Revista Siderurgia Brasil

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Expediente

Editorial

Uma palavra sobre a sobrevivência dos negócios

Edição 132 - ano 20 Março/Abril 2019 Siderurgia Brasil é uma publicação de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339. Coordenador Geral: Henrique Isliker Pátria

HENRIQUE ISLIKER PÁTRIA EDITOR RESPONSÁVEL

Diretora Executiva: Maria da Glória Bernardo Isliker TI: Vicente Bernardo Consultoria jurídica: Marcia V. Vinci - OAB/SP 132.556 mvvinci@adv.oabsp.org.br Editor e Jornalista Responsável: Henrique Isliker Pátria - MTb-SP 37.567 Repórter Especial: Marcus Frediani MTb:13.953 Projeto Editorial: Grips Editora Projeto Gráfico: Ana Carolina Ermel de Araujo Edição de Arte / DTP: Ana Carolina Ermel de Araujo Capa: Montagem de André Siqueira com fotos da PhotoDisc e Shutterstock Impressão: Ipsis Gráfica e Editora DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A EMPRESAS DO SETOR E ASSINATURAS A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj. 113 São Paulo/SP – CEP 05407-002 Tel.: +55 11 3811-8822 grips@grips.com.br www.siderurgiabrasil.com.br Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.

É consenso geral que os negócios vêm crescendo em quase todas as frentes. Até podemos ponderar se isso está acontecendo no ritmo e na medida adequados, mas as mudanças são inegáveis. O quadro político ainda permanece muito vulnerável, e mesmo que o Poder Executivo tenha rapidamente apresentado projetos que prometem mudar e modernizar a cara do Brasil – me refiro ao projeto da Reforma da Previdência e do Projeto Anticrime – o comportamento do Legislativo coloca em xeque a esperança de que vamos ter mesmo outro Brasil. Para os ansiosos essa“enrolação”é mortal. Deixando de lado a parte que cabe aos governantes e sobre a qual temos poucas influências, há uma revolução silenciosa acontecendo neste exato momento. E, sem percebermos, estamos sendo envolvidos por ela todos os dias. Segundo dados do IBGE, nos últimos três anos foram fechadas mais de 300 mil empresas no país, de todos os portes e pelos mais variados motivos. As empresas que sobreviveram – ou mesmo aquelas que apareceram depois do forte “tsunami” nos negócios – têm, agora, que colocar os pés no chão, e seus gestores terão de ficar 100% ligados em todos os movimentos à sua volta, com olhos abertos para cada detalhe do negócio, a fim de continuarem disputando um lugar no mercado. Até as pequenas coisas do dia a dia mudaram. Por exemplo, a confirmação de presença do funcionário – que, antes, era registrada por um cartão de ponto, inserido em um relógio outrora barulhento, e que se alguém esquecesse de acertar o horário não servia para nada – hoje é feita por meio de um cartão eletrônico, de uma impressão digital, ou mesmo de um aparelho de reconhecimento facial. Há também, o home office, sistema de trabalho em que o funcionário sequer sai de sua residência para prestar seus serviços.

É

Nesta edição da revista Siderurgia Brasil, apresentamos vários exemplos dessa nova era e do comportamento que deve, obrigatoriamente, passar a ser adotado para “embarcarmos” nos novos tempos. Entre as reportagens, temos uma matéria sobre Transformação Digital: sim, é ela quem está mudando a sua empresa, pois hoje sem cuidar da cultura, tecnologia e processos de forma gradual, emparelhadas e mantendo a mesma sintonia, sua organização não vai a lugar nenhum. Falamos também da influência da modernização na política. A Deloitte que é uma das maiores consultorias mundiais promoveu um evento em São Paulo, que contou com a nossa participação, no qual os mais diversos aspectos da vida de um cidadão e das empresas foram revirados e esmiuçados tendo como pano de fundo a Revolução Digital que já está aí. Por exemplo, você consegue viver sem um aparelho telefônico móvel? Confira a matéria e você vai nos dar razão. Há também análises bem elaboradas do cenário econômico nacional, das relações internacionais entre o Brasil e os Estados Unidos e uma reportagem na qual mergulhamos de cabeça em um dos principais centros de serviços de aço do Brasil, mostrando toda a sua eficiência e competitividade. Ao mesmo tempo, continuamos lutando pela liberdade de Imprensa, pois mesmo com os acontecimentos tristes que insistem em nos rodear, usamos a revista Siderurgia Brasil para, mais uma vez, colocar você no pódio dos leitores mais bem informados da cadeia siderúrgica brasileira. E continuamos aguardando seus comentários, críticas e sugestões por meio de nossos canais de comunicação. Fale com a gente! Boa leitura!

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Índice de matérias

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Uma palavra sobre a sobrevivência dos negócios

POLÍTICA Momento de expectativa

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Virando a chave, com eficiência e eficácia

EMPRESAS Em nome da produtividade

COMÉRCIO EXTERIOR As relações Brasil-Estados Unidos na era Trump-Bolsonaro

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ECONOMIA O que esperar do novo cenário econômico brasileiro

ESTATÍSTICAS EVENTOS Sucesso anunciado

VITRINE

ANUNCIANTES

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Momento de expectativa

Política

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Com o motor ligado, o Brasil aguarda a “largada” para acelerar sua economia e voltar a crescer. Marcus Frediani

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A Deloitte Brasil divulgou recentemente um levantamento chamado de Agenda 2019 – a primeira pesquisa pós-ciclo eleitoral realizada com o empresariado brasileiro –, trazendo as expectativas e tendências das companhias para 2019. Em síntese, o estudo trouxe a visão atual dos empresários sobre o papel do Estado, as prioridades do governo para favorecer o ambiente de negócios e, ainda, o grau de credibilidade na capacidade dele no sentido de endereçar tais prioridades, bem como a intenção de contratações e investimentos das organizações ao longo do ano. De forma geral, entre outras questões, a pesquisa da Deloitte identificou que as empresas preferem menos interferência do governo em setores estratégicos, como siderurgia e metalurgia, energia elétrica, exploração de minerais, petróleo e gás.“A conclusão que tiramos é que determinadas ações do ciclo produtivo, que exigem grande capacidade de investimentos em capital intensivo, devem ter à frente o setor privado. O governo deve cuidar da formulação de políticas públicas mais contundentes, para que o Estado realmente defina as regras do jogo”, destaca Othon Almeida, sócio e líder de Desenvolvimento de Mercado da Deloitte no Brasil nesta entrevista exclusiva concedida à revista Siderurgia Brasil. Confira e tire suas próprias conclusões. Siderurgia Brasil: Qual a avaliação que você faz da contribuição do governo Temer, encerrado em dezembro último, para a evolução da economia brasileira? Othon Almeida: Bem, não posso falar em política, o que é muito difícil, porque política e economia estão intimamente atreladas. Mas, em minha opinião, o saldo foi positivo, e não se

pode falar que ele foi um “governo ruim”. A equipe econômica de Temer buscou trabalhar com a questão financeira, com a introdução da limitação do endividamento do Estado e com o controle de gastos e na alocação de recursos nos lugares certos. Conseguiu um controle razoável da inflação, trabalhou forte na parte de ações para desburocratização, e, além disso, tentou fazer as reformas sociais, que, infelizmente, por diversos fatores, não avançaram no Congresso. Em suma, buscou se adaptar ao momento vivido pelo país, caminhando dentro daquilo que se esperava, e preparou o Brasil para as muitas mudanças profundas e reformas que podem – pelo menos é o que se espera – ser implementadas pelo governo Bolsonaro, com o apoio do Congresso. A Deloitte Brasil acaba de divulgar os resultados da pesquisa “Agenda Brasil”, na qual grande parte dos empresários manifestou o desejo de que, para o Brasil crescer, será de suma importância o governo brasileiro reduzir sua interferência em alguns setores estratégicos da indústria. Mas como isso será possível no universo real de nossa economia, sem as benesses e “facilitações” governamentais com as quais a indústria está acostumada? Em outras palavras, ela conseguirá seguir em frente com suas próprias pernas? Um ponto positivo na argumentação da equipe econômica do governo Bolsonaro é que, quando ela fala de mudanças e de reformas, ela não se refere a uma única mudança ou a uma única reforma. Fala, sim, de aumento da capacidade de investimentos e da necessidade do Estado em recolocá-los para as mais diversas vertentes. Para isso, precisamos de um excelente ambiente de infraestrutura, MARÇO/ABRIL 2019 SIDERURGIA BRASIL 7

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Política

Não se trata de dizer que as mudanças podem acontecer: elas vão acontecer! Elas vieram para ficar, e quem não aprender com elas vai ficar para trás. Othon Almeida, sócio e líder de Desenvolvimento de Mercado da Deloitte no Brasil

com redução de carga tributária, que irão surgir quando o Congresso conseguir fazer reformas estruturais muito mais consistentes, desonerando a participação do Estado em determinados setores da economia – incluindo a siderurgia –, para a criação de um ambiente mais competitivo. Então, o custo não está em financiar a siderurgia entre outros segmentos, e, sim, em financiar o Estado. Este precisa, de fato, se desonerar, para que a iniciativa privada possa seguir em frente por meio de uma Reforma Tributária extre-

mamente adequada. Ou seja, temos que desonerar o Estado: isso é fundamental. Um segundo ponto é que, de maneira geral, ao longo dos últimos tempos, observamos que esse público das “benesses”, mencionado em sua pergunta, tem sido um mau gestor. E quem é o dono do dinheiro do Estado? Somos nós, os contribuintes, que pagamos por isso. Então, reduzindo sua interferência nesses setores, o Estado poderá fazer uma gestão financeira mais adequada, alocando melhor os recursos.

Em outras palavras, o Estado precisa se tornar autossustentável para poder eliminar esse problema, a fim de que haja desenvolvimento. É isso. Como mostra a pesquisa “Agenda 2019”, o que os empresários querem é que se faça uma Reforma Tributária e uma Reforma da Previdência de forma correta, que permita uma gestão ética, tendo o combate à corrupção como um dos pontos cruciais. E isso revela o nível de consciência dos empresários. Não é aquela coisa do tipo uma empresa dizer que vai embora do país e ficar esperando a contrapartida do Estado em forma de mais um benefício. Não, a coisa toda precisa ser vista com um olhar mais prospectivo. E nada disso será possível se o Estado não tirar de seus ombros o peso da dívida pública que o pressiona, para que possamos manter a capacidade de retenção das empresas e dos investimentos, que não seja por meio da simples concessão de incentivos. Recapitulando: a conclusão que se tira é que determinadas ações do ciclo produtivo, que exigem grande capacidade de investimentos em capital intensivo, deve ter à frente o se-

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Política pois eles têm grande capacidade de análise de dados para tirar conclusões e para a subsequente tomada de decisões. Eles serão mais valorizados do que os burocratas.

tor privado. Enquanto isso, o governo deve cuidar da formulação de políticas públicas mais contundentes, para que o Estado realmente defina as regras do jogo. Enquanto as nações mais desenvolvidas no planeta já nadam de braçada na Indústria 4.0, o Brasil ainda não fez avanços efetivos e substanciais no âmbito dessa transformação. E, ao que parece, a nova realidade do emprego que vem a reboque dela está anos luz de poder vir a ser aplicada aqui, uma vez que a perda maciça dos empregos convencionais que a Indústria 4.0 fatalmente trará não só gera preocupação, como também coloca o governo e as empresas numa sinuca de bico, a ser resolvido sem causar um verdadeiro caos social. Quais são os caminhos para administrar esse imbróglio? Contextualizando um pouco, ao longo da história da indústria, todos os processos automatizados e repetitivos foram sendo terceirizados. Por exemplo: antes alguém tinha que buscar lenha na floresta para nossos antepassados cozinharem, e, hoje, praticamente todas as casas têm gás de botijão ou mesmo

gás encanado, e nem precisamos mais de palitos de fósforo para acender os fogões. O que propiciou esse processo foi a aceleração, o impulso dado pela tecnologia. E, atualmente, a mudança se dá basicamente em torno das atividades repetitivas praticadas na indústria, com as empresas buscando cada vez mais praticidade e informação no ambiente eletrônico. Então, temos que ter consciência de que a Transformação Digital na indústria é inevitável. Esse é o primeiro passo da mudança da Indústria 4.0. E como vamos conseguir resolver o problema do emprego? Elevando o grau de conhecimento e a capacidade de aprendizado das pessoas no nosso ambiente hoje, explicando que elas precisam ampliar seu patamar e mais bem conhecer as questões que envolvem tecnologia e a melhoria de performance. Quanto mais elas estiverem atualizadas nesse sentido, maiores serão as chances de se incluírem no mercado de trabalho no ambiente da Indústria 4.0. Mas, veja bem: a visão de futuro é muito mais analítica do que eminente e especificamente técnica. E isso é bom para os profissionais que estão há mais tempo no mercado,

Aliás, no final de março, a Deloitte promoveu um grande evento em São Paulo abordando temas da Indústria 4.0, no âmbito da Transformação Digital, não é mesmo? Sim. E nele enfatizamos que essa transformação vai chegar muito rapidamente. E, se não nos atualizarmos, vamos perder competitividade. Para se ter uma ideia do que já está sendo feito lá fora, a montadora britânica McLaren Automotive, parceira da Deloitte, instalou 400 sensores em seus carros de corrida, que atuam fazendo leituras em tempo real, enquanto os veículos estão em movimento, para realização de análises preditivas do que vai acontecer com eles nas próximas voltas na pista, a fim de promover ajustes para garantir-lhes melhor desempenho. Seguindo o exemplo da McLaren, a indústria lá fora, de maneira geral, também está colocando sensores nos seus equipamentos e plataformas, entre outros lugares, para antecipar os níveis de estresse desses itens, para a tomada de decisões e de eventuais medidas corretivas, e aprender com os dados e informações. Então, não se trata de dizer que as mudanças podem acontecer: elas vão acontecer! Elas vieram para ficar, e quem não aprender com elas vai ficar para trás. Sim, é que essa é uma transformação muito grande, que, num primeiro momento, vai deixar o ambiente mais instável. Mas é fato também que os empresários que encararem esse desafio como oportunidade vão sair na frente e conquistar posições estáveis mais cedo, principalmente nas áreas de emprego que demandam mais capacidade analítica, como a Saúde e a

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Engenharia, nas quais a correta interpretação dos dados é muito valiosa. Porém, aí, há um problema de ordem “cósmica”: fazer tudo isso demandará uma boa dose de investimentos. E, embora os resultados da pesquisa “Agenda 2019” da Deloitte destaquem grande disposição dos empresários em fazê-los, bem como de implementar ações para desenvolver seus negócios este ano, o dinheiro anda curto no Brasil. Além disso, os investidores e empresas internacionais, ao que parece, também estão reticentes em injetar recursos no país, em compasso de espera por sinais mais consistentes de nossa recuperação econômica. Então, mais do que discursos com palavras bonitas, o que, concretamente, pode mudar esse quadro a nosso favor? Com raríssimas exceções, a maciça maioria das corporações multinacionais opera e tem negócios hoje no Brasil. E

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isso, por si só, já constrói um cenário bastante positivo, porque ninguém o faria caso não vislumbrasse oportunidades e boas oportunidades de retorno. O fato de o Brasil ainda ter questões de ordem política e econômica por resolver é apenas um dos muitos aspectos que elas levam em consideração, até porque, no geral, o crescimento do país, ao longo dos últimos tempos, foi maior do que o que se viu em outros lugares do mundo. Sim, os investidores tanto daqui quanto de fora estão em compasso de espera, como você falou, aguardando pelas definições que envolvem a“bomba-relógio”social, as reformas que precisam ser feitas e os problemas de gestão pública que precisam ser resolvidos para o Brasil ganhar credibilidade. Mas acredito firmemente que nosso país tem toda chance do mundo para retomar seu processo de desenvolvimento. Só que ele precisa fazer algumas mudanças e emitir determinados sinais para os investidores para que isso aconteça.

Em outras palavras, isso quer dizer que a bola está com o governo e com o Congresso para que essa confiança e esses investidores voltem. Exatamente. Os resultados dos leilões dos primeiros lotes de privatização dos aeroportos já estão dando a nota e os primeiros sinais de como o futuro se dará. Mas, independentemente do que pode ou vai acontecer, minha convicção é de que temos um desafio enorme pela frente que precisamos superar, correndo em paralelo com um enorme exercício de aprendizado, também, de como serão as relações da indústria com o governo e com o mundo a partir de agora. E, nesse cenário, a conclusão das reformas que o Brasil tanto precisa é algo absolutamente fundamental. Vivemos um momento de expectativa, porque ninguém vai colocar milhões ou bilhões de dólares por aqui antes que isso aconteça, não é mesmo?!

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Transformação Digital

Virando a chave, com eficiência e eficácia A Transformação Digital faz parte de um processo muito maior, que é chamado de progresso tecnológico e acontece por meio da Digitalização do negócio. Marcus Frediani

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negócio. A Digitalização é a conversão, é o processo. A Transformação Digital é o efeito. E a boa notícia é que apesar de levar tempo para ser finalizada e consumir recursos, a Transformação Digital pode ser implantada em qualquer empresa até porque isso não se resume a quem tem mais dinheiro. O assunto está em alta não por uma questão de modismo, mas por ser uma das missões de um em cada três CEOs das 3.000 maiores empresas da América Latina. E o ano de 2019 deve ser de extrema importância para as companhias brasileiras que ainda não iniciaram esse processo. Confira,

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A Transformação Digital é mais do que apenas Marketing ou Tecnologia. Segundo explica nesta entrevista exclusiva Carlos Tabosa, diretor de negócios da OPAH IT Consulting, consultoria de inovação em TI com oito anos de atuação, ela é, de fato, um desafio de gestão. Em outras palavras, trata-se de uma mudança radical na estrutura das organizações, a partir da qual a tecnologia passa a ter um papel estratégico central e não apenas uma presença superficial. Assim, a Transformação Digital faz parte de um processo muito maior, que é chamado de progresso tecnológico e acontece por meio da Digitalização do

a partir de agora, os muitos “porquês” que justificam essa afirmação. Siderurgia Brasil: Fazendo uma análise fria, ao contrário do que muitos empresários pensam, a Transformação Digital parece ter muito mais a ver com a desconstrução, dos ambientes corporativos clássicos e do mindset das pessoas do que com a implementação de novas tecnologias na empresa. Como você analisa essa visão? Carlos Tabosa: Sem dúvidas o lado humano, que costumo chamar de cultura, é o principal pilar que deve ser trabalhado de toda essa complexidade para se

Agregar valor ao cliente é o que te fez crescer ou te fará crescer e muitas startups têm esse paradigma como missão da empresa e, por isso, atingem sucesso. Carlos Tabosa, diretor de negócios da OPAH IT Consulting

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obter a transformação digital. A evolução tecnológica dentro da companhia é fundamental para que a mesma viva no mercado atual, logo, sem evolução em sua plataforma tecnológica, sua empresa sofrerá com a forte concorrência e grande pulverização de qualquer segmento de negócio hoje em dia. No entanto, a tecnologia é apenas um dos três pilares que compõem a transformação digital, os resultados dela não serão completamente obtidos sem as ações devidas em pessoas (cultural) e processos. Cuidar da cultura, tecnologia e processos de forma gradual, emparelhada e mantendo uma sintonia, irá gerar resultados no sentido da transformação digital. Descartar qualquer dos três pilares é jogar contra este objetivo. Tudo isso é feito por pessoas, logo, o cultural é o principal dos pilares.

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Certo! Mas como romper os “silos” mentais que cercam a reinvenção do mindset da empresa para fazer valer a verdadeira inovação? Fundamental dizer que não é da noite para o dia e, para este fim, ter um RH que compreenda este objetivo é crucial para o sucesso. A liderança de RH deve entender esse novo cenário mundial e contribuir para que as pessoas tenham as skills necessárias nesse processo. Treinamentos internos, avaliação de soft skills dos funcionários atuais (iniciando pela liderança), mensagens diárias e eventos corriqueiros são alguns dos exemplos práticos para que todos caminhem em uma mesma direção. E no caso das contratações, o que as empresas devem atentar? Bem, as novas contratações devem ter premissas que tenham as soft skills necessárias. Talvez demissões e substituições devam ser feitas, desde que esteja claro para todos que isso é uma necessidade absoluta e precisa ser feito. A liderança –, de coordenadores/líderes até diretores e VPs – deve ser treinada para que tomem as melhores decisões no dia a dia. Isso implica dizer que os processos da empresa também precisam ser revisados a fundo, correto? Sem dúvida. Mais do que revistos, processos antigos devem ser desburocratizados. Analisar a concorrência é importante, especialmente, nesse caso. Os próprios líderes engajados com a causa podem rever os processos existentes. E é importante ressaltar também que a inovação não deve ser algo inerente apenas a uma pessoa ou área. Assim, promova a inovação em cada colaborador e permita-se mais erros, mediante testes e resultados. Dentro do preceito de que o “olhar exterior” voltado para a empresa sempre consegue ampliar o range dessa visão, a colaboração das startups pode ser a resposta na medida para gerar tal mudança tão necessária para a empresa se adequar aos novos tempos e às novas realidades? Conhecer o maior número possível de startups de seu segmento de negócio faz a diferença nas escolhas de seus

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Transformação Digital

objetivos e deve ser parte importante da conversa entre a liderança. Não apenas para fazer igual, mas para entender como o resultado de negócio daquela pequena empresa está afetando ou irá afetar o seu cliente. Isso é caso de vida ou morte, caso uma startup quebre paradigmas e entregue valor bem antes de você. Como as startups podem fazer isso, a fim de vencer resistências internas produzir avanços sensíveis e verdadeiros na dinâmica empresarial? As startups devem servir de referência e, em caso de sucesso de algumas dela, que sirva de espelho. Agregar valor ao cliente é o que te fez crescer ou te fará crescer e muitas startups têm esse paradigma como missão da empresa e, por isso, atingem sucesso. Onde os empresários podem encontrar seus parceiros ideais? As startups estão em feiras, eventos gerais, exposições e reuniões para se obter financiamento... Não é difícil encontrá-las. E como “vender” eficientemente a ideia para os colaboradores da organização? O importante é o empresário estimular esse conhecimento para seus colabo-

radores e compreender a diferença que a parceria fará no dia a dia da operação de sua empresa. Muitas pessoas não admitem, mas ninguém sai de casa para fazer um trabalho ruim ou não empenhar um bom papel. Se a liderança for acolhedora e parceira, conseguirá fazer com que esses funcionários tragam ideias que produzam avanços. Uma boa dica é criar um pequeno fórum nos times da empresa, para que as pessoas dediquem pelo menos meia hora por semana para votar em algo como“A Melhor Ideia da Semana”. O resultado pode ser algo bastante surpreendente. Nesse processo, que é muito dissonante de tudo que rima com a ortodoxia empresarial, os riscos podem ser enormes e erros, fatalmente, podem acontecer. Como lidar com eles? Aceitar falhas é tão importante que deveria se tornar um dos valores de sua empresa e, caso não seja a sua empresa, leve esse conselho adiante. Claro que você não vai investir em algo com zero de experimentação. Então, a dica é: experimente e experimente de novo! Faça experiências em menor volume com um cenário controlado onde em caso de insucesso nenhum dos seus números sejam impactados. Após muitas experimentações, leve os resultados para frente para quem sabe aplicar formalmente tal ideia. Isso vale para qualquer

tipo de inovação: disruptiva, processual, agilidade e afins. Nesse cenário, qual é o papel e a melhor postura dos líderes? Eles têm que dar condições para seu time de colaboradores testar o que vale a pena ser testado, e apoiá-los em caso de insucesso. Tornar isso uma rotina é uma forma inteligente e produtiva para, uma hora, certamente colher bons frutos. Em outras palavras, isso tem a ver com a necessidade de a própria organização desenvolver sólidas capacidades de enfrentar riscos e vencer o medo de “não errar”, principalmente em função da observação e da ampliação de suas metas de produtividade, de se proteger contra o avanço feroz da concorrência e, em última análise, de sua autopreservação e da garantia de sua própria sobrevivência. Com certeza. A autopreservação e garantia de sobrevivência são importantes para os negócios e devem, sim, existir. Mas, quem sabe, ao promover uma inovação não se consiga alcançar as metas de forma mais rápida? Deve-se refletir muito também sobre este aspecto. Em resumo, tome riscos controlados, mas tome! De acordo com algumas pesquisas desenvolvidas por empresas especializadas, o papel da TI está mudando, passando de uma função meramente tática para a de catalisadora de negócios. No entanto, o aumento da necessidade de suporte de TI das empresas se reflete no número crescente de projetos que a TI precisa obrigatoriamente fornecer, gerando um verdadeiro “enxame” de aplicativos minimamente integrados entre si. Em outras palavras, com investimentos cada vez maiores em novas tecnologias, as organizações estão vendo os desafios de integração atrapalharem suas próprias iniciativas de Transformação Digital. Como resolver esse imbróglio? Ainda se confunde muito Inovação Digital com tecnologia. Mas, como já reforçamos acima, é muito mais do que

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isso. Criar aplicativos e aplicações sem ter uma estratégia de negócio associada e ampla é apenas gastar muito dinheiro (tecnologia é cara!) para tentar ser mais atrativo para seu cliente. A decisão de construir um aplicativo não é tecnológica, mas, sim, estratégica. E, por isso, deve estar completamente integrada para se obtenha resultados satisfatórios. A tecnologia puxa as empresas atualmente, mas a direção para onde puxa é definida pela estratégia. Ou seja, com“tecnologia por tecnologia”, não se alcança resultados. E se Transformação Digital é mais do que apenas marketing ou tecnologia – na verdade, uma mudança radical na estrutura das organizações, a partir da qual a tecnologia passa a ter um papel estratégico central e não apenas uma presença superficial –, qual a melhor (ou melhores) forma(s) de orientar a questão do progresso

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tecnológico do negócio? E qual é, também, a melhor forma de mensurar os resultados, para saber se a empresa está trilhando o caminho certo? Como eu já disse, Transformação Digital é algo maior e mais relevante que simplesmente tecnologia e deve ser um assunto de pauta nas reuniões mais estratégicas da companhia. A medição deste item é difícil e as conclusões não são rápidas, mas esse é o caminho. Não há outra saída caso você queira impactar melhor seus clientes e seu mercado. Para sua empresa que deseja ser duradoura, é mais um motivo para iniciar ações no sentido da transformação digital. As futuras gerações serão ainda mais conectadas e exigentes e também terão mais opções de escolhas. Então, o seu olhar como executivo tem que estar voltado para pessoas e com elas você também enxergará como melhorar seus processos e suas plataformas tecnológicas rumando, assim, para a Transformação Digital.

Para finalizar, que tipo de suporte vocês, da OPAH IT Consulting, podem oferecer no sentido de contribuir para que as empresas realizem esse leque de transformações que, a cada dia, se tornam cada vez mais necessárias? Bem, nós ajudamos a operacionalizar e colocar em prática todos esses assuntos abordados para que se encaminhe para a Transformação Digital. Consultores que somos, apoiamos as empresas por meio de instruções e treinamentos, análise de dados e processos, conclusões e ações direcionadas. Paralelamente, com desenvolvedores de tecnologia, apoiamos também em construção de canais digitais, integração de sistemas, manutenções/correções e aplicação de KPIS, que são“veículos de comunicação” que permitem que o corpo de gestores de uma organização comunique aos seus liderados o quão eficiente um processo é, e como está seu desempenho ao longo de um período determinado.

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Empresas

Em nome da produtividade Agregar valor e facilitar a vida dos clientes cada vez mais exigentes dos produtos processados em aço são os focos do trabalho da Soluções Usiminas. Marcus Frediani

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Usiminas e agregando serviços – como corte e solda a laser –, logística e a adaptação de volumes às necessidades de clientes de qualquer porte. “Mais do que isso, a integração com o mercado permite agregar cada vez mais competitividade aos processos industriais, por meio de desenvolvimentos customizados e alta capacidade de atendimento”, enfatiza Ascanio Merrighi, diretor-executivo da companhia, nesta entrevista exclusiva à revista Siderurgia Brasil. Confira esses e outros diferenciais

da atuação da Soluções Usiminas nesta e nas próximas páginas. Siderurgia Brasil: Como e por que nasceu a Soluções Usiminas? Ascanio Merrighi: A Soluções Usiminas foi criada para consolidar a estratégia da Usiminas de agregar valor a seus produtos, concentrando suas unidades de serviços e de distribuição de aços planos. Ela surgiu formalmente como empresa em 2010, a partir de um projeto implementado ao longo

Foto: Ian Lopes/Usiminas

Criada em 2010, como resultado da união de cinco empresas líderes do setor de transformação e distribuição do aço, a Soluções Usiminas conta com uma moderna infraestrutura em suas linhas de produção, garantindo qualidade e alto conteúdo tecnológico para os mais exigentes setores industriais. A empresa se destaca no mercado brasileiro pelo seu amplo portfólio de produtos e serviços de transformação e distribuição de aços planos, trabalhando com os aços fabricados pelas usinas da

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dos anos de 2008 e 2009, como resultado da fusão de cinco ativos nos quais a Usiminas tinha participação majoritária ou total: a Rio Negro, a Dufer, a Fasal, a Zamprogna e do complexo de plantas industriais da Usial/Usicort. Com a reunião dessas empresas, a Usiminas ficou com 69% de participação acionária na nova companhia, seguida pela Metal One Corporation, braço da área de metais da Mitsubishi, com 20%, e a família Sleumer, antiga controladora da Fasal, com 11%, sendo que não houve injeção de capital para união das companhias. Qual a representatividade da empresa no cenário siderúrgico nacional? Bem, somos hoje o maior processador de aços planos no Brasil, com capacidade instalada de 2 milhões de toneladas/mês, com a maior variedade de tipos de processamento, desde os mais simples, como corte transversal e longitudinal até produtos figurados, como corte

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da lateral de uma traseira, uma frente ou, ainda, uma porta de um veículo, que saem de nossas linhas com esses formatos diretamente para as montadoras. Nosso portfólio integra mais de 20 mil itens, entre os quais se destacam uma ampla linha de perfis estruturais e de tubos, incluindo os galvanizados. Quantas são, onde estão localizadas as unidades industriais e qual a cobertura de atendimento? Atualmente, temos seis unidades próprias de negócio estrategicamente localizadas e presentes em quatro estados brasileiros: duas em São Paulo (Guarulhos e Taubaté); duas em Minas Gerais (Santa Luzia e Betim), uma em Porto Alegre; e outra em Suape, Pernambuco. Além disso, temos mais de 20 unidades atuando como parceiros, trabalhando diretamente com a gente. A proximidade dessas unidades industriais com os grandes centros de negócios confere à

empresa um eficiente processo logístico, que permite atender a clientes em todo o território brasileiro, por meio dos modais ferroviários, cabotagem e terrestre. E de onde vem o aço que vocês processam? Noventa por cento dos produtos que vendemos são única e exclusivamente fabricados a partir do aço da Usiminas. Os outros 10% de nossas vendas totais vêm de nossa prestação de serviços terceirizada, realizada sobre a matéria-prima que nossos clientes compram diretamente de outras e colocam em nossas unidades para processamento. Ao entrar em seu nono ano de operação, o que você pode dizer sobre o nível de receptividade do mercado dado à Soluções Usiminas? Tem sido excelente desde o início de nossas atividades lá atrás, em 2019, e vem crescendo a cada ano. Desde sem-

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Empresas

Foto: Leonardo Galvani/Usiminas

entregas just in time para toda a cadeia de fornecimento que orbita em torno dela. Dessa forma, com a nossa gestão, evitamos que nossos clientes tenham despesas excessivas com armazenagem e consigam trabalhar com maior eficiência, assim como os fornecedores, sem se preocupar com questões como análises de crédito, por exemplo.

Nesse sentido, um dos serviços mais comentados dentro do portfólio de vocês é a gestão de fornecimento. O que é isso? Bem, imagine uma grande indústria, como uma montadora, por exemplo, que recebe produtos em aço de vários fornecedores diferentes. Para facilitar a vida de todo mundo e garantir altos níveis de produtividade, a Soluções Usiminas desenvolveu um sistema de gestão de todos os produtos processados que entram nessa montadora, desde chapas de aço com tamanho pequeno, para estampar peças mais básicas, como um macaco, por exemplo, até fundos de chapa para estampar uma lateral, a parte superior ou a traseira de um veículo, sem a necessidade de manter todos esses itens no estoque da fábrica, por meio de

Foto: Leonardo Galvani/Usiminas

pre o mercado percebeu que o nosso foco principal é agregar valor aos produtos da Usiminas, apresentando a eles um pacote de produtos e serviços bastante diferenciado. Hoje, estamos em curva ascendente, até pelo fato de sermos a única empresa no Brasil processando volumes recordes de itens. Estamos vivendo um momento de grandeza semelhante àqueles vivenciados nas melhores fases da Usiminas sozinha e com a somatória das empresas que já compunham o nosso grupo, tanto em volume, quanto em faturamento. Então, reforçando o que já disse, nosso enfoque hoje é aliar em nosso portfólio desde a oferta produtos e serviços básicos, evoluindo cada vez mais no sentido de acrescentar sofisticação em pacotes nos quais os clientes enxergam valor agregado.

Ou seja, com isso, entre outras coisas, vocês conseguem reduzir o custo de logística dos clientes da Soluções Usiminas? Sim. Mas a questão aqui não é só redução de custo, como também aumento de produtividade, oferecendo a nossos clientes segurança, controle e garantia de entrega desses itens dentro dos prazos determinados. E além da eliminação da necessidade de se manter estoques enormes nas fábricas, ocupando espaços que poderiam ser destinados a outras finalidades, naturalmente zeramos para eles a obrigação de fazer investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos para fazer os serviços mais elementares de processamento dentro de seus parques industriais, para que, assim, nossos clientes possam se concentrar nas atividades mais sofisticadas e diretamente ligadas aos seus produtos finais. Grandes montadoras como Volkswagen, Fiat, Toyota e John Deere já fizeram essa opção e são clientes da Soluções Usiminas. Mas como funciona o processo de aquisição do aço junto às usinas?

Hoje, estamos em curva ascendente, até pelo fato de sermos a única empresa no Brasil processando volumes recordes de itens. Ascanio Merrighi, diretor-executivo da Soluções Usiminas

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Na maioria dos casos, a Soluções Usiminas faz a programação de compra da matéria-prima na Usiminas, fatura para a empresa-cliente aquilo que ela precisa, faz o processamento nas formas, volumes e prazos que ela precisa, e cuida da entrega no just in time. Pelo que você está dizendo, a indústria automotiva é o maior dos clientes da Soluções Usiminas, não é mesmo? Atendemos a todos os setores, mas, sim, temos um nível de terceirização maior no setor automotivo, que vem evoluindo muito bem nos últimos tempos. Aliás, no contexto de crise em que vivemos atualmente, é um dos que melhor se recuperou, até mesmo dentro da perspectiva de atendimento a novos mercados, via aumento das exportações. Dessa forma, podemos dizer que a Soluções Usiminas não faça exportações e atenda exclusivamente o mercado nacional, está

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contribuindo, ainda que indiretamente, para o incremento das operações do comércio exterior do país e para a internacionalização dos produtos brasileiros. Com tantas boas expectativas, vocês estão pensando em planos de expansão ou já estão, concretamente, implementando ações nesse sentido? Bem, temos grandes ambições, mas sempre com os pés no chão, até porque o cenário atual é de muita ociosidade de ativos. Trabalhamos com recursos próprios, somando esforços com outras empresas. Então, investir no momento atual é algo que precisa ser feito com muita cautela e inteligência. Estamos apostando num mercado mais exigente, que busca mais sofisticação. Por conta disso, temos que estar sempre muito atentos a tudo que está acontecendo de mais inovador e com maior potencial, como as mudanças tecnológicas e o cenário de tendências. Temos tido uma

vida bastante agitada por aqui, com interface com muitas empresas e institutos de pesquisas voltados ao ambiente de inovação, com muitas startups, que trouxemos para dentro da empresa para nos ajudarem no desenvolvimento de soluções para temas específicos. Em síntese, estamos atualizados, e costumo brincar que estamos preparados até para cinco ou dez“bombas-relógio”que podem explodir a qualquer momento. (Risos) Se não é a expansão, qual é o maior plano da empresa no momento atual? Nossa ambição é sermos a plataforma de desenvolvimento da produtividade de, pelo menos, 5 mil empresas do setor metal mecânico brasileiro. Só que a gente tem que fazer isso processando 100 mil toneladas/mês de aço. Falo sempre para o pessoal não esquecer disso. (Risos) Ou seja, temos que ter, repito, muito pé no chão. Temos que ter o sonho, mas, antes, cumprir a obrigação.

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Comércio Exterior

As relações Brasil-Estados Unidos na era Trump-Bolsonaro Atualmente, os Estados Unidos são nosso segundo parceiro comercial, perdendo apenas para a China. Justamente por isso, é bom que cultivemos boas relações. João Alfredo Lopes Nyegray*

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da Economia, no ano passado. Apenas em 2017, o Brasil passou a exportar para lá mais do que importa, pela primeira vez desde 2008. Na pauta comercial, os principais produtos que enviamos aos norte americanos são o ferro e o aço semimanufaturados, óleos brutos de petróleo, café, aviões, turbinas, motores e máquinas de terraplanagem. De outro lado, importamos principalmente óleos combustíveis, medicamentos, instrumentos e aparelhos médicos, e outros gases e hidrocarbonetos. Atualmente, os Estados Unidos são nosso segundo parceiro comercial, perdendo apenas para a China. Justamen-

Depositphotos

.com

Brasil e Estados Unidos possuem um longevo relacionamento. Os EUA foram a primeira nação a reconhecer a independência brasileira em 1824. As primeiras embaixadas foram abertas em 1905, aqui e lá. Décadas mais tarde, o Brasil proveu apoio logístico ao exército estadunidense na Segunda Guerra Mundial. Ambos os países, por meio de seus representantes, trabalharam juntos na criação da Organização das Nações Unidas. Por mais longo que seja o histórico de cooperação e amizade, nem tudo são flores: há farta documentação comprovando o envolvimento dos Estados Unidos no golpe militar de 1964, o que nunca foi oficialmente admitido por aquele país. Em 2013, vazaram dados sobre a espionagem estadunidense promovido pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, o que gerou tensões entre ambos os países e abalou as relações. No que tange às relações comerciais, os Estados Unidos saem na frente: nos últimos 10 anos, os EUA tiveram um superávit comercial de cerca de US$ 90 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério

te por isso, é bom que cultivemos boas relações – tanto em relação aos EUA, quanto em relação à China e aos demais grandes compradores de nossos produtos. Num momento em que se fala de guerra comercial e da sobretaxa estadunidense ao aço e demais produtos chineses, precisamos garantir que os produtos brasileiros escapem dessas tarifas para que nossas exportações para lá continuem crescendo. Para isso, uma boa relação é essencial. Como se sabe, o Brasil é um país ainda economicamente fechado, ocupando o 153º lugar no ranking de liberdade econômica divulgado pela Fundação Heritage. Há quem defenda o fechamento econômico, argumentando que essa estratégia pode promover a indústria nacional. Os críticos da posição argumentam que a falta de liberdade econômica favorece apenas a exportação de matérias primas, desestimulando a inovação, a produtividade e a competitividade (o Brasil é apenas o 72º no ranking de competitividade). Ao que parece, é isso que ocorreu ao longo das últimas décadas. Daí vem a necessidade de que nosso país se abra para o mundo, seja para atrair capital e investimentos, seja para tornar-se mais competitivo.

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finitivo sobre o sucesso ou fracasso da visita virá apenas com o tempo, e com a análise cuidadosa de seus efeitos práticos, o que fica muito além de meras promessas. ivulgaçã

ficarmos seus efeitos práticos. Afinal de contas, existem outras estratégias que podem ser utilizadas para atrair turistas, além de existirem muitos que não são necessariamente estadunidenses, canadenses, australianos e japoneses. É inegável que Bolsonaro e Trump se deram bem, e isso é ótimo. Assim como aconteceu em governos anteriores, é natural que os presidentes busquem aproximar-se daqueles que compartilham de mesma ideologia. Nesse caso, líderes com perfil à direita. Trump se comprometeu a apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o que poderia dar ao Brasil maior confiança internacional e, conseqüentemente, favorecer a entrada de investimentos estrangeiros. Agora, precisamos aguardar para ver se esse apoio será para valer. De toda forma, pode-se criticar ou elogiar o encontro. Um veredicto de-

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Em relação à visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, muito se criticou a respeito da isenção de visto aos estadunidenses, canadenses, australianos e japoneses, uma vez que esse foi um ato unilateral e sem contrapartidas: os brasileiros continuarão precisando de visto para entrar nesses países. No entanto, há que se ponderar que, embora a falta de reciprocidade seja realmente algo incômodo, precisamos expandir a entrada de turistas em nosso território. O Brasil não consta nem dentre os 30 principais destinos turísticos do mundo, mesmo tendo tanto potencial. O setor do turismo, assim como a indústria e o comércio, possui grande potencial de exploração e crescimento. Ao que parece, a isenção de visto para os quatro países mencionados é uma tentativa do governo de atrair mais visitantes. É necessário, no entanto, que se analisem os resultados da medida no decorrer do próximo ano para veri-

*João Alfredo Lopes Nyegray, doutorando em Estratégia, é mestre em Internacionalização, advogado e bacharel em Relações Internacionais. É professor dos cursos de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Administração e Economia da Universidade Positivo.

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Economia

O que esperar do novo cenário econômico brasileiro O Brasil deve simplificar o sistema tributário, a fim de reduzir a quantidade de impostos cobrados sobre as empresas, em níveis federal, estadual e municipal. Paulo Akiyama* Em janeiro houve o Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos na Suíça, evento anual que reúne líderes e investidores de todo o mundo. Eis que dentre todas as demandas que esse encontro pode resultar, para nós brasileiros, a maior delas foi a sensação de que a presença do presidente Jair Bolsonaro do PSL serviu para sanar a curiosidade mundial sobre como o Brasil está sob esse novo governo, explicitamente de direita. O ano mal começou e o país já enfrenta diversas catástrofes e situações delicadas, consequentemente analisar o ânimo de possíveis investidores é ter um otimismo enorme, tendo em vista que o cenário sociopolítico brasileiro anda ainda bastante abalado. Mas, antes de mais nada, é necessário analisar que Governo Federal e Ministério da Justiça estão tratando dos assuntos relativos às suas responsabilidades. E havendo essa distribuição de tarefas, será possível analisar reais mudanças na forma de se governar o país, que segue sendo assistido pelo mundo todo. Com isso em mente, podemos concluir que o Fórum Econômico Mundial não tem somente influências diretas nas negociações do Brasil com outros países, como também pode ditar determinadas campanhas que vão de encontro com a atuação do novo presidente. Além disso, o atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, informou recentemente que um de seus planos é reduzir os impostos sobre as empresas, medida que deve ser aguardada para ver como será implantada, tendo em vista que as taxas

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do governo brasileiro são extremamente custosas. Não só, também contamos com uma previdência quebrada. Com isso, é válido ressaltar que, antes de mais nada, o Brasil deve simplificar o sistema tributário, a fim de reduzir a quantidade de impostos cobrados sobre as empresas, em níveis federal, estadual e municipal. Isso terá consequências diretas para nossa relação com o comércio exterior que sofre com as barreiras impostas pelo país por conta de seus altos impostos sobre as importações. Por exemplo, sobre um simples computador importado é cobrada uma carga tributária por volta de 65%, este percentual é aplicado sobre o valor da mercadoria na origem (F.O.B) mais o frete internacional, deste resultado, inicia-se a cadeia de impostos em cascata. As grandes economias não praticam este tipo fiscal. Temos como base os recentes “acordos” que os Estados Unidos fez com a importação da China, passando a taxar os produtos com 10%, e em seguida acrescendo a cobrança para 25%. Tal medida gerou discussões, já que ao encarecer os produtos, alguns deixam de ser importados, criando uma barreira no comércio entre os países envolvidos. Sendo assim, o sistema brasileiro de impostos sobre importação deve ser encarado como uma eterna barreira que impede o crescimento do comércio exterior no país. Por conta da nossa cultura de impostos aplicados para a indústria e ao comércio, essas cobranças acabam sen-

do normatizadas e os empresários são obrigados a se virar dentro do cenário ao qual são conduzidos coercitivamente. Com isso, também são criadas ferramentas que geram os valores de impostos a serem recolhidos. Tudo isso porque, normalmente, as justificativas dos impostos não são feitas, justamente porque quem legisla não administra. Um exemplo disso são as empresas digitais de e-commerce, para cada Estado brasileiro, há um tratamento diferente do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), causando distanciamentos dentro do próprio país. Além da alíquota de substituição tributária, que nada mais é do que um imposto sobre um lucro arbitrado pelo Estado e que deve ser recolhido imediatamente, sem sequer o empresário ter vendido seus produtos e muito menos obtido resultados das vendas. O Estado determina qual o lucro do empresário para cobrar o imposto antecipadamente. Ou seja, há um emaranhado de sistemas de computação para controlar toda essa movimentação. Porém, o custo de desenvolvimento de sistema e atualização é elevado para a realidade do empresário que deve contar com um setor de controle fiscal para saber se seu negócio está, ao menos, recolhendo os impostos regular e corretamente. Todas essas questões formam uma escala sem fim que impacta diretamente no preço final dos produtos. Com uma simplificação sobre os impostos, essas obrigações seriam minimizadas e indiscutivelmente

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além da execução fiscal, há a apuração penal em razão de sonegação. Esperamos ansiosamente que o atual Governo Federal, ao menos, simplifique o sistema de apuração de impostos, o que será já um grande passo para as empresas e para os comerciantes. ivulgaçã

controle fiscal muito bem feito somado a uma contabilidade muito bem elaborada e uma boa gestão profissional. A advocacia empresarial pode auxiliar o empresário em muitos aspectos, em especial para evitar que ele cometa enganos de recolhimentos e sofra multa por infração, já que sua atuação é defender os direitos do contribuinte, bem como, assessorando o empresário na prevenção de muitos outros pontos cruciais e que possa permitir ao mesmo a exercer a atividade fim, ou seja, ser empreendedor e empresário e não ficar apagando incêndios aqui e acolá. Ainda assim, vale lembrar que os Governos Federal, Estadual e Municipal estão equipados com alta tecnologia e que o cruzamento de informações é online e em tempo real. Uma nota fiscal eletrônica quando emitida, já dispara alertas para os órgãos de controle tributário, ou seja, não há mais meios de se esquivar de recolher os impostos. Posterior a isto,

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poderiam impactar os valores taxados sobre as mercadorias. O Brasil precisa simplificar. Lembro-me muito bem de uma reunião que participei, em 2007, no Vale do Silício na Califórnia, onde uma empresa de tecnologia pretendia investir em uma fábrica no Brasil. Após 4 dias de explanação do sistema de tributos, legislação trabalhista e encargos brasileiros, retornamos ao início, com uma simples questão: por que tenho que pagar imposto sobre o frete internacional na importação, já que frete é transporte e não produto? Ao final das contas, todas essas taxas abusivas levaram o empresário a desistir de realizar seu investimento no Brasil, o que foi uma enorme perda para o país na instalação de empresa de tecnologia de ponta. E claro, para o povo brasileiro também. Além disso, não há proteção alguma para as empresas se protegerem dessa alta tributação, a não ser possuir um

*Paulo Eduardo Akiyama é formado em economia e em direito. É palestrante e sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. E-mail akyama@akiyama.adv.br

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Estatísticas

Cresce a produção brasileira de aço Ainda de forma modesta a produção nacional de aço vem crescendo nas usinas siderúrgicas.

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A produção brasileira de aço bruto foi de 5,6 milhões de toneladas no acumulado dos dois primeiros meses de 2019, o que representa um avanço de 0,5% quando comparada com o ocorrido no mesmo período de 2018. Em relação aos laminados, a produção de 3,5 milhões de toneladas equivale a uma retração de 5,5% comparativamente aos mesmos meses de 2018. Já a produção de semiacabados para vendas totalizou 1,4 milhão de toneladas, 4,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2018. As vendas internas acumularam 2,8 milhões de toneladas de janeiro a fevereiro de 2019, apresentando uma queda de 0,7% em relação aos mesmos meses de 2018. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos somou 3,2 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2019. Comparando com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 1,2%. As importações cresceram 1,3% no acumulado de 2019, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, totalizando 380 mil toneladas. Esse vo-

ões de lume resultou em US$ 417 milhões % importação, uma redução de 1,2% na mesma base de comparação. Quanto às exportações, a Secex/MDIC mudou a metodologiaa de coleta dos dados do Portal Único de Comércio Exterior, o que poderá gerar alterações e revisões significativas nos resultados de janeiro e fevereiro de 2019, assim como ocorreu entre agosto e dezembro de 2018. Até que o sistema esteja homologado, de forma a dar continuidade à tendência original dos dados, o Instituto Aço Brasil optou por não publicar, temporariamente, os indicadores de exportação. Dados de fevereiro de 2019 Em fevereiro de 2019, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, representando uma queda de 1,7% frente ao mesmo mês de 2018. Já a produção de laminados foi de 1,7 milhão de toneladas, 7,9% menor que o apurado em fevereiro de 2018. A produção de semiacabados para vendas foi de 700 mil toneladas, um aumento de 1% em relação ao mesmo mês de 2018.

PRODUÇÃO SIDERÚRGICA BRASILEIRA

O consumo aparente ficou em 1,6 mil milhão de toneladas em fevereiro de 20 2019, 3,7% superior ao registrado n mesmo período de 2018. As no vendas internas apresentaram aumento de 2,8% contra fevereiro de 2018, volume de 1,5 milhão de toneladas. As importações de fevereiro de 2019 aumentaram 28,5% em volume e cresceram 13,3% em valor em relação ao mesmo período de 2018, registrando 203 mil toneladas e US$ 205 milhões, respectivamente. Quanto às exportações, a Secex/ MDIC mudou a metodologia de coleta dos dados do Portal Único de Comércio Exterior, o que poderá gerar alterações e revisões significativas nos resultados de janeiro e fevereiro, assim como ocorreu entre agosto e dezembro de 2018. Até que o sistema esteja homologado, de forma a dar continuidade à tendência original dos dados, o Instituto Aço Brasil optou por não publicar, temporariamente, os indicadores de exportação. www.iabr.org.br

(Unid. 103t)

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Distribuição de Aços Planos mostra reação Uma clara demonstração da retomada dos negócios é a reação esboçada pelos distribuidores de aços planos

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Segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços – Inda no mês de fevereiro a venda de aços planos contabilizou alta de 16,8% quando comparada a janeiro, atingindo o montante de 309,8 mil toneladas contra 265,3 mil toneladas. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 259,8 mil toneladas,foi registrada uma alta de 19,3%. Já no que se refere às compras pelas empresas associadas junto às usinas produtoras,ficou registrada uma queda de 17,3% perante janeiro, com volume total

de 239,5 mil toneladas. Se comparado a fevereiro do ano passado, da foi constatada uma queda de 7,1% com 257,8 mil toneladas. Com tais números a variação de estoque em mãos dos distribuidores sofreram queda de 7,3% em relação ao mês anterior, com os estoques atingindo o montante de 893,3 mil toneladas. O giro dos estoques caiu, fechando em 2,9 meses de vendas. No tocante às importações encerraram o mês de fevereiro com alta de 6% em relação ao mês anterior, com volu-

me total de 94,2 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (60,8 mil ton) as importações registraram alta ton), de 54,8%. Segundo a diretoria do Instituto a projeção para o próximo mês, mesmo considerando uma recuperação da economia é de uma queda em torno de 5% nas vendas. Principalmente porque em março houve o carnaval, e consequentemente um número menor de dias úteis trabalhados. www.sindisider.org.br

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Estatísticas

Abimaq Os ventos estão soprando a favor dos produtores de máquinas Imediatamente após a divulgação dos resultados do último mês onde apresentou um crescimento de perto de 24% sobre o mês anterior a diretoria da Abimaq, foi convidada para participar da assinatura de um documento pelo qual o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou uma linha de financiamento, mais simples e mais ágil, destinado exclusivamente às micro e pequenas empresas que são responsáveis por cerca de 50% dos postos de trabalho do país. Segundo o presidente do BNDES, Joaquim Levy, não há limites de valores destinados ao programa, mas a expectativa é que a demanda chegue a R$ 1 bilhão rapidamente e se, necessário o banco estará em condições de disponibilizar mais recursos para o programa podendo chegar a R$ 3 ou 4 bilhões. A nova linha terá limite de crédito máximo de R$ 500 mil por cliente a cada 12 meses, com prazo máximo de até 60 meses e até dois anos de carência. O cliente contará com três opções de juros de referência – Taxa de Longo Prazo (TLP), Taxa Selic (TS) ou Taxa Fixa do BNDES (TFB).

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A eles será acrescida a remuneração do BNDES, de 1,45% a.a., e a remuneração do agente financeiro, que é negociada diretamente com o cliente final. Com isso, na maior parte dos casos, os juros do financiamento devem ficar em torno de 1,3% a.m. Por fim a linha BNDES Crédito Pequenas Empresas será oferecida por meio dos agentes financeiros credenciados que repassam recursos do BNDES e que começarão a disponibilizá-la nas próximas semanas. As empresas interessadas podem ir direto aos bancos ou acessar o Canal MPME (www.bndes. gov.br/canal-mpme), que permite encaminhar pedidos de financiamento a um ou mais bancos repassadores. Voltando a falar sobre a estatística do setor o mês de fevereiro de 2019, apresentou crescimento (+23,8%) na comparação mensal (contra jan/19), impulsionado principalmente pelas vendas para o mercado interno (63,2%), que voltaram ao nível de setembro/18 após uma relevante desaceleração no final de 2018. Com este resultado fica mantido o comportamento sazonal à taxas superiores à média do período pré-crise, fazendo com que a queda

acumulada após aquele período recuasse para 37% no primeiro bimestre, 10 p.p. a menos da observada em dez18. Com isso a receita líquida do setor alcançou R$ 6,5 bilhões contra R$ 9,8 bilhões na média do período 2010-2013. A expectativa é que nos próximos meses a receita mantenha-se acima do resultado de 2018, mas provavelmente à taxas ligeiramente menores que a atual, e encerre o ano com crescimento pouco abaixo do daquele ano (+5%). O Nuci – Nível de Utilização da Capacidade Instalada ficou 5,8% acima do resultado acumulado no bimestre de 2018. Apesar da melhora a indústria de máquinas e equipamentos continua trabalhando com alto índice de ociosidade. A carteira de pedidos também apresentou melhora no bimestre e ficou 9% acima do mesmo bimestre de 2018. Já no quesito “geração de empregos”, o setor iniciou a retomada e encerrou o ano de 2018 com 300 mil postos de trabalho. No mês de fevereiro/2019, o setor já apresentou aumento no número de pessoas empregadas em cerca de 2%, chegando a 306 mil postos de trabalho. As expectativas são de manutenção das taxas de crescimento. www.abimaq.org.br

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Eventos

Sucesso anunciado Repleta de inovação e conteúdo, Expomafe 2019 ajudará empresas brasileiras a se integrarem mais rapidamente ao inexorável cenário da Indústria 4.0. Marcus Frediani

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Coreia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e República Tcheca. São esperados mais de 55 mil visitantes profissionais do Brasil e outros 30 países, entre eles, compradores, engenheiros, técnicos, executivos e coordenadores, especialistas em produtos e processos, fornecedores de todos os segmentos do setor metal mecânico, técnicos em logística, fabricantes de máquinas e equipamentos e demais profissionais das áreas de engenharia, industrial, manutenção, produção, qualidade e manufatura. “Na feira, eles poderão conhecer em primeira mão as novidades em acessórios (dispositivos e componentes), controle de qualidade integrado à fabricação e medição, automação industrial, robótica e integração de células de manufatura, equipamentos hidráulicos e pneumá-

ticos, válvulas, bombas e compressores, equipamentos para movimentação e armazenagem, ferramentas manuais e de corte, máquinas e equipamentos para o setor metal mecânico, máquinas-ferramenta, soldagem e corte, manufatura aditiva, prototipagem e impressoras 3D”, explica Liliane Bortoluci, diretora da Expomafe 2019, que, entre uma viagem e outra ao exterior, encontrou gentilmente um tempo para conceder esta entrevista exclusiva à revista Siderurgia Brasil. Confira e agende já sua visita à feira! O credenciamento antecipado e gratuito está aberto e pode ser feito no site da feira: https://www.expomafe.com.br/pt/ credenciamento.html. Siderurgia Brasil: Liliane, como você avalia o atual momento do setor

Foto: Divulgação

Com área 25% maior em relação à edição inaugural em 2017, a Expomafe 2019 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, que acontece entre os dias 7 e 11 de maio , no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo/SP, promete apresentar o que há de mais moderno em máquinas-ferramenta e automação industrial a empresas que precisam atualizar ou ampliar seus parques para ganhar competitividade no novo cenário econômico. Promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), com promoção e organização da Informa Exhibitions, e patrocínio oficial da Romi, a feira vai reunir mais de 750 marcas nacionais e internacionais, sendo 40 delas de nove países: Alemanha, China,

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Foto: Divulgação

Entendemos que o compartilhamento do conhecimento é também fator preponderante para o desenvolvimento da indústria Liliane Bortoluci, diretora da Expomafe 2019

de máquinas-ferramenta e Automação Industrial no Brasil, tendo como pano de fundo os resultados dele em 2018? Liliane Bortoluci: A produtividade na indústria de transformação cresceu quase 1% em 2018, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o quarto ano consecutivo de crescimento do indicador. Na nossa avaliação, esse desempenho está ligado, entre outros fatores, às soluções ofertadas pela indústria de bens de capital, principalmente no que tange à automação industrial. Qual a contribuição que a busca pela integração à Indústria 4.0 teve na evolução para esse cenário?

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O que se nota é que as grandes indústrias alcançaram um alto nível de desenvolvimento tecnológico e resta, agora, que empresas de portes menores se aproximem mais da Indústria 4.0, uma realidade que quem quer se manter competitivo não pode ignorar. Da nossa parte, como promotores do principal evento de negócios da indústria de máquinas-ferramenta e automação industrial, estamos fazendo nossa parte. Como exemplo, posso citar a nova versão do Demonstrador de Tecnologias da Indústria 4.0 desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) e pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (IPD-

MAQ), que terá um formato diferente das anteriores: sua divisão em clusters de robótica colaborativa, coleta de dados, inteligência artificial, entre outros, vai possibilitar que os industriais encontrem soluções mais direcionadas para suas necessidades. E quais as perspectivas que vocês alimentam nesse processo com o novo governo? O mesmo estudo da CNI aponta que as perspectivas para 2019 são positivas, com crescimento da produtividade maior que o registrado no ano passado. Na avaliação da entidade, a retomada da confiança dos empresários vai reativar os investimentos, o que estimulará

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Eventos este crescimento. Essa expectativa está alinhada com a nossa em relação à Expomafe e que já pôde ser observada na feira Plástico Brasil, que realizamos em março deste ano. Em sua opinião, entre as muitas novidades que serão apresentadas na feira, quais serão aquelas que deverão chamar mais atenção para os operadores do setor siderúrgico? Acredito que serão os lançamentos ligados exatamente à implementação da Indústria 4.0, principalmente porque muitas empresas expositoras comprovam que estas soluções são mais acessíveis do que muitos industriais imaginam. Nesse sentido, teremos uma vasta gama de robôs colaborativos e outras soluções de automação industrial e integração de células de manufatura, softwares de gerenciamento e controle da qualidade em tempo real, coleta e armazenamento de dados na nuvem, entre outros. Como aconteceu na última edição da Expomafe, a inovação estará presente na feira por meio de uma programação técnica de altíssimo nível. Quais serão os destaques da programação de conteúdo da feira? De fato, escolhemos o tema Inovação como principal bandeira desta edição. Além de toda tecnologia em exposição nos estandes, entendemos que o compartilhamento do conhecimento é também fator preponderante para o desenvolvimento da indústria e, por isso, desenvolvemos uma programação técnica de alto nível. Um dos destaques é Espaço Tecnologia em Evolução, que vai reunir, além do já citado Demonstrador de Tecnologias da Indústria 4.0, duas outras atrações: o Estande Temático, que, este ano, traz uma réplica em tamanho real dos aeroplanos 14-bis e Demoiselle, criados por Santos Dumont no início do século 20, para demonstrar a aplicação do uso do maquinário na produção do motor Antoinette V8 de oito cilindros; e o RoboCoaster da empresa expositora Kuka, primeiro robô industrial licenciado para carregar pessoas, exposto de

maneira inédita na América Latina em uma feira industrial. E a interação entre a indústria e os institutos de tecnologia, que foi um dos focos da Expomafe em 2017, ano de sua primeira edição, como vai se manifestar nesta segunda edição da feira? De muitas formas! Uma delas será o espaço Parque de Ideias, um projeto pelo qual temos muito carinho e fazemos questão de promover em todas nossas feiras industriais, porque acreditamos que a parceria entre universidades e o setor produtivo é fundamental para o desenvolvimento tecnológico dos países industrializados. São palestras dinâmicas, realizadas num auditório aberto e integrado à área de exposição para facilitar o acesso dos visitantes, e que, este ano, vai contar com representantes das principais instituições de ensino tecnológico do País, como FEI, ITA, FAAP, USP e até da AMT, entidade norte-americana que representa os fabricantes de tecnologia voltada à manufatura. Além disso, teremos, ainda, a Escola Móvel de Indústria 4.0 do SENAI, que ajuda a capacitar os profissionais nas mais importantes tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como a Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Realidade Virtual, Prototipagem e Impressão 3D, Robótica Avançada, entre outras, e mais uma edição do Roadshow VDI, organizado pela VDI Brasil (Associação de Engenheiros Brasil – Alemanha), em parceria com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), também com foco na Indústria 4.0. Nos materiais de divulgação da Expomafe 2019, vocês estão enfatizando a ampliação da presença internacional na feira, um dado de crescimento no que diz respeito tanto ao número de empresas que vêm de fora para expor na feira, quanto no de visitantes estrangeiros. Como você avalia esse crescimento e de que forma ele poderá impactar o início, ou mesmo a materialização, de grandes negócios na feira?

Esse crescimento é fruto de dois fatores. Em primeiro lugar, ele veio em função de um forte trabalho de internacionalização da feira que vem sendo realizado por nossa equipe nos últimos anos, com participação em eventos em diversos países e uma maior aproximação com entidades representativas e fabricantes internacionais. O outro componente positivo é o reconhecimento por parte desses players de que a Expomafe é, hoje, a principal feira do setor de máquinas-ferramenta e automação industrial da América Latina. Nosso papel é aproximar os industriais visitantes da feira, a maior parte deles formada por tomadores de decisão, do que há de mais moderno em tecnologia no mundo, e criar um ambiente propício para que os negócios aconteçam. Assim, quanto maior a oferta, seja de fornecedores nacionais, seja de internacionais, maior será a gama de opções dos fabricantes que visitam a feira para comparar tecnologias, soluções e preço e buscar aquilo que mais se adéquam às suas necessidades e capacidade de investimento. Portanto, acreditamos que ao promover esta aproximação, estamos estimulando a livre concorrência e possibilitando que novas parcerias comerciais sejam concretizadas.

SERVIÇO: Expomafe 2019 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial Data: de 7 a 11 de maio de 2019 Horário: Das 10h00 às 19h00 (dia 11, das 9h00 às 17h00) Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Iniciativa: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) Promoção e organização: Informa Exhibitions Patrocínio oficial: Romi Entrada: profissionais do setor, mediante credenciamento antecipado e gratuito pelo site https://www.expomafe.com.br/pt/credenciamento.html Mídias Sociais: facebook.com/expomafe / Linkedin: company/expomafe

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Novo Centro de Serviços

Divulgação

A Villares Metals inaugurou em Flores da Cunha/RS, o segundo maior Centro de Serviços e Soluções da companhia. Foram investidos R$ 4 milhões em uma área de 4 mil m². Entre as novidades está a maior máquina de corte da América Latina, e a empresa promete oferecer aos clientes um complexo centro de serviços com usinagem de peças e tratamento térmico, reduzindo custos relacionados à logística e tempo, agregando valor ao produto. Além desta máquina estarão operando 7 máquinas de corte e recorte, 3 fornos para tratamento térmico, gerando 12 empregos diretos e 50 indiretos. A unidade de Flores da Cunha conta com estrutura voltada a fornecer aços com cortes especiais e peças com medidas personalizadas para atender segmentos de processamento de plástico, estamparia, forjamento, ferramenta de corte, extrusão de metais, bens de capital, automotiva, fundição, óleo e gás, entre outros.

Transporte público eficiente

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O sucesso no uso do VLT em várias partes do mundo apontam para uma solução eficiente no transporte de massas. Joubert Floes, presidente da Associação Nacional de Transportadores sobre trilhos disse recentemente que: “O VLT é uma tendência mundial. Não temos que inventar a roda. Precisamos ver o que deu certo em outros lugares e, se for preciso, fazer adaptações necessárias para usar aqui.” O VLT Carioca, no Rio de Janeiro, e o da Baixada Santista, que faz a ligação entre as cidades paulistas de Santos e São Vicente, têm inspirado outros municípios a desenvolverem projetos desse tipo de transporte, que é uma versão moderna dos antigos bondes. Já foram também iniciadas viagens experimentais do VLT que ligará Brasília a Valparaíso (GO), no entorno do Distrito Federal. A fase de testes, com uso de dois vagões e sem passageiros, deve durar dois meses, período em que serão avaliadas estabilidade, velocidade e segurança do meio de transporte.

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Conferência Nacional de Conformação de Chapas Será realizada nas dependências do Centro de Eventos do Hotel Continental,em Porto Alegre- RS nos dias 2, 3 e 4 dee outubro, a 39ª edição da 39ª SENAFOR uma promoção e organização do Centro de Tecnologia – CT- Centro Brasileiro de Inovação em Conformação Mecânica – CBCM e Laboratório al de Transformação Mecânica - LdTM da Universidade Federal uido Rio Grande do Sul – UFRGS, do Grupo Brasileiro de Pesquisas em Conformação de Chapas (Brazilian Deep Drawing Research Group) e da Fundação Luiz Englert, sob a coordenação geral do Prof. Dr. Ing.-Lirio Schaeffer e do Prof. Dr. Alexandre Rocha. Maiores informações acesse: http://www.senafor.com

Anunciantes

Aços Favorit Distribuidora Ltda. .................................................................................................................11 Aços Vic Ltda. ..........................................................................................................................................27 Balanças Navarro Indústria e Comércio Ltda. ..............................................................................................25 Esquadros Indústria e Comércio Ltda. .......................................................................................... 9 e 4 a capa Expomafe 2019 ........................................................................................................................................31 Grips Editora ....................................................................................................................................3a capa Instituto Aço Brasil ...................................................................................................................................26 Intermach 2019 ........................................................................................................................................33 JI Desenvolvimento Humano e Treinamentos Ltda. ......................................................................................25 Metalúrgica Spillere Ltda. .........................................................................................................................19 Metec 2019 .............................................................................................................................................13 Procer Indústria e Comércio de Refratários Ltda. ........................................................................................17 Quimitron Ind. e Com. de Equip. Eletrônicos Ltda. .....................................................................................29 Red Bud Industries .................................................................................................................................... 5 Regional Telhas Ind. Com. Prod. Siderúrgicos Ltda. .....................................................................................15 Soluções em Aço Usiminas S.A. ........................................................................................................2a capa Star Tecnologia Indústria e Comércio Ltda. .................................................................................................21 Teciam Telas e Tecidos Metálicos Ltda. ...................................................................................................... 23 34 SIDERURGIA BRASIL MARÇO/ABRIL 2019

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