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EDITORIAL

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VITRINE

VITRINE

CUMPRIMOS O PROMETIDO

Chegamos à última edição do ano de 2022. Com esta, completamos dez edições da revista Siderurgia Brasil, publicadas mensalmente a partir do último mês março, já que em fevereiro publicamos o Anuário Brasileiro da Siderurgia.

Segundo o provedor de nosso portal, o Awstats/Hostgator, atingimos no período de janeiro a novembro deste ano a visualização de 2 milhões e 328 mil pageviews, o que dá, em média, 211.679 mil pageviews/mês. Isso nos deixa plenamente recompensados, pois apesar do constante esforço e das dificuldades em manter ao longo desse período a preocupação de acompanhar e procurar trazer para nossos leitores, com a máxima excelência, os melhores conteúdos e reportagens, bem como os mais interessantes artigos em todas as nossas publicações, os números mostram que atingimos plenamente nossos objetivos.

O que também nos deixa muito felizes é que, além dessas estatísticas para lá de satisfatórias, ainda recebemos de vocês inúmeras manifestações de carinho e consideração pelo nosso trabalho. E isso não tem preço. Esse “combustível” mostra que a liderança que adquirimos quando ainda nossa publicação era apresentada nos meios tradicionais e distribuída em papel, conseguiu se manter a partir da transição que fizemos, há cerca de dois anos, de nossas edições impressas para aquela dos meios digitais, que hoje dominam a comunicação mundial.

Mas queremos muito mais. E acredito fielmente que vamos conseguir fazê-lo, pois já fazemos parte da história da siderurgia brasileira, uma vez que tudo que aconteceu de importante nestes quase 25 anos de nossa existência, foi e continua sendo registrado em nossas páginas, o que nos dá o estímulo para seguir em frente.

Como tradicionalmente acontece em nossas edições de final de ano, nesta apresentamos uma retrospectiva completa de tudo que foi notícia na revista Siderurgia Brasil no ano de 2022, trazendo um panorama do que aprendemos e, humildemente, procuramos transmitir a partir da colaboração dos mais renomados comentaristas, professores, consultores e os principais players do nosso setor, e que virou notícia em nossas páginas. Tudo isso, acompanhado pelo relato fiel dos grandes eventos que deixaram a sua marca neste ano, as estatísticas no mês a mês que vão norteando nossos leitores, e mostrando para aonde caminham as principais tendências da cadeia produtora e consumidora do aço, além dos lançamentos e curiosidades também sempre presentes em nossas edições.

E agora José? O Brasil está de mudança, e, de acordo com os resultados das últimas eleições – que até hoje continuam gerando inúmeras con-

Foto: Divulgação

CUMPRIMOS O PROMETIDO

HENRIQUE ISLIKER PATRIA EDITOR RESPONSÁVEL

testações e fatos ainda não bem explicados, no dia 1º de janeiro de 2023 o país dará uma guinada para a esquerda. E é triste constatar que os primeiros sinais desse giro de 180º graus já demostram que a velha prática que experimentamos há pouco tempo parecem estar de volta. As primeiras nomeações para os principais postos de comando não agradaram, assim como as primeiras medidas anunciadas pelo novo governo e sua equipe de transição, pois mesmo antes da posse, já nos dão algumas pistas do que o futuro nos reserva.

Mas não tenho bola de cristal, e é difícil fazer prognósticos para o futuro. Vamos trabalhar e torcer para que nossas preocupações se dissipem, e que, quando escrevermos o próximo editorial, reconheçamos que não havia motivos para inquietação.

Assim, queremos que este momento de despedida de 2022 seja de paz, reflexão, amor e de muitos planos para 2023. Desejamos a todos nossos leitores, amigos, clientes e a todos os brasileiros um Natal maravilhoso, com muitas alegrias, e que 2023 seja mais um ano de sucesso.

Boas Festas e Feliz Ano Novo!!!

Henrique Patria

henrique@grips.com.br

Ano 23 – nº 163 – Dezembro de 2022

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TUDO AQUILO QUE VOCÊ VIU AQUI E TEM A COMEMORAR EM 2022!

TUDO AQUILO QUE VOCÊ VIU AQUI E TEM A COMEMORAR EM 2022!

HENRIQUE PATRIA

Sem dúvida alguma, o ano de 2022 foi muito intenso para a economia e para a política brasileira. Apresentamos aqui um panorama de como, na visão de nossas publicações, ele se comportou para a cadeia siderúrgica nacional, representada pelas usinas produtoras, seus processadores e distribuidores e, ainda, pela imensa gama de clientes e consumidores de todos os portes, desde as enormes indústrias que fabricam caminhões, tratores, navios e automóveis até os pequenos e microempreendedores, que também fazem uso dos produtos siderúrgicos.

Desde o início sabíamos que seria um ano com uma imensa roda gigante, “a

bordo” da qual ora estaríamos no ponto mais alto e, no momento seguinte, no ponto mais baixo deste equipamento. E as nossas previsões foram confirmadas quase que integralmente, uma vez que, em 2022, vivemos um período repleto de emoções, em que não faltaram momentos de apreensão quanto aos rumos do nosso país e de todo o planeta.

Em clima de “ilha da fantasia”, por aqui as eleições foram marcadas por suspeitas de fraudes de todos os lados, nenhuma delas efetivamente explicada ou apurada, com o infeliz retorno das velhas práticas políticas que reavivaram as ainda tão amargas e recentes lembranças do caos presentes em nossa memória. Enquanto isso, assistimos com apreensão a eclosão da insana guerra entre Rússia e Ucrânia, em um momento que a pandemia do coronavírus ainda causava justificável preocupação. E deu no que deu: a combinação desses dois acontecimentos não só adiou todas as pretensões de uma retomada segura do desenvolvimento econômico nacional e planetário, trazendo novos problemas para a pauta de toda a Humanidade, que inevitavelmente precisarão ser digeridos ao longo dos próximos anos.

No campo da indústria brasileira inúmeras iniciativas foram tomadas para realinhar o processo de reindustrialização do país, tais como, por exemplo, a criação de uma grande comissão chamada de “Coalização Indústria”, visando fortalecer o setor que há poucas décadas foi responsável por mais de 30% do nosso PIB, e que, agora, mal chega aos 11%. Adicionalmente, nesse cenário, as reformas tributárias, fiscal, política e tantas outras que necessitamos para destravar nossa economia e nos colocar no futuro, continuam na gaveta dos políticos, à espera de que alguém, quem sabe em sã consciência, tenha coragem e vontade patriótica para fazê-las andar.

De nossa parte, em 2022, a revista Siderurgia Brasil cumpriu o seu prometido papel, apresentando em todas as suas 11 edições, informações e análises de extrema qualidade e relevância de tudo aquilo que estava acontecendo em nosso setor, não só no Brasil como também no mundo, para deixar nossos leitores sempre atualizados, como atesta esta retrospectiva. Confira!

ANUÁRIO BRASILEIRO DA SIDERURGIA 2022 – FEVEREIRO/2022

Em nosso editorial desta edição especial, chamamos a atenção de que, naquele momento, o Boletim Focus do Banco Central havia divulgado que a mediana das opiniões dos economistas do mercado havia voltado a aumentar a projeção do PIB brasileiro em 2021, para 3,49%. Considerando que, no ano anterior, o PIB brasileiro havia sido negativo, com queda de pouco mais de 3,5%, isso significava uma reação de mais de 6% em um ano. E, segundo posterior divulgação do IBGE, o crescimento foi de 4,6%, superando as expectativas mais otimistas. Assim, nas páginas do Anuário, entrevistamos e trouxemos a visão de diversos dirigentes das principais entidades relacionadas à cadeia produtora e consumidora de produtos siderúrgicos, entre elas a análise do Instituto Aço Brasil, que divulgou que, em 2021, o setor havia apresentados um desempenho dentro do previsto, com a produção de 36 milhões de toneladas de aço bruto, cravando um crescimento de 14,7% em relação ao ano de 2020.

Ainda segundo a entidade, com aumento da produção e a acomodação da demanda doméstica – abastecida a partir de meados do ano com oferta interna e maior entrada de material estrangeiro –, as exportações voltaram a crescer. Em termos de produção, o volume do ano subiu quase 4%, somando 11 milhões de toneladas. Em divisas, houve um acréscimo de US$ 9,3 bilhões (+76,7%), beneficiadas pelo aumento dos preços no mercado internacional. Por sua vez, os resultados do setor de distribuição, representado pelo INDA, que contabiliza exclusivamente o aço produzido no Brasil, apresentava ligeira queda, uma vez que, em meados do ano, o mercado foi tomado pelas importações vindas de todas as partes do mundo.

No Anuário, destacamos ainda o bom desempenho do setor de máquinas e equipamentos, motos e bicicletas e construção civil. Na contramão desse movimento, entretanto, registramos que o setor de autoveículos, que, naquele momento, continuava sofrendo com o problema da falta de fornecimentos dos se-

micondutores, que ocasionaram inúmeras paradas de equipamentos durante o período, o que fez com que a indústria mundial de veículos deixasse de fabricar cerca de 2 milhões de unidades em 2021. Por sua vez, o segmento de metais não ferrosos vivenciou a mesma tendência, apresentando hiatos de redução de produção e queda dos preços no 1º Semestre do ano anterior, performando uma ligeira retomada, sem, contudo, alcançar capacidade para suprir as necessidades do mercado no 2º Semestre de 2021.

Fotos: Divulgação

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 154 – MARÇO/2022

Logo de cara, em artigo que produzimos com base nas informações disponíveis, chamamos a atenção dos leitores nesta edição para a crueldade do conflito que havia se instalado entre Rússia, e suas consequências para a economia mundial, que, infelizmente, segue em andamento nos dias de hoje. Além da perda de vidas humanas, na maioria de inocentes, a guerra já deixava um rastro de destruição nas cidades, nos campos e em todos os lugares onde se desenrolava ferozmente, aniquilando o desenvolvimento da economia local no país atacado e, por ressonância direta, impactando todas as economias mundiais em um mundo globalizado.

Particularmente, registramos o fato de que apesar de nessa insana contenda haver um significativo desequilíbrio das forças envolvidas, as entidades mundiais como ONU, OTAN e, OCDE, entre outras, não contribuíram muito – e nem continuam contribuindo – para dar a solução

ao conflito, limitando-se a emitir notas de protesto e/ou anunciar sanções econômicas. Mas, esse é o cenário em que vivíamos à época, e continuamos vivendo.

Nessa edição da revista, apresentamos uma importante reportagem sobre uma gigante mundial de origem chinesa, a Taier, que, no Brasil, passou a ser representada pela TEC-TOR na venda de produtos destinados à siderurgia. Contamos a história da empresa desde a sua criação até o momento em que ela se tornou uma das líderes no fornecimento de soluções de Engenharia para plantas siderúrgicas em todo o mundo.

A matéria central da edição versou sobre os usos e aplicações do aço, uma vez que a liga está presente em todas as etapas da vida. Desde instrumentos cirúrgicos que são utilizados no parto, até aqueles que acompanham o último suspiro das pessoas, em todos esses momentos – certamente e de alguma forma, o aço estará presente. Assim, selecionamos nessa reportagem as principais aplicações dele, em um texto bastante elucidativo. Complementarmente, na seção de “Temas Empresariais”, falamos sobre formas de redução dos custos de importação com o aproveitamento de créditos de ex-tarifários, e, na seção de “Estatísticas”, trouxemos uma série de notícias de interesse geral.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 155 – ABRIL/2022

A preocupação mundial é com o meio ambiente. E o aço e seus produtores, como protagonistas mundiais no desenvolvimento da Humanidade e das economias mundiais, não poderiam ficar de fora da “grande cruzada” que tem por objetivo impedir que a Terra sucumba aos agentes poluidores, o que acabaria por tornar nosso lindo “Planeta Azul” inabitável.

Assim, essa edição da Revista Siderurgia Brasil foi dedicada de forma muito especial a esse tema, combinado à comemoração do Dia Nacional do Aço, em 9 de abril, coincidindo com o aniversário de fundação da CSN, a primeira siderúrgica de grande porte instalada no Brasil. Além dos avanços na produção e qualidade do aço, buscamos a palavra de especialistas em entrevistas exclusivas, e trouxemos uma matéria com a ArcelorMittal Brasil, que havia acabado de

receber a Certificação Mundial Responsiblesteel, a primeira planta industrial fora da Europa a ser distinguida com a honraria, que representa a produção dentro de rigorosos padrões de sustentabilidade.

Em outra matéria exclusiva, foi a vez da Aço Verde Brasil, a primeira planta mundial a produzir o chamado “Aço Verde”, uma conquista brasileira no campo da sustentabilidade na fabricação de aço. Nosso país é privilegiado, e deu o exemplo, saindo na frente na busca de alternativas de descarbonização no processo, uma vez que possui fontes energéticas diferenciadas que podem nos dar ampla vantagem em relação aos concorrentes mundiais, quando o tema é a preservação do meio ambiente.

Falamos ainda em nossas páginas do 4º Global Business Fórum um evento mundial realizado nos Emirados Árabes, que contou com a presença de vários chefes de estado, entre os quais o presidente Jair Bolsonaro, que abriu a possibilidade de expansão dos horizontes brasileiros para o comércio bilateral com os países daquele bloco econômico. E avançamos também trazendo uma matéria empresarial sobre Recursos Humanos. Complementarmente, como acontece em todas as nossas edições, apresentamos as principais estatísticas envolvendo grandes consumidores de aço, como a indústria de máquinas e a indústria automobilística.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 156 – MAIO/2022

“Qual é o papel de um líder moderno?” Esse foi o título de uma das matérias principais que apresentamos na edição de maio, trazendo o “bê-a-bá” das obrigações que pesam sobre os ombros de um líder na condução de seus colaboradores na empresa moderna. Muitas coisas mudaram nesse eixo, principalmente no que diz respeito à gestão de pessoas que devem ocupar o lugar certo para garantirem o máximo de produtividade.

Além dessa reportagem especial – e ainda no campo da gestão –, fizemos uma entrevista com Ascânio Merrighi, que naquele momento ocupava a posição de CEO da Soluções Usiminas, provavelmente a principal empresa de processamento e distribuição de aços instalada em território nacional. Fruto da fusão da Rio Negro, Dufer, Fasal, Zamprogna e de outras de menor porte adquiridas pelo Grupo Usiminas, a Soluções Usiminas tornou-se uma gigante na importante função de distribuição de aços, atendendo a uma expressiva fatia do mercado.

Fomos ainda buscar uma das interpretações para a famosa sigla “ESG” (Environmental, Social, and Corporate Governance), a nova abordagem para avaliar até que ponto uma corporação ou empresa trabalha em prol do alinhamento de seus objetivos sociais e ambientais, que vão além de suas metas comerciais de governança. No texto, bastante esclarecedor, mostramos que tudo isso está absolutamente conectado no tecido de uma corporação moderna, e apresentamos as principais ferramentas e meios tecnológicos e auditáveis para a implantação desse gerenciamento.

E na matéria de capa a edição foi o processo de robotização nas empresas, que, além de representar uma tendência irreversível, pôde ser visto em todas as suas cores, nuances e aspectos durante a realização da FEIMEC 2022, uma das mais tradicionais feiras de mecânica e tecnologia aplicada promovida em São Paulo. A cada dia, avançam os processos em que a mão de obra humana – principalmente aque-

les que colocam em maior risco os operadores, ou que exigem maior precisão em sua execução – podem ser executados por robôs. E, além da indústria que utiliza tais equipamentos praticamente em todos os seus segmentos, já existem vários campos, como a Medicina, que se aprofundam mais e mais desses mecanismos, que, definitivamente, vieram para ficar.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 157 – JUNHO/2022

No mês em que se comemora o Dia Mundial

do Meio Ambiente, voltamos a falar dos temas voltados à sustentabilidade, e de como a operação industrial gera sensíveis impactos nas condições climáticas do planeta Terra. Assim, em todas as reportagens da edição, trouxemos assuntos relacionados ao meio ambiente, tratando dos cuidados que a siderurgia brasileira vem tomando para preservá-lo, evidenciando os avanços já conquistados.

De maneira especial, trouxemos uma matéria com a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), localizada no Ceará, que, por ser a mais nova siderúrgica a entrar em operação no Brasil, possui equipamentos modernos e instrumentos eficazes para o combate à poluição e destinados ao reaproveitamento de todos os gases gerados na produção do aço, soluções estas que, simultaneamente, vêm redundando não só na conquista de níveis superlativos de sustentabilidade ambiental, como também em excelentes ganhos de produtividade.

Ainda sobre o tema do meio ambiente, apresentamos nas páginas dessa edição da Revista Siderurgia Brasil todos os detalhes e nuances que envolvem a questão da descarbonização, mostrando como as indústrias nacionais podem transformar os créditos de carbono em opção muito lucrativa em sua operação. Entrevistamos especialistas, consultores, advogados e gente que entende do assunto para entregar ao nosso leitor a melhor visão sobre o assunto, uma vez que muitos entendem e já estão convencidos de que o Brasil é a “Potência da Energia Verde” no mundo, e que, exatamente por isso, deve aproveitar essa porta de oportunidade. Como destaque nesse sentido, trouxemos a opinião do diretor executivo da Alacero, Alejandro Wagner, dando um panorama de como as empresas siderúrgicas da América Latina vêm avançando nas questões ambientais, e se adiantando nessa pauta em relação às decisões mundiais.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 158 – JULHO/2022

Esta foi, particularmente, uma edição recheada de excelentes resultados. Desde a primeira matéria até a nossa seção “Vitrine”, que divulga drops de notícias sobre diversos assuntos relacionados ao setor siderúrgico, foram só notícias boas.

Nela, tratamos do agronegócio, modalidade de negócio na qual o Brasil é campeão mundial no fornecimento de várias commodities e produtos. Reforçando a questão incontestável nosso país se tornou o “Celeiro do Mundo”, e de que, atualmente, mais de 2 bilhões de pessoas dos mais longínquos rincões do planeta já se alimentam do que é cultivado em terras brasileiras, trouxemos um retrato fiel de como andam os avanços nesse campo, em que o aço também ocupa posição de protagonis-

ta. Isso porque a liga participa intensamente de todas as etapas da produção de grãos, da pecuária e da agroindústria, transformando sementes em fontes de nutrição consumidas no mercado doméstico ou exportadas em navios também feitos de aço para todos os cantos do mundo.

Nessa edição, trouxemos ainda uma versão muito esclarecedora e bem humorada sobre o tema na entrevista exclusiva que realizamos com o conselheiro do CCAS Conselho Científico do Agro Sustentável e Professor titular da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (FCA/UNESP), Ciro Antonio Rosolem, falando sobre as dores do crescimento do agro, e de como elas vêm sendo vencidas passo a passo. E, na seção “Estatísticas”, apresentamos os ótimos resultados que a indústria automobilística vinha obtendo, acompanhada pelos avanços da indústria de máquinas e equipamentos, mostrando que os esforços para retomada do crescimento econômico estavam seguindo no caminho certo.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 159 – AGOSTO/2022

Em agosto, teve lugar o mais importante evento da siderurgia nacional. Promovido pelo Instituto Aço Brasil – depois de dois anos sendo realizado de forma virtual por conta da pandemia mundial e, pela primeira vez de forma híbrida, online e presencial –, foi realizado em São Paulo o Congresso Aço Brasil 2022. E, assim como nos anos anteriores, o Portal e a Revista Siderurgia Brasil foram um dos órgãos oficiais do encontro, que foi tema de uma edição exclusiva pré-congresso, inserida no hotsite do evento, o que aumentou exponencialmente sua visualização.

Nela, além de traçarmos uma fiel linha do

tempo de como a siderurgia vinha se comportando ao longo do ano de 2022, buscamos ainda as visões de vários protagonistas do setor, apresentadas de maneira simples e objetiva.

E o destaque principal do Congresso foi a discussão de como deveremos direcionar esforços diante da chamada “Nova Ordem Econômica Mundial”, terminologia que promete revolucionar o comportamento do mundo por meio da transformação digital, não só das empresas como também dos serviços públicos e dos governos, independentemente de suas ideologias políticas.

Assim, fomos buscar a palavra de um especialista no assunto, o CEO da Corporate Venture Builder Govtech Dome Venture, com formação na International University of Monaco, Diogo Catão, que além de professor universitário é consultor e tem mais de dez anos de experiencia no ecossistema de startups, a fim de trazermos aos nossos leitores algumas pistas daquilo que iremos enfrentar, e de como devemos nos preparar para um futuro que já chegou.

Na mesma edição, trouxemos a notícia da aquisição bilionária da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) pela ArcelorMittal, a mais nova siderúrgica construída na América Latina, que tem um enorme potencial de desenvolvimento, e, ainda, um artigo técnico muito esclarecedor assinado pela Red Bud, uma das parceiras da Revista Siderurgia Brasil no exterior, falando sobre os processos de nivelamento de materiais de alta resistência.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 160 – SETEMBRO/2022

Essa edição foi recheada de atrativos muito especiais. De saída, trouxemos a matéria de cobertura do Congresso Aço Brasil 2022, que assistimos na íntegra. Nela, expusemos claramente a preocupação da indústria do aço – não só a brasileira, como também a manifestada por vários convidados do exterior presentes ao evento – com os processos de fabricação, com o objetivo de torná-los cada vez mais “limpos”, em busca da descarbonização total. Há vários protocolos assinados nesse sentido, tanto em âmbito nacional quanto em escala mundial. E muitos desses avanços já foram retratados em várias reportagens da Revista Siderurgia ao longo de 2022. No encontro promovido pelo Instituto Aço Brasil, diversos representantes do governo mostraram os relevantes avanços já conquistados pelo Brasil nessa direção, registrando a disposição das autoridades de

apoiar esse tema, ainda que saibamos que há muito caminho a ser trilhado pela frente.

Destaque da edição foi ainda a entrevista exclusiva que realizamos com o novo presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Gino Paulucci, líder da entidade que representa os produtores de máquinas e equipamentos, que nos deu uma panorâmica dos avanços realizados até agora e daquilo que podemos esperar do futuro.

Ainda acerca do tema acima, abordarmos a proposta do retrofiting, dinâmica que deve ser levada em consideração na hora de pensar não só em termos de produtividade, como também no que diz respeito às estratégias de investimentos das empresas da cadeia do setor siderúrgico, quando estas se veem diante da alternativa de comprar máquinas e equipamentos novos, ou de modernizá-los, por meio de reformas que os atualizem, a fim de estender sua vida útil. Falamos sobre tema em uma reportagem especial, muito comentado e elogiado pelos nossos leitores.

Como destaque, publicamos um artigo assinado pelo nosso parceiro de longa data Claudio Flor, presidente da Divimec, externando sua preocupação com a qualificação da mão de obra brasileira no que diz respeito à operação das máquinas do futuro, no qual, ainda, ele nos deu uma série de dicas de como as nossas autoridades podem contribuir e devem proceder para interceder positivamente nesse sentido.

Finalmente, na edição de setembro da Revista Siderurgia Brasil, fizemos um relato da nossa participação na Intermach 2022, tradicional feira de máquinas realizada com enorme sucesso na cidade Joinville/SC, que bateu recordes de expositores e de público neste ano.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 161 – OUTUBRO/2022

É inegável que os tubos de aço, assim como o próprio aço, estão presentes na vida das pessoas. Desde os aparelhos ortodônticos, que estão na boca de milhões de jovens e também dos não tão jovens – que, em sua maioria, são produzidos a partir de microtubos de aços especiais, assim como as próteses colocadas em vários quadris ou joelhos das pessoas –, até a poltrona que você está sentado agora e o

veículo que você usa –, vários milhões de outros produtos têm em comum a utilização de tubos de aço na sua fabricação.

Dada a relevância desse segmento, dedicamos a edição de outubro da Revista Siderurgia Brasil aos tubos de aço. E a melhor forma que encontramos de fazer isso, foi falando com produtores de várias partes do Brasil desses importantes itens, nas suas mais diversas apresentações.

Assim, entrevistamos Frank Bolmann, da Tuper, empresa do Sul do país; Ângela Gravia, da Gravia, tradicional produtora da Região Central do Brasil; José Antônio Pauleschi, da Dagan, companhia situada na Grande São Paulo; Marcelo Milochi, da Aços Vic, especializada na produção de tubos trefilados, também de São Paulo; e Gunter Zikeli, CEO da Zikeli, a principal produtora brasileira de equipamentos para conformação de tubos e perfis.

Nesta edição, mais uma vez, nosso parceiro Claudio Flor, presidente da Divimec, nos brindou com um artigo técnico de alta qualidade, falando sobre os aços de alta resistência e baixa liga, ambos produtos não só da atualidade, como também do futuro. E para homenagear o Dia Mundial da Ciência e Tecnologia, comemorado em 16 de outubro, fomos colher a visão de um especialista, o professor da Fundação Vanzolini e Poli-USP, Marcos Barreto, que há 20 anos trabalha em pesquisas com robôs sociáveis, computação afetiva e arquitetura

de sistemas. E não poderia ser diferente: tudo que foi inventado no mundo desde a primeira ferramenta feita de ossos pelos nosso ancestrais, até os super atuais microchips presentes em quase tudo que utilizamos foi objeto da intervenção da ciência e da tecnologia.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 162 – NOVEMBRO/2022

No final de outubro deste ano, a gigante Usiminas comemorou 60 Anos de operação. E o fato, além de ser celebrado, não poderia passar em branco, uma vez que mais do que uma importante data institucional da empresa, este foi também um icônico marco da competência da siderurgia brasileira e mundial quando se fala na produção de aços de alta qualidade.

Com base em dados históricos da companhia, nessa edição da Revista Siderurgia Brasil montamos uma linha de tempo destacando todos os pontos principais dessa trajetória de sucesso, até os dias de hoje, concluindo com uma entrevista exclusiva com o novo presidente executivo da Usiminas, Alberto Ono, que nos falou sobre o atual momento da empresa, e de quais são as grandes novidades dela no futuro.

Nossa edição de novembro também foi dedicada ao tema da distribuição de aços, importante segmento da cadeia siderúrgica, uma vez que funciona não só como bolsão regulador no fornecimento da liga às empresas de menor porte, que não têm como se abastecer diretamente nas usinas, como no abastecimento das empresas maiores, quando há necessidade de um complemento de suprimento.

Mais do que isso, nos dias de hoje, as distribuidoras se transformaram em verdadeiros pré-fabricantes, porque, a cada dia que passa, aumenta o número de consumidores que exigem produtos mais bem elaborados, já integrando com cortes especiais, dobras, furos ou serviços customizados. Assim, conversamos com o René Kahler, diretor de Vendas Regionais da ArcelorMittal, que nos contou como é feita a capilaridade da distribuição de seus produtos por meio das lojas de varejo. E, conversamos também com Carlos Loureiro, presidente executivo do INDA,

entidade que representa entre de 60% a 70% da distribuição de aços planos no Brasil. Finalmente, demos uma boa repassada no que foi o ALACERO SUMMIT 2022, um evento realizado no México pela Alacero, tratando de assuntos relacionados ao aço em toda a América Latina.

REVISTA SIDERURGIA BRASIL Nº 163 – DEZEMBRO/2022

Nesta edição que fecha o ano de 2022 – e que vocês estão lendo na tela de seu computador, tablet ou celular –, além desta retrospectiva, trazemos uma entrevista exclusiva com Claudio Flor e Maicon Flor, respectivamente CEO e Diretor Comercial da Divimec, principal produtora de máquinas e equipamentos para processamento de produtos siderúrgicos no Brasil.

Nela, falamos ainda dos dados apresentados na última coletiva de Imprensa do Instituto Aço Brasil em 2022, na qual seu novo presidente do Conselho, Jefferson De Paula, classifica o ano como excelente para a siderurgia nacional, bem como das excelentes perspectivas para o futuro, a partir da contabilização dos vultosos investimentos que estão programados para os próximos anos.

E, é claro, aqui vocês vão encontrar ainda as estatísticas e as demais seções com as quais estendemos nossa comunicação com a grande comunidade de profissionais do nosso setor, que temos a honra e o orgulho de vermos, de forma crescente, a nos acompanhar.

Sim, olhando para a frente, vislumbramos um 2023 com grandes desafios. Mas, com toda a certeza, será também um ano de grandes oportunidades para todos aqueles que estão dispostos a lutar. Então, Feliz Ano Novo, com muitas boas e novas realizações para todos!

A BEM-SUCEDIDA ESTRATÉGIA DO LÍDER

Produtividade e qualidade asseguram os grandes resultados da gaúcha Divimec.

MARCUS FREDIANI

Consolidada desde 1988, ano de sua fundação, na liderança no mercado nacional de máquinas e equipamentos para processamento de bobinas de aço, com suas mais de 230 linhas de processamento da liga voltadas ao atendimento dos mercados doméstico e internacional, a Divimec – Tecnologia Industrial tornou-se referência em equipamentos de qualidade e produtividade.

Sediada no município de Glorinha/RS, em um amplo parque industrial com mais de 12.000m², no qual mantém uma completa estrutura fabril para o desenvolvimento de processo de engenharia, automação, caldearia, usinagem e montagem de linhas de corte longitudinal e transversal, linhas de blanqueamento e multiblanking, estas com equipamentos já operando na Argentina, Chile, Paraguai e México.

Fotos: Divulgação

A BEM-SUCEDIDA ESTRATÉGIA

A fim de garantir agilidade e precisão em tudo o que faz, a empresa não hesita em encarar desafios, mantendo sempre firme o seu propósito de incorporar contínuos avanços tecnológicos à sua operação, conforme, aliás, explicam Claudio e Maicon Flor, pai e filho, respectivamente o diretor-presidente, e o responsável pela gestão comercial da Divimec nesta entrevista exclusiva à revista Siderurgia Brasil. Leia com muita atenção!

Revista Siderurgia Brasil: Embora ainda vivendo no período de pandemia, e com os subsequentes impactos econômicos por ela proporcionados, na última entrevista que nos concederam, há cerca de um ano, vocês nos relataram resultados excepcionais da Divimec? Eles continuaram dessa forma em 2022?

Claudio Flor: Sim, temos muito a comemorar este ano também. Os resultados da Divimec continuaram bons, e o nosso crescimento técnico foi ainda maior.

E a tendência é de que essa boa onda se prolongue para 2023?

Claudio Flor: Em 2022, a expectativa do mercado foi muito grande. Por conta disso, os investimentos de bens de capitais no longo prazo já preencheram parcialmente nossa carteira de pedidos para o próximo ano, o que nos faz prever na continuidade da obtenção de bons resultados no ano que vem.

Acreditamos muito que isso irá realmente acontecer, ainda mais com o histórico de respeito que a Divimec vem mantendo ao longo de sua trajetória de mais de três décadas, não só atendendo o mercado interno, como também o de exportação. Qual é o balanço que vocês fazem desse período?

Maicon Flor: Nos 35 anos de existência da Divimec, nossa produção operou em mais de 200 linhas de corte de chapas a partir de metais – aço carbono e inox, ligas de cobre e ligas de alumínio – em forma de bobinas. Ao longo desse período, sempre mantivemos ativas nossas exportações para alguns países da América Latina e Central.

Atualmente, a empresa já está operando com 100% de sua capacidade de produção?

Maicon Flor: Embora nossa operação atual seja bem robusta. Porém, acreditamos que, em termos de futuro, iremos além, porque acreditamos que a Divimec está hoje tão bem estruturada para suportar ainda uma capacidade de crescimento de 30% ao longo dos próximos anos em termos de operações.

Nos últimos anos vocês tiveram – ou, eventualmente, continuam tendo – problemas com a concorrência de máquinas e equipamentos importados para processamento de bobinas de aço, notadamente vindos dos países asiáticos, como os da China?

Claudio Flor: Enfrentamos uma forte concorrência da China na primeira década deste milênio. Entretanto o mercado percebeu e comprovou o que os investidores já sabiam no seu cotidiano: o fato de que a Divimec está mais próxima da tecnologia europeia do que da asiática, a não ser que ela se apresente adaptada aos novos moldes de consumo, como sul-coreanos e japoneses. E esse é um diferencial importante que temos a nosso favor.

Recentemente publicamos um artigo de sua autoria na revista Siderurgia Brasil, falando sobre novos produtos de aço mais duro e com maior resistência. A Divimec já tem algum novo equipamento destinado a trabalhar com ele?

Claudio Flor: O artigo ao que você se refere é sobre os Aços de Baixa Liga e Alta Resistência (ARBL) “High-Strength Low-Alloy”(HSLA), que, graças aos avanços da nanotecnologia e do laser proporcionam a obtenção de um aço de qualidade cinco vezes mais resistentes do que os usados no século passado,

com baixo custo acrescido. Novamente, os europeus saíram na frente nesta tecnologia, entretanto os americanos foram mais rápidos na produção de bens de consumo, como automóveis e máquinas, entre outros. Mas há um importante “porém” nessa história.

Qual?

Claudio Flor: O “porém” desses materiais é que a produção requer equipamentos mais robustos e tecnicamente mais avançados, em função do alto risco de acidentes. Nós da Divimec, fomos privilegiados pelo reconhecimento de nossa tecnologia adequada aos novos tempos por empresas alemãs, espanholas e, finalmente, brasileiras de vanguarda, para processar estes materiais especiais hoje, e que deverão se tornar cºmuns em um futuro próximo. O aço representa 90% dos materiais consumidos pela civilização humana. E todo transporte requer um compartimento (máquina) e uma fonte de energia (fóssil, elétrica etc.) e, atualmente, esse novo aço já diminui de duas a três vezes o peso dos equipamentos. E a perspectiva é de que essa redução chegue ainda mais longe, o que significa menor consumo de energia.

Como você, Maicon, registrou aí atrás, a Divimec tem avançado muito em seus

negócios voltados aos mercados latino-americanos. Como está a participação das exportações em sua carteira de pedidos. Qual é a participação e percentual das vendas da empresa para o exterior?

Maicon Flor: O mercado da América Latina e Central estava aberto para os chineses e europeus menos avançados. Entretanto, os progressos tecnológicos nos devolveram índices de competitividade. Sendo assim, hoje, a participação das exportações para esses mercados já representam 30% de nossa produção.

E quais são os países desses mercados que mais compram de vocês hoje em dia?

Maicon Flor: Atualmente estamos presentes na Argentina, Paraguai, República Dominicana, Peru e ainda no Chile e no México, que foram também grandes compradores no passado.

Ainda falando em competitividade, vocês têm sofrido com a concorrência dos produtos importados? Em caso positivo, quais são os principais entraves e/ou desafios que a Divimec vêm enfrentando nesse âmbito?

Claudio Flor: Bem, ainda existem problemas persistentes relacionados a isso. As principais dificuldades que encontramos são os tributos e financiamentos, que ainda nos afastam de muitas concorrências.

E no que tange à área de suprimentos: vocês têm sido atendidos no tempo certo e com os produtos adequados?

Claudio Flor: Sim. A globalização nos inseriu nessa relação de mercado, e vimos sendo atendidos satisfatoriamente por muitos fornecedores do exterior, notadamente de países como Alemanha, Itália e Espanha.

Qual a participação em percentual dos itens importados utilizados na fabricação de vocês?

Claudio Flor: Atualmente, essa cifra gira em torno de 20% a 30% do valor final dos nossos equipamentos.

Claudio, em conversas anteriores conosco, você já teve oportunidade de manifestar preocupação com o treinamento do pessoal para ocupar postos de comando dos novos equipamentos que vêm surgindo. Qual a estratégia que a Divimec utiliza para otimizar esse processo? Vocês fornecem treinamento a seus clientes para eficientizá-la?

Claudio Flor: A preocupação com o treinamento dos operadores de nossos equipamentos continua sendo nossa tônica, porque a evolução tecnológica, principalmente no que se refere a informatização das máquinas que produzimos, bem como a evolução das diferentes qualidades de materiais a serem processados requerem um maior conhecimento técnico. E isso, por tabela, requer um maior investimento humano por parte dos empreendedores ou gerenciadores que irão fazer uso deles em suas produções. Então, a questão do treinamento também continua sendo um dos eixos mais importantes do nosso trabalho junto aos clientes. Mas, não é só isso. Nossa maior preocupação é o convencimento de todos, incluindo os governantes, que não tem a vivência de uma linha de produção. Por isso, estamos sempre batendo na tecla, cobrando insistentemente das autoridades a criação e manutenção dos incentivos necessários para a evolução tecnológica do nosso setor, que se aproxima cada vez mais rapidamente.

E quais são as projeções e perspectivas de vocês para o ano de 2023?

Maicon Flor: Nossas expectativas são muito boas, não só porque nós, como uma empresa de engenharia, estamos evoluindo sempre e acompanhando a evolução tecnológica do mundo, como também já temos comercializados 70% da nossa produção do próximo ano.

O Brasil tem um novo governo. Qual é a visão política de vocês sobre a atualidade de nosso país, que ainda vive momentos de incertezas e indefinições com as manifestações que estamos recebendo neste período de transição?

Claudio Flor: Bem, sem dúvida, isso nos preocupa. O novo governo ganhou as eleições com um discurso “assistencialista”, acompanhado por uma “mídia” e “juristas” com políticas “garantistas”, cuja filosofia acompanha uma tendência mundial, o que, naturalmente, vem provocando descontentamento por parte dos “legalistas”. cuja visualização é a lei como garantia, segurança e certezas absolutas. Sem dúvida, o engrandecimento e a manutenção do foco sobre os menos favorecidos (pobres) ou segregados (raças, e o que antigamente chamávamos de “minorias”) é uma necessidade absoluta e mais do que isso, uma questão de reconhecimento de convivência normal da sociedade. Eu, já na “Quarta Idade”, entendo que o Muro de Berlim foi construído em função da “filosofia de existência de vida”, para ser derrubado depois. Assim, espero que as pessoas que atualmente detêm o “poder” não construam novos “muros” ou barreiras subjetivas, o que, certamente, causaria transtornos e perturbações indesejadas e anacrônicas no mundo de hoje.

SISTEMAS EXCLUSIVOS PARA EMPRESAS DE FERRO E AÇO

SISTEMAS EXCLUSIVOS PARA EMPRESAS DE FERRO E AÇO

Diante da necessidade de um melhor gerenciamento das atividades e a inserção na acirrada competitividade, a Mercosistem desenvolveu ferramentas poderosas para empresas de todos os portes.

HENRIQUE PATRIA

Fotos: Divulgação O gerenciamento e operação de uma empresa processadora e distribuidora de ferro e aço, assim como as demais vêm passando por atualização permanentes pois definitivamente entramos na era dos controles digitais.

Quem não percebeu isso certamente está ficando para trás e terá dificuldades de enfrentar a concorrência que a cada dia torna-

-se mais aguerrida e vai deixando para trás os que não perceberem a mudança.

Dentro desta nova configuração e com este espírito surgiu a Mercosistem que foi fundada em 2001, na cidade de Marília – SP, e preocupou-se em fornecer soluções de gerenciamento para empresas em vários ramos de negócio. A empresa nasceu baseada na experiência e conhecimento de seus fundadores, que no início dos anos 2000 perceberam a dificuldade de alguns empresários em controlarem as operações de suas empresas e ter em mãos elementos que pudessem facilitar nas tomadas de decisão futuras.

Partiu então para formação de uma equipe tecnicamente qualificada e desde a sua fundação tem expandido seus negócios com base na excelência da prestação de serviços e fornecimento de sistemas adaptáveis a vários segmentos. Hoje é uma empresa, com clientes espalhados por todo o Brasil de diversos segmentos, incluindo indústria, serviços, comércio, distribuição e e-commerce. Seus fundadores se preocuparam em montar sistemas que além de apresentarem as soluções de controle de operação e atendimento das necessidades da empresa fossem adaptados para ajuda-las a venderem seus produtos na internet possibilitando a integração com as principais plataformas de

Marco Batista e José Luis Leite - fundadores e diretores da Mercosistem.

e-commerce e marketplaces do país, possuindo mais de 700 funções para garantir o melhor gerenciamento do negócio.

Desde a sua fundação, a preocupação sempre foi atender seus clientes que estavam buscando um software que se adaptasse às realidades da empresa, com soluções simples e práticas e apresentando a melhor relação custo x benefício respeitando os recursos econômicos e organizacionais disponíveis.

Eles entenderão desde o início que teriam resistências na venda de suas ideias e seus sistemas. Tanto que José Luis Leite, diretor e fundador da empresa diz “No início é sempre difícil para o velho dirigente aceitar as mudanças. Ele está acostumado a gerenciar seu negócio há muitos anos de uma forma que sempre deu certo e normalmente faz aquela pergunta: Por que mudar agora?”.

Mas complementa dizendo que a Mercosistem apresenta uma coleção se softwares que irão assessorar o empresário e sua equipe na gestão de negócios através da automação, treinamento, conhecimento das informações e mudança de comportamento, visando maior produtividade, lucratividade e qualidade de vida.

Na área de produtos siderúrgicos a Mercosistem desenvolveu alguns produtos que já se encontram em funcionamento em várias empresas espalhadas pelo Brasil. Além dos sistemas já desenvolvidos pode ser feita a customização do sistema para cada cliente incluindo suas características e culturas de funcionamento sempre visando facilitar o gerenciamento das atividades.

Os destaques na linha de sistemas em empresas de “produtos siderúrgicos” ficam por conta de:

Lançamento exclusivo de dois novos sistemas:

“Lançamento e Controle de Cortes e

Dobras em Chapas de Aço”, onde o interessado irá controlar todos os detalhes para obter o melhor corte, geração de menos rebarbas e sucatas e melhor aproveitamento da superfície, com excelentes níveis de ga-

nhos de produtividade.

“Lançamento e Controle e Cortes de

Aços Longos” é um sistema que permite ao usuário aproveitamento em material e em tempo de trabalho, com o máximo aproveitamento do produto e ótimos níveis de produtividade.

• Gerenciamento de estoque quilo a quilo

O seu depósito de ferro e aço será gerenciado quilo a quilo. Para isso usamos conversores de chapas de pedaços para quilos, barras para quilos e toneladas, bobinas para pedaços, entre outros.

• Corte e dobra previamente desenhados

Todas as funções do sistema são baseadas em PPCP - Processo, Planejamento e Controle de Produção, onde o principal objetivo do sistema é garantir que não ocorram falhas durante a produção, evitando assim, custos desnecessários. A partir do momento da realização da dobradura, o sistema já calcula sua metragem, altura e peso, de tal sorte que de uma barra inteira, é possível configurar todas as programações

de acordo com a necessidade do cliente.

• Acompanhamento do processo de produção

Em todo o processo de produção, desde a entrada da matéria-prima até a entrega do produto final. O controle de materiais é realizado através de processos de automação industrial, garantindo os dados e diagnósticos precisos de tudo que está armazenado.

• Criação de ficha técnica dos produtos

É possível cadastrar quais os materiais e quantidades necessárias para produzir cada item, evitando falhas e tornando o processo de produção mais assertivo e são ligadas a um controle de estoque completo com capacidade de garantir uma gestão saudável reduzindo falhas e aumento nos lucros.

Destaque que ainda para o exclusivo ERP- (Enterprise Resource Planning) que através de uma interface amigável e organizada, com telas padronizadas e menus intuitivos, tem como objetivo centralizar e gerir seu fluxo durante todo processo de desenvolvimento da empresa, integrando todos os setores da organização e possibilitando aos gestores acesso ágil, eficiente e confiável as informações gerenciais, facilitando assim a tomada de decisões em todos os níveis do negócio.

Este sistema abrange cada passo da operação, desde as compras, provisões, planejamentos, manufatura, formação de preços, contas a pagar e receber, processos contábeis, controle de estoque, administração de contratos, vendas de serviços em todos os níveis do comércio ou controle de todas as fases de uma produção, passando pela gestão eficaz dos relacionamentos com clientes e fornecedores, pós-venda, analise de resultados e outros fatores que podem ser personalizados e adaptados a qualquer empresa, em vários ramos de atividade. www.mercosistem.com.br

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO DA ABIMAQ EM CLIMA DE COPA DO MUNDO

No final do ano é tradicional a reunião das pessoas com objetivos comuns para a confraternização anual. A Abimaq foi um pouco além e além de reunir seus associados e amigos, formou a chamada corrente “pra frente” para torcer pelo Brasil, na copa do mundo.

HENRIQUE PATRIA

Deu certo o pacote feito pela Abimaq reunindo seus convidados, políticos, imprensa e amigos em seu tradicional Almoço de Confraternização de Final de Ano e logo após, a formação de uma torcida para torcer pelo Brasil, que disputava uma partida da copa do mundo de futebol.

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO DA ABIMAQ EM CLIMA DE COPA DO MUNDO

Inúmeras autoridades dentre os quais representantes dos poderes executivo e legislativo estiveram presentes atestando o prestigio que a entidade desfruta nos meios políticos estaduais e federais além de seus associados, representantes da imprensa e amigos passaram momentos agradáveis no evento comemorativo. Em todos os pronunciamentos dos dirigentes da entidade pudemos sentir que eles consideraram um ano muito bom, com desenvolvimento do setor e superação de metas que foram projetadas, mas mostrando preocupação com aspectos futuros como a guerra entre Rússia e Ucrânia, que detonou todo o fluxo de insumos e criou problemas de logística, disparando a inflação em todo o mundo e com isso causando um adiamento da retomada do desenvolvimento mundial.

Em relação ao Brasil a palavra dos dirigentes é de aguardar para ver os rumos que a economia vai tomar com o início da nova gestão e com as mudanças políticas que irão acontecer.

O Portal e revista Siderurgia Brasil, através de seus representantes, estiveram presentes prestigiando o evento, abraçando os dirigentes da entidade, encontrando associados e amigos e desejando a todos que o ano tenha sido o melhor possível e que haja prosperidade e realizações no próximo ano.

Registramos nossos cumprimentos aos amigos da Abimaq através de um vídeo especialmente concebido para o evento. https://youtu.be/MQGpnArX1zA

Henrique Patria; Marcus Frediani, repórter especial da revista Siderurgia Brasil; e Ana Azevedo, diretora da AZM Comunicação, na torcida pelo Brasil no jogo contra a Coreia do Sul.

O BALANÇO GERAL DO ANO

O BALANÇO GERAL DO ANO NA SIDERURGIA

O ano pode ser considerado excelente, pois contabilizou o 4º melhor resultado da década, mas ainda existe uma capacidade ociosa muito acima do que pode ser considerado normal. É preciso um avanço na retomada do desenvolvimento do país com aumento exponencial da demanda do aço.

HENRIQUE PATRIA

O Instituto Aço Brasil - IABr promoveu a última reunião do ano de forma hibrida quando apresentou oficialmente à imprensa o novo presidente do Conselho Diretor da entidade, Jefferson De Paula, que também é presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos LATAM & Mineração que assumiu a presidência no recente Congresso realizado em São Paulo.

Ele juntamente com Marco Polo de Melo Lopes, que permanece na presidência executiva da entidade, demonstraram o comportamento do setor no ano de 2022, as previsões para o fechamento do ano e as expectativas para o próximo ano.

Inicialmente foi dito que a siderurgia nacional ainda trabalha com ociosidade uma vez que seu parque industrial está capacitado para produzir 51 milhões de toneladas/ano distribuídos em 31 usinas, sendo 15 integradas e 16 mini-mills e emprega atualmente 120 mil pessoas, gerando um faturamento de 208 bilhões de reais neste ano.

Faltando contabilizar novembro e dezembro a posição de produção do ano, mostrava uma queda acumulada de 4,8% em relação ao ano de 2021, que foi considerado pelos diretores como um ano atípico, pois vinha de retomada das atividades em função da pandemia originada pelo Coronavirus. As previsões revisadas para este ano é de que a produção nacional de aço bruto atinja 34.626 milhões de toneladas contra 36.071 do ano passado com uma queda de 4%.

Este resultado está sendo considerado um excelente ano, pois a se confirmar estas previsões este será o 4º melhor desempenho da década.

Um capítulo a parte é a Guerra entre a Rússia X Ucrânia, uma vez que os dois países se encontram no Top 20 da produção de aço mundial. A Rússia na 5ª posição que em 2021 produziu 76 milhões de toneladas e a Ucrânia na 14ª posição tendo produzido em 2021, cerca de 21 milhões de toneladas.

Com a deflagração do conflito ocorrerão imediatamente problemas em vários setores da economia mundial. Um deles foi a inflação nos preços dos insumos para a produção de aço. Segundo o Aço Brasil, imediatamente após o início da guerra dispararam os preços de minério de ferro, carvão mineral, zinco, ferro gusa e sucata e os preços dos fretes marítimos, além de serem alteradas várias rotas, mexendo sensivelmente com a logística mundial. Ainda há o problema do excedente de produção mundial com a adoção de salvaguardas comerciais em vários países ao redor do mundo, que mantem em pleno vigor a guerra de preços que já existe há alguns anos.

Todos estes problemas foram agravados pela inflação mundial que é algo que os países mais desenvolvidos não estavam acostumados a enfrentar. Nos EUA eles podem pela primeira vez na história chegarem a dois dígitos e em vários países europeus estão totalmente fora de controle. Com isso o remédio mais amargo adotado por todos os

Bancos Centrais é a escalada de juros, que por sua vez inibe a retomada do desenvolvimento econômico.

ESTIMATIVAS PARA 2023

Com base no histórico deste ano Jefferson e Marco Polo entendem que no ano de 2023 a siderurgia mundial deve “andar de lado” como se fala nos corredores das bolsas de valores. Ou seja, não será esperado nenhum grande crescimento, mas também não deverão ocorrer nenhuma queda desproporcional, a não ser que fatos extraordinários venham acontecer.

Perguntado sobre como eles encaram a politica no Brasil, que está mudando de mãos e que como a primeira medida anunciada pelo novo governo é “furar o teto dos gastos” mudando inclusive a regra do jogo, Jefferson disse; “O Aço Brasil é uma entidade apolítica, mas acreditamos que o Brasil hoje já possui mecanismos nos demais poderes que irão trabalhar na base para um equilíbrio tornando o país governável”. Ele estima que a promessa feita no Congresso do Aço para o crescimento do consumo aparente continuará a ser perseguido pelo instituto e acredita em um crescimen-

to de 4% nos próximos dez anos nesse quesito. E quanto aos investimentos confirmaram que os vários grupos que compões a malha siderúrgica nacional continuarão acreditando no desenvolvimento do setor e investindo para que isso possa acontecer. Os investimentos se darão em expansão de plantas, melhora da produtividade com implantação de métodos e sistemas digitalizados, qualificação de pessoal e muitos investimentos na busca da descarbonização total da produção de aço no Brasil. Estes investimentos já estão acontecendo e está previsto um montante da ordem de R$ 52.5 bilhões até 2026.

Finalizando foram apresentadas algumas prioridades que o setor vai perseguir na busca da retomada do Crescimento Econômico e Sustentável.

Os principais pontos listados foram:

Necessidade do Ajuste fiscal no Brasil – Pleno atendimento ao teto de gastos.

Reforma Tributária – Fim da cumulatividade de impostos.

Correção das Assimetrias Competitivas – Redução do Custo Brasil e fim dos resíduos tributários na exportação.

Mercado Interno X Comércio Exterior – Isonomia competitiva na importação.

Sustentabilidade – Simplificação do sistema de licenciamento ambiental.

Logistica e Infraestrutura – Eliminação dos gargalos, modernização dos sistemas.

Energia e Insumos – Revisão dos modelos de precificação de energia, gás e diesel.

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