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MABON EQUINÓCIO DE OUTONO

O sentimento expresso no ritual de equinócio de outono pode variar de acordo com as tradições e práticas específicas de cada cultura ou religião que celebre essa data. No entanto, um dos sentimentos comuns associados ao equinócio de outono é a gratidão pela colheita do ano anterior e pela abundância que ser recebida no outono e inverno que se seguem.

Além disso, pode haver um sentimento de reconciliação com a natureza e uma apreciação da interconexão entre todos os seres vivos.

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Os dias e a noite, mais uma vez, estão equilibrados, com a mesma duração. Mabon, o equinócio de outono, momento em que as bruxas se reúnem para celebrar a colheita em todos os seus campos, festa conhecida como um dos Sabá da Roda.

Este Sabá acontece por volta do dia 21 de Março no hemisfério Sul. A natureza se prepara para o inverno, retrocede, recolhe sua fartura, e o Deus das Bruxas prepara sua caminhada até o submundo.

MABON

20, MARÇO/2023

Palavras-chaves:

2ª Colheita

Abundância

Gratidão

Conexão

Os Deuses são honrados através de novas oferendas, e neste momento os Wicas agradecem pelas abundantes colheitas e pelas lições aprendidas. Nesse tempo de equilíbrio em que as sombras começará aos poucos a dominar a luz, o poder Solar.

Como tudo na natureza que se movimenta de forma cíclica, podemos observar o tempo de nascimento, crescimento, morte e renascimento em Mabon.

A mensagem de renascimento, nesse Sabá, pode ser encontrada na semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para haver alimento, garantindo aspectos de fartura ao seu povo e promessas de uma nova vida.

No México há um espetáculo popular que atrai grande número de pessoas para testemunhar a união do mistério e da sabedoria da antiga cultura da magia no equinócio de Outono. Esta união representa a lenda de Kukulcan, uma interpretação arquetípica dos processos da vida e da morte, um Deus que faz uma viagem ao mundo inferior para fornecer bênçãos para boa colheita e saúde ao povo.

Um Deus chamado Mabon ap Modron ou Manopos, uma divindade cujo nome está relacionado com o Deus Romano-britânico Maponos, pode esclarecer a respeito da origem do nome desse Sabá. MAPOS em gaulês significa menino ou filho, em Irlandês antigo o sufixo Mac também significa filho.

Esse Deus por vezes também é conhecido como Angus Mac Og, o Deus da juventude, do amor, da beleza e da inspiração poética entre os Tuatha de Dannan, o qual se transforma em um cisne que é a representação da imortalidade da alma. Maponos era outra forma de Lugh, o Deus do milho.

Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em lugares rurais, portanto, acredita-se que o Dia da Ação de Graças é um resquício desse antigo culto das bruxas. Os rituais pagãos não são mais vistos com tamanha importância devido às facilidades do dia-a-dia, pois atualmente a obtenção de recursos não é tão preocupante como nos dias passados. Você não precisa mais arar e colher, pois pode ir direto ao supermercado com facilidade e escolher o que deseja, dependendo da quantia disponível em seu bolso.

Ainda assim, as bruxas seguem a tradição, conhecem suas raízes, herdaram o conhecimento oculto e puderam reconhecer que não era apenas a lida da agricultura que havia estabelecido a Antiga Religião.

Os verdadeiros valores estão ligados aos símbolos e características percebidas pelos sentidos durante o seu desenvolvimento na prática mágica.

No entanto, também reconhecem na Natureza que algumas plantas são associadas à Mabon, como a aveleira, o milho, as bolotas de carvalho, as folhas de outono, os ramos de trigo, os cones de pinheiro, e que possuem a máxima representação do Deus.

A conclusão da colheita, a saudação ao poder decrescente do Sol, o das mulheres e uma divindade do casamento, maternidade, amor materno e fidelidade.

Ela regia as colheitas, o milho, o arado, as iniciações, a renovação, o renascimento, a vegetação, a frutificação, a agricultura, a civilização, a lei, a filosofia da magia, a expansão, a alta magia e a terra.

De acordo com outros contos, Zeus quebrou um dos chifres da cabra de Amaltheia e dotou-o com os poderes: sempre que o possuidor desejasse, ele podia instantaneamente ser preenchido com aquilo que foi desejado. Esse chifre foi comumente chamado de Cornucópia de Amalthea, que desempenhou um papel notável nas histórias da Grécia e foi utilizado nos últimos tempos como símbolo da abundância.

Este símbolo é condizente a representação de Mabon, cuja fartura brota de um chifre.

O vinho que preenche o cálice é consumido entre os Sacerdotes da Arte, esse que é a representação do sangue das uvas colhidas, ou o sangue do Deus. O vinho que é abençoado podendo conceder vida eterna, a união entre corpo e alma, a comunhão mística.

A Deusa é vista pelos Wicas, como a receptora da semente do Deus. Aqui, Ela é como a Senhora dos Portais para a vida e o renascimento, por isso é geralmente concebida nos rituais como a Grande Mãe.

O ritual de Mabon proporciona, dentro de outras coisas, a reflexão de nossas ações sobre o que foi plantado durante todo o ano, a reflexão da escolha das nossas sementes, observando que cada coisa na vida tem o seu tempo.

Os mitos nos auxiliam tradicionalmente, de um modo geral, a nos associar aos festivais, conectando-nos aos mistérios da Arte, de forma a resgatar dentro das práticas mágicas a atribuição dos seus significados e da compreensão dos seus simbolismos.

M A B O N M A B O N

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