Revista LEIA ABC ED. DEZ 39

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Índice

04 Mirante 05 Editorial 06 Economia 08 Economia 10 Turismo (Entre Panelas) 11 Capa 12 Entrevista 14 Saúde 15 Comportamento 16 Moda 17 Mundo Animal 18 Em Forma

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Expediente Colunistas

Diretor Geral: Wallace Nunes wallace@leiaabc.com Editor-chefe: Wallace Nunes Mtb 55.803/SP

...Wallace Nunes

Revisão Editorial: Laís Serrão Diagramação: Jorge Maia Fotografias: Shutterstock e Assessorias Colaboradores: Mohammed Waleed, Daniel Lima, Isabella Abreu, Mauro Oliveira, Tatiana Basílio, Gislaine Mattos e Tamyres Barbosa

Mauro Oliveira e Tatiana Basílio...

...Tamyres Barbosa

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Mirante

Wallace Nunes

Prefeitos do ABC unidos para discutir reajuste das tarifas de ônibus

Secoli diz que disputa com Luiz Fernando Teixeira foi superada

Os prefeitos da região deverão realizar, na próxima semana, assembleia extraordinária na sede do Consórcio Intermunicipal do ABC, a fim de discutir o possível aumento das tarifas do transporte público praticadas nos sete municípios. De acordo com o presidente da entidade regional e prefeito de Rio Grande da Serra, Luis Gabriel da Silveira, o Gabriel Maranhão (PSDB), os chefes do Executivo vão debater alternativas para atenuar os prejuízos das empresas de transporte urbano, que reclamam dos crescentes custos operacionais.

Pré-candidato petista ao Paço de São Bernardo, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, afirma que a disputa interna com o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira pela indicação do partido à eleição majoritária de 2016 está superada e que o PT caminha unido. “Com o processo caminhando para meu nome, o Luiz já fez, inclusive, vários pronunciamentos públicos dizendo que não será nem é candidato”, afirmou.

Alckmin assina convênios com quatro municípios do ABC O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou o sexto lote do ano de convênios com municípios do Estado. Ao todo foram firmados 829 convênios com 414 municípios, no valor total de R$ 121.298.469. Os recursos são oriundos de programas das Secretarias de Estado da Casa Civil, Desenvolvimento Social, Esporte Lazer e Juventude, Saúde, Casa Militar, Cultura, Habitação e Turismo. No ABC, Diadema (cinco convênios), Santo André (oito), São Bernardo (sete) e Ribeirão Pires (um) foram contemplados, somando R$ 960 mil. “São R$ 121 milhões. Mais de 800 convênios com prefeituras nas áreas de defesa civil, construção de pontes, recapeamentos de pistas; creche-escola, posto médico, saneamento básico; cultura, cinema, esporte e, principalmente, com entidades filantrópicas, santas casas de misericórdias”, destacou Alckmin.

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Editorial

Santo André, ainda no vermelho, diminui verba para o Consórcio Emenda que enxuga em aproximadamente R$ 4 milhões o repasse de verbas do Orçamento de Santo André ao Consórcio Intermunicipal do ABC passou despercebida e foi aprovada em meio a um bloco de propostas de alteração à peça na sessão da primeira semana de dezembro. De autoria do vereador Almir Cicote (PSB), a retificação já era de conhecimento do Paço, mas deveria ter sido rejeitada, conforme acordo apalavrado entre os vereadores e governo. Pelo combinado, a emenda seria votada em separado das demais propostas dos vereadores, como forma de encaminhá-la à rejeição em plenário. As demais alterações à peça orçamentária – e que não encontraram resistência – seriam apreciadas em bloco único. Por desatenção, no entanto, a emenda de Cicote foi incorporada ao conjunto e passou sem obstáculos pela chancela da Câmara.

Morando descarta “chapa pura” para eleição de 2016

Em SCS, 13 vereadores dizem que vão apoiar Paulo Pinheiro em 2016

Exaltando a construção do arco de alianças do PSDB para a eleição municipal de São Bernardo no ano que vem, o deputado estadual e presidente municipal da legenda, Orlando Morando, rechaçou a possibilidade de chapa pura nas eleições de 2016, destacando que o vice da sigla deverá sair de partidos coligados ao projeto tucano. Pré-candidato ao Paço sãobernardense Morando já conta com ao menos cinco partidos aliados, sendo que quatro deles – PP, PRTB, PHS e PRP – compuseram as coligações do PT e PPS nas eleições de 2012.

A menos de um ano das eleições municipais, o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), já conta com apoio de pelo menos 13 dos 19 vereadores da cidade ao seu projeto de recondução ao comando do Paço em 2016. Os demais parlamentares ainda não definiram o rumo que irão tomar no pleito do próximo ano ou já sinalizaram que deverão caminhar ao lado do ex-prefeito José Auricchio Junior (PSDB) em 2016. Entre os vereadores que prometem sustentar o projeto de Pinheiro estão o petista Pio Mielo, Fábio Soares (PSD),

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Roberto do Proerd (PMDB); Eder Xavier (PSC), Cidão do Sindicato (SDD), Dr. Xavier (PMDB); Maurício Fernandes (PSB), Gersio Sartori (PTB), Paulo Bottura (PTB); Chico Bento (PP), Jorge Salgado (Pros), Sidão da Padaria (PSB; e Carlos Humberto Seraphim (PPS).

Levy Fidelix vai a Diadema para anunciar apoio a Michels O PRTB oficializou apoio ao plano de reeleição do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV). O evento, realizado em restaurante da cidade, contou com a presença do presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix; do coordenador do partido na macrorregião do ABC, Marcos Thomazini; e dos integrantes do diretório de Diadema. Segundo Fidelix, o PRTB quer se reestruturar em Diadema dentro de uma administração que se consolida a cada dia. “Respeitamos o pensamento de nossa base, que escolheu como opção Michels, que demonstra a cada dia que vem realizando boa obra e construindo a recandidatura neste momento.”, pontuou Fidelix.

Em Mauá, Rogério Santana (ex-PT) briga pelo mandato Vereador de Mauá, Rogério Santana (Rede) afirmou que é ele quem deveria entrar na Justiça e cassar o PT. “Estou ciente da minha razão. Sai pela falta de conduta e as mudanças de rumo do partido nas suas origens, nos seus princípios e no trato da coisa publica”, afirmou. O parlamentar declarou que ainda não foi notificado sobre o processo em que o PT pede seu mandato por infidelidade partidária. Santana destacou que a Lei de Fidelidade é uma via de mão dupla. “Ou ficaria muito arbitrário. É só o partido criar uma ditadura política no país e judicializar quando achar que é o caso”, explicou.

Feliz Natal e Bom Ano Novo Começamos este editorial desejando a todos um feliz natal e um ano novo repleto de boas leituras. Não se enganem. No dia de Natal ainda, terá alguém trabalhando em uma dessas tarefas que deveriam ter sido realizadas antes e não foi possível. No último dia do ano ainda terá algum maluco que deixará toda a família preparando a “festa da virada” e, diante do computador, estará tentando finalizar um relatório de pesquisa atrasado que não pode ficar para o ano que vem. Quando chega o fim de ano já estamos querendo descanso. Na verdade, precisamos. É necessário recuperar as energias que foram esgotadas na labuta diária das salas de aula, dos laboratórios e dos trabalhos de campo... das reuniões, dos relatórios... das bancas de avaliação de tese e de concursos... dos congressos... e tantas viagens de trabalho. Certamente, você continuaria esta lista de tarefas que parecem infindáveis. O que nos deixa estressados não é o que fazemos, mas o que deixamos de fazer. Por isso essa correria para completar a agenda do ano sem pendências para ano novo. Mas, definitivamente, não vai dar. Muita coisa vai ficar sem fazer. Não sei há alguma coisa que ajude a não encarar como fracasso o que deixamos de fazer. Pelo menos, precisamos ter a certeza de que fizemos o melhor e nos esforçamos para fazer tudo a “tempo e à hora”. Talvez, tenhamos que dizer não para mais uma tarefa, quando já estamos muito ocupados. Penso que cada caso é um caso. Mas para todos os casos, uma boa dica é trabalhar em equipe e dividir com os outros o prazer de fazer junto. Tenho para mim que há tanto prazer no fazer quanto no resultado do que foi feito. Mas, ainda assim, uma parada é fundamental. Tire uns dias para a família, para os amigos e recarregue as baterias para um ano novo cheio de energia para todas as coisas boas da vida. Continue fazendo pesquisa e publicando artigos, se isto te dá prazer, mas não se esqueça de fazer amigos, porque isto é mais importante. Uma noite de Natal cheia de saúde, paz e alegrias para todos. Feliz Ano Novo. LEIA ABC Recados a Redação: redacao@leiaabc.com.br | Comentários, sugestões, críticas ou dúvidas entre em contato com o atendimento ao leitor: redacao@leiaabc.com.br | Requisição de exemplares anteriores: redacao@leiaabc.com.br | Anúncios: redacao@leiaabc.com.br

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Economia

PIB da região pode cair até dois dígitos nesta temporada Daniel Lima (Capital Social) - Especial para a LEIA ABC

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embate eleitoral municipal, para muitos as mais disputadas eleições do País, obviamente ainda não começou, mas há um ano antes do pleito as articulações, e conversas para o nascimento das candidaturas estão firmes e fortes e floresce a cada minuto. A pauta principal das discussões é como se aproveitar do momento frágil do partido que está no poder. Seja ele, em âmbito nacional ou municipal. Não vou apostar, porque se apostar vão dizer que estou torcendo contra, mas vou fazer uma projeção que deverá ser confirmada ou possivelmente ficará na margem de erro: quando em dezembro de 2017 (isso mesmo, dezembro de 2017) for anunciado o PIB da Província do Grande ABC deste 2015 em que o Brasil está numa pindaíba de dar dó, teremos queda por volta de dois dígitos – a maior de todos os tempos. Sim, porque se o PIB brasileiro cair mesmo quase 4% este ano, não escaparemos de degola monumental. Palavra de quem vasculha todos os números possíveis. O PIB de 2013 só vai ser conhecido em dezembro agora. O PIB Regional mais atualizado que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já divulgou é o referente a 2012. O Brasil cresceu 0,9%, enquanto a região caiu 5,8%. Entenderam por que estou dizendo que vamos despencar próximo a dois dígitos? Mais grave que a derrocada pibiana, já cantada neste espaço com a projeção de que chegaremos ao tetracampeonato de debacle, é a incompetência generalizada da região em reagir aos desfalques que estamos sofrendo ao longo dos anos. Não há quem se salve nessa floresta de gafanhotos institucionais. Faria um ponto de reflexão e de exceção às unidades do Ciesp da região. Principalmente ao Ciesp de Santo André.

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Em tempo real

Quando Fausto Cestari e outros dirigentes do Centro das Indústrias de Santo André (que também abrange Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) botaram a boca no trombone e foram às ruas para protestar contra tudo o que está aí, no movimento Reage ABC, fui o único jornalista a chamar a atenção para o movimento, considerando importante, embora atabalhoado. Provavelmente fruto de um desespero que até então pouco teriam captado. Reproduzo, para não ser cansativo e também para não passar por oportunista. (...) Outra questão que este Diário deve resolver é o futuro editorial do Reage ABC, movimento que foi às ruas de Santo André e, depois de colhido de surpresa pela reação do Clube dos Prefeitos e da Agência de Desenvolvimento Regional, reorganiza-se para influenciar o destino da economia local. Por mais que aquela manifestação tenha revelado vícios político-partidários, prevalece a inquietação, sobretudo dos pequenos e médios empresários do setor industrial, parte importante de uma economia em frangalhos. Deixar ao sabor dos ventos o acompanhamento da iniciativa enfraquece aqueles agentes econômicos. Este Diário não pode se esquecer de que um dos 10 pontos da Carta do Grande ABC é a chamada desindustrialização. Os manifestantes do Reage ABC, apesar de todos os pecados que cometeram na organização do evento e pós-evento, representam classe duramente impactada pela queda do PIB Industrial da região ao longo dos anos.

Empreendedores esquecidos

Ao lembrar que aquele Contexto ABC foi publicado em 30 de agosto, verifica-se que aquela mobilização está inserida no trimestre que acaba de ser apura-

do pelo IBGE. Ou seja: já havia ali sinais claríssimos de que, quando fosse anunciado o PIB do trimestre julho-agostosetembro, o estrago seria generalizado. A Imprensa regional praticamente ignorou aquela manifestação tanto no dia em que os 300 foram às ruas quanto depois. Existe o que chamaria benevolamente de descompromisso com as forças econômicas produtivas da região. A mídia regional não tem capacidade de filtrar informações e de construir um cenário que espelhe a situação em que vivemos. O sindicalismo sempre bem articulado e persuasivo domina a pauta. Inclusive ao vender como solução o que não passa de grande embromação, no caso o PPE, Programa de Proteção ao Emprego. Que de fato protege o emprego e mesmo assim temporariamente de algumas poucas empresas sob influência direta do sindicalismo em busca de bandeiras para se vender responsável.

Cantando a caçapa

Escrevi em 30 de outubro passado nestas páginas que o PIB da região vai registrar o tetracampeonato no final de 2017, quando será anunciado o PIB dos Municípios de 2015. “Vou dizer mais: será o maior buraco deste milênio. Esta temporada está de lascar e impacta todos os setores econômicos da região, principalmente o carro-chefe da indústria automobilística que espalha efeitos deletérios a grande parte do tecido econômico, com fundas implicações orçamentárias” – escrevi. Se acham que estou chegando somente agora à conclusão de que poderemos registrar dois dígitos de mergulho do PIB nesta temporada, leiam o que escrevi naquele artigo que mal completou 30 dias: “Calculo que, por baixo, por baixo, nosso PIB de 2015 vai cair por volta de 10% quando dezembro de 2017 chegar. • Dezembro de 2015 |

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Economia

As finanças nas mãos das mulheres As conquistas e desafios que elas experimentam no tratamento com o dinheiro. “A mulher atual está com tudo!”. É assim que Carolina Ruhman, fundadora do site Finanças Femininas, define o momento recente da mulher brasileira. Por Isabella Abreu - Especial Para revista LEIA ABC

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lém de estar conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, ela estuda mais do que os homens (60% da população universitária do Brasil são mulheres), trabalha mais (entre o trabalho e o segundo turno das tarefas domésticas, as mulheres trabalham, em média, 10 horas a mais por semana do que os homens) e quer ter tudo: uma carreira, família e todos os desejos de consumo que tiver. No entanto, segundo Carolina, isso não quer dizer que elas gastam mais do que eles. “Homens e mulheres têm apenas perfis diferentes de consumo. Elas compram mais ‘picado’, aos poucos, mas constantemente. Já eles gastam mais com lazer e, na hora de fazer compras, o ticket médio é maior”, diz. Carolina conta que a relação da mulher com o dinheiro é recente: somente em 1962 nós tivemos direito a ter CPF no Brasil – o que quer dizer que antes disso não dava para abrir uma conta no banco sozinha. Como ganhar, guardar e gastar dinheiro desta forma? “Aos poucos, as mulheres vêm aprendendo cada vez mais sobre gestão financeira – e estão ficando excelentes nisso. Até porque o hábito já existia antes: 74% das mulheres brasileiras são as gestoras do orçamento doméstico. Com mais informação e ferramentas, elas se tornam cada vez melhores na tarefa que exercem há muito tempo”, ressalta Carolina.

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Principal desafio é fazer sobrar dinheiro ao fim do mês De acordo com um estudo realizado pelo instituto de pesquisas online Opinion Box em parceria com o site Finanças Femininas, o principal obstáculo em relação a finanças é fazer sobrar dinheiro ao fim do mês. Entre diversas alternativas que apresentavam dificuldades em relação a dinheiro, a principal resposta dada pelas entrevistadas foi não conseguir fazer sobrar ao fim do mês (38%). Já a segunda principal resposta foi buscar entender as diversas formas de investir (19,2%). A dificuldade de poupar pode estar relacionada com os custos da casa, já que 33% das entrevistadas assumem pelo menos metade das despesas; 21%, de fato, pagam metade das contas e 13% são responsáveis pela maioria das contas. Há que se considerar também que quase 17% das entrevistadas são solteiras ou divorciadas e arcam com todas as contas sozinhas. É interessante notar que 37% das entrevistadas afirmaram manter conversas periódicas com o parceiro a respeito das finanças sem stress sobre o assunto. Para 13% delas, no entanto, falar sobre dinheiro é sempre motivo de brigas e gera transtorno e 7% das mulheres disseram que procuram discutir o tema o mínimo possível e até o evitam. 2% não falam sobre finanças em casa. Quando o assunto é endivi-

damento, 72% das mulheres entrevistadas já tiveram uma dívida em algum momento da vida. Deste total, cerca de 20% gastaram de 1 a 3 anos para quitar as pendências. Quanto ao momento atual, os dados mostram que os percentuais de mulheres sem dívidas e aquelas que estão arcando com pendências financeiras estão bem equilibrados: 51,4% estão com alguma dívida, contra 48,6% que estão livres do endividamento. Em relação ao gasto do dinheiro, quase 53% das mulheres disseram ser consumistas, ante 47% que se consideram ponderadas. Já quanto ao uso do cartão de crédito, a maior parte das entrevistadas garante que mantém os gastos sob controle. Pelo menos 6 em cada 10 mulheres disseram que sabem exatamente qual é o valor da fatura ao fim do mês. Na outra ponta, quase 20% disseram que o valor da fatura é sempre uma surpresa. Já 20% das entrevistadas disseram não possuir cartão de crédito. O cuidado com o orçamento é uma preocupação da maioria das entrevistadas. No entanto, chama atenção o fato de quase 27% das entrevistadas terem dito que não controlam os gastos. Quanto aos métodos de controle, de forma geral, a maioria prefere controlar os gastos do jeito mais convencional, anotando tudo à mão (40%), seguido da planilha de gastos (24%), o arquivamento de extratos (19,3%) e, por fim, o uso de aplicativos (6,8%).

Mulheres e Investimentos Quando o assunto é investimentos, as mulheres normalmente são conhecidas por serem mais conservadoras do que os homens. No entanto, de acordo com Sandra Blanco, autora dos livros “Mulher inteligente valoriza o dinheiro” e “A Bolsa para mulheres”, isso não passa de um mito. “Depois que distingue o terreno onde está pisando, ou seja, que adquire informações, conhecimentos e entende o risco que está envolvida, a mulher pode ser uma investidora mais agressiva do que um homem”, afirma. Carolina Ruhman acredita que as mulheres são menos familiarizadas com o merca-

do financeiro e por isso buscam mais informações. “Com isso, podem até conseguir retornos maiores e mais consistentes nos seus investimentos. Falta quebrar a barreira de que elas não sabem nada sobre investimentos e é melhor deixar isso para os pais ou maridos. Além disso, é preciso uma linguagem mais acessível”, diz. De acordo com um levantamento do Instituto Assaf, a participação das mulheres na Bolsa de Valores atingiu o auge em 2012, com 25,30% dos cadastros, mas veio recuando nos últimos anos. Desde 2008, a relação entre homens e mulheres está praticamente estável. Segundo Sandra Blanco, a situação econômica é a razão pela

participação da mulher não ter avançado nos últimos anos. “As ações das empresas que eram tidas como investimentos defensivos, do setor de energia elétrica, sofreram com a ingerência do governo. Vale sofreu com a queda das commodities. Petrobras envolvida na Lava Jato. Muita gente perdeu dinheiro com ações do grupo X. Foram sucessivos anos de prejuízos nos investimentos em ações. Por fim, as perspectivas de futuro ainda são nebulosas. Nesse contexto, não há estímulos para investir em ações”, lamenta. “Para aumentar a participação feminina na Bolsa, está faltando um ambiente econômico favorável”, completa. •

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Turismo (Entre Panelas)

Capa

Dica para um Natal sem crise Mauro Oliveira (Engenheiro de profissão e culinarista) e

Tatiana Basílio

(publicitária e enóloga) são editores do site Entre Panelas & Taças (http://entrepanelasetacas.com.br/) confira.

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Não é preciso dizer que este ano, principalmente este finalzinho, tá puxado. No meio de uma baita crise, o Natal promete no máximo ter um bom velhinho magricela. Por Tatiana Basílio Aqui em casa aderimos ao modo “Salim” (rs) e estamos, como quase todo mundo, em total contenção de gastos. Como a Clara (filha do Mauro) não virá passar o Natal conosco, este ano não teremos o tradicional Papai Noel e combinamos que entre nós a troca presentes será somente em janeiro quando as lojas estiverem em liquidação. Mas como a gente queria muito dar um presentinho para algumas pessoas que foram bem especiais neste ano, que para nós foi difícil porém cheio de coisas boas, saímos em busca de alternativas.

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O insight acabou surgindo num papo na cozinha enquanto fazíamos um menu degustação de molhos para mini-hambúrgueres, que aliás ficou uma delicia (calma, logo vamos colocar as receitas aqui). Enfim no meio da bagunça das alquimias pensamos porque não fazer algo de cozinha para dar de presente? Afinal nada poderia representar melhor a gente e nosso momento. Tá, pode até parecer piegas mas acreditamos sim que cozinhar é um ato de carinho e nada melhor que dar um mimo cheio de carinho para quem a gente gosta! Bom, ideia tida. Mas e aí o que fazer? Pontos importantes que tinham que ser considerados: precisava ser algo barato (apesar do carinho temos a crise!!), não poderia desmontar com transporte e nem estragar rápido porque vamos para o interior em breve e parte dos presentinhos vamos dar para o povo de lá. Aí o Mauro, que é apaixonado por sais (na verdade ele é louco por qualquer tipo de tempero), sugeriu: vamos fazer sais e azeites aromatizados. Pronto! Com mimos definidos, hora de ir as compras. Como a proposta era fazer algo gostoso e barato fomos nos nossos locais preferidos – zona cerealista para especiarias, por lá sempre compramos na Casa de Saron e no centrão para comprar os potes e garrafas de vidro (em nossas pesquisas o melhor preço e variedade foi Casa das Essências). •

2015o ano da descrença Wallace Nunes - wallace@leiaabc.com

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inda que para alguns brasileiros, o ano que está indo embora tenha sido de vitórias, aprendizado e ganho de experiência, a maioria entende que não foi bom. Complicado em todos os sentidos, campos e mercados, 2015 foi atípico. Decepções sociais, que podem ser familiares, amorosas, de pouca objetividade, econômico ou mesmo de ordem política, os muitos entrevistados na enquete realizada pela LEIA ABC entre os meses de setembro a novembro, perceberam um sentimento diferente. Boa parte do sentimento negativo dos brasileiros se deveu por causa da crise financeira e o sentimento de descrença sobre o mundo da política. A crise resultou na paralisação da economia e fez florescer a raiva, o ódio e o preconceito enraizado no pensamento de alguns. “Esse governo acabou com meus planos e, consequentemente expectativas de sucesso profissional”, diz a terapeuta Lica Santos. Ela se mostra ainda mais raivosa. “Como posso pensar em abrir uma clínica se hoje as pessoas sentem medo até de ir ao mercado para fazer a compra do mês. Estarei fadada ao fracasso”. São sentimentos como o depoimento acima que viraram um mar de palavras revoltosas de boa parte dos brasileiros, sobretudo dos que

moram no ABC. Explica-se. Outrora termômetro da economia nacional a região das sete cidades está à beira do “cada-falso” econômico. A roda parou de girar em março. E o que se vê é desemprego crescente, baixo consumo e muitos a reclamar. Na história recente do País, esse foi um dos piores anos para o consumo. A crise econômica, agravada, sobretudo, pelas indefinições de ordem política, mina a confiança dos consumidores e empresários em meio a um cenário já desfavorável, com inflação alta e taxa de juros elevada. Essa conjuntura negativa derrubou o faturamento do segmento de bens duráveis, que, de acordo com as projeções da empresa de pesquisa GfK, será de R$ 80 milhões, resultado 17% menor do que o obtido no ano passado. De janeiro a agosto deste ano, as categorias de smartphones e ar-condicionado foram as únicas a apresentar crescimento. A primeira teve variação positiva de 9%, enquanto a segunda cresceu 8% na comparação com o mesmo intervalo de 2014.

Interessante notar que, se analisarmos a queda de faturamento no acumulado de 2015, os todos os setores tiveram queda significativa. Desde janeiro de 2015 até setembro, a queda no faturamento real foi de 12,1%, sendo que 9% se deve à indústria, 11,1% ao comércio e 14,5% ao setor de serviços. Este último, que antes era considerado o motor do consumo interno, vem sofrendo com a desaceleração econômica e do consumo das famílias.

Casos isolados

Falar dos sentimentos negativos ocorridos nesse ano nem sempre demonstra ser o que é. Para empresários inovadores 2015 foi um ano de vitórias. “2015 foi um ano diferente para a ToyShow. Éramos um e-commerce desde 2013 e, a partir da nossa decisão em inaugurar uma loja física em dezembro de 2014, percebemos o tamanho do nosso desafio para 2015. Precisávamos ter um sucesso igual ou maior do que o nosso e-commerce, que já tinha milhares de clientes e seguidores nas redes sociais. Precisávamos chamar o público também para a loja física e, no final das contas, precisávamos faturar, mesmo em um cenário que já indicava crise financeira. Com a alta do dólar tivemos um desafio ainda maior: criar estratégias para vender e evitar, ao máximo, repassar essa alta para os clientes, já que nossos produtos são importados. Investimos em festas, promoções, concursos, participamos dos maiores eventos geeks da America Latina e, neste final de ano, um ano após a inauguração da loja física, a ToyShow vê o resultado: quadruplicamos o faturamento e também acabamos de anunciar que estamos ingressando no franchising. Agora, o desafio é ainda maior: espalhar a ToyShow pelo Brasil em 2016”. • Dezembro de 2015 |

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Entrevista

Vendas de bilhetes on line: O futuro passa pelo ABC Bilheteria Express: Paulo Damas, Gustavo Soares e Fábio Damas.

Redação LEIA ABC – redação@leiaabc.com

Num País onde a cultura é muito pouco levado a sério, o que levou três pessoas a criar uma empresa de serviços voltados para cultura? O maior problema nos eventos culturais, principalmente o teatro, é a divulgação, não sei bem se não é levado a sério, o público gosta de estar perto do artista. Nossa estratégia desde o início foi sempre levar a informação para o cliente final sem ele precisar buscar essa informação, as redes sociais que hoje são acessadas por pessoas de todas as idades foram nossa principal arma para alcançar esse público através de mídia segmentada. Na região do ABC fomos os primeiros a utilizar esse meio de comunicação à 2 anos atrás, e obtivemos ótimos resultados, criamos o gatilho e estamos incluindo o hábito nas pessoas de frequentar esse tipo de evento. Há grandes concorrentes no mercado de venda de bilhetes, quase que um monopólio, vocês não têm receio de competir em pé de desigualdade com empresas bastante sólidas? Hoje em dia já temos praticamente todas as ferramentas que qualquer outra empresa do ramo possui, com o privilégio de possuir internamente a própria equipe de desenvolvimento, dependemos 10% de terceiros. Fora isso criamos condições melhores de repasse de vendas aos produtores e nossa mídia é bastante ativa, a desigualdade é apenas no tempo de empresa, atualmente por diversas vezes vendemos os mesmos eventos com players do mercado e tivemos resultados superiores aos deles. Há espaço para crescimento em tempos de crise? É difícil, o mercado está sentindo bem essa crise, mas o público precisa sair de casa, e preferem gastar com algo que vale a pena, o público está mais seletivo do que nunca, mas com

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promoções e relacionamento estamos conseguindo driblar, e sim estamos crescendo. Sabemos que o setor de serviços sobretudo do que comércio online de qualquer espécie- ainda deixa muitos brasileiros ressabiados. Qual é a estratégia da empresa para ao menos amenizar tal desconfiança? Hoje possuímos o modo de depósito bancário, que é 100% seguro para o cliente, fora isso a compra e suporte por telefone e chat (somos umas das únicas do ramo a oferecer esse serviço) ao vivo traz uma segurança para o cliente, qualquer problema ou dúvida ele pode sanar rapidamente, ele não está sozinho. Em questão de tecnologia estamos em ambiente seguro em servidores fora do país especializados em e-commerce. Quais são os próximos passos da empresa? Estamos lançando em dezembro o aplicativo para Android e Apple, no próximo ano estaremos lançando sistemas para gerenciamento de vendas físico para teatros e casas de show, além de espalhar por centros comerciais pontos de venda com auto atendimento. Quais são os diferenciais da empresa para entrar no Brasil em sua totalidade? O principal é entender e atender da melhor forma possível os produtores de eventos, e criar ferramentas e condições melhores de trabalho e repasse das vendas, produtor é o nosso principal cliente, em seguida vem o público em geral o principal diferencial é mídia, relacionamento, chegar

nesse cliente, e para finalizar oferecer um ambiente de navegação e compra seguro, intuitivo e de fácil entendimento. Para uma empresa de e-commerce crescer rapidamente em tão pouco tempo é certo que há um “gap” neste mercado de vendas de tickets online? Há 2.5 anos atrás quando começamos existia sim, principalmente por regiões mal atendidas, os players não tinham muito interesse em regiões fora da capital, como a região do abc, focamos nelas, atendemos como mereciam. Trouxemos soluções novas e hoje em dia já conquistamos grandes capitais. Centenas de consumidores ainda reclamam da (s) taxa (s) extra (s) que outras concorrentes cobram. Vocês, pelo visto não cobram, mas pretendem? Nos cobramos a taxa assim como os outros sites, mas um valor menor. O público já está se acostumando, muitas vezes o tempo de locomoção ou o próprio tempo do cliente é mais valioso, quando eles enxergam que o serviço em todo vale a pena não a reclamações. Quais são os canais de divulgação que a empresa utiliza para crescer? Nosso maior canal de divulgação é o Facebook, e-mail marketing, e Google Adwords. Iniciamos agora um trabalho de assessoria de imprensa, não só focado na empresa, mas na divulgação dos eventos mesmo, mais um bônus para o produtor, fazemos a assessoria do evento dele, fora isso estamos testando novos canais online como twitter e instagram que abriram recentemente rede anúncios pagos. • Dezembro de 2015 |

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Saúde

Comportamento

Microcefalia: saiba o que é, o que causa e como identificar Governo decretou estado de emergência devido ao aumento de casos. Condição afeta bebês que nascem com cabeça menor do que a média. Redação LEIA ABC – redação@leiaabc.com

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Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste. O anúncio, feito No mês passado tem relação com o crescimento drástico no número de ocorrências do problema nessa região, especialmente em Pernambuco. Perguntas e respostas que ajudam a entender o problema. O que é microcefalia? É uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Como saber se o bebê tem microcefalia? A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm. Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto. Na maior parte dos casos são infecções adquiridas pela mãe, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são alguns exemplos. Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down. É possível descobrir a microcefalia ainda na gravidez? Sim. Pela ultrassonografia, os médicos conseguem medir o crânio do

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feto e perceber se está menor do que o esperado. A microcefalia está associada a outros problemas? Que sequelas a criança pode ter? Em 90% dos casos a microcefalia vem associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ ou motor. O tipo e o nível de gravidade da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não é afetada. Déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia são alguns problemas que podem aparecer nas crianças com microcefalia. A cabeça da criança que nasce com microcefalia continua crescendo menos do que o normal? Sim. Ela cresce ao longo da infância, mas menos do que a média. Existe tratamento? Não há como reverter a microcefalia com medicamentos ou outros tratamentos específicos. Mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Existe prevenção? Um bom acompanhamento prénatal pode ajudar a diminuir o risco. A gestante também deve sempre procurar o médico se sentir sintomas de infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas. Há relatos de “surtos” de microcefalia anteriores no Brasil ou em outros países? Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é inédita e não há relatos na literatura científica de outros casos.

Por que foi declarado estado de emergência no país? O estado de Pernambuco registrou 141 casos de microcefalia desde o início de 2015 -- um aumento drástico em relação ao ano passado, quando houve apenas 12 casos. Foram identificados ainda 21 casos no Rio Grande do Norte e nove casos na Paraíba (além de seis outros que ainda estão sendo investigados nesse estado). Por que tantas crianças estão nascendo com microcefalia no Nordeste? As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus - vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano. Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão. Qual é a recomendação do Ministério da Saúde às gestantes? Neste momento, o ministério pede que as grávidas não usem medicamentos não prescritos por profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos. Recomenda, ainda, que elas relatem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. •

A criança mimada e os dramas da vida

Quando você imagina uma criança mimada provavelmente pensa em um pequeno ser com uma casa cheia de brinquedos extravagantes. Acontece que especialistas dizem que isso está mais ligado à disciplina da criança e seus comportamentos. Redação LEIA ABC – redação@leiaabc.com

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ormalmente, um pequeno com excesso de mimo pode ser exigente, egocêntrico e irracional, e muitas vezes isso se torna um desafio e tanto para os pais. Uma pesquisa recente liderada pelo psicólogo Dan Kindlon, professor da Harvard School of Public Health, mostrou que 88% dos pais consideram seus filhos pelo menos um pouco mimados. Isso ocorre porque é normal para a maioria deles querer o melhor para as crianças e evitar confrontos, criando um contexto mais permissivo e aceitando certos comportamentos.

Para driblar essa estatística é preciso pensar a longo prazo. As crianças que são mimadas podem se tornar excessivamente dependentes dos pais e ter dificuldades de encontrar a felicidade quando adultos. Pesquisadores da Concordia University, dos Estados Unidos, descobriram que jovens adultos em idade universitária que foram muito mimados quando crianças tendem a acreditar que são infelizes. Quando os pequenos são superprotegidos muitas vezes não aprendem comportamentos responsáveis. Não é raro que tenham dificuldades para compreender limites como adultos e acabem desenvolvendo problemas com gastos, jogos de azar, excesso de comida e bebida. Além disso, é possível que eles se tornem desmotivados, preguiçosos ou irritados. Além disso, um estudo publicado na revista Pediatrics sugere que crianças mimadas podem ser insensíveis às necessidades dos outros, bem como mais propensas a birras. Elas também têm dificuldade para sentimentos de gratificação, tornando-se mais solitárias.

Como evitar o excesso de mimo com o seu filho

A grande dúvida de muitos papais é sobre por onde começar. Confira abaixo alguns passos que você pode tomar para recuperar o controle da situação.

Comprometimento

Comprometa-se a parar de mimar seus filhos em excesso. Os pais que levam isso a sério conseguem ver

melhorias rápidas no comportamento das crianças. Pense que uma criança mimada de 10 anos de idade não irá precisar de mais 10 anos para reverter essa característica – elas são inteligentes e conseguem mudar o comportamento rapidamente.

Não ameace. Instrua

Diga à criança que determinado comportamento deve parar e explique as consequências do não cumprimento, executando a “pena” quando necessário. Em outras palavras, seja claro e conciso. É desnecessário gritar.

Evite a superproteção

Se ele está sempre atrasado para a escola o melhor a fazer é parar de dar desculpas à professora e deixar a criança sofrer as consequências desse comportamento. Parece simples, mas a maioria dos pais são rápidos para assumir a culpa pelo atraso. Pais que repetidamente protegem seus filhos acabam frustrando o crescimento de caráter deles.

Reflita

Pergunte-se se a criança tem coisas em excesso. Muitos pais agradam seus filhos com presentes e não deixam espaço para que eles batalhem para conseguir as coisas por conta própria. Isso os priva de importantes lições de vida, como ter algo especial ou um sentimento de gratidão. Além disso, as crianças que não precisam esperar muitas vezes acabam não aprendendo a ter paciência. • Dezembro de 2015 |

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Moda

Mundo Animal

Cara, remoção de tatuagem avança, mas ainda pode deixar marcas Ninguém faz uma tatuagem já pensando em se submeter a um monte de sessões doloridas de laser e gastar um bom dinheiro para retirá-la. Gislaine Mattos – especial para LEIA ABC

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as arrepender-se é comum: até 50% dos tatuados gostariam de voltar atrás, segundo estudo da revista médica inglesa “Lancet”. Felizmente, a remoção melhorou muito nas últimas décadas. Lasers ultrarrápidos apagam melhor e com menos sessões as tatuagens, especialmente as coloridas, que dão mais trabalho. O processo, porém, está longe de ser fácil. Costuma doer, custa caro – chegar até R$ 3 mil–, há risco de cicatrizes e não é possível afirmar que a retirada será completa, diz Valeria Campos, assessora do departamento de laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “As tatuagens amadoras, como aquelas feitas em presídios ou mesmo na praia, saem mais facilmente porque são superficiais. Já as profissionais nem sempre podem ser removidas totalmente. Mesmo com lasers mais modernos não podemos garantir 100%”, afirma.

DICAS

Para evitar uma remoção –ou sofrer o menos possível com ela–, as dicas dos dermatologistas são: 1) Por mais óbvio que possa parecer, pense bem antes de tomar a decisão;

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2) É preferível fazer tatuagens pretas, mais fáceis de serem apagadas com o laser; 3) Pense ainda mais sobre tatuar o nome de namorados ou namoradas, e prefira fazer esse tipo de tatuagem com tinta preta, pelo motivo acima. Como se casos notórios de celebridades que tatuam e depois removem os nomes dos amados não servissem de exemplo, apagar esse tipo de lembrança é o pedido campeão nos

consultórios, segundo Campos. “Mas, cada vez mais, os nomes mais tatuados têm sido os dos filhos.” Gabriel Gontijo, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que a maioria dos pedidos de remoção de tatuagem acontece depois dos 40 anos, quando as pessoas deixam de se identificar com o desenho. “A caveira fica meio murcha, a orquídea já não tem a mesma cor...”

ALERGIA

Mas, se fazer uma tatuagem envolve riscos (como infecções, contaminações por meio da tinta e alergias), a remoção não está isenta deles. Segundo estudo da revista médica “Lancet”, sabe-se pouco sobre o “destino” fisiológico ou toxicológico dos pigmentos da tatuagem depois do uso do laser. “Quando você mexe na tatuagem, pode expor mais o organismo à tinta e acabar gerando uma alergia”, diz Valéria Campos. Nesse caso, o recomendável é continuar a retirada até o fim e usar medicamentos contra a reação. O interessado em remover uma tatuagem também precisa estar ciente que o desenho pode ficar escuro antes de ser retirado, nas primeiras sessões. E que pode doer bastante, a ponto de precisar até de anestesia injetável. •

A melhor hospedagem para o seu peludo Com a chegada das férias, uma das maiores preocupações dos donos de pets é a hospedagem de cães, principalmente quando se trata de segurança e qualidade. Afinal, ele é um membro da família, mas muitas vezes não pode acompanhá-la em determinadas viagens. Gislaine Mattos – especial para LEIA ABC

É

preciso escolher um local de hospedagem de cães confortável e garantido, que requer pesquisa, atenção e carinho. Deve-se escolher com cautela este lugar, pois a separação das pessoas com quem ele convive e o ambiente estranho gera stress no animal e a primeira preocupação dos profissionais é a de minimizar isto. Além deste detalhe, o espaço deve ser higienizado, ter atividades para todos os portes de cachorros e que os distraiam nestes dias de “hóspedes”, segurança, monitoramento o tempo todo por especialistas treinados e veterinários, que devem estar sempre disponíveis para quaisquer problemas que possam acontecer com eles. Uma maneira de viajar sem peso na consciência e preocupação é conhecer o hotel ou o lugar da hospedagem de cachorros que você pretende deixar o seu amigão sem marcar horário, para verificar todas as condições e avaliar se é realmente o que você procura. E levar o seu pet é melhor ainda, pois ele dará dicas de ter gostado ou não do local, além de já ir se familiarizando com o ambiente, caso seja lá que ele irá ficar. Um recinto bonito ou preços altos nem sempre são si-

nônimos de qualidade. Claro que há opções para todos, mas há itens fundamentais que você precisa perguntar antes de confiar que uma equipe cuide do seu pet enquanto você estiver fora. “Ele ficará em um quarto sozinho ou coletivo? Ele poderá ficar com seus brinquedinhos preferidos? Ficará solto durante o dia, caso seja dócil? Caso sim, os outros cachorros que ficarão também são mansos e haverá supervisão? E se ele for bravo, como será o tratamento para ele?”. Estas são algumas das muitas indagações que você deve fazer ao averiguar sobre a hospedagem de cães. A limpeza também é muito importante,

já que se em casa ele é acostumado com asseio, esse padrão deve ser seguido por lá, com os espaços higienizados com produtos específicos para animais todos os dias. Hospedagem de cães: siga a mesma rotina na alimentação Muitos se esquecem, entretanto, a comida também deve ser levada em conta na seleção do hotelzinho ou pet shop que seu pet ficará instalado. Eles devem seguir o hábito do animal, ou seja, alimentá-lo nos horários de costume e com o tipo de ração adequada. Portanto, ao fechar negócio, também já deixe combinado que levará a alimentação dele, a qual muitas vezes é uma ração especial, uma comida diferente (como no caso de um cão idoso, que come papinhas feitas de maneira específica), e o estabelecimento de hospedagem de cães deve possuir cozinha, freezer e microondas para o uso exclusivo deles. Por fim, certifique-se de que eles somente aceitam animais com as carteirinhas comprovando as vacinas em dia e passem produtos de pulgas e carrapatos em todos, para que o seu peludo volte para casa feliz e saudável do mesmo jeito que foi! •

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Em Forma

O corpo perfeito Tamyres Barbosa

Especial para LEIA ABC

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Rosto liso, simétrico, cabelos sedosos, bumbum durinho, barriga enxuta com abdômen definido- medidas de modelo. É a busca de muitas, não estaríamos exagerando se dissermos todas as pessoas. Basta ligarmos a tv, acessarmos a internet, sairmos as ruas, que somos bombardeados por corpos esculturais e a apelação midiática pelo corpo ideal. Tudo bem, mas onde está o problema em buscar tais atributos? Se a busca pela beleza, for saudável nenhum problema. Agora se essa busca interfere na sua vida de forma que se torne uma obsessão ai sim algo está errado. A insatisfação permanente com a aparência pode desencadear uma vaidade desenfreada levando muitos ao “vale tudo”: uso de anabolizantes, cirurgias, implantes, preenchimentos, lipoaspirações, escovas definitivas, bronzeamento artificial, remédios para emagrecer, entre outros. Alguns desses distúrbios já recebem nome para diagnóstico como a anorexia- distúrbio de imagem, a pessoa se acha mais gorda do que realmente é; Bulemia- comer uma quantidade exagerada de alimentos e vomitar em seguida; Vigorexia- Exagero pela atividade física, onde atividades e vida social são substituídas pela atividade física. Além de se transformar em desordem psicológica tal busca pela beleza pode deixar deformações ou problemas de saúde – por erro médico, produtos perigosos e irresponsabilidade de alguns profissionais.

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A mais nova descoberta- lipofobia, ou medo de se consumir alimentos que contenham gordura. No entanto nem todas as gorduras são maléficas. Existem as gorduras boas e essenciais ao organismo- polinsaturadas, monoinsaturadas, e também as tão temidas gorduras saturadas. A gordura é necessária para o transporte de vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), são essenciais para a formação de hormônios, síntese proteica e até ajudam na perda de peso, pois aumentam a sensação de saciedade. Evite a gordura trans e a parcialmente hidrogenada. Leia o rotulo dos produtos, na sessão ingrediente e veja se tais gorduras fazem parte da composição do alimento. Devemos ter bom senso na qualidade e quantidade do consumo de gorduras. Para evitarmos transtornos na busca implacável belo corpo perfeito siga as boas e velhas dicas: alimente-se de três em três horas, pois se você não come de três em três horas, seu metabolismo desacelera e isso nos faz engordar, pois o organismo absorverá mais gordura em outra refeição. Faça exercícios diariamente, mesmo que sejam atividades leves como uma caminhada, subir escadas, ou deixar o carro um quarteirão mais longe do seu serviço. Evite comida pronta, congelada e alimentos ricos em açúcar. Caso perceba sinais que alguma coisa está errada em suas ações em busca da beleza procure um médico para uma avaliação. •

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