UM ESTUDO SOBRE A DEVASSIDÃO
Apocalipse 18:2 E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.
I Tessalonicenses 4:3-8 (Bíblia Sagrada) 3 Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, 5 sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. 6 Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhamos. 7 Com efeito, Deus não nos chamou à impureza mas à santidade.
8 Pois quem despreza estes preceitos não despreza um homem, mas o próprio Deus, que vos dá o seu Espírito Santo. INTRODUÇÃO (Esse texto tece um profundo comentário sobre Apc 18.2 - preste bastante atenção nos detalhes quando chegar nessa parte.) Devassidão é o termo que designa um comportamento sexual obsceno, que viola regras de moral e de ética, onde o desejo sexual é a força motriz de atos denominados libidinosos (libidinoso - palavra que se relaciona a libido humana, desejo). Relacionado ao desejo sexual, que também tem um sinônimo mais arcaico, uma palavra chamada ‘concupiscência’. Pra deixar bem claro a origem deste tipo de desejo as Escrituras acrescentam a palavra ‘carnal’ à palavra ‘concupiscência’. Devasso seria, então, a pessoa que vive em função do desejo sexual sem se importar com padrões morais, ou com qualquer coisa que seja se não a vontade de satisfazer-se por intermédio de outras pessoas. A devassidão envolve outras pessoas, a impureza por sua vez, é algo interno. Uma pessoa pode sofrer de poderosos desejos sexuais e não ser devassa – porque não envolve outros, não corrompe, ou não usa de artifícios para obtenção de prazer. Contudo, tal pessoa, com os tais poderosos desejos sexuais, seja ela eu, você, nós, os outros, quem quer que seja, pode estar sofrendo continuamente de desejos - que se não forem dominados - podem levá-la a devassidão. E diga-se de passagem, afastar-se da devassidão num mundo em devassidão não uma coisa simples. Antes de continuar, PROFUNDIDADE X SUPERFICIALIDADE NA PREGAÇÃO Cabe um comentário. Costumamos usar a palavra ‘devasso’ ou ‘devassa’ como um xingamento. Do mesmo modo como usamos ‘imoral’. Sem-vergonha. Quando você estiver pregando sobre o assunto compreenda que as pessoas necessitam entender não a malignidade, a bruxuleancia, a mardade implícita ou enojidade (todos péssimos neologismos, of course) de suas atitudes. Você não pode brincar de professor das Escrituras como que respondendo – Não faça isso porque é devasso, porque é pornográfico, porque é imoral! Nenhuma dessas frases de efeito ENSINA COISA ALGUMA. Você necessita compreender os efeitos da pornografia, da imoralidade e da devassidão na psique humana. Do modo como e Espírito de Deus compreende. Muitas pregações morais são simplesmente uma escola superficialidade. Elas repetem bordões e frases sem profundidade, sem conceder visões sobre os abismos que rodeiam o coração humano. Ou seja, deveria explicar o que a pornografia irá causar, o que o imoral diminui ou destrói, qual seria o impacto da devassidão no coração humano. Continuando O devasso se porta inconvenientemente e seu propósito é a satisfação sexual. Ele não somente sonha com a orgia, ele fará tudo que estiver ao seu alcance para alcançá-la, dentro de limites que suas posses e situações particulares lhe permitam. O devasso é limitado pela arma na mão alheia e pela moral de quem ele planeja usar para seu benefício. O professor devasso usará as notas das provas, sua experiência e inteligência para atrair alunas para atender seus desejos. A aluna devassa usará de seus atributos físicos para atrair, desconcertar e mesmo seduzir ao professor. O médico devasso não terá ética em tocar o corpo da paciente para obter prazer, desde que não seja descoberto. O limite da devassidão é geralmente o bolso, a manutenção do status quo, da dignidade, a posição social, do devasso. O devasso na família não se importará com laços familiares, há casos de pais que
abusaram de suas filhas, mães que desejaram seus filhos, padastros que abusaram de suas enteadas e inumeráveis situações que estabeleceram os meios, os locais, os recursos de autoridade, domínio ou chantagem para que a devassidão pudesse ser colocada em curso. Estamos falando de uma devassidão forçada, onde não há respaldo da vontade de todos os envolvidos. Existe uma devassidão profunda na sociedade em que vivemos, que é consensual. Porém a devassidão consensual não é menos prejudicial que o fruto do desejo individual. A devassidão, consensual ou não, fere a PUREZA, prejudica a beleza de uma sexualidade plena que deveria ser exercida por um casal. O PROJETO DIVINO O projeto divino estabelece um padrão que é sonhado (e entoado) em Cantares de Salomão, em que o homem e a mulher, encantados um pelo outro, se desejam e anseiam um amor exclusivo. Com pleno direito ao ciúme, cujas labaredas são como labaredas do Senhor. Outro dia estava lendo sobre “poliamor”, um neologismo cunhado para falar sobre ‘relações abertas’, basicamente, relações de poligamia; uma das questões a ser tratadas é ‘não haver ciúmes’ entre os componentes, para que ‘ultrapassando tal sentimento’ possam coexistir múltiplas relações sexuais, encaradas com ‘naturalidade’ entre os participantes desta entidade familiar. A jurisprudência brasileira trata a família como uma ‘entidade dinâmica’ e tenta se adequar aos parâmetros da modernidade de acordo com as normas da moral vigente do ser humano do século XXI. Porém múltiplos arranjos familiares diferentes do padrão estipulado no Éden já foram verificados em inúmeras culturas ao redor da terra no decorrer da história humana, e o seu resultado nunca será tão maravilhoso ou pleno quanto o exercício da paixão de acordo com o plano original, porque os demais arranjos são CONTAMINADOS pela DEVASSIDÃO, são produzidos pelo EXAGERO, são produzidos pelo domínio da PAIXÃO exagerada e irrefreada. Segundo as Escrituras, no ser humano as paixões humanas estão ENFERMAS em virtude do PECADO. Nossas paixões sem domínio são IRREFREÁVEIS. O ‘POLIAMOR” é só uma releitura de práticas do exercício de luxúria, ou do EXAGERO de nossas paixões e desejos incontidos e não ajudarão no exercício de nossa FELICIDADE, porque não é para isso que fomos CRIADOS. O afeto de um homem por uma mulher deve ser EXATAMENTE o que você vê em cada DORAMA- novelas coreanas, chinesas e japonesas, nos milhares de filmes românticos, nos belíssimos filmes indianos. Exatamente o escopo de amor estabelecido na canção de Salomão; no belíssimo romance que é o centro das Escrituras, que é a obra-prima das poesias do Espírito de Deus. Esse é o padrão, um desejo nutrido por paixão que exige EXCLUSIVIDADE. O resto é EXAGERO, que demonstra naquele (naquela) que tem fortes desejos por outras pessoas além de sua noiva, esposa, namorada (noivo, esposo, namorado) - a força da tal da ‘concupiscência carnal’ narrada por Paulo, e demonstra nas pessoas que vivem no ‘exercício’ destes desejos através do ato sexual ilegítimo, em suas múltiplas abordagens, com muitas pessoas – a triste realidade dessa tal de devassidão. Ela é bem representada pela figura do ABISMO. Algo que você não preenche.
No texto de Tessalonicenses o apóstolo não irá se aprofundar na questão interna – Impureza, CONCUPISCÊNCIA. Ele já dispara a solução da questão – SANTIFICAÇÃO. Purifique-se, adore, cante, ore, interceda, medite das Escrituras, brinque, corra, case-se, exerça uma vida sexual sadia, plena, apaixone-se, alegre-se, dance, faça amigos e amigas, converse, leia, ria, abrace – ou seja, vai trabalhar criatura, pega a enxada e ara essa terra, esforça-te para viver uma vida com pureza, santifique-se. Basicamente, seja como uma criança.
SOBRE A DEVASSIDÃO
Porém, com relação a DEVASSIDÃO, a exortação irá muito além:
5 sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. 6 Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos .
Paulo usa os termos DEFRAUDAR, SE APROVEITAR e no final acrescenta em tom gravíssimo – PORQUE O SENHOR VINGA A TUDO ISSO.
DEFRAUDAR A devassidão na Igreja é aos olhos do Espírito, não um ato solitário., antes um ato de DEFRAUDAR a alma alheia, o qual envolve gente, envolve ministérios, envolve irmãos e irmãs os quais não foram chamados para viverem relacionamentos ilícitos ou ilegítimos. A paixão possui um propósito. Uma união que permaneça até a velhice, que dois jovens amem-se e permaneçam juntos em meio a tempestades sem fim. Ou que duas pessoas se encontrem em qualquer instante de sua existência e tenham o firme propósito de continuar caminhando juntos. Falei de tempestades, porque, certamente elas virão. O devasso só olha ‘para o próprio umbigo’. É o sujeito que se aproxima da moça linda porque quer usá-la e depois deixá-la. É a moça que quer ser DESEJADA – ainda que não tenha ilegitimidade no ato em si, a questão é o momento errado, o lugar inapropriado, o decoro deixado de lado em troca da intenção – pois sente prazer demasiado em mostrar-se. Ela sente prazer em excitar. Não que ela vá ter - um orgasmo no meio da congregação - por fazer isso, mas demonstra que nela há um EXAGERO sensual, visível esse excesso de sensualidade – veja bem, falei EXCESSO de sensualidade – porque a completa inexistência de sensualidade numa mulher significa que ela ou é uma criança, ou uma idosa ou está em depressão. A sensualidade é a feminilidade vestida em trajes de batalha. A feminidade é um componente que é natural, no sorriso, nos gestos, no balançar do cabelo. No riso. Na dança. Talvez a palavra ‘sensualidade’ anterior esteja fora do contexto. Poderia ler que se há um ‘excesso de feminilidade’. A BELEZA E A INDISCRIÇÃO De certo modo, entre ser feminina e ser sensual há uma pequena distancia que deveria ser ultrapassada com certa cautela. Em ocasiões propícias, no romance, no cortejo, na cantada, sem pra tanto ‘violentar’ a alma alheia. A beleza usada descuidadamente é citada em Provérbios – Como jóia de ouro em focinho de porca é a mulher bela que anda de modo impudico, indiscreto, lascivo, provocante. Provérbios 11 22 Como anel de ouro em focinho de porco, assim é a mulher bonita, mas indiscreta. Significa em termos, muito mal ilustrados no que diz respeito ao ambiente congregacional, aquele superdecote no culto dos jovens, aquela saia curtíssima e apertadíssima sentada ‘docemente’ na cadeira da congregação, aquela roupa que é uma segunda pele num corpo absolutamente torneado
(a cinzel ou academia) sem se dar conta do desejo que está gerando em prol de um momento de vaidade constrangedora. A porca era um animal proibido para consumo pelos judeus, um animal impuro. Não era um animal de estimação. Vivia em locais sujos; devido a grande gordura corporal procurava lugares úmidos, sem se importar em uma grossa camada de lamaçal que lhe envolvia de vez em quando. O anel de ouro no focinho de uma porca é uma piada. Uma piada judaica. A porca não se importa com laços, cordas ou jóias. Qualquer coisa nela amarrada é somente um obstáculo para obter comida. Ela iria arrastar a jóia no lama até se machucar. Ela não teria idéia do valor do que estava usando, a jóia não teria valia para a porquinha. E ela geraria uma grande ciumeira com mulheres reais. Um anel de ouro era também na antiguidade um sinal de casamento, de noivado, como é hoje, um presente caro que era dado as moças em ocasiões especiais, tais como o dote pré-
nupcial, como presente de casamento, como herança paterna, como um sinal de apreço. Uma moça israelita vendo um anel no focinho de uma porca consideraria isso um insulto, uma brincadeira insolente. Afinal, ela é que deveria estar usando aquele anel! Essa imagem é de uma brincadeira de mal gosto, uma piada, uma contradição. Somente um homem muito rico seria capaz de uma brincadeira desse tipo. A imagem que nos vem a mente é a palavra – desperdício. Esse provérbio não está chamando a mulher bonita que age de modo indiscreto de porca. Ela é a jóia. Continua sendo a jóia. Uma jóia amarrada numa porca. A porca é a INDISCRIÇÃO. A porca é o comportamento indiscreto, lascivo, intencionalmente sexual. Indiscrição é a capacidade de revelar o que devia ser mantido em segredo, é fazer coisas inconvenientes, sem pudor, de modo indecente. A beleza usada com indecência para despertar paixões sexuais é como uma jóia amarrada a uma porquinha. SENSUALIDADE Redefinindo – Sensualidade seria um comportamento voltado para despertar a cobiça/desejo sexual do homem. Embora a mídia e os comerciais de perfume rotulem, vez por outra, o comportamento ‘sensual’ como uma possibilidade masculina, tal ‘poder’ não faz parte do arsenal masculino. É indubitavelmente uma faceta do feminino. O que atrai a mulher ao homem é seu próprio desejo, um processo interno que é implicitamente psicológico. Há uma fenomenal diferença entre os gatilhos que desenfreiam as paixões no homem e na mulher. O homem tentando ser sensual é só uma figura engraçada. Porém, para ambos, a sensualidade é um estado de despertamento de desejo que independente dos cromossomos envolvidos ligam em ambos um comportamento sexual. O TERMO VINGANÇA NO TEXTO DE TESSALONICENSES O uso indevido dos sentimentos alheios é simplesmente denominado de ‘DEFRAUDAR’. É roubo. É enganação. É criar falsas expectativas em corações, é movido pela devassidão. Fere, perturba, constrange. O jovem que namora porque deseja ter prazer está nesse texto. Pastores que usaram de seu domínio ou de ocasiões para terem um ‘caso’ com uma mulher de sua congregação – o fizeram movidos pela devassidão. Músicos que se aproveitaram de sua ‘fama efêmera’ para conquistar, abusar e abandonar moças. Tudo isso gera gente ‘quebrada’, magoada, ferida na alma e espiritualmente. A devassidão é egoísta e não se importa com a doença espiritual alheia. Não se importam com o dano psicológico. Não se importa com a dissolução familiar. O devasso fere e continua seu caminho. Então o Espírito exercerá não mais JUIZO. Antes, VINGANÇA.
porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos O que o homem ceifar, isso ele colherá, é RETRIBUIÇÃO. Há um juízo sobre as obras humanas. Mas o texto não está falando sobre retribuição. Sobre justiça. Ou sobre juízo. O termo utilizado é VINGANÇA, significando que o que aconteceu já definiu uma situação, já ultrapassou a situação de um juízo. Sempre que a palavra juízo vem em mente ela é atirada ao futuro. Juízo dos vivos e dos mortos, Juízo das nações. A palavra Graça já vem de sopetão na vanguarda da proteção do crente pecador que já abraça vigorosamente as promessas de justificação pela fé, certeza da Salvação e etc e tal. Esse texto não versa sobre tais assuntos cosmológicos. Não é a vida eterna que está sendo colocada em cheque neste momento – pra azar de sua apologética e infeliz tentativa de contestação... É um assunto pessoal entre um Pai e seus filhos. É um posicionamento mais próximo, de caráter imediato. Há um ‘tribunal de Cristo’ atuante na Igreja
permanentemente. Ou seja, o Espírito está tratando de nossas falhas em todos os momentos. Como se nós estivéssemos sendo JULGADOS HOJE. E na verdade, estamos sendo I Coríntios 11 31Contudo, se nós tivéssemos a cautela de julgar a nós mesmos, não seríamos condenados. 32No entanto, quando somos julgados pelo Senhor, estamos sendo corrigidos a fim de que não sejamos condenados juntamente com o mundo. Não com nossa condenação, antes para a nossa salvação; para aperfeiçoamento do Serviço. Mas, olha bem de novo o texto: 6 Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos . Não é de JULGAMENTO que o Espírito trata com relação a DEVASSIDÃO. É sobre VINGANÇA. Viver em devassidão dentro da casa de Deus significa usar maliciosamente pessoas cristãs para satisfazer a si mesmo. Comprometendo profundamente a sua e a santidade alheia. É usar de meios aparentemente lícitos para aproximar-se de gente carente, de modo indecoroso, indevido, pessoas que estão sobre os cuidados do Espírito de Deus, muitas oriundas de um passado não muito distante de traumático mundo de devassidão.
Esse comportamento obsceno, inoportuno gera uma resposta enérgica por parte do Senhor.
O termo ‘vingança’ O mundo espiritual possui VALORES diferentes do mundo natural. Muitos TERMOS jurídicos, civis, militares, administrativos, agrários, literários são tomados por empréstimos pelo ESPÍRITO de Deus, como PARALELOS no mundo espiritual. As palavras juízo e vingança são duas destas realidades que é comum na sociedade humana que possuem rica representação nas questões relacionadas ao REINO de DEUS. A REPRESENTAÇÃO As Escrituras traduzem uma constituição do reino divino, eleva-se acima de questões humanas, ousando falar de assuntos celestiais. O interesse de Deus com sua Palavra é a edificação espiritual do ser humano. Que ama, que anseia abraçar, ensinar, proteger e cuidar. Há uma CLARA intenção nas Escrituras na preservação do ser humano. A justiça dos tribunais da terra é reflexo de uma justiça muito maior. Não existiria a declaração dos direitos do homem se não houvesse uma inspiração divina que fortalecesse no ser humano a noção de igualdade. O amor pela vida e o ódio contra a maldade. A vingança humana é fruto da retribuição violenta por uma ofensa, crime cometido, fruto de uma incontida raiva ou desejo de retribuir o mal cometido, podendo ou não limitar-se aos danos cometidos, ultrapassando seus efeitos na maioria das vezes. A função da ‘vingança’ é ocasionar vergonha, medo, dor no adversário, conceder uma lição que seja dolorosa, memorável, sempre realizada com indignação e ira. A vingança traduz uma resposta irada, revoltada, amarga, destituída de misericórdia e muitas vezes extremamente cruel. Ela é destrutiva, ela almeja destruir coisas, valores, bens, o corpo do agressor, como podemos ver nos jornais ladrões amarrados e espancados quando pegos em fragrante. O amante morto pelo marido traído, junto com a esposa que adulterou são casos notórios em crônicas policiais de todas as culturas. O reflexo dessa ‘ira’, sua REPRESENTAÇÃO no reino espiritual é que a ‘vingança divina’ retira dons, destrói talentos e coisas ESPIRITUAIS dos que cometeram atos de devassidão. Perdem presentes espirituais, perdem ministérios, são ‘feridos’ em sua fé porque abusaram indevidamente do coração alheio. Significa que perdem, são destituídos de posses invisíveis, de dádivas que embora não sejam valorizadas pelo homem natural, são de grandiosos valor para os que creem. A PERDA DA AUTORIDADE Os devassos não expulsam demônios. Porque são destituídos de Autoridade. Os devassos não oram com fé para a cura. Porque sua consciência ferida não permite-lhes uma fé eficaz. O pregador que vive em devassidão não possui unção ou poder. Ele não é ‘socorrido’ em sua pregação, não é INSPIRADO pelo Espírito e sua palestra torna-se a junção de muitas palavras, parvoíce, falatório meramente humano. Já não possui a comunhão que lhe proporcionaria uma palestra que misturasse sua humanidade à presença do Espírito. Em Apocalipse veremos uma mulher de nome Jezabel entregue a devassidão. E o resultado é de uma morbidez sem precedentes. Duríssimas profecias são a ela concedidas como exemplo dos malefícios de tal prática no seio de uma comunidade celestial. A igreja como embaixada dos céus possui um tempo específico para disciplina/julgamento divino, porque é regida por leis espirituais soberanas, abrangentes, prementes que disciplinam a conduta humana a nível de intenção. Caio Fábio em uma das cartas de resposta de seu ministério narra a respeito de um pastor que vivia uma relação ilegítima com uma mulher de seu ministério, possuía uma amante que frequentava os cultos no qual presidia. Caio compreende que há uma dimensão espiritual/psicológica transmitida pela conduta oculta que é mais forte que as palavras ditas. O fato do ministro não agir de um modo devasso na frente da comunidade não o impedia de transmitir inconscientemente algo que não era
espiritual aos seus ouvintes. Falando de um modo suave. A questão é um pouco mais complicada do que o exposto no parágrafo anterior. A ESPIRITUALIDADE E O MUNDO ESPIRITUAL O desejo sexual é profundamente intensificado pelo mundo espiritual. Temos as antigas religiões eróticas para nos lembrar dessa realidade. Nos vales e pelas estradas de Israel os moradores cravavam postes ídolos, de madeira ou pedra, que eram postes com inscrições sagradas e partes esculpidas ou adornadas de divindades. Estes postes assumiam outras formas menos idôneas em milhares de locais.
Grande parte da religião da antiguidade era erótica, significava a existência de prostitutos e prostitutas cultuais que ofereciam-se em cerimoniais que envolviam atos sexuais explícitos. A prostituição ocorria porque a pratica de sexo com os sacerdotes ou sacerdotisas do templo gerava a obrigação de ofertas que eram depositadas nos templos e utilizadas pelo sacerdócio daquele determinado templo, Começamos a visualizar a parte oculta, nefasta e absurda, a história que estava por detrás de todas as peças erguidas em milhares de locais. Por milhares de anos. A IMAGEM DE CÍUMES Parte dos postes ídolos tinha forma fálica. Há uma triste lembrança deste fato numa visão dada a Ezequiel. 3 Ele estendeu o que parecia um braço e pegou-me pelo cabelo. O Espírito levantou-me entre a terra e o céu e, em visões de Deus, ele me levou a Jerusalém, à entrada da porta do norte do pátio interno, onde estava colocado a imagem que provoca ciúmes de Deus. Ez 8.3
A imagem de ciúmes seria ou uma representação fálica ou uma imagem de uma divindade canaanita, possivelmente Aserá, que era uma deusa da fertilidade, com imensos seios. Muito interessante o termo ‘ciúmes’. Porque a forma da estátua era bem sexual, erótica. Imagine a moça belíssima de corpo escultural sorrindo languidamente para seu amado no Shopping. A sua resposta imediata, décimos de segundo antes do ato de violência prestes a ocorrer, é uma gigantesca carga de ciúme – concentrado - em forma de indignação. Devassidão não é o desejo sexual em si. É deixar que o desejo te conduza a uma situação de ilegitimidade. É fazer coisas não éticas, inconvenientes, destituídas de amor, despidas de sinceridade, ou de qualquer senso de decência em nome de uma paixão desenfreada. É cometer uma estupidez dando-lhe um formato de coisa normal ou natural. Onde o prazer é colocado acima do bem-estar de outra pessoa. SANTIDADE Agir sem devassidão é ser criança, ser amigo, ser gentil, INDIFERENTE a provocação sensual, a situação que tratada de outro modo poderia gerar atos ou situações indiscretas e inconvenientes. O médico ginecologista pode estar atendendo uma jovem de beleza ímpar e não usará de sua profissão para sentir prazer. Do mesmo modo a médica urologista. O socorrista não se importa com a nudez de quem salva, assim como o bombeiro. O enfermeiro no pronto-socorro irá focalizar sua atenção nos ferimentos e nos cuidados médicos, ainda que sinta forte atração por quem estiver socorrendo. A paixão é algo LEGITIMO. Assim como o DESEJO. Se um bombeiro se apaixonar por sua vítima um dia num momento PROPÍCIO poderá beijá-la. Se houver RECIPROCIDADE. Não é pela ética ou pela moral que um oficial da igreja deve orar por uma moça decotada sem permitir dominar pela sensualidade. É porque ama, porque não quer abrir a porta para a DEVASSIDÃO.
A PREGAÇÃO QUE LIBERTA
Importante frisar que a pregação moral ou ética não impede a devassidão. Nem a pregação da condenação, a ameaça do inferno, a pregação comportamental. A EXORTAÇÃO não tem efeito contra instintos básicos humanos. Santificação é um processo espiritual onde a presença do Espírito transforma nossos corações, enternece nossa alma e freia por PODER nossa ‘bioquímica mal temperada’. O tipo de pregação que opera para a santificação é do tipo que causa MARAVILHAMENTO. Quando as Escrituras são expostas de modo a nos tocarem em profundidade pela PROFUNDIDADE das exposição. Pela BELEZA contida nela. Significa que é um nível onde as Escrituras se abrem como uma revelação para nós, pela boca de uma jovem ungida, pela voz de um homem que fala segundo o coração de Deus. Apontar que isso ou aquilo é pecado é fruto de uma exposição superficial das Escrituras. Dizer o que devemos ou não fazer nos empurra contra a parede de nossas contradições. A LEI é a prova de que há algo errado em nós. Que não temos por nós mesmos condições de avançar em determinadas áreas de nossa vida. Porém MUITOS ensinam SANTIFICAÇÃO a base de ESFORÇO, a base de MUDANÇA de comportamento. Como se pedissem para cegos enxergarem, para surdos ouvirem, para enfermos saltarem. A pedagogia CORRETA do Evangelho no enfrentamento de paixões humanas é o CONSELHO, e o MARAVILHAMENTO. É expor as coisas maravilhosas das Escrituras, incentivar a santificação e INTERCEDER para que o Espírito SANTIFIQUE. A unção santifica. O louvor que quebranta, a alegria de uma revelação de aspectos das Escrituras que você desconhecia, quando a visão é entregue, quando a cura acontece, quando o testemunho da vitória alcançada é compartilhada. MALIGNIDADE Temos o nível maligno – melhor explicado adiante quando falarmos sobre Babilônia - Quando o coração se abriu para viver em função da devassidão. A idade média nos trouxe uma das organizações mais devassas da história que é a INQUISIÇÃO. Milhares eram torturados pela perversão sexual de alguns. Ela é fruto da devassidão. Muitos seriais killers mataram em virtude da devassidão. Charles Manson, e tantos outros. Muitas guerras modernas são pretextos para a devassidão manifesta no estupro de milhares de prisioneiras e vitimas de guerra. A escravidão sexual e o tráfico de mulheres da atualidade é fruto direto da devassidão. Na Igreja se há um propósito formalizado de devassidão haverá apropriação dos desejos naturais por poderes espirituais, do mesmo modo que no mundo, ainda que limitado esse efeito (tomara que assim seja) em virtude da Graça sobre a comunidade cristã. O resultado é sempre um desastre de proporções épicas. Vergonha, tristeza, trauma, angustia e vergonha. Igrejas podem ser destruídas pela manifestação da devassidão se isso atingir as ‘colunas’ os líderes, famílias com grande envolvimento nos serviços, que sejam porta-vozes ou cooperadores reconhecidos pela comunidade. Ou ferir de modo profundo à comunidade, se ocorrer nas demais famílias. Seja como for, as vidas dos que se envolveram fica transtornada. O crente em Cristo é chamado para uma vida de NOBREZA de sentimentos. Significa que ele anseia preservar famílias. Que ele suporta situações inconvenientes para não envergonhar ninguém. Procura não ser inconveniente. Tratando com pureza ímpar as pessoas sobre sua responsabilidade. Isso significa que em determinados momentos a solidão não é uma opção. Em outros que uma vida de plena e invejável sexualidade vivida pelo casal não é algo de pouco valor.
SOBRE APC 18.2 E A DEVASSIDÃO O momento assustador deste estudo. ●
Apocalipse 18:2 E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.
O FILME DE HORROR - O CANTO DAS AVES
Esse texto assustador em Apocalipse nos conduz em forma de poesia, como toda profecia do Velho Testamento, a uma visão assustadora. O coito de ‘aves imundas e odiáveis’ nos fala de animais que eram consideradas impuras pelas leis mosaicas e que procuram locais bem inóspitos, úmidos, lúgubres para realização do acasalamento e o fazem de noite, no topo de árvores, em locais assustadores. Os pavões, por exemplo, passam a noite no topo das árvores, e quando ameaçados, é para as árvores que eles fogem. Ao cair da noite, costumam gritar, sendo que na época do acasalamento, seus gritos noturnos se tornam extremamente desagradáveis.
Há uma página da WIKIPÉDIA excelente com som de diversas aves em momentos distintos.
O canto das aves no imaginário popular (http://www.wikiaves.com.br/a_vocalizacao_das_aves)
As aves sempre mexeram com as emoções do ser humano e o fantástico ou o inexplicável muito devem a esses seres emplumados que, dos mais recônditos pontos da mata, lançam os seus cantos diversos com a simples intenção natural de chamar a atenção do ambiente para a sua presença. O homem, na busca incessante pelo conhecimento, ora e meia se esbarra no fantástico para desvendar os pontos obscuros para o alcance de sua época. “Mesmo alguns mitos ditos solucionados - como o caboclo d`água da Zona da Mata mineira, que pode estar relacionado à vocalização da ‘mãe-da-lua-gigante’ – um tipo de ave - perduram nas sociedades em que surgiram, estando arraigados profundamente na cultura popular.
Abaixo uma lista de lendas, mitos ou seres e situações fantásticas em que o canto das aves se mostram na cultura popular e uma deliciosa citação sobre o pássaro cricrió. “Das profundezas da mata, cantando sem parar pela noite ou mesmo em determinados horários do dia. Procurar não adianta, ninguém vê, e é bom mesmo que não se veja, que não se tenha o mínimo de contato. Matinta Perera (ou matinta-pereira (do tupi matintape're), matintaperera, matintaperê, ou saci (do tupi sa'sï, onomatopeia), mati, matitaperê e pitica (Pará), saci-do-campo, sem-fim, fémfém, peitica, tempo-quente, peixe-frito (Bahia), e peixe-frito-seu-veríssimo) é uma manifestação agourenta que permeia o imaginário popular devido ao hábito do ser por trás dela - Tapera naevia de emitir a sua misteriosa vocalização dos locais mais escondidos. Ao menor sinal da proximidade de alguém ou algo que identifique como perigoso para a vocalização, emaranha-se ainda mais na mata deixando assim ainda mais curiosidade e espanto. De repente, andando na mata, ouve-se um bater de chocalho e não dá outra: pernas pra quem te quero! Eis que, ao passar o primeiro rompante as escamas prateadas se mostram em um galho a frente, pousando: é a fogo-apagou! Em algumas regiões do Brasil a Columbina squammata ganha o nome de rolinha-cascavel devido ao som emitido pelo seu bater de asas quando alça voo. É lembrada também na música popular, nomeando a composição de Sá e Guarabyra Fogo Pagô, que traz os versos: Fogo pagô que encantou Levou embora Ai, teus murmúrios na memória… “ (Lenda Tapirapé relatada por Ana Cavalcante Corazolla)” O CANTO DE ACASALAMENTO O canto de acasalamento de determinadas aves de hábitos noturnos pode ser algo assustador. Esse banco de efeitos especiais foi criado a partir de vozes de aves, adicionando alguns efeitos. http://www.soundsnap.com/tags/scary?page=2 O resultado final é digno de filme de horror.
O texto em Apocalipse fala-nos dessa imagem de terror causada pela escuridão onde habita e povoam coisas malditas e amaldiçoadas, atiçando a imaginação, de um modo assustador. Somos levados a imaginar uma cena horrível, em virtude dos gritos assustadores, com grande proximidade da voz humana – em tormento - parecem gritos de dores. Outras vozes, risadas sinistras. (http://macaulaylibrary.org/audio/36550).
SOBRE APC 18.2 BABILÔNIA HISTÓRICA A destruição de Babilônia nos fala da destruição de uma realidade espiritual maligna, simbolizada nessa antiga capital da mesopotâmia, ricamente adornada com jardins e cercada de dezenas de Zigutares, antigos templos a Tamuz e Marduque, completamente adornada de divindades, nas paredes, nos altos-relevos, nas portas dos prédios oficiais, nas suas praças, nas esquinas, nas entradas das casas, em diversos formatos. A babilônia histórica foi destruída em 689 a.C por Senaqueribe, rei assírio. que ordenou que um grande exercito fosse e destruísse a cidade, para vingar a morte de seu filho raptado pela nação de Elam. Babilônia resiste por mais de 15 meses, até que com a ajuda de aríetes, escadas, torres e plataformas de madeira as tropas assírias invadem a cidade arrasam com a população e queimam toda a cidade. A grandiosa cidade tornou-se escombros desabitados, uma cidade fantasma, um cemitério desabitado que com o passar dos anos foi sendo tomado por vegetação, árvores e animais. Por séculos a antiga cidade foi somente uma gigantesca e tenebrosa ruína, que tornou-se uma floresta, cheia de vários tipos de animais.
A capital do Reino do babilônico - Os sumérios eram os habitantes mais antigos da Babilônia - A cidade era um centro religioso e comercial. - A palavra "Babilônia" no idioma acadiano significa "porta de Deus".
Ela estava localizada nas margens do rio Eufrates, perto da atual cidade de Hilla, no Iraque. - Seus jardins foram considerados uma das Sete Maravilhas do mundo antigo. - Haviam oito portões na cidade. A porta de Ishtar era enorme. Possuia superfícies decoradas com figuras de animais (glifos) e os pisos feito de cerâmica ou porcelana. Alguns locais via-se o símbolo do dragão Murdoch em composição de glifos (corpo de um cachorro, uma cauda longa em forma de uma cobra, um pé de leão da frente, os pés de aves de fundo). Deusa Portão Ishtar (deusa do Amor) Iraque
Templo Murdoch está localizado no interior das muralhas.
A Sociedade na Babilônia, foi dividida em múltiplas camadas durante as diferentes eras. Uma camada da aristocracia, que era geralmente incluía funcionários do governo, os sacerdotes, os proprietários de terra ricos e alguns comerciantes. A Classe pública, composta de artesãos, funcionários e agricultores. A Camada pobre formada pelos grupos mais baixos da sociedade babilônica, que moravam em cabanas de junco e lama. Eles estavam usando lama queimada ou secas ao sol para construir suas casas.
Magníficos jardins iniciaram a ser construídos no século VII aC. No meio do deserto da Mesopotâmia, em terra árida, os Jardins Suspensos da Babilônia provavam a capacidade de um homem fazer um oásis de beleza ímpar em meio a vista do mais sombrio deserto, contra todas as leis da natureza. Os jardins do rei Nabucodonosor foram criados como um sinal de respeito (ato de amor descarado) para sua esposa Saramines que, segundo a lenda, ansiava por florestas e flores em sua casa. A cidade possuía uma área intermediária rodeada por jardins e um fosso para repelir os exércitos invasores.
Em homenagem a sua esposa Nabucodonosor construiu seus jardins suspensos, ele queria renovar a cidade de Babilônia, a fim de glorificar sua beleza. Suas paredes possuíam uma altura de 106 metros e espessura de 26 metros
Veja que a antiga Babilônia fora construída ou renovada em virtude de uma história de amor. Quem declara a versão do amor de Nabucodonozor por sua esposa é um sacerdote de Marduque. Outros autores da antiguidade pensam que foi um dos reis assírios que construiu fantásticos jardins em homenagem a uma de suas concubinas (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardins_Suspensos_da_Babil%C3%B3nia). SOBRE APC 18.2 A DEUSA DO AMOR ISHTAR
Prefiro a primeira versão. De qualquer modo Babilônia fora adornada em função de uma história romântica. Uma PAIXÃO. As portas da cidade homenageavam a ISHTAR - deusa do AMOR. Os costumes religiosos incentivavam a PAIXÃO pelos deuses, demonstrada de modo físico. A mulher babilônica era obrigada a perder sua virgindade numa festa religiosa, entregando-se a estranhos, em troca de moedas de pratas, consumando o ato nos Zigurates (templos) e dedicando o dinheiro dessa ‘prostituição sagrada’ ao sacerdócio dominante. SEXO SAGRADO
Essa antiga prática de ‘sexo cultual’ é tratado nas Escrituras. Um célebre mago, praticante de bruxaria, Balaão concede um conselho aos Moabitas para tentarem SEDUZIR a fé ISRAELITA as festividades dos deuses da antiguidade. A ‘adoração’ as antigas divindades de Moabe, assim como de Babilônia incluíam orgias, regadas a vinhos misturados a ervas afrodisíacas. Se o que faziam em Babilônia séculos depois envolvia virgens, teremos a infelicidade de compreender que os rituais que Balaão aconselha envolviam ADOLESCENTES. Moças e jovens que eram instruídos na arte da sedução e que se ofereciam aos homens e mulheres israelitas como uma prática de CULTO. A antiga religião convidada os israelitas a ORGIA como prática RELIGIOSA, ou seja concedia LEGITIMIDADE a uma situação que era somente uma escola de devassidão. SOBRE APC 18.2 CANTARES DE SALOMÃO E O (verdadeiro) SEXO SAGRADO Dentro do cerne do propósito divino para a sexualidade humana há um cuidado profundo com a questão do relacionamento.
O Cântico dos Cânticos não é um hino de exaltação ao erotismo, a sua grandiosa melodia gira em torno do romance. Ele é algo único para a época em que foi criado, num mundo que girava em torno de cultos sexuais. O mundo da antiguidade misturou o desejo sexual, a imoralidade, a devassidão dos desejos e tornou público algo que era para ser mistério. Algo que era para ser íntimo tornou-se um espetáculo e a isso denominou-se de sagrado. Criaram um hibrido de sexualidade exercida como oficio divino público. Descobriram (com pleonasmo) a nudez feminina, transformaram o padrão da exclusividade do amor devido entre o casal, com o amor devido a divindade, ofereceram o que era uma dádiva humana a deuses ou entidades que usurparam para si um direito que não lhes pertencia. Um sacerdócio corrompido pelo desejo deu asas a sua imaginação e “sacralizou” ou tornou “sagrado” ao sexo para que ele pudesse ser usado em rituais em diversas religiões. Só que chamaram algo de “sagrado” que na verdade era “santo”, ou separado, não para os deuses ou espíritos, mas para o ser humano. Essa sutil e macabra inversão de valores seduziu multidões, milhões de pessoas participaram de tais práticas e com isso transgrediram a maior verdade a respeito da realidade sexual humana. SOBRE APC 18.2
O MISTÉRIO DA EXCLUSIVIDADE A exclusividade, o mistério, a intimidade. Por isso a prostituição cultual era tão maligna, porque sua prática era constrangedora para a menina, para o pai, para os parentes. A perda da inocência de uma menina ou de um menino num templo, trazia obrigações e consequências profundas. Mesmo que o sacerdócio corrompido reiterasse tais práticas por milhares de anos em diversas civilizações, o resultado era sempre o mesmo. Angustia, prisão, desterro, perda de laços familiares, vergonha. Em todos os povos o que sobrava depois de anos destas práticas de culto eram mulheres doentes, moças abandonadas por suas famílias. Quando Balaão viu que todos os seus terríveis esforços mágicos foram impedidos, que não conseguiu amaldiçoara de nenhuma forma ao povo de Israel ele deu uma última cartada. Ensinou aos moabitas a convidarem os homens e mulheres israelitas a participarem de cultos com prostituição cultual (com adolescentes). E Israel foi envolvido
num mundo que levaria a nação próxima até dos bacanais romanos. Chegariam a praticar isso - por ‘isso’ estou falando de festa regada a vinho misturado com afrodisíacos e cheia de incomum obscenidade - diante da Tenda da Congregação. E se não bastasse isso, o fizeram posteriormente no INTERIOR do Templo de Salomão.
O mistério que envolve a Igreja e Cristo é que Jesus compreende a Igreja como dele. Não pertence a um grupo de pessoas, não pertence a um ministério, não pertence a um pastor. Pertence a Ele e ele cuida de cada um que a ela pertence de um modo muito pessoal. Próximo. Pertencer a Cristo significa que nenhum outro poder espiritual possui a legitimidade de tomar “confiança”. Ninguém pode “desrespeitar” espiritualmente, a Igreja de Cristo. Ela não pode ser “humilhada”, maltratada sem que haja interferência do Amado. Ela não é uma terra de ninguém. Ela tem dono. Um possuidor. Essa visão de posse é deturpada nas relações humanas até na antiguidade. Os maridos consideravam suas esposas suas “posses”, como “propriedades”. Em algumas culturas tinham o direito de castigá-las, repudiá-las, e até dispor de suas vidas. As mulheres foram tratadas literalmente como “objetos” como “bens” e serviram até como cambio. É uma deturpação da essência do amor, de doação voluntária, do sentimento de pertencer a alguém e de ter a posse do coração. A figura é poética, a sociedade a usou como ferramenta de dominação feminina. Apesar da perversão do conceito, quem se ama exerce a beleza da figura. Porque é fruto de uma entrega voluntária. Sunamita PERTENCE a Salomão. Ela sabe disso. E não pertence a mais ninguém. E Salomão PERTENCE a ela. Ela não se envergonha de ter um “possuidor”. E nem ele de ser chamado de “posse”. Esse sentimento é o que estabelece o vínculo de exclusividade, e a força do CIUME. O Ciume é o sentimento que é fruto da transgressão da condição, ainda que PRESUMIDA, da exclusividade.
12 Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.
Salomão a compara com um jardim, como os muitos que ele edificou. Salomão foi um grandioso botânico, ele ergueu talvez os primeiros parques ecológicos da história.
O JARDIM SAGRADO Os Egípcios, os persas, os gregos, os romanos, os árabes, os sultões indianos, tiveram suntuosos jardins. Um jardim fechado era um jardim exclusivo, que poderia ser religioso, num templo que só os sacerdotes poderiam ter acesso, fosse numa academia ou escola, só para os discípulos, fosse o de uma residência ou de cemitérios especiais, os jardins palacianos ou reais, de exclusivo acesso aos reis. Salomão a compara-a a este último, o jardim de uso exclusivo, guardado, sem acesso a estranhos, privado, onde somente trabalhadores especializados tinham acesso para usufruto de uma única família ou pessoa. O manancial selado é da mesmo modo uma fonte protegida, ou tapada, que possui águas puras mas de difícil acesso, cercada de árvores ou muro, e se tivesse um selo, um fonte exclusiva num propriedade separada. Uma fonte real era somente para uso do castelo, nenhuma pessoa poderia retirar água desta fonte sem autorização real. A essência da união, do casamento é o oposto ao da prostituição. Onde a moça ou o rapaz não pertence a ninguém é de todo mundo, é público, devassado, entregue a sorte, entregue a devassidão alheia, não recebe a honra, senão o desprezo, por ser usufruto de todos ainda recebe a alcunha de coisa sem valor. Quem recebe a dádiva deste amor sexual e do carinho que seria inestimável para uma única pessoa, não o considera como coisa de valor, ainda que por ele pague. Então, voltemos para Babilônia! Ela tinha magníficos jardins, mas estes eram a ANTÍTESE do jardim de Cantares. Seus valores religiosos deturpavam e corrompiam a exclusividade de um amor que deveria ser
テコnico, profundo, romテ「ntico, permanente, benigno, afetuoso e transcendente. Paulo ainda acrescenta sacrificial quando fala do amor dos esposos pelas suas esposas, ao recomendar que elas devam ser amadas como Cristo amou sua Igreja. SOBRE APC 18.2
A BABILテ年IA ESPIRITUAL
A Babilônia HISTÓRICA foi destruída, mas uma outra ESPIRITUAL permanece de pé. Assim como a Jerusalém terrestre é símbolo de uma Jerusalém celestial, ela é símbolo de uma realidade espiritual que envolve o mundo. Para compreender o que ela é, o que o seu símbolo representa é necessário olharmos para a Jerusalém Celestial. O CONTRASTE Hebreus 12 22 Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, 23 à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados,
Babilônia é a antítese deste texto. Veja como vai ficar se eu substituir os termos por seus contrastes:
22 Mas vocês chegaram ao abismo, à Babilônia espiritual, à cidade do deus deste século. Chegaram aos milhares de milhares de espíritos malignos em infeliz reunião, 23 à Sinagoga de Satanás, filhos das trevas, cujos nomes NÃO estão escritos nos céus. Vocês chegaram ao diabo, enganador de todos os homens, aos espíritos dos injustos pervertidos.
Creio que isso dá uma idéia razoável sobre o que significa o termo. Basicamente um retrato das trevas, uma cidade que simboliza as potestades do mal, o reino passageiro, a operação maligna, etc e tal. A PROSTITUTA ‘VAMPIRA’
Em outro momento em Apocalipse Babilônia será representada por uma PROSTITUTA com um cálice na mão, bêbada, sentada sobre uma besta escarlate, um dragão. RESIGNIFICANDO A PROSTITUIÇÃO Veja que a realidade espiritual que ela representa de novo trafega dentro das águas da sexualidade humana deteriorada. A prostituição é a deterioração do ROMANCE, é o cumulo do egoismo sexual humano, é a coroação do estado de devassidão. Quando alguém é destituído de PERSONALIDADE é é tornado um OBJETO de prazer nas mãos de quem a usa para seu prazer e depois de PAGAR pelo ato sexual, que é uma das coisas mais importantes da vida humana, por isso também um bem PRECIOSO, que envolve o segredo, a virtude, o desejo, o amor, a paixão, os afetos, carinhos e intimidade, sendo PAGOS como ‘prestação de serviço’ para um posterior abandono. O prostíbulo é uma pequena casa dos horrores, onde moços e moças vão perdendo sua identidade, sua história, sua inocência e a beleza da intimidade é transformada num ato de insanidade – como diria Ferdinand o pato de ‘Baby um porquinho atrapalhado’ – em nome da DEVASSIDÃO. A prostituta bêbada
é ao mesmo tempo a cidade assombrada onde aves entoam cantos assustadores, onde finalmente leremos pela primeira e ultima vez nas Escrituras a mais fatídica das expressões: “coito de todo espírito imundo” A OPRESSÃO E A DEVASSIDÃO Esse termo associará de modo absoluto a questão do envolve espíritos malignos e a existência de influencia espiritual sobre a sexualidade humana. O termos remete novamente aos ‘’monstros” que estão fazendo sexo na escuridão, representados pelas ‘aves odiosas’ que gritam no meio da escuridão. Espíritos não possuem corpo, e anseiam por ter, habitar, conectar-se a um corpo – conforme a parábola da casa desocupada falada por Cristo "Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso e, não o encontrando, diz: 'Voltarei para a casa de onde saí'. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro".
Lucas 11:24-26 Uma interação entre os espíritos malignos e a alma/espírito humana, lhes comunica algo de nossa humanidade que lhes é prazeiroso. A operação maligna opera sobre as paixões humanas, participa delas, as inflama, as desnorteia. As domina. O resultado da devassidão é muitas vezes a OPRESSÃO MALIGNA. Pessoas são ‘forçadas’ a determinados comportamentos através dessa companhia, influencia, cooperação, atuação em algum nível. O poder das trevas pode usar a sexualidade humana para escravizá-lo e até mesmo destruí-lo. Por isso todas as linhas mágicas do mundo possuem feitiços relacionados a paixão. Milhares de pessoa buscam através de contato com entidades espirituais a solução para suas crises sentimentais, resolver sua solidão com uso de poderes espirituais. SOBRE APC 18.2 A FEITIÇARIA E A DEVASSIDÃO
Mesmo para isso tenham que SUBJUGAR a vontade alheia, PRENDER, ACORRENTAR através de algum tipo de bruxaria ou sortilégio. Em muitas religiões e correntes místicas e espiritualistas veremos pessoas em transe que ao serem dominadas por forças espirituais agem de modo sensual. Temos nas religiões africanas espíritos ou entidades, como são denominadas, cuja sua atuação é percebida na sua manifestação. Algumas são nomeadas e pastores brasileiros usam os nomes dados por religiões africanas para classificá-los, até para expulsá-los. A questão de nomenclatura é irrelevante, cada cultura e era lhes designou de modo diferente, o que importa é que a devassidão é um dos caminhos que conduz a tais espíritos imundos. E a santidade é o caminho que afasta-nos deles. A outra questão é: Determinado nível de sofrimento individual de alguém que é confrontado com desejos e pensamentos inquietantes que lhes desesperam, que trazem angustia, que geram sentimentos de vergonha, que tiram a alegria, vindo em ondas, em momentos inconvenientes, estão relacionados a poderes espirituais. A Igreja vive num mundo devasso, significa que em todo momento alguém em algum lugar poderá DESEJAR você, usando expedientes ilegítimos para isso, sedução, afronta, submissão, ( assédio sexual - A Organização Internacional do Trabalho – OIT – definiu o assédio como atos de insinuações, contatos físicos forçados, convites impertinentes, desde que apresentem umas das características a seguir: a) ser uma condição clara para dar ou manter o emprego; b) influir nas promoções na carreira do assediado; c) prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima) e mesmo poderes espirituais das trevas. Significa praticar bruxaria, fazer encantamentos, buscar das Hostes, Potestades, Poderes ou Soberanias influencia sexual sobre um cristão. Ai entra em cena seu comportamento, sua atitude: Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, 5 sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. 6 Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos E se essa pessoa cristã desobedecer ao texto dando lugar a impureza estará sujeito aos poderes espirituais. Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço. Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram. 1 João 2:10,11 A igreja possui hoje pessoas vivendo em tremendas angustias sexuais, que necessitam de intercessão. Elas estão sendo oprimidas por forças externas, muitas vezes sem compreender que alguém, um familiar, um colega do trabalho, uma pessoa desconhecida e má intencionada está PRATICANDO CONTRA ELA um ritual maligno. Apocalipse 18.2 e Apc 17.3-6 - a prostituta bêbada - se fundem numa perversa visão Se você olhar para o Apocalipse para as mãos da prostituta bêbada sentada sobre a besta escarlate você verá um cálice cheio de abominações. E vai descobrir que ela não está bêbada pelo que o cálice contém...
E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação;5 E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. 6 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendoa eu, maravilhei-me com grande admiração. Apc 17.3-6
A prostituta bêbada só segura o cálice cheio de porcaria. Mas, o que a embriagou não estava no cálice. A VAMPIRA ficou bêbada de outra coisa. Com o sangue dos SANTOS e o das TESTEMUNHAS de Jesus. Temos a tendência para lançar para o FUTURO DISTANTE as profecias de Apocalipse. Só que parte dele acontece ao nosso redor todos os dias. A prostituta que vemos bêbada lá no final de todas as coisas e na época de seu julgamento não ficou bêbada no AMANHÃ. Ela está se
embebedando HOJE. Está se embriagando já tem algum tempo. Desde antes da vinda de Cristo á terra. Essa vampira quer beber o NOSSO SANGUE. Quer nos FERIR HOJE. Significa que a nossa luta não é simplesmente humana – e o resto você já está cansado de saber.
Significa que quem está namorando duas moças ao mesmo tempo está sendo olhado carinhosamente pela vampira de Apocalipse. Significa que quem está em adultério vai sentir cedo ou tarde os efeitos de um confronto espiritual devastador. Pastores que estão tendo um relacionamento ilegítimo sentirão a perda da unção, da autoridade e enfraquecerão. Quando perdemos SANGUE nós enfraquecemos. Se você já doou sangue, sabe que em algum momento aquele meio litro vai fazer uma falta considerável e seu organismo irá reclamar. Após um acidente uma pessoa ferida tem pouco tempo para estancar o ferimento se tiver um grande sangramento, porque é levada a inconsciência em questão de minutos. Busque a integridade espiritual, desvencilhe-se de situações de ilegitimidade sexual, não busque uma situação em que você não terá controle sobre si mesmo, não envergonhe alguém sobre sua responsabilidade profissional, pastoral, fraternal. Temos hoje milhares de famílias onde padrastos abusaram de suas enteadas. Onde pais abusaram de suas filhas. Temos situações onde pais obrigaram suas filhas a prostituição – no mundo exterior á igreja. Mas, temos em muitos igrejas locais coisas que não deveriam estar acontecendo dentro delas ou gente envolvida numa prática de devassidão. Havia numa determinada igreja uma advogada que possuía uma casa de prostituição. Ela viveu anos participando dos cultos sem que ninguém soubesse. Até que se aproximou de uma mulher que ficara viúva a poucos dias e fez a ela uma proposta indecente para que ela pudesse continuar a ganhar a vida. A convidou para ser uma
mulher de programa. Isso a revelou. Eu era um adolescente na época, convivi com essa pessoa! E só vim ouvir essa história muitos anos depois que já não frequentava mais a antiga denominação.
Há o mundo das redes sociais, das câmeras e sites de vídeo, a divulgação de imagens por aplicativos tipo whatzap, salas de bate-papo, mundos virtuais de interação em tempo real e outras ‘criativas’ formas de interação humana que podem ser canais de práticas do desejo. Permita-se sempre afastar-se de tudo que for inconveniente, sempre preservando a idoneidade e a intimidade alheia. Preserve a identidade, o nome de seus irmãos. Preserve ministérios, vidas. Não exponha a ninguém em situações indecorosas, aconselhe. Nunca permita que a seus interesses mesquinhos, que sua raiva, que sua inquietação ou vaidade arrisquem a HONRA alheia. Tornou-se comum a gravação e a exposição de adultérios nas redes sociais, mesmo envolvendo líderes. Há uma espécie de prazer inato na ‘delação’ na declaração do ato espúrio, na disseminação de atos libidinosos. Muitos problemas íntimos são tratados de modo público, por pessoas que deveriam ter tomado atitudes de discrição e proteção da família que foi exposta com vulgaridade. A PROTEÇÃO DA INTIMIDADE Levítico 19:16 Não serás um divulgador de maledicências a respeito dos teus e não sujeitarás a julgamento o sangue do teu próximo. Eu SouYahweh. Provérbios 11:13 O fofoqueiro trai a confiança de quem quer que seja, mas aquele que guarda um segredo merece crédito. Provérbios 25:9 Busca resolver tua causa diretamente com o teu próximo, mas não reveles qualquer segredo de outra pessoa,
Existem situações que não são de nosso interesse. E nem do de ninguém. Somente das pessoas que estão envolvidas nele. Outras em que só podemos tratar com as pessoas envolvidas. Se você envolveu-se numa situação de devassidão, num caso amoroso, numa paixão de qualquer gênero, numa situação ilegítima, esse problema pertence somente a duas pessoas. A você e a quem estiver envolvido na situação. Jamais revele uma situação pessoal de outra pessoa para ninguém. Isso diz respeito aos esposos e esposas que adulteram também. A pessoa que sofreu o dano jamais deve PUBLICAR os feitos de quem ama e deseja PRESERVAR se houver arrependimento e desejo da continuação de seu casamento. E nem PUBLICAR os feitos da pessoa que foi envolvida. Porque não deve revelar o segredo de OUTRA pessoa ainda que isso tenha afetado você.
O esposo ou a esposa que um dia cometerem um ato de devassidão estão diante de um tremendo dilema moral e espiritual. Se SEGUIR ao que está escrito em PROVÉRBIOS então necessitará guardar de todos, inclusive do CONJUGUE a besteira que cometeu. Significará CONTUDO guardar um segredo para o resto de sua vida. E conviver com isso. Preservará de uma decepção seu conjugue e preservará a pessoa que foi envolvida. Mas, sofrerá sozinho a afronta cometida. Não existe a OBRIGATORIEDADE bíblica da confissão de todos os segredos do esposo para a esposa ou vice-versa. Eles podem guardar seus mistérios, muitos dos quais nem estão conscientes. Podem decidir contar algo de seu passado que ainda não contaram em qualquer momento da vida, ou sequer mencionarem o fato. Podem escolher um tempo propício para revelar um segredo guardado, pode ser imediatamente, ou anos após o que aconteceu. Não seja direcionado por minha opinião nesse assunto e nem pela do líder de seu ministério de casais. Vá ao Espírito de Deus. Converse com ele. Receba dele uma orientação que pode ser diferente do que exposto aqui. – perceba que eu enfatizei o segredo.
Compreendo que quem guarda seu conjugue de algo que vai feri-lo, e que já não faz parte de sua vida, não está agindo de modo irresponsável. Desde que tenha MUDADO PERMANENTEMENTE E DEFINITIVAMENTE sua conduta. Viver num estado de duplicidade, de envolvimentos devassos é viver sangrando pelo Caminho. Significa entrar em BABILÔNIA por um dos seus portões consagrados a deusa Ishtar.
Significa virar bebida para a vampira de Apocalipse. Significa anular seu crescimento e tirar grande parte da alegria de viver como uma criança. A PUREZA é uma dádiva necessária. Busque-a e viva nela!
Paz.
Welington
O Tocar e a Igreja de Cristo
Veja o trecho de reportagem abaixo de Cristina Papaleo Fonte: Deutsche Welle Online, Bonn – Redação Brasileira 27 02 2006
Carinho para combater a pobreza emocional
Tocar e ser tocado são necessários para o bem-estar físico e emocional do ser humano. Quando somos crianças, nos comunicamos sobretudo através da linguagem corporal mas, quando adultos, a linguagem predomina. Cada vez menos "falamos" através de expressões de carinho, por meio de gestos, das mãos. Na era da internet e para contrabalançar as conseqüências da sociedade virtual, florescem no Primeiro Mundo as "festas da ternura". As cuddle parties ficaram famosas há alguns anos em Nova York, introduzidas por um professor de judô, Reid Mihalko. Logo o fenômeno se espalhou por várias cidades européias.
Nas "festas do abraço" se oferece o contato para os que têm "fome de pele". Os participantes começam conectando-se consigo mesmos, depois com o chão, e, em seguida, com aqueles ao seu redor. Explorando dedos, mãos, cabeças.
Nesta "terapia da ternura", alguns se massageiam, outros se acariciam, enquanto há os que simplesmente permanecem quietos. O "intercâmbio energético" acontece em local protegido, o que parece satisfazer a busca de muitos participantes. Estranho? Eles se reunem pra se abraçar. Logicamente que o contato DEMASIADO gera em alguns desejos sexuais e APÓS a dita festa eles se encontram para namorar. Porém tais reuniões mostram EFETIVAMENTE a carência de afeto, não suprida nem por parte dos pais, nem dos amigos, associações, clubes, colegas, oficinas do trabalho e nem por ninguém. O mundo e as pessoas carecem de carinho e cuidado. O afeto manifesto através do toque foi deturpado por visões psicológicas numa entidade sexual degenerada. Sigmund Freud, pai de determinada ideologia da psicanálise, resumiu todo tipo de contato físico a uma interminável busca do ser humano pela realização sexual. Até a necessidade dos bebês de serem tocados foi incluído como "ato sexual" em sua psicanálise pervertida. A revolução sexual da década de sessenta, assim como a contínua degradação dos padrões morais, acompanhada no paradoxo de uma moral religiosa que quase proíbe o afeto natural, não cooperaram em nada no que diz respeito a necessidade humana de afeto. São duas correntes ideológicas: O liberalismo de um lado e a negação completa do afeto em nome de conceitos religiosos - releitura dos epicureus e dos estóicos, agindo como dois lados arranhados de um mesmo disco (essa metáfora é o mais impressionantemente exemplo de anacronismo de toda a história da literatura deste humilde blog). A sociedade por sua vez, manchada pelo capitalismo, aumento de violência, convulsões sociais, isolacionismo social aperfeiçoado pelos games, internet, condomínios fechados, segregação sociais diversas, segregações raciais, conflitos religiosos, caminha francamente para a perda completa de valores que aperfeiçoem esta necessidade. Não se ensina ou se leciona nas instituições acadêmicas a necessidade de afeto. Não há a cadeira Carinho - nas disciplinas obrigatórias que formarão os futuros pedagogos. A Igreja de Cristo recebeu um compromisso de amar ao próximo, de mostrar afeto, de exercitar sua pureza e manifestar carinho como INSTITUIÇÃO. Uma congregação cujos membros não se abraçam, onde o distanciamento segue normas comportamentais culturais ou oriundas de ética religiosa estão vivendo á margem do que poderia estar vivendo. Como o tocar é essencial para o desenvolvimento humano, a perda do toque ocasiona esfriamento das relações. Um dos mandamentos legados pelo apóstolo Paulo: Paulo faz questão de lembrar o modo como os irmãos em Cristo deviam saudar-se : “com ósculo santo” Romanos 16:16; II Coríntios 13:12; I Tessalonicenses 5:26 Saudação afetuosa de beijar no rosto. A igreja deve ser conhecida pelo amor e afeto derramado, por ensinar os pais a abraçarem e amarem seus filhos adolescentes, por ensinar os adolescentes a abraçarem aos anciãos, por ensinarem aos jovens a abraçarem uns aos outros. Uma igreja sem afeto é uma igreja cujas relações humanas são oriundas de impessoalidade, ou de orientações ou pregações que enfatizam mais a pecaminosidade do que a necessidade da pureza. A família de Cristo deve aprender a ser afetuosa e carinhosa, mantendo padrões de conduta e vigilância aos que são de fora.
A pureza é um dom, o afeto de irmãos, de parentesco, ou de querer se aproximar sem intenção sexual é fruto de operação continua do Espírito Santo, e do desejo de amar sem embaraços. As faixas etárias devem ser respeitadas, e quanto mais próximas forem as pessoas, quanto maior o nível de amizade, essa cortesia de sorrir, brincar, tocar-se de alguma maneira deve ser incentivado. Seja pelo aperto de mão do contato inicial, seja pelo beijo de despedida ou na chegada, seja através do aceno, manifestar de modo visível a alegria de estarem juntos.
Para que um dia os membros das igrejas não necessitem ir as grandes capitais do mundo em busca do Free Hugs (A "Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Gratís) é uma campanha iniciada em 2004 em Sidney, Austrália por Juan Mann e amplamente divulgada em 2006 através de um videoclip no You Tube. Envolve pessoas que oferecem abraços para estranhos em locais públicos. A campanha é um exemplo de um ato de bondade e humanitário executado por alguém cujo objetivo é apenas fazer as pessoas se sentirem melhores.)