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TÉCNICO

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PLANEJAMENTO

PLANEJAMENTO

OTIMIZAÇÃO NO PROCESSAMENTO DE LAMINAÇÃO A QUENTE PARA PRODUTOS DE AÇO DIRECIONADOS A DECAPAGEM

O processo permite eliminar os processos de bobinamento e estocagem temporária passando o produto diretamente para as linhas de decapagem através de um Cooling System (sistema de resfriamento) em linha contínua e fracionada.

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EDILBERTO CARVALHAIS BRAGA*

OTIMIZAÇÃO NO PROCESSAMENTO DE LAMINAÇÃO A QUENTE PARA PRODUTOS DE AÇO DIRECIONADOS A DECAPAGEM

1. PROCESSO ATUAL –

1.1. Resumo do Processo: Partindo da laminação a quente, a chapa chega ao processo de bobinamento e posteriormente é estocada por até 72 horas para sua temperatura cair a cerca de 60 °C, ao ponto de se dar continuidade ao processo de decapagem das bobinas.

1.2. Algumas vantagens:

1.2.1. As bobinas são unidades bem definidas para os clientes e/ou processos seguintes; 1.2.2. Propiciam acompanhamento logístico por unidade/cliente; 1.2.3. São relativamente fáceis de estocar e transportar internamente; 1.2.4. Favorecem manutenções setoriais das linhas de produção.

1.3. Algumas desvantagens:

1.3.1. Suscetíveis a sofrerem defeito ao ser processado o seu bobinamento, gerando transtornos operacionais e/ou reprocesso do produto; 1.3.2. Necessitam de espaço (pátios) para estocagem temporária; 1.3.3. Suscetíveis a sofrerem defeitos de manuseio durante o período de estocagem que geram perdas de material e/ou danos aos equipamentos da linha de decapagem; 1.3.4. Necessitam de gastos com administração e movimentação de estoque temporário; 1.3.5. Favorecem erros operacionais no momento da continuidade do processo; 1.3.6. Propiciam defeitos e/ou quebra de equipamentos no seu retorno ao processo, ao entrar na linha de decapagem; 1.3.7. Necessitam de interrupção do seu processamento por 48 a 72 horas, aguardando resfriamento.

1.4. Ponto(s) Crítico(s) do Processo:

1.4.1. De forma geral, após o bobinamento da chapa a uma temperatura média de 650 °C, o produto é transportado por walking beams (vigas transportadoras) e estocados em pátios, com utilização de pontes rolantes, onde aguardam

seu resfriamento até próximo de 60 °C. Durante a estocagem temporária o produto fica a sob risco de sofrer danos com sua eventual movimentação nos pátios, devido à rotatividade do estoque, gerando neste caso, danos à linha de decapagem e comprometendo a qualidade do produto final. Além disso, nessa fase, ocorre custo excedente no processo devido à necessidade de mão de obra operacional e de manutenção, peças de reposição para equipamentos, etc.

2. PROCESSO PROPOSTO –

2.1. Síntese do Processo: Eliminar os processos de bobinamento e estocagem temporária passando o produto (chapa) diretamente para a(s) linha(s) de decapagem, reduzindo assim o tempo de processo de 48 a 72 horas para menos de 6 horas 2.2. Objetivo: Eliminar os processos de bobinamento e estocagem temporária de bobinas tornando o processo mais dinâmico. 2.3. Engenharia do Projeto: Construir um Cooling System (sistema de resfriamento)

em linha contínua e fracionada de chapas laminadas a quente para reduzir a temperatura na sua entrada de 600 °C em média, para 60 °C na sua saída, sem prejudicar a qualidade e função aplicativa do produto final, utilizando-se de ventilação mecânica e água (opcionalmente no início do Cooling System) em linha de rolos reta ou com agrupamento vertical e/ou sobreposição de mesas de rolos, com menor tensão possível na opção contínua. (ver fig. 01)

2.4. Desafios do Projeto:

2.4.1. Resfriar o material no menor tempo possível sem alterar a característica do produto. 2.4.1.1. Sugestões em anexo. 2.4.2. Acumular material suficiente para que o processo seguinte (decapagem) reverta paradas ocasionais por falha de equipamento não parando o processo anterior. 2.4.2.1. Sugestões em anexo. 2.4.3. Mudar a direção do material para o caso da impossibilidade de linha reta; 2.4.3.1. Sugestões em anexo. 2.4.4. Efetuar manutenções setoriais (Laminação, Cooling System e Decapagem). 2.4.4.1. Sugestões em anexo. 2.4.5. Elaboração de PCP integrado.

2.5. Benefícios:

2.5.1. Menor tempo de processamento dos pedidos. 2.5.2. Eliminação de defeitos gerados no bobinamento; 2.5.3. Lucro com a eliminação de reprocesso para cura de defeitos de bobinamento; 2.5.4. Redução de espaço útil com eliminação de pátios de estocagem temporária; 2.5.5. Lucro com a redução do custo operacional de administração, mão de obra, equipamentos e manutenção para o estoque temporário; 2.5.6. Lucro com a eliminação de perdas geradas por defeitos de manuseio do estoque temporário; 2.5.7. Simplificação e facilidade do controle da qualidade.

Edilberto Carvalhais Braga * Especialista em controle de processos em produtos siderúrgicos em pátios de estocagem e programação de simplificação e otimização de procedimentos. Email: edcb50@gmail.com

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA EM RECUPERAÇÃO

Segundo a Anfavea, entidade que reúne as montadoras de veículos no Brasil, os resultados negativos do primeiro trimestre, influenciaram diretamente no resultado do semestre terminado em junho. Mesmo que os últimos meses mostraram recuperação do setor, não foram suficientes para compensar a queda, que foi ocasionada principalmente pela necessidade de paradas das fábricas em função do desequilíbrio mundial que ainda existe na cadeia de suprimentos notadamente na área de microchips.

Neste primeiro semestre a queda acumulada na produção de autoveículos foi de 5% com um total de 1.149 em 2021, contra 1.092 em 2022.

Os caminhões tiveram um comportamento parecido com queda de 3,9%, com 74,7 mil em 2021 contra 71,8 mil em 2022 e o produto que inverteu totalmente a cur-

va foram os ônibus com crescimento de 28,1% para 10,3 mil em 2021 contra 13,3 mil em 2022.

Mas a recuperação está acontecendo e pelo segundo mês consecutivo a atividade superou a marca dos 200 mil veículos entregues em um mês. Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades. No segundo trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro. “A crise global dos semicondutores vem se prolongando mais do que esperávamos em janeiro, em função de novos fatores como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global”, explicou o Presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite.

Com este novo desenho, as projeções de crescimento no ano passaram a para 4,1%, com 2,34 milhões de veículos, na linha de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, a serem montados até o final do ano. A projeção inicial da Anfavea era terminar 2022 com crescimento de 9,4% sobre a produção de 2021.

No quesito de vendas de veículos no Brasil, a previsão permanece quase inalterada com queda de apenas 1%. Caso se confirme tal projeção, o ano vai fechar com 2,14 milhões veículos vendidos.

O ponto fora da curva e que vem deixando a entidade entusiasmada diz respeito às exportações. Segundo presidente, o Brasil já se firmou como um grande produtor mundial de veículos e principalmente na América Latina nossos produtos fazem muito sucesso. Mesmo com os problemas por que passa a Argentina, ou demais países como Chile, Colômbia e Peru, vem garantido nosso sucesso. Diante disso as novas projeções, mostram crescimento de 22,2%, chegando a 460 mil veículos. A previsão inicial era de alta de somente 3,6% dos embarques a mercados internacionais.

Finalizando Marcio alertou para as possibilidades de surpresas favoráveis nos resultados, com o desenvolvimento da retomada do fluxo de fornecimento dos insumos, principalmente os semicondutores.

“Historicamente o segundo semestre sempre é bem melhor do que o primeiro e espero estarmos vendo chegar ao fim a crise do abastecimento”.

Fonte: Anfavea

OS BONS RESULTADOS NO SEGMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Segundo informações divulgadas pela ABIMAQ, no final do mês de junho, as duas feiras promovidas pela entidade respectivamente a Agrishow, no final de abril, e FEIMEC, no início de maio serviram para dar um excelente empurrão na atividade e hoje já se fala que o setor retomou de vez o “viés” de crescimento e os resultados esperados para este ano certamente devem ser melhores daqueles que os projetados no início do período.

No mês de maio o setor mostrou crescimento nas receitas liquidas de vendas em relação ao mês anterior de 13,2% e se considerarmos a relação com o mesmo mês do ano passado o crescimento foi de 3,6%. Com isso o segmento reduziu a queda acumulada para -4,1%, contra -6,1% em abril, e após os resultados mais recentes, revisou as projeções de desempenho da receita que passaram a considerar maior crescimento no mercado doméstico (+5,8%, contra 3% na estimativa de anterior).

Analisando por segmento no período houve forte crescimento da receita de máquinas para uso industrial. Houve também crescimento nas vendas de máquinas para fins agrícolas e construção civil.

Outro resultado muito comemorado diz respeito as exportações da entidade que mostraram números que podem ser considerados excelentes, pois continuando a curva ascendente

observada desde o início do ano, mesmo com uma paridade cambial inferior ao mesmo período em 2021 (Câmbio nominal de 2022 R$ 4,97 e R$ 5,46 em 2021) o setor exportou US$ 1,087 bilhão em máquinas e equipamentos.

Um ótimo crescimento em valor 21% acima do registrado em abril de 2022, e 33,4% acima do patamar de maio de 2021 (US$ 815 milhões).

No acumulado de 2022 (jan. / mai.), o setor já acumulou alta de 31,7% nas suas vendas para o mercado externo. Nas exportações, as expectativas de desempenho em 2022 foram mantidas bem conservadoras (+15%).

O nível de ocupação da indústria também voltou a apresentar crescimento. O número ficou 0,6% acima do registrado em abril, atingindo ocupação de 77,4% das instalações. Apesar disto, o nível médio observado nos cinco meses do ano, foi de 78,1%, 1,2% abaixo do nível no mesmo período de 2021 (jan. – mai.).

A carteira de pedidos, medida em número de semanas para atendimento, apresentou leve queda em relação ao mês abr./22 (-1,9%), e também na comparação com mai./21 (-6%). No ano, a carteira de pedidos encolheu 1,1%, mas se manteve ao nível de quase 12 semanas, ou 3 meses, de atividades, mesma carteira de 2021, o que os especialistas consideram um bom desempenho.

Com relação ao nível de empregos historicamente em maio foi registrado o segundo maior mês de contratações na história recente do setor de máquinas e equipamentos, com mais de 392 mil pessoas empregadas.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Abimaq.

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