5(9) C#m7 A5(9) E5(9)
E5(9) Quando a praia se esquecer do mar C#m7 E o mar desistir das ondas As ondas vão se acalmar A5(9) E aos poucos vão deixar a prancha E5(9) Nesse dia eu vou te esquecer
Quando a rede se esquecer da bola C#m7 A bola que o goleiro não alcança E o grito esquecer do gol A5(9) E o gol parar bem na garganta B4 Nesse dia eu vou te esquecer Refrão: E5(9) Tá duvidando, é? Cuidado
Quando a prancha esquecer dos pés C#m7 E os pés não deixarem pegadas
Que eu te esqueço e você cai do cavalo C#m7 Tá se achando, é? Aproveita A5(9) Que um dia eu te esqueço na gaveta B4 Que um dia eu te esqueço na gaveta
Pegadas não serão vestígios
E5(9)
A5(9) De alguém que cruzou nossa estrada B4 Nesse dia eu vou te esquecer
Refrão: E5(9)
Tá duvidando, é? Cuidado Que eu te esqueço e você cai do cavalo C#m7 Tá se achando, é? Aproveita A5(9) Que um dia eu te esqueço na gaveta B4 Na gaveta
Tá duvidando, é? Cuidado Final: Que eu te esqueço e você cai do cavalo C#m7 Tá se achando, é? Aproveita A5(9) Que um dia eu te esqueço na gaveta B4 Que um dia eu te esqueço na gaveta Variação Refrão:
E5(9) Quando a lua se esquecer do sol C#m7 O sol não der chance pra sombra E a sombra deixar o coqueiro A5(9) Bem onde a rede balança E5(9) Nesse dia eu vou te esquecer
(E5(9)
C#m7
A5(9) )
E5(9) Quando a praia se esquecer do mar E o mar desistir das ondas
Jogado Na Rua Guilherme & Santiago Tom: D#(acordes na forma do tom D) Capotraste na 1ª casa Intro: D A Bm G D A Em G A
D G A7 Não tá fácil ficar sem teu amor aqui Em A7 Que saudade que dá G D Chego a ter dó de mim D A7 Meu amor é assim bruto e sincero demais Em A7 Sentimento sem fim G D D7 Amo você ninguem mais G Me deixou assim Bm Sombra na escuridão G Em A7 Arrancou de mim a paz, o sorriso e a razão D Uoou uoou ou ai A7 Bm É no som da viola que o peito chora ai G D Nessas noites de lua jogado na rua A7 G Ai amor, ai amor G D G G# A Essas noites de lua jogado na rua ai A Bm É no som da viola que o peito chora ai G D Nessas noites de lua jogado na rua A7 G Ai amor, ai amor G D Essas noites de lua jogado na rua ai D A7 Meu amor é assim bruto e sincero demais Em A7 Sentimento sem fim G D D7 Amo você ninguem mais G Me deixou assim Bm Sombra na escuridão G Em A7 Arrancou de mim a paz, o sorriso e a razão D Uoou uoou ou ai
A7 Bm É no som da viola que o peito chora ai G D Nessas noites de lua jogado na rua A7 G Ai amor, ai amor G D G G# A Nessas noites de lua jogado na rua ai A7 Bm É no som da viola que o peito chora ai G D Nessas noites de lua jogado na rua A7 G Ai amor, ai amor G D Nessas noites de lua jogado na rua ai
Retrato de Mãe Matogrosso & Mathias Tom: D(acordes na forma do tom A) Capotraste na 5ª casa Intro 2x: Bm E A F#m Bm E A
A F#m Bm Encontrei nos meus guardados outro dia E7 A Uma fotografia, não sabia de quem era F#m Bm Uma dançarina com trajes de renda e fita E7 A Uma mulher muito bonita de umas vinte primaveras D E A Tinha no verso uma simples inscrição: F#m Bm E7 A filhinho do coração, à você com muito amor D E7 A Chamei meu pai e minha mãe pra perguntar F#m Bm E7 A Já vi minha mãe chorar lágrimas, triste de dor D E7 A Meu pobre pai me abraçou a soluçar F#m Bm E7 A Chorei muito ao escutar a história que me contou Intro 2x F#m Bm Querido filho não fique apreensivo E7 A Somos seus pais adotivos mas vivemos prá te amar F#m Bm A sua mãe todas boates frequentava E7 A Ela dançava, ela cantava pra poder te sustentar A7 D E7 A Até que um dia de beber perdeu a voz F#m Bm E7 A A7 Entregou você prá nós, pois não pôde te criar D E7 A Hoje sozinha, ela vive em um asilo F#m Bm E A A7 Me perdoe querido filho, por só agora te contar D E7 A No outro dia me levantei bem cedinho F#m Bm E A A7 Fui para o lar dos velhinhos à minha mãe visitar
E A E lá chegando o meu mundo foi ao chão F#m Bm E7 A A7
Mãezinha do coração não pode me esperar D E7 A O céu chorou, sobre mim caiu seu pranto F#m Bm E7 A Dali fui pro campo santo, na sua campa rezar
Terra Roxa Tião Carreiro e Pardinho
Pra depois os mocinhos granfinos Andar se izibino que nem coronéeer aai aai
Um granfino num carro de luxo Parô em frente de um restaurante Faz favor de trocar mil cruzeiros Afobado ele disse para o negociante Me desculpe que eu não tenho troco Mas ai tem freguês importante O granfino foi de mesa em mesa E por uma delas passou por diante Por ver um preto que estava almoçando Num traje esquisito num tipo de andante Sem dizer que o tal mil cruzeiro Ali era dinheiro para aqueles viajaaante aai aai
O granfino pediu mil desculpas Rematou meio desenxavido Gostaria de arriscar a sorte Onde está esse imenso tesouro escondido Isso é fácil respondeu o preto Se na enxada tu for sacudido Terra lá é a peso de ouro E o seu futuro estará garantido Essa terra é abençoada por Deus Não é propaganda lá não fui nascido É no estado do Paraná Aonde que está meu ranchinho queriiido aaai aai
O negociante falou pro granfino Esse preto eu já vi tem trocado O granfino sorriu com desprezo O senhor não tá vendo que é um pobre coitado Com a roupa toda amarrotada E o jeito de muito acanhado Se esse cara for alguém na vida Então eu serei presidente do estado Desse mato aí não sai coelho E para o senhor fica um muito obrigado Perguntar se esse preto tem troco É deixar o caboclo muito envergonhaaado aai aai Nisso o preto que ouviu a conversa Chamou o moço com modo educado Arrancou da guaiaca um pacote Com mais de umas cem Cor de abóbora embolado Uma a uma jogou sobre a mesa Me desculpe não lhe ter trocado O granfino sorriu amarelo Na certa o senhor deve ser deputado Pela cor vermelha dessas notas Parece ser dinheiro que tava enterrado Disse o preto não regalhe o olho É apenas o rastolho do que eu tenho Empataaado aaai aai
Essas nota vermelha de terra É de terra pura massapé Foi aonde eu plantei a sete anos Duzentos e oitenta mil pés de café Essa terra que a água não lava E sustenta o Brasil de pé Vancê tando muntado nos cobre Nunca falta amigo e algumas muié É com elas que nós importamos Os tais cadillac, ford e chevrolet
Velha Porteira Lourenço e Lourival Tom: E (intro) E B7 E E7 A B7 E B7 E Ao passar pela velha porteira Senti
Os amigos que ali permanecem E7 A Transformaram tanto que nem conheci E B7 E eles nem me conheceram e nem perceberam E Que os anos passaram e eu envelheci
B7 minha terra mais perto de mim
De emoção eu estava chorando A B7 E Porque minha angústia chegava ao fim
E E você minha velha porteira B7 Também não está como outrora deixei Seus mourões
Eu confesso que era meu sonho E7 A Rever a fazenda onde me criei E B7 Não via chegar o momento de abraçar de novo E Meu querido povo que um dia eu deixei E Que surpresa cruel me aguardava B7 Ao ver a fazenda como transformou Quase todos dali se mudaram A B7 E E a velha colônia deserta ficou
pelo tempo ruído A B7 E No solo caído também encontrei Já não ouço as suas batidas E7 A Seu triste rangido lembranças me trás E B Porteira na realidade, você é a saudade E Do tempo da infância que mais
não volta