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Equipe RUUM Esta é a primeira edição da revista Ruum. O nome foi escolhido porque é uma palavra que lembra a palavra inglesa “room” que tem o mesmo significado. A Ruum também significa um espaço para o leitor se informar, se entreter e se identificar. Ela é uma leitura para o público masculino, conversa principalmente com os executivos, profissionais com sólida formação cultural. Todas as edições irão abordar assuntos relacionados ao business, tecnologia e a inovação, e também dar um respiro a esses homens de negócio. Sendo assim, tratamos de temas como lazer, entretenimento e cultura. A Ruum será uma revista que acompanhará a dinâmica do dia/semana/mês desse público com seriedade e também com descontração. Sempre com o objetivo de se comunicar com o leitor, e este poder se identificar com a revista. A matéria da capa é o perfil do executivo Eike Batista. Ele tem 55 anos é a maior figuras no mundo dos negócios atualmente no Brasil por ser considerado o homem mais rico da América do Sul. Haverá ainda seções de “Gastronomia e bebidas” que oferecerão dicas dos melhores restaurantes do país, curiosidades de comidas e bebidas. Uma seção de “Viagens” que apresentará e informará novos lugares interessantes para visitar e aproveitar sozinho ou com a família – como hotéis fazenda e viagens gastronômicas. Outra seção importante será a “Saúde” que tem como objetivo educar e apresentar algumas dicas para esse homem ter uma boa relação trabalho/ saúde. Também terão “Recomenda”, “Comportamento”, “Tecnologia”, “Moda”, “Sexo”, “Mulher”, “Entrevista” e “Entretenimento”. Sem contar com a seção “Business” para o leitor se informar sobre as atualidades dos negócios e também grandes dicas para crescer no mundo empreendedor tanto como funcionário, como gestor.
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BUSINESS
SUCESSÃO EMPRESA FAMILIAR
SAÚDE
Um compromisso inadiável
TECNOLOGIA O PRAZER DAS BANCAS DIGITAIS
EIKE BATISTA O Perfil do cineasta brasileiro mais
Foto da Capa: Eike Batista por Felipe Castellari.
Natalia Toni
Pedro Bauer
Thais Prudencio
Victor Keülzv
William Sanches
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Diretora de Redação: Thais Prudencio Editora: Natália Toni Edição de Arte: Pedro Bauer Projeto Gráfico: William Sanches, Victor Keül, Thais Prudencio, Natália Toni e Pedro Bauer Escola Superior de Propaganda e Marketing Curso de Design Gráfico com Habilitação em Comunicação Visual e Ênfase em Marketing DSG3A | 2012-2 Projeto Integrados das Disciplinas: Língua Portuguesa III Regina Ferreira da Silva Marketing II Vivian Iara Strehlau Módulo de Atividades - Cor Paula Csillag e Maria Beatriz Ribbola Produção Gráfica Antônio Celso Collaro Projeto III - Cultura e Informação Marise de Chirico
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Roolins Stones
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Workholic ou Worklover?
Explore seu Paladar
ENTRETENIMENTO
SEXO
MULHER RUUM
SAÚDE
RUUM RECOMENDA 28 New York New York
inadiável 60 10 Dicas saudáveis para executivos
Comportamento
compras
16 A Transa de Caetano 24 Sofia Vergara
32 Como usar o terno no verão. 40 Happy Hour, mais
52 Romã, um viagra natural 56 Saúde, um compromisso
76 iPhone5 x Samsung Galaxy S3
que diversão.
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Gêmeos Winklevoss
Entrevista: Daniel Libeskind
Tecnologia
80 O prazer das bancas digitais 88 Não invista no iPhone 5
CAPA PERFIL 106 EIKE BATISTA
BUSINESS
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COLUNAS
116 Ruth de Aquino 118 Sergio Malberzier
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TO ENJOY // MSICA
A transa de Caetano Veloso Cantor baiano completa 70 anos e vê disco quarentão alcançar o devido reconhecimento Por: Rafael Nardini
Setentão “Só voltem se forem autorizados”. Passaram por celas de diversos Os militares foram bastante claros quartéis no Rio de Janeiro por dois quando despacharam Caetano Ve- meses. A licença para voltar a Salloso e Gilberto Gil para o exílio vador veio numa irônica quartaforçado. Quase sete meses antes, -feira de cinzas, como se houvesno dia 27 de dezembro de 1968, se algum motivo para Carnaval. os dois haviam sido presos sem Lá seriam mantidos mais 120 dias qualquer alegação plausível. em regime de prisão domiciliar. O carimbo definitivo viria com o endurecimento promovido pelo Ato Institucional n° 5. Duas apresentações em 20 e 21 de julho de 1969 na capital baiana (o célebre Barra 69) e o tropicalismo tomava um forte e duro golpe abaixo da linha da cintura. O desterro causou em Caetano Veloso tanta agonia quanto vontade de valorizar o que era aquilo que viveu na infância, que leu, ouviu e grudou na sua pele. Desenraizado, ele mergulhou de cabeça em um estado cinzento 16
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Foto de: M. Castelli
Caetano Veloso canta em São Paulo o novo disco Transa.
como a aparência de Londres na maioria do tempo. “Transa”, disco cantado em sua maior parte em inglês, consegue ser regional na mesma medida que o axé “A Luz de Tieta”, canção que faz parte da trilha sonora de um filme para lá de duvidoso de mesmo nome já nos anos 90. Aliás, o período londrino (foram dois anos e meio, entre 1969 e 1972) é mais uma reafirmação de baianidade que qualquer outra coisa.
Ganhou o status de “o melhor disco de Caetano” por boa parte da crítica. Gravado em quatro sessões com clima que transparece espontaneidade, Caetano foi auxiliado por Tutty Moreno (bateria), Áureo de Souza (bateria), Moacir Albuquerque (baixo) e Jards Macalé (guitarra). O inglês Ralph Mace, tecladista em “The Man Who Sould the World” (1970), um dos maiores clássicos de David Bowie, assinou a produção. “Triste Bahia”, poema de Gregório de Mattos musicado por Caetano, se estica por quase dez minutos até chegar ao ápice, com um ritmo de afoxé e capoeira acelerado, quase transpirando. “It’s a Long Way” começa lenta, contando a experiência de despertar ao som de “uma velha canção dos Beatles” para deslanchar novamente num belo samba de roda com citações de “Sôdade, Meu Bem, Sôdade”, de Zé do Norte, “Água com Areia”, de Jair Amorim e Jacobina, “Consolação”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, e “Lagoa do Abaeté”, de Dorival Caymmi. // Outubro 2012
“TRANSA” É ISSO Sem deixar de lado a declaração de liberdade – coisa tão em falta por aqui na época – de “You Don’t Know Me”. “Transa” é isso. Minimalista no emprego dos instrumentos (nada de teclados, arranjos de cordas nem demais aparatos tão em voga na época) e intrincado no conteúdo. Nas duas últimas décadas foi ganhando o status de “o melhor disco de Caetano” por boa parte da crítica. O público parece concordar, tanto que neste ano de comemoração o abaixo-assinado “Queremos ‘Transa’ do Caetano ao vivo” está disponível no Facebook. Até aqui, nenhum sinal do artista indica que isso vá acontecer. O músico Rômulo Fróes foi o único corajoso a tocar a obra na íntegra para o projeto Radiola Urbana 72, que relembra as pedras fundamentais da música lançadas naquele ano. O público parece concordar, tanto que neste ano de comemoração o abaixo-assinado “Queremos ‘Transa’ do Caetano ao vivo” está disponível no Facebook. Até aqui, nenhum sinal do artista indica que esse evento possa vir a acontecer. 17
TO enjoy // MÚSICA
THE ROLLING STONES
Em 1962, subia pela primeira vez ao palco do club Marquee, em Londres, um dos mais emblemáticos grupos da história: os Rolling Stones.
Por: Piti Vieira
50 anos Confira quem foram as mulhe- Considerado o mais discreto dos res que influenciaram a banda, Stones, Charlie Watts é casado a lenda de Mick Jagger e nos desde 1964 com a mesma mudiscos, filmes, livros e shows lher, a britânica Shirley Ann Sheque colocaram os britânicos no pherd, mãe de sua filha, Seraphina. grande altar do rock and roll. Monogâmico e fiel, Watts sempre recusou as ofertas sexuais das groupies. Sua história mais famosa vem da turnê de 1972, nos EUA, quando Hugh Heffner os convidou para uma festa em sua mansão, e o músico aproveitou apenas a sala de jogos da casa. Keith Richards teve uma paixão avassaladora pela cantora americana Ronnie Bennet (1), do grupo The Ronettes. O romance dos dois nunca passou da troca de olhares e de Keith ajudando-a a arrumar suas malas para uma turnê. O guitarrista foi casado de 1967 a 1979 com a atriz 20
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italiana Anita Pallenberg (2), com quem teve três filhos (Marlon, Angela e Tara, que morreu três meses após seu nascimento). A letra da canção Sister morphine tem trechos sobre Anita que, na época, estava
David Bowie e Mick Jagger dividiam mais que o talento na música hospitalizada sob efeito de morfina. A supermodelo americana Patti Hansen (3) é a atual mulher de Keith, e mãe de Alexandra e Theodora Richards. Mick Jagger casou-se duas vezes e teve sete filhos com quatro mulheres – todas eram modelos. Com a americana Marsha Hunt (4) teve Karis, nascido em 1970. Jade nasceu em 1971 de seu casamento com a nicaraguense Bianca Jagger (5). Elizabeth (de 1984), James (de 1985), Georgia (de 1992) e Gabriel (de 1997) vieram de seu segundo matrimônio, com a americana Jerry Hall (6). Por último, nasceu Lucas, em 1999, de seu flerte com a brasileira Luciana Gimenez (7). Mas o maior pegador do rock teve vários outros casos. Entre 1963 e 1966, namorou a modelo inglesa Chrissie Shrimpton (8), que inspi// Outubro 2012
rou “Yesterday’s Papers” e “Under My Thumb”. A cantora britânica Marianne Faithful (9), que ficou com dois outros integrantes do grupo, mas decidiu namorar Jagger, também foi homenageada com faixas como “Let’s Spend The Night Together” e “You Can’t Always Get What You Want”. Ron Wood tem quatro filhos e foi casado duas vezes. Com a primeira mulher, a groupie inglesa Krissy Wood (10), ficou de 1971 a 1978. OS MELHORES SHOWS O show grátis dos Rolling Stones em Copacabana, o único no Brasil da turnê A Bigger Bang World Tour, aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2006, diante de um público estimado em 1,3 milhão de pessoas, com duração de duas horas. Em 18 de julho de 1978, em Forth Worth, no Texas, Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood, Charlie Watts e Bill Wyman apresentaram a turnê 21
Foto de: Edu Bras
TO enjoy // BUSINESS
Some Girls e provaram que a banda, depois de uma temporada longe dos palcos, não estava para brincadeira. Eles se superaram, como sempre, e deram um show aos fãs. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. O START Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin’ Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962. O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro, o pianista Ian Stewart, amigo de Brian. 22
A LENDA Há anos circulam rumores de que David Bowie e Mick Jagger dividiram mais que o talento na música e uma grande amizade. Em Mick: the wild life and mad genius of Jagger (Mick: A vida selvagem e o gênio louco de Jagger), recente biografia lançada sobre o vocalista dos Rolling Stones, o autor Christopher Andersen alega que a química entre os dois foi instantânea, Há anos circulam rumores de que David Bowie e Mick Jagger dividiram mais que o talento na música e uma grande amizade. Em Mick: the wild life and mad genius of Jagger (Mick: A vida selvagem e o gênio louco de Jagger), recente biografia lançada sobre o vocalista dos Rolling Stones, o autor Christopher Andersen alega que a química entre os dois foi instantânea alega que a química entre os dois foi instantânea.
Da esquerda para a direita: Charlie Watts, Keith Richards, Mick Jagger e Ronnie Wood
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TO ENJOY // MULHER RUUM
SOFIA VERGARA LISONJEADA POR SER CONSIDERADA SEXY AOS 40 Por: Natalia Kfouri
A atriz está concorrendo pela terceira vez a um prêmio Emmy da televisão americana por seu papel de gloria na popular série ‘’modern family’’ A atriz colombiana sofia Vergara se mostrou lison- jeada por, aos 40 anos, ainda ser considerada ‘sexy’ e reconheceu que sua aparência lhe abriu ‘muitas portas’ na vida, segundo disse em entrevista publicada nesta quarta-feira pela revista ‘The Hollywood reporter’. A atriz está concorrendo pela terceira vez a um prêmio Emmy da televisão americana por seu papel de Gloria na popular série “Modern Family”, criada por Christopher Lloyd e Steven Levitan, é produzido pela ABC que em 2010, 2011 e 2012, ganhou o Emmy de Melhor Série de Comédia, assim como outros 14 Emmys. Esse trabalho a transformou em estrela nos Eua, “nunca pensei que poderia ganhar dinheiro e manter minha família sendo engraçada e curindo o trabalho como faço hoje, estou muito satisfeita e realizada”, disse sofia, que na 24
quarta temporada do programa estará grávida, mas claro promete ser será a grávidada mais sexy da televisão americana. A atriz confessou que há muito dela e de outros membros de sua família no personagem de Gloria, que nunca esconde sua feminilidade latina colombiana também negou estar cansada de que seu aspecto físico gere tanto interesse: “penso que seria mal-agradecida se me incomodasse porque me veem como atraente ou sexy. Isso abriu muitas portas em minha vida. Tenho 40 anos e me encanta que as pessoas ainda pensem em mim como sexy. É muito lisonjeador, estou super feliz e orgulhosa de mim como mulher e atriz”, declarou. Sofia admitiu, no entanto, que há muito caráter por trás de sua imagem divertida. “Há coisas que me deixam louca, mas o que acontece é que me canso e depois dou a volta e me esqueço. Quando há uma nova pessoa trabalhando comigo ou um novo namorado, precisa se adaptar a isso no princípio, posso gritar e me cansar muito”, disse Sofia. Um dos que conhecem melhor a atriz é seu filho Manolo gonzález, aspirante a diretor, que a ajudou a se preparar para as audições para “Modern Family” e se frustrava com ela por sua falta de concentração. Amante da boa gastronomia, custuma jantar no restaurante comandado pelo premiado chef Yannick Alléno, chef Brullet Vivac e chef Armbruts Lenovi, todos no centro de Hollywood. Agora Sofia não hesita em desfrutar de seu sucesso e suas indicações e abusar daquilo que lhe tráz prazer. // Outubro 2012
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to enjoy // ruum recomenda
new york, New YORK:
O cenário é a cidade de New York, durante a Segunda Guerra Mundial. Um momento de incertezas e de contenção econômica Por: Joana Santana
MUSICAl New York, New York esteve em cartaz na capital paulista no Teatro Bradesco. A estréia será no Teatro Sérgio Cardoso, dia 16 de agosto. A direção é de José Possi Neto.
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O maestro Fábio Gomes de Oliveira assina a direção musical. Wagner Freire é o responsável pela luz e as coreografias são de Anselmo Zolla. O musical fala de uma época em que o Rock and Roll começa a se tornar um fenômeno americano e mundial. As big bands que, até então, dominavam o mercado, já estavam em decadência devido aos altos custos para a sua manutenção. New York, New York é baseado na obra homônima de Earl MacRauch, adaptada para o cinema em 1977 por Martin Scorsese, que contou com as participações de Liza Minnelli e Robert De Niro. Na versão de Possi, Kiara Sasso e Juan Alba são os protagonis// Outubro 2012
Foto de: Geraldo Matos
Cena do musical em sua temporada em São Paulo
tas. Eles são acompanhados por uma Big Band com 14 músicos. Para esta temporada a cenografia foi reformada. J.C. Serroni recria no palco a Nova York dos anos 40. Também há Projeções computadorizadas que ajudam a ambientar o público na cidade norteamericana. Os figurinos, os cabelos e a maquiagem também retratam o espírito dos anos 40.
Kiara Sasso e Juan Alba são protagonistas e são acompanhados por uma Big Band.
Essa peça ficou muita famosa em Nove Iorque pelos atores e atrises que c0nseguiram passar o espírito do tempo em que a peça se passava. No Brasil, tentaram levar todos esses conceitos para que a peça seja tão boa e especial como de Nova Iorque. E como claro, a produção impecável da Broadway.
NEW YORK, NEW YORK Teatro Sergio Cardoso Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista Informações: 3288-0136 Refletem a riqueza, a elegância e o charme da Televendas: 4003-1212 moda no período. O musical fala de uma época em www.ingressorapido.com.br que o Rock and Roll começa a se tornar um fenô- Bilheteria: De quarta a domingo meno americano e mundial. As big bands que, até das 15h até 19h; quinta ás 21h; então, dominavam o mercado, já estavam em deca- sexta ás 21h30; sábado as 17h e dência devido aos altos custos para a sua manutenção. 21h; domingo ás 16h. Eles são acompanhados por uma Big Band com 14 músicos. Para esta temporada a cenografia foi refor- TEMPORADA POPULAR mada. J.C. Serroni recria no palco a Nova York dos Ingressos: R$ 40 anos 40. Também há Projeções computadorizadas Duração: 130 minutos que ajudam a ambientar o público na cidade norte- Recomendação: 12 anos americana. Os figurinos, os cabelos e a maquiagem Curta Temporada: 16/08 a 07/10 também retratam o espírito dos anos 40. Idosos, pessoas com deficiência Refletem a riqueza, a elegância e o charme da físicas, ou mulheres com bebe de moda no período dos anos 40. colo têem fila preferencial.
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TO ENJOY // MODA
como usar terno
NO VERÃO Por: Julio Morais Fotos por: Edward Cullen
Peça essencial no guarda-roupa masculino, o terno é um item básico que favorece a silhueta do homem e cai bem em diversas ocasiões. Inclusive, em muitas profissões, é um item
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esmo elegante e necessário, durante a estação mais quente do ano, o terno pode não ser nada confortável. O problema pode não estar na roupa em si, mas na forma como ela é usada. Isso é o que garante Luiz Aziz Neto, consultor de estilo e proprietário da Alfaiataria Persona. Segundo o especialista, para driblar o calor é preciso investir em materiais que se adaptem com as altas temperaturas. Os tecidos compostos de fibra natural, linho, seda, algodão ou lã fria, são mais indicados para o calor. Já os tecidos sintéticos devem ser evitados. Para os que vestem costume todos os dias, como os advogados, por exemplo, a dica é apostar em tecidos mais leves, utilizando sempre de fibras naturais tais como a lã fria, o linho ou até mesmo as duas fibras misturadas, o trabalho fica mais leve. Outra dica para diminuir a sensação de calor é optar por roupas mais claras, pois as cores também influenciam, afinal absorvem menos luz, portanto menos calor. A melhor pedida para usar um terno de verão sob o sol escaldante é usá-lo em cores claras. “A luz solar vem branca, mas na verdade é composta de sete cores diferentes: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Um objeto é verde porque absorve todas as outras, menos o verde, que devolve ao ambiente. O branco não absorve nenhuma, reflete todas”, explica o consultor. Até aí, tudo bem. Mas e o preto? “Bom, o preto absorve todas as cores, e não devolve nenhuma. Por isso se diz que o preto é ausência de cor. E, por isso, esquenta mais, porque cada um dos raios traz uma certa quantidade de calor. Soma- se todos eles e dá um calorão! Quanto mais claro for seu costume, menos calor ele absorverá sob o luz do dia”, explica Luiz Aziz Neto. Os trajes masculinos do verão vão contar com cores claras, como cinza, de tonalidade média à clara, e o bege. Caso a profissão exija um terno escuro, prefira tons de azul marinho ou cinza mediano e evite tons escuros que se confundem com o preto. No entanto, para manter a sensação de frescor, não basta só acertar na escolha do terno. É preciso investir em uma camisa de algodão ou linho, seguindo as mesmas recomendações das cores. Só assim vai ser possível se vestir como manda o figurino e sem sofrer com as altas tem-
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Blazer: Gucci Camisa: Gucci Calรงa: Calvin Klein Sapatos: Miu Miu
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Blazer: Armani Camisa: Dunna Calテァa: Armani Sapatos: Crawford テ田ulos: Rayban
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Blazer: Armani Camisa: Harrolds Calテァa: Armani Sapatos: Crawford テ田ulos: Rayban
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TO ENJOY // COMPORTAMENTO
Happy hour é muito mais
ALGUMAS DICAS PARA VoCÊ aPROVEITAR UM HAPPY HOUR E AINDA FAZER DESSE MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO UMA GRANDE OPORTuNIDADE PROFISSIONAL Por: Renata Marucci
diversão Você é uma daquelas pessoas que ao ouvir a expressão “happy hour” se anima todo e fica com a boca cheia d’água só de pensar no uísque, na cerveja e nos aperitivos?
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Cuidado! Você pode estar perdendo uma grande oportunidade de aumentar a sua rede de contatos. Nos últimos tempos, o hábito de organizar encontros entre colegas depois do expediente tem recebido maior atenção e ganhou uma nova característica: a de ser um momento onde as pessoas se conhecem, trocam experiências e possibilitam a realização de contatos posteriores para fazer negócios. Veja agora algumas dicas preparadas pelo www.empregos.com.br para aproveitar sua happy hour da melhor forma. Para isso, contamos com a ajuda de Célio Leme, vice-presidente da Luminas America e de Marcelo Xavier, analista de negócios e organizador das Terças de Resultados da Internet Co. (um bate-papo semanal online entre profissionais de diferentes áreas do mercado). // Outubro 2012
Foto de: Felipe Biscaro
Happy Hour pode ser muita mais do que se destrair do trabalho.
Beba moderadamente. Pode parecer bobagem ou até mesmo repetitivo, mas diante de pessoas que representam boas oportunidades, é imprescindível manter a lucidez.
Leve cartões de visita. Com certeza você não fechará negócios durante o encontro porque o evento serve apenas como pontapé inicial. Por isso, é fundamental que você tenha cartões para trocar.
Não fique tímido. A timidez pode ser a grande barreira ao sucesso do seu negócio. Tente falar com o máximo de pessoas que puder enquanto estiver lá.
Pegue leve! Calma na hora de expor seu negócio, sua idéia ou seu currículo. Embora esses eventos tenham ganhado um tom de negócio, ainda é um momento de descontração e informalidade. As pessoas querem conhecer gente interessante para suas vidas profissionais, mas também querem divertir-se e fazer novas amizades. Não insista! Você poderá tornar-se um chato.
Seja natural e divirta-se! Sendo você mesmo com respeito, educação, proatividade e estando de bom astral, suas chances de atrair melhores oportunidades serão maiores, você conquistará novas amizade e possíveis parceiros. // Outubro 2012
Manter uma imagem certa e garantir seu lugar no mercado não é tarefa simples. É preciso estar atento para não cometer excessos e acabar comprometendo a própria imagem por conta de erros banais. Cuidado também com o Facebook, MSN e outras coisas irresistíveis.Com tantas coisas interessantes acontecendo no mundo virtual, fica difícil não dar uma escapadinha para uma conversa no MSN ou uma conferida no Facebook. No entanto, a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Leyla Nascimento, recomenda moderação para evitar constrangimentos. “Ter acesso às midias sociais é uma prerrogativa que a empresa dá e cabe aos funcionários utilizar de forma que não atrapalhe as suas atividades”, ressalta. Vale lembrar que muitas empresas monitoram as ações do funcionário. “Os recursos são para uso da empresa, não para uso particular. Qualquer minuto gasto no MSN em caráter particular é um minuto que alguém está pagando essa conta”, observa Dino Mocsányi, consultor empresarial. 41
48 horas em Florianópolis Um fim de semana recheado com AS praias MAIS ATRAENTES DO SUL DO PAÍS, esportes radicais, gastronomia e história. Por: Juliano Bianchi
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impossível resistir aos encantos de Florianópolis – ou, simplesmente, Floripa. Só as praias, lagoas, dunas e montanhas já valem a viagem. Mas além das belezas naturais, a capital catarinense reúne construções históricas e variada gastronomia. Seus moradores, os “manezinhos da ilha”, são simpáticos com seu sotaque peculiar, herança dos colonizadores açorianos. Não é à toa que Floripa atrai tantos turistas do Brasil e do lado de lá da fronteira. Os hermanos são presença constante no verão. Muitos até se mudaram de vez, já que Florianópolis é a capital com melhor qualidade de vida do país. Com 60 quilômetros de extensão, as distâncias de uma praia a outra são bem longas e compensa alugar um carro. 48 horas em Florianópolis é muito pouco para descobrir as atrações da ilha. Mas, com certeza, é um convite para uma próxima viagem. Praia é o que não falta em Florianópolis: 42 esparramam-se pela ilha – e sem contar aquelas menores, escondidinhas e sem nome. Com tantas opções, é difícil escolher uma só. Tire a manhã para conhecer a Praia
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Foto de: Bruno Lara
TO ENJOY // VIAGEM
Mole, a mais baladeira de todas. As ondas fortes atraem os surfistas enquanto o morro à direita é usado como rampa de decolagem para o voo livre. Nada melhor que tomar um café da manhã com vista para o mar. Siga então para a charmosa barraca de praia Big Blue Club que serve ótimos sucos e sanduiches naturais. E a praia ainda tem uma vantagem a mais: na fofa faixa de areia rola um forte clima de paquera. As fortes ondas da Praia Mole atraem surfistas. E, de quebra, muita paquera. Colada à Praia Mole fica Joaquina, outro famoso point de surfistas e sede de campeonatos internacionais. As fortes ondas da Praia Mole atraem surfistas. E, de quebra, muita paquera.
DIA 1 Se o mar não for sua praia, arrisque-se no sandboard, o surfe na areia. O desafio é deslizar pelas dunas em pé, sobre a prancha, sentindo o ventinho bater no rosto. Mas se preferir algo menos radical, encare o esquibunda, em uma prancha um pouco mais larga. Várias barracas na praia alugam as pranchas e até ensinam, e o mar não for sua praia. Pertinho dali está a Lagoa da Conceição. As águas da maior lagoa da ilha ficam coloridas com as velas de windsurfe e kitesurfe. Dá para fazer uma aulinha rápida com instrutores e aprender algumas manobras. Faça uma caminhada na Avenida das Rendeiras, que contorna a lagoa, repleta de lojas que vendem a tradicional renda de bilro. Aproveite para fazer comprinhas de peças feitas artesanalmente à mão, como toalhas e vestidos, acessórios e quadros. A Lagoa também concentra bons restaurantes, como O Barba Negra. No almoço, não deixe de provar a famosa sequência de camarão, que se tornou praticamente uma atração turística. O visitante pode se esbaldar nesse “rodízio” que começa com casquinhas de siri e continua com camarão ao alho e óleo, ao bafo, à milanesa e filé de peixe ao molho de camarão. Nos beach lounges de Jurerê Internacional rolam festas regadas a espumantes, ideais para curtir o pôr do sol. E que tal curtir uma balada em plena luz do dia, com os maiores DJs? A Praia de Jurerê Internacional reúne beach lounges que lhe dão um ar sofisticado de Ibiza e Punta del Este. As festas regadas a espumantes e música eletrônica são perfeitas para curtir o fim de tarde à beira-mar. O Cafe de la Musique, filial da casa paulistana, oferece cardápio internacional e espreguiçadeiras confortáveis na areia. Já no El Divino, DJs internacionais se revezam nas picapes, enquanto o público dança ou paquera no deque de madeira. Depois do esquenta na praia, nada melhor que curtir a noite de Floripa. Os mais baladeiros podem se esbaldar na pista ao som eletrônico ali mesmo em Jurerê. O complexo Music Park abriga três grandes casas: Pacha, Posh e Stage. 44
Restaurantes excelentes e pratos leves, para todos os paladares e com um fino tempero
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tigas construções em estilo neoclássico foram restauradas. Escolha como ponto de partida a Praça 15 de Novembro, onde a cidade foi fundada. Impossível deixar de notar a gigantesca e centenária figueira, com galhos que se estendem pela praça. Os moradores garantem que contornar a árvore várias vezes atrai fortuna, saúde e até casamento. Faça um pit stop no charmoso Café Cultura, instalado em um imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico. Tome uma xícara do saboroso café, que leva o nome da casa, acompanhado de um waffle de frutas vermelhas. De volta à caminhada, entre na Catedral Metropolitana, erguida em 1773, no ponto mais alto da Vila de Nossa Senhora de Desterro. O edifício passa por um intenso restauro, mas repare nos delicados vitrais e altares que já foram recuperadose outros ainda intactos. A poucos passos dali fica a Casa da Alfândega, de 1876. O prédio abriga barracas que vendem o típico artesanato local. É impossível resistir aos encantos de Florianópolis – ou, simplesmente, Floripa. Só as praias, lagoas, dunas e montanhas já valem a viagem. Mas além das belezas naturais, a capital catarinense reúne construções históricas e variada gastronomia. Seus moradores, os “manezinhos da ilha”, são simpáticos com seu sotaque peculiar, herança dos colonizadores açorianos. Não é à toa que Floripa atrai tantos turistas do Brasil e do lado de lá da fronteira. Os hermanos são presença constante no verão. Muitos até se mudaram de vez, já que Florianópolis é a capital com melhor qualidade de vida do país. Com 60 quilômetros de extensão, as distâncias de uma praia a outra são bem longas e compensa alugar um carro. 48 horas em Florianópolis é muito pouco para descobrir as atrações da ilha. Mas, com certeza, é um convite para uma próxima viagem. Praia é o que não falta em Florianópolis: 42 esparramam-se pela ilha – e sem contar aquelas menores, escondidinhas e sem nome. Com tantas opções, é difícil escolher uma só. Tire a manhã para conhecer a Praia Mole, a mais baladeira de todas. As ondas fortes atraem os surfistas. O morro à direita é usado como rampa de decolagem para o voo livre. Nada melhor que tomar um café da manhã com vista para o mar. Siga então para a charmosa barraca de praia Big Blue Club que serve ótimos sucos e sanduiches naturais. E a praia ainda tem uma vantagem a mais: na fofa faixa de areia rola um forte clima de paquera. As fortes ondas da Praia Mole atraem surfistas. E, de quebra, muita paquera. Colada à Praia Mole fica Joaquina, outro famoso point de surfistas e sede de campeonatos internacionais. Se o mar não for sua praia, arrisque-se no sandboard, o surfe na areia. O desafio é deslizar pelas dunas em pé, sobre a prancha. // Outubro 2012
Foto de: Bruno Lara
DIA 2 Deixe o segundo dia para descobrir o Centro Histórico. Boa parte das an-
Quando tiver tempo livre, fassa coisas que te destraem do trabalho
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Florianópolis é a capital com melhor qualidade de vida do país.
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Foto de: Bruno Lara
ARTESANATO E Gastronomia É impossível resistir aos encantos de Florianópolis – ou, simplesmente, Floripa. Só as praias, lagoas, dunas e montanhas já valem a viagem. Mas além das belezas naturais, a capital catarinense reúne construções históricas e variada gastronomia. Seus moradores, os “manezinhos da ilha”, são simpáticos com seu sotaque peculiar, herança dos colonizadores açorianos. Não é à toa que Floripa atrai tantos turistas do Brasil e do lado de lá da fronteira. Os hermanos são presença constante no verão. Muitos até se mudaram de vez, já que Florianópolis é a capital com melhor qualidade de vida do país. Com 60 quilômetros de extensão, as distâncias de uma praia a outra são bem longas e compensa alugar um carro. Florianópolis em 48 horas é muito pouco para descobrir as atrações da ilha. Mas, com certeza, é um convite para uma próxima viagem. Praia é o que não falta em Florianópolis: 42 esparramam-se pela ilha – e sem contar aquelas menores, escondidinhas e sem nome. Com tantas opções, é difícil escolher uma só. Tire a manhã para conhecer a Praia Mole, a mais baladeira de todas. As ondas fortes atraem os surfistas enquanto o morro à direita é usado como rampa de decolagem para o voo livre. Nada melhor que tomar um café da manhã com vista para o mar. Siga então para a charmosa barraca de praia Big Blue Club que serve ótimos sucos e sanduiches naturais. E a praia ainda tem uma vantagem a mais: na fofa faixa de areia rola um forte clima de paquera. Nada melhor que tomar um café da manhã com vista para o mar. As fortes ondas da Praia Mole atraem surfistas. E, de quebra, muita paquera. Colada à Praia Mole fica Joaquina, outro famoso point de surfistas e sede de campeonatos internacionais. Se o mar não for sua praia, arrisque-se no sandboard, o surfe na areia. O desafio é deslizar pelas dunas em pé, sobre a prancha, sentindo o ventinho bater no rosto. Mas se preferir algo menos radical, encare o esquibunda, em uma prancha um pouco mais larga. Várias barracas na praia alugam as pranchas e até ensinam. Pertinho dali está a Lagoa da Conceição. As águas da maior lagoa da ilha ficam coloridas com as velas de windsurfe e kitesurfe. Dá para fazer uma aulinha rápida com instrutores e aprender algumas manobras. Faça uma caminhada na Avenida das Rendeiras, que contorna a lagoa, repleta de lojas que vendem a tradicional renda de bilro. Aproveite para fazer comprinhas de peças feitas artesanalmente à mão, como toalhas e vestidos, acessórios e quadros. A Lagoa também concentra bons restaurantes, como O Barba Negra. No almoço, não deixe de provar a famosa sequência de camarão, que se tornou praticamente uma atração turística. O visitante pode se esbaldar nesse “rodízio” que começa com casquinhas de siri.
Restaurantes excelentes e pratos leves, para todos os paladares e com um fino tempero
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Superioridade sem esforço A nova Classe M traz uma definição contemporânea de direção. Com uma identidade marcante, se mostra poderosa, dinâmica e expressiva, mas também refinada e responsável. A promessa implícita de apresentar um design exterior com formas impressionantes é mantida no interior com fino acabamento e amplo espaço que criam uma sensação de bem-estar. Antes mesmo de ligar o motor, uma grande experiência de conforto já se mostra presente. Toda a tecnologia avançada aplicada neste automóvel levou em consideração um ponto muito importante: você. Prepare-se para sair da rotina e conduzir momentos como você nunca imaginou.
TO know // SEXO
o poder do ROMã, o viagra
Suco da fruta pode aumentar os níveis de testosterona em até 30%
Por: Joana Santana
NATURAL O consumo diário de um copo de suco de romã pode ser a solução natureba para um problema que afeta muita gente: a impotência.
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É o que diz um estudo conduzido por pesquisadores do Queen Margaret University, na Escócia. Segundo eles, a fruta pode elevar os níveis de testosterona entre 16% a 30%. Ou seja: o hormônio responsável pelo desejo sexual em homens e mulheres sobe lá no teto. Além do desempenho sexual, a romã e aumento da testosterona proveniente dela podem ser um santo remédio também para a memória e para aliviar o estresse. Como? Após monitorar as emoções de alguns voluntários, foi constatado que boa parte deles tiveram um crescimento das reações positivas e um declínio das ações negativas. // Outubro 2012
Foto de: Larissa Resek
Um copo de suco de Romã por dia pode ser a solução para a impotência sexual masculina
Estudos anteriores apontavam que a romã, fruta rica PASSOU NO TESTE! em antioxidantes, poderia ser utilizada para comba- É o que diz um estudo conduziter ataques cardíacos e melhorar a circulação san- do por pesquisadores do Queen guínea, podendo ainda prevenir algumas formas de Margaret University, na Escócia. câncer e aliviar sintomas de artrite. Bem, após tudo Segundo eles, a fruta pode elevar isso, melhor testar, não é? Vai que a coisa funciona os níveis de testosterona entre e dá um up definitivo na hora da transa. Bem melhor 16% a 30%. Ou seja: o hormônio que ficar guardando semente na carteira em “simpatia” responsável pelo desejo sexual em de Ano Novo. homens e mulheres sobe lá no teto. Romã pode elevar os níveis de testoxsterona entre Estudos anteriores apontavam 16% a 30% segundo estudo. Um copo de suco de Romã que a romã, fruta rica em antiopor dia pode ser a solução para a impotência sexual. xidantes, poderia ser utilizada Além do desempenho sexual, a romã e aumento para combater ataques cardíacos. da testosterona proveniente dela podem ser um san- Ou seja: o hormônio responsável to remédio também para a memória e para aliviar o pelo desejo sexual em homens e estresse. Como? Após monitorar as emoções de alguns mulheres sobe lá no teto. Estudos voluntários, foi constatado que boa parte deles tive- anteriores apontavam que a romã, ram um crescimento das reações positivas e um de- fruta rica em antioxidantes, podeclínio das negativas. ria ser utilizada.
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TO know // saúde
SAúde:
um compromisso Números revelam que os executivos estão deixando de lado um aspecto muito importante da vida particular: a preocupação com o bem-estar. E, segundo alegam, a principal causa é a falta de tempo Por: Natalia Kfouri/MBPress
inadiÁvel O tempo é uma questão de um pouco de organização e estabelecimento de certas prioridades. Parece óbvio, mas a verdade é que são poucos aqueles que conseguem definir quais aspectos de sua vida são prioritários. A saúde, por exemplo, deveria ser uma preocupação constante. Porém, a realidade difere, e muito, da teoria.
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De acordo com Camila Colazzo, consultora empresarial da ZR Consultoria, de Osasco (SP), inúmeras pesquisas apontam que a sobrecarga de trabalho pode ser responsável pelo desenvolvimento de diversas doenças. Contudo, parece que quanto mais há informação à disposição, menor é o índice de preocupação. “A maior parte dos profissionais desenvolve um quadro de doenças crônicas pela falta de tempo e atenção com o próprio bem-estar”, garante ela. Dados do Ministério do Trabalho apontam que nos últimos dez anos as doenças relacionadas ao exercício da profissão cresceram 480%. // Outubro 2012
Foto de: Geraldo Matos
Muito estress e pouco bem-estar.
Em relação ao ambiente corporativo, os números também são alarmantes. Segundo o último levantamento feito pela gestora de planos de saúde Omint, em 2007, 96% dos executivos não conseguiam manter uma alimentação equilibrada. E o que era ainda
profissionais foram os mais variados possíveis. Hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade, rinite, alergias de pele, estresse, ansiedade, insônia e até mesmo quadros de depressão figuraram entre os principais. “A rotina desses executivos é muito intensa”, comenta o médico cardiologista Milton Takachi. “Por isso a principal alegação para justificar essa situação é a falta pior: somente 26% procuravam mudar essa situa- de tempo.” ção. (veja quadro com os principais problemas de É certo que um grande numesaúde dos executivos brasileiros). ro de compromissos pode acabar Ainda de acordo com a pesquisa, 44% dos exe- invertendo prioridades. cutivos eram sedentários, 32% apresentavam Então, qual saída para o bemelevado nível de estresse e 13% eram fumantes. -estar se tornar um compromisso Os problemas de saúde diagnosticados entre esses realmente inadiável?
44% dos executivos eram sedentários, 32% tinham estress e 13% eram fumantes.
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Foto de: Geraldo Matos
TO know // saúde
No Albert Einstein, por exemplo, uma enfermeira meta uma periodicidade para que mantém contato constante com os executivos para os profissionais realizem exames averiguar se eles estão seguindo as recomendações de rotina”, sugere. médicas. Para facilitar o relacionamento, o paciente O importante, enfim, é planejarse compromete a sempre atender aos telefonemas do -se e compreender que a saúde não é hospital. No Fleury, para dinamizar o processo, tam- como uma reunião, a qual se pode desbém é utilizado o acompanhamento via web. marcar ou remarcar. Trata-se de uma O cardiologista Milton Takachi pretende implantar prioridade e um compromisso inadiem seu consultório um sistema semelhante para acom- ável. Afinal, o bom executivo é aquele panhar seus casos considerados mais críticos, mas que consegue gerir seu tempo de foradverte que qualquer tipo de tratamento só surte efeito ma eficaz, definindo com excelência quando o paciente faz a sua parte. “O médico mostra o suas prioridades. caminho e a pessoa decide seguir ou não”, diz. No Albert Einstein, por exemNa opinião da consultora Camila Colazzo, as corpo- plo, uma enfermeira mantém conrações também podem ajudar seus funcionários a ado- tato constante com os executivos tarem posturas mais saudáveis no cotidiano de trabalho, para averiguar se eles estão seguinsem que prejudiquem a boa gestão do tempo. “As em- do as recomendações. E todos eles presas podem promover campanhas e estipular como paresenteam resposta positiva.
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O bom executivo é aquele que consegue gerir seu tempo de forma eficaz definindo com excelência suas prioridades
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TO know // SAÚDE
10 dicas mais saudáveis
Até os minutinhos antes da reunião podem ser usados em prol do bem-estar. Veja os conselhos médicos Por: Marta Rodrigues
executivos Até uma agenda apertada, lotada de compromissos profissionais, tem espaço para prevenção de doenças. Os sábios médicos do Hospital Albert Einstein sabem disso e, para ajudar os executivos, prepararam um manual com dicas práticas para os profissionais não negligenciarem o autocuidado.
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Óbvio que além de uma alimentação saudável, é sempre bom ter alguma prática de exercícios físicos, diariamente se possível, ou pelo menos em dias intercalados da semana. Sabemos que a agenda de homens tão ocupados, como executivos, é difícil essa relação saúde e trabalho, mas com as dicas de especialistas temos certeza que poderemos ajudar a achar soluções mais viáveis ao dia-a-dia desses homens de sucesso. Sabemos que a agenda de homens tão ocupados, como executivos, é difícil essa relação saúde e trabalho, mas com as dicas de especialistas temos certeza que poderemos ajudar a achar soluções mais viáveis, práticas e confortáveis ao dia-a-dia desses homens de sucesso. Óbvio que além de uma alimentação saudável, tem que prestar atenção em tudo. // Outubro 2012
Foto de: Katia Rocha
Furtas são comidas fácies de trazer, saudáveis e e deliciosas
Dez minutos antes de uma reunião Faça uma caminhada breve. Além de relaxar, é bom para organizar os pensamentos. Substitua o elevador pela escada Já é um passo na direção contrária ao sedentarismo. Evite passar muito tempo sentado O momento em que o celular toca é uma boa oportunidade para caminhar enquanto conversa no aparelho. Troque a carne gordurosa Por uma opção mais magra, e aumente a quantidade de salada no prato e vários legumes frescos e gostosos. Jamais fale ao telefone comprimindo o aparelho em um dos ombros A má postura aumenta as dores nas costas e também a tensão na região. Reserve um tempinho para fazer uma caminhada pela empresa. Vá, de escada, tomar um café em outro andar e faça alongamento a cada uma hora, na cadeira.
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Estabeleça um horário para desligar Computador, celular, notebook, pager e bip. Nem que seja uma hora por dia. Desconectar faz bem à mente. Trabalhe a respiração profunda quando der A o sentir uma ansiedades muito fortes. Ela tem efeito calmante e evita a liberação de hormônios nocivos para o coração. Tenha uma alimentação sempre rica Em carboidratos, proteínas e mineriais evite comer muitas besteiras ao longo do di. Beba bastante água Pelo menos 1,5 litro por dia. E também bastante sucos. Evite bebidadas alcoólicas e bebidas gaseificadas, pelo menos em dias que estiver trabalhando, é melhor. 61
Workaholic ou worklover ? Estudo da UnB defende que dedicar-se demais ao trabalho não é doença, desde que se sinta prazer no que faz Por: Luciano Portela
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rabalhar cerca de 12 horas por dia e perder finais de semanas inteiros tentando terminar um trabalho pode sim dar prazer e satisfação a uma pessoa e torná-la mais feliz. Essa pessoa é um worklover (pessoa que ama o trabalho). A tese é defendida pelo Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília) e é fruto de anos de pesquisas das relações entre o trabalho e o prazer. A idéia é modificar a crença de que toda pessoa que trabalha demais é um workaholic, ou seja, um viciado em trabalho que acaba afetando de modo negativo todos os outros aspectos da sua vida cotidiana. Mas o que exatamente marca a diferença entre uma definição e outra? De acordo com o coordenador do laboratório da UnB, professor Wanderley Codo, o workaholic encontra no trabalho uma maneira de fugir da vida, de não enfrentá-la. Em geral, esse indivíduo não encontra satisfação em sua vida sexual, afetiva e familiar. Tem poucos amigos ou dificuldades de se relacionar e, ao invés de tentar resolver essas questões, “mergulha” no trabalho onde não encontra tais dificuldades, tornando-o uma obsessão. “Já o worklover não, ele pode passar tempo demais
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TO KNOW // SAÚDE
O trabalho a fundo Na psicologia o trabalho é o conceito dado a uma dupla relação de transformação entre o homem e a natureza geradora de significado. Mas o mesmo trabalho pode causar sofrimento, caso o circuito de geração de significado seja quebrado. Em outras palavras, o que o indivíduo produz tem que ter alguma importância para que ele se sinta realizado. De acordo com Codo isso pode acontecer, por exemplo, em fábricas nas quais o empregado apenas aperta parafusos e não participa da cadeia inteira da produção, ou ainda quando o indivíduo faz algo que não concorda. Quando o indivíduo somente segue ordens é o fim. “Quando isso ocorre é o fim de qualquer relação, seja afetiva, social ou amorosa. A pessoa sofre de verdade”, afirma. E isso faz com que a saúde da pessoa fique em risco. Quando o trabalho cai na rotina, pode gerar dúvidas no indivíduo. Mas segundo Codo, a relação pode voltar ao normal com novos estímulos como mudanças de atitude ou de função, ou ainda quando o indivíduo faz algo que não concorda. 66
Foto de: Katia Rocha
dedicado ao trabalho, mas não foge da vida por causa disso. Essa pessoa dificilmente consegue separar o prazer ou lazer do que é trabalho. Trabalhar para ele é uma diversão”, afirma o coordenador. Segundo a definição do estudo, o worklover tem ótimas relações fora do ambiente de trabalho. A sua realização profissional até o ajuda em todas as outras relações sociais como nos relacionamentos amorosos. “Estar satisfeito com o que se faz é uma das maneiras essenciais de um ser humano adulto ser saudável, já que o trabalho da pessoa – que toma a maior parte do dia na empresa – certamente tem influência sobre a saúde mental”, diz Codo. Profissionais que tornam-se worklover, segundo Codo, são aqueles que têm uma autonomia maior em suas tarefas profissionais. “Eles sentem que podem modificar o mundo com seu trabalho”, afirma o coordenador, que se autodenomina um worklover. Profissões cuja rotina não faz parte do dia-a-dia, como professores, jornalistas e médicos, têm maior tendência a criar “apaixonados”. A falta de importância ou representatividade de um trabalho impede que um indivíduo encontre satisfação nele. Um exemplo, segundo Codo, são os bancários. Uma pesquisa recente realizada pelo laboratório, que inclusive será publicada em forma de livro, detectou que estes profissionais sofrem da chamada “síndrome do vazio”. “Isso ocorre quando não se reconhece o produto do trabalho. Uma das melhores frases que ouvi de um bancário foi que ele começa o dia com zero e termina com zeroï. Não existe uma importância social no trabalho de um caixa, por exemplo.
Quando tiver tempo livre, fassa coisas que te destraem do trabalho
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Foto de: Katia Rocha
Rotinas flexíveis Apaixonado pelo que faz, o professor e biólogo Martim Sander fala com alegria contagiante do trabalho que desenvolve há mais de vinte anos estudando e mapeando diversas aves e animais marinhos. “A maior sensação de prazer é quando se desvenda mistérios”. Na sua rotina não existem muitos horários fixos a não ser os das aulas, que dá com o mesmo prazer com que realiza suas pesquisas de campo. “Não uso livros, uso a minha própria pesquisa e acredito que com isso consigo tornar as aulas mais interessantes para os alunos e para mim também”, destaca. O professor diz ser capaz de passar dias quase sem dormir para terminar um trabalho no qual está envolvido demais. Já esteve 16 vezes na Antártida e em uma delas a estadia durou mais de 80 dias. Mas o professor afirma que não ama o ato de trabalhar em si e sim o tipo de trabalho que realiza. “Eu amo as aves, a verdade é essa! Se tivesse que realizar o mesmo tipo de trabalho com peixes, por exemplo, não sentiria tanto prazer e nem me dedicaria tanto.” Para quem está insatisfeito com o trabalho ou a posição que ocupa profissionalmente, o especialista dá uma dica: “pense que isso é passageiro”. A estratégia funciona principalmente para quem está no posto de estagiário ou de trainee. “Tenha em mente que o que está fazendo é temporário e que está trabalhando para que, no futuro, possa realmente sentir prazer no que faz”. Mas Heloani alerta que isso só funciona se o indivíduo em questão tiver objetivos traçados. “Isso não adiantará se você não souber o que quer”, finaliza. Especialista em saúde mental, o professor e pesquisador da Unicamp (Universidade de Campinas) e da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), José Roberto Heloani, afirma que ama o seu trabalho, mas não se considera um worklover porque não concorda com o termo. “Isso não existe. |O que existe é o indivíduo que trabalha com prazer e consegue equilibrar todos os campos da vida. Trabalhar em demasia acaba gerando um estresse de qualquer maneira, mas se esse estresse pode ser positivo se o indivíduo se sente realizado no que faz”, afirma. Na opinião de Heloani, infelizmente, a grande maioria das pessoas está insatisfeita com o trabalho e muitos acabam se torturando psicologicamente. “A cobrança é tão grande que essas pessoas dedicam tempo demais ao trabalho para conseguir alçar objetivos. Essa pessoa pode deixar em segundo plano os outros aspectos da vida e isso, a longo prazo, pode ser perigoso”, diz. Sabe-se hoje que tanto o trabalho quanto a diversão em proporções satisfatórias são critérios para avaliar um funcionamento psíquico saudável. Para quem está insatisfeito com o trabalho ou a posição que ocupa profissionalmente, o especialista dá uma dica: “pense que isso é passageiro”. A estratégia funciona principalmente para quem está no posto de estagiário ou de trainee.
Excesso de trabalho associado a falta de organização e mal humor é a chave para insatisfação profissional
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Saúde mental Trabalhar cerca de 12 horas por dia e perder finais de semanas inteiros tentando terminar um trabalho pode sim dar prazer e satisfação a uma pessoa e torná-la mais feliz. Essa pessoa é um worklover (pessoa que ama o trabalho). A tese é defendida pelo Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília) e é fruto de anos de pesquisas das relações entre o trabalho e o prazer. A idéia é modificar a crença de que toda pessoa que trabalha demais é um workaholic, ou seja, um viciado em trabalho que acaba afetando de modo negativo todos os outros aspectos da sua vida cotidiana. Mas o que exatamente marca a diferença entre uma definição e outra? De acordo com o coordenador do laboratório da UnB, professor Wanderley Codo, o workaholic encontra no trabalho uma maneira de fugir da vida, de não enfrentá-la. Em geral, esse indivíduo não encontra satisfação em sua vida sexual, afetiva e familiar. Tem poucos amigos ou dificuldades de se relacionar e, ao invés de tentar resolver essas questões, “mergulha” no trabalho onde não encontra tais dificuldades, tornando-o uma obsessão. “Já o worklover não, ele pode passar tempo demais dedicado ao trabalho, mas não foge da vida por causa disso. Essa pessoa dificilmente consegue separar o prazer ou lazer do que é trabalho. Trabalhar para ele é uma diversão”, afirma o coordenador. Segundo a definição do estudo, o worklover tem ótimas relações fora do ambiente de trabalho. A sua realização profissional até o ajuda em todas as outras relações sociais como nos relacionamentos amorosos. “Estar satisfeito com o que se faz é uma das maneiras essenciais de um ser humano adulto ser saudável, já que o trabalho da pessoa – que toma a maior parte do dia na empresa – certamente tem influência sobre a saúde mental”, diz Codo. Profissionais que tornam-se worklover, segundo Codo, são aqueles que têm uma autonomia maior em suas tarefas profissionais. “Eles sentem que podem modificar o mundo com seu trabalho”, afirma o coordenador, que se autodenomina um worklover. Profissões cuja rotina não faz parte do dia-a-dia, como professores, jornalistas e médicos, têm maior tendência a criar “apaixonados”. A falta de importância ou representatividade de um trabalho impede que um indivíduo encontre satisfação nele. Um exemplo, segundo Codo, são os bancários. Uma pesquisa recente realizada pelo laboratório, que inclusive será publicada em forma de livro, detectou que estes profissionais sofrem da chamada “síndrome do vazio”. “Isso ocorre quando não se reconhece o produto do trabalho. Uma das melhores frases que ouvi de um bancário foi que ele começa o dia com zero e termina com zeroï. Não existe uma importância social. 68
Quando tiver tempo livre, fassa coisas que te destraem do trabalho.
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EXPLORE GOURMET ruum separa as cidades mais famosas do mundo pela sua culinรกria local. de todos os continentes, cada uma traz sua culinรกria tradicional que encanta todos O REDOR DO MUNDO. Por: Juliana Bianchi
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TO ENJOY // VIAGEM
D Foto de: Bruno Lara
os lugares mais direferentes como Napa Valley, a culinária exótica de Tóquio, Ruum separa exclusivamente as cidades mais famosas do mundo pela sua culinária local. de todos os continentes, cada uma traz sua culinária tradicional que encanta todos ao redor do mundo. Se você está em busca de combinações perfeitas de comida e vinho, seu destino é Napa Valley, na Califórnia. Napa Valley é composto por cinco cidades: American Canyon, Calistoga, Santa Helena, City of Napa e Yountville. Ali estão cerca de 150 vinícolas que produzem os vinhos.
Vinhos produzidos em Napa Valley, Califórnia
AMÉRICA DO NORTE A cozinha tem personalidade própria e, não é por acaso, está na lista dos melhores continentes gourmet do mundo. A base de sua cozinha é a mistura de ingredientes cultivados localmente, o que gera um sabor único aos pratos. Viajar para Napa Valley é uma festa para os sentidos. A variedade da comida em Tóquio é impressionante. O melhor da cozinha japonesa no mundo pode ser encontrada nessa agitada metrópole. A capital oferece uma infinidade de opções gastronômicas, de vendedores ambulantes a restaurantes cinco estrelas. Sushis e sashimis são pratos indispensáveis, mas os cardápios reservam outras deliciosas atrações que valem a pena serem provadas. O que você também não pode perder em Tokyo são as feiras feitas na rua com insetos exóticos. Uma cidade repleta de atrações incríveis tem mais uma: a culinária. Paris é um dos centros gastronômicos da Europa com destaque para especialidades regionais. Além disso, oferece também uma mistura criativa das cozinhas francesa e estrangeiras pode ser encontrada nessa. Crepes, baguetes, coq au vin, cassoulet, quiche Lorraine, bouillabaisse, fondue, escargot e foie gras, baguetes, coq au vin, cassoulet. A paixão do australiano por comida é um dos motivos que torna a cozinha australiana uma das melhores do mundo. Na Austrália, cada região tem seus próprios pratos, de acordo com o que é produzido localmente. No entanto, os frutos do mar são sempre uma boa escolha em Sydney. Comida indonésia, tailandesa, indígena e japonesa e as fusões também são muito populares nessa região. Aventure-se nessa viagem pelo mundo dos sabores. AMéRICA LATINA Para os amantes da verdadeira comida gourmet, Alba não é apenas uma antiga cidade romana, mas o lar de um dos mais caros e mais procurados alimentos no mundo: a trufa branca de Alba. Uma viagem a Alba só é completa com o sabor das trufas em qualquer forma. Uma garrafa de óleo de trufa branca é a lembrança perfeita de sua viagem ou para quem quer ter na cozinha um ingrediente
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EUROPA A cozinha europeia é composta pelas cozinhas regionais das quatro principais regiões do país: Norte, Nordeste (Isan), Central e Austral. Sua comida é baseada principalmente na utilização de ervas frescas e especiarias, e na maneira de escolher os pratos individuais acompanhados por arroz. Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio entre os cinco sabores fundamentais do paladar: picante, azedo, salgado, doce e amargo. Como toda grande viagem, o mergulho na culinária tailandesa provoca sensações indescritíveis, é desde sempre uma sinestesia e um intercâmbio em um mundo gastronômico completamente exótico. Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio entre os cinco sabores fundamentais do paladar: picante, azedo, salgado, doce, amargo, picante, azedo, salgado, doce. Como toda grande viagem, o mergulho na culinária tailandesa provoca. A China é um convite ao exótico e às novas experiências. As diferenças regionais e culturais dão origem a diferentes estilos e sabores de culinária. Há oito principais cozinhas regionais. Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio entre os cinco sabores fundamentais do paladar: picante, azedo, salgado, doce e amargo e como sobremesa as Oito Grandes Tradições: Anhui, cantonês, Fujian, Hunan, Jiangsu, Shandong, Sichuan e Zhejiang. Os chineses acreditam que estejamos cercados por cinco campos de energia: fogo, madeira, terra, metal e água. Na culinária esses elementos são representados pelos cinco sabores. ÁSIA A culinária peruana utiliza diversas espécies de peixes em seus pratos, desde os tempos dos índios pré-colombianos, além da batata e do milho, que os conquistadores espanhóis trouxeram e se somaram aos já utilizados. Outras culturas como a italiana e a oriental também influenciaram a culinária peruana, hoje conhecida e muito apreciada. Com tantos sabores e pratos deliciosos e exóticos, Cingapura luta pelo título da Capital Gastronômica da Ásia. Se você quiser provar visite incrível Festival de Gastronomia de Cingapura. // Outubro 2012
Foto de: Bruno Lara
A China é um convite ao exótico e às novas experiências. As diferenças regionais e culturais dão origem a diferentes estilos e sabores de culinária. Há oito principais cozinhas regionais. Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio entre os cinco sabores fundamentais do paladar: picante, azedo, salgado, doce e amargo e como sobremesa as Oito Grandes Tradições: Anhui, cantonês, Fujian, Hunan, Jiangsu, Shandong, Sichuan e Zhejiang. Os chineses acreditam que estejamos cercados por Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio.
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Um dos maiores eventos gastronômicos da Ásia é realmente, é uma viagem que dá gosto e vontade de voltar com tantos sabores e pratos deliciosos e exóticos. A variedade da comida no Brasil é impressionante. O melhor da cozinha japonesa no mundo pode ser encontrada nessa agitada e gostosa metrópole. A capital oferece uma infinidade de opções gastronômicas, de vendedores ambulantes a restaurantes cinco estrelas. Sushis e sashimis são pratos indispensáveis, mas os cardápios reservam outras deliciosas atrações que valem a pena serem provadas. O que você também não pode perder em Tokyo são as feiras feitas na rua com insetos exóticos, capital oferece uma infinidade de opções gastronômicas, de vendedores ambulantes a restaurantes. OCEANIA Uma cidade repleta de atrações incríveis tem mais uma: a culinária. Paris é um dos centros gastronômicos da Europa com destaque para especialidades regionais. Além disso, oferece também uma mistura criativa das cozinhas francesa e estrangeiras. Crepes, baguetes, coq au vin, cassoulet, quiche Lorraine, bouillabaisse, fondue, escargot e foie gras. O que você também não pode perder em Tokyo são as feiras feitas na rua com insetos exóticos. A paixão do australiano por comida é um dos motivos que torna a cozinha australiana uma das melhores do mundo. Na Austrália, cada região tem seus próprios pratos, de acordo com o que é produzido localmente. No entanto, os frutos do mar são sempre uma boa escolha em Sydney. Comida indonésia, tailandesa, indígena e japonesa, e as fusões também são muito populares nessa região. Aventure-se nessa viagem. Para os amantes da verdadeira comida gourmet, Alba não é apenas uma antiga cidade romana, mas o lar de um dos mais caros e mais procurados alimentos no mundo: a trufa branca de Alba. Uma viagem a Alba só é completa com o sabor das trufas em qualquer forma. Uma garrafa de óleo de trufa branca é a lembrança perfeita de sua viagem. Para quem quer ter na cozinha um ingrediente secreto. Como sobremesa, outra especialidade da cidade: a deliciosa avelã Nutella. A cozinha tailandesa é composta pelas cozinhas regionais das quatro principais regiões do país: Norte, Nordeste (Isan), Central e Austral. Sua comida é baseada principalmente na utilização de ervas frescas e especiarias, e na maneira de escolher os pratos individuais acompanhados por arroz. Os variados pratos têm como características em comum a busca pelo equilíbrio entre os cinco sabores fundamentais do paladar: picante, azedo, salgado, doce e amargo. Como toda grande viagem, o mergulho na culinária tailandesa provoca sensações indescritíveis, é desde sempre uma sinestesia e um intercâmbio em um mundo gastronômico completamente exótico e variados pratos têm como características em comum. 74
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TO KNOW // COMPRA
Qual seria a melhor OPÇÃO
Os smartphones mais modernos dos dias de hoje, qual seria a melhor opção de compra para seu perfil: iPhone 5, Samsung Galaxy S3 ou iPhone 4S? Por: Luciano Portela
COMPRA? Os populares IPhone 5, Sam- Em relação ao critério de aspecto sung Galaxy S3 ou IPhone 4S físico, o iPhone 5 leva vantagem foram avaliados pela impren- com suas 112 g (gramas) de peso e sa especializada em tecnolo- 0,7 cm (centímetros) de espessugia após o anúncio do novo ra, um dos mais finos da categoria. celular da Apple, nesta quar- O S3 tem 133 g e 0,86 cm de esta-feira (12). Durante as aná- pessura, enquanto o 4S exibe um lises, os sites apontam qual corpo com 140 g de peso e 0,93 cm seria a melhor compra. de espessura. No display, o Galaxy leva vantagem no tamanho com 4,8 polegadas de dimensão contra 4” do iPhone 5 e 3,5” do 4S. O 4S possui melhor densidade com 330 ppi (pixels por polegada), diante do 5 com 326 ppi e do S3 com 306 ppi. A tela do i5 e do 4S são feitas em Retina, que é mais nítida e com 76
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Foto de: Bruno Dardes
Da esquerda para direita: Iphone 4s, Samsung Galazy S3 e Iphone 5
touch mais sensível, enquanto o S3 é produzido com CUSTO BENEFÍCIO Em relação ao critério de aspecto tecnologia Super Amoled, que é mais resistente. A conexão do S3 e do i5 oferecem compatibilidade físico, o iPhone 5 leva vantagem para banda larga 4G LTE (rede móvel com evolução com suas 112 g (gramas) de peso e de longo prazo), enquanto o 4S lida apenas com 3G 0,7 cm (centímetros) de espessuHSPA+ (pacote de acesso de alta velocidade). Já a ba- ra, um dos mais finos da categoria. teria do Galaxy é a mais duradoura com 22,5 horas em O S3 tem 133 g e 0,86 cm de estempo de conversa, enquanto o 4S dura 14 horas e o pessura, enquanto o 4S exibe um corpo com 140 g de peso e 0,93 cm iPhone mais recente dá suporte para 8 horas. Por fim, o maor benefício do 4S da Apple de agora de espessura. No display, o Galaxy leva vanem diante será o preço. O valor do aparelho de 16 GB (gigabytes) deve cair para cerca de US$ 99 (aproxi- tagem no tamanho com 4,8 polemadamente R$ 201) nos EUA. Já o iPhone 5 está es- gadas de dimensão contra 4” do timado para custar o equivalente do Galaxy S3, com o iPhone 5 e 3,5” do 4S. O 4S possui preço de US$ 199 (aproximadamente R$ 402). or fim, melhor densidade com 330 ppi o maor benefício do 4S da Apple de agora em diante (pixels por polegada). Em relaserá o preço. O valor do aparelho de 16 GB (gigabytes) ção ao critério de aspecto físico, o iPhone 5 leva vantagens. deve cair para cerca de US$ 99.
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Gestão de pedidos
Experiência de compra
Processo de pagamento antifraude, gerenciamento total dos pedidos e controle de faturamento.
Usabilidade e design do site com identidade completa da empresa.
Gestão de catálogo Produção de imagens, descrição, identificação e categorização de SKUs.
Gestão de atendimento Contato com o cliente final no pré e pós-venda via e-mail, chat ou telefone.
Gestão de logística SUA LOJA
Centro de armazenagem e distribuição próprio. Gerenciamento de entrega ao cliente final.
Gestão de marketing Ações on-line para geração de tráfego e conversão da loja.
Entre na era do e-commerce com o brandshop@brandshop.com.br
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TO INFORM // TECNOLOGIA
O prazer das bancas
O iba, a primeira loja on-line a vender livros, jornais e revistas, é um belo momento — o da convivência saudável e duradoura do eletrônico com o impress. Por: Fábio Altman
digitais Iba, ou ibá, em língua tupiguarani, significa fruto ou frutífera, iba em letras minúsculas é o nome da primeira loja online brasileira a vender, em um mesmo espaço, livros, jornais e revistas. O portal (www.iba.com. br) lançado na terça-feira, 6.
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A árvore inaugural é frondosa: 6 000 livros eletrônicos de 170 editoras, dezessete dos mais reputados jornais do país e 25 revistas digitais. Os conteúdos baixados poderão ser lidos em tablets — tanto no iPad como nos modelos alimentados pelo sistema operacional Android — e em PCs. Versões para Mac surgirão no segundo semestre. O iba é uma empresa da Abril Mídia, da qual faz parte a Editora Abril, que publica VEJA. “É uma banca digital completa, fácil de usar, com acesso a todas as plataformas”, diz Ricardo Garrido, diretor de operações do iba. “Cumpre uma de nossas missões, a de oferecer variedade de conteúdo e a melhor experiência de leitura no meio digital que só cesce a cada dia.” // Outubro 2012
Foto de: Geraldo Matos
A interface digital abre um leque de possibilidades para a dinâmica da leitura.
InSIGHT CRIATIVO Já existem outros bem-sucedidos negócios de venda de publicações eletrônicas no Brasil, como a Gato Sabido (mais de 7 000 títulos) e a Saraiva (6 000) — mas a oferta é restrita a livros. O Iba é pioneiro ao negociar revistas e jornais e lidar com toda a cadeia comercial. Do ponto de vista dos leitores, oferece, além da facilidade de reunir tudo em uma única página, de modo amigável, a possibilidade de comprar a
A ideia do iba surgiu em decorrência de um duplo movimento: o da expansão do parque de tablets no Brasil e o da expectativa de melhora da qualidade e alcance da banda larga. Há no país, hoje, 600 000 tablets — dentro de cinco anos, serão 9 milhões (por enquanto, 95% deles são iPads). A banda larga — embora cara e lenta — tem vasto caminho de crescimento. Hoje, um brasileiro leva pelo menos três horas para baixar um filme com qualidade de DVD — nos Estados Unidos, são necessários menos de quarenta minutos. assinatura dos periódicos (inclusive os impressos) e Por aqui, o custo de 1 megabit por um serviço de atendimento por telefone com sessenta segundo é de 47 dólares — contra pessoas para eventuais problemas. Do ponto de vista 15 dólares nos Estados Unidos. dos editores, permite acesso a todo o cadastro do com- O iba rompe essa relação, insaprador, facilitando futuros contatos. Nesse aspecto, é tisfatória. Mas não será sempre uma saída para as amarras da Apple. Em seus serviços assim, por exigência dos consude venda de publicações, a empresa criada por Steve midores. Esse cenário favorável Jobs cobra uma comissão de 30% dos editores — o iba permitiu o pioneirismo do iba e também cobrará, em proporções diferentes para cada atrai a Amazon. A empresa ametipo de produto —, mas fica com os dados da transa- ricana de Jeff Bezos, criadora do ção. O iba, ao contrário, abrirá a carteira de informa- Kindle, chega ao Brasil no início do ções dos assinantes de jornais e revistas aos editores. segundo semestre. Antes, contudo, Jobs teve homéricas brigas com executivos da Time terá de superar alguns obstáculos. Warner, quando lançou o iPad, porque exigiu guardar O principal será vencer a queda o e-mail, o telefone e o número do cartão de crédito. de braço com as editoras, insatis-
O iba é pioneiro ao negociar revistas e jornais e lidar com toda a cadeia comercial.
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Foto de: Geraldo Matos
TO INFORM // TECNOLOGIA
feitas com os descontos do preço de capa dos livros, tos de consumo provocada pelo de até 70% nos Estados Unidos. No caso do iba, em digital.” Em uma magnífica e vez da imposição, valerão o bom-senso de respeitar hoje clássica palestra proferida os valores indicados pelas editoras e, naturalmente, o em 2003 na Biblioteca de Alexancuidado de vender publicações a preços de mercado. dria, no Egito, Umberto Eco fez Ganham, portanto, as duas pontas — a de quem com- uma defesa da coexistência despra, em primeiro lugar, e a de quem vende. ses dois mundos ao lembrar dos Grandes iniciativas eletrônicas como essa do iba três tipos de memória humana fazem sempre soar as trombetas do apocalipse, pre- — a orgânica (“feita de carne e de vendo o fim do papel — ocorrência espetacular, caso sangue, administrada pelo nosso fosse verdadeira. Convém ir com cautela e prestar cérebro”), a vegetal (“represenatenção ao fascinante momento atual, o da saudável tada pelos primeiros papiros e, convivência do eletrônico com o analógico. “O digi- depois, pelos livros”) e a mineral tal e o físico ainda vão conviver por um bom tempo”, (“a de milênios atrás, em pedadiz Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia ços de argila e obeliscos, e a atue Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getu- al, eletrônica, à base de silício”). lio Vargas, do Rio. “Mas ambos vão se transformar As três, diz Eco, hão de coexistir. rapidamente — o digital por sua própria natureza e Até quando, não sabemos até que o físico por causa da progressiva mudança de hábi- ponto pode chegar. 82
A leitura digital nos tablets permitem entre tantas outras vantagens carregar tantos livros forem necessários sem carregar o peso de cada um deles
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TÉCNICA HEREDITÁRIA Um olhar histórico ajuda a entender o motivo dessa permanência. Depois da invenção dos tipos móveis de Gutenberg (é um dispositivo para aplicar pressão numa superfície com tinta, transferindo-a para uma superfície de impressão, geralmente papel ou tecido. Normalmente utilizado para imprimir textos. A invenção e a difusão da prensa tipográfica de tipos móveis é amplamente considerada como o acontecimento mais influente do segundo milênio dC,[1] revolucionando a maneira como as pessoas concebem e descrevem o mundo, e inaugurando a Idade Moderna, Gutenberg, um ourives de profissão, desenvolveu um sistema de impressão completa, que aperfeiçoou o processo de impressão em todas as
Foto de: Luccas Massavera
Os livros digitais crescem no mercado e já correspondem a 15% das vendas editoriais.
etapas, adaptando as tecnologias existentes às invenções de sua autoria), no século XV, a publicação de manuscritos aumentou e prosseguiu ainda du- Tablets: fáceis práticos e cômodsos. rante três séculos. A televisão, lembremos, não matou o cinema. A popularização do computador nos (Os Fantásticos Livros Voadores anos 80 aumentou drasticamente o consumo de pa- do Sr. Morris Lessmore, trocadipel, por meio de impressoras cada vez mais rápidas. lho com um nome próprio, algo Diz Robert Darnton, diretor da Biblioteca da Univer- como “Maisé Menosmais”). O filsidade Harvard, nos Estados Unidos, e um dos mais me é uma homenagem silenciorespeitados pesquisadores da informação eletrônica: sa — como manda o figurino em “Os livros digitais ganham importância, já repre- tempos de O Artista — ao livro imsentam 15% do mercado editorial, mas os livros im- presso. Começa com um furacão pressos não perdem espaço. O papel e o eletrônico que arranca as palavras das páse complementam. Não podemos imaginar o avanço ginas, metáfora da maré digital. do digital como algo afeito a mudar completamente Mas, em um movimento irônico, nossa experiência cultural”. De fato, não é assim — e logo depois de ser lançado como por isso as lojas on-line, aptas também a vender os filme, fez sucesso. O papel e o eletrônico se comimpressos, unem o melhor dos dois mundos. plementam. Não podemos imagiMETÁFORA DIGITAL nar o avanço do digital como algo Mundos que se aproximam, mais do que se afas- afeito a mudar completamentam. Na semana passada, Hollywood concedeu o te nossa experiência cultural”. Oscar de melhor curta-metragem de animação a As lojas on-line, aptas também a The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore vender impressos. // Outubro 2012
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TO INFORM // TECNOLOGIA E INFORMAçÃO
O retorno dos gêmeos Irmãos investem 1 milhão de dólares em rede social SumZero, destinada a investidores, através de sua recémformada Winklevoss Capital Por: Paulo Fernando
Os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, mais conhecidos como os irmãos que acusaram Mark Zuckerberg de ter roubado a ideia do Facebook, estão de volta ao mundo das redes sociais.
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De acordo com o Wall Street Journal, os Winklevoss se tornaram os novos sócios da rede social SumZero, onde acabam de investir 1 milhão de dólares através de sua empresa Winklevoss Capital. Fundada em 2008 por Divya Narendra, CEO da SumZero e parceiro dos gêmeos na empreitada contra Zuckerberg, e outro ex-aluno de Harvard, Aalap Mahadevia, a rede social tem como objetivo ser um espaço de troca de ideias e análises de investimentos entre profissionais do mercado financeiro que trabalham com private equity, fundos de hedge e fundos mútuos. // Outubro 2012
Foto de: Fernando Medina
Gêmeos Winklevoss: com Winklevoss Capital, irmãos retornam ao mundo da internet ao investirem 1 milhão de dólares na rede social SumZero
O destaque do site é que a participação de analistas de Wall Street que atuem do lado da venda de negócios é vetada. Deste modo, mantêm-se um ambiente no qual circulam pesquisas e análises destinadas apenas àqueles que estão, efetivamente, colocando dinheiro em determinados negócios. Além de permitir a troca de ideias entre os membros, o SumZero, cujo acesso é gratuito, funciona como qualquer rede social. Nela, membros podem seguir uns aos outros e também recebem alertas pertinentes à publicação de análises relevantes aos seus investimentos. A condição, contudo, para que o usuário se mantenha dentro desta exclusiva rede é que ele publique, pelo menos uma vez por semestre, uma ideia ou análise de negócio. Mas quem está do lado de fora das áreas contempladas pela participação gratuita também pode ter acesso ao conteúdo do SumZero. Para isso, basta pagar uma mensalidade de 129 dólares que lhe dará o direito de receber newsletters com algumas análises debatidas na rede social. As informações destinadas a estes membros são escolhidas pelo próprio Navendra e a publicação de uma pesquisa depende ainda da aprovação do membro que a publicou.
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Além do envolvimento no informativo, Navendra fica em contato direto com as candidaturas enviadas por quem deseja se tornar membro. O CEO analisa todas as inscrições e aprova, ou não, com base nos requisitos determinados pela equipe. Hoje, a SumZero conta com cerca de 7.500 membros e são rejeitadas, em média, 75% das candidaturas. O destaque do site é que a participação de analistas de Wall Street que atuem do lado da venda de negócios é vetada. Deste modo, mantêm-se um ambiente no qual circulam pesquisas e análises destinadas apenas àqueles que estão, efetivamente, colocando dinheiro em determinados negócios. lém do envolvimento no informativo, Navendra fica em contato direto com as candidaturas enviadas por quem deseja se tornar membro. 85
ANUNCIO
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TO INFORM // TECNOLOGIA
Resista ao iPhone 5
Confira como os valores do iPhone 5 renderiam se fossem investidos em diferentes aplicações. RESISTA AO APARELHO E GANHE MUITO MAIS.
INVISTA Por: Fábio Altman
Os preços iniciais do iPhone 5, anunciados no site da Apple, são de 199 dólares pela versão 16 GB, 299 dólares pela de 32 GB e 399 dólares a de 64 GB.
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Para quem conseguir resistir à euforia em torno do aparelho, ou não fizer questão por já ter um celular semelhante, e quiser investir os valores do novo iPhone, os retornos podem ser de mais de 10.000 reais, o equivalente à entrada de um carro, no longo prazo. Segundo o consultor financeiro Mauro Calil, com o valor de tabela do iPhone 5 mais barato, de 199 dólares é possível investir em cerca de 85% das aplicações disponíveis no mercado. “Em um investimento de dois anos, não é difícil encontrar algumas aplicações menos agressivas que rendam 0,5% ao mês com um valor de 199 dólares”, afirma. Abaixo são apresentadas simulações de rendimentos obtidos ao investir o valor de um iPhone // Outubro 2012
Foto de: Geraldo Matos
Iphone 5: objeto de desejo e um alto investimento
em diferentes aplicações, em um prazo de dois anos. Para a comparação, os valores usados são os anunciados pela Apple, uma vez que os preços que serão praticados no Brasil ainda não foram divulgados. Ainda que os valores do iPhone vendidos aqui normalmente superem os valores do smartphone nos Estados Unidos, usando valores mais baixos é possível avaliar quais seriam as aplicações possíveis, mesmo que o comprador conseguisse adquirir o celular pelo
O iPhone na poupança com a taxa Selic a 7,5% renderiaao mês 0,42%. seu valor de tabela. E para facilitar a análise, as simulações consideram o câmbio do dólar a 2 reais e as aplicações utilizam como base a taxa Selic atual, a 7,5%. iPhone na poupança - A poupança, por exemplo, com a taxa Selic a 7,5% rende ao mês 0,42%. O equivalente a um rendimento de 11,20% em um prazo de dois anos. Com 400 reais iniciais (vamos usar esta aproximação do o valor do iPhone de 199 dólares para facilitar as simulações), o valor retornado seria de 42,68 reais. As vantagens da poupança são que o investimento é isento de Imposto de Renda e o valor pode ser resgatado a qualquer momento. No entanto, para prazos acima de seis meses, seu rendimento perde para o de outras aplicações, no atual patamar da taxa básica de juros. // Outubro 2012
Outros Investimentos IPhone em CDBs - Tomando como exemplo um CDB que pague 80% do CDI, se o Iphone de 400 reais for “aplicado”, o investidor teria um rendimento de 10,13%, ou um retorno de 40,51 reais. Já se o CDB pagar 90% do CDI, o rendimento em dois anos seria de 11,47% e o retorno seria de 45,89 reais. Com 100% do CDI, o rendimento seria de 12,84% e o montante totalizaria 451,36. Esses seriam os rendimentos obtidos, já descontando o Imposto de Renda, que no prazo de dois anos é tributado à alíquota de 17,5%. Vale observar que existem bancos grandes que permitem a aplicação em CDB com valores mínimos de 100 reais, mas nestes casos a remuneração pode não superar uma remuneração acima de 90% do CDI. Como no caso do HSBC e Santander, que permitem aportes mínimos de 100 reais, mas remuneram a 80% do CDI. O mais comum é que os bancos grandes tenham valores mínimos de investimento em CDB de 500 reais e 1.000 reais. Já no Banco Sofisa, que é um ban 89
Foto de: Marcela Mendes
TO LEARN // TECNOLOGIA
co médio, por exemplo, é possível investir a partir de OriENTAÇÃO 1 real e ter taxas de 100% do CDI. iPhone em fun- Por isso, especialistas orientam dos de renda fixa - O investimento do valor do iPhone que para ser vantajoso, o fundo em fundos de renda fixa também é outra opção para não tenha uma taxa superior a quem quer mais segurança no investimento. Existem os 1%, neste cenário de juros baixos. fundos que aceitam baixos aportes iniciais, a partir O mais comum é que as taxas mede 50 reais. Porém, para pequenas quantias, as taxas nores que 1% sejam válidas para de administração são mais altas. Para aplicações in- aplicações com valores superioferiores a 1.000 reais, a taxa média cobrada, segundo res a 1.000 reais, mas algumas a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados instituições têm taxas reduzidas Financeiro e de Capitais (Anbima), é de 2,46% ao ano. também para aplicações a partir No Itaú, por exemplo, o valor mínimo de investimen- de 500 reais, como a Porto Seto é de 100 reais, mas a taxa de administração é de guro Investimentos, que a par2,5%. Com a taxa média de 2,46%, um investimento tir deste valor tem taxas de 1% e de 400 reais em um fundo de renda fixa, em um prazo considerando, por exemplo, que de dois anos, teria rendimento de 7,32%, já descon- fossem investidos 600 reais - o tado o IR. Seria o equivalente a 29,12 reais em dois valor aproximado do iPhone de anos. O investimento fica pouco atrativo com a taxa 32 GB, sugerido pela Apple, com de administração de 2,46%, como é possível observar. uma taxa de administração de 1%, 90
Os Iphones representam status e esse atributo está imbutido no preço
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Foto de: Roberto Lombarde
o rendimento no prazo de dois anos do fundo de renda fixa seria de 9,81%, ou 58,85 reais, líquidos de IR. iPhone em renda variável - Os investimentos em renda variável não têm sua remuneração definida no momento da aplicação, por isso não é possível fazer uma simulação que represente a real rentabilidade que a aplicação teria. Para comparar o rendimento para estas aplicações, serão usadas a seguir referências sobre a rentabilidade passada dos investimentos. No entanto, vale ressaltar que a simulação é meramente ilustrativa, uma vez que na renda variável um investimento que rendeu 500% nos últimos cinco anos, pode nos próximos anos se desvalorizar 50% e é impossível prever com exatidão sua rentabilidade futura. iPhone em fundos imobiliários - Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários, acompanha diariamente o rendimento de mais de 50 fundos. “Com apenas 2,07 reais já é possível fazer um investimento em um fundo imobiliário. E pode-se dizer que ao menos 50% dos fundos negociados em bolsa poderiam ser comprados com até 400 reais”, explica. Recentemente, a bolsa lançou um índice que mede a rentabilidade média da indústria de fundos imobiliários, o IFIX. O índice é composto por 44 fundos e em dois anos (entre 30 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2011) rendeu 45,73%. Segundo explica Moraes, a corretagem cobrada neste tipo de investimento é negociada entre investidores e corretoras, por isso não é possível definir o valor médio cobrado. Algumas cobram valores fixos e outras se baseiam em uma tabela de referência, segundo a qual investimentos de até 498 reais têm taxa de 2%. Partindo daí, para uma operação de 400 reais seriam pagos 2% de corretagem (8 reais) mais até 0,074% de emolumentos para fundos cotados em bolsa ( 0,30 real), um total de 8,30 reais em encargos. Fora a rentabilidade que o investidor teria apenas com a valorização das suas cotas, os fundos imobiliários também distribuem proventos, na maioria dos casos mensais, que são provenientes das rendas dos empreendimentos, como com aluguéis. “Normalmente os fundos hoje estão pagando 0,60% de proventos”, diz Moraes. Considerando que os proventos fossem reinvestidos, em dois anos, além da rentabilidade de 45,73% se somaria a rentabilidade dos proventos, de 14,4% (0,60% x 24 meses). Seria uma rentabilidade total de 60,13% em dois anos. Os mesmos 400 reais,
Risco zero ao investir na bolsa de valores.
portanto, investidos em um fundo imobiliário, poderiam retornar ao investidor 240,52 reais. Subtraindo os 8,30 reais de taxas, o investimento retornaria 232,22 reais de lucro. iPhone em ações - O investimento em ações já é indicado para um investidor mais agressivo. E para investidores menos experientes, o ideal seria que o investimento fosse feito no longo prazo. Mais uma vez, nesta comparação vale a máxima de que a rentabilidade passada não garante rendimento futuro, mas, para efeito de comparação, vamos usar o retorno do Ibovespa nos últimos dois anos, que é o principal índice de referência da bolsa. Mauro Calil faz uma analogia para mostrar que no caso de um investimento do valor de um iPhone pode ser possível investir na bolsa com risco zero. “Se você toma uma cerveja, você perdeu esse dinheiro. Mas se você salva o dinheiro da cerveja, investe na bolsa e a bolsa quebra, você perdeu o dinheiro sim, mas ele já estava perdido, ele seria usado para comprar a cerveja de qualquer forma, então o risco é zero”. 91
ARQUITETURA COMO
DISPOSITIVO
POLÍTICO
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Arquiteto do Ground Zero fala de arquitetura interativa e dos novos projetos em Israel, Brasil e NYC Por: Giselle Beiguelman
EdĂficio Vitra, projeto de Libeskind na cidade de SĂŁo Paulo
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Foto: Museu de História Militar Bundeswehr
TO INFORM // ENTREVISTA
O arquiteto Daniel Libeskind, internacionalmente conhecido por projetos como o plano de reurbanização do Ground Zero, em Nova York, veio ao Brasil para uma conferência no Rio de Janeiro, no Midrash Centro Cultural. Em entrevista por Skype, de Nova York, falou das novas obras, como o lustre interativo El Masterpiece, lançado em dezembro, e o projeto do Instituto para Pacientes com Transtorno por Estresse Pós-Traumático a ser construído em Israel, e do Ground Zero. Costurando tudo, seus temas mais recorrentes: memória, história e as dimensões políticas da arquitetura. Nascido na Polônia em 1946, Libeskind imigrou para os Estados Unidos com sua família. Estudou música em Israel e em Nova York e nos anos 1970 decidiu estudar arquitetura, tendo realizado inclusive pós-graduação na Essex University (Inglaterra). Autor de projetos reconhecidos mundialmente como marcos da arquitetura contemporânea, dentre os quais destacam-se o Museu Judaico de Berlim e o teatro Grand Canal, na área portuária de Dublin, na Irlanda, e inúmeros projetos na Ásia, Libeskind conversou com RUUM. O arquiteto lançou recentemente, na última edição da Miami Basel, uma edição limitada do seu primeiro projeto de lighting design, um lustre de quase 3 metros, o El Masterpiece. Responsivo aos coman96
dos de seus usuários, é controlado via iPad por um algoritmo complexo que permite construções dinâmicas com seus 1680 LEDs especialmente produzidos z para este projeto, resultando em novos ambientes. Como a emergente app cultura e a experiência da mobilidade alteram nossos conceitos e as práticas do design e da arquitetura? Daniel Libeskind: A tecnologia é uma parte muito importante do design, em qualquer outro período da história, e usar tecnologias inteligentes em projetos arquitetônicos é uma ótima ideia. O uso remoto de dispositivos facilita uma certa experiência de liberdade, mas não muda a arquitetura, pois a arquitetura não lida com os equipamentos, mas com a imaginação, com os sonhos. Nessa obra em particular, o programa que foi desenvolvido refere-se às estrelas, à cosmologia. Como se sabe, quando olhamos as
Daniel Libeskind na cerimónia de abertura do Museu de História Militar Bundeswehr
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Foto: Museu de História Militar Bundeswehr
estrelas, estamos vendo o passado, não o futuro. Então, temos aqui, nesse app, uma metáfora: a tecnologia está mirando o passado e a arquitetura, o futuro. É sobre a combinação entre essas duas partes que essa obra fala. O responsável pelo desenvolvimento do algoritmo foi seu filho, o astrofísico Noam Libeskind. Foi a primeira vez que trabalharam juntos? Daniel Libeskind: Foi a primeira vez que trabalhei com meu filho. Eu quase não participei do desenvolvimento porque era muito complexo para minha cabeça. Mas ele pode participar no meu projeto, porque é simples, pois a arquitetura é sobre fazer coisas. Noam trabalhou sobre a ideia de fazer uma simulação da história do universo das luzes ao longo de 30 bilhões de anos em 30 minutos. El Masterpice, portanto, não é um mero objeto decorativo, mas uma profunda meditação acerca da transformação da luz.
A tecnologia está nos permitindo pensar em um ambiente responsivo. É possível então falar hoje de uma arquitetura responsiva, dinamicamente reconfigurada pelos seus usuários? Daniel Libeskind: A tecnologia está nos permitindo pensar em um ambiente responsivo, mas também em estabilidade. A arquitetura não é apenas sobre transformação, mas também sobre nos dar coisas que não mudam e que não mudarão. E essa tensão entre transformação e estabilidade é a grande questão do nosso agora.
Centro Médico Sheba (Israel), projeto: Guerra, paz e arquitetura como dispositivo politico O Museu de História Militar, em Dresden, o Museu Judaico de Berlim e o Plano Diretor do Ground Zero, em Nova York, são projetos conhecidos de Libeskind porque, além de novos marcos arquitetônicos, constituem declarações políticas sobre a insanidade da guerra, a violência e são um instrumento de reflexão sobre as sequelas desses processos. Ele trabalha agora no projeto do Instituto do Transtorno por Estresse Pós-Traumático // Outubro 2012
El Masterpiece, lustre de quase 3m de altura com 1680 LEDs controlado via iPad
do Sheba Medical Center, em Israel. É o primeiro projeto hospitalar de Libeskind. O objetivo é ajudar os pacientes com TEPT a retornar à sociedade como pessoas produtivas. Dada a relevância da discussão na sociedade israelense e o forte compromisso político embutido em muitos de seus trabalhos, como o projeto arquitetônico concebido pelo senhor responde à demanda de aumentar a probabilidade de um retorno saudável desse tipo de paciente para a sociedade? Daniel Libeskind: A dimensão política da arquitetura é uma das dimensões da própria história da arquitetura, que diz respeito à politéia, à pólis, à cidade. Arquitetura, portanto, não é um assun
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TO INFORM // ENTREVISTA
to individual, uma coisa em si mesma, praticada por alguém de forma esotérica. É parte da cidade, da democracia, da sociedade como um todo. Não existe para funcionar como um container útil, ela é uma defesa de posição. Defesa essa que diz respeito a sua ética, aos seus pressupostos de justiça social, de beleza e de funcionalidade. O projeto do Instituto do Sheba Hospital é para vítimas do terrorismo. Não apenas soldados, mas também civis, e não apenas para israelenses, mas também para palestinos e para outras nacionalidades. É um projeto sobre como curar, como recolocar o indivíduo no centro do mundo. Isso me parece ser o fundamento da democracia, pensando o indivíduo não como mera unidade matemática, mas dando a todos o seu próprio espaço ético para criar um mundo melhor. Criar um lugar para pacientes com estresse pós-traumático implica uma mudança de paradigma, para algo totalmente novo, pois remete à descoberta do que é isso, TEPT, na sociedade contemporânea e, infelizmente, há muitas vítimas de estresse pós-traumático no mundo todo. E é isso o novo paradigma: Como criar um espaço que, apesar de ligado a um hospital, seja um espaço completamente novo? Que seja um espaço social, algo que vai além do espaço do edifício, e que diga respeito a relações: o espaço que as pessoas precisam para si, mas também o espaço dos seus e dos outros e o espaço onde possam estar juntos. O senhor costuma criar discursos poéticos por meio da arquitetura. No Museu Judaico de Berlim isso se reflete no famoso vão que nos puxa pra baixo e ao mesmo tempo nos obriga a olhar a luz, que vem de cima. No Museu Militar de Dresden, sua intervenção aparece como um corte histórico, um basta às guerras. Qual é a “assinatura” Libeskind deste projeto? Daniel Libeskind: A fonte de inspiração... Eu me baseei em um desenho, um bico de pena de Rembrandt. Trata-se de O Rei David em Oração (1652), uma imagem muito bonita e tocante porque nela o rei David aparece na sua solidão, na sua intimidade, antes provavelmente de ir dormir, rezando. Ao seu lado, no chão, está sua harpa. O rei David era um militar, mas era também um grande músico. Esse rei David é o poder da esperança, porque está alicerçado também pela música. Incorporei essa noção de musicalidade, de poesia, da reverberação 98
da memória no edifício, que para além de suas geometrias complexas, se abre para Tel Aviv e libera o corpo e a mente. A arquitetura, assim, aparece como um instrumento musical, tem um papel de trazer à vida algo que não é apenas uma função, mas uma força de esperança no futuro. Como pensar uma arquitetura para a paz? Daniel Libeskind: O Hospital Sheba é uma ferramenta para a paz. Há vários palestinos lá e pessoas de outros lugares também. É um hospital sem fronteiras. E isso é o fundamento da arquitetura – não ter fronteiras. É nessa arquitetura humanista que eu acredito.
Museus, histórias e memórias O crítico literário e professor da Columbia University (Nova York) Andreas Huyssen afirma que o movimento global de construção e restauração de museus responde a uma necessidade de nos protegermos da profunda ansiedade que a velocidade da nossa vida cotidiana provoca. A arquitetura dos museus estaria hoje, então, mais ligada ao tempo do que ao espaço? Daniel Libeskind: Não é por acaso que tantos museus têm sido construídos no mundo todo. Os museus tornaram-se uma espécie de recurso para o encontro, para a formação de comunidades, para o compartilhamento da criatividade. Isso faz com que os museus digam respeito aos sentidos originais da palavra, ou seja, o de templo da musas. Musas essas que são as filhas de Mnemosine, a deusa da memória na mitologia grega. E é sobre a memória que todos esses museus são. // Outubro 2012
Por outro lado, essa explosão de museus e centro comemorativos é também uma forma de disneyficação da memória, concorda? Daniel Libeskind: Essa disneyficação da memória e o uso barato da nostalgia é outra coisa. Porque a arquitetura sempre esteve baseada na memória. Não é apenas um objeto de vanguarda, gerado em computador para ser mostrado em uma revista fashion. É um edifício, um espaço que se refere a uma memória profunda, não banal nem facilmente relacionável ao “ aquilo que costumava ser”. Só a poesia poderia lidar com esse tipo de memória profunda e revelar-nos inclusive aspectos chocantes dessa imemorialidade. Portanto, a arquitetura não é apenas uma forma de orientação no espaço, como uma bússola. É um modo de orientar-se no tempo.
Ground Zero Daniel Libeskind foi o vencedor do concurso internacional para a reurbanização do Ground Zero, a área devastada no ataque de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York. O projeto, de acordo o arquiteto e crítico de arquitetura Joseph Giovanni, era o único que conseguia dialogar emocionalmente com os habitantes da cidade, transformando esse “território sagrado em um corolário tridimensional”. A despeito disso, o projeto sofreu modificações impostas pela incorporadora do empreendimento. As discussões sobre o tema atrasaram as obras e geraram inúmeras controvérsias. Fale-nos sobre a reurbanização do Ground Zero e seus revezes. Daniel Libeskind: A despeito da grande publicidade sobre todas as brigas e crises que aconteceram, o fato é que as obras estão seguindo exatamente o plano que eu desenhei. Olhando, agora, da janela do meu estúdio, vejo também aspectos do plano que foram imaginados tomando forma... Não haverá um dia em que tudo estará pronto de uma vez. Mas quem vem a NY pode ver o memorial, que já está aberto ao público e é muito dramático e impressionante, com suas cascatas, e o barulho das águas e o dos carros conferem espiritualidade ao espaço. No ano que vem, o museu subterrâneo também ficará pronto. Ele fica embaixo dessas cascatas e é muito impactante porque mostra as fundações dos prédios que foram derrubados, e isso é uma parte // Outubro 2012
muito importante do meu projeto. Além disso, temos as torres, a número 1, que é a Torre da Liberdade, e as torres 3 e 4, que são reconstruções e já estão bem visíveis, e o espaço público e as ruas em redor que estão sendo restauradas. Com o tempo, acredito, as pessoas perceberão que não se trata apenas de mais um empreendimento comercial, mas sim do uso da “comerciabilidade” e de outros dispositivos para criar um espaço público da memória, um espaço para pessoas do mundo todo, como Nova York sempre foi, para mostrar a vitalidade, a vida e a vitória da vida sobre o horror que se abateu sobre essa cidade.
Brasil Daniel Libeskind está com um projeto em São Paulo, o edifício residencial Vitra, uma torre multifacetada que será construída numa das áreas mais nobres da cidade, no Itaim-Bibi, próximo da avenida Nova Faria Lima. O senhor está indo para o Rio de Janeiro. Tem algum novo projeto em mente ou a caminho? Daniel Libeskind: Não tenho nada concreto, mas espero que tenha uma possibilidade de fazer algo. Adoro o Brasil, todas as cidades que conheci - Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O país está aparecendo de uma forma tão genial no cenário internacional que seria fantástico contribuir de alguma forma. Por meio de um projeto para planejamento urbano, ou replanejamento, lidando com favelas, construindo um belo edifício… Estou aberto.
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PROFISSÃO com potêncial
Pesquisa internacional da Michael Page revela 6 novas profissões que estão bombando no mercado. Veja qual melhor se encaixa em seu perfil, e decole em uma nova carreira. Por: Joana Santana
SUCESSO A Michael Page, consultoria de recrutamento especializado, elaborou um estudo global que ajuda a entender como o mercado de trabalho vem se adaptando às variações da economia.
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Realizada em cinco países (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Brasil), a pesquisa destaca as atividades que nasceram para suprir as necessidades de um mercado em constante transformação. “São profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. A perspectiva para os próximos anos é de ampliação no campo de trabalho desses cargos”, diz Paulo Pontes, presidente da Michael Page no Brasil. Conheça os sete novos profissionais que, de acordo com a parte brasileira da pesquisa, se destacam nas empresas atualmente. A pesquisa destaca as atividades que nasceram ultimamente. // Outubro 2012
Foto de: Marcelo Santos
Profissionais capacitados e especializados são a aposta do momento
Gerente de treinamento do Varejo O que faz: treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. Antes, o costume era que a empresa adotasse um treinamento-padrão para todos os funcionários que lidam com o público; hoje, considera-se mais produtivo contar com profissionais que elaboram programas específicos.
São profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. Formação: administração de empresas, recursos humanos e psicologia. Quem contrata: empresas do setor de varejo Salário médio: entre R$8 mil e R$12 mil Gerente de Identidade Visual O que faz: em redes varejistas, é encarregado de talhar cada ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. Ele define, por exemplo, a linha de produtos que deve ganhar destaque em determinada loja, a maneira como seus vendedores devem abordar a freguesia e as ações promocionais mais proveitosas. Deve, enfim, cunhar uma identidade para a loja // Outubro 2012
ao mesmo tempo em que cuida para que ela não se sobreponha à imagem da marca nem entre em choque com ela. Formação: publicidade e propaganda, marketing e administração, com experiência em varejo. Quem contrata: empresas grandes do setor de varejo, em especial no segmento de luxo. Salário médio: entre R$8 mil e R$12 mil. GERENTE DE COMUNIDADE O que faz: atua diretamente na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns on-line. É responsável, por exemplo, por impedir que as propagandas, design, logística, RI, marketing e administração, com experiência em varejo. Quem contrata: empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo. Salário médio: entre R$8 mil e R$12 mil. 103
Foto de: Geraldo Matos
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Gestor de reestruturaçãO O que faz: nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas que tem dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Embora grande parte dos gestores de reestruturação atue no setor bancário, há profissionais também dentro das companhias, com a missão de colocar a situação financeira da empresa nos eixos necessários. Formação: gestão e administração de empresas, economia e engenharia, com pós-graduação em finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito. Quem contrata: instituições financeiras e empresas de grande porte do setor privado. Salário médio: entre R$14mil e R$24 mil. Gerente de projetos O que faz: joga no meio de campo entre o departamento de TI e as demais áreas da empresa. Por um lado, ele leva as necessidades dos diferentes depar104
tamentos da companhia aos técnicos de sistemas da informação. No caminho inverso, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI. Formação: engenharia, informática e logística. Quem contrata: médias e grandes empresas de todos os segmentos. Salário médio: entre R$12 mil e R$20 mil.
Salários médios de até R$ 45mil estão sendo ofertados
GR DE governamentais O que faz: é o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Formação: comunicação, direito e administração. Quem contrata: empresas de grande porte. // Outubro 2012
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EIKE BATISTA AVENTUREIRO E ATREVIDO Ele gosta de correr, nadar, navegar a bordo de suas lanchas e bater recordes. LEIA O PERFIL DO MINEIRO DE GOVERNADOR VALADARES, o homem mais rico do brasil e o sétimo do mundo com uma fortuna estimada em 30 bilhões de dólares.
Foto de: Rafael Faria
Por: Juliano Bianchi
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Foto de: Bruno Lara
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empreendedor Eike Batista nasceu em novembro de 1956. Mineiro de Governador Valadares, o empreendedor Eike Fuhrken Batista nasceu em 03 de novembro de 1956. É um dos sete filhos de Jutta Fuhrken e Eliezer Batista. Desde muito cedo, desenvolveu visão global de negócios, fruto, em grande parte, da própria experiência de vida. Depois de passar a infância no Brasil, foi morar, no início da adolescência, em locais como Genebra (Suíça), Düsseldorf (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica), acompanhando a família, que se mudava para a Europa, por conta da carreira profissional do pai. Em 1974, iniciou o curso de Engenharia Metalúrgica na Universidade de Aachen. Ainda em meio a faculdade, começou a vender apólices de seguro de porta em porta na cidade para garantir uma renda pessoal e se manter de forma independente. E pensar que hoje, 30 anos depois, o Grupo EBX executa um plano de investimentos de R$ 35 bilhões, nos setores de logística, petróleo, energia, indústria naval e mineração. Depois de formado, de volta ao Brasil, no começo dos anos 80, começou a empreender no setor de ouro e diamantes. Eike Batista, tinha 22 anos e comprava ouro, concorrendo com o poderoso Zé Arara, José Cândido de Araújo. Uma lenda dos garimpos. Arara voava para os garimpos em aviões escangalhados, levando comida, ferramentas e prostitutas e trazendo ouro. Chegou a vender 30 toneladas para o governo, mas não se modernizou e desapareceu, enquanto Eike Batista foi empreender novos negócios e tornou-se dono da oitava fortuna do mundo. Trata-se de pessoa excêntrica, esquisita, que coloca a letra “x” nos nomes de suas empresas, gosta de mulheres bonitas e desperta paixão, inveja e ódio. Ao contrário do que se pensa, Eike não enriqueceu comprando jazidas identificadas por seu pai, Eliezer, ministro das Minas e Energia nos governos de Hermes Lima e João Goulart, secretário de Assuntos Estratégicos de Collor e várias vezes presidente da Vale. Fluente em cinco idiomas “português, alemão, inglês, francês e espanhol” foi intermediário entre produtores na Amazônia e compradores em grandes centros do Brasil e Europa. Uma lenda dos garimpos. Arara voava para os garimpos em aviões escangalhados, levando comida, ferramentas e prostitutas e trazendo ouro. Chegou a vender 30 toneladas para o governo, mas não se modernizou e desapareceu, enquanto Eike Batista foi empreender novos negócios e tornou-se dono da oitava fortuna do mundo. Trata-se de pessoa excêntrica, esquisita, que coloca a letra “x” nos nomes de suas empresas, gosta de mulheres bonitas e desperta paixão, inveja e ódio. Ao contrário do que se pensa, Eike não enriqueceu comprando jazidas identificadas por seu pai, Eliezer, ministro das Minas e Energia nos go-
Fluente em 4 ediomas Eike é hoje responsável pela maior fortuna brasileira
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Foto de: Bruno Lara
Na mesma década, implementou a primeira planta aurífera aluvial mecanizada na Amazônia, criou o próprio grupo e tornou-se o principal executivo da canadense TVX Gold - empresa listada no Canadá e que propiciou o início do relacionamento com o mercado de capitais global. Os anos 90 foram marcados pela diversificação dos negócios e avanço para outros continentes. O “vendedor do Brasil” fez fortuna ao apostar no potencial do país — tanto nas riquezas, ao vender recursos minerais, quanto nos problemas, ao investir na reformulação da infraestrutura precária do país. A partir de 2000, Eike passou a focar as necessidades do País em recursos naturais e infra-estrutura. Entre 2004 e 2008, o empresário criou, estruturou e abriu o capital das empresas MMX (mineração), a MPX (energia), a OGX (petróleo) e a LLX (logística), levantando recursos recordes de US$ 7,1 bilhões junto a investidores brasileiros e estrangeiros. Eike preside a EBX Investimentos e o conselho de cada uma das quatro empresas de capital aberto do grupo. Em paralelo a estas atividades, o grupo tem projetos em outras áreas. Imobiliária, entretenimento e social, e busca novas oportunidades para gerar riqueza e valor para seus acionistas, a sociedade e o País. Capacidade de criação, execução de novos projetos e desenvolvimento de empreendimentos são as marcas da atuação do Grupo EBX, sediado no Rio, preside a EBX Investimentos e o conselho de cada uma.
Os recursos naturais brasileiros são reponsáveis pela explosão financeira de Eike Batista
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CRÍTICAS De acordo com a The Economist, uma crítica comum seria de que Eike “é um vendedor muito bom para ser verdade”. “É a única pessoa além de Bill Gates a ganhar bilhões com PowerPoint”, dizem os críticos, segundo a revista. De acordo com estudo da consultoria Economatica, as empresas de capital aberto de Eike tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,02 bilhão em 2011. Foi o pior ano para as empresas do grupo. No entanto, o perfil termina com a seguinte frase: ele terá que entregar”. Dos sete filhos de Eliezer, Eike é o único que enriqueceu. Ficou rico trabalhando. Talvez por isso se irrite quando o acusam de ganhar benefícios por ser amigo do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a quem empresta aviões. Nenhum governador deveria andar em aviões de empresários, mas, no caso de Eike, Cabral não pode dar a ele nada que já não tenha. Mas pode, sim, viajar nos aviões de Eike, se puder explicar que nada está em troca, além de sua amizade. É injusto acusar Eike de bajular o governador porque o Estado do Rio dá incentivos fiscais para suas empresas. Incentivo é uma coisa, benefício é outra. Incentivo é uma forma, como a palavra indica, de “incentivar” investimentos de risco. Basta ver o que Eike está fazendo no Rio para perceber que ele está dando, e não tomando. 109
A agilidade do negócio é incrível e essa fila corre de Porsche.
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Foto de: Roberto Luccas
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Hoje são 12 milhões de produtos vendidos em 60 mil lojas.
CARREIRA E POlÊMICAS AMIZADES empreendedor Eike Batista nasceu em novembro de 1956. Mineiro de Governador Valadares, o empreendedor Eike Fuhrken Batista nasceu em 03 de novembro de 1956. É um dos sete filhos de Jutta Fuhrken e Eliezer Batista. Desde muito cedo, desenvolveu visão global de negócios, fruto, em grande parte, da própria experiência de vida. Depois de passar a infância no Brasil, foi morar, no início da adolescência, em locais como Genebra (Suíça), Düsseldorf (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica), acompanhando a família, que se mudava para a Europa, por conta da carreira profissional do pai. Em 1974, ainda jovem e sem dinheiro, iniciou o curso de Engenharia Metalúrgica na Universidade de Aachen. Ainda em meio a faculdade, começou a vender apólices de seguro de porta em porta na cidade para garantir uma renda pessoal e se manter de forma independente. E pensar que hoje, 30 anos depois, o Grupo EBX executa um plano de investimentos de R$ 35 bilhões, nos setores de logística, petróleo, energia, indústria naval e mineração. Depois de formado, de volta ao Brasil, no começo dos anos 80, começou a empreender no setor de ouro e diamantes. Eike Batista, tinha 22 anos e comprava ouro, concorrendo com o poderoso Zé Arara, José Cândido de Araújo, uma lenda dos garimpos. Arara voava para os garimpos em aviões escangalhados, levando comida, ferramentas e prostitutas e trazendo ouro. Chegou a vender 30 toneladas para o governo, mas não se modernizou e desapareceu, enquanto Eike Batista foi empreender novos negócios e tornou-se dono da oitava fortuna do mundo. Trata-se de pessoa excêntrica, esquisita, que coloca a letra “x” nos nomes de suas empresas, gosta de mulheres bonitas e desperta paixão, inveja e ódio. Ao contrário do que se pensa, Eike não enriqueceu comprando jazidas identificadas por seu pai, Eliezer, ministro das Minas e Energia nos governos de Hermes Lima e João Goulart, secretário de Assuntos Estratégicos de Collor e várias vezes presidente da Vale. Fluente em cinco idiomas “português, alemão, inglês, francês e espanhol” foi intermediário entre produtores na Amazônia e compradores. Em grandes centros do Brasil e Europa. Na mesma década, implementou a primeira planta aurífera aluvial mecanizada na Amazônia, criou o próprio grupo e tornou-se o principal executivo da canadense TVX Gold - empresa listada no Canadá e que propiciou o início do relacionamento com o mercado de capitais global. Os anos 90 foram marcados pela diversificação dos negócios e avanço para outros continentes. O “vendedor do Brasil” fez fortuna ao apostar no potencial do país — tanto nas riquezas, ao vender recursos minerais, quanto nos problemas, ao investir na reformulação da infraestrutura precária do país. A partir de 2000, Eike passou a focar as necessidades do País em recursos naturais e infra-estrutura.
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FORA DO ESCRITÓRIO De acordo com a The Economist, uma crítica comum seria de que Eike “é um vendedor muito bom para ser verdade”. “É a única pessoa além de Bill Gates a ganhar bilhões com PowerPoint”, dizem os críticos, segundo a revista. De acordo com estudo da consultoria Economatica, as empresas de capital aberto de Eike tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,02 bilhão em 2011. Foi o pior ano para as empresas do grupo. No entanto, o perfil termina com a seguinte frase: ele terá que entregar”. Dos sete filhos de Eliezer, Eike é o único que enriqueceu. Ficou rico trabalhando. Talvez por isso se irrite quando o acusam de ganhar benefícios por ser amigo do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Nenhum governador deveria andar em aviões de empresários, mas, no caso de Eike, Cabral não pode dar a ele nada que já não tenha. Mas pode, sim, viajar nos aviões de Eike, se puder explicar que nada está em troca, além de sua amizade. É injusto acusar Eike de bajular o governador porque o Estado do Rio dá incentivos fiscais para suas empresas. Incentivo é uma coisa, benefício é outra. Incentivo é uma forma, como a palavra indica, de “incentivar” investimentos de risco. Basta ver o que Eike está fazendo no Rio para perceber que ele está dando, e não tomando. Os incentivos recebidos são daqueles que o governo concede para quem se arrisca. Não se trata de favor, está na lei. Para acusar Eike de ter levado benefício ilegal, seria preciso dizer qual, para qual empresa e quanto. Sendo Eike um bilionário excêntrico e vaidoso -é direito dele ser do jeito que é-, e querendo fazer bonito depois de atuar como vendedor de seguros na Alemanha, Eike comrpu ouro no Amazonas e vendeu no Rio de Janeiro, lucrando cerca de US$ 6 milhões com apenas 25 anos. Ele investiu o dinheiro na empresa de extração de ouro e, em 1986, era presidente de uma mineradora canadense, que mais tarde sofreu perdas bilionárias com processos legais na Rússia e Grécia, segundo a publicação depois de atuar como vendedor de seguros na Alemanha. Em 2004, ele começou a construir o Grupo EBX, com a listagem na bolsa de valores da MPX, MMX, LLX, OGX e OSX, antes mesmo de produzirem algo. “O potencial de vendas transformou o sr. Batista no homem mais rico no Rio, onde, por charme, é dono de restaurante e hotel, ninguém tem nada com o fato de que ele “deu” R$ 139 milhões para projetos sociais do Estado: criação de unidades pacificadoras em favelas. 112
Hoje são 12 milhões de produtos vendidos em 60 mil lojas.
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Mentiras da internet Coluna por: Ruth de Aquino (ruthdeaquino@ruum.com); lustração por: Orlando Pedroso
Você já viu esta cena. Todos na sala ou no restaurante esquecem um nome de filme ou escritor, alguém quer checar uma notícia, uma data... E o tablet ou o iPhone salvador é acionado. Pergunte ao Google. E lá está a informação que colore o branco da memória. Em termos. O que você le na internet pode estar errada ou ser uma mentira deliberada. Com a ajuda da credulidade humana, histórias inventadas se propagam. Algumas são plausíveis, baseadas em dramas verdadeiros. O professor de geografia, radialista e humorista Fábio Flores, capixaba de 39 anos, é um criador de notícias falsas ou, na definição dele, “fantasiosas”. A repercussão nacional e internacional de suas histórias é tão ampla que Fábio pensa em transformar sua experiência numa tese de mestrado sobre o “jornalismo mentira”. Ele publica casos com nome, sobrenome, idade, profissão, detalhes como “ o quê, como, quando e por quê” em blogs e sites que fazem referência a seu humor no rodapé. 116
Os casos de Fábio são um 1 de abril eterno. Ganham legitimidade com a palavra de especialistas, debates em televisão e universidades, projetos de lei, aulas de Direito e reportagens na mídia impressa e virtual do Brasil, Espanha, Itália, França e Estados Unidos.
Qualquer um pode inventar uma notícia na rede. Ele nunca reclama a autoria. Não quer deter o curso de sua ficção. Seu interesse é outro: analisar até onde voam seus personagens - ao que ele chama de “capilaridade”. Os assuntos com maior “capilaridade na rede”, segundo ele, são, pela ordem, “sexo, leis e religião”. Se der para misturar tudo numa só história que desafie tabus e preconceitos, mais sucesso ela terá no mundo real. No Facebook e no Twitter, dezenas de milhares curcomentam como se fosse verdade.
Há duas semanas, esta coluna se referiu a uma briga no Facebook entre a publicitária Mara Rocha e seu ex-marido Carlos Cavalcanti. A “briga” fora noticiada por um jornal nacional respeitado, dois sites jurídicos e confirmada a mim por uma advogada, com base em dez fontes, entre jornais impressos, sites e fóruns de Direito. Mara e Carlos não existiam. Eram um casal criado por Fábio, inspirado em brigas verídicas no Facebook. Descobri a fonte no Twitter. Fábio comemora sempre que uma história sua, inspirada na vida como ela é, sobe ao pódio da legitimidade. Na opinião dele, a mídia mais nobre é a imprensa. Eu o entrevistei ao telefone. Ele disse que as redes sociais são um campo fértil para propagar invenções que afetam o cotidiano das pessoas. Essa ganhou fama iternacional, porque o drama dos ninfomaníacos, os viciados em sexo, é atual e sério. A mentira é privilégio dos tempos de internet. Mas a democratização dos debates em sites e blogs facilita equívocos e maledicências. // Outubro 2012
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Barbosa desmente Coluna por: Sergio Malberzier (sergiomalbezier@ruum.com); lustração por: Orlando Pedroso
Quarta-feira, 24 de outubro de acusação: um delator importante da nação. O primeiro negro no Su2012, 18h05. Sento para escrever (Jefferson), uma profusão de evi- premo nomeado pelo primeiro opeesta coluna e de novo o inescapá- dências e a transmissão ao vivo do rário na Presidência comandando vel Joaquim Barbosa ocupa a TV julgamento deles. implacavelmente a carga condenaatacando os já condenados pelos A trajetória de Barbosa explica tória contra o governo que o nomeou réus do Mensalão. sua grande letalidade. Ele conhece numa corte em permanente conflito. Não muito tempo atrás, Bar- profundamente o direito e a admi- Por isso é mera consequência o fato bosa estava cético. “Político na nistração pública. Foi do Ministé- de Barbosa ter se tornado a face do cadeia? Vai demorar muito ainda rio Público Federal (1984-2003); acusador, ao invés do procuradorpara que se veja um caso”, disse -geral da República, Roberto Gurgel, em junho de 2011 à revista “Veja”. formulador original da acusação. Pois este momento parece mais perNa entrevista que deu em junho to do que ele imaginava, a dosar pela de 2011, Barbosa, impedido de somademaisde40anosdeprisãopara comentar diretamente o Mensalão, Marcos Valério contabilizada ontem. elaborou de forma mais generalisBarbosa, como relator do processo ta suas visões. Lidas hoje, ajudam do século, busca as punições mais a entender sua ação na Corte e severas possíveis, num rigor que foi Chefe da Consultoria Jurídica sua verve condenatória.Exemplos: não combina com o Brasil, ou não do Ministério da Saúde (1985- “Os processos (no Brasil) demoram combinava. Ele voltou com carga 88); foi Advogado do Serviço Fe- muito porque as leis são muito intotal neste segundo e decisivo ato deral de Processamento de Dados trincadas, malfeitas. As leis não do julgamento, que estabelece as (1979-84); foi Oficial de Chance- foram pensadas para dar solução penas dos condenados ou, no rico laria do Ministério das Relações rápida aos litígios. É um problevernáculo da corte, a dosimetria, o Exteriores (1976-1979). Já uma ma cultural, de falta de sentido quantum da pena.Barbosa e outros bolsa de estudos do CNPq abriu prático para resolver as coisas.” ministros do STF exploraram bem as portas para a academia, que o “A polícia trabalha mal, o Mia oportunidade inédita de realizar levaram ao doutorado em Paris e nistério Público trabalha mal. um julgamento técnico e público a outras sólidas credenciais que o Na maioria dos casos que rede corrupção de primeira gran- estado criou e decidiu ano passado. sultam em impunidade, é isso que deza atuando numa conjunção de O Estado brasileiro o preparou ocorre. Por outro lado, o sistema fatores raras vezes tão favorável à para este momento shakespeariano penal brasileiro pune e muito.
Político na cadeia? Isso não existe. Isso não vai acontecer.
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