OSTARA 2022 - BTW

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OSTARA, 2022 . Edição nº 9 . gratuita wica gardneriana bruxaria arte tradição 'british traditional Wica'

EDIÇÃO 09 - OSTARA - 2022 06 OSTARA, COELHO E OVOS 12 PÁSCOA COMO UMA CELEBRAÇÃO DA DEUSA DA PRIMAVERA 08 O CÉU DE SETEMRO, E O EQUILÍBRIO ENTRE DIAS E NOITES 13 AS ORIGENS DOS COSTUMES DA PÁSCOA 14 WICA, NUDEZ RITUAL 18 TREINAMENTO GARDNERIANO20 O SOL21 A RODA DO ANO22 24 GUIRLANDA DE FLORES28 29 O QUE É UM GARDNERIANO PRIMAVERA32 A DEUSA DA LUA E DAS ESTRELAS. A GRANDE MÃE OSTARA

É com grande prazer publicamos mais uma edição BTW (British Tradicional Wica). Revista BTW é idealizada pelo Coven Caldeirão de Cerridwen, Linha Olwen, que atua no Rio de Janeiro - Brasil.

A celebração da roda do ano é também a referência de nosso estado pleno, de ver toda a manifestação da natureza, das forças naturais e criativas dentro dela, é de certa forma mostrar que o ciclo da Deusa da Lua e das Estrela, e do Deus de Chifres estão conectado com o ciclo dos homens.

Os festivais dos Wicas, ou bruxos tradicionais, e costumes ligados a folclores, são bem característicos e específicos, estão conectados a cultos onde a fertilidade e estão centrados no processo criativo, tendo a mulher e o homem em reverência (assim como os aspectos solares e lunares).

O objetivo da revista é de esclarecer e divulgar, dentro do que for possível, os temas principais sobre a tradição Wica Gardneriana e referências da bruxaria ou "witchcraft'.

imagem: Pinterest

OSTARA, um sabá menor, no Equinócio de Primavera ou Equinócio Vernal que acontece entre os dias 20 e 24 de setembro no Hemisfério Sulum evento astronômico que possui datas móveis.

Figura: monde com/

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E Q U I N Ó C I EO Q U I N Ó C I O DA A P R I M A V E R PA R I M A V E R A

No Equinócio de Primavera nós temos luz e trevas em equilíbrio, onde dia e noite praticamente se igualam (ou seja, tem quase a mesma duração). Esse Equinócio é o ponto mediano entre as estações Inverno e Verão e assim, ele marca o auge da Primavera. Ele fica entre os Sabás Maiores Imbolc (início da Primavera) e Beltane (início do Verão). É um Sabá de Fertilidade e a época do despertar das forças fecundadoras da Natureza. É um momento de renascimento na Natureza e ressurgimento da Vida Se em Imbolc nós passamos por uma fase de recomeços e planejamentos, em Ostara é a hora de botarmos a mão na massa e de colocarmos em prática (de semearmos) tudo aquilo que desejamos nesse próximo ano (Ano Crescente = marés energéticas em pleno crescimento e expansão)

damion club

O Ovo da Páscoa é um símbolo pascal onde os Cristãos celebram a Ressurreição de Cristo, esperança e uma nova vida O coelho e a lebre são animais que se reproduzem rapidamente e em grande quantidade símbolo de Fertilidade e novas vidas.

No Hemisfério Norte, eles celebram a Páscoa Cristã na mesma época que o Sabá de Ostara momento em que a Natureza está florescendo e ressurgindo (é Primavera!); e o Sol se fortalecendo a cada dia que passa. Mas no Hemisfério Sul, a Páscoa Cristã, com uma data que apenas foi transferida, é celebrada por volta do Equinócio de Outono (momento em que a Natureza está oferecendo tudo o que foi plantado, para depois descansar; momento de recolhimento entre o Outono e o Inverno) ou seja, não é um período de Renascimento, pelo contrário!

A Cristandade, para suprimir toda e qualquer forma de Culto Pagão, absorveu e adotou as características do Sabá surgindo assim, a celebração da Páscoa Cristã (a Páscoa Judaica, Pessach, é diferente).

RENASCIMENTO, RESSURGIR E DESPERTAR

Com o tempo, com tantas distorções e com os principais elementos se perdendo, a Páscoa Cristã foi transformada em um grande comércio onde o interesse maior é vender Ovos de Chocolate, coelhinhos de pelúcia e peixe/bacalhau.

* Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

OSTARA COELHOS E OVOS

EQUINÓCIO Renascimento Despertar Fertilizar Florescer 22 SETEMBRO 2022, 22H04 Imagem: Van Gogh, o Semeador no pôr do sol (1888)

Por ser um evento astronômico, portanto com datas móveis, ele é celebrado entre os dias 20 e 24 de setembro no H Sul e entre os dias 20 e 24 de março no H.Norte. Interessante notar que Ostara tem os mesmo símbolos que a Páscoa Cristã ovos, coelhos e a ideia de Renascimento (Ressurreição de Cristo)

Fonte: Wica Gardneriana Manifesto Gardneriano

cbio org

Ostara é momento de renovação, tanto fora (na Natureza ao nosso redor) quanto dentro de nós.

Eleanor Ludgate

Mas, afinal, qual é a relação entre coelhos e ovos? Eles não botam ovos!

Uma dessas celebrações era dedicada à Deusa “Eastre” ou “Eostre” nome que, provavelmente, deu origem à palavra Easter, Páscoa em inglês. Essa Deusa tinha uma forte relação com dois símbolos utilizados pelos antigos povos europeus para representar Fertilidade e novas vidas: o coelho/lebre e os ovos.

Em Ostara "Tudo o que será plantado, será colhido!"

Acredita se, mas não sabemos ao certo, que tradição do coelho da Páscoa surgiu no século XVI na Alemanha, mas que só chegou na América no século XIX.

Como já comentamos, a Primavera alcança seu ápice no final de março no H.Norte e é conhecida como a estação do renascimento e da renovação após um longo período de Inverno. Assim, é durante esse período que as plantas voltam a florescer, e os animais começam a procriar novamente momento de grande fertilidade na Natureza.

Em tempos passados, muitos povos pagãos festejavam a Primavera na intenção de agradecer por esse renascimento e incentivar fartura e abundância.

Assim, quando o Cristianismo começou a se espalhar pela Europa, forçando conversões a qualquer custo, vários costumes pagãos acabaram sendo incorporados à uma das principais festividades Cristãs a Páscoa Tradicionalmente, nesta época, os bruxos costumam pintar ovos cozidos, podendo expressar os desejos através da escolha das cores e dos desenhos.

Ostara é o momento da semeadura e de colocar os planos em ação

Assembly/Processing Rolf Olsen/apod nasa gov

O CÉU DE SETEMBRO, E O EQUILÍBRIO ENTRE DIAS E NOITES

Equador da Terra e o dia possui duração praticamente igual à da noite A partir desta data, a constelação de Scorpius (o Escorpião), que assinala as noites frias do inverno, cede sua posição de destaque para a de Pegasus (o Cavalo Alado) que simboliza as noites amenas da estação que se inicia. Para quem gosta de observar planetas, setembro é um bom mês, com Mercúrio, Saturno e Marte brilhando juntos logo após o crepúsculo. No equinócio dia 22, após esse evento o Sol vai "avançando" para o lado sul do firmamento, trazendo o calor de volta para nós, com dias gradativamente mais longos e quentes.

Sainte Brigitte de Kildare

O céu de setembro é caracterizado por transições particulares fenômeno causados pelos movimentos dos astros, em especial o equinócio da primavera o hemisfério Sul. No dia do equinócio de primavera, o dia e a noite têm praticamente a mesma duração.

Stellarium

Júpiter. Telescópio James Weeb

Para cada estação do ano temos uma constelação símbolo. Órion: simboliza o verão para o hemisfério sul e o inverno para o hemisfério norte; Leão: outono para o sul e primavera para o norte; Escorpião: inverno para o sul e verão para o norte; Pégaso: primavera para o sul e outono para o norte¹ .

O Sol se encontra diretamente acima do

"Contemplando o céu em noites extremamente límpidas e sem iluminação artificial, os homens inventaram as constelações: figuras imaginárias de seres mitológicos, animais e objetos nos alinhamentos estelares. Cada povo ou tribo tinha as suas próprias constelações e, para memorizá-las criavam mitos. Vivendo da caça, da pesca e da agricultura, precisavam conhecer detalhadamente o clima, épocas de plantio e de colheita e o céu constelado ajudava imensamente neste sentido."¹

E o dia 28 a Lua e a estrela Zubenelgenubi (Alpha Libræ), pertencente à constelação de Libra (a Balança) e situada acima da Lua, poderá ser vista ao anoitecer a oeste (O)

Os planetas mudam de posição nesta conjunção super brilhante

¹.http://ceuaustral.pro.br/ceudomes.htm ².Regina Auxiliadora Atulim, observatório céu austral fonte: http://ceuaustral pro br/equinocio htm

cocorrina.com diferentes dos dias de inverno Poderíamos nos contentar simplesmente com a contemplação da natureza, a sensação do aquecimento proporcionado pelo Sol''² Os equinócios são dois pontos de intersecção entre o equador celeste (projeção do equador da Terra sobre a esfera celeste) e a Eclíptica (trajetória aparente do Sol em torno da Terra, decorrente da falta de percepção do movimento de translação da Terra em torno do Sol).

A marcação especial para o mês de setembro é o equinócio, e "embora os efeitos da primavera sejam menos perceptíveis no hemisfério sul que no hemisfério norte da Terra, notamos que, nessa época, a vegetação torna se exuberante, os pássaros cantam mais e os dias adquirem um brilho e uma nitidez

Desta vez, Júpiter (o segundo planeta mais luminoso de nosso céu, depois de Vênus), no dia 26 o planeta nascerá a leste (E), ao pôr do sol, e permanece visível por toda a noite. Excelente época para vermos o “Gigante dos Mundos, poderá ser observado a olho nu.

A constelação de libra pode representar o equilíbrio e a harmonia do Universo, da duração do dia e da noite, da luz e das sombras, sendo assim um alelo muito impressionante estando relacionada ao equinócio da primavera Esta constelação já é mencionada nas Tábuas de Mul Apin, fazendo parte da eclíptica ou Caminho da Lua. É conhecida como Ziba ni tum, “as balanças”. Até o ano 2000 a.C foi associada com o uízo final dos vivos e dos mortos das religiões babilônicas e a pesagem das almas. A balança também simbolizava a idêntica duração do dia e da noite nos equinócios.

No dia 23, a conjunção inferior de Mercúrio (o "mensageiro dos Deuses", junto com o Sol, às 4h.

OSTARA

TUDO O QUE SERÁ PLANTADO, SERÁ COLHIDO!

Pintura mural romana de Pompéia

Uma perspectiva relacionada é que, em vez de ser uma representação da história de Ishtar, a Páscoa era originalmente uma celebração de Eostre, deusa da primavera, também conhecida como Ostara, Austra e Eastre. Um dos aspectos mais reverenciados de Ostara para observadores antigos e modernos é o espírito de renovação. Celebrado no Equinócio da Primavera, Ostara marca o dia em que a luz é igual à escuridão e continuará a crescer. Como portadora da luz após um longo e escuro inverno, a deusa era frequentemente representada com a lebre, um animal que representa a chegada da primavera, bem como a fertilidade da estação. Segundo a Deutsche Mythologie de Jacob Grimm, a ideia de ressurreição estava enraizada na celebração de Ostara: ser facilmente adaptado pelo dia da ressurreição do Deus do cristão”. A maioria das análises sobre a origem da palavra 'Páscoa' sustentam que ela recebeu o nome de uma deusa mencionada pelo monge inglês Beda, dos séculos VII a VIII, que escreveu que Ēosturmōnaþ (inglês antigo 'Mês de Ēostre', traduzido no tempo de Beda como “ Mês pascal”) era um mês inglês, que ele diz “era chamado em homenagem a uma deusa deles chamada Ēostre, em cuja honra as festas eram celebradas naquele mês”.

PÁSCOA COMO UMA CELEBRAÇÃO DA DEUSA DA PRIMAVERA

LUZ, ESCURIDÃO E O EQUILÍBRIO

O coelho era um símbolo associado a Eostre, representando a primavera. Da mesma forma, o ovo passou a representar a primavera, a fertilidade e a renovação.

Na mitologia germânica, diz se que Ostara curou um pássaro ferido que encontrou na floresta, transformando o em uma lebre A lebre mostrou sua gratidão à deusa colocando ovos como presentes.

Aion Chronos Phanes Eros (nascido de um ovo cósmico) [Segundo quartel do século II dC

A Enciclopédia Britânica explica claramente as tradições pagãs associadas ao ovo: “O ovo como símbolo de fertilidade e de vida renovada remonta aos antigos egípcios e persas, que também tinham o costume de colorir e comer ovos durante a festa da primavera ” No antigo Egito, um ovo simbolizava o sol, enquanto para os babilônios, o ovo representava a eclosão da Vênus Ishtar, que caiu do céu para o Eufrates. Em muitas tradições cristãs, o costume de dar ovos na Páscoa celebra uma nova vida. Os cristãos lembram que Jesus, depois de morrer na cruz, ressuscitou dos mortos, mostrando que a vida pode vencer a morte. Para os cristãos, o ovo é um símbolo da ressurreição de Jesus.

Independentemente das origens muito antigas do símbolo do ovo, a maioria das pessoas concorda que nada simboliza a renovação mais perfeitamente do que o ovo redondo, sem fim e cheio de promessas de vida. Embora muitos dos costumes pagãos associados à celebração da primavera tenham sido praticados, em um estágio ao lado das tradições cristãs da Páscoa, eles acabaram sendo absorvidos pelo cristianismo. Seja como um feriado religioso comemorando a ressurreição de Jesus Cristo, ou um momento para as famílias no hemisfério norte aproveitarem a chegada da primavera e comemorarem com decoração de ovos e coelhinhos da Páscoa, a celebração da Páscoa ainda mantém o mesmo espírito de renascimento e renovação, como há milhares de anos.

SÍMBOLOS E TRANSFORMAÇÃO

AS ORIGENS DOS COSTUMES DA PÁSCOA

Os costumes mais praticados no domingo de Páscoa relacionam se ao símbolo do coelho ('coelhinho da Páscoa') e do ovo.

No 1°Grau a Bruxa aprende a controlar e manipular seu poder pessoal, e apenas no 2°Grau é que ela aprende a direcionar o poder coletivo a energia gerada por todo grupo (Coven).

WICA NUDEZ RITUAL

Todos os Centros de Poder são amplamente trabalhados e desenvolvidos ao ponto de controlarmos cada um deles.

"Aomesmotempo,poderse-ia citar o ditado das bruxas:"Vocêdeveestar dessa forma sempre de acordocomosritos,este é o COMANDO DA DEUSA".Vocêdevefazêlodemodoquesetorne uma segunda natureza; você não está mais nu, apenas natural e confortável." -ABruxaria Hoje-GeraldGardner

Na Wica todos os Iniciados, os Bruxos da tradição Gardneriana, aprendem que a sua maior ferramenta é o seu próprio corpo. Durante o treinamento, deve se aprender também que o corpo é um imenso reservatório de poder e que podemos manipulá lo de acordo com a nossa vontade.

Os Centros de Poder principais são: básico, sexual, umbilical, plexo solar, cardíaco, laríngeo (garganta), frontal e coronário (coroa; alto da cabeça).

E LIVRES ESTAREIS DA ESCRAVIDÃO

E LIVRES SEREIS EM TODAS AS COIS Homens e mulheres devereis ESTAR DESNUDOS durante vossos rit (...)".

Em "Aradia, o Evangelho das Bruxas", Charles Leland escreveu: "Depois de instruída a trabalhar com a Bruxaria, a destruir a raça maligna (de opressores), Aradia lhes disse:

"Quando já não estiver neste mundo, Sempre que necessitardes de algo, Uma vez ao mês, quando a Lua Estiver Cheia... Deveis todos vos reunir num lugar de Ou floresta, Para adorar o espírito poderoso de vo Rainha, Minha mãe, a grande Diana, e quem quiser aprender Bruxaria, Mas ainda não domina seus mais íntim segredos, Minha mãe vos ensinará, Em verdade, todas as coisas...

Um dos motivos que leva o trabalho ritual em nudez, é justamente a liberação de energia através dos Centros de Poder. Quem já teve a oportunidade de estar nas duas situações nua ou vestida com túnicas/mantos pôde comprovar que é muito mais fácil, rápido, simples e eficiente trabalhar em completa nudez.

Gerald Gardner comenta que uma das crenças das Bruxas é de que o "poder" reside dentro delas próprias, e que seus ritos servem para trazê lo à tona.

A Wica é uma Religião de Transcendência do Ego e sem este trabalho nenhum tipo de liberdade poderá ser alcançado. Durante os Rituais, dentro do Círculo (um templo; um espaço sagrado entre mundos), nada é mais importante do que estar diante dos Deuses e celebrar junto com Eles. Não existe vergonha e nem pudor; não existe censura e nem resistência. Existe apenas o desejo de sermos quem nós REALMENTE somos sem frescuras, sem amarras, sem imposições, sem coações, sem opressões e sem constrangimentos. Só existe espaço para a alegria, para o prazer, para o louvor e para o êxtase do espírito. Se os Deuses nos proporcionam essa liberdade, por que iremos recusá la? Se podemos provar deste mel (ou manteiga!), por que iremos recusá lo? Se podemos nos livrar de todas as camadas que pesam sobre nossos corpos; se podemos nos livrar de todas as cascas originárias de nossa educação; se podemos nos livrar de todas as roupagens que nos foram impostas durante anos e anos; se podemos nos livrar de toda esta ESCRAVIDÃO (fruto de regras, de ética e de moral que nos foram exigidas pela Sociedade), por que nós vamos recusá la sem antes experimentá la? Quem experimenta a verdadeira liberdade jamais será o mesmo(a).

Na Carga da Deusa um dos mais importantes fragmento do textos teológicos da Wica:

"E vós estareis LIVRES DA ESCRAVIDÃO e, como sinal de que sereis realmente LIVRES, ESTAREIS NUS durante os rituais (...)".

Fonte: Wica Gardneriana Manifesto Gardneriano

Fonte: Wica Gardneriana Manifesto Gardneriano

É interessante notar que, dentro do Círculo durante os Ritos, ninguém (absolutamente nenhum Iniciado) repara ou desdenha de quem é gordo, de quem é magro, de quem tem estrias, quem tem celulite ou qualquer detalhe físico insignificante. Quando somos REALMENTE LIVRES, nenhuma destas futilidades importa. Todo tipo de superficialidade deixa de existir e a vaidade deixa de ter importância. Quando somos REALMENTE LIVRES DE TODA ESCRAVIDÃO, descobrimos (por nós mesmos!) que somos todos iguais perante os Deuses e assim, a lista de prioridades muda radicalmente o que antes era tão essencial perde o significado; e o que antes era tão simples e pequeno, ganha brilho. Por isso, estarmos nuas/nus em nossos Ritos é um sinal de LIBERDADE! Mas apenas quem é realmente livre poderá entender.

A prática Gardneriana de feitiçaria é muito ampla e profunda, em reverência a vida, morte e renascimento. Honram aqueles que estão presentes em vida e que também já se foram.

Alguns Gardnerianos se intitulam filhos da Wica. São sacerdotes da bruxaria, alguns mencionam como witchcraft, que traçam sua iniciação e prática descendente de Gerald B. Gardner (1884 1964), que foi um membro de um Coven Hereditário de prática da Bruxaria na Inglaterra na década de 1930.

O QUE É UM GARDNERIANO?

Gerald Gardner procurou trazer à atenção do público os princípios e ideias dessa fé, que para ele estava prestes a desaparecer. Na época de sua iniciação, a prática da feitiçaria ainda era ilegal na Inglaterra. Com a permissão relutante de sua iniciadora, Gardner começou a escrever sobre Bruxaria para dar voz aos ensinamentos que havia recebido e elucidar as ideias por trás de suas experiências na Arte. Para o público, o nome Gardneriano é como um definição de comunidade ou hereditariedade, podem traçar a iniciação diretamente de volta a Gerald Gardner Mulher para Homem e Homem para Mulher e usar os mesmos rituais e ensinamentos fornecidos a Gardner desde o coven dentro do qual ele foi iniciado.

"Tendo descansado durante um tempo no amável campo do outro lado da vida, voltamos, uma vez mais, e renascemos nesta terra. Sempre progredimos, com frequência isso implica sofrimento. O que suportamos nesta vida nos deixa adequados para uma melhor existência na próxima e, assim, somos encorajados a suportar todos os problemas e provações aqui, pois sabemos que eles nada podem além de nos ajudar a obter coisas mais nobres. Dessa forma, os Deuses nos ensinam a buscar o tempo em que não seremos mais homens ... mas sim Deuses!". Trecho do livro "Com o auxílio da Alta Magia" Gardner

Na Wica, o calendário litúrgico é chamado de Roda do Ano é composto por Oito Sabás que representa o Ciclo de Vida, Morte e Renascimento do Deus Cornífero. É através da Roda do Ano que seguem as datas das festividades e as mudanças sazonais, conhecidos como sabás: Imbolc, Ostara, Beltane, Litha, Lammas, Mabon, Samhain e Yule.

De acordo com os dogmas Wicanos, que é uma religião duoteísta, a Deusa é a Mãe de tudo o que existe, criadora de todas as coisas, identificada com a Lua e por isso chamada de Rainha do Céu. O Deus é um Deus Chifrudo, o Senhor da fertilidade, associado ao Sol, à natureza e a terra. A Lua e o Sol são os dois “pilares” opostos sob uma classificação sexual na Teologia, a chamada dos Deuses nos rituais são invocações nomeadas de “Drawing Down the Moon” (Puxar a Lua para Baixo) e “Drawing Up The Sun” Puxar o Sol para Cima (quando o sol está oculto sob a terra).

Para todos os Iniciados, o Renascimento, ou Reencarnação, é um Dogma, pois, presenciamos o ciclo de Vida, Morte e Renascimento o tempo todo na Natureza.

O Gardneriano crê na existência de um CASAL DIVINO que se atraem mutuamente e se complementam, A Grande Deusa da Lua e das Estrelas, e o Deus de Chifres da fertilidade e do submundo.

Ao final do período de treinamento, o aluno pode solicitar iniciação, ou pode descobrir que nosso caminho não é para ele. O que é aconselhado é seguir o fluxo, porque todos são livres para tomar suas próprias decisões. Para as práticas não se deve forçar nada e nem a ninguém, e nenhum tipo de abuso deve ser tolerado.

O período de dedicação, permite que o novo adepto aprenda sobre o conhecimento da própria religião e prática básicas dos rituais, e só o tempo permitirá esclarecer algumas dúvidas e reconhecer uma rotina de treinamentos e estudos, porém é necessário desprendimentos, e capacidade de assimilação de coisas que as vezes pensa se ser e não é na realidade.

Iniciação 1° Grau; Elevação ao 2° Grau, e; Elevação ao 3° Grau).

TREINAMENTO GARDNERIANO

A Wica, uma Religião de Mistérios e de Transcendência, utiliza um sistema trigradual:

O período de dedicação, ou treinamento, antecede a iniciação de 1°Grau, entretanto como os Covens são indepentes de outros, pode ocorrer variação entre o período de dedicação.

Não existe proselitismo na Wica, e por isso, se assim desejar, o candidato deve solicitar treinamento e iniciação a algum membro do coven (grupo de bruxos).

O treinamento geralmente para ser iniciado em um Coven Gardneriano é um processo longo que dura no mínimo um ano e um dia. O processo do treinamento, ou período de dedicação, as vezes pode ser mais longo para permitir que o aluno conheça os membros do coven e para que o Coven avalie o novo postulante. Não deveria haver iniciação as pressas, pois essa avaliação inicial é muito importante para todos os envolvidos.

Sol em seu trajeto representa os ciclos naturais da vida e em sua potência criativa da continuidade. Símbolo de força, persistência, realizações, consciência, fertilidade e renovação da vida. No dia do auge da primavera, no equinócio, o Sol nasce no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste como também ocorre no início do outono, em março no hemisfério sul. SOL

Sol, o potencial de vida e de realização. Os símbolos geralmente estão ligados à alegria, vitalidade, sucesso e bem estar.

CONSCIÊNCIA, CLAREZA E RENASCIMENTO

Ninguém é só corpo ou espírito, há neste plano uma ligação com os outros corpos e espíritos, um elo de integração com o Todo. O individualismo e o egoísmo separa nos da Natureza, do Amor dos Deuses.

O

"Em analogia , o pressuposto alquímico é que o Sol é a própria imagem de Deus, assim como o coração é a imagem do sol no homem."

Lammas: um Sabá que marca o fim do Verão e o início do Outono. Celebrado na véspera de fevereiro é o momento das primeiras colheitas;

A Roda é Solar e representa o Ciclo de Vida, Morte e Renascimento do Deus de Chifres mas a Deusa está presente em todos os momentos, afinal, são Polaridades Opostas e Complementares onde Um não existe sem o Outro. Os Deuses são Amantes Divinos em uma perpétua União sagrada, a que gera toda a Criação).

Quatro Sabás Maiores: que são festividades agrícolas e pastoris.

Samhain: um Sabá que marca o fim do Outono e o início do Verão. Celebrado na véspera de maio/H.Sul momento de colher o que resta e de separar e abater animais.

A RODA DO ANO

A Wica é uma Religião que segue os fluxos energéticos na Natureza, logo, seus Sacerdotes se conectam e celebram os fluxos da Natureza que estão ao redor deles.

Imbolc: um Sabá que marca o fim do Inverno e o início da Primavera. Celebrado na véspera de agosto/H.Sul momento de preparo da terra para a semeadura e de lactação e amamentação dos animais;

Beltane: um Sabá que marca o fim da Primavera e o início do Verão. Celebrado na véspera de novembro/H.Sul momento de fertilização das sementes e de cio e acasalamento dos animais;

Litha: é o Solstício de Verão, o auge da estação e o dia mais longo do ano é o poderio Solar. Celebrado entre os dias 20 e 24 de dezembro/H.Sul;

Quatro Sabás Menores: que são eventos astronômicos, ou seja, são os solstícios e os equinócios.

Mabon: é o Equinócio de Outono, o auge da estação. É quando dia e noite se igualam novamente para depois as noite se tornarem cada vez mais longas (a escuridão prevalece sobre a luz). Celebrado entre os dias 20 e 24 de março/H.Sul;

Yule: é o Solstício de Inverno, o auge da estação e a noite mais longa do ano. Celebrado entre os dias 20 e 24 de junho/H.Sul.

É muito importante refletir e considerar todas as sensações e reconhecer nos mitos da roda do ano com os ciclos da estações, seus aclives, clímax(auge) e declives, e do tempo de planejar, arar, semear, plantar, colher, guardar, distribuir e tudo retorna novamente, todos os seus ciclos e todas as suas fases.

- Ostara: é o Equinócio de Primavera (ou Vernal), o auge da estação. É quando dia e noite se igualam, para depois os dias ficarem cada vez mais longos (a luz prevalece sobre a escuridão). Celebrado entre os dias 20 e 24 de setembro/H.Sul;

Gustave Moreau (francês, 1826 1898).

A Wica, como uma Religião Duoteísta e de Polaridades, cultua um Deus (a Polaridade Masculina) e uma Deusa (a Polaridade Feminina): o Grande Deus de Chifres e a Deusa da Lua e das Estrelas. Existem vários Deuses de Chifres e Deusas da Lua, mas, na Wica, os nossos Deuses são específicos e com características que os diferenciam dos demais. Por esse motivo, nós não cultuamos nenhuma outra Divindade, a não ser Eles, em nossos Rituais dentro do Círculo Mágico.

O triunfo de baco

Edmund Dulac (1882 1953)

A Wica é uma Religião que teve seus fundamentos estabelecidos por Gardner em meados do século passado, mas sabemos que as suas raízes são muito mais antigas do que isso. Podemos encontrar inúmeros achados e registros arqueológicos de Divindades Femininas, cujo objetivo era o exaltar os poderes fecundador e gerador da mulher eram Cultos à Fertilidade. Inúmeras estatuetas, chamadas "Vênus", tinham características marcantes que destacavam a feminilidade com proporções exageradas seios, quadris e ventres avantajados. Como exemplos, temos: Vênus de Laussel. Vênus de Willendorf, Vênus de Lespugue, a "Deusa que dorme" de Malta, Vênus Berekhat Ram, etc.

A DEUSA DA LUA E DAS ESTRELAS A GRANDE MÃE

Fotografia: Keith Moseley. Venus among The Pleiades

Ela é a Deusa da feminilidade, do poder sexual, da sensualidade e do êxtase. Ela possui o Ventre Sagrado e o poder gerador de onde tudo provém. Ela é, acima de qualquer característica, a Provedora da fertilidade. Atualmente, é muito comum encontrarmos referências à Deusa como "Mãe" (quase uma Virgem Maria) e o Deus como "Pai" (o Pai celeste), no sentido de "A Sagrada Família" como Deuses "intocados, santos, puros e castos" um erro gravíssimo. Nossos Deuses são Deuses da fertilidade, do poder sexual, da luxúria, do amor romântico e do êxtase. Ele representa o Sagrado Masculino (o Falo e a virilidade) e Ela representa o Sagrado Feminino (o Ventre e a fecundidade), e é através dessa União que temos a Fonte da Vida e do movimento contínuo do Universo. Gerald Gardner comenta em “O Significado da Bruxaria”: "Durante o grande Sabá, o corpo de uma Sacerdotisa viva realmente forma o Altar. Adoramos o espírito divino da criação, que é a fonte da vida e sem o qual o mundo pereceria. Será que somos tão abomináveis? Não é este o nosso ponto de vista. Para nós, este é o mais sagrado e santo dos Mistérios, prova da existência de Deus dentro de nós, cujo mandamento é: Crescei e multiplicar vos! A adoração do espírito divino da criação, que é fonte de vida e sem o qual o mundo pereceria.

devemos confundir o ranço cristão que a palavra "maternidade" carrega com fertilidade e fecundidade.

A nossa Deusa é Tríplice A Deusa da Vida e do Amor, da Morte e do Renascimento. Ela dá a Vida, mas Ela é também a Ceifadora da Vida. Ela é Criação e Destruição. Apesar de não ser tradicional, não é errado associá la às fases da Lua como a Donzela (fase Crescente), a Mãe (fase Cheia) e Anciã (fase Minguante), mas isso é uma associação moderna que foi inclusa nas últimas décadas. Desde tempos muito remotos, sempre esteve associada aos mistérios femininos e à mulher a gestação, o parto, a menstruação, as águas primordiais que dão origem à vida. A Lua sempre foi vista como um portal para o que está além e como a responsável pela interação com o restante do Universo. Como se ela fosse um limiar e uma fronteira que separa o nosso mundo do desconhecido. Assim como a Lua, Ela é a Deusa Branca, a Deusa Albina. Para os antigos pagãos, a Deusa era denominada como a Lua Branca, a fonte dos mistérios, a representação feminina da sensualidade da pele, da carne, do prazer, e também a promotora da morte e da decomposição, mas foi rotulada pelos cristãos como a senhora da degeneração e do pecado da alma e da carne. O próprio mal. Muitas vezes, a Deusa Branca também era chamada por Deusa da Lepra. A Lepra, vista como uma doença da pele e dos nervos, é contagiosa e é realmente uma das mais antigas doenças do mundo. Imaginamos que a Igreja deve ter visto esta doença como algo perigoso e incontrolável, como uma praga ou bruxaria.

A adoração do culto das Bruxas é, e sempre foi, a do princípio da própria vida. Ela fez deste princípio, manifestando no sexo, algo sagrado. Os Ritos Sexuais e Magia Sexual na Wica e, principalmente, que o Grande Rito são reais, a Wica é uma Religião de Fertilidade, de Polaridades Opostas e Complementares.

A Wica é uma Religião de Transcendência do Ego, de crescimento e evolução da Alma. Quando falamos sobre fertilidade, não estamos nos referindo apenas aos aspectos físicos (fertilidade aos campos, aos animais e ao homem), mas também à fertilidade da Alma e às consequentes mudanças e transformações que são desencadeadas.

Simbolicamente, Robert Graves cita a lepra branca como uma forma poética de denominação da Divindade Feminina, em que todos temiam e ainda temem. Ninguém quer abraçar a morte e o frio. Isso nos remete aos mistérios e à Iniciação.

A Lua ainda traz a loucura da sua influência psíquica a L intuição. Ninguém pode conhe imaculado. Não há como inspiradora da vida e sair s modificado e transformado. El nossa compreensão, Ela está habita, onde somente a entr rendição eterna e amorosa inevitável. Ela é o início e o fim vida mas também é o instante Deusa da Lua, a Deusa Branc Mistério.

Edward Eggleston

Fonte: Wica Gardneriana Manifesto Gardneriano

Em "Ritos e Mistérios Sec Lascariz comenta: "Nas Leis dos Coventículos Re trazidas por Gardner depois d Doreen Valiente, em 1957, é e Deusa) tem um poder delegad Do Deus do Mundo Subterrâ aos seus pés a Espada, de q depositária nos ritos. A Sacer com o poder delegado do Deu a Lua usando a Luz empresta mesmo a se dizer do Sumo S simbolismo está inteiramen fenômeno astronômico da Lu solar! Não é de se estranhar, p da Deusa e sua Suma Sacerdo do Poder do Deus de Chifres." Para que vocês entendam um a Teologia os nossos Deuses Lenda da Descida da Deusa", importantíssimo.

Ostara, como um Sabá Menor, é o Equinócio de Primavera ou Equinócio Vernal que acontece entre os dias 20 e 24 de setembro no Hemisfério Sul um evento astronômico que possui datas móveis.

A Cristandade adotou seus principais simbolismos o Renascimento, o Ovo e o Coelho/Lebre e muitos Cristãos celebram essa data sem nem ao menos saber os motivos e o que estão realmente comemorando. A data da Páscoa cristã é baseada de acordo com o hemisfério norte o primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia após o Equinócio de Primavera no H.N. (entre os dias 20 e 24 de março).

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OSTARA

No Equinócio de Primavera nós temos luz e trevas em equilíbrio, onde dia e noite praticamente se igualam (ou seja, tem quase a mesma duração). Esse Equinócio é o ponto mediano entre as estações Inverno e Verão e assim, ele marca o auge da Primavera.

SABÁ MENOR, EQUINÓCIO DA PRIMAVERA

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O ovo é considerado a Fonte da Vida em muitas culturas e civilizações antigas. Eles acreditavam que o Universo e várias Divindades nasceram de um ovo o Ovo Cósmico. Além disso, o ovo é um símbolo de renovação, de renascimento e do surgimento de uma nova vida. Já o coelho (ou a lebre) é um animal sagrado às Divindades Lunares extremamente fértil e com uma gestação de aproximadamente 28 dias, muito similar ao Ciclo Lunar. Essa associação da Primavera e da Deusa Eostre com a lebre é muito antiga, sendo que a lebre e o coelho são animais que representam Fertilidade. Nas Festividades de Ostara é muito comum que ovos cozidos sejam pintados (de acordo com o desejo de cada um) e colocados sobre o Altar, que deverá estar decorado, juntamente com a Guirlanda, com flores da estação.

Ele fica entre os Sabás Maiores Imbolc (início da Primavera) e Beltane (início do Verão). É um Sabá de Fertilidade e a época do despertar das forças fecundadoras da Natureza. É um momento de renascimento na Natureza e ressurgimento da Vida. Ostara é, provavelmente, uma palavra derivada de Eostre, Eastre, Eoster, Oster, Ostera ou Ostre a Deusa Escandinava/Nórdica da Primavera. Muitos dizem que Ostara foi um nome adotado por Aidan Kelly (escritor de alguns livros da arte da bruxaria), o nome deu certo e passou a ser utilizado na Roda do Ano. Pouquíssimos sabem, mas a Páscoa (Easter em Inglês ; Ostern em Alemão) é mais uma celebração cristã que tem suas origens no Paganismo e a sua data é calculada através da Lua Cheia e do Equinócio de Outono (seguindo o calendário do H.Sul).

O uso de guirlandas de flores usadas na cabeça é muito antigo. Na forma de coroas, as guirlandas com folhas, frutos, flores, ervas, etc. adquirem um simbolismo místico solene de honraria e destaque que poderia ser comparado a uma Divindade e a um herói. Especialmente as guirlandas com flores eram usadas em festejos como adornos onde de pessoas e até estátuas poderiam ser enfeitadas na Grécia e Roma. Interessante notar que os governantes etruscos também usavam guirlandas com Flores.

Outra coisa interessante, é que você precisa receber de alguém. Ao receber uma lei, recebe se também um beijo no rosto. Como um presente cerimonioso, você não pode descartar uma lei de qualquer forma, e existe um protocolo para isso.

O Havaí e a Polinésia são bastante famosos pelos adornos de flores que podem ter diversos significados: afeição, amizade, cumprimento, despedida, boas vindas No Havaí, particularmente, tem 8 métodos (destaque para o número diferentes de se confeccionar uma coroa são conhecidas como "lei" e cada método leva o nome de uma Divindade diferente.

GUIRLANDA DE FLORES

FLORES, PUREZA E CRESCIMENTO

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Para os Egípcios, a Flor de Lótus e o Lírio d’água simbolizam o nascer para o divino, o crescimento espiritual e a pureza. São flores associadas à Ísis e a Rá. Por curiosidade, a Flor de Lótus fecha suas pétalas à noite e submerge na água, e quando amanhece, a Lótus emerge e abre novamente suas pétalas. É bastante comum o uso destas flores em procissões na forma de colares ou guirlandas na cabeça. Malvas, Papoulas e Açafrões (símbolo de fertilidade) na forma de guirlandas também eram usadas para ajudar o nascimento para uma nova vida (ou de um renascimento) em cortejos fúnebres e em mortuários.

Para os Gregos, o Mirto simboliza o sagrado e o inviolável, é e digno de muito respeito. Por isso, ele era usado em assembleias públicas para dar poder de fala a um cidadão e para que os demais lhe ouvissem com respeito e atenção. A coroa de Mirto também fazia presente dos casamentos conferindo sacralidade e solenidade ao ato.

O uso de guirlandas com flores é um costume Europeu muito antigo nos festejos e cerimônias. Talvez o uso mais famoso seja no May Eve, no mastro do MayPole. Mas por causa da inquisição, o confisco de guirlandas e da negativa a qualquer coisa que tivesse raiz pagã, o uso de guirlandas com flores foi caindo em desuso. Depois do Período Renascentista com o massivo uso de flores para representar pureza, amor, humildade e sabedoria, a coroa com flores foi colocada na cabeça de Santos Católicos como Santa Cecília e Santa Luzia.

A coroação de Charles II, na Inglaterra, foi marcada por uma procissão de 400 moças vestindo branco e verde, carregando coroas douradas, coroas com flores e guirlandas feitas de louro misturado com tulipas. A procissão foi liderada pela esposa do líder local. Mas foi somente depois que a Rainha Vitória se casou usando uma coroa com flores de laranjeira, que o costume ressurgiu.

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O Mirto também era associado à figura feminina, sendo relacionado às musas e também à Demeter, Atena e Afrodite. Em Roma ele era associado à Vênus.

A expressão “Apanhar flores de laranjeira”, significa que o homem está em busca de uma noiva.

Aqui um ponto importante, a flor é um estágio da planta de transição/passagem para o fruto. Desta forma as flores também foram vistas como um símbolo de renascimento e de passagem para um novo estágio da vida, casamento e fertilidade. Guirlandas com flores fazem parte da vestimenta tradicional do folclore Ucraniano e está presente em muitos festivais e datas comemorativas. As moças solteiras que querem se casar, usam coroas de flores chamadas ‘vinok’ para atrair boa sorte. Na cerimônia de casamento, depois de concluídos os votos, colocam uma coroa de Pervinca e Mirto na cabeça do casal.

As noivas Chinesas, e depois as Europeias, usavam guirlandas com flores de laranjeira como um símbolo de pureza, castidade, inocência e fertilidade. Como a laranjeira curiosamente produz flores e frutos ao mesmo tempo, isso simbolizaria um transbordamento destes atributos na moça.

Fonte: Wica Gardneriana Manifesto Gardneriano

A c o l o c a ç ã o d a g u i r l a n d a n a c a b e ç a a t o r n a u m a c o r o a q u e p o r s e r c o l o c a d a n a “ c ú s p i d e " d o m i c r o c o s m o h u m a n o , o p o n t o d o c o r p o h u m a n o q u e c o r r e s p o n d e s i m b o l i c a m e n t e a o c é u , l u g a r d o s v i r t u o s o s ( u m a l e m b r a n ç a p a r a o s v í c i o s e v i r t u d e s c i t a d o s n a ‘ D i v i n a C o m é d i a ’ d e D a n t e A l i g h i e r i ) e t u d o q u e e s t á a c i m a , a l é m d a e x i s t ê n c i a h u m a n a , a l g o q u e t r a n s c e n d a e v á a l é m . D e s t a f o r m a , a g u i r l a n d a c o m o c o r o a s i m b o l i z a a s v i r t u d e s m a i s e l e v a d a s q u e e x i s t e m n o H o m e m . S e u u s u á r i o e p o r t a d o r s ó p o d e s e r t r a t a d o e r e s p e i t a d o c o m o u m s e r v i r t u o s o d i g n o d e h o n r a r i a s . A s g u i r l a n d a s d e f l o r e s e m O s t a r a s e r v e m p a r a n o s l e m b r a r q u e a N a t u r e z a e s t á p u l s a n t e , f é r t i l , r e p l e t a d e V i d a e p r o n t a p a r a d a r i n í c i o a o d e s e n v o l v i m e n t o d o s f r u t o s c o m o s e a N a t u r e z a f o s s e u m a j o v e m m u l h e r , f é r t i l e s a u d á v e l , p r o n t a p a r a a f e c u n d i d a d e .

A s f l o r e s p o r s i s ó p o s s u e m s i g n i f i c a d o d e p u r e z a , a m o r , h u m i l d a d e , d e l i c a d e z a , f e r t i l i d a d e , f e m i n i l i d a d e , r e n o v a ç ã o e n a s c i m e n t o ( o u r e n a s c i m e n t o ) .

A r r u m a d a s e d i s p o s t a s e m f o r m a c i r c u l a r , a g u i r l a n d a g a n h a s i g n i f i c a d o d e c o n t i n u i d a d e e e t e r n i d a d e , p o i s o c í r c u l o n ã o t e m i n í c i o n e m f i m e l e s i m b o l i z a o i n f i n i t o , a t o t a l i d a d e , a p e r f e i ç ã o , o v e n t r e , u m p o r t a l .

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A origem do nome “Primavera” está no latim "Veris" que quer dizer “bom tempo”, de onde também se originou a palavra “Verão”. Então, o início do bom tempo começa logo que o Inverno termina período que corresponde a Imbolc, como vimos bem recentemente. Não é coincidência que o nome dessa estação venha de "primo vere", que quer dizer “primeiro Verão”. Os dias tristes e mais escuros do Inverno vão ficando para trás e a Primavera, um dos espetáculos mais bonitos do planeta, já começa a dar seus sinais. Desde os tempos mais remotos, os povos antigos, como Gregos, Egípcios, Sumérios, Babilônios e Celtas, agradeciam à Mãe Terra, como chamavam a Natureza, tudo o que ela lhes dava: de alimentos a cura pelas plantas, e agradeciam promovendo grandes festivais. Nas festividades da Primavera comemorava se a fertilidade, a “explosão” da vida, quando todos os seres, homens, plantas e animais, acordavam do repouso do Inverno para uma nova fase, quando o mundo se enfeitava e se torna mais belo e fértil. Além das plantas se reproduzirem, a Primavera também é um momento de fertilidade cio e acasalamento.

TEMPORADA DE FLORES PRIMAVERA

hummingbird (national bird)

A Primavera é conhecida como a estação das flores é o Renascimento da Natureza e o ressurgimento da Vida. Por todo o mundo se comemora a estação com muitas celebrações e espírito de renovação, exaltando a fertilidade e a força da vida.

A maioria dos animais acasala neste período, devido ao clima e à abundância de alimentos (claro, já que as árvores estão cheias de flores e frutos). Com isso, as fêmeas dispõem de mais alimentos para o período de gestação. É por isso que os pássaros cantam mais (para atrair as fêmeas), as escamas dos peixes ficam com cores mais chamativas e muitas outras estratégias surgem para que os animais conquistem seus pares. Didaticamente, como é ensinado nas escolas, a data de início da Primavera aqui no Hemisfério Sul, foi estabelecida no dia 23 de Setembro, porém, como um evento astronômico, nem sempre o Equinócio cai no dia 23 de setembro, mas esta é uma data aproximada para se padronizar a mudança de estação. Lembrando sempre que o Equinócio de Primavera (ou Vernal) marca o auge (o ápice, o meio) da Estação e não o seu início.

Como o calendário deles é diferente do nosso, o festival chinês começa no dia 23 de dezembro e termina no dia 15 de janeiro do calendário lunar chinês. Nesse período, eles também comemoram o primeiro dia do Ano Novo Lunar com muitos fogos de artifícios.

No Japão, celebra se o Hanami, a festa do florescimento das cerejeiras. Pessoas se reúnem ao longo do país para procurar e contemplar cerejeiras que estejam florescendo. As pessoas fazem uma grande festa quando as cerejeiras começam a florir. Em algumas regiões do país, os japoneses, encantados com a beleza das árvores, aproveitam para dar as boas vindas à estação, fazendo festivais e piqueniques nos parques, nos quais vão toda a família.

A Temperança no Tarô Mitológico (1988)

No México é tradição visitar a Pirâmide do Sol de Teotihuacán no dia do Equinócio de Primavera. Muitas pessoas escalam esta pirâmide, pois existe a crença que no topo dela se abrem portais de energia neste dia sagrado.

No Irã e em vários outros países da Ásia Central, no primeiro dia da Primavera se comemora o Ano Novo Persa. O Nowruz, tradução literal de Novo Dia, celebra o dia em que Jamshid, maior Rei da Pérsia, assumiu o poder.

A Festa da Primavera da China, por exemplo, tem mais de 4 mil anos e até hoje os chineses comemoram a entrada da mais bela estação do ano com muita alegria.

No hemisfério Norte, a Primavera é celebrada no primeiro semestre do ano, mais precisamente entre março e abril. A festa Cristã da Páscoa tem origem nos antigos festivais que comemoravam a entrada desta estação e está diretamente ligada ao Equinócio de Primavera

O Ano Novo chinês simboliza renovação, despedida das coisas velhas e acolhimento das novas. Também faz parte da tradição que se deixe de lado desavenças com pessoas próximas.

Posteriormente, a Igreja Católica substituiu as festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, não sem antes absorver muitos de seus costumes, inclusive, os ovos e o coelho da Páscoa. Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante à Eostre. Antigos povos pagãos da Europa, como os Germânicos, por exemplo, homenageavam Ostera, Eostre ou Ostara, “a Deusa da Aurora”. É uma Deusa Anglo Saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Essa Divindade aparecia com um ovo em suas mãos, simbolizando a chegada de uma nova vida, e a lebre como símbolo da fertilidade e reprodução

A Temperança no Tarô Mitológico (1988)

Ela é celebrada no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia, após o equinócio de primavera. Se formos analisar, o significado da Páscoa tem muito a ver com essa estação: Renascimento da vida. Assim como os animais retomam suas vidas normais com o fim do Inverno, Jesus renasce durante a Páscoa.

Mas é importante perceber que a origem da Páscoa não pode ser vista pelo nome em Inglês, mas no original hebraico, Pessach, que significa salto, pulo, passagem. A Páscoa Judaica também é realizada nessa época, sempre na primeira lua cheia após o Equinócio de Primavera (tomando se como referência o hemisfério norte).

A data celebra a libertação dos Judeus da escravidão no Egito. Mais uma vez, a Primavera aparecendo como símbolo de esperança de novos tempos. Portanto é importante saber essa diferença, entre os cultos pagãos, judaicos e católicos. Para os Judeus, ela representa a travessia pelo mar Vermelho, quando o povo liderado por Moisés passou da escravidão do Egito para a liberdade na Terra Prometida. Para os Cristãos, ela tem um sentido mais metafísico. Representa a passagem de Cristo pela morte e sua Ressurreição.

Nesse dia, os antigos pagãos da Europa acendiam fogueiras nos cumes de montanhas, porque acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O fogo aceso também simbolizava a iluminação dos caminhos para que o Sol pudesse abençoar a Terra.

Em Ostara teremos o Equinócio de Primavera, como já foi mencionado anteriormente, e a palavra Equinócio vem do latim aequus (igual) e nox (noite), que significa “noites iguais”. Nesta ocasião, o dia e a noite tem, praticamente, 12 horas de duração. Esse é um momento do equilíbrio perfeito entre as energias do sol e lua, do dia e da noite, das luzes e das trevas, do masculino e e do feminino, do yin e do yang.

Nessa época, os festivais primaveris eram decorados com ovos coloridos. No final, estes ovos geralmente eram lançados ao fogo ou enterrados. Em certas partes do mundo era tradição pintar os ovos de amarelo ou dourado por serem consideradas cores solares sagradas.

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