EdifĂcio Uso Misto Conceito Quadra aberta
Anteprojeto de um edifício de uso misto aplicando conceito de quadra aberta apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo Da UNINASSAU- Campus Graças como avaliação da disciplina Projeto Arquitetônico VI.
Discentes: Bruno Italo e William Kleber Docente orientador: Genésio Leão
ÍNDICE 1
Tema 1.1 Uso misto ------------------------------------------------ 4 1.2 Quadra aberta-------------------------------------------- 5
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O terreno e a localização 2.1 Parâmetros urbanísticos-------------------------------- 6
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Características físicas e entorno 3.1 Aspectos ambientais e mobilidade urbana---------- 7 3.2 Mapa de Nolli------------------------------------------ 8 3.3 Mapa de usos------------------------------------------- 9 3.4 Mapa de gabari----------------------------------------- 10
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Estudos de caso 4.1 Conjunto Nacional------------------------------------- 11 4.2 Área criativa e econômica --------------------------- 12 4.3 Via West 57-------------------------------------------- 13
Referencial estético 5.1 Mosaico geométrico ------------------------------------ 14 Projeto 6.1 Conceito-------------------------------------------------- 15 6.2 Partido e setorização------------------------------------ 16 6.3 Evolução volumétrica---------------------------------- 17 6.4 Projeto final---------------------------------------------- 18 6.5 3D e vídeo------------------------------------------------ 21
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Referencias bibliográficas------------------------------- 30
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TEMA
1.1 Uso misto Projetos de uso misto vêm se revelando uma forte tendência no mundo todo e contrariam o propósito do planejamento urbano segmentado, que durante muito tempo buscou separar áreas residenciais, comerciais e hospitalares, por exemplo. Ao combinar no mesmo empreendimento ou na mesma região do bairro escritórios, lojas, áreas de entretenimento, residências e até hospitais, os projetos de uso misto atendem às cinco funções urbanas principais: morar, se locomover, produzir, trocar e se entreter/divertir. Esse movimento é ainda maior nas grandes cidades, em resposta à necessidade de os moradores evitarem longos percursos entre a casa e o trabalho, escola ou lazer. É o conceito de cidades compactas dentro de uma metrópole, criando novas centralidades. Assim, os projetos se destacam nas cidades brasileiras que se mostram mais hostis ao pedestre, vulnerável ao intenso tráfego de veículos, e ao motorista, que chega a gastar horas no trânsito.
Davis Brody Bond LLP
Setorização uso misto
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1.2 Quadra aberta Em um texto clássico no meio da arquitetura brasileira Christian de Portzamparc defende a quadra aberta como solução atual de problemas nas grandes cidades. Segundo o arquiteto Seria a união entre a primeira e segunda era de cidades, dessa forma dando oportunidade para uma terceira era. Uma concordância entre as qualidades nas vias da cidade tradicional e dos edifícios autônomos da cidade moderna. Estamos diante de um urbanismo de síntese, aonde a resultante"quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas". Muitos críticos diziam que Portzamparc não estava se propondo a “inventar” a quadra aberta, mas preocupado em dar história e conceito para o ato que acontecia nos centros urbanos cada vez mais frequentes em grandes cidades. O resultado final é uma grande permeabilidade dada ao pedestre, que pode andar pelo interior de terrenos privados criando novas rotas sem maiores obstáculos, Centros urbanos projetados para pessoas.
Cidades da primeira e segunda era, croquis. Arquiteto Christian de Portzamparc.
Les Haustes Fores, Paris. Arquiteto Christian de Portzamparc, 1975
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O TERRENO E A LOCALIDADE
O terreno de implantação do projeto fica localizado no estado de Pernambuco, situado de esquina com duas principais e movimentadas vias da cidade doRecife, Av. Governador Agamenon Magalhães e Av. Norte Miguel Arraes de Alencar no bairro do espinheiro possuindo4.769 m² de área total. O terreno localiza-se na Zac controlada II que segue regras para o calculo de coeficiente impostas pela Aru (lei dos doze bairros) possuindo os parâmetros urbanísticos dados na tabela abaixo.
Vista Pernambuco; Google earth.
2.1 Parâmetros urbanísticos Taxa de solo natural Afastamentos Coeficiente de utilização Gabarito de altura
30% Frontal 7m Lateral e fundos 3m 3,5 < 60m Vista Recife; Google earth.
Vista aproximada do terreno; Google earth.
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CARACTERISTICAS FISICAS E ENTORNO
3.1 Aspectos ambientais e mobilidade urbana Pode-se observar através dos mapas de aspectos ambientais uma grande quantidade de vegetação, inclusive numa área linear ao canal da Agamenon Magalhães trazendo uma importância maior ao externo..A Localidade dispõe de vias coletoras com sentido duplo que varia o fluxo de veículos entre moderado e intenso, apresenta em alguns locais isolados ponto de ônibus facilitando a locomoção dos usuários. O setor urbano de mobilidade da cidade apresenta o trafego disputado com a utilização mista isto é são utilizadas tanto por veículos quanto por pedestres.
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3.2 Mapa de Nolli No mapa podemos observar a densidade construtiva no local, nele estão marcadas áreas não edificadas conhecidas como vazios urbanos e áreas construídas que no entrono do terreno são de predominância, o traçado urbano pode ser considerado ortogonal com pequenas quadras e lotes, muitas edificações que estão construídas são conjugadas ou no limite frontal do lote apesar da densidade construtiva do local o entorno ainda possui espaços vazios, podemos perceber que a malha urbana é bem dinâmica havendo uma diferença entre a cidade formal e informal gerando surpresas ao decorrer do percurso. .
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3.3 Mapa de usos Observamos no mapa a predominância dos usos são residenciais, apresentando pouco uso comercial estando presente em pontos isolados do entorno onde a movimentação é constante e por conseqüência mais segura, Na Avenida Agamenon Magalhães ao lado do terreno de implantação do projeto o uso misto se faz presente com uma intensidade maior. Demais usos como religioso, educacional e lazer compõem discretamente o entorno.
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3.4 Mapa de gabarito O gabarito do entorno do terreno foi analisado através do 3D que retrata que as maiorias das edificações possuem gabaritos baixos (térreo e primeiro andar) existem poucas edificações com gabaritos altos, a localização sendo em área com predominância de gabarito baixo valoriza o nível da rua por não negligenciar o planejamento urbano. Ao lado do terreno de implantação do terreno possui um viaduto que cria desníveis que influenciam no campo de visão e fazem com que sensações dentro do meio urbano se modifiquem.
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ESTUDO DE CASO
4.1 Conjunto Nacional – SP David Linbeskind O conjunto Nacional é um condomínio misto (residencial, comercial e serviços) situado na av. Paulista com área construída de 120.000 m². O partido do projeto uma lâmina horizontal como grande galeria e outra vertical com apartamentos e escritórios, tornou-se modelo de cidade, o edifico adquiriu dimensão urbana por sua escala e qualidades. O projeto propõe uma abordagem de uso e ocupação de solo da cidade para afirma-se com ponto de inflexão no raciocínio do enfrentamento ou da estratégia de ocupação do lote. Nesse sentida a transição quase imperceptível que se estabelece entre o espaço publico do passeio e o térreo do edifico, promovendo relações nesse novo lugar criado pelo dialogo estabelecido com o espaço coletivo. Desse projeto podemos extrair como referencia o uso de lâminas horizontais e verticais orientando os usos da edificação, a criação de espaços públicos na área de circulação entre laminas criando assim áreas de descanso lazer e convívio.
Conjunto Nacional – Sâo Paulo
6.6 6.7
Setorização do conjunto Nacional
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4.2 Área criativa e econômica-Dali PWD Architecture Inspirado em criar um volume que não prejudicasse a beleza natural da área, o projeto foi amplamente desenhado em corte, fornecendo efetivamente luz natural e ventilação natural, mantendo vistas. A implantação resultante do conjunto de edifícios sobe com a topografia do terreno e responde a um espaço verde central ao nível do solo. Da mesma forma, o movimento através do espaço alterna entre áreas interiores e espaços verdes em terraços ao ar livre. as próprias estruturas empregam formas simples que são modernizadas com um sistema de construção de barras empilhadas e fachadas de alumínio e madeira. As próprias fachadas são compostas por linhas limpas que criam sutis panoramas da paisagem, emoldurando vistas de toda a província.
Área criativa e econômica - Dali
Desse projeto utilizaremos técnicas para dar movimento ao volume, no projeto estudado esse movimento é dado por um escalonamento rotacionando às lâminas, nossa proposta foi a parti do uso de cheios e vazios brincar com o volume dando plasticidade e dinâmica. Esquema de evolução volumétrica da área criativa e econômica
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4.3 VIA 57 West – Nova York BIG West 57 é o primeiro projeto em Nova York de Ingels. O edifício de 709 unidades se assemelha a uma pirâmide distorcida com uma fachada de declive acentuado. A estrutura triangular foi descrito como hibrido entre um bloco perimetral Europeu e um prédio tradicional de Manhattan. O prédio tem uma área de 80.000 m², incluindo usos comercial e residencial. As alterações do volume no West 57 dependem do ponto de vista do observador. O espaço verde compartilhado no coração do bloco é derivado do clássico "oásis urbano" de Copenhagen. Em uma acumulação semelhante de paisagens naturais, o pátio se transforma de uma floresta com sombra no leste, a um prado ensolarado no oeste. Do via 57 West usaremos o uso inteiro do terreno distribuindo usos ao longo do mesmo projetando sempre para áreas publicas fazendo assim que todo edifício tenha uma forte relação física e visual. Utilizaremos também a alteração do volume que dependerá do ponto de vista do espectador mantendo uma relação não somente com usuários do edifício, mas também com as pessoas que observam a edificação.
Via 57 West – Nova York
Evolução volumétrica do Via 57 west
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REFERENCIAL ESTÉTICO
5.1 Mosaico geométrico O Mosaico consiste em peças recortadas, que colocadas próximas uma das outras, produzem um determinado efeito visual, como um desenho ou imagem. Utilizamos em todo o volume do edifício inclusive no agenciamento do terreno o mosaico geométrico para que as pessoas que utilizem do projeto possam interagir observando as formas empregadas por todo o projeto
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O PROJETO
6.1 Conceito A proposta do projeto tem como principio a interação da cidade informal com a formal que se localizam em extremos do terreno de implantação do projeto, criando pelo conceito de quadra aberta um espaço fluido e convidativo por não possuir entradas fixas nem muros delimitando espaços, onde todos possam conviver e utilizar do projeto de formas distintas porem nunca isoladas. Projetado para o convívio dos olhos onde a segurança necessária dá-se a parti da movimentação de pessoas que pelo uso misto do projeto será constante.
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6.2 Partido e Setorização O projeto é composto por três usos distintos separados tanto por blocos quanto por pavimentos, verticalizando o mesmo. No subsolo foram colocados estacionamentos dos residenciais para que o térreo fique o mais fluido possível, pois é onde se localiza a área comercial do projeto demandando uma maior interação de pessoas, a parti primeiro pavimento temos uma separação por 3 blocos que variam volume e gabarito de altura sendo 2 residenciais projetados para atender todos os tipos de pessoas tendo apartamentos de um, dois e três quartos e possuindo janelas voltadas pra rua para que a vigilância seja dada através dos próprios moradores como falado no conceito e 1 bloco de serviço possuindo a planta livre para que todos possam ter acesso sem restrições. Todos os blocos se interligam através de passarelas facilitando a locomoção por todo terreno.
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6.3 Evolução volumétrica O volume foi pensado a parti do conceito que tem por finalidade a união de diferentes classes sociais, desse modo dois blocos foram implantados no terreno criando um boulevard no sentido original da palavra, via de passagem construída diante enormes muralhas (dois blocos) que cerca antigas cidades sendo amplas e bem arborizadas tendo um dos blocos vazados por questões de ventilação e iluminação natural e também para suavizar o projeto, em seguida passarelas foram colocadas com intuito de conectar os blocos e “ativar” o movimento e a troca nos ambientes, em seguido foram implantados dois edifícios residenciais que variam de tamanho e alternam seus volumes através de um jogo de cheios e vazios dando movimento ao projeto. Inicialmente o projeto tinha apenas uma torre porem para atingir o coeficiente de utilização outra torre foi inserida finalizando evolução volumétrica.
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6.4 Projeto final As plantas baixas foram disponibilizadas de forma que atendam diversos públicos no subsolo estacionamento para os blocos residenciais no térreo disponibilizamos de lojas em todo o terreno mantendo sempre contato de pessoas movimentando o ambiente e a parti do primeiro pavimento escritórios de serviço e apartamentos de um dois e três quartos, sempre alternados entre os pavimentos para interação maior dos próprios moradores.
Planta baixa subsolo
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Planta baixa tĂŠrreo Planta baixa 1pav
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Ampliação 3 apartamentos por andar
Ampliação 4 apartamentos por andar
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6.5 3D e Vídeo Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=LuT2t0Erzxw&feature=youtu.be Canal: William Klebs
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/empreendimentosde-uso-misto-sao-solucao-para-problemas-de-mobilidadeurbana_13491_10_0 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.124/38 19 Gehl, J. Cidades para Pessoas. Gordon, c. paisagem urbana
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