Efésios 3 14 20

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Efésios 3.2-14-20 Por essa razão (charin), ajoelho-me diante do Pai (pater),

(Miss Tailândia ajoelhando-se diante de sua mãe em agradecimento) 15

do qual recebe o nome (onomazo)


toda a famĂ­lia (patria)

nos cĂŠus (ouranos)

e na terra.(epi)


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Oro para que,

Segundo as riquezas (ploutos)

de sua gl贸ria (doxa),


ele fortaleรงa (krataioo)


o homem interior (iner anthropos)


com poder (dynamis),


por meio do seu EspĂ­rito (pneumas),

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para que

Cristo (Xristos)


habite (kaitokeo)- habitar permanentemente, fixar residência – o grego possuía um termo - paraiokeo – para habitação temporária.


em seus coraçþes (kardia)


mediante a fĂŠ (pistis);


e oro para que vocĂŞs,


arraigados (rhizoo) - Os tempos verbais do grego indicam se ação se concluiu ou não no passado. Rhizzo é um verbo que tem uma ‘raiz’ de ridza – raiz. E significa enraizar.


e alicerçados (themelioo) - Vem de tithemi – Por em prática - Themelioo significa ‘colocar uma fundação no lugar’.

em amor (aghapê), - No grego temos outras palavras para amor – Eros – a paixão, o amor conjuga, o amor romântico – Filos (philos) – o amor entre irmãos


e amigos chegados, próximos significa – amizade. Aghape seria uma afeição maior que philos e que Eros, amor profundo, que está além da amizade, podendo chegar ao sacrifício.

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sejam capacitados (exischyō),


para com todos (pas)


os santos (hagios),

compreender (katalambanĹ?)


a largura (platos), As pessoas, o mundo das gentes, a humanidade talvez não tenham compreendido ao enredo de sua própria história firmada a base de um amor transcendente e absurdo. Firmado na aposta de vida de um Deus imortal, que misturou-se, amalgamou-se a história de sua própria criação. E que amou a humanidade como um homem apaixonado, e que dela construiu uma grandiosa parte de sua própria história. Se a Igreja de Cristo morresse, ou se toda ela se desviasse e rejeitasse ao amor de Cristo, com ela, junto dela iria uma parte colossal, imensa, profunda e de valor infinito da existência de Deus. Tudo que Deus fez no Universo lembra DELA. Todas as suas obras, todos os seus planos e mesmo todos os seres vivos. Deus impregnou o DNa dos seres viventes, as estruturas espirituais que formam os anjos, com as lembranças e as ternuras para com sua Amada. Cada estrela do universo que Ele conhece pelo nome fazem referencia a Igreja. Cada pedaço da eternidade, cada ato sacerdotal realizado por anjos no invisível, lembra dela. A Igreja não é a soma das denominações, é o espelho de almas que creram em Jesus e que ao serem convidados pelo Espírito Santo estenderam suas mãos. Disseram - sim! - ao pedido de namoro celestial, à solicitação de noivado divino, e o amaram, nele esperaram e por ele decidiram viver. Essa é HOJE a história divina. Seus olhos não se voltam para o trono. Nem para as galáxias. Nem para o amanhã. Seus olhos queimam numa só direção. Para aqueles que são hoje uma assembléia de gente purificada, feita de espíritos de justos aperfeiçoados, sem o qual tudo o mais, anjos, arcanjos, Querubins e Serafins já não farão qualquer sentido.


o comprimento (mekos),


a profundidade (bhatos),

a altura (hypsos),


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e conhecer (gynosko) de modo experimental

o amor (agapĂŞ) de Cristo


que excede (Hyperballo)

todo conhecimento (gnosis)! para que vocĂŞs sejam cheios (pleroo)


de toda a plenitude (pleroma)

de Deus (theos)

.



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Àquele que é capaz (dynamai) – Dunamis- de onde se origina o termo

dinamite

de fazer abundantemente (ek)


mais, (hyper) acima (hyper)

de tudo (pas)


o que pedimos (aiteo)

ou pensamos (noeo),

de acordo (kata) com o seu poder (dynamis)


que opera (energeo) – de onde origina a palavra energia

em nĂłs (hemim).


Nós necessitamos saber. Necessitamos desesperadamente compreender a extensão do amor de Cristo. E quais são os recursos admiráveis, que riquezas celestiais além de nossa compreensão, nos foram destinados. O mistério de uma fé que se eleva do lugar comum e que nos conduz a coisas extraordinárias é fruto de uma compreensão profunda do amor agora manifesto, presente, imanente, permeando, enchendo, envolvendo nossas vidas, permanentemente. Somente se nosso espírito, nosso homem-interior, for fortalecido pelo poder do Espírito de Deus poderemos avançar na dimensão das coisas divinas. A intercessão, a meditação nas Escrituras, a oração da igreja, a adoração, a comunhão da Igreja em Cristo, a operação milagrosa, a manifestação dos dons espirituais, são recursos para que o Espírito de Deus possa conceder-nos sua energia para sermos cheios de poder.


Pelo Poder do Espírito nós avançamos a mais profundos patamares de entendimento, na medida que nosso coração é sensibilizado, tocado, transformado; nossos olhos são espiritualmente abertos, e o efeito é o de sermos ENRAIZADOS na natureza do Espírito. E partir daí, habitando definitivamente no amor, podermos exercer o poder de Deus. A igreja recebe como parte de sua identidade, uma filiação, uma adoção que lhe lega o nome do Pai. Nós recebemos a mesma identidade de Cristo, o poder de invocarmos coisas celestiais, porque recebemos UM SOBRENOME NÃO NOMEADO. Como o PAI é nomeado? Qual o NOME da DIVINDADE? Qual o nome divino? No antigo Testamento Deus revelou um tetragrama, o “Eu Sou” que é na verdade um título. El, Elohim, Jeová Tsdkenu, El Elion, Yawheh, Adonai, todos estes nomes revelam-nos atributos divinos. Mas há um mistério de como o Pai é conhecido nos céus. Esse mistério é tratado no Velho Testamento quando o pai de Sansão pergunta o nome do ser celestial que faz promessas sobre o nazireado do seu futuro filho. O anjo responde: Porque perguntas pelo meu nome, visto que ele é maravilhoso? A palavra ‘maravilhoso’ vem de uma figura que significa ‘cheio de mistério’. Apocalipse fala de que Jesus possui um nome que nós desconhecemos. Um nome o qual não nos foi revelado. Apocalipse 3 12 Farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus, de onde jamais sairá. Escreverei nele o Nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu da parte do meu Deus; e igualmente escreverei nele o meu novo Nome.

O que lembra o seriado da BBC cujo tema é Doctor WHO – ou Doutor “Quem”, sobre um misterioso viajante do tempo cujo nome é um segredo escondido numa galáxia distante e que poucas pessoas do universo conhecem verdadeiramente.


Nós chamamos a Deus de PAI, SENHOR e DEUS. E chamamos ao Filho de Jesus. Jesus é a forma grega, IESOUS, do nome Josué ou Yoshuah. E significa – Salvação. Apocalipse nos diz que esse ainda não é o nome pelo qual o conheceremos no AMANHÃ, ou na eternidade. Ou seja, conhecemos ao mistério de CRISTO através de nomes temporários. Ou concedidos durante essa fase da história humana. Não que eu imagine deixar de chamar Jesus de Jesus em algum momento do futuro distante, porém nós carregamos em nossas vidas um mistério. Esse, de um sobrenome celestial. Já somos conhecidos como participantes desta família celestial. Resumindo, possuímos, através de Cristo, um SOBRENOME desconhecido. Ao nos tornar UM com o PAI e com Ele. O texto revela-nos que a família celestial, somada a que está na terra possui um SOBRENOME, uma herança, uma tradição, uma DIGNIDADE que é inerente a Igreja. Que está nela, que pertence a ela. Tomamos por herança o nome de nossos pais. É direito legado no nosso nascimento. ‘do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra.’ Paulo recebeu uma revelação do Espírito e ora para que O PAI, por meio das suas grandiosas riquezas, pudesse fortalecer o espírito humano de modo sobrenatural, por meio de PODER ESPIRITUAL.


‘Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito,’ Compreendendo que a finalidade disso era produzir - kaitokeo - uma ‘habitação permanente’ de Jesus no espírito/coração do crente.

17 para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; Esse mistério – que Isaías chamou de EMANUEL – Deus conosco – só acontece mediante a fé. É a fé que abre as portas, que estabelece o caminho para a entrada de Cristo e sua permanência em nossas vidas. A fé une o espírito humano à Palavra Escrita, gera um CAMINHO, uma PONTE ente o espírito humano e o Espírito de Deus. A perda ou a ‘destruição’ da fé é denominada de APOSTASIA nas Escrituras. Paulo estabelece como premissa para o que virá depois, um profundo amor. Um amor compartilhado pelo Espírito conosco, um amor extravasado da presença de Cristo, um amor humano e espiritual. O que virá depois DEPENDE DESESPERADAMENTE disso.

e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor. Paulo anseia que a Compreensão e o Conhecimento sejam concedidos à igreja. Katalambanō e gynosko.

Ele deseja que a Igreja compreenda (Katalambanō) a plenitude do amor de Cristo – em todas as suas dimensões. E que também o conheçam (gynosko) – no sentido de EXPERIMENTÁ-LO. 18 possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, 19 e conhecer o amor de Cristo. Mesmo sabendo que isso não seria possível de um modo absoluto. Porque ‘excede todo conhecimento’, E a finalidade disso TUDO seria nos tornarmos semelhantes a Cristo. Sermos completos espiritualmente, sendo plenos de TUDO que Deus pode realizar através de nós. Sermos plenos de tudo que podemos experimentar de Deus. Sermos plenos de tudo que podemos CONHECER e COMPREENDER de Deus.

para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. E a partir daí, realizarmos coisas maravilhosas em Deus, com base no tremendo e magnífico poder que AGORA já opera em nós e através de nós.

20 Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós,


Eu não desejo o que você possuiu Eu não espero o que você é E as tuas obras passadas Não penso em encontrá-las! Eu não imagino viver dos teus medos Eu não anseio esperar em tuas dores Eu não acredito na desesperança Das tuas angustias! Eu não habito na voz de teu medo! Eu não habito pedaços de sonho Eu não posso ser contido Pelos teus abismos! Eu sou a fonte da vida e do riso


Eu sou a voz que encanta tua alma Eu faço luz quando espirro E raios quando eu grito! Eu encho o céu deste canto dos anjos Eu encho os céus de tamanha algazarra Que ainda hoje ouvem o som Do meu primeiro grito! Eu sou a força que estabelece a vida Eu tomo, à força, nas mãos Ao inimaginável! Não vivo em meio a destroços Tudo que eu toco, renovo E não pense que em você, eu farei diferente! Eu vou encher essa alma e a tua vida Eu vou tratar com poder, tuas feridas Vou resgatar tua voz E as tuas canções! Te chamei para a glória Convoquei-te pra mim! Eu que falo e que comovo Até mesmo aos Querubins! Eu já falei uma vez Com tamanha alegria Que no universo inteiro Ainda ecoa a voz! Vou te encher por inteiro Vou te amar em desespero Eu vou romper os grilhões Que escravizam minha Criação Eu romperei o Universo Eu farei novo o amanhã Eu derramarei dons


E em graça te ajudarei Essa tua mão direita Estende Essa tua mão esquerda Levanta Recebe unção e sê cheio De virtude e de Poder! Meu coração te aguarda Eu anseio te ouvir E tua voz queimará Como o fogo dentro em mim! Deixa de lado o teu medo. Eleva a voz sem receio Queime a terra Com tua oração.

ANEXO Durante o período clássico a língua grega era dividida em dialetos, sendo os principais o Dórico, o Aeólico e o Iônico. No quinto século a.C., uma divisão do Iônico, o Ático, Alcançou supremacia sobre os outros. O Ático era a língua de Atenas durante o seu período de glória; era a língua de Platão, Demóstenes e outros grandes escritores. Atenas foi conquistada por Filipe, macedônio, e o grego também conquistou os macedônios. A conquista de Alexandre significou a conquista do Ático. Os Romanos conquistaram o mundo, mas também adotaram o grego como a principal língua do império, seguida pelo Latim. O grego sofreu uma grande adaptação a nova situação, recebendo influências de outros dialetos gregos, bem como das línguas estrangeiras conquistadas. Esta nova língua chamava-se “KOINÊ” ou “Comum” por ser a língua comum no mundo civilizado. A Septuaginta, O Novo Testamento e documentos dos Pais da Igreja mostram que o “Koinê” era a língua usada em 300 a.C., até 500 d.C. O


Koinê do Novo Testamento é mais similar a língua falada da época do que a língua usada na literatura clássica da época.

Welington José Ferreira


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