5 minute read
Renata Abreu não descarta nomes de Igor ou Lins para governador
A secretária da Cultura e Economia
Criativa do Estado de São Paulo, Marília Marton, foi direto ao assunto quando questionada sobre fomento à classe artística durante sua gestão à frente da Pasta. “Nós não somos assistência social. Aqui, nós somos desenvolvedores de humanos. Nós provocamos a transformação, pensamento e a crítica. É isso que nós fazemos. Nós cuidamos de outro pedacinho da alma. Nós não cuidamos do pedacinho da assistência social”, disparou. “Quando o artista vem pedir para dar fomento, falo para ele não se esquecer que precisa de público. Ninguém toca pro vento. O dia que a gente estiver tocando pro vento, acabou, morreu”, completou. Marília tem um orçamento generoso para investir em projetos culturais em 2023, mas já sinalizou que irá comandar a Cultura com a calculadora nas mãos. Seu posicionamento foi dado durante reunião no Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste da Grande São Paulo). O orçamento da Cultura em 2022 foi de R$ 1,1 bilhão, além de mais de R$ 100 milhões para o ProAC ICMS, o programa estadual de incentivo fiscal. Para se ter uma ideia, o orçamento da cultura do Estado de São Paulo foi semelhante ao destinado em 2022 pelo governo federal para todo o Brasil, cerca de R$ 1,67 bilhão. A cultura tem grande peso na economia paulista, bem mais que na nacional. Para efeito de comparação, no Estado de São Paulo, a cultura equivale a 3,9% do PIB e gera 1,5 milhão de postos de trabalho. São Paulo concentra 47% do PIB criativo brasileiro, gerando R$ 78,35 bilhões por ano. Em nível federal, a cultura gera 4,9 milhões de postos de trabalho e corresponde a 2,64% do PIB do Brasil. Mesmo com o cofre recheado, ninguém vai poder “tocar para o vento” se quiser contar com ajuda do Estado. Fomento Cultural são leis e ações públicas e governamentais que incentivam a produção de material cultural em diversos formatos. (Acesse o QR Code ao lado e veja o vídeo)
Advertisement
Igor (foto meio) é prefeito de Itapevi e foi reeleito com 98% dos votos válidos, sendo o mais bem votado do país em 2020.
Em entrevista ao Diário da Região, Renata Abreu, presidente nacional do Podemos, disse com todas as letras que o partido não descarta o nome de Igor Soares ou Rogério Lins para a disputa a governador nas próximas eleições. Igor é prefeito de Itapevi e foi reeleito com 98% dos votos válidos, sendo o mais bem votado do país em 2020. Com aprovação quase unânime, ele administra a cidade com orçamento baixo e, mesmo assim, faz grandes obras e tem melhorado o nível de vida dos moradores da cidade. O grande obstáculo de Renata Abreu será convencer Igor a sonhar com a cadeira de Tarcísio de Freitas. Durante entrevista, Renata deixou claro que deseja Igor candidato a, pelo menos, deputado federal. Já Rogério Lins é prefeito de Osasco e foi reeleito no 1° turno. Lins surfa em um confortável índice de 85% de aprovação popular. Governa de modo jovial e usufrui de extrema popularidade junto ao eleitorado. Lins tem trabalhado para transferir votos para seu candidato a prefeito em 2024, o deputado estadual Gerson Pessoa. O primeiro teste diante das urnas foi positivo. Gerson obteve 110 mil votos somente em Osasco e ultrapassou o ex-prefeito já falecido Celso Giglio que, até então, ocupava o lugar de deputado estadual com melhor desempenho no município. Na lista de Renata Abreu figuram outros nomes, como o do prefeito de São Vicente, Kayo Amado. E, embora as eleições de 2026 estejam distantes, as "escolhas caseiras" se mostram mais sustentáveis que a indicação de Arthur do Val em 2022. O, na época, deputado estadual Arthur do Val foi "docemente" convidado a renunciar da candidatura a governador, após frases sexistas sobre refugiadas ucranianas durante visita ao país que está em guerra com a Rússia. Na sequência, ele teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa. No mesmo ano, o partido de Renata Abreu tomou um "passa moleque" do ex-juiz Sérgio Moro que desistiu de disputar a presidente pela sigla sem consultar ninguém e comunicou a decisão por carta. (Graciela Zabotto). (Acesse o QR Code ao lado e veja a entrevista)
Já Rogério Lins (foto acima) é prefeito de Osasco e foi reeleito no 1° turno. Lins tem um confortável índice de 85% de aprovação popular. Governa de modo jovial e usufrui de extrema popularidade junto ao eleitorado.
“São dois nomes de envergadura para o cenário nacional, seja para disputar como deputado, senador ou governador”, declarou.
Filiação aconteceu na segunda-feira, em Brasília. Além do PSDB, Furlan também já passou pelo PMDB, hoje MDB.
Graciela zabotto politica@webdiario.com.br
Em suas redes sociais o prefeito de Barueri comemorou a chegada à nova legenda. “É uma honra integrar uma legenda tão forte para o Brasil! Um novo partido, uma nova história, vamos seguir avançando!”.
Após cerca de nove anos no PSDB, Rubens Furlan bateu asas do ninho tucano e se filiou ao PSB. Ato aconteceu nessa segunda-feira (17), em Brasília, ao lado do vice-presidente do Brasil e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e do Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, ambos do PSB. “É uma honra integrar uma legenda tão forte para o Brasil! Um novo partido, uma nova história, vamos seguir avançando!”, escreveu o prefeito de Barueri em suas redes sociais. Furlan foi acompanhado do filho, Rubens Furlan Filho; e do secretário de Negócios Jurídicos, Marco Aurélio Toscano da Silva. Essa não é a primeira vez que Furlan se filia ao mesmo partido de Geraldo Alckmin, de quem é muito próximo. Em 2014, ele deixou o PMDB (hoje MDB) e assinou sua filiação ao PSDB, partido que Alckmin já estava filiado. Na eleição seguinte, em 2016, Furlan foi eleito pelo partido tucano com 143.250 votos para o seu quinto mandato como prefeito de Barueri. A filiação de Furlan ao PSB foi comemorada também por Mari Tavelli. Em suas redes sociais, ela escreveu "bemvindo à minha casa", em referência ao PSB, que é o seu partido. A curta e simpática frase foi um exemplo típico de que o mundo dá voltas e a política mais ainda. Mari Tavelli foi adversária de Furlan e concorreu à prefeitura de Barueri na última eleição municipal, em 2020, pelo PSB e com apoio de Márcio França que, na época, disputou o 2° turno para governador de São Paulo contra João Doria, do PSDB. Já Rubens Furlan está em seu sexto mandato de prefeito em Barueri.
DEBANDADA DO NINHO TUCANO Alckmin pulou do ninho antes de morrer asfixiado como João Doria, se aproximou de Lula, foi escolhido como vice-presidente na chapa petista, se filiou ao PSB e, de quebra, como uma cereja do bolo, arrastou Furlan para o partido. Essa migração resultou em um PSB com nomes ainda mais fortes e respeitados na política. Alckmin coordenou o governo de transição do então presidente Jair Bolsonaro que custou aceitar a derrota para um partido cuja bandeira é vermelha e tem como vice o Partido Socialista Brasileiro. E assim como nunca imaginava um dia ver Alckmin vice de Lula, também era difícil acreditar que Mari Tavelli um dia escreveria, em redes sociais, "bemvindo Furlan à minha casa", além de vê-la constantemente em eventos ao lado da família Furlan e apoiando o atual governo. O mundo, realmente, dá voltas. Já a política tem sua rotação própria, não queira entender.