Livro 12 insights sobre sustentabilidade

Page 1

1


Coordenação Geral, Supervisão Editorial e Revisão Wilson Domingos Mingote Júnior

Produção Editorial, Diagramação e Designer de Miolo Thiago Nicácio

Projeto Gráfico Igor Botelho de Paula

Apoio Institucional Anhanguera Educacional Participações S.A.

Edição Especial Gratuita - 2012

Esta edição, resultado da coletânea de diversos trabalhos técnicos – científico, não possui fins lucrativos e sua distribuição é gratuita, sendo vedada a sua venda. Fica autorizada a reprodução do texto, no todo ou em parte, desde que se não altere o sentido, bem como seja citada a fonte. O conteúdo de cada trabalho técnico – científico é de inteira responsabilidade dos seus autores e co-autores.

Nota Esta é uma publicação independente e não tem vínculo financeiroeconômico com as organizações citadas nos estudos. A futura comercialização desta obra compete exclusivamente aos autores e ao coordenador geral do projeto, ou às pessoas e organizações autorizadas por estes.

Belo Horizonte – MG - Brasil

2


Conteúdo do Livro “12 Insights sobre Sustentabilidade” Pág. Insight de Abertura – 12 Insights sobre Sustentabilidade – O Projeto ...........................................................................

5

Insight #1 – Ações Sustentáveis Praticadas pela Empresa MRV Engenharia ..................................................................

7

Insight #2 – Coleta Seletiva: A Distância entre a Ideia e a Prática ..................................................................................

16

Insight #3 – Ações Sustentáveis da Fábrica Mate Couro ..

24

Insight #4 – Sustentabilidade e Imagem Corporativa: Uma Relação de Lucro? ...............................................................

36

Insight #5 – Propostas de Governo dos Candidatos a Vereadores

da

Cidade

de

Santa

Luzia

sobre

Sustentabilidade ....................................................................

54

Insight #6 – Mc Donald’s e Sustentabilidade .....................

61

Insight #7 – Caminhar

para

Sustentabilidade?

Colocando Pilha nessa Ideia, mas sem Perder a Bateria ..

82

Insight #8 – CEMIG e Sustentabilidade Energética em Belo Horizonte: O Elo entre as Alternativas Sustentáveis Conscientização da População ............................................

95

Insight #9 – Sustentabilidade: A Importância do PRODAL Banco de Alimentos para o Instituto CeasaMinas ...............

3

108


Pág. Insight #10 – O Ecomarketing e sua Correta Aplicação como Diferencial Competitivo: Estudo de Caso Gerdau ......

118

Insight #11 – Ações Sustentáveis do Transporte Público no Centro de Belo Horizonte ................................................

127

Insight #12 – Ações Sustentáveis da Rede Hoteleira do Entorno do Mineirão para a Copa de 2014 ..........................

139

Insights de Encerramento Texto A – Eco 92: O que foi? ..............................................

152

Texto B – Rio+20: Carta de Compromisso das Nações com o Desenvolvimento Sustentável ...................................

155

Texto C – TI Verde: Um Desafio para o Futuro! ..................

159

Texto D – Sustentabilidade: Ponto Final! ............................

163

4


INSIGHT DE ABERTURA 12 INSIGHTS SOBRE SUSTENTABILIDADE: O PROJETO!

12 INSIGHTS ABOUT SUSTENTABILITY: THE PROJECT!

A ambição humana por acúmulo de riqueza, o mau uso dos recursos naturais, o crescimento populacional e as infindáveis crises econômicas mundo afora são alguns dos fatores que tem comprometido a sustentabilidade seja ela social, cultural, financeira ou ambiental. Dentre os questionamentos, talvez o mais pertinente seja “onde ou quando foi que perdemos o controle?”. Será que essa problemática surgiu com o nascimento do capitalismo? Ou será que mesmo em épocas de escambo a humanidade já padecia deste mal? Indubitavelmente, o ano de 2012 pode ser considerado como o ano da sustentabilidade. Esse título, porém, não se deve à evolução e implementação de ações sustentáveis por parte das nações, mas ao fato de que tem sido um período de desenvolvimento nas discussões sobre a temática. É com extremo prazer que apresento esta obra coletiva chamada “12 Insights sobre Sustentabilidade”, nascida nos seios da academia e que agora toma forma e contribui com a democratização do acesso ao conhecimento, estando disponível para download sem qualquer custo para todos os interessados no assunto. Apesar de ser uma obra genuinamente acadêmica, o livro tem uma linguagem acessível e de fácil compreensão, onde indivíduos com diferentes níveis de instrução podem se deliciar e debruçar sobre um tema que é pertinente a qualquer pessoa que se interesse pelo futuro do planeta terra.

5


Importante ressaltar que todos os artigos encontrados no corpo principal desta obra são fruto de uma pesquisa feita pelos estudantes do curso de Relações Públicas, da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte, junto a empresas sediadas no estado de Minas Gerais. Os resultados das pesquisas foram analisados e compilados textualmente para facilitar a compreensão do leitor. Vale pontuar que os desafios encontrados no percurso deste projeto foram inúmeros, mas nada comparado à satisfação de presenciar o surgimento de uma obra prima, feita com esmero e dedicação por estudantes empenhados e preocupados com o futuro e com o desenvolvimento sustentável do mundo. Finalmente, na condição de mediador deste trabalho, parabenizo a todos os envolvidos nesse brilhante projeto, em especial aos meus alunos (autores), que não mediram esforços para cumprir com o cronograma apertado e, sobretudo, que não recuaram um só segundo, acreditando assim no projeto de um professor sonhador. Aos leitores deixo o meu apreço e a garantia de que vocês estão diante de uma excelente produção acadêmica, realizada com o propósito de contribuir, mesmo que minimamente, ao progresso responsável do nosso planeta.

Ótima leitura a todos!

Professor Wilson Mingote Idealizador e Orientador do Projeto “12 Insights sobre Sustentabilidade”

6


7


INSIGHT #1 AÇÕES SUSTENTÁVEIS PRATICADAS PELA EMPRESA MRV ENGENHARIA

SUSTAINABLE ACTIONS PERFORMED BY THE COMPANY MRV ENGINEERING

Deborah Luisa Rodrigues* Franciele da Silva Santos* Isabella Ribeiro dos Reis*

Wilson Domingos Mingote Junior**

Resumo Este artigo tem como objetivo principal apresentar os resultados obtidos através de uma pesquisa realizada como os funcionários da empresa MRV Engenharia. Buscou-se verificar se referida empresa pratica ações sustentáveis, e quais são estas ações, além de verificar também como é feita a divulgação destas ações. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Construção Civil.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

8


Abstract This article aims to present the main results of a survey conducted by the officials of the company MRV Engenharia. We sought to verify that company practices sustainable actions, and what are these actions, and also check how is the disclosure of these actions. Keywords: Sustainability. Civil Construction.

INTRODUÇÃO O setor de construção civil surgiu para atender as necessidades básicas dos seres humanos em um primeiro momento, sem a preocupação com técnicas aprimoradas. O homem possui um diferencial dos demais seres vivos por ter a capacidade de produzir e modificar o ambiente de diversas maneiras em um curto período de tempo. Ao decorrer dos anos, tais técnicas foram sendo aprimoradas e surgiram inúmeras edificações, entre elas as de responsabilidade social. Nunca se falou tanto em sustentabilidade, bem como a sustentabilidade nunca teve um papel tão importante no ramo de construção civil. Já é possível encontrarmos construções que se enquadram nas condições de um edifício ecologicamente correto. O presente trabalho pretende apresentar uma abordagem sobre o tema Sustentabilidade na Construção Civil, pois as características de uma construção sustentável interferem diretamente na relação entre homem e meio ambiente com questões que podem ser minimizadas quando se resolve investir num planejamento adequado.

9


SUSTENTABILIDADE Segundo GONÇALVES (2010, p.19) o conceito sustentabilidade foi abordado pela primeira vez em 1979 na (AGNU) Assembleia Geral das Nações Unidas, por Brundtland, primeira ministra norueguesa. A ministra elaborou um relatório que foi nomeado Nosso Futuro Comum, que abordava a relação do homem com a natureza com a finalidade de desenvolver o presente sem comprometer o futuro das próximas gerações. O tema sustentabilidade tornou-se muito abrangente e de grande importância para a sociedade mundial. De acordo com a tese do pesquisador e ambientalista, James Ephraim Lovelock (1969), o planeta é um ser vivo e possui a capacidade de auto-sustentação, ou seja, é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais. A sustentabilidade esta diretamente relacionada com o desenvolvimento econômico e material sem que o meio ambiente seja agredido, e utilizam recursos naturais de maneira inteligente para que ele seja mantido futuramente. O conceito de desenvolvimento sustentável é questão de puro bom senso, porém ao tentar aplicar no nosso dia a dia, se torna completamente complexo e controvertido. Para que possamos aplicar tal desenvolvimento é necessário que sejam feitas algumas mudanças fundamentais na forma de como pensar, como viver, produzir e consumir. SUSTENTABILIDADE X CONSTRUÇÃO CIVIL A competitividade no setor de construção civil é muito grande e isso faz com que as empresas descartem os materiais utilizados por elas de maneira mais rápida e econômica. Tal atitude faz com que aumente cada vez mais a preocupação com o meio ambiente, o que leva as empresas a buscarem uma reestruturação de técnicas mais viáveis de reaproveitamento desses materiais.

10


O setor de construção civil é reconhecido como uma das mais importantes atividades de desenvolvimento econômico e social, mas também é visto como grande gerador de impactos ambientais, seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. O ambiente é modificado pelo homem em um curto período de tempo. No Brasil essas mudanças estão acontecendo com uma frequência muito grande devido à copa do mundo de 2014, onde prédios estão sendo construídos, estádios de futebol reformados, além de diversos imóveis que são erguidos diariamente. Em entrevista a revista Infra Facility Property (Ed. 140, março/2012), o diretor das empresas C&W, João Alves Pacheco, disse que a aderência dos estádios sustentáveis para a Copa do mundo são itens que irão contribuir para um avanço ainda maior nesta questão. “A sustentabilidade e os prédios verdes estão diretamente relacionados com a Operação e Manutenção de qualidade, indo ao encontro das novas legislações, das mudanças climáticas; a certificação vem para complementar. Os prédios são procurados por sua eficiência, pelo conforto, e os quesitos „verdes‟ contribuem para isso e para uma maior competitividade dos negócios e da imagem do imóvel e dos seus inquilinos”, completa Pacheco. A adesão às medidas sustentáveis nas empresas de construção civil pode trazer resultados positivos para a imagem da companhia e agregar valor a produtos e serviços. Segundo entrevista à Revista Premier Business (Ed. 4, dezembro/2010) Ricardo Guggisberg, organizador da Eco Business Show, uma das maiores feiras sobre sustentabilidade do Brasil, afirma que “sustentabilidade não é mais uma tendência, é a ideologia do século XXI. Fazer parte desta cadeia significa atrelar a marca a uma iniciativa social, investir no futuro, expandir os horizontes dentro do mercado corporativo, além da receita financeira que tem. É importante lembrarmos que a sustentabilidade passou a ser o quarto item de importância ao consumidor em relação à aquisição do produto ou contratação de um serviço. A sustentabilidade é um dos conceitos mais significativos da atualidade, porque 11


influencia a abordagem global de recursos energéticos, indústria, comunidade, economia e governo”. PRÉDIOS SUSTENTÁVEIS Com o conceito de que as gerações futuras poderão enfrentar grandes dificuldades devido aos claros sinais de degradação ambiental e os fortes indícios de que os recursos naturais estão ameaçados, os profissionais de construção civil começaram a projetar os chamados “prédios sustentáveis”. Esses prédios são planejados para reduzir os impactos no meio ambiente, agredindo de forma mínima o local onde estão sendo construídos. Além disso, os materiais utilizados para a construção dos prédios devem possuir a certificação e a garantia de produção sem nenhum tipo de degradação ao meio ambiente. O lixo que é produzido nos prédios sustentáveis também possui destino certo. A forma de descarte desse lixo é planejada para que o impacto ao meio ambiente seja mínimo e de acordo com a situação do local onde o prédio foi erguido. De acordo com o jornal Estadão de 12 de Julho de 2012 na sessão Opinião, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, tendo o primeiro prédio sustentável construído em 2004, com o uso de materiais e técnicas sustentáveis, mas foi apenas após três anos, que a indústria da construção conquistou a certificação no USGBC (U.S. Green Building Council). O ranking é liderado pelos Estados Unidos, com um total de 40.262 construções sustentáveis, seguido pela China, com 869, e os Emirados Árabes com 767. O Brasil aparece em quarto lugar com o total de 526 empreendimentos sustentáveis, sendo 52 certificados e 474 em processo de certificação no USGBC. Conforme matéria publicada no portal “Eu sou Famecos” da Universidade PUC de RS, a assessora do Instituto do Meio, Letícia Hotte, afirma que preocupação em possuir uma empresa com valores sustentáveis cresceu 12


fortemente após a efetivação do Protocolo de Kyoto, em 2005. Ela afirma que “o desenvolvimento sustentável engloba três fatores: o ambiental, o econômico e o social”. E estes fatores tendem a caminhar sempre juntos, favorecendo o meio ambiente, os lucros e a sociedade. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS Foi realizada uma pesquisa na empresa MRV Engenharia para verificar se os funcionários têm conhecimento do conceito de sustentabilidade, se estavam cientes das ações sustentáveis da empresa e se há divulgação para público interno e externo. Foram entrevistados 50 funcionários da empresa, o questionário foi aplicado através de contato pessoal. Dos 50 entrevistados 80% afirmaram que sabiam o que é sustentabilidade, mas, analisando cada uma das respostas, destes 80% apenas 60% realmente têm consciência do significado de sustentabilidade. Dentre as ações sustentáveis citadas pelos entrevistados está o plantio de árvores feito pela empresa para repor aquelas que são cortadas nas áreas em que são construídos seus empreendimentos. Outras ações também informadas foram a revitalização de praças públicas e utilização de materiais ecologicamente corretos. As formas de divulgação da empresa para seu público interno é a,través de e-mail diário, intranet, murais que são colocados em todos os setores com informações de conscientização e revistas oferecidas aos funcionários. Já para seu público externo a empresa criou um site com o nome “MRV Sustentável”, e através de revistas e jornais. Com a mensuração dos resultados, pode-se concluir que a empresa em questão tem se preocupado com a sustentabilidade e repondo os recursos naturais que estão utilizando. A divulgação é ampla, alcançando uma grande parte de seu público interno.

13


CONSIDERAÇÕES FINAIS Hoje em dia, quando se fala em construção civil, estamos também falando de uma das áreas em maior expansão no país devido à economia que está em um bom momento, a grande demanda para a construção de moradias populares, as grandes obras para a realização da copa do mundo em 2014, além de gerar muitos empregos. A questão é que tamanho desenvolvimento para esta área, também exige uma grande responsabilidade por parte das empresas do ramo e por parte do governo quando se trata de projetos voltados para estradas, aeroportos, etc. Essas atividades causam um enorme impacto ambiental, pois este setor é um grande consumidor de recursos naturais, e por isto todas essas organizações devem tomar medidas para repor estes recursos. Para que o setor continue crescendo, gerando empregos, moradias e ao mesmo tempo contribuindo de forma favorável ao meio ambiente, as empresas devem atentar a práticas como: gestão de economia da água, qualidade do ar, utilização dos ditos “produtos verdes”, entre outras. Através das informações obtidas na empresa de construção civil, MRV Engenharia, de Belo Horizonte, conclui-se que a empresa de fato está preocupada com o bem estar do meio ambiente e da sociedade que nele habita além de vêem o termo “sustentabilidade” como um dos valores primordiais para um futuro melhor no mundo em que vivemos. REFERÊNCIAS A TERRA É UM SER VIVO DO QUAL SOMOS O SISTEMA NERVOSO. Disponível em: <http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/454/artigo180107-1.htm>. Acesso em 01 out. 2012.

14


CAMINHOS SUSTENTÁVEIS. Disponível em: <http://www.revistapremierbusiness.com.br/site/Post/Post.aspx?id=1643> Acesso em 01 out. 2012.

COMPROMISSO PARA ONTEM... COM OLHOS NO AMANHÃ. Disponível em: <http://www.revistainfra.com.br/textos.asp?codigo=10313>. Acesso em 01 out. 2012.

CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,construcoes-sustentaveis,899177,0.htm>. Acesso em 11 out. 2012.

EMPRESAS ADEREM À SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <http://www.eusoufamecos.net/editorialj/sustentabilidade-em-alta/>. Acesso em 11 out. 2012.

FALANDO DE SUSTENTABILIDADE- PRATICANDO OS 3 R’S. Disponível em: <http://blog.huberg.com.br/2011/09/falando-desustentabilidade.html>. Acesso em 30 set. 2012.

GONÇALVES R. M. F. Conflito entre as determinações da convenção sobre a diversidade biológica e as regras do acordo trips. 2010.

SILVA, Christian Luiz. Desenvolvimento sustentável – Um modelo analítico, integrado e adaptativo. Vozes: Petrópolis, 2006.

VAHAN, AGOPYAN, VANDERLEY M. JOHN, Coordenador JOSÉ GOLDEMBERG. O desafio da sustentabilidade na construção civil. Blucher: São Paulo.

15


16


INSIGHT #2 COLETA SELETIVA: A DISTÂNCIA ENTRE A IDEIA E A PRÁTICA

SELECTIVE COLLECTION: THE DISTANCE BETWEEN THE IDEA AND THE PRACTICE

Andréia Cristina* Ghleyka Oliveira* Janaina Sinara* Joberth Heslander*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Um dos assuntos mais explanados hoje em dia pela sociedade é a sustentabilidade, uma palavra com um significado muito amplo. Atualmente esse assunto é abordado, pois está cada vez mais evidente o desgaste dos recursos naturais. Uma maneira de diminuir esse impacto de consumo exagerado dos recursos pela sociedade, é a pratica da coleta seletiva, que tem como objetivo a separação dos resíduos e a reutilização dos mesmos. Essa prática colabora para a recuperação dos recursos naturais e também gera emprego e renda. O objetivo desse estudo é pesquisar o nível de conscientização dos moradores do bairro Nova Cintra em relação à coleta seletiva. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Coleta Seletiva. População. Pesquisa.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 17


Abstract Currently one of the topics most discussed by society is sustainability, a word with a very broad meaning. Currently this issue has been discussed more, because obviously the depletion of natural resources. One way to reduce the impact of excessive consumption of resources by society is the practice of selective collection, which aims to separate waste and reuse them. This practice contributes to the recovery of natural resources and also generates employment and income. The aim of this study is to investigate the level of awareness of neighborhood residents regarding Nova Cintra collection. Keywords: Sustainability. Selective Collection. Population. Research.

INTRODUÇÃO Sustentabilidade é a capacidade de desenvolvimento sem prejudicar os recursos naturais, ou seja, equilibrar as necessidades de consumo do ser humano com a capacidade de renovação da natureza. Muitas são as atitudes que podem ser tomadas para se viver de forma sustentável, como por exemplo, o reaproveitamento de água, o uso de energias sustentáveis, locomoção por transportes públicos, a separação e reaproveitamento do lixo. Enfatizaremos nesse estudo a prática da coleta seletiva. Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos orgânicos. Nesse sistema de coleta o lixo é separado (papel, metal, plástico, e vidro).

18


A separação do lixo é realizada através da identificação de recipientes (lixeiras) com cores determinadas pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Essas cores são dispostas da seguinte forma: Azul: Papel; Vermelho: Plástico; Verde: Vidro; Amarelo: Metal; Preto: Madeira; Laranja: Resíduos perigosos; Branco: Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; Roxo: Resíduos radioativos; Marrom: Resíduos orgânicos; Cinza: Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado, não passível de separação. A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade, segundo Grimberg (Coleta Seletiva de Lixo, reciclando materiais reciclando valores, 1998, pg 36) “A maioria dos programas de coleta seletiva tanto no Brasil quanto no exterior atribuem alguma importância à educação da população no tocante a questão do lixo.” Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresas, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Essa prática é de grande importância, pois traz vários benefícios, alguns deles são: menor redução de florestas nativas; reduz a extração dos recursos naturais; diminui a poluição do solo, da água e do ar; economiza energia e água; possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo; conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões; o desperdício, os custos da produção com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias, prolonga a vida útil dos aterros sanitários; melhora a limpeza e higiene da cidade; previne enchentes; diminui os gastos com a limpeza urbana. JUSTIFICATIVA Será aboradada a coleta seletiva nesse estudo por considerarmos importante, pois a adesão desta prática traz vários benefícios para a sociedade. Foi escolhido como objeto de estudo o bairro Nova Cintra, localizado na região oeste de Belo Horizonte. O bairro contém 5.664 (cinco mil seiscentos e sessenta e quatro) habitantes, foi fundada em 1967 (mil novecentos e sessenta e 19


sete) por meio de invasões dos terrenos, ação feita por famílias pobres, e com o tempo a região foi se urbanizando. Houve uma percepção, por parte dos pesquisadores, sobre a deficiência do nível de conscientização dos moradores do bairro em relação à prática da coleta seletiva. Segundo José Carlos 2002 pg 12: A implantação da coleta seletiva começa com uma experiência-piloto, que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. É aconselhável distribuir à população,

ao menos inicialmente,

recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico). A instalação de postos de entrega voluntária em locais estratégicos possibilita a realização da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da sociedade, a partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping centers e edifícios comerciais e públicos.

Pretende-se com a elaboração dessa pesquisa, identificar a relevância do tema abordado para a população. METODOLOGIA A técnica do grupo focal consiste em uma entrevista, onde há a presença de seis a doze pessoas, as mesmas não podem ser familiares umas das outras, e é necessário que tenham características comuns ao tema da pesquisa. A essência do grupo focal está na interação entre os participantes e o pesquisador, que tem por objetivo colher dados concernentes à discussão do tema da pesquisa. O moderador do grupo focal levanta assuntos identificados num roteiro de discussão e usa técnicas de investigação para buscar opiniões e experiências dos entrevistados. Nesta pesquisa, foi utilizada a metodologia do grupo focal por ela proporcionar uma grande riqueza de informações qualitativas. Foram 20


entrevistadas seis pessoas, duas do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Para a realização da pesquisa, foi empregado um roteiro de pesquisa com quatro tópicos, onde cada entrevistado pôde expor seu ponto de vista sobre cada um deles. Foram feitas perguntas objetivas e de fácil compreensão. O grupo entrevistado concordou com a gravação da entrevista e esteve ciente da preservação de sua imagem. PLANO DE TRABALHO Para essa pesquisa sobre coleta seletiva e elaboração deste artigo optou-se pelo método de pesquisa qualitativo e quantitativo. Utilizou-se a técnica do grupo focal. A primeira parte da pesquisa foi feito um pré-teste onde entrou-se em contato com alguns moradores do bairro Nova Cintra para saber a opinião dos mesmos a respeito do tema da pesquisa. Após as informações colhidas no pré-teste, deu-se início à etapa final desta pesquisa que consiste na coleta de dados, em entrevista, em um grupo focal no total de 6 (seis) pessoas moradores do bairro Nova Cintra na região oeste de Belo Horizonte. Informações sobre a composição deste grupo de entrevistados:

Tabela – Composição do Grupo de Entrevistados Categoria

Quantidade

De 17 á 20 anos

2

De 21 á 26 anos

3

De 40 anos

1

Total: 6 pessoas 21


MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS Os dados estatísticos e qualitativos da pesquisa, coletados por meio dos questionários de pré-teste e de aplicação final de acordo com os entrevistados, apontam que a coleta seletiva é importante. Os entrevistados foram surpreendidos com o tema sustentabilidade, pois, demonstraram não conhecer o conceito da palavra. Apesar da falta de conhecimento sobre o tema, os mesmos conseguiram corresponder à proposta da pesquisa. Afirmaram que deveria existir uma maior conscientização por parte dos habitantes. Um total de 60% (sessenta por cento) dos entrevistados praticam algum tipo de ação sustentável em suas residências, como por exemplo, o reaproveitamento

de

pneus

para

confecção

de

puffs,

e

também

o

reaproveitamento do óleo de cozinha para fabricação de sabão caseiro. Um total de 40% (quarenta por cento) não pratica nenhuma ação sustentável em casa. 100% (cem por cento) das pessoas entrevistadas reconhecem a importância da coleta seletiva e apóiam à implantação desse sistema em seu bairro. REFERÊNCIAS ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível em: <http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/banco_objetos/%7B9FEA090E-98E949D2-A6386D3922787D19%7D_Tecnica%20de%20Grupos%20Focais%20pdf.pdf>. Acessado em: 22 de Outubro de 2012.

ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível <http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/download/330/252>. Acessado em: 22 de Outubro de 2012.

em:

GRIMBERG, Elisabeth; BLAUTH, Patrícia. COLETA SELETIVA: RECICLANDO MATERIAIS, RECICLANDO VALORES. São Paulo: Pólis, 1998.

22


LOURES, Rodrigo C. da Rocha. SUSTENTABILIDADE SECULO XXI: EDUCAR E INOVAR SOB UMA NOVA CONSCIÊNCIA. São Paulo: Gente, 2009.

PAULICS, Veronika; VAZ, José Carlos; SILVERA, Alejo Lerzundi. INICIATIVAS MUNICIPAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Piauí: Pólis, 2002.

PESQUISAS QUALITATIVAS. Disponível em: <http://www.emv.fmb.unesp.br/publicacoes/enfermagem/pesquisa_qualitativa_2 008.pdf>. Acessado em: 22 de Outubro de 2012.

RECICLAGEM E COLETA SELETIVA. Disponível em: <http://www.intranscol.com.br/documentos/reciclagem&coleta%20seletiva.pdf>. Acessado em 17 de Setembro de 2012.

VEIGA, José Eli da. SUSTENTABILIDADE: A LEGITIMAÇÃO DE UM NOVO VALOR. São Paulo: SENAC São Paulo, 2010.

23


24


INSIGHT #3 AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA FÁBRICA MATE COURO

SUSTAINABLE ACTIONS OF MATE COURO FACTORY

Claudinéa Elias* Daniela Michelle* Jacó Mota* Rúbia Rodrigues*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Este Artigo se propõe a apresentar as ações de sustentabilidade da Fábrica Mate Couro, no reaproveitamento de resíduos e ou garrafas Pet, sendo uma empresa genuinamente Brasileira que utiliza matéria prima natural, Guaraná e Chapéu de Couro. O objetivo é investigar como é feito o reaproveitamento de resíduos da Fábrica, desde a visão da empresa sobre a sustentabilidade, até o destino final dos produtos reutilizáveis. A pesquisa se caracteriza como descritiva e qualitativa. Utilizou-se da análise de questionários enviados ao setor de gestão de qualidade. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Fábrica. Garrafas. Qualidade.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

25


Abstract This article aims to present the sustainability actions Matte Leather Factory, and the reuse of waste or pet bottles, being a genuinely Brazilian company that uses natural raw material, Guarana and Leather Hat. The objective is to investigate how is the reuse of waste from factory, since the company's vision on sustainability, to the final destination of reusable products. The research is characterized as descriptive and qualitative. We used analysis of questionnaires sent to industry quality manangement. Keywords: Sustainability. Factory. Bottles. Quality.

INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento das tecnologias e das formas de extração e de consumo, visando a preservação dos ecossistemas e do meio ambiente, a necessidade de readaptar os modelos empresariais, a fim de atender a demanda do mercado consumidor e de preservar o meio, faz com que as empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir os impactos ambientais. Diante deste novo panorama, o desenvolvimento deve estar associado com a sustentabilidade, que segundo o site Sua Pesquisa quer dizer: Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

26


O QUE É SUSTENTABILIDADE? Sustentabilidade hoje é uma palavra muito comum, se tornou algo acessível por meio de divulgações de grandes empresas tanto na TV, no rádio, jornais e revistas. É algo muito familiar no nosso dia-a-dia, ”mas o que é sustentabilidade?”. De acordo com o relatório Brundland, (1987) da ONU (Organização das Nações Unidas): “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas necessidades e aspirações”. O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do reconhecimento que os recursos naturais são finitos: “Antes disso, vivíamos ainda na confortável ilusão de dispor uma natureza sempre generosa e fértil, a possibilitar um progresso infinito”. (Da Veiga, Zatz, 2008, p.10) É necessária que a geração atual repense sua visão sobre a produção e consumo de forma consciente de recursos ou produtos acessíveis a ela, de forma a minimizar os impactos no meio ambiente, para que as próximas gerações possam usufruir dos recursos hoje disponíveis. O Tema sustentabilidade trouxe às empresas a necessidade de repensarem seu comportamento, hoje traz para as empresas uma imagem de desenvolvimento de se importar com o planeta e até mesmo de estarem atualizadas. Uma empresa bem resolvida não deixa de ser bem antenada, isso ela geralmente transmite não só em seus comerciais ou no relacionamento com cliente, mas também no tema sustentabilidade, que acabou virando uma forma de marketing sustentável. Alguns dos países começaram a se importar com a sustentabilidade a mais de 2 séculos atrás, mas só começaram a agir nos anos 90. Uma das reuniões internacionais que ficaram marcadas nos anos 90 foi a ECO-92, que reuniu o maior número de chefes de estados, personalidades e autoridades do mundo todo e foi um dos maiores públicos já reunidos pela ONU. A Rio+20 aconteceu este ano, o grande evento a favor da sustentabilidade aconteceu durante uma semana 27


no Rio de Janeiro. O evento foi distribuído em cinco lugares, Copacabana Palace Hotel, Parque Garota de Ipanema, Forte Copacabana, Aterro do Flamengo e hotel Windsor Barra. No evento milhares de empresas e pessoas foram sensibilizadas em relação às questões urgentes do nosso tempo. O setor privado não poderia ficar de fora deste grande acontecimento; não só participaram, como também firmaram mais de 200 compromissos voluntários, que foram feitos por mais de 2000 pessoas entre elas líderes, executivos, acadêmicos e representantes da sociedade civil. O planeta teve sua contribuição no evento por meio das redes sociais. Mais de 3500 pessoas tiveram acesso a mais informações sobre o assunto em atrações como lançamentos de livros, exemplo o livro do economista Ricardo Abramovay, que aconteceu no Arpoador. Participaram mais de 45 mil pessoas nas conferências, 12 mil delegados de 188 países, 80 mil pessoas na marcha da cúpula dos povos e 200 mil visitantes nos estandes. Com a participação nacional e internacional ficou bem claro que não só o Brasil, mas o mundo todo está interessado em preservar o meio ambiente e garantir às próximas gerações um planeta mais conservado. JUSTIFICATIVA O Projeto visa entender a posição da Fábrica Matte Couro em relação à sustentabilidade e o que é feito a este respeito. Hoje sabemos que a maioria das grandes e pequenas empresas está trabalhando em projetos sociais, sustentáveis ou ambientalmente corretos, com isso se identificará qual é o destino dos resíduos e através dessa pesquisa vamos buscar informações para que sejam identificados também se a Organização está ligada à ONGS, se participa de campanhas para Sustentabilidade do Planeta, se existe alguma arrecadação com vendas de produtos recicláveis produzidos pela própria Fábrica e quais são estes produtos e como é feito este trabalho. O Projeto é importante porque, através dessa pesquisa, podemos saber o que as grandes empresas como a Mate Couro estão lidando com a situação atual do Planeta, que, cada vez mais se preocupa com a questão da Sustentabilidade. 28


Será que estão conscientes em relação a projetos sustentáveis? Qual é o diferencial que a empresa busca para se manter Sustentável sem prejudicar o Ambiente? Por isso, buscamos identificar cada questão de maneira eficaz e clara para que todos possam entender a importância de uma participação dentro da Organização para manter a vida e o Planeta Sustentável. Contudo baseamos a pesquisa que abranja grande parte da organização, para que, não só um setor específico da empresa esteja ciente, mas sim que todos façam parte. HISTÓRIA DA MATE COURO A Mate Couro foi fundada em 1947, localizada em Belo Horizonte, é uma empresa genuinamente brasileira. A empresa produz um refrigerante característico da região mineira, tendo em sua fórmula ervas chamadas Chapéu de Couro, mate e extrato de guaraná, sendo este último, o carro chefe de produção. De acordo com o site AFEBRAS: Os refrigerantes regionais abocanham mais de 100% da venda do setor, tendo em vista os preços estabelecidos em patamares inferiores aos das marcas nacionais. Essa estratégia permite que elas criem vínculos mais fortes com os consumidores, além de vender seus produtos são nestas regionais que as empresas geram emprego renda e desenvolvimento local.

A valorização e o nicho de mercado que as pequenas e grandes indústrias agregam ás suas regiões. Visando a melhoria e oferecer sempre bons produtos a Mate Couro em 1955 fez uma parceria com PEPSICO e passou produzir e a distribuir a Mirinda e a Pepsi Cola, em 1979 este acordo foi desfeito. De 1980 a 2003 uma nova franquia foi estabelecida com a Cia Antarctica(AMBEV), produzindo o 29


refrigerante Mate Couro e engarrafando a linha completa da Antarctica.O refrigerante Mate Couro conquistou o gosto dos mineiros e cada vez mais vem ganhando força no mercado. Segundo o jornal o Florense o guaraná foi distribuído em Nova York, Miami e Boston entre 2001 e 2006 e teve uma boa aceitação. Mesmo com a forte concorrência das multinacionais, as indústrias regionais sobrevivem. Abrangendo e satisfazendo seu público, seja por recordações de infância ou pelo apelo de regionalidade. As pessoas que experimentam o refrigerante mate couro adoram e continuam consumindo, pois este tem um sabor suave que agrada a todos. De acordo com o DOM (Diário Oficial do Município de Belo Horizonte) há previsão de lançamentos para 2012. Ainda de acordo com o jornal, o presidente Arthur Eduardo Savassi Biagioni, afirma que “procurou empregar o melhor dos seus esforços para sustentar uma situação a quanto equilibrada, trazendo em dia os nossos compromissos comerciais, fiscais e trabalhistas”. Buscando incentivar as vendas e fazer o melhor para que houvesse um razoável equilíbrio, zelando também pela manutenção do Patrimônio, bem como a qualidade dos produtos. Tiveram ainda que atender as reivindicações dos funcionários. Visto que muito colaboraram para as atividades. “Contando também com a compreensão e colaboração dos Acionistas, fornecedores e outras pessoas e amigos, que sempre ajudaram”. HISTÓRIA DO SETOR No ano de 1904, iniciou-se a trajetória do setor de refrigerante no Brasil. Neste mesmo ano, foi fundada a 1ª indústria na região, a comercialização o produto. O sucesso com a fabricação do produto foi tanta que um ano depois, no dia 26 de outubro fundou-se a ABIR 9 associação Brasileira Das Industrias De Refrigerantes) na cidade do Rio De Janeiro ( RJ), na época capital federal do 30


Brasil. A associação também é responsável por aprimorar e garantir a prosperidade do setor de bebidas alcoólicas, assim como empresas que produzem chás, sucos, mates, isotônicos, energéticos, água mineral e água de coco. Todas essas empresas representam juntas 75% da produção nacional do setor de acordo com a pesquisa. Além disso, a ABIR preocupa- se com o meio ambiente e qualidade de vida, promovendo esporadicamente ações em parceria com prefeituras municipais. Entre pequenas e grandes empresas s concorrência é acirrada, e mesmo assim as pequenas empresas sobrevivem. Neste caso o que fala mais alto é a tradição da empresa e a sua imagem com a marca do produto representado, que vem desde os pais, passando para os filhos, netos e todas as demais gerações. Em determinadas regiões do PIS as bebidas nacionalmente conhecidas perdem o espaço para s criações locais. Segundo Rafael Stefanon economista da AFEBRAS (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), os refrigerantes regionais correspondem cerca de 20% do mercado, quando este é medido em quantidade/volume. Atualmente existem aproximadamente 240 pequenas empresas regionais fabricantes de bebidas no país. Segundo Stefanon, as empresas que atuam com bebidas regionais, acabam se limitando ao mercado, por não possuírem investimentos o suficiente para expandirem o seu negócio, ficando assim limitada aos setores industriais de bebidas. Mas, contudo criam uma grande e forte parceria com os consumidores regionais, “gerando emprego e renda local”. São este tipo de estratégia que as pequenas empresas no setor, lidam com a concorrência, criando bons laços com a regiões onde atuam, mesmo sabendo que são pequenas, sabem brigar pelo seu espaço no mercado, seja ele qual for. Neste termo as empresas que atuam em regiões, criam este laço de mercado, por adaptarem sabores da região, onde empresas de grande porte não vêem lucratividade neste meio, assim acabam gerando uma conformidade maior

31


de mercado e marca do produto, produzindo sabores diversificados e típicos da região. Os refrigerantes Mate-Couro, por sua vez é um dos mais conhecidos em todo o estado de Minas Gerais. O Mate-Couro Tradicional possui em seus ingredientes extrato vegetal de erva mate e chapéu - de- couro além do extrato vegetal de guaraná. O chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus) nome cientificamente usado, é um dos ingredientes mais tradicionais na linha dos refrigerantes Mate Couro, cujo sua origem é de planta comum a beira dos rios brasileiros, chamado também de chá- mineiro, chá-de-campanha, erva-dopântano e erva-do-brejo, onde sua dimensão é de 1m podendo chegar até 1,5m com flores hermafroditas bastante numerosas. Estudo realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comprovou, por meio de testes in vitro e em animais, o efeito vasodilatador do extrato da planta brasileira Echinodorus Grandiflorus, popularmente conhecida como chapéu-de-couro. Se confirmado o mesmo efeito em humanos, o composto poderá ser usado no tratamento crônico da hipertensão arterial. O chapéu-de-couro, planta encontrada em todo o Brasil, principalmente na região Sudeste, já era usado popularmente no tratamento da hipertensão arterial. METODOLOGIA COLETA Baseado no tema e nas informações que o grupo necessita, ficou definido que a pesquisa terá como base a Metodologia Descritiva, pois novos dados serão buscados, o método que será utilizado é da Pesquisa Qualitativa. O grupo tem como objetivo saber a visão da Fábrica Mate Couro, funcionários e seu público de relacionamento sobre a importância e a necessidade da Sustentabilidade. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS

32


Segundo as informações da fábrica Mate Couro, a empresa tem uma grande preocupação com o meio ambiente e num país mais sustentável. Podemos perceber no questionário aplicado que a empresa em questão tem uma ação bastante voltada para o meio ambiente, não somente com os seus produtos que utiliza na fabricação e no armazenamento dos refrigerantes, mas sim com outros tipos de materiais renováveis. Isso implica que a Mate Couro realiza sim um processo de sustentabilidade, trabalhando junto com outras empresas, no remanejamento de garrafas de vidro ao qual tem um grande impacto no meio ambiente, assim tornando uma empresa que esta realmente preocupada com o bem estar da população e do meio ambiente, tornando assim sua imagem bem mais vista no mercado e no meio social. Visando diminuir o uso de garrafas Pet descartados no meio ambiente, onde a empresa entende que tanto as garrafas Pet e as garrafas de vidro são vendidas ou doadas para uma empresa que realiza essa reciclagem, cujos materiais são separados pela mesma, entendendo assim que através disso vários outros meios também são importantes no ambiente sustentável como no tratamento de água antes de ser encaminhada ao esgoto, assim reduzindo o nível de poluição lançada aos córregos. Para manter todo esse processo a Mate Couro produz esta coleta seletiva dentro da Unidade Fabril, cuja mesma dispõe de processo operacional padrão (POP) para manejo dos resíduos dispondo também de estrutura física apropriada para o condicionamento dos mesmos. A empresa aplica em seus processos o conceito de produção mais limpa, onde se preocupa em retornar ao processo insumo como vapor produzido pelas caldeiras, água utilizada para o resfriamento dentre outras. Além de contar com uma área de preservação ambiental. REFERÊNCIAS AFREBRAS.

Disponível

em:

<http://www.afrebras.org.br/bebidas/refrigerante>. Acesso em 19 de Nov. de 2012. 33


BOFF, Leonardo. Definição de sustentabilidade para Revista Plurale. 17/01/2012.

COMPROVADO EFEITO VASODILATADOR DE PLANTA UTILIZADA PELA

MEDICINA

POPULAR.

Disponível

em:

<http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=81&i nfoid=234&sid=32>. Acesso em 19 de Nov. de 2012.

DA VEIGA, José Eli; ZATZ, Lia. Desenvolvimento sustentável: Que Bicho é esse? Autores Associados: Campinas, SP, 2008.

MATE COURO. Disponível em: <http://www.matecouro.com.br/>. Acesso em 12 nov. de 2012.

REDETEC.

Disponível

em:

<http://www.redetec.org.br/inventabrasil/chapeu.htm>. Acesso em 20 de Nov. de 2012.

REFRIGERANTES

REGIONAIS.

Disponível

em:

<http://cybercook.terra.com.br/refrigerantes-regionais-m-19-1470.html>. Acesso em 20 de Nov. de 2012.

REVISTA MINHA CASA. Abril, Edição nº28. Agosto de 2012, Págs. 68 e 69.

SUSTENTABILIDADE.

Disponível

em:

<http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade.htm>. Acesso em 10 nov. de 2012.

TIMELINE DA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES. Disponível em: <http://abir.org.br/tags/historia-2/>. Acesso em 19 de Nov. de 2012. 34


TUBAÍNAS E AFINS. Disponível em: <http://www.tubainaseafins.com.br/noticias.asp?id=83 > Acesso em 20 de Nov. de 2012.

35


36


INSIGHT #4 SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: UMA RELAÇÃO DE LUCRO?

SUSTAINABILITY AND CORPORATE IMAGE: A RELATIONSHIP OF PROFIT?

Adrielly Juliana Honorato Fernandes* Alan Duarte da Silva* Shayene Simone de Sousa*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Na atualidade, um dos temas em maior evidência e causador de um debate utópico é “sustentabilidade”. Abordada por diversos teóricos e nos mais amplos conceitos da interdisciplinaridade, o termo a cada ano vem ganhando novas dimensões e conceituações. Este trabalho aborda o tema em um de seus contextos mais polêmicos: a relação da sustentabilidade e o possível lucro obtido através da associação com a imagem das organizações. No texto que se segue foi traçado um paralelo que teve como objetivo explicitar essa relação. Palavras-Chave: Sustentabilidade, lucro, imagem corporativa

*

Alunos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 **

Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

37


Abstract Nowadays, one of the themes in greater evidence and caused a utopian debate is "sustainability". Approached by several theoretical and broader concepts of interdisciplinary, the term every year is gaining new dimensions and concepts. This paper addresses the issue in one of his most controversial contexts: the relationship of sustainability and possible profit through association with the image of organizations. In the text that follows were drawn parallels that aimed to clarify this relationship. Keywords: Sustainability, profit, corporate image

INTRODUÇÃO O conceito de sustentabilidade, criado a partir da necessidade de resposta aos hábitos humanos que comprometem o bem estar e a qualidade de vida no planeta, tem se tornado atualmente uma tendência mercadológica global, que passa a ser adotada por empresas dos mais diversos segmentos. Com a popularização do conceito, a partir de intensa divulgação pela mídia dos impactos sócio-ambientais que produzimos diariamente, as corporações adotaram práticas ligadas á sustentabilidade dentre suas atividades, uma vez que são consideradas as maiores responsáveis pelo uso dos recursos naturais do planeta e também pelo impacto social causado em suas áreas de atuação. Nesta temática de relação sustentável entre as corporações e o planeta, surgem diversas questões sobre a inserção desta prática no âmbito organizacional, principalmente no contexto custo-benefício da adoção de tais políticas. Numa sociedade regida pelo capital individual e lucro concentrado, práticas não ligadas a estes conceitos se mostram passíveis de avaliação e análise críticas.

38


SUSTENTABILIDADE: BREVE HISTÓRICO Para se iniciar um diálogo a respeito do conceito de sustentabilidade, é necessário traçar uma breve linha de tempo a fim de se entender melhor de que forma sua aplicabilidade se alterou e se atualizou ao longo dos anos. O termo “desenvolvimento sustentável” é considerado recente, sendo utilizado pela primeira vez durante um simpósio das Nações Unidas sobre Inter-relação de Recursos do Ambiente e Desenvolvimento, realizado em Estocolmo no ano de 1979. Nesta conferência foi discutida pela primeira vez uma preocupação real com a relação entre o desenvolvimento e a utilização dos recursos naturais disponíveis. O termo foi oficialmente assumido pelos países e organismos multilaterais em 1987, após diversas reuniões que resultaram no texto Nosso Futuro Comum, coordenado pela primeiraministra da Noruega Gro Brundland. Neste texto se encontra a definição clássica de sustentabilidade: "sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias necessidades". O termo sustentabilidade é definido como a constituição de igualdade na distribuição do bem-estar associada aos recursos naturais, envolvendo as dimensões intratemporal, por meio da associação dos custos de degradação àqueles que a geraram, impedindo ou compensando a perda do bem-estar dos indivíduos direta ou indiretamente afetados, e inter temporal, que visa garantir o acesso aos recursos naturais existentes hoje às gerações futuras (Barbosa, 2007). IMAGEM CORPORATIVA O conceito de imagem corporativa é discutido amplamente na administração de empresas, área a qual concebeu os conceitos mais aceitos pelos estudiosos e pesquisadores do tema. Estas definições não ficam restritas apenas a esta área do conhecimento, tendo também no campo da Comunicação Social fortes conceitos e abordagens.

39


Na definição de Dowling (1986, p. 112) imagem é “o conjunto de significados pelo qual um objeto é conhecido e através do qual o individuo utiliza para descrevê-lo, relembrá-lo e se relacionar. É o resultado da interação com as crenças, ideias, sentimentos e impressões sobre o objeto, sendo que o objeto pode ser substituído por uma marca ou uma organização”. Deste modo, temos a imagem como sendo um fator diretamente ligado a percepção, o que possibilita diferentes visões de acordo com cada indivíduo ou grupo de indivíduos. A imagem, segundo Boulding (1956, p. 5-6) é considerada como “estrutura flexível e dinâmica, que pode ser alterada na medida em que o indivíduo recebe novos estímulos ou informações”. Assim as ações de comunicação das organizações contribuem para atenuar a percepção da marca e moldar perante os públicos de relacionamento a imagem desta organização, por meio de atribuições de informações sobre o objeto. Com estes dois conceitos sobre imagem organizacional mais a contribuição de Reis (1991, p. 6) onde “imagem é um processo cognitivo que soma a razão e sensação, universo real e fenomênico-simbólico podendo, desta forma, ser entendida como visão subjetiva da realidade objetiva”, pode-se perceber que a imagem parece ser algo abstrato e inacabado, formado a partir da visão de mundo individual que filtra o que é percebido e transforma em um conjunto de atribuições a cerca de um objeto. Percebe-se então que a imagem organizacional é derivada de um processo que envolve o pensamento e a experiência individual, atenuada pelas informações produzidas e absorvidas acerca do objeto pelo indivíduo e acrescida pela percepção do indivíduo fundamentada nas experiências pessoais e na visão de mundo. CAPITALISMO E LUCRO Ao se analisar a relação entre práticas sustentáveis e lucro nas corporações torna-se imprescindível o alinhamento de conceitos intrusivos ao tema, como por exemplo, os conceitos de capitalismo e de lucro. Por definição, temos que o capitalismo é “um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são 40


de propriedade privada e com fins lucrativos. Decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas; salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas” (Site http://www.significados.com.br/capitalismo/). Este sistema, dominante até hoje em todo o mundo, surgiu como uma expansão do sistema feudal, nos primeiros séculos da Idade Média, com a implementação do arrendamento de terras e a remuneração da mão de obra. Até então, o poder de lucro era concentrado nos senhores feudais, donos da maior parte das terras cultiváveis, e o trabalho era feito por servos, em troca da subsistência. Juntamente a essas mudanças, houve o surgimento de uma nova classe social, formada principalmente por comerciantes e artesãos que se instalavam nos arredores dos feudos, inicialmente chamada de “burgo”. Esta classe, posteriormente conhecida por burguesia, implantou na Idade Média uma nova forma de relação com o lucro, destacando-se aí a comercialização de bens em diferentes regiões, a valorização e monetarização das mercadorias, e a crescente busca por novos mercados em potencial, o que levou ao período das grandes navegações e à descoberta de novas terras. A história da expansão do capitalismo é marcada por diversos conflitos e revoluções que questionavam a má distribuição de renda provocada por seus princípios econômicos, mas a partir da Revolução Industrial inglesa o sistema passa a se consolidar no mundo todo. Karl Marx, em sua obra O Capital (1867), critica fundamentalmente o capitalismo, chegando até mesmo a lamentar a situação das regiões que ainda não o adotaram, justamente por sustentarem uma situação econômica de total desigualdade e pobreza, em comparação aos locais onde o sistema já havia se consolidado: “No nosso país, nos lugares em que a produção capitalista se implantou, por exemplo, nas fábricas propriamente ditas, o estado de coisas é muito pior que na Inglaterra, porque falta o contrapeso das leis de fábricas inglesas. Em todas as outras esferas, aflige-nos, como em todo o ocidente da Europa continental, não só o desenvolvimento da produção capitalista, como também a falta deste desenvolvimento. Além dos males próprios da época atual, temos de suportar uma longa série de males herdados, resultantes da sobrevivência de modos de produção antigos, ultrapassados, 41


com o seu cortejo de relações sociais e políticas extemporâneas” (Prefácio da obra de Marx, 1867). Atrelado ao conceito de capitalismo, está a definição de lucro - apesar de o termo já ser utilizado muito antes do surgimento deste sistema. O termo lucro já obteve diversas definições ao longo da história, sendo mutável por estar intrinsecamente ligado ao contexto do sistema financeiro representado. Bulhões (1969, p. 26), define lucro como sendo “o retorno positivo de um investimento feito por uma pessoa ou grupo de pessoas em um determinado negócio, sendo ele o objetivo deste negócio”; em economia, Bulhões (1969, p. 26-27) define o conceito de lucro em duas partes: O lucro normal, que representa o custo de oportunidades total (explícitos e implícitos) da empresa de um empreendedor ou investidor; e o lucro econômico, calcado na teoria neoclássica que domina a economia moderna, definido pela diferença entre a receita total da empresa e todos os seus custos, inclusive o lucro normal.

Bulhões (1969, p. 27) afirma ainda que lucro “nada mais é do que o resultado, sendo ele positivo, do mais puro cálculo de subtração em relação a receita e despesa”. Esse cálculo compõe a base do sistema capitalista, anteriormente analisado. Todas as atividades financeiras do planeta - desde a mais simples troca de valores até a mais complexa transação corporativa – visam o lucro, enquanto retorno de valor. O lucro pode então ser entendido também como um valor agregado a determinado produto, bem, serviço etc., que gera ainda mais a possibilidade de produção deste, criando assim uma equação de positividade infinita: quanto mais se lucra, mais se pode investir em seu valor para que se possa lucrar mais. Essa busca foi além do seu âmbito econômico, tornando-se importante também na política e na sociedade em geral. O indivíduo que coexiste com o sistema capitalista e seus preceitos de obtenção de lucro é educado sobre o ideal de, um dia, formar seu próprio patrimônio, arrecadando seu próprio capital.

42


A base dos sistemas governistas, além dos princípios de condução de um país, também é permeada de conceitos e aplicações de lucratividade. Milton Friedman, em seu livro “Capitalismo e Liberdade” (Capitalism and Freedom, 1962, p. 1 introdução), diz que: Dado que a busca do lucro é a essência da democracia, todo governo que seguir

uma

política

antimercado

estará

sendo

antidemocrático,

independentemente de quanto apoio popular informado seja capaz de granjear. Portanto, o melhor a fazer é dar aos governos a tarefa de proteger a propriedade privada e executar contratos, além de limitar a discussão política a questões menores. Os problemas reais da produção e distribuição de recursos e da organização social devem ser resolvidos pelas forças do mercado.

A relação entre capitalismo e lucro pode tanto ser vista como uma relação de dependência mútua - onde ambos desempenham função de vital importância um para o outro – como de dependência unilateral – partindo-se aí do pressuposto de que não há sistema capitalista se não há lucro. A sociedade capitalista está baseada na geração de riquezas e de lucratividade incessante, transformando-se ao longo dos tempos, mas nunca deturpando seu objetivo principal, que é a obtenção de lucro. Pode-se deduzir, portanto, que qualquer atividade gerada pelas corporações e empresas visa algum tipo de vantagem lucrativa, seja ela naturalmente monetária, seja para somar ou agregar positivamente aos negócios. IMAGEM CORPORATIVA E LUCRO Um parâmetro importante na análise da relação entre sustentabilidade e lucro é a definição dos ganhos reais das organizações com suas atividades de promoção e manutenção de imagem institucional, excluindo-se aí o mérito sustentável. Neste âmbito, é importante ressaltar que qualquer investimento realizado por empresas a fim de se criar, manter ou melhorar sua imagem podem ser interpretados como parte integrante e igualmente importante das atividades econômicas que a definem no mercado. A lucratividade, neste setor, pode ser vista como relativa, ou intangível, uma vez que não se resume á vantagem monetária, mas sim a diversos fatores subjetivos 43


que podem ser decisivos para a sobrevivência de organizações no mundo dos negócios. Segundo Baldo e Manzanete (2003, p. 4) “a empresa é, por excelência, criada e constituída com um objetivo: o lucro. Executar uma tarefa e esperar retorno por ela faz parte da natureza humana e empresarial. Portanto, ferramentas e mecanismos que possibilitam otimizar o trabalho e aumentar a renda são bem-vindos”. Desta forma, a empresa busca incluir no lucro: “- ganhos de imagem corporativa; - popularidade dos seus dirigentes, que se sobressaem como verdadeiros líderes empresariais com elevado senso de responsabilidade social; - maior apoio, motivação, lealdade, confiança, e melhor desempenho dos seus funcionários e parceiros; - melhor relacionamento com o governo; - maior disposição dos fornecedores, distribuidores, representantes em realizar parcerias com a empresa; - maiores vantagens competitivas (marca mais forte e mais conhecida, produtos mais conhecidos); - maior fidelidade dos clientes atuais e possibilidades de conquista de novos clientes”. (MELO NETO E FRÓES, 1999, p. 98). Trabalhar a imagem junto a seus stakeholders, sejam eles dirigentes, investidores, funcionários, comunidade ou clientes, é considerado fator crucial para a inserção e consolidação de uma marca no mercado. Esta afirmativa parte da perspectiva de que, para se obter a possibilidade de compra, ou se tornar opção, uma marca tem de ser vista e ouvida. Os signos escolhidos pela empresa para representarem seus objetivos enquanto instituição deve traduzir suas ideias, conceitos e formas de 44


lidar com a sociedade e com as atividades exercidas por ela. As ações praticadas por ela também são de suma importância, principalmente no que concerne aos temas considerados intrusivos por seus públicos-alvo. Pode-se concluir, portanto, que as organizações que dão atenção especial ao modo como deseja ser vista em sua área de atuação, cria uma espécie de vantagem mercadológica em relação a organizações que concentram seus investimentos na linha de produção. SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: TRAÇANDO UM PARALELO Trabalhar a imagem corporativa tem se tornado cada vez mais um tópico importante na gestão e planejamento das empresas em todo mundo, independente de sua grandeza. Desde as pequenas empresas de atuação local até as grandes corporações conhecidas no mundo todo – todas entendem a importância de se manterem fidedignas á princípios que passem a seus públicos confiabilidade, segurança e, mais recentemente, preocupação com a sociedade ao seu redor e suas questões de maior importância. Neste cenário, práticas de sustentabilidade e promoção do bem estar social vem ganhando um espaço cada vez maior entre suas atividades. É sabido que grande parte dos danos causados ao equilíbrio sócio-ambiental do planeta tem sua raiz nas atividades econômicas desenvolvidas pelo homem, desde que este iniciou a expansão de seus sistemas agrícola e industrial. Na busca pelo desenvolvimento, o homem se utilizou dos recursos disponíveis na natureza, e só muito recentemente tem se perguntado de que forma repô-los ou minimizar os danos causados pela possibilidade da falta deles. O petróleo, por exemplo, é um recurso natural não-renovável que é diariamente gasto á casa dos milhares de barris, em meio à fabricação de centenas de produtos que utilizamos com grande freqüência, além da sua importância energética no mundo todo. Essas e outras questões têm levado cada vez mais as nações a se preocupar e tomar medidas de ação sustentável, tendo em vista um desenvolvimento econômico que impacte menos na natureza e na sociedade em geral. Esta preocupação não se limitou ás esferas de governo, e alcançou o grande público, através dos meios de 45


comunicação cada vez mais desenvolvidos e democráticos – somos, hoje, capazes de entender que não podemos prosseguir priorizando o individual; o bem coletivo e a proteção aos recursos disponíveis para as gerações futuras são de nosso interesse, por mais que ainda haja muito que se fazer a respeito. Neste cenário, as empresas e grandes corporações são, sob certo aspecto, responsabilizadas pela maioria destes problemas. A poluição produzida pelas atividades industriais, o desmatamento para aproveitando de madeira e expansão de atividades agrícolas, a exploração de recursos não-renováveis e as políticas de convivência com a população em suas áreas de atuação – tudo é constantemente observado, divulgado e criticado pelas mídias e, conseqüentemente, pelo público. Em contrapartida, empresas que possuem dentre suas atividades principais a prática de sustentabilidade, tendem a perceber uma resposta, se não positiva, ao menos mais aberta da população frente a sua atuação no mercado. Atualmente, é possível verificar que as empresas não só estão buscando intensificar essas práticas, mas também agregá-las ao conjunto de princípios que normalmente compõe seus objetivos corporativos. A partir daí, tem se observado a existência de um “investimento” em torno dessas atividades: empresas do mundo inteiro divulgam, através das mesmas mídias, seu entendimento sobre as questões que tangem ao bem estar do planeta e da sociedade, e o que têm feito em termos de contribuição neste aspecto. Segundo Cremonine (2005, p. 1): As empresas passam a dar maior atenção a essa nova configuração e assumem a necessidade de comunicar-se com os públicos com os quais elas se relacionam: funcionários, clientes, fornecedores, imprensa, comunidade, governo etc. Assim, a Comunicação adquire função eminentemente estratégica, uma vez que as instituições passam a ter consciência da importância da imagem institucional no mundo dos negócios.

Deste modo, empresas de diversos setores da economia têm trabalhado suas políticas institucionais de preservação e sustentabilidade junto aos seus públicos-alvo. A percepção de qual seria o retorno pretendido, e qual seria o de fato obtido, não deixa de ser analisável.

Partindo da perspectiva de que vivemos em sua sociedade 46


capitalista, regida pelo lucro, onde empresas se modificam e se aprimoram em busca de se manterem atualizadas ás tendências do mercado, a prática da sustentabilidade por parte de corporações pode ser analisada sob a suposição de uma atividade cujo objetivo seja lucro; entendendo-se aí o lucro não só como o retorno monetário já previsto, mas uma forma mais atual e positiva de patrimônio: a imagem. Esta, tida como corporativa e institucional, deve-se manter alinhada e fiel aos conceitos da própria empresa, mas levando sempre em consideração aquilo que é de importância para seus stakeholders, e pela população em geral. Falar em prática de duplo interesse, ou de interesse torpe, é sem dúvida prejulgar algo que, independentemente de seu objetivo, pode ser benéfico a consumidores, trabalhadores, comunidades, e ao planeta em si. Mas abrir o questionamento quanto a forma como essas práticas são trabalhadas junto aos públicos, sobre a tendenciosidade dessa divulgação, e até mesmo sobre os possíveis benefícios percebidos pelas empresas que mantêm tais políticas, pode ser considerado válido no aspecto de se observar, ainda mais profundamente, a movimentação da sociedade atual rumo a construção de novos conceitos. A OPINIÃO DO CONSUMIDOR: GRUPO FOCAL O método de Grupo Focal foi identificado como o mais adequado a esta pesquisa, uma vez que segundo Samara (2007, PLT cap. 4) o método fornece dados em profundidade obtidos através de um debate mediado, onde os entrevistados podem expor de forma mais clara e concisa seu ponto de vista e sua opinião sobre o tema explorado. Segundo Dias (2000, p.3) “o método constituindo-se em uma ferramenta comum usada em pesquisas de marketing para determinar as reações dos consumidores a novos produtos, serviços ou mensagens promocionais”. O objetivo da pesquisa define-se em "investigar qual é a opinião dos consumidores da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte - campus Antônio Carlos, quanto às empresas sustentáveis." A metodologia utilizada foi fundamental para a coleta dos dados, uma vez que por meio de questionários quantitativos as respostas não alcançariam o nível de profundidade esperado; sendo assim, a metodologia de grupo

47


focal possibilitou gerar dados qualitativos em profundidade, o que atendeu a demanda da pesquisa. A amostra utilizada foi a não probabilística, pois nem todos os indivíduos do universo tiveram a mesma chance de serem escolhidos, uma vez que para serem escolhidos os participantes deveriam ter conhecimento prévio sobre o conceito de sustentabilidade. Deste modo os resultados não são generalizáveis ao universo. Resultados A entrevista de grupo focal foi realizada nas dependências da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte - Campus Antônio Carlos, e contou com a participação de seis alunos da instituição. O tempo empregado na coleta de dados foi de aproximadamente 40 minutos, onde foram contemplados oito temas de discussão englobados em três grandes categorias. Na primeira categoria foram investigados os hábitos de compra destes consumidores. Primeiramente, buscou-se saber o que os entrevistados levavam em conta na hora de comprar um produto e quais fatores influenciavam nesta escolha; em um segundo momento, buscou-se identificar se os produtos sustentáveis englobavam a cadeia de consumo destes entrevistados e qual era a visão dos entrevistados sobre esses produtos. Nesta categoria, os resultados mostraram a qualidade como o fator de primeiro impacto, mas como fator de alta relevância foi citado o quesito preço que compôs todas as respostas dos participantes. Quanto ao consumo de produtos sustentáveis, nenhum dos entrevistados consumiu de forma consciente produtos desta categoria. Foram citadas as ecobags como único produto sustentável consumido, mas este ato de consumo foi considerado necessário e obrigatório, uma vez que na região central de Belo Horizonte é proibido o fornecimento de sacolas plásticas por parte dos supermercados aos seus clientes (Lei Municipal 9.529/2008 – regulamentada pelo Decreto nº 14.637, de 12/04/12). 48


Entrevistado 1: “Preço é mais atrativo que a sustentabilidade em si, uma forma de criar em nós consumidores o hábito de consumir produtos sustentáveis e trazê-los para o mercado com um preço mais acessível, competitivo e justo." Na segunda categoria buscou-se identificar a opinião que os entrevistados têm a respeito das empresas sustentáveis e também sobre as não-sustentáveis. Deste modo nas respostas estabeleceu-se naturalmente um paralelo de comparação. Todos os entrevistados alegaram que as empresas sustentáveis são mais bem vistas que as outras e houve um consenso quanto a sustentabilidade representar uma vantagem comercial. Entrevistado 2: “A empresa que fala que pratica a sustentabilidade ganha pontos com o cliente, com a população e com os funcionários. Então o certo é todo mundo praticar a sustentabilidade, principalmente as empresas. Se tira de um lado tem que repor do outro, nada mais justo." Ainda durante a discussão desta categoria, foi mencionada a expressão "onda verde", usada por um participante para descrever o fenômeno atribuído as empresas e as pessoas, que cada vez mais se tornam adeptas das políticas sustentáveis. Em contraproposta, surgiram questionamentos críticos quanto às empresas adeptas a sustentabilidade. Segue baixo um trecho da discussão que explicita a afirmativa: Entrevistado 4: “A sustentabilidade está em alta, então as empresas que a praticam associam sua imagem a coisas boas, assim ganham o gosto do consumidor e ainda obtém lucros com isso. Uma pergunta, se a sustentabilidade não fosse lucrativa, as empresas a praticariam”? Entrevistado 3: “Eu faria outra pergunta. E se o governo não oferecesse benefícios fiscais a estas empresas por praticarem a sustentabilidade, será que elas ainda se preocupariam com o isso”? Entrevistado 4: “Tratando-se de lucros, pensar no futuro é quase uma utopia.” 49


Na terceira categoria, o objetivo foi identificar o que os participantes sentem em relação a ideia da sustentabilidade e quais sentimentos tinham ao ver comerciais divulgando ações sustentáveis das organizações na TV. A maioria das respostas convergiu para a ideia de sustentabilidade ser uma preocupação global que cada vez mais tem feito parte do cotidiano das pessoas. Os participantes atribuíram ao tema o conceito de "integração mundial para o bem estar do planeta e de seus habitantes". Quanto às propagandas sobre sustentabilidade, quando percebidas como "verdadeiras" segundo os participantes do grupo focal, trazem sentimentos bons; estes são atribuídos ás marcas que fazem esse tipo de divulgação e cria-se uma relação de referência quanto a estas marcas. Entrevistado 3: “Me dá esperança, me faz pensar que o mundo ainda tem jeito”. Entrevistado 3: “Acho maravilhoso, me encanta, eu vejo que o ser humano está evoluindo para algo melhor. No meu interior eu fico até emocionada, só de saber que alguém dá a devida importância a isso”. No caso das petrolíferas, ainda há controvérsias quanto a relação destas organizações com a sustentabilidade: alguns participantes levantaram essa questão, que foi debatida amplamente pelo grupo. Segue abaixo trecho da discussão: Entrevistado 2: “Dependendo da empresa, eu vejo como uma jogada de marketing, um exemplo são as empresas de petróleo que pregam a sustentabilidade. O produto que elas vendem não é renovável, então como podem dizer isso. Vejo que elas querem é estar dentro da onda verde, para mim é irônico. Ela pode até praticar, mas você sabe que o produto principal agride o meio ambiente”. Entrevistado 3: “Mas e se ela estiver colocando alguma outra coisa no lugar”? Entrevistado 1: “É justamente isso que é sustentabilidade”. 50


CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos conceitos e ideias apresentados, e dos dados extraídos por meio de pesquisa, foi possível estabelecer um paralelo entre sustentabilidade e imagem corporativa, e entre imagem corporativa e lucro. Nota-se que as práticas sustentáveis tem impacto sobre a imagem das corporações, associando a organização com uma causa global em prol do planeta e das pessoas, o que por si só é perceptível nas respostas citadas pelos participantes da entrevista de grupo focal, que em suas respostas confirmam a afirmativa. Uma vez a sustentabilidade tendo impactado na imagem corporativa, empresas podem fazer usufruto desta associação para promover suas ações sustentáveis e com elas o nome da organização, deste modo, o marketing causado por essa divulgação impactaria diretamente nos lucros devido a boa imagem gerada perante o mercado e seus consumidores. É possível afirmar ainda que o estudo acerca da complexa relação existente entre a prática de sustentabilidade e o possível lucro gerado a partir dela merece uma atenção especial por parte da comunidade científica. Por tratar-se de um tema atual, e em expansão, ainda existem em aberto inúmeras possibilidades de aprofundamento. Deste modo, este estudo científico cumpriu seu objetivo de traçar um cenário inicial de debate e abrir o tema para novas conversações e âmbitos. Na medida em que o cenário organizacional e econômico, juntamente com as práticas de sustentabilidade, prosseguir em crescimento, será possível se discutir mais o tema. REFERÊNCIAS BALDO, Roberta. MANZANETE, Celeste Marinho. Responsabilidade Social Corporativa. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da 51


Comunicação XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – BH/MG – 2 a 6 Set 2003.

BARBOSA, Paulo Roberto. Arcoverde. Índice de sustentabilidade empresarial da Bolsa de valores de São Paulo (ISE-BOVESPA): exame da adequação como referência para aperfeiçoamento da gestão sustentável das empresas e para formação de carteiras de investimento orientadas por princípios de sustentabilidade corporativa. 2007. Dissertação (Mestrado em (Administração) –(Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD de Administração, 2007).

BOULDING, K.E. The image. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1956. Apud TREADWELL,

D.F.;

HARRISON,

T.

M.

Conceptualizing

and

assessing

organizational image: model images, commitment, and communication. Annandale: Communication Monographs, 1994. (extraído do artigo “Imagem organizacional: um estudo de caso sobre a PUC Minas. Alexandre de Pádua Carrieri, Ana Luisa de Castro Almeida, Eugênio Fonseca).

BRUNDTLAND,

Gro.

Nosso

futuro

comum.

Comissão

Mundial

sobre

Desenvolvimento e Meio Ambiente, 1987. BULHÕES, Octávio Gouveia: Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro, Apec Editora – 1969.

CREMONINE, Izolda. Imagem institucional forte, empresa satisfeita. Disponível em < http://www.rpalternativo.ufma.br/artigos/Imagem_institucional_forte_empresa_%20sa tisfeita.pdf. SP, 2005. Acessado em 25/10/12.

DIAS, Cláudia Augusto: GRUPO FOCAL: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas. Informação e Sociedade: estudos, 2000. 52


DOWLING,

G.R.

Managing

Your Corporate

Image. Industrial Marketing

Management, 15, p.109-115, 1986. (extraído do artigo “Imagem organizacional: um estudo de caso sobre a PUC Minas. Alexandre de Pádua Carrieri, Ana Luisa de Castro Almeida, Eugênio Fonseca). FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade. São Paulo: Arte Nova, 1977.

MARX, Karl Heinrich: O capital (1867). Centelha - Promoção do Livro, SARL, Coimbra, 1974.

MELO NETO, Francisco de Paula & FRÓES, César. Responsabilidade social & cidadania empresarial – a administração do Terceiro Setor. Quaitymark, 1999 PINHO, José Benedito. O poder das marcas. São Paulo: Summus, 1996.

REIS, Maria do Carmo Souza. Imagem corporativa: gênese, produção e consumo. Belo Horizonte: UFMG/FACE, 1991.

SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos de. Pesquisa de Marketing : conceitos e metodologia. 4ª ed. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2007. PLT.

53


54


INSIGHT #5 PROPOSTAS DE GOVERNO DOS CANDIDATOS A VEREADORES DA CIDADE DE SANTA LUZIA SOBRE SUSTENTABILIDADE

GOVERNMENT PROPOSALS FOR CANDIDATE ALDERMEN OF THE CITY OF SANTA LUZIA ON SUSTAINABILITY

Elisângela Ferreira Marque Aiala* Érika Gabriela Martins* Tamara Gabriela Silva de Queiroz*

Wilson Domingos Mingote Júnior**

Resumo Trabalho apresentado fez uma análise sobre as propostas de governo dos candidatos a vereadores da cidade de Santa Luzia, Minas Gerais, sobre o tema sustentabilidade. Foi pesquisado o que esses candidatos sabem sobre o tema e qual o grau de importância para que eles possam aplicar propostas para a melhor gestão sustentável, da cidade.

Palavras-chave:

Propostas

de

governo.

Vereador.

Cidade

Sustentável

e

Sustentabilidade.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 55


Abstract Paper presented did an analysis on government proposals of candidates for city council of Santa Luzia, Minas Gerais, on the topic of sustainability. We seek to know what these candidates know about the topic and what degree of importance that they can apply to proposals for better management of sustainable city. Keywords: Proposed government. Councilman. Sustainable City and Sustainability.

INTRODUÇÃO O trabalho aqui apresentado faz parte das propostas de governo de candidatos a vereadores do município de Santa Luzia no que tange o tema “Sustentabilidade”. Foram coletadas informações dos candidatos sobre propostas do tema, se eles sabem realmente o que é sustentabilidade e como eles veem a importância de levar a sério esse processo. Foi pesquisado também o que um vereador faz de verdade, qual sua função e importância perante o município e sociedade e por último se a prefeitura de Santa Luzia trabalha ou não com sustentabilidade. CIDADE DE SANTA LUZIA/MG Santa Luzia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população de acordo com o Censo 2010 pelo IBGE é de 203.184 habitantes, com a maior concentração populacional e atividade comercial no Distrito São Benedito, situado a oito quilômetros do centro da cidade de Santa Luzia. Situada à 27 quilômetro de Belo Horizonte, Santa Luzia está localizada de forma estratégica na Região Metropolitana, próxima aos aeroportos de Confins e da Pampulha. A cidade é banhada pelo Rio das Velhas; dispõe de linha férrea e gasoduto subterrâneo. Santa Luzia é o Terceiro Polo Industrial da Grande BH, e segundo o site

56


oficial da cidade, ocupa o décimo terceiro lugar entre as cidades mais populosas de Minas Gerais. O município possui três vias de acesso com portais: via MG-020 ou Avenida das Indústrias; via MG-010 e MG-433 via São Benedito e via BR-381, através da Avenida Beira Rio AMG-145. Os portais marcam o limite da cidade com Belo Horizonte e Sabará e dão identidade ao município, além de fazerem parte do sistema de segurança da cidade. O QUE É UMA CIDADE SUSTENTÁVEL Desenvolvimento sustentável é um conceito aparentemente indispensável nas discussões sobre a política do desenvolvimento neste novo milênio. Entender seu conceito é a base para que se possa aplicá-lo e divulgá-lo com eficiência como explica o autor BARBIERI (2000). Considerando que o conceito de desenvolvimento sustentável sugere um legado permanente de uma geração a outra, para que todas as pessoas possam prover suas necessidades, a sustentabilidade, ou seja, a qualidade daquilo que é sustentável, passa a incorporar o significado de manutenção e conservação ab aeterno dos recursos naturais. Isso exige avanços científicos e tecnológicos que ampliem permanentemente a capacidade de utilizar, recuperar e conservar esses recursos, bem como novos conceitos de necessidades humanas para aliviar as pressões da sociedade sobre eles”.

Cidades sustentáveis são cidades que possuem uma política de desenvolvimento para promover o meio ambiente natural e construído, de forma que não atrapalhe a natureza. A Carta Rio+20 para construção de cidades sustentáveis, propõe para os governos uma gestão estratégica do uso do terrítorio de forma sustentável, do uso de recursos naturais reconhecendo os diferentes modos de vida existentes no território. Procurar criar políticas para valorizar essa diversidade. Atuar fortemente na adaptação às mudanças climáticas com foco na diminuição de vulnerabilidade e danos e na 57


geração de impactos positivos, priorizando as medidas que têm co-benefícios imediatos na saúde pública. QUAL É A FUNÇÃO DE UM VEREADOR? Enquanto agente político o vereador faz parte do Poder Legislativo, sendo eleito por meio de eleições diretas e, dessa forma, escolhido pela população para ser seu representante. São responsáveis pela elaboração , discussão e votação de leis para a municipalidade, propondo-se benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar da vida da população em geral. Os vereadores também são responsáveis pela fiscalização das ações tomadas pelo Poder Executivo, isto é, pelo prefeito. Acompanhando a administração municipal principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão do erário, ou seja, do dinheiro. A função fiscalizadora do vereador não se restringe apenas em fiscalizar as matérias de ordem orçamentárias e financeiras. Os vereadores, a qualquer momento, podem solicitar informações do executivo sobre assuntos referentes à Administração, bem como criar Comissões Especiais e Comissões Parlamentares de Inquérito, requerer cópias de documentos, convocar secretários e servidores públicos para prestar informações no Plenário da Câmara e ainda apreciar as contas municipais, entre outras providências. A Câmara, onde trabalha o vereador, também exerce a função Administrativa, que se baseia na organização de seus serviços internos e na nomeação de cargos de seu quadro pessoal. Essa administração é exercida pela Mesa Diretora e principalmente pelo seu Presidente, que superintende os serviços, objetivando seu funcionamento harmonioso e sistemático. A organização da Câmara é ditada pela Lei Orgânica Municipal e também pelo Regimento Interno. O poder que um Vereador possui, não está diretamente relacionado à construção de uma obra, seja esta uma simples troca da lâmpada de um poste ou a construção de uma escola. Este poder é indireto, através de uma possível emenda a Lei Orçamentária, 58


sujeita a votação ou através de uma Indicação ou Requerimento enviado ao Prefeito. Através destes instrumentos, o Vereador poderá solicitar a realização de uma obra, mas, sempre dependerá da ação do Poder Executivo. Por estar sempre em contato com o povo, o Vereador costuma enviar freqüentes pedidos ao Prefeito que pode ou não executá-los. Mesmo que uma obra esteja incluída no Orçamento Anual, esta ainda poderá ser anulada por uma Suplementação de Verbas. Esta transferência depende de um projeto de lei com votação da Câmara. Enfim, um Vereador nunca poderá realizar uma obra ou tomar uma providência, mas sim apenas pedí-la ou incluí-la no orçamento. O vereador tem o papel de auxiliar a participação política e o exercício pleno da cidadania, organizando e fortalecendo atividades comunitárias que levem a comunidade a participar. Pode e deve, através de indicações e ou projetos de lei, apresentar novas formas para realizar ou solucionar uma necessidade da comunidade. COMO A PREFEITURA DE SANTA LUZIA TRABALHA COM A SUSTENTABILIDADE? Segundo informações fornecidas pelo secretário Valdoveu Vitor dos Santos, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Abastecimento e Agricultura de Santa Luzia, a cidade está em uma área de transição de biomas ou tensão ecológica, onde se apresenta o bioma Mata Atlântica e o bioma Serrado. Com as tipologias vegetais predominantes Floresta Estacional e Semidecidual, com árvores como a mama de porca e canafístulas, e vegetal de Serrado como as árvores de pindaíba e pequi. A fauna devido a muitas interferências antrópicas que levaram a descaracterização da flora, grande parte dos animais se afugentaram para áreas mais remotas, sendo atualmente encontrados alguns roedores como coelhos do mato, alguns esquilos, alguns primatas, suínos e a maior parte representadas pelas aves como sabiá, bem-tevi, pássaro preto, anus e cigarrinhas. A Prefeitura de Santa Luzia, em parceria com a Polícia Ambiental, vem trabalhando fortemente para coibir o tráfico de animais, e também investigar sobre 59


possíveis animais nativos da região que estejam em cativeiro. Trabalha com palestras em escolas do município e empresas quando lhe é solicitado, visando esclarecimentos sobre as inadequações ambientais, licenciamento ambiental, percepção da mobilidade urbana e organização do espaço urbano. Legislação Municipal nas leis 2.340 e 2.341, que buscam organizar e controlar as atividades potencialmente poluidoras no município se preocupa com os aspectos do município como a flora e a fauna. Existe o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (COMDES), o município tem autonomia de licenciamento ambiental para qualquer empresa que possa gerar impacto ambiental. A prefeitura trabalha para fiscalizar qualquer interferência de impacto ambiental segundo os preceitos da Agenda 21, Lei de Crimes Ambientais e a Lei do Estado 14.309. Juntamente com as empresas da cidade, a prefeitura realiza projetos de preservação ao longo do Rio das Velhas, com plantio de mudas em parceria com o IEF e a Agência Avançada do IEF. Existe um projeto piloto de coleta seletiva que atende 14 bairros da cidade, esses são doados a uma associação de catadores da própria cidade, a ASCOPA. ASPECTOS METODOLÓGICOS Em 2012, segundo o site Eleições 2012 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Santa Luzia, 365 candidatos concorreram as 17 vagas para o cargo de vereador da cidade. Foi feito o uso dos Estudos Exploratórios, onde foi realizada uma entrevista fechada com 8 questões com 40 candidatos durante os meses de setembro e outubro de 2012. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Utilizou-se do Estudo Descritivo Estatístico para quantificar e analisar o estudo como segue informações abaixo:

60


3- Estado Civil Percentuais

80,00%

70,00%

60,00% 40,00% 22,50% 20,00%

5,00%

2,50%

0,00% Solteio

Casado Divorciado Quesitos

Viúvo

Os dados acima, mostram que a maioria dos candidatos a verador são casados tendo um baixo índice de divorciados e viúvos.

Percentuais

4 - É sua primeira candidatura? 60,00%

55,00%

45,00%

40,00%

20,00% 0,00% Sim

Não Quesitos

A pesquisa também confirma um dado fornecido pelo site Cidade Santa Luzia, que informa um aumento no número de candidatos a vereador em 2012. Dos 40 candidatos pesquisados, 55% deles estavam concorrendo ao cargo pela primeira vez.

61


40,00% 5,00% Superior Completo

5,00%

Superior Incompleto

10,00%

Ensino Médio Completo

12,50%

Ensino Médio Imcompleto

27,50%

Fundament al Completo

50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%

Ensino Fundament al Incompleto

Percentuais

5 - Qual seu nivel de escolaridade?

Quesitos

O grau de instrução dos candidatos

é maior nos níveis de ensino médio

completo e superior completo.

6 - Dentre suas propostas de governo quais são as prioridades? Percentuais

50,00%

40,00%

40,00% 30,00%

25,00%

22,50%

20,00%

12,50%

10,00% 0,00% Educação

Saúde

Transporte Quesitos

Emprego

O foco de campanha dos candidatos estão na saúde em primeiro lugar, seguido de emprego e educação.

62


Houve um equilíbrio sobre o conhecimento do tema sustentabilidade, 50% afirmam que sabe o significado da palavra e os outros 50% dizem não saber o que significa.

8 - Dentre suas propostas de governo existe alguma que crie soluções para melhorar a sustentabilidade da cidade de Santa Luzia? 92,50%

Percentuais

100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 20,00%

7,50%

0,00% Sim

Não Quesitos

Apesar do conhecimento equilibrado sobre o tema, apenas 7,5% dos entrevistados tem em suas propostas projetos que melhorem a sustentabilidade da cidade. Os candidatos que disseram ter propostas para a sustentabilidade da cidade citaram como projetos:  Exigir da Copasa um tratamento de esgoto de forma ética, pois segundo um dos candidatos todo esgoto da cidade é jogado no Rio das Velhas; 63


 Incentivo a área rural;  Substituição das sacolas de plástico pelas sacolas recicláveis;  Coleta seletiva;  Criação de cooperativas de reciclagem como as que existem em Belo Horizonte;  Preservação das áreas verdes.

CONCLUSÃO Mediante tudo o que foi apresentado acima sobre plano de sustentabilidade dos vereadores de Santa Luzia, conclui-se que 50% deles, tem conhecimento do tema sustentabilidade, 50% afirmam que sabem o significado da palavra e os outros 50% dizem não saber o que significa. A renovação da Câmara é algo bastante expressivo. Com a globalização as prefeituras também precisam de evolução e Santa Luzia não é diferente. Já é notório que se nossos governantes não se preocuparem com o que diz respeito à sustentabilidade os mesmos vão perder muita credibilidade, pois nossa sociedade está cada vez mais preocupada com o tema. Um ponto que merece atenção é o fato dos candidatos não demonstrarem claramente saber o que um vereador faz de fato, e qual sua importância na sociedade, boa parte conhece bem o que isso significa, mas existe outra parcela que é considerada significativa que precisa se aprofundar no tema para somente depois pensar em se candidatar. Como afirma o autor GUSTAVO KRAUSE, in CAVALCANTI (2002; p. 16): Sustentabilidade não é um simples atributo de um tipo de desenvolvimento. Apesar dos mil e um encantos e da miríade de definições, ela é de natureza revolucionária: é um projeto de sociedade alicerçado na consciência crítica do que existe e um propósito estratégico como processo de construção do futuro. 64


Apesar de poucos candidatos entrevistados terem em suas propostas bons projetos é necessário que eles tenham consciência como diz o autor, de que sustentabilidade não é só um atributo de desenvolvimento e sim um conceito fundamental de sobrevivência. Os candidatos não devem se prender somente na essência de sua função na Câmara, mas antes de tudo pensar como cidadão morador da cidade e que almeja sempre o melhor. Vivendo em um local em harmonia com o meio ambiente e com o progresso, pois ele também é necessário, com certeza é um caminho para uma cidade modelo. REFERÊNCIAS BARBIERI, JOSÉ CARLOS. DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE: AS ESTRATÉGIAS DE MUDANÇAS DA AGENDA 21. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

BLOG NATURA EKOS, Disponível em: <http://blog.naturaekos.com.br/cidadessustentaveis-que-nao-pode-faltar/>. Acesso em 14/10/2012.

CAVALCANTI, C. (ORG.) (2002). MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS PÚBLICAS. 4ª ed. Recife, Editora Cortez e Fundação Joaquim Nabuco, 436p.

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DE SANTA LUZIA. Secretário: Valdoveu Vitor dos Santos.

SITE

CIDADE

SANTA

LUZIA,

disponível

em:

<http://www.cidadesantaluzia.com.br/2012/07/cadeiras-da-camara-sao-maisdisputadas.html> Acesso em 24/10/2012.

SITE

CIDADES

SUSTENTÁVEIS,

disponível

em:

<http://www.cidadessustentaveis.org.br/downloads/carta-Rio+20.pdf> Acesso em 24/10/2012. 65


SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE RAUL SOARES, disponível em: <http://www.cmraulsoares.mg.gov.br/index.php/utilidade-publica/63-funcao-dovereador > Acesso em 24/10/2012.

SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA, <http://www.cmsantaluzia.mg.gov.br/mat_vis.aspx?cd=5998>

disponível em: Acesso

em

24/10/2012.

SITE ELEIÇÕES 2012, disponível em: <http://www.eleicoes2012.info/candidatosvereador-santa-luzia-mg/> Acesso em 24/10/2012.

SITE OFICIAL DA CIDADE DE SANTA LUZIA,

disponível em: <

http://www.santaluzia.mg.gov.br/cidade/apresentacao/> Acesso em 24/10/2012.

66


67


INSIGHT #6 MC DONALD’S E SUSTENTABILIDADE

MC DONALD’S AND SUSTAINABILITY

Aline Pacheco* Talita Cordeiro de Araújo* Vanessa Lobato Miranda*

Wilson Domingos Mingote Júnior** Resumo A pesquisa de mercado realizada associando Sustentabilidade ás empresas de fast food pretende destacar as ações sustentáveis atualmente praticadas pela empresa McDonald‟s, usando-a como exemplo para as demais empresas do ramo que não praticam nenhuma ação sustentável. Além disso, com a pesquisa será possível saber se o consumidor está ciente destas ações e se as considera viáveis.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Fast Food. McDonald‟s.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 68


Abstract The market research conducted associating Sustainability ace fast food companies want to highlight the sustainable actions currently practiced by McDonald's company, using it as an example for other companies in the industry who do not practice any sustainable action. Moreover, with the research will be possible know if to the consumer is aware of these actions and if consider them viable. Keywords: Sustainability. Fast Food. McDonald‟s. INTRODUÇÃO Fast food significa comida rápida em inglês. Este tipo de serviço surgiu para dar continuidade aos restaurantes do tipo drive-in que nasceram na Califórnia na década de 40, possibilitando ao seu público que em grande parte não possuem muito tempo disponível devido ao ritmo de vida acelerado, lanches ou refeições rápidas. Os principais tipos de comidas que essas empresas oferecem aos seus frequentadores são sanduíches, pizzas, pastéis entre outros, muitas vezes acompanhadas de refrigerantes e batatas fritas. O combo de hambúrguer, batatas fritas e refrigerante surgiu nos Estados Unidos na década de 50. As empresas de fast food, fazem parte do cotidiano de várias pessoas, porém, por fugirem do padrão da culinária tradicional e possuírem na composição de seus produtos ingredientes que nem sempre são totalmente saudáveis para o homem, algumas pessoas se manifestam contrariando esse tipo de alimentação. Um exemplo disso foi o movimento chamado “slow food”, criado primeiramente na Itália no ano de 1986 e que acontece até os dias atuais em várias partes do mundo com o intuito de reforçar a importância da boa alimentação. Nos diversos países, existem várias redes de fast food, mas há aqueles que estão presentes no mundo inteiro, são elas: McDonald's, Burger King, Subway, KFC, Pizza Hut, entre outros.

69


Na Europa o surgimento ocorreu no mesmo período, em especial na França com os bistrôs, que apesar de ser diferente do modelo norte-americano, esse tipo de restaurante simples mudou bastante os hábitos dos europeus. No Brasil, o surgimento do fast food ocorreu também na década de 50, quando o americano Robert Falkenburg, ex-campeão de Tênis no torneio de Wimbledon (1948 e 1949) abriu a Falkenburg Sorvetes Ltda. O americano vendia sorvetes apenas de baunilha com receitas originais de seu país, feitas em máquinas americanas. Obtendo bons resultados neste empreendimento, Robert Falkenburg abriu a primeira loja Bob´s em Copacabana no ano de 1952, sendo pioneiro na venda de cachorro quente (hotdog), o hambúrguer, o Milk-shake e o sundae. No ano de 1979, entra o McDonald‟s no Brasil, com a abertura da primeira loja também no Rio de Janeiro. Com isso, o ramo deste tipo de empresa foi se alastrando no país. Em 1937 os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac) McDonald‟s, tiveram a ideia de abrir uma pequena barraca onde o produto principal era o cachorro-quente, com o nome de Airdome a mesma se estabelecia na cidade de Arcádia, localizada no estado da Califórnia. Três anos depois, os irmãos mudaram a barraca para San Bernardino, também na Califórnia e surge então o restaurante McDonald's, neste restaurante os clientes ficavam dentro de seus carros aguardando os atendimentos que eram realizados por garçons equipados com patins, este tipo de serviço tornou-se popular e trouxe bastante lucro à empresa, foi um conceito inovador no modo de atendimento com muita criatividade e entretenimento com seu público. No cardápio, grande parte dos itens oferecidos eram churrascos, porém, ao perceber que os lucros decorriam da grande demanda de vendas de hambúrgueres, os irmãos McDonald‟s começaram a investir tanto na infraestrutura, quanto na elaboração do novo cardápio, reduzindo os itens antes existentes, mas inovando nos produtos alimentícios.

70


Com o alto retorno financeiro, os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac) começaram a erguer novas franquias no estado do Arizona e Califórnia. Como uma jogada de marketing, o M maiúsculo na cor fortemente amarela simulando dois arcos, tem como objetivo chamar a atenção dos clientes, fazendo com que a logomarca seja vista de forma chamativa independente da distância entre a rede e o seu cliente. No Arizona, por exemplo, a franquia ficou conhecida como “Arcos Dourados”. Em 1954 Ray Kroc propôs uma parceria aos irmãos, no qual ele seria o dono da primeira franquia localizada fora da região de origem, a franquia seria aberta no estado de Chicago. As exigências estabelecidas foram: todos os estabelecimentos franqueados deveriam seguir o mesmo padrão do original, e as batatas fritas deveria ser preparadas com a receita já existente; e assim o contrato receberia as devidas assinaturas. A partir deste ponto, várias outras franquias surgiram pelo mundo. Ao todo são 31 mil restaurantes distribuídos em 118 países, sendo 80% franqueados. Hoje a McDonald‟s fatura anualmente cerca de US$ 45 bilhões. Já são 50 anos de tradição inabalável. Mesmo com críticas abusivas em relação aos seus produtos, partidas da oposição, a rede McDonald‟s foi premiada 11 vezes com o Selo de Excelência em Franchising (ABF). Além disso, em 2007 recebeu pela revista “Pequenas Empresas Grandes Negócios” o prêmio de melhor franquia de alimentação. Segundo pesquisa realizada pela Interbrand em 2007, a McDonald‟s está em oitavo lugar na lista de empresas que possuem um valor de marca reconhecido, além disso, é uma empresa de tradição no mercado de fast food e hoje aposta na sustentabilidade. “Sustentabilidade não é modismo nem marketing. É visão sistêmica e comprometimento de longo prazo.” ALMEIDA (2009) Ou seja, dessa forma a empresa tende a criar novos vínculos com pessoas e órgãos interessados no assunto assim como obter um diferencial no mercado quando se tratar de Sustentabilidade.

71


O site institucional da empresa oferece para as pessoas interessadas informações sobre as ações que a McDonald‟s pratica. Que são: McDia Feliz – em todos os últimos sábados do mês de Agosto todo o valor arrecadado na venda do Big Mac (isoladamente ou na McOferta nº 1) é utilizado para a campanha de combate ao câncer infanto-juvenil coordenada pelo Instituto Ronald Mcdonald‟s. Energias renováveis – desde Maio de 2008 a unidade de Fortaleza utiliza uma turbina que gera energia eólica, outras unidades usam painéis solares para aquecer a água. Patrulha da limpeza – os próprios funcionários reúnem-se para recolherem em um raio de dois quarteirões lixos jogados pelos clientes. Programa de Coleta Seletiva – lixeiras para a separação dos lixos gerados nas unidades, uma lixeira é para embalagens e a outra é para líquido que os clientes não consomem completamente. Projeto refazendo – política baseada na teoria dos 3R‟s (Reduzir, Reaproveitar e Reciclar), no qual peças de divulgação publicitárias feitas de materiais não recicláveis ganham uma segunda vida, ou seja, através destes materiais são feitos produtos como estojos, bolsinhas e aventais que serão distribuídos futuramente como brindes para pessoas diretamente ligadas a McDonld‟s. Estes produtos são fabricados por ONG‟s que dão espaço a população carente e marginalizada. Projeto Biodiesel – em algumas franquias, o óleo de cozinha que é utilizado para as frituras de batatas fritas e de empanados é destinado para a transformação de biodiesel para frotas de caminhões da McDonald‟s. JUSTIFICATIVA De acordo com Fernando Almeida, autor do livro Responsabilidade Social e Meio Ambiente, o tema Sustentabilidade começou a ser mais comentado por volta de 1987, quando a expressão desenvolvimento sustentável foi conceituada e divulgada pelo chamado Relatório Brundtlan – documento produzido sobre encomenda da ONU por uma comissão presidida pela ex-primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtlan. A idéia de elaborar um projeto envolvendo a sustentabilidade em uma pesquisa de mercado surgiu a partir da necessidade de difundir ainda mais o assunto e saber se o público freqüentador das empresas de fast food de Belo Horizonte conhece e acredita 72


que as ações sustentáveis adotadas por essas empresas são de fato viáveis ou não. “A inexistência de consumidores conscientizados em relação à causa ambiental pode dar falsa impressão de que a empresa não está ameaçada pela crescente ampliação dos produtos amigáveis ao ambiente no mercado de bens e serviços.” Denis Donaire (2010) Outro ponto a ser destacado é o caso da McDonald‟s, que por ser uma empresa multinacional, ter responsabilidades socioambientais relevantes e de certa forma não divulgar tais ações para a sociedade. Sendo assim, aquelas pessoas que não têm interesses em buscar conhecimentos relativos à Empresa e sua ligação com a Sustentabilidade, nem imaginam que tipos de ação essas empresas praticam. Por algum motivo a grande parte das pessoas ainda não consegue associar ações sustentáveis com as empresas de fast food, ou seja, ainda falta por parte destas empresas um investimento maior em políticas de publicidade e até mesmo de comunicação para que seja possível que estas ações sustentáveis sejam conhecidas pelo público e que sirva também de exemplo para outras empresas que ainda não adotaram medidas sustentáveis. Uma empresa de sucesso hoje tende a estar não só dentro dos padrões mercadológicos, mas também deve estar sobre os pilares da sustentabilidade.

73


“A responsabilidade social das organizações diz respeito às expectativas econômicas, legais, éticas e sociais que a sociedade espera que as empresas atendam, num determinado período de tempo.” Archie B. Carrol (1979) METODOLOGIA Para obter um resultado mais amplo e não quantitativo e criar uma relação de consumo durante a pesquisa, a metodologia aplicada foi o roteiro descritivo de caso qualitativo, assim com perguntas abertas o entrevistado teria condições de expor de forma mais detalhada possível seu ponto de vista sobre o que foi questionado. Com o resultado será possível analisar de forma mais aprofundada o grau de relevância do assunto no público que utiliza os serviços destas empresas. PLANO DE TRABALHO Para a realização da pesquisa de mercado o primeiro passo dado foi a escolha do tema. O Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) indica fortes mudanças relacionadas ao aquecimento global, onde a principal causadora é a emissão de CO2, são alterações que nos últimos anos estão se tornando 74


cada vez mais aceleradas, devido o mau uso dos recursos naturais que o meio ambiente oferece. Optou-se como assunto principal da pesquisa a SUSTENTABILIDADE, uma vez que o meio ambiente se encontra ameaçado pelos danos provocados pelo homem. Segundo o livro Gestão Ambiental na Empresa, de Denis Donaire, no relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU), denominado “Nosso Futuro Comum”, ficou muito clara a importância da preservação ambiental para que consigamos o Desenvolvimento Sustentado. Logo após, foi escolhido o objeto de pesquisa, no qual o grupo iria aprofundar suas buscas de informações em relação ao tema. Foram encontrados pontos interessantes e que iriam contribuir para o conhecimento mais aprofundado sobre o tema nas pessoas entrevistadas, o objeto de pesquisa foi a empresa de fast food McDonald‟s. Tendo isso em mãos, foram elaborados o problema e os objetivos da pesquisa. O problema era de identificar até que ponto as ações da Empresa McDonald‟s eram conhecidas pelo público de Belo Horizonte e qual a importância dessas ações para a sociedade. O objetivo geral foi destacar as ações praticadas pela McDonald‟s, a fim de usá-la como exemplo para as demais empresas. Já os objetivos específicos foram aprofundar na pesquisa de ações da McDonald‟s e comparar as ações entre as empresa do ramo. Em seguida, criou-se a justificativa para o problema, na mesma apresenta-se o motivo pela qual se tornou importante a idealização da pesquisa. Surgiram questionamentos sobre o tema que deram origem a um roteiro com uma série de tópicos, que foram aplicados a uma pequena quantidade de pessoas, foi o pré-teste. Analisando o resultado satisfatório, o mesmo roteiro da pesquisa (pesquisa qualitativa) foi então aplicado para um número maior de pessoas, foram 40 entrevistados.

75


Para a aplicação dos roteiros não foi definido um grupo focal, as entrevistas foram feitas em lugares públicos e privados, para pessoas de ambos os sexos e com idades diversificadas. Com base nessas entrevistas foi realizada a tabulação e os resultados foram mensurados e analisados possibilitando assim a construção e desenvolvimento final do artigo. MENSURAÇÃO DE RESULTADOS O roteiro foi aplicado aleatoriamente sem seguir padrões pré-determinados pelo grupo anteriormente, justamente para conseguir informações bem distintas de pessoas que frequentam não somente o McDonald‟s, mas também outras empresas do ramo. No roteiro qualitativo da pesquisa foram apresentados aos entrevistados primeiramente as ações praticadas pela McDonald‟s, a empresa de fast food focal da pesquisa, dentre elas:  Adoção da política dos Três R‟s Reduzir Reaproveitar e Reciclar em todas as cadeias produtivas inclusive restaurantes;  Conta com um código de conduta para fornecedores que inclui o respeito ao meio ambiente e às florestas tropicais e o cuidado com o bem estar dos animais;  Assumiu publicamente o compromisso de não comprar soja cuja procedência fosse de áreas desmatadas;  Coleta seletiva em várias franquias;  Em 15 restaurantes painéis captam a energia solar para aquecer a água;  A patrulha da limpeza é uma ação periódica dos restaurantes McDonald‟s, são rondas nas quais os funcionários da rede recolhem as embalagens jogadas em volta dos restaurantes no raio de dois quarteirões;

76


 Reaproveitamento de algumas peças utilizadas em campanhas de promoção, banners, displays, faixas entre outros. Juntamente com a organização Arcos dourados, os produtos que não são reciclados são transformados em bolsas, sacolas, aventais, nécessaires e diversos outros objetos que podem ser produzidos a partir de peças que a princípio seriam simplesmente descartadas. Em seguida foram levantadas as questões:  O ponto de vista sobre a sustentabilidade nas empresas de fast food;  Empresas de fast food mais frequentadas;  Ações praticadas por outras empresas do ramo;  Quais ações os entrevistados acham viáveis para este tipo de empresa; 

Conhecimento de outras ações praticadas pela McDonald‟s. Foi identificado que as empresas mais frequentadas pelos entrevistados foram:

McDonald‟s, Subway, Bobs, Burger King, Habibs, Bang Bang e Giraffas. Ao serem levantadas no início da apresentação do roteiro aos entrevistados as ações praticadas pela McDonald‟s, muitos desconheceram as práticas apresentadas e ao mesmo tempo mostraram-se surpresos pela existência de tais ações. Sendo assim, foi percebido também que o público não tem conhecimento nem ao menos básicos de ações de sustentabilidade praticadas por essas empresas de fast food. São assuntos que não chegam ao público com notoriedade, não são apresentados por campanhas publicitárias e praticamente não há divulgação pública mais ampla. A divulgação é feita somente na comunicação interna das empresas, como por exemplo, nos sites institucionais e alguns cartazes nos restaurantes de algumas franquias. Entre as ações sustentáveis mais viáveis para esse tipo de empresa as que deveriam ser implantadas, segundo o público foram:  Reciclagem; 77


 Coleta Seletiva;  Reutilização do óleo de cozinha;  Reciclagem de papéis;  Economia de produtos que prejudiquem o meio ambiente;  Mais investimento em energia solar;  Utilização dos restos de alimentos para fabricação de adubos;  Campanhas de conscientização sustentáveis nos restaurantes. Foi expressa pelo público a importância da sustentabilidade em qualquer empresa seja ela qual for, mas por decisão unânime a ideia da sustentabilidade praticadas nas empresas de fast food é aceita positivamente já que, em si, essas empresas não são um modelo a seguir quando o assunto é qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS “A responsabilidade ambiental está contida dentro da responsabilidade social empresarial, e deve ser entendida como parte integrada deste, nunca de forma isolada. Quando se discute responsabilidade ambiental, esta deve ser entendida como o conjunto de ações realizadas além das exigências legais, ou daquelas que estão inseridas num contexto de eficiência profissional ou de área de atuação. A responsabilidade ambiental empresarial se constitui em ações que extrapolam a obrigação, assumindo mais um conteúdo voluntário de participações em fóruns, iniciativas, programas e propostas que visem manter o meio ambiente natural livre de contaminação e saudável para ser usufruído pelas futuras gerações.” Reinaldo Dias (2010) Após análise de todas as pesquisas realizadas, entende-se que a grande maioria das pessoas ainda desconhece a ligação que existe entre sustentabilidade e as empresas

78


de fast food, em especial a McDonald's, foco da pesquisa. Ao tomarem conhecimento em relação às ações praticadas passaram ter outra percepção. É importante ter a visão de que as empresas que realmente querem se destacar no ramo a qual pertencem investem a fundo em ações de sustentabilidade que estejam sempre entrelaçadas nos três principais pilares da sustentabilidade (crescimento econômico, progresso social e equilíbrio ecológico). Ao falar sobre o papel da inovação na busca da sustentabilidade o autor Fernando Almeida aponta: “No universo da sustentabilidade, é preciso buscar novos modelos de capitalização capazes de criar valor tanto para o negócio quanto para a sociedade. Não há sustentabilidade sem inovação”. Neste quesito a McDonald's tem inovado dentro do seu escopo organizacional, mas ainda deixa a desejar quanto à divulgação destas ações. As pessoas de fato reconhecem a importância da sustentabilidade e até admiram que as empresas de fast food estejam se adaptando a estas ações, porém ainda faltam campanhas eficazes de divulgação, que possibilitam o público a tomar mais conhecimento em relação à imagem sustentável da empresa. O marketing para a sustentabilidade tem de estar diretamente apoiado em preceitos éticos, sem deixar de focar em resultados. Os profissionais responsáveis pela gestão da imagem e reputação da empresa devem ter em mente que, desde que o conceito foi formulado, o desenvolvimento sustentável tem a ver com visão ampla dos desdobramentos ambientais, sociais e econômicos dos atuais padrões de crescimento, assim como a perspectiva de longo prazo relativa aos interesses das gerações atuais e futuras, afirma Fernando Almeida. REFERÊNCIAS ALMEIDA, FERNANDO. Experiências Empresariais em Sustentabilidade – Avanços, Dificuldades e Motivações de Gestores e Empresas. Editora Elsevier 2009. 79


ALMEIDA, FERNANDO. Responsabilidade Social e Meio Ambiente – “Os Desafios da Sustentabilidade”. Editora Elsevier 2008.

COMBO EM FAST FOOD. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/conteudo.phtml?id=1117649&tit=Aorigem-do-fast-food/. Acesso em 15 de Outubro 2012.

DE OLIVEIRA, J. A. PUPPIM. Empresas na Sociedade – Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Editora Elsevier 2008.

DIAS, REINALDO. Gestão Ambiental Sustentabilidade. Editora Atlas 2010.

Responsabilidade

Social

e

DONAIRE, DENIS. Gestão Ambiental na Empresa. Editora Atlas 2010.

ESTUDO DESCRITIVO DE CASO (QUALITATIVO). Disponível em: http://leticiacapelao.com/Webquest_Pesquisa_Mercado/fontesdescritivoqualitativo.ht m. Acesso em 05 de Outubro. 2012.

FAST-FOOD. Disponível em: http://www.infoescola.com/curiosidades/fast-food/. Acesso em 13 de Agosto 2012.

FAST-FOOD NO BRASIL. Disponível em: http://www.marketingtradeshowbrasil.com.br/index.php/fast-food-no-brasil.html/. Acesso em 25 de Setembro 2012.

HISTÓRIA MCDONALD’S. Disponível http://www.colunasdehercules.com.br/2009/04/mac-donalds-historia-ecuriosidades.html/. Acesso em 15 de Outubro 2012. Disponível http://www.mcdonalds.com/us/en/home.html/. Acesso em 15 de Outubro 2012.

80

em: em:


MCDIA FELIZ. Disponível em: http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25232List3. Acesso em 10 de Setembro 2012.

NÚMERO DE FRANQUIAS PELO MUNDO. Disponível em: http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25236. Acesso em 29 de Outubro 2012.

ORIGEM DO MCDONALD’S NO BRASIL. Disponível http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/mcdonalds-inveno-do-fastfood.html. Acesso em 15 de Outubro. 2012.

em:

ORIGEM FAST FOOD TIPO DRIVE-IN. Disponível http://lazer.hsw.uol.com.br/fast-food.htm/. Acesso em 15 de Outubro 2012.

em:

SIGNIFICADO DE FAST FOOD. Disponível http://www.significados.com.br/fast-food/. Acesso em 10 de Setembro 2012.

em:

SLOW FOOD. Disponível em: http://www.slowfoodbrasil.com/. Acesso em 10 de Setembro 2012.

SURGIMENTO DO BOB’S NO RIO DE JANEIRO. http://www.bobs.com.br/o-bobs/. Acesso em 15 de Outubro 2012.

Disponível

em:

SUSTENTABILIDADE. Disponível em: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/53459_AS+50+EMPRESAS+DO+BEM. Acesso em 12 de Agosto 2012.

81


82


INSIGHT #7 CAMINHAR PARA SUSTENTABILIDADE? SÓ COLOCANDO PILHA NESSA IDEIA, MAS SEM PERDER A BATERIA HIKING FOR SUSTAINABILITY? RECYCLE BATTERIES AND BATTERIES

Felipe Douglas Ribeiro* Isabella Caroline Barbosa* Thaís Alves de Souza* Thiago Augusto Paula Maia* Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo A sustentabilidade é um tema cada vez mais frequente dentro das organizações. Conforme o site de pesquisa UOL um gráfico do ano de 2008 mostra que no Brasil um número considerável de reciclagem de materiais como papel, alumínio, pet, dentre outros. No entanto a reciclagem de materiais como pilhas e baterias, não são abordada pela mídia. Pilhas e baterias quando descartados de maneira inadequada, causam danos ao meio ambiente. Uma pilha pode levar séculos para se decompor e os metais pesados, porém, nunca se degradam, os mesmos em contato com a umidade, água e calor fazem com que substâncias químicas vazem e os seus componentes tóxicos contaminam o solo, água, plantas e os animais. O objetivo deste artigo é identificar em um projeto de reciclagem de pilhas e baterias do Banco Santander, que tem o nome de Papa- pilhas falhas na comunicação em geral e propor soluções para mudança deste quadro. Palavras-Chave: Reciclagem. Pilhas. Baterias. Papa-pilhas. Sustentabilidade.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

83


** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

Abstract Sustainability is an increasingly common theme within organizations. As the search site UOL a chart of 2008 shows that in Brazil a considerable number of recycling materials such as paper, aluminum, pet, among others. However the recycling of materials such as batteries, although important are not addressed by the media. Batteries when disposed of improperly, causing damage to the environment. A stack can take centuries to decompose and heavy metals, however, never degrade, they in contact with moisture, water and heat cause leaking chemicals and their toxic components contaminate soil, water, plants and animals. The purpose of this article is to identify in a recycling project of batteries Banco Santander, which has the name of Pope-cells miscommunication in general and propose solutions to change this picture. Keywords: Recycling of batteries. Battery-Pope. Sustainability.

INTRODUÇÃO O tema sustentabilidade tem se tornado presente em vários aspectos da sociedade atual, as organizações dos três setores da economia focam em meios de energias renováveis, reciclagem e em contribuições de ações sociais, mas existe uma diferença entre a definição de sustentabilidade da prática realizada pelas organizações; A definição mais difundida da Comissão Brundtland (WCED, 1987), a qual considera que o desenvolvimento sustentável deve satisfazer às necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Deve se pensar como as organizações trabalham com o tema sustentável? Como podemos considerar os projetos sustentáveis existentes como eficazes? Afinal as organizações com alto faturamento são praticamente obrigadas à prática da mesma pelo governo brasileiro.

84


Trabalhar o conceito de comunicação dentro deste projeto é foco da pesquisa acadêmica, todas as críticas citadas possuem sugestões de melhorias com a proposta de centralizar em meios mais eficazes para alcançar um público maior, manter já existente e divulgar esta ação sustentável a favor da marca. Junto a proposta de conscientizar as pessoas quanto à reciclagem de pilhas baterias, encontramos na Organização do Banco Santander SA. O projeto que recebe o nome de Papa-Pilhas, de acordo com site institucional que separa um link para comentar sobre o projeto, o mesmo possui nas agências do banco Santander pontos de coleta para reciclagem do material tratado. O projeto Papa-pilhas foi criado no ano de 2006, pelo Banco Santander que instalou dentro de suas agências uma estrutura capaz de coletar pilhas e baterias inutilizadas, atualmente uma média de 2,8 mil postos instalados no Brasil. Uma reportagem de Janaína de Menegaz sobre o destino das pilhas e baterias relata que a reciclagem só pode ser realizada por uma organização brasileira que é licenciada para realizar o processo de reciclagem do material proposto, a mesma é a instituição Suanquim e quem financia o custo do projeto Papa-Pilhas é o Banco Santander. Este custo é alto e o processo é demorado, mas parte de deste material que poderia estar sendo descartado no meio ambiente é tratado por este projeto, mas ainda existe um percentual alto de pilhas e baterias inutilizadas sendo descartadas de forma incorreta, pois na mesma reportagem relata que a reciclagem de pilhas e baterias na Suzanquim acontece uma vez no mês e o motivo é que o volume de material coletado é cinco vezes menor que a capacidade de reciclagem do local. A busca por informações específicas sobre o projeto do banco e a percepção dos clientes quanto ao mesmo, trouxeram ao trabalho duas pesquisas; A primeira foi aplicada ao gestor do projeto papa pilhas e a segunda aos clientes do banco de algumas agências de Belo Horizonte. A comunicação estratégica transforma a visão de seus públicos quanto a imagem que deve ser passada. Os meios trabalhados na comunicação como a divulgação, direcionamento de informação para um determinado público, desenvoltura aos meios de comunicação de massa, definição de imagem que deve ser passada, 85


trabalhar para novos públicos e manter o existente, definir padrões para comunicação em massa e especifica, inovar continuamente as formas de passar informações desejadas, contribuir e relacionar continuamente para que os parceiros e clientes aumentem, são as formas que podem ser tratadas neste projeto, métodos viabilizando o tratamento dos gargalos de comunicação serão sugeridos e podem ser aplicadas para obtenção de retorno sustentável e financeiro. A pretensão final deste trabalho é trazer propostas que não identificadas no projeto referente à comunicação. O Papa-pilhas é inovador e tem prática sustentável, mas pode ser melhor apresentado em sua rede de stakeholders. É preciso ter uma meta para retroceder o percentual do problema quanto a falta de reciclagem de pilhas e baterias, conquistar meios de novos patrocínios para expansão de um projeto que trabalha algo que envolve o futuro das gerações, ou seja, algo sustentável. SUSTENTABILIDADE Então surge o questionamento o que é sustentabilidade? Aonde a mesma influência ou muda no meu dia-a-dia? O que pode ser feito para que “eu” possa ser associado à prática sustentável? De acordo com o portal sustentável, a definição de sustentabilidade é: “Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Ou seja, as práticas relacionadas a reciclagem ou reutilização, culturas e sua liberdade de expressão, preservação ou cultivo de plantas, ajudar ao próximo com intuito de prática social e viabilizar a economia para que as pessoas tenham qualidade de vida, são formas de ter um planeta onde as pessoas convivem bem sem agredir tanto a natureza em geral. A sustentabilidade está ligada a vida diária dos brasileiros, pois relacionando isso a revista Guia Exame de novembro de 2010 com tema sustentabilidade traz uma reportagem de José Eli Veiga, que faz uma correlação entre a política e um futuro menos insustentável; Percebesse que o governo precisa ter atenção, pois além da 86


preservação da floresta Amazônica precisam investir na educação, tecnologias e saúde. Afinal quem deveria ser o maior participante das práticas sustentáveis são os políticos de modo geral, existe uma grande parte da população brasileira sofre com falta de saneamento básico, saúde pública, educação básica, etc. Portanto este tema está presente cada vez mais dentro da rotina das pessoas. As pessoas podem começar a terem a práticas sustentáveis para ajudar o meioambiente e o convívio social, reutilizar materiais que poderiam ser descartados, separar lixos reciclagem e encaminhar isso para alguém que é catador de material reciclado, dar as pessoas de baixa renda roupas e sapatos, são algumas atitudes que podem mudar o destino de pessoas e de resíduos que poderiam estar em lixões ou aterros. JUSTIFICATIVA Com a proposta de realizar um artigo sobre sustentabilidade, a ideia foi buscar algo que fosse importante, mas pouco discutido ou de baixa relevância perante as pessoas. O assunto abordado é a reciclagem de pilhas e baterias inutilizadas, pois é o que se enquadra dentro dos quesitos acima abordados pelos autores. O material proposto (pilha e bateria) quando descartados de maneira inadequada, causam danos ao meio ambiente. Uma pilha pode levar séculos para se decompor e os metais pesados, porém, nunca se degradam, os mesmos em contato com a umidade, água e calor fazem com que substâncias químicas vazem e os seus componentes tóxicos contaminam o solo, água, plantas e os animais. De acordo com o gráfico retirado do site de notícias UOL que mostra quais são os materiais mais reciclados de 1993 – 2008 no Brasil, é possível analisar que o alumínio, pet, vidro são os três mais reciclados no país neste período; Pilhas e baterias não estão citadas no gráfico, mas de acordo com site de pesquisa Info Escola relata que no Brasil existe um volume considerável de reciclagem de papel, vidro, plástico, alumínio e outros materiais. Enquanto a maioria das pilhas e baterias é descartada no lixo comum sem tratamento específico, os dados de 2008 mostram que a reciclagem de 87


bateria e pilhas é mínimo, somente 1% das pilhas descartadas são recicladas e cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resíduos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) é restos de lâmpadas fluorescentes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria. O Programa que recebe o nome de Papa-pilhas do banco SANTANDER tem uma boa estrutura de divulgação no site institucional da organização, porém não foi identificado nos meios de comunicação de massa existentes, pesquisas realizadas em redes sociais como Face Book, Twiter, Blogs e nada foi encontrado, aonde é identificado uma falha de divulgação. PAPA-PILHAS Conforme o site institucional do Banco Santander o projeto criado em 2006, já recolheu mais de 500 toneladas de materiais inutilizados sendo eles pilhas, baterias de portáteis, celulares, laptops, câmeras digitais. Os pontos de coleta estão distribuídos nas agências do Banco Santander do Brasil e estão dispostos para clientes do banco e para todas as pessoas. Os materiais são enviados para a empresa SUZAQUIM que é a única no Brasil licenciada para esse tipo de reprocessamento. Juntamente com o Banco Santander a Operadora de telefônia TIM também contribui com o projeto Papa Pilhas com outro que recebe o nome de Recarregue o Planeta, aonde a operadora atua diretamente para a coleta do material proposto no artigo e com baterias de celulares, auxiliando no tratamento ecológico destes materiais. Apesar de seu tamanho pequeno e aparentemente inocente, as pilhas e baterias são de fato um problema ambiental, pois são compostos de materiais químicos pesados que degradam de forma assustadora o meio ambiente. Na resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama de 1999, consta no seu artigo primeiro:

88


As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos,..., após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequado.

METODOLOGIA E MENSURAÇÃO DE DADOS De acordo com gráfico apresentado no site da instituição do Banco Santander desde o início do projeto o número de pilhas e baterias coletas nas agências vem crescendo a cada ano. Com foco de entender a comunicação do projeto Papa-pilhas aplicação de dois questionários foi elaborado e aplicado, um com foco de entender o Banco Santander quanto à divulgação e o projeto, outro para verificar junto aos clientes a cerca do conhecimento do projeto, e se contribuem como mesmo. No dia 10 de outubro de 2012 um representante do Papa-pilhas respondeu o questionário que foi qualitativo descritivo, o nome do mesmo é Genival Gomes Santos que é coordenador de gestão do Papa- pilhas. A resposta do Sr. Genival acerca da comunicação foi que a divulgação é no site do Santander que possui informações sobre todo o projeto, além de participação em eventos, folders disponíveis nos pontos de coleta; A resposta quanto aos projetos de melhoria, o ultimo realizado foi acerca de uma triagem do material recebido para que algumas organizações fabricantes das pilhas ou baterias, para que as mesmas pudessem receber os seus materiais inutilizados; A resposta quanto aos meios de comunicação utilizado foi meios impressos por folders informativos, pela internet através do site Santander, participação em eventos, trabalhos acadêmicos; A resposta quanto a conscientização do público foi que o público deles são pessoas físicas a pretensão do projeto não é reciclar todas as pilhas e baterias do Brasil, mas colaborar no meio sustentável; A resposta acerca das dificuldades enfrentadas no projeto foi que o maior desafio é 89


equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, mas a principal dificuldade é o financeiro, encontrar parcerias com retorno financeiro; A resposta sobre estrutura e organização dos pontos de coleta foi que o principal foco são nas agências Santander, algumas faculdades e universidade além de parceiros como TIM por exemplo; a resposta quanto ao questionamento sobre os pontos de maior e menor coleta foi atualmente estamos em 25 estados do país e São Paulo é responsável por 60% das coletas e Rondônia é o de menor coleta; A resposta acerca das metas de crescimento foi que existem várias metas, porém o custo de reciclagem é muito alto, por isso a triagem auxiliou para encaminhar para as organizações fabricantes responsáveis e dividir no impacto ambiental e custo. Após análise das respostas conclui-se que o Papa-pilhas tem logística de sua rede que é boa, entende da Imagem Corporativa do projeto, vem crescendo a cada ano com sua experiência de mercado, mas possui dificuldade de aumentar sua rede de investidores e aliados para pontos de coleta; A essência do fazer sustentabilidade é causar um impacto positivo de grande número no tema escolhido para ser trabalho, utilizando a comunicação direcionada podemos auxiliar de diversas formas estratégicas, focando em fidelizar o público que não é participativo e manter o já existente, consegui patrocínio de marcas que buscam trabalhar sua o tema sustentável apoiando o projeto. Na pesquisa realizada nas agências do banco Santander, o questionário foi quantitativo estruturado com perguntas fechadas, pesquisamos os clientes de quatro agências diferentes, situadas em belo horizonte. Na análise dados, a primeira pergunta que media quantas pessoas tinham conhecimento de que as pilhas e baterias poderiam ser recicladas 76% do entrevistado sabiam e 24% não sabiam; A segunda pergunta teve o intuito de medir quantos entrevistados possuíam pilhas e baterias inutilizadas guardadas na sua casa e 64% respondeu que não e 36% que sim; A terceira pergunta mediu o que os entrevistados faziam com as pilhas e baterias inutilizadas 37% envia para reciclagem, 18% guarda e 45% joga no lixo; A quarta pergunta o intuito foi identificar

quantos dos entrevistados conheciam o projeto Papa- pilhas do banco

Santander e 37% conheciam 63% não conheciam. 90


Analisando os percentuais das respostas dos entrevistados percebesse que os clientes do Banco Santander têm consciência que atualmente as matérias citadas no artigo podem ser recicladas, mas não tem conhecimento do projeto Papa-pilhas. Um percentual grande das pilhas e baterias inutilizadas é descartado ainda de forma incorreta. Um ponto interessante é que todos que conhecem o projeto do banco contribuem para reciclagem; Com estes resultados coletados é visível o quão será importante para o projeto investir mais sobre a na comunicação e divulgação do Papa Pilha, criar aliados para aumentar os postos de coletas fora das agências do Santander, uma sugestão disto é instalar um posto de coleta na faculdade Anhanguera Belo Horizonte unidade II. É notável que reciclar pilhas e baterias ainda não é uma prática comum entre a população, descarta-las de forma incorreta é extremamente perigoso, pois os metais pesados existentes em seu interior não se degradam e são nocivos à saúde e ao meio ambiente. PROPOSTAS DE COMUNICAÇÃO AO PAPA-PILHAS Definir o padrão da Imagem Corporativa do projeto é o primeiro passo que deve ser realizado, afinal para algo ser repassado as pessoas precisa ter uma estrutura de quem sou, qual minha missão, o meu valor e minha visão bem definida para que não ocorra dupla interpretação. Quando se trata de reconhecimento do público e divulgação, os meios de comunicação em massa são a base do trabalho, mas precisam ser bem utilizados; As rede sociais são meios de baixo custo e de muito efeito, facebook, twitter e blogs podem ser montados, mas com foco na interatividade, pois as pessoas compartilham coisas que são do cotidiano e que acham engraçados e divertidos. Otimizar o projeto aumentando o número de patrocinadores, visando as grandes organizações que contribuem continuamente com descarte do material proposto no meio ambiente.

91


Buscar alguns programas televisionados, revistas e jornais que tenham interesse no tema e divulgar o projeto a favor da Imagem Corporativa das marcas que contribuem para o projeto. CONCLUSÕES FINAIS A partir dos dados coletados durante a realização da pesquisa, o principal fator que prejudica a expansão de projetos como o papa-pilhas é o alto custo desse tipo de reciclagem. Segundo Genival Gomes Santos, Coordenador da Gestão do Projeto, o desafio é equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, tendo dificuldade principalmente no setor financeiro, o ideal seria encontrar parcerias com retorno financeiro. Várias metas existem, porém o custo de reciclagem é muito alto. Recentemente passou por um projeto de mudança, mas não foi quanto à divulgação, e sim quanto à triagem do material para que algumas organizações que fabricam as pilhas pudessem receber as de sua marca, com objetivo de reduzir os custos. O único meio de comunicação utilizado pelo projeto para a divulgação do trabalho é o site do Santander, onde as informações não estão visivelmente acessíveis, só encontra informação sobre o projeto quem procura pela mesma. Uma boa solução para esse problema seria que na página inicial existisse um link visível a todos, chamado a atenção de quem entra no site para buscar qualquer outro tipo de informação. Em pesquisa realizada com os clientes do banco Santander, foi contatado que 76% dos entrevistados sabem que pilhas e baterias podem ser recicladas, porem apenas 37% conhece o programa Papa-pilhas e descartam de maneira adequada suas pilhas e baterias, enviando para a reciclagem, 18% dos entrevistados informaram que guardam esse tipo de material em suas casas e o mais preocupante, 45% descartam esses materiais no lixo comum. Atualmente o projeto esta presente em 25 estados brasileiros, tendo em São Paulo a maior adesão, o estado é responsável por 60% da coleta, o estado com menor índice 92


de coleta é Rondônia. É evidente que o projeto tem estrutura para crescer e mudar essa realidade, para isso a divulgação do projeto teria de ser melhor trabalhada. Aumentando os postos de coleta e trabalhando para conscientizar seus clientes e também os demais da sociedade o projeto conseguiria colaborar ainda mais para o meio sustentável e com isso melhoraria ainda mais sua imagem perante a sociedade. Se preocupar com ações sustentáveis é se preocupar com as futuras gerações. REFERÊNCIAS CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3>. Acesso em 09 de novembro de 2012.

INFO ESCOLA. Disponível em: http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-depilhas-e-baterias/. Acesso em 3 de setembro de 2012.

PORTAL DE SUSTENTABILIDADE. Disponível <http://www.sustentabilidade.org.br/>. Acesso em 09 de novembro de 2012.

em:

RECICLAGEM QUAL O DESTINO DAS PILHAS E BATERIAS? Disponível em: http://miramundo.wordpress.com/2008/07/20/reciclagem-qual-o-destino-daspilhas-e-baterias/. Acesso em 4 de setembro de 2012.

REVISTA GUIA EXAME. Edição de novembro de 2010. Tema Sustentabilidade. 2010.

SANTANDER S.A. Disponível em: http://sustentabilidade.santander.com.br/oquefazemos/praticasdegestao/Paginas/papapi lhas.aspx. Acesso em 23 de setembro de 2012.

SUZAQUIM INDÚSTRIAS QUÍMICAS LTDA. Disponível http://www.suzaquim.com.br/. Acesso em 3 de setembro de 2012.

93

em:


UOL. DisponĂ­vel em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/1009_ids_reciclagem_album.htm#fotoNav=1. Acesso em 23 de setembro de 2012.

UOL. DisponĂ­vel em: < http://tecnologia.uol.com.br/guiaprodutos/imagem/ult6186u4.htm>. Acesso em 7 de setembro de 2012.

94


95


INSIGHT #8 CEMIG E SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA EM BELO HORIZONTE: O ELO ENTRE AS ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS E CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

CEMIG ENERGY AND SUSTAINABILITY IN BELO HORIZONTE: THE LINK BETWEEN THE ALTERNATIVES AND AWARENESS OF SUSTAINABLE POPULATION

Jessica Caroline Silva de Freitas* Kelly Graciano da Silva Bento* Sabrina Gonçalves Barbosa* Simone Cristina Lopes*

Wilson Domingos Mingote Junior**

Resumo A escassez dos recursos naturais, as mudanças climáticas e os transtornos para a biodiversidade, originaram uma preocupação e uma demanda para o setor público e concessionárias de energia elétrica, pois, os recursos hídricos são finitos, sendo necessário pensar e desenvolver técnicas e instrumentos para a captação de energia limpa e renovável. Portanto, o objetivo deste artigo é investigar as práticas de energia sustentável realizadas pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) em Belo Horizonte, com o intuito de pesquisar as práticas adotadas, analisar os resultados obtidos e identificar o elo entre a conscientização da população e as alternativas energéticas sustentáveis. Palavras chave: Sustentabilidade. Energia. CEMIG. Belo Horizonte.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 96


Abstract The scarcity of natural resources, the weather changes, and the biodiversity‟s inconveniences, originated concerns and a higher demand for the public sector and for the electric energy companies, for the hydric resources are finite, leading to the need of thinking of and developing new techniques and instruments for the captivation of clean and renewable energy. Therefore, this article‟s purpose is to investigate the sustainable energy practices done by CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais – Energy Company of Minas Gerais) in Belo Horizonte, aiming to research the adopted practices, analyze their acquired results, and identify the connection between the population‟s awareness of the matter and the sustainable energy‟s alternatives. Keywords: Sustainability. Energy. CEMIG. Belo Horizonte.

INTRODUÇÃO Observando as constantes mudanças climáticas ocasionadas pela degradação ambiental e a realidade da escassez de recursos naturais, a ONU (organização das nações unidas) elegeu 2012 como o ano internacional da energia sustentável para todos, desta forma, os países que integram as nações unidas devem esforçar-se para o desenvolvimento energético sustentável, de forma que a produção de energia supra à demandada população mundial e que todos, sem distinção, tenham acesso à energia elétrica. Na revista Imprensa de Maio de 2008(p. 234), há uma reportagem sobre as 50 empresas mais sustentável segundo a mídia. A mesma cita um momento na vida do pensador norteamericano Charles Sanders Peirce que no final do século XIX, escreveu uma carta à amiga Victória Welby onde Peirce fazia uma análise do último livro de sua amiga Lady Welby, “O Que é a Significação?”, e afirmava que “ninguém pode saber o poder que uma palavra ou frase tem para mudar a face do mundo".

97


Isto pode ser claramente observado quando falamos em Sustentabilidade. O mundo corporativo transformou-se, sendo hoje um requisito considerado importante na hora de analisar uma empresa. Nota-se que além de trabalhar em prol de obter um desenvolvimento sustentável, houve antes, um desenvolvimento de consciência, onde os recursos naturais disponíveis foram observados por uma nova ótica. As empresas estão tentando se adequar apesar de toda complexidade prática e teórica, quebra de paradigmas e mostrar para as pessoas que desenvolvimento sustentável é nada menos que, o desenvolvimento capaz de suprir ás demandas da população utilizando os recursos naturais de forma consciente e sem prejudicar as gerações futuras e através disso alcançando grande poder econômico, se atentando para as três áreas de desenvolvimento: o âmbito social, econômico e ambiental. Neste artigo pretendem-se examinar com base nessas considerações, as ações sustentáveis realizadas pela CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais e o sua contribuição para Belo Horizonte. CEMIG: COMPANHIA ENERGETICA DE MINAS GERAIS-HISTÓRICO De acordo com o site oficial da Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais é uma das maiores instituições brasileiras no ramo de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Referencial em economia global, ela é hoje reconhecida por suas ações sustentáveis e há 12 anos, simultâneos, ela tem feito parte do Downs Jones Sustainability World Index. Uma empresa de capital misto, a Cemig se configura como empresa pública, colaborando para o desenvolvimento do Estado e do País, e vem apresentando resultados financeiros positivos e gerando valor para acionistas. Suas ações são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri, o grupo é constituído por 49 empresas e 10 consórcios. Controlado por um holding, com ativos e negócios em vários estados do Brasil o grupo Cemig atua em Minas Gerais e em mais 15 estados brasileiros e no Chile. Possui, também, investimentos em distribuição de gás natural e transmissão de dados. 98


A Cemig foi criada nos anos 50, mais especificamente no governo de Juscelino Kubitscheck, quando ele formalizou o desejo de centralizar o setor de energia do Estado. Ela surgiu em conformidade com as novas tecnologias do setor de energia elétrica e de gestão financeira e humana. É importante frisar o quanto os projetos hidrelétricos dos anos 50, foram de suma importância para que a Cemig 10 anos mais tarde oferecesse energia elétrica o necessário para influir definitivamente no desenvolvimento do Estado. A empresa hoje é responsável pelo atendimento a cerca de 18 milhões de pessoas em 774 municípios de Minas Gerais e pela gestão da maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul, com mais de 400 mil km de extensão. Uma das maiores geradoras do País, a Cemig dispõe de um parque gerador, formado por mais de 64 usinas hidrelétricas, térmicas e eólicas. Desde a sua criação, a Cemig tornou-se referência no setor elétrico brasileiro, primeiro com a construção da hidrelétrica de Três Marias, a primeira usina de grande porte do País. Em seguida na gestão regular feita para implantar novas usinas e programas de eletrificação urbana e rural. SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA Em 1973 com as altas taxas de juros e de inflação, os setores energéticos dos países tiveram que ser revistos, de forma que a vinculação e impossibilidade de responder com seus próprios recursos respondessem a dada demanda. Tal crise fez com que a visão mundial quanto aos recursos energéticos mudasse. A prática e a utilização de fontes renováveis de energia passaram a ter espaço, e uma nova opção para o desenvolvimento sustentável. Ao conceito de desenvolvimento sustentável, está incluído o aumento da sociedade e conjuntamente ao consumo excessivo de recursos naturais. Portanto a sustentabilidade energética passa a ter um enfoque mais amplo já que sua pratica gera energia limpa e renovável, com a função de reduzir o consumo de energia elétrica. 99


Com programas de educação e conscientização à sociedade passa a melhorar o desempenho energético do país quanto ao consumo e produção de energia sustentável, qualidade de vida e meio ambiente. Além de economizar recursos financeiros esses procedimentos também ajudam na redução de gases poluentes que causam o efeito estufa. As possíveis soluções para a redução dos riscos de abastecimento energético são as novas alternativas de energia, um bom exemplo é a biomassa, uma fonte utilizada bem antes da descoberta do petróleo, é uma alternativa orgânica, ou seja, vem de animais e vegetais. A energia é obtida através da combustão da lenha, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos florestais, resíduos agrícolas, casca de arroz, excrementos de animais, entre outras. Outra opção bastante favorável é a Energia Solar, já que é uma energia limpa e acessível, pode ser capturada por painéis solares formados por células fotovoltaicas onde a radiação solar pode ser convertida diretamente em energia elétrica ou mecânica. Temos também a energia eólica, que pode ser uma alternativa adequada para este cenário, já que a mesma tem baixo custo, ela é utilizada por meio da combinação de energia cinética de translação em energia cinética de rotação, usando de aerogeradores para geração de eletricidade. Todas estas opções são consideradas fontes de energia renovável, podendo auxiliar no processo de diversificação sustentável, fornecendo serviços de energia a menores custos. Uma empresa cidadã deve ser lucrativa, ter comportamento ético, encorajar e praticar programas que promovam a sustentabilidade no contexto em que atuam. Tais programas devem beneficiar os cidadãos e comunidades, implantando ideias de inclusão social, treinamentos quanto a preservação de recursos naturais, e uma política de planejamento e desenvolvimento sustentável urbana e rural. Os indicadores de sustentabilidade empresarial gerenciam os impactos sociais e ambientais das corporações e suas atividades, permitindo uma análise das práticas sustentáveis que as mesmas possam realizar para que as próximas gerações possam viver com mais qualidade.

100


Concordam que se o foco for econômico, a sustentabilidade de uma empresa poderá ser medida pela capacidade de manter seu desempenho acima da média no longo prazo, ou seja, de ter uma vantagem competitiva [...], o que não significa que uma empresa não causará nenhum impacto ao meio ambiente natural ou que estará promovendo o desenvolvimento social. (MACEDO, 2007, p.8, apud Carbonari,Pereira, Silva, 2011, p. 90)

Em alguns países europeus como, por exemplo, a Suíça, contabiliza a exploração dos elementos ambientais e atribuem taxas e impostos sobre empresas que emitam poluentes a partir do uso de combustível fóssil ( Petróleo ) eliminando gradualmente fontes de energia sujas e não sustentáveis. Outro exemplo é a Dinamarca, que tem um quinto da demanda sua eletricidade produzida por energia eólica a porcentagem mais alta de geração de energia eólica da Europa. Ainda não é possível abandonar de uma vez o sistema atual de geração energética, uma fase de transição é necessária para a criação de uma nova estrutura para geração de energia renovável. Neste sentido, não se pode simplesmente substituir a energia que já e utilizada, é necessária uma política governamental que gerencie, uma estratégia de sustentabilidade energética e a diminuição de custos. AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA CEMIG EM BELO HORIZONTE-ALIANDO TECNOLOGIA E CONSCIENTIZAÇÃO Em face as discussões sobre sustentabilidade e a crescente demanda para o consumo de energia, a CEMIG tem desenvolvido projetos relacionados a energia sustentável em Belo Horizonte, que visam questões econômicas e sócio-ambientais, indicando o desenvolvimento energético sustentável como um de seus pilares. Esta postura sustentável garantiu que a empresa sua marca incluída no índice Dow Jones de sustentabilidade pelo 13° ano consecutivo. Para a concessionária “Permanecer no DJSI World ao longo desses 13 anos reafirma o compromisso da Cemig com o crescimento sustentável, direcionado para criação de valor para os seus acionistas e ao bem-estar da sociedade”.

101


Capital do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, é a sexta cidade mais populosa do Brasil segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia estatística (IBGE), assim, observa-se por parte da concessionária de energia e o governo local uma preocupação quanto a necessidade de disponibilização, desenvolvimento de novas tecnologias e programas de conscientização quanto ao consumo de energia elétrica. De acordo com o portal da Prefeitura de Belo Horizonte, a cidade faz parte desde 1993 do ICLEI (International council for local Environmental Iniciatives), conselho que desenvolve e gerencia iniciativas ambientais locais que visam metas adotadas em acordos internacionais. Dentre as iniciativas sustentáveis reconhecidas pelo ICLEI está uma parceria entre a CEMIG, universidades e empresas de energia solar com o intuito de pesquisar a produção de energia por meio das tecnologias de aquecimento solar com a implantação de equipamentos em estabelecimentos que permitem o aquecimento de água reduzindo o consumo de energia pela utilização de chuveiros elétricos. O projeto contribuiu para que Belo Horizonte continue com o titulo de “Capital Nacional da Energia Solar” e para uma redução na emissão de mais de 22.000 toneladas de gás carbônico na atmosfera. Em 2014 Belo Horizonte será uma das cidades sede da copa do mundo de futebol, para a copa a CEMIG pretende instalar painéis fotovoltaicos no estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão que fica localizado na região da Pampulha. Segundo o projeto “Minas Solar 2014” pretende-se com a ação gerar energia suficiente para abastecer o local e ajudar a dar ao estádio o título de “Green Building”, ou seja, uma construção que utiliza de forma racional dentre outros recursos a energia elétrica. Segundo a companhia de energia, o projeto “Mineirão Solar” deverá ser concluído até dia 31 de dezembro de 2012, já que o estádio também receberá jogos da copa das confederações em junho de 2013. Ainda no campo da tecnologia fotovoltaica a concessionária tem trabalhado em conjunto como SERVAS (Serviço Voluntário de Assistência Social) e o governo de Minas no projeto “Energia do Bem” com a ação Solar ILPI, que objetiva implantar em 102


instituições de longa permanência para idosos sistemas que visam a substituição do aquecimento da água em chuveiros elétricos por tecnologias de aquecimento solar. As instituições beneficiadas pela parceria da CEMIG com o SERVAS e o governo mineiro na ação “Energia do bem” também recebem lâmpadas econômicas e eletrodomésticos com o selo Procel do Programa nacional de conservação de energia elétrica. Em 2011 o então coordenador do programa Energia Inteligente da CEMIG, Higino Zacarias de Souza ressaltou a importância de ações como esta que com o montante economizado as instituições poderão “realizar melhorias em infraestrutura, alimentação e outras atividades que proporcionem melhor qualidade de vida aos internos”. Nas comunidades carentes o “Projeto Conviver RMBH”, do programa Energia Inteligente, tem orientado os populares sobre o consumo consciente de energia, e substituído chuveiros, lâmpadas e eletrodomésticos por outros considerados eficientes e que visam a redução do consumo de energia. Segundo estimativas da concessionária, entre junho de 2011 e julho de 2012 a previsão era uma economia de 6.816 Mwh/ano e para os próximos cinco anos a empresa pretende atender com o projeto mais de 250 mil famílias. Além da eficiência no consumo de energia o projeto conviver também vem provendo uma aproximação dialógica entre a CEMIG e a população de baixa renda, com assuntos que vão desde orientações quanto ao consumo sustentável de energia, o risco e ilegalidade de ligações clandestinas e acordos para pagamento de dividas. O biogás oriundo do lixo acumulado durante 30 anos no antigo aterro sanitário da BR-040, no bairro Jardim Filadélfia, tem sido um combustível capaz de gerar energia elétrica desde 2010 para algumas pequenas indústrias e comércio de Belo Horizonte. A CEMIG compra e repassa para os consumidores a energia produzida por meio do biogás explorado pelo consórcio Horizonte ASJA, detentor desde 2007 dos direitos de aproveitamento dos resíduos acumulados no aterro sanitário. Com o empreendimento, o aterro sanitário que antes era motivo de atenção por prejudicar o

103


meio ambiente com a emissão de gases estufa, torna-se uma importante alternativa para a produção de energia sustentável. A Companhia Energética de Minas Gerais tem demonstrado eficiência com as práticas sustentáveis, comprovando que o ideal é aliar as novas tecnologias que permitem a utilização de fontes alternativas de energia com a conscientização da população sobre a forma correta de utilização da energia elétrica. CONCLUSÃO O século XXI será decisivo para que meio ambiente hoje conhecido, possa ser visto pelas próximas gerações. Uma das ações mais importantes para que isso aconteça é a manutenção dos recursos hídricos, já que esses são essenciais para que continuemos a usufruir dos benefícios da energia elétrica. Dois fatores dificultam a realização deste processo: o aumento populacional e arrefecimento de água potável no planeta por causa das mudanças climáticas. É fundamental a cautela quanto ao uso de alternativas não renováveis, como por exemplo, o carvão, o petróleo e a energia nuclear que podem causar sérios prejuízos ao meio ambiente. Logo, é essencial para diminuição dos gases estufa e para garantir a demanda atual e futura de energia, investir em tecnologias que privilegiem o uso de fontes limpas e seguras de energia como a geração a partir do vento e do sol. Utilizar do biogás produzido a partir de montanhas de lixo acumuladas nas últimas décadas. Incentivar a troca de eletrodomésticos que consomem eletricidade exagerada por novos que consomem menos energia. Neste contexto de constantes alterações no meio ambiente, é cada vez mais importante a busca por novas tecnologias para o aproveitamento das fontes alternativas de energia; porém a efetividade do uso destas novas tecnologias é intrínseca a inserção de ações que visem a conscientização da população. Atribui-se a palavra efetividade, neste caso, a relação entre os conceitos que Peter Drucker dá aos termos eficácia e eficiência. Eficácia é fazer bem aquilo que é 104


correto e eficiência é fazer algo da maneira correta (Drucker,Peter F. 1967, p.2). Desta forma, efetividade é fazer o que é correto da forma correta. A partir das informações coletadas e análise das ações sustentáveis praticadas em Belo Horizonte pela Companhia Energética de Minas Gerais, nota-se que as dimensões social, cultural e ambiental vem sendo um diferencial na imagem empresarial e pública da CEMIG, e seu posicionamento frente a urgência de medidas que diminuam o impacto ambiental demonstram que o elo entre as alternativas energéticas e a instrução são bases para a construção de uma sociedade sustentável. REFERÊNCIAS 2012 ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA SUSTENTÁVEL PARA TODOS. Disponível em: http://www.peaunescosp.com.br/ano_inter/ano_energia/ano_internacional_da_energia _sustentavel_para_todos_rio_mais_20.pdf . Acessado em 19/10/2012.

ABREU, Carlos. A importância da educação ambiental: Sutentabilidade. Disponível em: http://www.atitudessustentaveis.com.br/conscientizacao/aimportancia-da-educacao-ambiental-sustentabilidade/. Acessado em 20/10/2012.

AS 50 EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS SEGUNDO A MÍDIA. Revista Imprensa. Disponível em: http://portalimprensa.uol.com.br/r. Acessado em 20/10/2012.

CARBONARI, M. E. E.; DA SILVA, G. Z. da; PEREIRA, A. C. Sustentabilidade na prática: fundamentos,experiências e habilidades. Valinhos: Anhanguera Publicações Ltda, 2011.

CEMIG COMERCIALIZA ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE BIOGÁS. Disponível em: http://cemig-energia.blogspot.com.br/2012/06/cemig-comercializaenergia-eletrica.html. Acessado em 27/10/2012.

105


CEMIG É SELECIONADA PARA INTEGRAR O ÍNDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE 2012/2013. Disponível em: http://www.cemig.com.br/SalaDeImprensa/Paginas/CemigSelecionadaIndiceDowJone sSustentabilidade2011.aspx . Acessado em 13/10/2012.

CONGRESSO MUNDIAL DO ICLEI 2012: CONSTRUINDO UM MUNDO SUSTENTÁVEL A PARTIR DAS CIDADES. Disponível em: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxon omiaMenuPortal&app=relacoesinternacionais&tax=28181&lang=pt_BR&pg=5781&t axp=0&. Acessado em 13/10/2012.

CONSELHO INTERNACIONAL PARA INICIATIVAS AMBIENTAIS LOCAIS – ICLEI. Disponível em: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=2643 9&chPlc=26439&&pIdPlc=&app=salanoticias. Acessado em 10/11/2012.

DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS NAS POLÍTICAS DE SUSTENTABILIDADE DE EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS: EFEITOS SOCIOESPACIAIS NO RIO ARAGUARI. Minas Gerais – Brasil. Disponível em: http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/geografica/article/view/3596. Acessado em 13/10/2012.

DOSSIÊ ENERGIA POSITIVA PARA O BRASIL. Greenpeace. Disponível em http://www.ibcperu.org/doc/isis/5762.pdf . Acessado em 28/10/2012.

DRUCKER, PETER F. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.. 1967.

NO CAMINHO DO SOL – OS PASSOS DE BELO HORIZONTE RUMO À LEI SOLAR. Disponível em: http://www.iclei.org.br/polics/CD/P2_4_Estudos%20de%20Caso/4_Energia%20Verde /PDF119_EC122_BeloHorizonte_port.pdf . Acessado em 19/10/2012. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Disponível em http://www.cemig.com.br/Sustentabilidade/Programas/EficienciaEnergetica/Paginas/d efault.aspx. Acessado em 13/10/2012. 106


ENERGIA QUE VEM DO LIXO. Disponível em: http://www.cemig.com.br/SalaDeImprensa/Publicacoes/Documents/Universo%20Cem ig/Universo%20Cemig%208.pdf .Acessado em 27/10/2012.

MINEIRÃO SOLAR-COPA 2014. Disponível em: http://www.sme.org.br/arquivos/pdf/MineiraoSolar.pdf . Acessado em 27/10/2012.

OS DIVERSOS OLHARES SOBRE A ORGANIZAÇÃO: UM CONFRONTO ENTRE A IDENTIDADE PROJETADA DA CEMIG E OS SENTIDOS CONSTRUÍDOS PELOS SEUS CLIENTES CATIVOS. Disponível em: http://confibercom.org/anais2011/pdf/22.pdf. Acessado em 13/10/2012.

QUEM SOMOS. Disponível em: http://www.cemig.com.br/ACemig/QuemSomos/paginas/default.aspx. Acessado em 13/10/2012.

REIS, L. B. Geração de Energia Elétrica Tecnologia, Inserção Ambiental, planejamento, Operação e Análise de Viabilidade. Disponível em: http://www.universidademanole.com.br/geracaodeenergiaeletrica/. Acessado em 01/09/2012.

RIO+20 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Disponível http://www.onu.org.br/rio20/temas-energia/ .Acessado em 19/10/2012.

SOBRE em:

SUSTENTABILIDAD: O DESAFIO DE CRESCER DE MANEIRA RESPONSÁVEL. Disponível em: http://www.cemig.com.br/Sustentabilidade/Paginas/Sustentabilidade.aspx . Acessado em 13/10/2012.

107


108


INSIGHT #9 SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DO PRODAL BANCO DE ALIMENTOS PARA O INSTITUTO CEASAMINAS

SUSTAINABILITY: THE IMPORTANCE OF FOOD BANK PRODAL FOR THE INSTITUTE CEASAMINAS

Ana Cláudia Coutinho Leal* Arlei Alves Pedro* Daiany Aparecida da Silva Batista* Raley Murta Santos*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Este trabalho consiste em identificar a importância do PRODAL, banco de alimentos para o CeasaMinas. Analisando o seu benefício de modo geral para seus contribuintes e beneficiados. Utilizou-se como metodologia a pesquisa exploratória, com aplicação de questionários de modelo qualitativo semi-estruturado. O trabalho foi realizado em duas etapas: Levantamento de dados secundários e entrevistas com pessoas envolvidas diretamente com o projeto, tais como: Dirigentes, fornecedores, funcionários e voluntários. Palavras chave: Sustentável. Programa. PRODAL Banco de Alimentos. CeasaMinas.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

109


** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

Abstract This work is to identify the importance of PRODAL, food bank for CeasaMinas. Analyzing their overall benefit to taxpayers and beneficiaries. Was used as the exploratory research methodology, with questionnaires of qualitative semi-structured model. The study was conducted in two stages: Survey of secondary data and interviews with people directly involved with the project, such as: Executives, suppliers, employees and volunteers. Keywords: Sustainability. Programm. Food Bank PRODAL. CeasaMinas.

INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer a co-relação e a importância do banco de alimentos, PRODAL, para o Instituto CeasaMinas, analisando os benefícios no âmbito social e institucional. Uma ação sustentável que poucos conhecem, mas, que por outro lado devolve a muitas famílias o direito de uma alimentação saudável. Localizado em Contagem/MG, o PRODAL, vem a 10 anos contribuindo para a melhoria de vida das pessoas carentes situadas na região metropolitana de Belo Horizonte.

A Instituição conta com o apoio do Governo Federal, de vários

fornecedores, profissionais e voluntários capacitados para o desenvolvimento desta importante ação sustentável. O PRODAL, um projeto de solidariedade que contribui de forma sistêmica para o combate à fome mantém um rigoroso controle de fluxo, contabilizando entrada, saída e destino dos produtos doados. Os doadores recebem mensalmente um informe detalhado da quantidade doada, do destino de seus produtos e dos beneficiários de sua doação, atitude para mostrar a seriedade deste trabalho. Falar de sustentabilidade e

110


praticar ações sustentáveis nem sempre foi uma missão fácil e aparente para muitas organizações. Século XXI, inovação, avanços tecnológicos e um notável surgir da sustentabilidade social, um olhar no presente com os pés no futuro, uma jogada de mestre, em prol de um amanhã sustentavelmente equilibrado, econômico, político, social, cultural e ambiental. Uma Preservação total do nosso planeta, uma troca de benefícios, que visa o bem-estar da sociedade de hoje sem prejudicar a geração futura. Estratégia adotada por empresas de pequeno, médio e grande porte de todo o mundo, atitude que agrega valores sociais e de igualdade, um conceito que vem mudando a vida de muita gente e transformando o planeta em um lugar melhor para se viver hoje e amanhã. PRODAL O PRODAL Banco de Alimentos, que teve início de suas atividades em julho de 2002 na CeasaMinas de Contagem MG, é formado por vinte (20) instituições e conta também com o apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Contagem. O programa destina a entidades e famílias carentes, alimentos que tenham seu valor nutricional em condições de consumo, mas que perderam valor comercial. Para que o alimento seja distribuído de maneira correta, o banco conta com uma equipe de profissionais especializados e voluntários que avaliam e separam esses alimentos que podem ser doados in natura, processados e em polpas, no caso de frutas. No ano de 2009 foi criado o Instituto CeasaMinas que agregou o PRODAL a uma série de serviços desenvolvidos pela organização.

Com apoio do Governo

Federal, o programa recebe alimentos não perecíveis e produtos que estejam em condições de uso no intuito de ampliar o auxílio à comunidade. No ano de 2012 foi apurado que 193 instituições recebem doações do programa e repassam esses alimentos a mais de quarenta (40) mil pessoas por mês.

111


Por meio de pesquisa explorativa foi observado que a atuação do PRODAL no mercado não visa reduzir um impacto gerado pela organização na sociedade, mas sim trazer mais pessoas para o convívio social.

JUSTIFICATIVA No ano de 2000, em uma reunião da ONU e diversos países do mundo, listaram a Declaração do Milênio com intuito de melhorar as falhas percebidas pela desigualdade social e utilização indevida de recursos naturais, ficando definidas algumas metas tais como: Erradicar a miséria e a fome, universalizar o ensino básico, promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzirem a mortalidade infantil, melhorarem a saúde materna, combater o HIV, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

sócio

econômico

ambiental,

entendido

também

como

desenvolvimento sustentável. Falar sobre sustentabilidade e usá-la tem sido um discurso comum para as empresas, governos e para a mídia que têm exposto a importância de se praticar tal ação para mantermos a vida na terra, de uma maneira que utilizemos os recursos que temos de forma consciente sem prejudicar gerações futuras. Empresas do terceiro setor, como o PRODAL, tornaram-se cada vez mais atuantes no mercado e hoje é possível encontrá-las com facilidade. Parcerias do governo com essas organizações são freqüentes, vistas que as mesmas auxiliam nos serviços sociais que o governo não tem a capacidade de oferecer a toda população devido à grande demanda. Ao ser inaugurado o Banco de Alimentos o discurso do Ministro Patrus Ananias esclarece essa parceria e sua necessidade para a sociedade:

É um passo a mais no conjunto de obras que estamos consolidando no Brasil, visando assegurar as três refeições diárias para todas as famílias e comunidades pobres. Há uma consciência hoje no Brasil de que não 112


podemos mais conviver com a fome, a desnutrição, a exclusão social, com as desigualdades que afrontam a dignidade do nosso país.

Quando escolhemos investigar, conhecer e entender como é o trabalho desenvolvido pelo Banco de Alimentos PRODAL, observamos que a sua atuação no mercado não visa reduzir um impacto que a CeasaMinas tenha causado na sociedade, mas integrar pessoas no convívio social, fornecendo alimentação saudável e melhor qualidade de vida. Através de doações evita-se o desperdício de grande quantidade de alimentos, possibilitando aos lojistas do Entreposto de Contagem, parceiros do programa, melhor aproveitamento do espaço e conseqüentemente melhor possibilidade de vendas pela rotatividade de mercadorias que passam pelo local, evitando assim grandes estoques, o quê ocasiona para certos alimentos perdas nas suas características comerciais e nutricionais. Dessa maneira, entendemos que, a ação beneficente praticada pelo programa é de grande importância e relevância, tanto para quem recebe quanto para quem doa e, esse motivo influenciou na escolha da pesquisa a fim de entendermos a atuação de uma empresa do Terceiro Setor no mercado e se realmente o benefício traz melhorias para a vida de todos os envolvidos. METODOLOGIA Partindo da necessidade em obter-se resultados que expressem de fato a opinião daqueles envolvidos no processo, foi utilizado o método exploratório para um melhor entendimento da organização em questão. A partir de conversas informais, mas apenas e somente com o consentimento do entrevistado, foi aplicado o questionário semi-estruturado, de caráter investigatório aos lojistas, funcionários do PRODAL e representantes das instituições beneficiadas. Com isso, pretende-se identificar os vários fatores, caminhos e possibilidades que permeiam o programa, assim como as pessoas que o realizam. Após conhecer melhor o programa, naturalmente as pessoas são induzidas a querer colaborar com essa causa tão nobre, investigando junto a seus realizadores 113


alguns fatores que possibilitam um melhor entendimento do programa e que sirva de parâmetro para futuros estudos e ações que busquem melhorar a cada dia sua atuação junto às comunidades atendidas. Baseado em três conceitos – Sustentabilidade, Eficiência e Lucratividade – a pesquisa se desenvolve de forma que o questionário aplicado busca desvendar a relação Sustentabilidade/Lucratividade por parte do lojista e Sustentabilidade/Eficiência por parte dos funcionários do PRODAL, tal como das instituições que dele recebem auxilio. De um universo de 565 lojistas do Entreposto Contagem, foi pesquisada uma amostra de 14 representantes, para as 193 instituições que recebem doações. Foi utilizada uma amostra com 19 representantes e para os 20 funcionários do PRODAL, foi pesquisado uma amostra de 5 deles. PLANO DE TRABALHO Tendo em vista a grandiosidade do programa, executou-se o método exploratório através de conversas informais e aplicação de questionário junto aos envolvidos, coletando informações a partir de pesquisa de campo. Definiu-se que dessa forma poderia resultar num trabalho de maior credibilidade, ainda que o resultado não seja o esperado, acreditando que as dificuldades encontradas para o desenvolvimento do projeto, suas conquistas e visões, tornam-se muito mais valiosas quando expostas por aqueles que realmente são o motivo dele existir. Junto à utilização das técnicas ensinadas durante o desenvolver das atividades amparados pelo conhecimento adquirido, foi possível nos tornar imparciais quanto ao resultado do trabalho. Divididos entre formular, desenvolver, aplicar, tabular, analisar e publicar os resultados, empenho e motivação para realizar toda e qualquer atividade foram os pilares para obtenção desejada dos resultados. Além disso, buscou-se adquirir uma visão diferente da sociedade, o que fez com que algo mudasse em nossas vidas, despertando a necessidade de mobilizar de alguma forma as pessoas a colaborarem com o resgate da dignidade humana. 114


MENSURAÇÃO DE RESULTADOS Com a aplicação dos questionários e coletados os dados, pode-se então mensurá-los. Foram totalizados a aplicação de 14 questionários aos lojistas, 5 aos funcionários do PRODAL e aos 19 representantes de entidades atendidas pelo programa. As 19 instituições beneficiadas pesquisadas atuam, em média, há três anos junto ao PRODAL atendendo a 92 famílias cada. Todas elas disseram que após a parceria com o programa a qualidade de vida das famílias atendidas por suas instituições melhoraram significativamente, sendo este o principal resultado da parceria. Quanto à importância da ação social e sustentável promovida pelo PRODAL, 52,63% das instituições disseram quê, “a melhoria na alimentação dos seus atendidos” é o principal resultado identificado pela instituição, enquanto 47,37% disseram que “a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas” foi o principal resultado identificado. No quesito eficiência, todas as instituições consideraram “ótimas” a atuação do programa. No que se refere à participação dos lojistas, questionados há quanto tempo contribuem com programa, obtive-se como resultado o tempo médio de 4 anos e 6 meses. Quando questionados se a liberação do espaço físico da loja, com a doação do alimento, acarretaria lucratividade, 28,57% disseram que sim, traria lucro para sua empresa, 50% disseram que contribuir com a doação de alimentos não traz lucro a empresa e 21,42% não souberam responder. Quanto às principais melhorias percebidas por eles após a parceria com o programa, 42,85% responderam que o “resgate dos valores humanos” foi a melhoria mais percebida, 21,42% disseram que “a diminuição no desperdício de alimentos” foi a melhoria mais percebida e 28,57% não souberam responder. Questionados quanto a eficiência do programa, 0% disse ser insatisfatório, 7,14% regular, 28,57% bom e 57,15% ótimo. Sobre a importância da ação sustentável desenvolvida pelo programa para sua organização, obtivemos os seguintes dados: 21,42% responderam que a “a erradicação da fome” das famílias atendidas pelo programa é a maior importância dele existir; 28,57% acreditam que a maior 115


importância é o combate ao “desperdício de alimentos”; outros 21,42% disseram que o “resgate de valores” é a maior importância do programa; 14,28% disseram ser a “ação beneficente” promovida por ele sua maior importância e outros 14,28% não souberam responder. Aplicado o questionário aos funcionários do PRODAL Banco de Alimentos, identificou-se que a média de tempo de serviço prestado de cada um chega a 3 anos e 8 meses. Observou-se ainda que cerca de 85.000kg de alimentos seja doado mensalmente às instituições como: Creches, Asilos, casas de recuperação de dependentes químicos, casas que atendem a crianças com câncer, dentre outras. Questionados quanto aos resultados da ação do programa, 40% dos entrevistados apontaram a “erradicação da fome” como resultado alcançado; outros 40% assinalaram o “benefício das famílias” como resultado; e 20% não souberam responder. Dos funcionários pesquisados 80% classificaram como “ótimo” a eficiência do programa e os demais 20% não souberam responder. Quando questionados qual ação poderia melhorar ainda mais a atuação do programa, 60% responderam que “aumento no número” de funcionários seria o principal investimento para melhor atender às instituições; 30% disseram que “investimentos no programa” é o fator primordial para que o mesmo preste uma melhor contribuição social; e 10% dos entrevistados não souberam responder. CONCLUSÃO Após todo o processo de pesquisa envolvendo coleta de dados secundários, elaboração e aplicação de questionários aos envolvidos nessa grande ação sustentável encabeçada pelo Ceasaminas/PRODAL, verificou-se não somente pelos números destacados em pesquisa de campo, mas também pelas observações de postura dos entrevistados quando questionados sobre a importância do programa para os estabelecimentos, famílias ajudadas e membros do programa. A medida tomada para evitar o desperdício de alimentos dentro do Ceasaminas é certamente louvável, não somente pelos números ou medidas sustentáveis já citados ao longo de todo o trabalho,

116


mas verificou-se a importância de tal ação para as famílias e instituições no ponto de vista humanitário com a valorização do ser humano. O trabalho em grupo e o alinhamento das idéias com os demais pesquisadores certamente acrescentará muito para o crescimento profissional, aprendendo a conviver e a resolver os gargalos que este trabalho nos apresentou em sua confecção em suas fases. A escolha do tema, o método de pesquisa e os demais processos que nos levaram ao sucesso em tal empreitada nos ensinaram valores profissionais e humanitários, eternizando assim esse artigo na nossa carreira profissional. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Fernado. PLT Responsabilidade Social e Meio Ambiente. 2009.

Calvalcanti,

Marly;

Ashley,

Patricia

Almeida;

Giansanti,

Roberto.

PLT

Responsabildade Social e Meio Ambiente. 2ª Ed. Atualizada, 2008.

Portal da Sustentabilidade. Disponível em: http://www.sustentabilidade.org.br/. Acesso em 26 de outubro de 2012.

117


118


INSIGHT #10 O ECOMARKETING E SUA CORRETA APLICAÇÃO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: ESTUDO DE CASO GERDAU

THE ECOMARKETING AND ITS CORRECT APPLICATION AS COMPETITIVE DIFFERENTIAL: CASE STUDY GERDAU

Thiago Nicácio*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e com a origem dos produtos que nós utilizamos, faz com que as organizações adotem diversas formas de gestão e divulgação de suas marca e produtos. O crescimento dos produtos denominados verdes no mercado vem sendo aplicado à alguns anos, porém o conceito desse tipo de marketing, o ecomarketing não é completamente conhecido pelas pessoas e algumas empresas aproveitam desse desconhecimento, para promoverem os seus produtos “verdes”. Palavras-Chave: Ecomarketing. Meio-ambiente. Sustentabilidade. Reciclagem.

*Acadêmico do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 119


Abstract The growing concern for the preservation of the environment and the origin of the products we use, causes organizations to adopt various forms of management and disclosure of your brand and products. The growth of so-called green products on the market, has been applied for some years, but the concept of this type of marketing, ecomarketing is not fully understood by some people and companies take advantage of this ignorance to promote their "green" products. Keywords: Ecomarketing. Environment. Sustainability. Recycle.

INTRODUÇÃO O trabalho aqui proposto realizará um estudo de caso sobre o processo produtivo da Gerdau, após a compreensão do conceito de ecomarketing, verifica-se se a empresa utiliza de forma correta essa nova ferramenta estratégica e se o consumidor aceita pagar o custo desse produto diferenciado. O estudo sobre o ecomarketing e como ele deve ser corretamente aplicado é importante para que estudiosos e gestores, aproveitem ao máximo essa ferramenta de competitividade no mercado, uma ferramenta que quando bem aplicada, pode trazer diversos benefícios para a organização, como a construção de uma imagem forte e sólida, ampliação do seu mercado consumidor, valorização da marca perante o mercado, investidores, acionista e, sobretudo, entidades de concessão de crédito. METODOLOGIA DE PESQUISA O presente artigo irá se sustentar através de estudos descritivos estatísticos, ou seja, pesquisa quantitativa e estudos exploratórios, pesquisas em artigos científicos, livros de autores renomados, dados da própria Gerdau e com a pesquisa em sites que abordam assuntos ligados a área do tema da pesquisa.

120


HISTÓRIA DA GERDAU Segundo o site da empresa, a Gerdau foi fundada em 16 de janeiro de 1901, por João Gerdau e seu filho Hugo, que abriram a Fábrica de Pregos Pontas de Paris, em Porto Alegre e hoje com seus 111 anos é considerada a maior distribuidora de produtos siderúrgicos no mercado nacional e líder no segmento aços longo nas Américas. A Gerdau S/A possui mais de 45 mil colaboradores em 14 países da América, Europa e Ásia, possui mais de 140 mil acionistas, sendo listada nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri. Nunca esquecendo a sustentabilidade, a organização é a maior recicladora da América Latina, transformando toda sucata que recebe em aço, tirando milhares de toneladas de sucata do meio ambiente, sempre visando à prevenção de impactos ambientais e visando o desenvolvimento sustentável. AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA GERDAU A Gerdau possui como um de seus valores a sustentabilidade e de acordo com o seu Relatório Anual do ano de 2011, a empresa destinou R$ 370,9 milhões para a proteção do meio ambiente, com destaques para os projetos de despoeiramento, que capta as partículas sólidas geradas pelo o processo de produção do aço. A empresa possui diversos projetos alinhados à norma ISO 14.001, onde a Gerdau monitora com uma visão ambiental todo o seu processo industrial, da matéria-prima ao destino final. Segundo o mesmo relatório, a certificação ISO 14.001, está presente em 87% das usinas da empresa. A maior empresa recicladora da América Latina, a Gerdau transforma anualmente mais de 15 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço. A reciclagem de ferro e aço é uma das formas de reaproveitamento mais antigas do mundo. A reciclagem desse material tem origem do Império Romano, quando os soldados recolhiam utensílios e armas, após as guerras para serem refundidos. Segundo dados da CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), em 2006, dos 31 milhões de toneladas de aço produzidos no Brasil, 8,3 milhões foram reutilizados, ou seja, 121


26,7% do novo aço produzido. Segundo o Instituto Ambientalista REVIVERDE, cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 quilos de minério de ferro, 154 quilos de carvão e 18 quilos de cal. Mais de 75% da produção da Gerdau é feita a partir aciarias (unidade siderúrgica que transforma ferro gusa em diferentes tipos de aço, enquanto a média mundial é de apenas 28%. Além da reutilização do aço, a empresa está ampliando o uso do gás natural em suas operações, que já é utilizado em mais de 90% das unidades da Gerdau em todo o mundo. O uso da sucata contribui com a redução da emissão de CO² na atmosfera em 70% na comparação a média mundial do setor. Os coprodutos Gerdau gerados durante a produção do aço, possui o índice de 78,3% de reaproveitamento. O ISO 14.000 A International Organization for Standardization – ISO (Organização Internacional para Padronização), definiu um conjunto de normas, parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental de empresas (públicas e privadas). Essas normas foram criadas para diminuir os impactos provocados pelas empresas ao meio ambiente, ao implantar os processos indicados pelo o ISO 14.000, a empresa pode obter um certificado. A obtenção do certificado ISO 14.000 possui diversas vantagens como: a entrada em novos mercados, prestígios da marca, aumento da competitividade, aumento da credibilidade perante aos clientes, fornecedores, administradores e colaboradores. O cumprimento dessa norma não é obrigatória, mas muitas organizações aderem à ISO, pelos benefícios gerados com a implementação desse sistema de gestão, além das outras vantagens citadas acima. GERDAU E SUA PRODUÇÃO DE BAIXO IMPACTO De acordo com os dados ambientais da Gerdau, percebemos que seus produtos e coprodutos são produzidos através dos três pilares ambientais: o econômico, pois gera economia para a empresa, o social, pois desenvolve programas sociais, se preocupa com a saúde dos seus colaboradores e da população da região e o ambiental, 122


pelo fato das suas atividades não impactam o meio ambiente, como as demais empresas do seu segmento, além do reaproveitamento de diversos materiais e recursos, que poderiam ser descartados na natureza sem uma destinação correta. O ÍNDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE Uma produção de baixo impacto ambiental, segundo Tachizawa (2006) “é um importante instrumento gerencial de capacitação e criação de condições de competitividade para as organizações”. Percebemos que através dos dados apresentados é que além da competitividade no mercado, a organização pesquisada possui uma grande competitividade na bolsa de valores, participando do Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Esse Índice de Sustentabilidade foi criado com a finalidade de combater os problemas sociais e ambientais. O Índice Dow Jones de Sustentabilidade gera uma lista de empresa que aderem às causas sociais e ambientais, assim os compradores saberão se estão adquirindo ações de empresas com responsabilidade social, ambiental e quais as vantagens de adquiri-las. O ECOMARKETING Segundo Ottman o ecomarketing tem dois objetivos - chave, que passam pelo “desenvolvimento de produtos que equilibrem necessidades dos consumidores, tenham preço viável e conveniência com a compatibilidade ambiental, ou seja, exerçam um impacto mínimo sobre o ambiente” e “projeção de uma imagem de alta qualidade, incluindo sensibilidade ambiental, quanto aos atributos de um produto e quanto ao registro de trajetória do fabricante, no que se refere a respeito ambiental” (Ottman 1993, p.46). Podemos perceber através desse estudo, que a Gerdau produz os seus produtos utilizando de forma ampla o conceito de Ottman. A empresa aborda os dois objetivos - chave do ecomarketing. O ecomarketing ou marketing verde não é apenas a promoção de um produto, marca ou empresa, que apoia uma causa ambiental ou social, o ecomarketing é mais complexo, pois envolve a mudança de hábito, ou seja, uma mudança na forma de produzir, da filosofia da organização, dos seus valores e de suas crenças. 123


Para Fontenele (2007): A diferenciação “verde” pode ser uma estratégia efetiva quando o produto tem genuína vantagem ambiental e a empresa é capaz de comunicar tal vantagem para o público. A gestão ambiental, bem como a legislação, deixou de ser somente uma questão legal para ser uma questão de estratégia competitiva, de crescimento e uma saída para um mercado saturado.

OS CONSUMIDORES VERDES As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a questão ambiental, estão preocupadas com a preservação do meio ambiente e essa onda de consumidores verdes, verdadeiros ou não, estão influenciando as pessoas, tornando o marketing verde uma tendência comportamental, “embora os valores centrais sejam bastante persistentes, mudanças culturais acontecem dando espaço a novas oportunidades ou ameaças do marketing” (KOTLER, 2005, p.118). Segundo Sérgio Camilo, do site ZoomZine.net, o consumidor verde é aquele cujo comportamento de compra é influenciado pelas suas preocupações ambientais e segundo a análise feita pelo o site, o perfil do consumidor verde apresenta o seguinte perfil: faixa etária de 18 aos 34 anos, ensino superior, ocupação de cargos de médio ou alto escalão, além residir nas zonas urbanas. O QUESTIONÁRIO O questionário foi aplicado em pessoas com o perfil dos consumidores verdes, traçados pelo o site ZoomZine.net. O questionário busca identificar se os consumidores preferem as empresas que se envolvem com projetos assistenciais ou ambientais, além de identificar se o mesmo está disposto a pagar por esse diferencial, a preservação do meio ambiente. Após a aplicação dos questionários e a tabulação dos dados, concluímos que: o consumidor aceitaria pagar até 7% a mais, pelos produtos verde e que as empresas que investem em projetos ambientais são melhor vista pelos consumidores, do que as empresas que investem ou apoiam outros projetos,por exemplo, sociais.

124


CONCLUSÃO Pode-se constatar que é crescente o número de consumidores e potenciais consumidores, que se preocupam com a preservação do meio ambiente, e que dão preferência para as marcas e produtos verdes, mesmo que não busquem informações sobre a origem do produto que está adquirindo. Concluí-se também, que as empresas que investem na preservação ambiental, aplicando e utilizando modernas técnicas de gestão ambiental como o ISO 14.000, geram grandes valores a sua marca e aumentam a sua competitividade no mercado. Compreende-se ainda, que o cliente está disposto a pagar o preço desse diferencial, ou seja, produtos verdadeiramente verdes. REFERÊNCIAS CAMILO,

Sérgio.

Quem

é

o

consumidor

verde.

Disponível

em:

<http://www.zoomzine.net/2011/08/quem-e-o-consumidor-verde/>. Acesso em: 16 de out. 2012.

COMO TUDO FUNCIONA: Como funciona a reciclagem de ferro. Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-ferro.htm>. Acesso em: 16 de out. 2012.

FONTENELE, Raimundo Eduardo Silveira; DIAS , José Graciano; JÚNIOR , Kerginaldo Cândido Sousa. Práticas ambientais sustentáveis como fator competitivo das empresas industriais no comércio internacional. Disponível em: <http://as-socioambiental.com.br/exibetexto.php?id=1156&&tipo=0>. Acesso em 21 de out. 2012.

ÍNDICES DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE: Empresas Sustentáveis. Disponível em: <http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/indice-dowjones-de-sustentabilidade-empresas-sustentaveis/>. Acesso em: 16 de out. 2012.

125


LINHA

DO

TEMPO:

GERDAU

S/S.

Disponível

em:

<http://www.gerdau.com.br/sobre-gerdau/memoria-gerdau-linha-do-tempointerna.aspx>. Acesso em 8 de out. 2012.

OLIVEIRA, Lucas Ambrósio Bezerra; CAVALCANTI, Andersson Amaro. Gestão ambiental e a competitividade empresarial: Diferencial para a nova ordem produtiva

e

do

mercado.

Disponível

em:

<http://www.academia.edu/968398/GESTAO_AMBINETAL_EA_COMPETITIVID ADE_EMPRESARIAL_DIFERENCIAL_PARA_A_NOVA_ORDEM_PRODUTIVA _E_DO_MERCADO_Andesson_Amaro_>. Acesso em: 16 de out. 2012.

OTTMAN, Jacqueline A. Marketing verde. São Paulo: Makron Books, 1994.

QUEIRÓS, Bruno Trindade; DOMINGUES, Mónica Figueiredo; ABREU, Nuno Beirão de. Ecomarketing: Economia do meio ambiente. Disponível em: <http://www.econegocios.com.br/admin/artigos/Ecomarketing.pdf>. Acesso em: 20 de out. 2012.

QUESTÕES

SOBRE

CERTIFICAÇÃO.

Disponível

em:

<http://www.dqa.pt/002.aspx?dqa=0:0:0:26:40:28;8;40:-1:0:0#q8>. Acesso em: 17 de out. 2012.

RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2011: Gestão ambiental. Disponível em: <http://www.gerdau.com.br/relatoriogerdau/2011/ra-br/download/RA2011-GERDAUParteIV-MeioAmbiente.pdf>. Acesso em: 15 de out. 2012.

126


127


INSIGHT #11 AÇÕES SUSTENTÁVEIS DO TRANSPORTE PÚBLICO NO CENTRO DE BELO HORIZONTE

SUSTAINABLE ACTIONS OF THE PUBLIC TRANSPORT IN THE CENTRE OF BELO HORIZONTE

Anderson Cordeiro Leite* Igor Botelho de Paula* Jéssica Moraes* Nayara Verde*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Pesquisa sobre a qualidade do transporte público no centro de Belo Horizonte. Tendo como base a sustentabilidade social, foram abordadas ideias e conceitos sobre sustentabilidade, ações envolventes ao órgão responsável pelo transporte público em Belo Horizonte, levantamento de dados com usuários para ter a percepção atual dos mesmos. A pesquisa relata desde a história do transporte público em Belo Horizonte até a atual situação. Palavras-chave: Sustentabilidade. Transporte Público. Belo Horizonte.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 128


Abstract Research on the quality of public transportation in downtown Belo Horizonte. Based on social sustainability were addressed ideas and concepts about sustainability, actions involving the agency responsible for public transportation in Belo Horizonte, survey data with users to have the current perception of them. The research reports from the history of public transportation in Belo Horizonte to the current situation. Key Words: Sustainability. Public Transportation. Belo Horizonte.

INTRODUÇÃO Pesquisa tem como tema o Transporte Público com foco no centro de Belo Horizonte. Visa demonstrar por meio de dados coletados a satisfação dos seus usuários e uma prévia da atual situação em que se encontra. É um artigo da disciplina Pesquisa de Mercado ministrada pelo professor orientador Wilson Domingos Mingote Júnior. Antigamente em Belo Horizonte o transporte público oferecido era formado genuinamente por bondes, em 7 de Setembro de 1902 foram inauguradas as primeiras linhas na cidade, “Eram 10 bancos para cinco pessoas cada e o resto se dependurava nos balaustres” (BAIRROS DE BELO HORIZONTE, 2010). Ainda segundo informações do Site supracitado, era o transporte público mais utilizado pela população entre as décadas de 40 e 60. Nesta mesma época em que foi introduzido nas cidades, era considerado um transporte para elites. Essa situação alterou-se quando se tornou um meio de locomoção usual e acessível para todos, independente da estratificação social. A utilização intensa dos bondes, em Belo Horizonte, ocasionou problemas corriqueiros como a superlotação, má qualidade no atendimento as demandas dos usuários, falta de recursos, poucas linhas circulando, dentre outros. Como consequência, devido a sua saturação houve o término de todas as linhas existentes, fato ocorrido no ano de 1963. (BAIRROS DE BELO HORIZONTE, 2010).

129


Nascida exclusivamente em 1991, a BH TRANS foi criada para atender a grande demanda de locomoção dos transportes públicos em Belo Horizonte. (BH TRANS, 2012). Um dos principais motivadores para a criação da BH TRANS foi o crescimento da utilização do transporte público na capital (J., Sérgio, & Túlio, 2008). Fazia-se necessário a existência de um órgão para administrar e gerenciar esse crescimento. Além de ser responsável pelo transporte coletivo, haviam também os táxis, transportes escolares, metrôs, suplementares, moto frete, transportes fretados sob seu controle, englobando assim, todos os meios de transporte em benefício de todos. O foco da pesquisa no referente aos meios de locomoção será o transporte coletivo, por ser um dos mais utilizados. Um coletivo comum comporta até 72 pessoas. (AÇÃO COMUNITÁRIA, 2008). Visto que, nos dias atuais tem se encontrado problemas como superlotação, má qualidade interna, demora estimada de até 2h em caso de congestionamentos. Estes são alguns dos motivos que geram a insatisfação do usuário desse tipo de transporte. (M. CINTRA, 25 de Abril de 2012, Tansporte Público em Belo Horizonte, R. R. Globo Entrevistador). Portanto, coletadas informações sobre a importância do transporte público no centro de Belo Horizonte, percebem-se algumas deficiências que podem ser minimizadas com o foco na sustentabilidade social, visando o bem-estar das pessoas que utilizam o transporte público. O coletivo contribuirá em grande parte na efetivação dessas ações, ao realizar o deslocamento de sua frota em tempo ágil, oferecendo veículos com condições técnicas adequadas - menos poluentes, praticando tarifas compatíveis com a qualidade oferecida, dentre outras. Essas ações fazem parte do diaa-dia de seus usuários como elemento fundamental.

SUSTENTABILIDADE SOCIAL A consciência sobre o termo “SUSTENTABILIDADE” vem sendo discutida há anos, porém somente entre as décadas de 60 e 70 surgiu a real necessidade de aprofundamento sobre o tema e o desenvolvimento social. (Guillermo Foladori, Junho 130


2002). Segundo Henrique Carvalho “a sustentabilidade social visa o bem-estar da sociedade de hoje e a de amanhã em medidas iguais” (Henrique Carvalho, 2010). Existem várias ações de sustentabilidade, como exemplo: Reciclagem de materiais industriais, destinação adequada de lixo, construções inteligentes, usar com restrição e eficiência a energia elétrica dentre outras (Sustentabilidade.org). Grande maioria das organizações tem se adequado aos modelos de ações sustentáveis. É de extrema importância nos dias de hoje, as organizações promoverem ações desse tipo, pois assim apresentam seus planos de responsabilidade social e atualizadas com assuntos primordiais. Segundo Almeida “a dimensão social consiste no aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos” (Almeida, 2002). O transporte público tem por obrigação oferecer conforto, qualidade e agilidade, proporcionando assim um bem-estar maior a quem o utiliza. Essa é a ideia central da sustentabilidade social - proporcionar o bem-estar as pessoas. BH TRANS SUSTENTÁVEL No dia 25/05/2010 a Assessoria de Comunicação e Marketing da BH TRANS assinou um convênio com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Ao tomar conhecimento dos agravantes ocorridos no transporte público de Belo Horizonte, mais especificamente no centro de BH, a BH TRANS tem sugerido algumas propostas e projetos para a melhoria e bem-estar de quem o utiliza. Tornar o transporte público sustentável é uma tarefa extensa e de muito trabalho. Segundo o site da BH TRANS: a empresa tem buscado definir e consolidar os princípios da mobilidade urbana sustentável para Belo Horizonte. Esses princípios envolvem acessibilidade, segurança, eficiência e a qualidade de vida, alem do dinamismo econômico e as ações integradas como a inclusão social. A mobilidade é fundamental para a qualidade de vida da população e pode contribuir de forma decisiva para a estrutura e melhoria dos espaços públicos. A gestão da mobilidade sustentável significa, antes de qualquer

131


coisa, preservar a segurança do transito e priorizar, na circulação urbana, o modo a pé e o transporte coletivo de qualidade, integrado e rápido.

O objetivo no âmbito sustentável para o transporte público seria um transporte mais acessível, seguro, eficiente, de melhor qualidade, mais econômico, dentre outros. Tais ações são propostas para despertar a atenção do usuário sobre práticas de sustentabilidade que podem se encaixar nos meios de transporte atual. JUSTIFICATIVA O transporte público no centro de Belo Horizonte atualmente atende a maioria dos belo-horizontinos, grande parte deles depende do coletivo como

único meio de

locomoção de casa para o trabalho, do trabalho para casa, de uma certa localidade a outra. Na região central, passam em média 1.000.000 de pessoas por dia (MELO, Bianca. ESTADO DE MINAS). A lentidão do trânsito, excesso de carros de passeio, vias que não comportam o número de automóveis, pistas irregulares, dentre outros motivos, acabam causando stress, incômodo, cansaço excessivo, desconforto e insatisfação nas pessoas que o utilizam. Acrescentando esses pontos negativos, não só em quem utiliza esse tipo de transporte, o desconforto existe também para os residentes da região central, pois os constantes ruídos sonoros produzidos pelo excesso de trânsito local causam-lhes sérios danos também. Sustentabilidade social segundo ALMEIDA “é integrar a viabilidade econômica com prudência ecológica e justiça social” (ALMEIDA, 2002). Visando o bem-estar social e tendo em vista essas divergências, surgiu o interesse de coletar informações sobre a satisfação das pessoas em relação ao trânsito na região central de Belo Horizonte. O transporte público é hoje o meio de deslocamento mais utilizado pela população. Os trajetos de deslocamento consistem das regiões metropolitanas até a região central de Belo Horizonte. Devido à sua grande utilização e baixo investimento em melhorias 132


e recursos, o mesmo, se encontra em precária situação. O transporte público foi criado para ações como: deslocamento em tempo ágil, tranquilidade e conforto. São essas as principais qualidades estipuladas pelo setor responsável. Como novidade, a BH TRANS tem feito algumas ações de melhoria para o bemestar do usuário. A prefeitura de Belo Horizonte tem investindo consideravelmente nas vias de acesso rápido para melhoria do transito da capital. Tendo em vista a Copa do Mundo de 2014, que trará diversos turistas ao município que desejarão visitar e conhecer vários pontos da cidade por meio próprio, farão a opção de uso do transporte público de qualidade, foi-se criado o BRT - BUS RAPID TRANSIT. O BRT é uma iniciativa eficiente para assegurar uma mobilidade orientada e a qualidade de vida das pessoas, e ao desenvolvimento sustentável de Belo Horizonte favorecendo a implantação de transportes coletivos de qualidade. Ainda pensando nessas melhorias e para propiciar o conforto, a BH TRANS apresentou em setembro de 2012, o ônibus intermunicipal denominado popularmente de “frescão” - o sistema executivo de transporte urbano. Ele oferece aos seus usuários poltronas de veludo, ar condicionado, internet sem fio e TV. Por um valor quase 90% mais caro que os coletivos atuais, porem os ônibus serão de maior porte, e em modelo executivo. A intenção é que as pessoas façam opção pelo ônibus, mas cada um terá de analisar o seu custo-benefício. O que podemos dizer é que o passageiro vai economizar em estacionamento, talões de rotativo e tempo, podendo trabalhar no notebook enquanto está na viagem neste modelo de veículo. Em Belo Horizonte, hoje deparamos com um trânsito intenso e demorado. Realidade que não conferi com as ações criadas para o bem-estar dos usuários. No intuito de identificar uma melhor ação ou maneira de trazer estes atributos para quem utiliza o transporte público no centro de Belo Horizonte, foi idealizado este trabalho.

133


METODOLOGIA Os métodos de pesquisa que foram utilizados: o estudo exploratório - por meio de análise de dados secundários e o estudo descritivo - pesquisa AD HOC, dados primários, levantamento de dados qualitativos e quantitativos. O método de coleta de dados utilizado foi o Inquérito, por meio do contato pessoal, obtendo assim, os dados. Também foi feito uso, do questionário semiestruturado. O questionário semi-estruturado possuía o intuito de obter informações quantitativas através das questões fechadas e as qualitativas através das questões abertas. PLANO DE TRABALHO Ao recolher dados referentes ao nível de satisfação do público que utiliza o transporte, foi construída a estrutura dentre os seguintes meses:  Agosto e Setembro: estruturação do projeto, desde objetivos específicos até o objetivo geral da pesquisa. Foi abordado também sobre modelo de coleta de dados, justificativa e o tema.  Setembro e Outubro: formulação dos questionários aplicados em campo.  Outubro e Novembro: Após o levantamento dos dados, foi finalizada a tabulação e construção dos gráficos referentes às porcentagens captadas através das questões aplicadas em campo. Esta pesquisa foi formulada a partir do questionário semi-estruturado, contendo questões abertas e fechadas. Abertas para captação de informações qualitativas e fechadas para a captação de informações quantitativas. MENSURAÇÃO DOS DADOS

134


O questionário aplicado foi estruturado do seguinte modo:  Oito questões fechadas representando os dados quantitativos.  Duas questões abertas dando significado às qualitativas. Ao seguir os resultados coletados, foi detalhada desta forma cada questão:  Questão de número 1: aborda de forma objetiva sobre quem utiliza o transporte, em sua maioria, contendo 35 pessoas que utilizam (87,5%) e 12 pessoas que não utilizam (15,5%). Se sim, qual o período mais utilizado, o diurno com 27 pessoas (41%), o período vespertino com 17 pessoas (26%) e uma considerável parte, utiliza no período da noite, sendo 22 pessoas (33%).  Questão de número 2: Questionou a opinião das pessoas sobre o coletivo, obtendo assim, 19 pessoas (47,5%) disseram ser péssimo, 18 pessoa ruim (45%) e 3 pessoas bom (7%).  Questão de número 3: Sobre o trânsito no centro de Belo Horizonte, 7 pessoas (18%) disseram que o transporte público é bom, 21 pessoas disseram ser ruim (54%) e 11 (28%) pessoas disseram ser péssimo.  Questão de número 4: O tempo de espera pelos coletivos tem sido muito reivindicado pelos seus usuários, como resultado da questão 4, que desperta a opinião das pessoas sobre o tempo de espera, foi concluído estes dados: 35 pessoas (87,5%) disseram que 10 minutos ou menos é o tempo ideal de espera, 4 pessoas (10%) disseram 15 minutos o ideal e por fim, apenas uma pessoa afirmou ser 30 minutos o tempo ideal.  Questão de número 5: Foi abordado um problema antigo, a troca da frota de veículos, e segui-se com estes dados: 30 pessoas (75%) disseram ser de 3 em 3 anos, 9 pessoas (22,5%) disseram ser de 6 em 6 anos e 1 pessoa disse ser de 9 em 9 anos.  Questão de número 6: A freqüência com que os usuários utilizam o meio de transporte, sendo que 10 pessoas (25%) utilizam 1 vez por semana, 3 pessoas (7,5%) utilizam 3

135


vezes por semana, 18 pessoas (45%) disseram utilizar 5 dias dentro de uma semana e por fim 9 pessoas (22,5%) disseram utilizar todos os 7 dias de uma semana.  Questão de número 7: foi questionado se a qualidade dos coletivos era compatível com a tarifa, e obtivemos, 4 pessoas disseram que sim (10%) e 36 pessoas disseram que não (90%).  Questão de número 8: A questão oito tratou de assunto sugestivo e que seria de auxílio para deficientes visuais. Foi questionado se os coletivos deveriam ter informações fonadas durante o seu trajeto, 38 pessoas (95%) disseram que sim e 2 pessoas (5%) disseram que não. Tendo vista as questões de um a oito, foram coletadas informações quantitativas. As questões nove e dez foram de cunho qualitativo, obtendo unanimidade em suas respostas, as quais foram:  Aumento no quadro de horários dos coletivos.  Treinamento para melhor relacionamento e desempenho dos funcionários com os usuários. Conclui-se que os atuais usuários do transporte público de Belo Horizonte com foco na região central não estão satisfeitos com a qualidade oferecida devido a problemas em alta frequência, insatisfações geradas com o tempo. Com certeza não está sendo uma ação sustentável o transporte público oferecido hoje. Dou ênfase a uma observação nas pesquisas, todos os dados positivos foram ditos por pessoas que não estão todos os dias utilizando o transporte ou utilizam esporadicamente, ou seja, não é ruim, pois quando eles precisam, o transporte atende, mas para os usuários diários ou aqueles que usam frequentemente, o transporte já não é eficiente, contendo assim os seus limitadores e problemas. Tendo em vista os usuários, sugeriram algumas possíveis melhorias (Aumento no quadro de horários e treinamento para melhor relacionamento com os usuários) que podem vir a tornar o transporte público no centro de Belo horizonte, um transporte tendo como base, a sustentabilidade social. 136


REFERÊNCIAS ARTIGO TRANSPORTE PÚBLICO. Radiologia da situação atual [scribd]. Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/7614582/Transporte-publico-Em-BeloHorizonte.> Acesso em 24 out. 2012.

BONDES EM BH. História de Belo horizonte [bairros de belo horizonte]. Disponível

em:

<http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/news/a-historia-/.>

Acesso em: 02. Out. 2012.

METODOLOGIA [artigo]. Disponível em: < http://www.maxwell.lambda.ele.pucrio.br/13998/13998_4.PDF> Acesso em: 01 nov. 2012. PLANEJANDO A MOBILIDADE DA CIDADE – BH TRANS SUSTENTÁVEL. [portal].

Disponível

em:

<

http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/gemob%20zoom% 20planejando%20mobilidade> Acesso em: 02 Nov. 2012.

QUANDO A BH TRANS FOI CRIADA. [portal].

Disponível em: <

http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/zoom%20B HTRANS> Acesso em: 04 nov. 2012.

QUANDO A BH TRANS FOI CRIADA. [portal BH TRANS]. Disponível em: < http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/zoom%20B HTRANS>. Acesso em: 02 out. 2012.

QUANTAS PESSOAS CABEM EM UM BONDE. [ação comunitária]. Disponível em:

<http://www.acaocomunitaria.org/1.0/index.php/noticias/39-transporte/76-

transporte-coletivo> Acesso em: 20 out. 2012.

137


SURGIMENTO DO BONE. Quando surgiu. [portal em]. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/09/21/interna_gerais,251783/bondedo-futuro-promete-dar-mais-charme-a-savassi.shtml> Acesso em: 30 out. 2012.

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Almeida, F. (2009). <Responsabilidade Social e Meio Ambiente. Valinhos: Anhanguera Publicações.> Acesso em 04 nov. 2012.

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Camargo, A. P. (2011). <Sustentabilidade na prática: fundamentos, experiência e habilidades.> Acesso em 06 nov. 2012.

SUSTENTABILIDADE

SOCIAL.

Dias,

R.

(2010).

<Gestão

Ambiental:

responsabilidade social e sustentabilidade. Valinhos: Anhanguera Publicações.> Acesso em 04 nov. 2012.

SUSTENTABILIDADE

SOCIAL.

[revista].

Disponível

em:

<http://www.ipardes.pr.gov.br/ojs/index.php/revistaparanaense/article/view/214/176>. Acesso em: 01 out. 2012.

TEMPO DE ESPERA. [youtube]. Entrevista sobre transporte público em Belo horizonte. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ItMMBMvs7ac Acess em: 01 nov. 2012.> Acesso em: 01 out. 2012.

138


139


INSIGHT #12 AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA REDE HOTELEIRA DO ENTORNO DO MINEIRÃO PARA A COPA DE 2014

SUSTAINABLE ACTIONS OF HOTEL CHAIN NETWORK SURROUNDING MINEIRÃO FOR THE WORLD CUP 2014

Andyara Stephanie dos Santos Almeida* Joyce Grazielle Castilho Nereu* Raquel Aparecida Dias Fantoni*

Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo O artigo que se segue tem como intenção mensurar se a rede hoteleira da cidade de Belo Horizonte, principalmente a localizada no entorno do Estádio Governador Magalhães Pinto – Mineirão, está apenas investindo na infraestrutura de suas instalações, construção de novos hotéis e no retorno financeiro durante o período da Copa de 2014 ou se, também, existe preocupação referente aos impactos causados pelo aumento de fluxo de turistas, como o gasto exacerbado de água e de energia, o aumento de resíduos e efluentes, entre outros. Palavras-chave: Sustentabilidade. Hoteleira. Mineirão. Copa.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 140


Abstract This article is intended to measure if the hotel chain in Belo Horizonte city, mainly located around the Governor Magalhães Pinto Stadium – Mineirão, is concerned only infrastructure to invest in its facilities, construction of new hotels and the financial return during the 2014 World Cup, or if there is also concern regarding the impacts caused by the increased flow of tourists, spending exacerbated as water and energy, the increase of waste and effluents, among others. Key Words: Sustainability. Hotel Chain. Mineirão. World Cup.

INTRODUÇÃO A disciplina Pesquisa de Mercado, ministrada pelo professor Wilson Domingos Mingote Júnior, nos oferece como desafio a criação de um artigo acadêmico cujo tema principal refere-se à sustentabilidade. Este artigo busca apresentar as ações sustentáveis praticadas pelos hotéis do entorno do Estádio Governador Magalhães Pinto – Mineirão, em Belo Horizonte/MG, e suas adequações às normas do Programa de Certificação em Turismo Sustentável, principalmente as voltadas para a Copa de 2014. A área escolhida, provavelmente receberá um fluxo maior de pessoas, e aumentará, consequentemente, a necessidade de desenvolvimento de um plano sustentável que segundo os autores CARBONARI, PEREIRA E SILVA (2011) o projeto de desenvolvimento de inovações sustentáveis é aquele que encontra, na estrutura organizacional, condições favoráveis à construção do conhecimento coletivo necessário para que novas tecnologias possam ser disponibilizadas em larga escala em setores econômicos estratégicos.

Ou seja, os hotéis devem tomar atitudes tendo em vista um posicionamento estratégico, para que as três dimensões da sustentabilidade estejam em equilíbrio, para assim aumentarem o valor da empresa tanto em termos de lucratividade e de 141


contribuição para os acionistas, quanto sob o aspecto de seu capital humano, social e ambiental. Ao identificar estas ações percebemos o quanto os hotéis estão envolvidos com a sustentabilidade como um todo e, com projetos de turismo sustentável seja no âmbito de uma única unidade, seja para toda uma rede hoteleira. SUSTENTABILIDADE O termo sustentabilidade apresenta uma ampla gama de possíveis definições, essas sempre embasadas em três conceitos, o chamado “tripé da sustentabilidade”, que abrange as ações sociais, econômicas e ambientais. O conceito do tripé sustentável foi criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não governamental internacional SustainAbility; é um "[...] termo criado, que representa a expansão do modelo de negócios tradicional [...] para um novo modelo que passa a considerar a performance ambiental e social da companhia, além da financeira”. Ou seja, uma organização para ser sustentável deve apoiar-se nesse tripé sendo socialmente justa (garantindo que as ações atinjam todos os grupos humanos, sem distinção social e sem agredir valores culturais), economicamente viável (em sua implantação e manutenção) e ecologicamente correta (visando a preservação da biodiversidade dos ecossistemas naturais). Há hoje um conflito entre os vários conceitos do que seja sustentabilidade. Considerada a mais Clássica, é a definição da ONU, do relatório Brundland, (1987) “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”. A proposta de Gro não era só salvar a Terra, cuidando da ecologia, mas suprir todas as necessidades de gerações sem esgotar o planeta. "Nem de longe se está pedindo a interrupção do crescimento econômico", frisou Gro. "O que se reconhece é que os problemas de pobreza e subdesenvolvimento só poderão ser resolvidos se tivermos uma nova era de crescimento sustentável, na qual os países do sul global desempenhem um papel significativo e sejam recompensados por isso com os benefícios equivalentes." 142


As ações sustentáveis devem sempre procurar manter o equilíbrio, buscando fazer o que está ao alcance de quem às pratica. Um exemplo é a coleta seletiva, de forma que todas as residências pudessem praticá-la, gerando assim, um correto direcionamento do lixo produzido. Outro exemplo é o uso sustentável e consciente dos recursos oferecidos pela natureza, entramos então, na premissa de que devemos oferecer ao planeta tanto quanto retiramos dele. O termo sustentabilidade diz respeito à necessidade de revisar e redefinir os atuais modos de produção e padrões de consumo de forma que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana. Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações políticosociais, econômicas, culturais e ecológicas, tornando-o assim, um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade desses aspectos na sociedade humana. SUSTENTABILIDADE x TURISMO GOELNDER, RITCHIE e MCINTOSH (2002, p. 23) baseados em quatro elementos fundamentais: o cliente - o turista; a prestadora de serviço - a empresa; o poder público - os governos locais e as comunidades anfitriãs - na geração de empregos e renda, definem o turismo como: “a soma de fenômenos e relações originados da interação de turistas, empresas, governos locais e comunidades anfitriãs, no processo de atrair e receber turistas ou visitantes”. A Sustentabilidade no Turismo busca o equilíbrio ambiental, a manutenção e o enriquecimento sociocultural além do crescimento econômico da comunidade em que está inserido. É imprescindível destacar que ecoturismo difere de turismo sustentável. O Turismo Sustentável tem como base manter uma estrutura sem realizar nenhuma ação ofensiva ao meio ambiente, mantendo simultaneamente a qualidade e atendendo às necessidades dos turistas e dos locais que os recebem. Além de atender a economia, preservando no processo, a sociedade, a cultura regional, a diversidade biológica e os 143


sistemas ecológicos. Já o ecoturismo é a exploração dos ecossistemas visitados em sua vida selvagem e seu estado natural, tem foco em sua preservação, mas também tem fins lucrativos. Por certo, ambos os turismos foram constituídos no intuito de proteger a vida mantendo ativa a economia, unindo a responsabilidade com o desenvolvimento. Agradam aos clientes e garantem principalmente a manutenção do patrimônio natural para as gerações futuras. A finalidade do planejamento do turismo sustentável consiste em ordenar as ações do homem sobre o território. Em 2003, o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT), baseado na ética e na sustentabilidade, auxiliando o governo a tomar atitudes e praticar ações ecologicamente corretas. Em seguida, o país tornou-se pioneiro em relação à publicação de uma norma de Sistema de Gestão para auxiliar os Meios de Hospedagem, na utilização de seus Recursos Ambientais, Sociais e Econômicos de maneira responsável, justa e viável, por meio da implantação de ações sustentáveis. A ABNT NBR 15401, foi desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Turismo – ABNT/CB 54 e publicada no final de 2006 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), usa referências da norma desenvolvida pela Fundação Instituto de Hospitalidade, dentro do Programa de Certificação em Turismo Sustentável (PCTS) e é fundamentada nos Princípios do Turismo Sustentável, visando o fortalecimento do setor turístico tanto nacional como internacional, direcionando e aprimorando a qualidade dos serviços. São sete as ações registradas e vinculadas aos Princípios do Turismo Sustentável: 1) Respeitar a Legislação vigente; 2) Garantir os direitos das populações locais; 3) Conservar o ambiente natural e sua biodiversidade; 4) Considerar o patrimônio cultural e valores locais; 5) Estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos; 6) Garantir a qualidade dos produtos, processos e atitudes; 7) Estabelecer o planejamento e a gestão responsáveis. A sustentabilidade é uma exigência da FIFA desde 2006, ano que a Copa foi sediada na Alemanha. A Federação criou o “Green Goal”, em português, Gol Verde, 144


que estabelece medidas sustentáveis como coleta seletiva de lixo, utilização de água da chuva e equipamentos movidos à energia eólica nos estádios. Tudo a fim de diminuir os gases que causam o efeito estufa. Além das ações ambientais, o Green Goal tenciona alcançar os três pilares que fazem parte da sustentabilidade: como no caso do estímulo de ações de cunho social, transformando os empregos temporários em efetivos. Também, na área econômica, com a transparência na utilização de verbas públicas como fatores sustentáveis. Neste sentido, mais importante do que corresponder às expectativas externas e do evento é minimizar os impactos ambientais e gerar melhor qualidade de vida nas cidades que irão sediá-lo, no período anterior (em sua preparação), durante e após a realização do mesmo. A Secretaria Municipal do meio ambiente de Belo Horizonte em conjunto com o Comitê Executivo da Copa lançou em junho de 2011 um Certificado ambiental. Esse selo foi criado para a copa de 2014, porém seus benefícios se estenderão após o evento. Serão contemplados com o Selo de boas práticas ambientais principalmente os empreendimentos vinculados ao setor receptivo e de turismo (hotéis, bares e restaurantes) que contribuírem positivamente nesse período com práticas ambientais sustentáveis como redução de água, energia, reciclagem dentre outros. A Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernest & Young apresentou o estudo Brasil sustentável – Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo de 2014. Esse estudo mostra que para se aproveitar todos os benefícios e oportunidades que serão gerados por esse grandioso evento é necessário medir custos e benefícios. O Brasil de 2010 a 2014 receberá um investimento de R$ 142,39 bilhões. Irá gerar 3,63 milhões de emprego por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população. No que se diz respeito à mídia e publicidade internacional, serão aplicados R$ 6,5 bilhões, e o fluxo de estrangeiros que hoje é de cinco milhões, passará para 7,48 milhões até o ano da Copa e para 8,95 milhões em 2018. Segundo o ministério do turismo, os desembarques domésticos que em 2009 chegavam a 56 milhões, chegarão a 73 milhões em 2014.

145


O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou o ProCopa, um programa específico para a revitalização e construção de novos imóveis na indústria hoteleira, que contempla o valor de R$ 1 bilhão de títulos de empréstimo. Dentro do ProCopa, existem dois subprogramas, um deles é voltado para os empreendimentos hoteleiros que tem certificações de sustentabilidade ou de eficiência energética. Segundo o CBSC – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, os prédios verdes podem gerar uma economia de 30% de energia elétrica e 40% no volume de água. Para que isso ocorra é necessário um investimento de mais ou menos 5% do valor do edifício. As empresas dentro desses padrões têm taxas de juros diferenciadas e podem financiar até 100% da obra, sendo que os demais podem financiar o montante de 80% do projeto. Por determinação da FIFA, as cidades que irão sediar os jogos devem conter quatro mil leitos em hotéis de 4 e 5 estrelas para hospedar jogadores e suas equipes, imprensa, patrocinadores e convidados. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (ABIH/MG) informa que BH possui essa quantidade de leitos e dentro das exigências da FIFA. Porém foi identificada a necessidade da construção de novos hotéis, principalmente no padrão cinco estrelas, pois atualmente a cidade possui somente uma unidade com essa premissa. Serão, pelo menos, mais cinco mil novos leitos. Por conta dessa carência, alguns projetos estão sendo revistos, como por exemplo, um dos hotéis da rede Bristol que está situado na região da Pampulha, próximo ao estádio, que será construído no padrão econômico, mas devido a essa deficiência configurará num formato de cinco estrelas. O investimento foi de R$ 52,2 milhões e será utilizado também para a Copa das Confederações 2013. Os meios de hospedagem devem identificar todas as ações, aspectos e impactos de práticas econômicas, ambientais e sociais que realiza, mesmo que parcialmente, e criar indicadores de controle de atividades monitoradas e operacionais, garantindo um bom sistema de gestão, possibilitando assim, melhorias e ampliação de seu negócio.

146


METODOLOGIA O artigo desenvolvido abordará como métodos de pesquisa, estudos exploratórios, pois trabalharemos com dados secundários fornecidos pelos hotéis e coletados no referencial teórico. Utilizaremos também estudos descritivos classificados como quantitativos e qualitativos, uma vez que abordaremos características dos hotéis pesquisados qualificando as ações sustentáveis, tema de nosso projeto. O método de coleta de dados que utilizaremos será o de inquérito/contato na forma pessoal, por meio de entrevistas, e correspondência com ferramentas tecnológicas, com propósito de redução de custos. A conclusão da pesquisa proposta indicou a importância das ações de sustentabilidade no ramo hoteleiro do entorno do Mineirão e seus dados geraram o presente artigo acadêmico que poderá ser disponibilizado à comunidade da Faculdade Anhanguera BH e aos demais interessados no tema. MENSURAÇÃO DE RESULTADOS Os estudos exploratórios, sobre as ações sustentáveis, efetuados para base da pesquisa e executados por meio de inquérito/contato pessoal em entrevistas realizadas com representantes de três hotéis localizados no entorno do Mineirão, geraram dados e resultados que serão descritos a seguir. O número de hotéis entrevistados pertence à média da rede hoteleira da região. Destes, dois possuem o segmento de pousada e flat e o terceiro faz parte de uma Rede de Hotéis com sede em BH - sendo duas de suas unidades localizadas na região da Pampulha e as ações adotadas para uma serão também realizadas em todas as outras. De acordo com o questionário elaborado para a coleta de dados, todos os hotéis entrevistados já praticam, mesmo que parcialmente, ações voltadas para a sustentabilidade. Sendo que, somente um deles, realiza a publicação do relatório de sustentabilidade normatizando-as a efeito público. A comprovação dessas práticas se dá por meio de material informativo e de orientação fornecido aos hóspedes no 147


período de sua estada. As práticas sustentáveis condizem com as exigências da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), órgão que normatiza os hotéis registrados na Embratel. Esse órgão controla, fiscaliza e certifica toda a estrutura, funcionalidade e inclusive o tarifário praticado por esse segmento de negócio. Para manter seu funcionamento, os estabelecimentos hoteleiros devem ser registrados e possuir tal certificado, atestando sua aprovação e qualidade. Um dos hotéis, entrevistados, informou-nos que além dos documentos acima mencionados, possui o certificado ISO 9001, por seu padrão de qualidade. Após análise e mensuração dos resultados identificamos as seguintes ações sustentáveis praticadas nos hotéis entrevistados: 1) 1/3 realizou construções e reformas sustentáveis em seu estabelecimento; 2) 100% possuem mecanismos de controle de consumo de água e energia; 3) 100% praticam a coleta seletiva; 4) 2/3 oferecem a seus hóspedes e funcionários uma cartilha com orientações referentes às boas práticas sustentáveis; 5) 2/3 oferecem treinamentos de práticas sustentáveis para seus funcionários; 6) 2/3 praticam auditorias ambientais para indicar melhorias; 7) 1/3 pratica o controle de efluentes; 8) 2/3 discutem e adotam critérios ambientais com seus fornecedores; 9) 2/3 utilizam, no dia a dia, papéis reciclados; 10) 1/3 pratica o reaproveitamento da água de chuvas; 11) 2/3 utilizam o cartão-chave eletrônico para acesso aos quartos, mas o sistema possui um dispositivo de contenção de energia; 12) 1/3 utiliza o sistema de descarga duplo (para descarte de sólidos – quando o volume de água liberado é maior e descarte de líquidos, liberando menos água no processo); 13) 1/3 possui um sistema de cisterna para reaproveitamento da água; 14) 1/3 minimiza o procedimento de envio de utensílios para a lavanderia, que é terceirizada. Nesse processo, o hóspede decide se a toalha de uso pessoal irá para a lavanderia imediatamente ou no dia seguinte. De acordo com as informações coletadas, apesar de 2/3 dos hotéis entrevistados não possuírem ativamente práticas de comprovação de suas ações sustentáveis, foi percebido por esses estabelecimentos, que após a implantação de várias delas, houve 100% de retorno positivo tanto no referente a pontos econômicos quanto de satisfação e aprovação dos clientes e investidores. Para efeito de 148


constatação, foi observado que em todos os hotéis entrevistados, há em seu quadro de funcionários, um profissional de comunicação dando orientação e suporte na implantação e execução das ações sustentáveis que praticam. No entanto, segundo as informações obtidas, os obstáculos encontrados para que mais ações possam ser implantadas referem-se à dificuldade na sensibilização de alguns dos funcionários desses estabelecimentos que apesar de adquirirem um treinamento para praticá-las, poucos as efetivam, é necessário haver uma constante fiscalização em sua execução. Há ainda, o fator de reconhecimento do retorno financeiro que é visto pelos investidores como um percentual baixo comparado ao custo/benefício desejado. Esse fator ficou ainda mais claro quando relacionadas às vigentes ações para a Copa de 2014. De acordo com os hotéis entrevistados, novos procedimentos só poderão ser mensurados após a Copa das Confederações, quando será possível ter uma prévia do número de pessoas que buscarão o sistema de hospedagem que oferecem. Segundo eles, ações como o treinamento da equipe para atendimento personalizado aos vários tipos e etnias dos hóspedes, já está sendo efetuado em parcerias com empresas especializadas neste ramo de atividade. Em unanimidade, informaram que há a possibilidade de aumento no quadro de funcionários para atuarem no período da Copa de 2014. Não garantem, no entanto, o compromisso de efetivação desses novos funcionários com a argumentação de que essa questão dependerá do mercado após o evento, podendo ser uma ação positiva ou não. Portanto, a Copa do Mundo, assim como as Olimpíadas, tem a característica de ser um evento pontual e para que os impactos positivos gerados para e pós a sua realização sejam permanentes, os agentes envolvidos no processo devem se comprometer em manter as oportunidades e legados conquistados. Dentre esses impactos está o fluxo turístico que irá agregar, na forma direta e indireta, valores socioeconômicos e estruturais, principalmente nos setores de hotelaria, cultura, lazer, comércio, transporte e comunicações, não somente por meio 149


dos torcedores que virão assistir aos jogos, como também advindos da exposição na mídia internacional. E, mesmo havendo custo para as organizações atenderem e assumirem a sua responsabilidade social e ambiental deve-se considerar que em contrapartida, as ações de sustentabilidade praticadas proporcionam além do fortalecimento da reputação e boa imagem das empresas perante seus públicos, vários benefícios para a sociedade e o meio ambiente. Sendo assim, com essa pesquisa, concluímos que as ações sustentáveis praticadas pelos hotéis no entorno do Mineirão para a Copa de 2014, que já sejam existentes ou estão em processo de implantação, se adequam às normas e exigências do Programa

de

Certificação

estas que garantem maior

em

efetividade

Turismo na

Sustentável,

preservação

normas

ambiental,

no

crescimento econômico e no desenvolvimento social e cultural da cidade de Belo Horizonte, garantindo assim qualidade de vida para as gerações futuras. REFERÊNCIAS A COPA DA SUSTENTABILIDADE|PROGRAMA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Disponível em: <http://www.pit.org.br/noticia/copa-dasustentabilidade>. Acesso em: 10 out. 2012. AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE? Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_474382.sht ml>. Acesso em: 28 ago. 2012. ARTIGO SUSTENTABILIDADE. Conceitos Portal da Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.sustentabilidade.org.br/antigo/doku.php?id=portug:redesustent:conceitos: conceitos>. Acesso em: 23 ago. 2012. BNDES PROCOPA TURISMO. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeir o/Programas_e_Fundos/ProCopaTurismo/index.html>. Acesso em: 10 out. 2012.

150


BRASIL SUSTENTÁVEL - ERNST & YOUNG. Disponível em: <http://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/Brasil_Sustentavel_Copa2014_novama rca/$FILE/PDF_copa.do.mundo_port.2011.pdf>. Acesso em: 17 out. 2012. CARBONARI, M. E. E.; DA SILVA, G. Z. da; PEREIRA, A. C. Sustentabilidade na prática: fundamentos,experiências e habilidades. Valinhos: Anhanguera Publicações Ltda, 2011. COPA 2014, IMPACTOS NA HOTELARIA NACIONAL. Disponível em: <http://www.revistahoteis.com.br/materias/10-Investimentos/965-Copa-2014-comecaa-apresentar primeiros-impactos-na-hotelaria-nacional>. Acesso em: 10 out. 2012. GUIA ABNT NBR 15401- MEIOS DE HOSPEDAGEM/SISTEMA DE GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE/REQUISITOS. Centro SEBRAE de Sustentabilidade (CSS). Disponível em: <http://sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade/>. Acesso em: 23 ago. 2012. PAOLUCCI, L. Análise heurística e definição de boas práticas para o Portal Oficial do Turismo Brasileiro. 2005. Tese (doutorado em Comunicação) Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. PESQUISAS. [S. I.], ENGEMA, NOV. 2009. Disponível em: <http://www.unifor.br/docs/engema/apresentacao_oral/ENGEMA2009_283.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2012. PROJETOS PARA A COPA | BELO HORIZONTE: A CIDADE QUE CONQUISTA. Disponível em: <http://www.belohorizonte.mg.gov.br/secao/copa-domundo-da-fifa-brasil-2014/belo-horizonte-nas-copas/estrutura-esportiva/projetos-parac>. Acesso em: 23 ago. 2012 RUSCHMANN. REVISTA BRASILEIRA DE PESQUISA EM TURISMO. Disponível em: <http://revistas.univerciencia.org/turismo/index.php/rbtur/article/view/102/142>. Acessos em: 4 ago. 2012. SUSTENTABILIDADE - CONCEITO - [bb.com.br]. Disponível em: <http://bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665>. Acesso em: 17 out. 2012. TURISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES –IVAN PINHO. Disponível em: <http://www.ivanpinho.com.br/downloads/fundamentos_turismo/17417_Fundamentos _do_Turismo_Aula_05_Vol_1.pdf>. Acesso em: 17 out. 2012. 151


152


ECO 92: O QUE FOI?

ECO 92: O QUE FOI?

ECO 92: WHAT WAS IT?

Arlei Alves Pedro* Lenildo Antônio Dutra Amorim*

Wilson Domingos Mingote Junior**

No decorrer deste livro, tratou-se do assunto sustentabilidade ao longo de 12 insights, confeccionados por pesquisadores do tema. Tema este, de extrema importância para o futuro do planeta. Ao longo da jornada percorrida até a aqui pela humanidade em busca de uma vida melhor do homem para com a natureza, alguns fatos marcaram a caminhada, entre eles a chamada Eco 92, tendo história e desdobramento importantes, do ponto de vista científico, diplomático, político, social e comunicacional. E ainda exigiu uma compreensão específica à partir de uma realidade brasileira.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

153


A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMD), também conhecida com Cúpula da Terra ou Eco 92, foi realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, com a presença de representantes de 179 países dos 5 continentes, que discutiram durante 14 dias, os problemas ambientais globais e estabeleceram o desenvolvimento sustentável como uma das metas a serem alcançadas, pelos governos e sociedades de todo o mundo. A crescente preocupação com os problemas ambientais, e o legado que a geração atual deixará para o futuro, foi o tema de sucessivos encontros e discussões. Nessas reuniões em que produziam documentos como o Relatório Brundtland e a Agenda 21, o risco que o desenvolvimento desenfreado e o descaso para com o meio ambiente podem trazer para os habitantes do planeta foi o foco central dos debates. A partir disso conclui-se, que embora a sustentabilidade tenha e tem sido abordada com freqüência pelos países protagonistas e coadjuvantes nessa caminhada em busca de um futuro melhor, será preciso, com certeza, uma nova ética, fundada na solidariedade, e não na competição. Uma ética que certamente incluirá um direito ambiental internacional, em que ao longo do tempo avançamos com conquistas alçadas no Eco 92, mas ainda somos pequenos e modestos para conseguir mudar essa situação. Como disse Washington Novaes: “... A ciência prevê guerra pela água na África, no Oriente Médio, e na Ásia. Embora o Brasil tenha 20% da água doce do planeta, não escapamos dos conflitos...”. REFERÊNCIAS DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. NOVAES, Washington. Eco-92: Avanços e interrogações: Estudos Avançados. Brasília, 1992. SCHENINI, C. P.; MATOS, A. Márcio; TODT, Roberto. Agenda-21: Ferramenta para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento sustentável. Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC: Florianópolis, 1996.

154


155


RIO + 20

RIO+20: CARTA DE COMPROMISSO DAS NAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

RIO+20: LETTER OF COMPROMISSE FROM THE NATIONS TO THE SUSTAINABLE DEVELOPMENT

Daniel Júlio Magalhães* Jessica Freitas*

Wilson Domingos Mingote Junior**

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS, RIO+20 A Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida por Rio+20, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, foi formulada com o intuito de promover soluções para ajudar no rebate da pobreza, na promoção de maior igualdade social e no assessoramento da segurança ambiental. A Rio+20 representa também uma oportunidade de olharmos para um futuro que queremos ter daqui a 20 anos.

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 156


Segundo o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Kin-moon, vinte anos após a Cúpula da Terra de 1992, a Rio+20, tem como temas centrais o desenvolvimento da economia verde e a ampliação da coordenação internacional para o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio+20, onde são apresentadas as visões iniciais do país sobre os temas e objetivos da Conferência, os princípios da Rio+20 incluem a necessidade de que os países desenvolvidos mantenham oferta adequada de recursos financeiros e de transferência de tecnologia, de modo a auxiliar os países em desenvolvimento a alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável. Outro fator importante para Ban Ki-moon seria a capacidade da Rio+20 de mobilizar a sociedade, setores privados, governos e

bancos, que juntos

voluntariamente assumiram 700 compromissos, o que concebeu centenas de bilhões de dólares. A Conferência geriu um Documento intitulado „O Futuro que Queremos‟, onde de acordo com o Secretario Geral sanciona um acordo sobre a criação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, onde se visa um maior racionamento quanto ao uso e produção da sustentabilidade ao longo de dez anos e a valorização de questões como direito a água, comida e a urgência no caso da pobreza. Todo este processo sugere uma mudança no contrato social atual, para que assim possa haver mais sentido e dar solução a problemas já persistentes, como por exemplo: cidades paralisadas pelo excesso de meios de transportes. Foi-se o tempo que este tipo de situação poderia ser aceitável, não há nada a ser contemplado, há sim, maneiras de formular ideias onde haja questionamentos e melhoras. Daí pode-se pensar se as melhoras podem surgir de nossas próprias atitudes, como disse a ex-ministra Marina Silva: “Não se trata de adotar uma atitude otimista ou pessimista, trata-se de ser perseverante”.

157


REFERÊNCIAS DECLARAÇÃO DE BAN KI-MOON A ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU SOBRE OS RESULTADOS DA RIO+20. Disponível em: <http://www.onu.org.br/rio20/declaracao-de-ban-ki-moon-a-assembleia-geral-da-onusobre-os-resultados-da-rio20>. Acessado em 20-11-2012.

DOCUMENTO DE CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA A CONFERÊNCIA RIO+20. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/rio20_propostabr_182.pdf>. Acessado em 20-11-2012.

O QUE É A “RIO+20”? Disponível <http://www.ofuturoquenosqueremos.o.php>. Acessado em 19-11-2012.

em:

SOBRE O RIO+20. Disponível em: <http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20.html>. Acessado em 19-11-2012.

158


159


T.I. VERDE

TI VERDE: UM DESAFIO SUSTENTÁVEL PARA O FUTURO!

GREEN IT: A SUSTAINABLE CHALLENGE FOR THE FUTURE!

Anderson Duarte Amaral*

Wilson Domingos Mingote Junior**

“A tecnologia da Informação não tem importância”. Nicholas Carr, maio de 2003, para a Harvard Business Review. As afirmações feitas por este conceituado especialista a pouco menos de 10 anos, apesar de pertinentes a época, se mostram hoje completamente sem sentido. A tecnologia da informação é onipresente e onipotente. Pessoas, empresas e governos se curvam cada vez mais à tecnologia, que em função da redução dos custos de acesso, e ao emergente tsunami de classes com maior poder de compra, popularizam todo eletrônico ligado à telefonia, internet e computação pessoal. Apesar das afirmações sobre o poder dos computadores e seus sistemas no uso doméstico ou corporativo, eles não são tão importantes para o êxito das pessoas e ou empresas, são necessários. Não podemos hoje trabalhar e nem estudar sem eles e a “eles” chama-se os smartphones, tablets, notebooks, netbooks, desktops e qualquer outra ferramenta eletrônica que utilize, receba e envie informação.

*Professor do curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2

160


Vivemos em um planeta, onde, em 2016 o número de telefones móveis será maior que ao de habitantes. Aparelhos de TV, computadores pessoais, tablets, smartphones, são alguns dos equipamentos com grande popularidade e consumo hoje em dia. Com o elevado consumo destes equipamentos, surgiu há alguns anos um problema: O que fazer com os equipamentos desatualizados, quebrados, com defeito que em função do custo de produção não vale a pena reparar? Se não podemos reparar só nos resta descartar, mas como descartar sem poluir ou contaminar? Estes são os menores dos problemas que temos com o lixo eletrônico e falar em Tecnologia da Informação Verde e abordar somente este tema é no mínimo irresponsável. O grande desafio da TI para continuar crescendo e se desenvolvendo na escala de hoje, visto que o volume de informação circulante e armazenada cresce exponencialmente a cada dia, é pensar que para tudo funcionar necessitamos de energia elétrica. Os estudiosos em TI e Meio Ambiente, cientes desta necessidade orientam os grandes fabricantes e desenvolvedores no intuito de aumentarem a eficiência de seus produtos e diminuir a quantidade de energia utilizada por eles. Economia de energia tem grande importância no balanço de ações sustentáveis. Menor consumo de eletricidade significa um menor impacto ambiental. Em computadores e servidores, os ganhos energéticos derivam, em sua maioria, da criação de componentes mais eficientes, como processadores e fontes conversoras que consomem menos energia em sua operação. É importante avaliar ainda outros aspectos como o impacto na cadeia produtiva, o uso e reuso de recursos naturais, a reciclagem de equipamentos, a destinação final de resíduos, bem como a utilização de arquiteturas e processos que permitam uma maior vida útil das infraestruturas de tecnologia atualmente utilizadas. A tendência hoje é que, com a computação em nuvem, grandes DATACENTERS sejam construídos perto de usinas geradoras de energia onde a água utilizada para a geração da energia elétrica seja a mesma utilizada para resfriar os potentes servidores que armazenam inimagináveis quantidades de informações. 161


Computadores pessoais não armazenarão mais informações “in loco” e sim nos equipamentos destes Datacenters ou “na nuvem”. Utilizar seu computador, tablet, smartphone onde você estiver e acessar seus arquivos que estarão armazenados na Índia, Rússia, EUA ou qualquer outro datacenter ao redor do mundo. Não devemos, porém, deixar de lado nosso dever de casa e tentar a todo custo criar estações de descarte e reciclagem de equipamentos sem uso, garantir que os equipamentos entregues nestas unidades sejam devidamente tratados, garantir processos e procedimentos que possuam garantia legal de execução. Desdobrar o tema “TI Verde” torna usuários e empresas conscientes de que suas escolhas, e a forma como encaram a adoção de novos equipamentos e tecnologias, trazem impactos ao meio ambiente. Faz também que percebam que esta consciência permite que assumam um caráter responsável e ativo, que possibilite o melhor uso dos recursos naturais e por consequência um menor impacto para o meio ambiente. TI Verde engloba, portanto, muito mais que a simples economia de energia, somando-se a ela a eficiente gestão de recursos e o impacto nas cadeias produtivas, bem como o ciclo que vai da extração de matéria prima para a produção de um equipamento até a destinação ambientalmente adequada destes materiais ao final de sua vida útil, considerando também a responsabilidade do usuário no momento da escolha, aquisição e descarte de produtos, afinal, ter o mais belo não significa ter o que melhor atende.

162


163


SUSTENTABILIDADE: PONTO FINAL

SUSTENTABILIDADE E PONTO FINAL SUSTAINABILITY AND END POINT Neíla Oliveira* Jucilene Kümpel*

Wilson Mingote**

Com o passar dos anos, a sustentabilidade vem se tornando uma tendência. A sociedade tem mudado de opinião e cada vez mais, se preocupando com seu futuro e o do planeta. A globalização e a mídia principalmente têm feito a promoção da sustentabilidade. Esse tema vem sendo discutido a décadas, mas só nos últimos anos com o agravamento da situação ambiental e dos problemas sociais do planeta ganhou força e amplo destaque. A sustentabilidade se trata de atividades e ações que visam suprir as necessidades dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações, ela está ligada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente. Segundo Lester Brow, “a economia depende do ambiente. Se não há ambiente, se tudo esta destruído, não há economia “(Lester Brown, Plan B 3.0, 2007), ou seja, utilizar os recursos naturais de forma inteligente, para que estes ainda estejam disponíveis no futuro.

*

Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 **

Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de

Belo Horizonte – Unidade 2 164


Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir um desenvolvimento sustentável, baseado nos três pilares da sustentabilidade, o econômico, o ambiental e o social. Podemos começar a cuidar do nosso meio ambiente adotando ações simples, dentro das nossas casas como separar nosso lixo de forma correta, ser consciente no gasto de água e energia e outras ações que fazem toda a diferença. As organizações estão cada dia mais interessadas em vincular o seu nome em ações em prol da sustentabilidade e em projetos ambientais, financiando ou atuando como parceiro de outras empresas a favor de um objetivo comum, objetivos ambientais. Vincular uma marca, empresa ou produto a uma ONG ou ação de uma ONG, que atua com a preservação ambiental, tem sido uma das estratégias adotadas pelas as empresas. Essa associação valoriza a marca e a organização. Há hoje investimentos pesados em publicidade, vinculando empresas com ações sustentáveis, e em suas campanhas elas mexem diretamente com o sentimento das pessoas, assim o retorno será rápido e eficaz. Com o avanço dos meios de comunicação ficou mais fácil abordar e a discutir sobre esse tema e saber o que o mundo pensa e fala sobre sustentabilidade. Percebemos com o passar dos anos que a sustentabilidade está sendo mais discutida pela a sociedade e o mundo está se mobilizando para salvar o meio ambiente.

REFERÊNCIAS Dias, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2009. Zylbersztain, David; Lins, Clarissa. Sustentabilidade e Geração de Valor. São Paulo: Editora: Elsevier Ltda, 1998.

165


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.