O processo do Design

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A METODOLOGIA PROJETUAL E O DESIGNER


UM DESIGNER SE CARACTERIZA POR

1. Configurar a forma dos produtos. 2. Estes produtos satisfazem necessidades. 3. Satisfazem (estes produtos) essas necessidades por uma certa função. 4. Para configurar as formas funcionais que satisfazem as necessidades, existem métodos, que guiam o designer.


MÉTODO - PROCESSO PROJETUAL

Reúna informações sobre usuários suas necessidades

Elabore os componentes da língua (Semiótica)

Analise o problema

Defina as características do objeto

Defina o conceito do produto

Integre os signos no objeto Concepção do produto


FAZER DESIGN É

Reunir informações sobre os usuários, identificando a demanda destes e respeitando suas variabilidades físicas, cognitivas, psicológicas e volitivas.


SUJEITO – USUÃRIO

MÉTODOS - ESPECIFICAÇÃO DE SIGNOS

OBJETO A SER INTERPRETADO

ABSTRAÇÃO

OBJETO GENÉRICO

SIGNO APRESENTADO

Metáfora Conceito

Função

OBJETO OBJETO

COMPONENTES FORMAIS

Unidades básicas


Quando as metĂĄforas se suportam nos mapas mentais dos diferentes atores envolvidos no processo projetual e no ciclo de vida do produto (tangĂ­vel ou intangĂ­vel) estamos fazendo Design


Mas como se då o processo de concepção de um Designer?


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Todo o processo de Design pode ser visto envolvendo dois tipos de processos mentais: • Idealização • Cristalização


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

A idealização envolveria os processos de formulação do problema, analise e conceituação


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

A cristalização envolveria os esforços cognitivos de síntese que leve a uma configuração passível de ser fisicamente realizada.


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Maçaneta Lugar para pegar, movimentar, acessar Sistema de fechadura


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

A representação deste objeto envolve um esboço de componentes visuais e declarativos.


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Espaço de Concepção

Espaço de Configuração

Para Jansson a fase conceitual do Design pode ser modelada como um movimento cognitivo envolvendo dois domínios: o espaço de configuração e o espaço de concepção.


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Espaço de Concepção

Espaço de Configuração

O espaço de configuração conteria as representações dos objetos físicos que estão envolvidos no processo.


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Espaço de Concepção

Espaço de Configuração

O espaço de concepção conteria as idéias que aumentam os elementos do espaço de configuração.


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO Abstração

Síntese


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Partindo deste modelo poderíamos especular ,no caso das maçanetas, em duas abordagens:


MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Cristalização ao estímulo Através de um processo de cristalização, o estimulo seria levado em direção ao objeto; os elementos geométricos, semióticos e emocionais do estímulo (foto) são captados e adaptados ao objeto maçaneta, por um processo de síntese. A cognição estaria acontecendo a partir do estímulo à maçaneta



MODELO JANSSON PARA A CONCEPÇÃO

Do objeto ao estímulo Seria o processo inverso, ou seja, do projeto de maçaneta em direção ao estímulo (Piaget). Neste caso, os atributos do objeto (representação de maçaneta) são aumentados por abstrações e generalizações, para que se adaptem aos elementos do estímulo ( geometria, semiótica e emoções da imagem).




DESIGN DE CONCEPÇÃO

Para melhor compreensão e visualização do problema vamos utilizar um tema que não possua um alto grau de complexidade, como por exemplo: maçanetas.


DESIGN DE CONCEPÇÃO

Como estímulo, temos uma fotografia no lado esquerdo e como resposta, no lado direito, o desenho de um nova maçaneta.



A Compreensão

Seria analisar a construção das representações e, neste caso, podemos elaborar hipóteses partindo do estímulo (imagem) em direção ao resultado (maçaneta), ou de forma contrária, partindo dos resultados aos meios empregados.


Metodologias do Design

Através do conhecimento dos métodos empregados no Design de Produtos podemos ter uma melhor visão das etapas da projetação e, assim, localizar em que momento se dá a compreensão e solução do problema espacial e, ainda, verificar qual a influência destas metodologias nos processos mentais.


Introspecção

A reflexão sobre os próprios processos mentais, pode auxiliar a entender como estes estímulos visuais podem ser traduzidos de forma tão clara, que se tem a impressão que o resultado não é outra coisa senão o óbvio.


CRIATIVIDADE

De acordo com (Bonsiepe, 94), o conceito de criatividade está carregado por uma tradição no discurso da arte; e no âmbito do Design Industrial e Gráfico, seria mais apropriado se falar em “competência para inovação”.



CRIATIVIDADE NO MODELO DE JANSSON

Analisando o modelo de Jansson no caso das maçanetas, verificamos a existência de diferenciais de criatividade tanto nos processos de abstração (abstração criativa), quanto nos processos de sínteses (síntese criativa); e suas características seriam:


CRIATIVIDADE NO MODELO DE JANSSON

A criatividade na abstração seria o quanto uma solução pode abstrair em direção ao estímulo, sem com isso perder as características e atributos do objeto;


CRIATIVIDADE NO MODELO DE JANSSON

A criatividade na síntese seria o quanto uma solução pode ser cristalizada, ou sintetizada em direção ao objeto, sem com isso perder as características e elementos formadores de seu estímulo;


CRIATIVIDADE NO MODELO DE JANSSON

Uma solução final criativa seria a que possui criatividade em ambos os processos, ou seja, possui uma abstração criativa e uma síntese criativa.



A principal função do projeto do objeto é a de resgatar à memória de trabalho, atributos e características essenciais relativo à intenção projetual.


Por exemplo, no caso de um projeto de uma bicicleta, o objeto deve constar de rodas, assento, sistema de freio e todas as demais partes que definem a bicicleta.


Portanto, quanto maior for o repertório de imagens e detalhes que um designer possua, que de alguma forma tenha ligação com o tema em questão, mais rica será suas abstrações, e as soluções projetuais serão mais facilmente encontradas. Este é um ponto chave na diferença entre peritos e novatos em design.


Contudo, se nós respeitássemos rigorosamente todos os elementos na concepção de novos produtos, não teríamos resolvido nenhum problema de design e estaríamos parados cognitivamente. Não haveria o novo.


Pois, podemos perceber que a inovação está no perverter estes elementos. Em questionar e extrapolar a dimensão do existente, ou mesmo resgatar velhos “ultrapassados padrões”


No futuro, o ciclista não vai ficar em cima da bicicleta, mas sim dentro da roda segundo o designer Michael Stapleton, do Centro de Estudos Criativos, em Detroit, USA. A roda traseira tem 1,30 mt de diâmetro e o guidão, com marchas e freio, foi posto ao lado do usuário, à altura do assento. A bicicleta é toda construída com fibra de carbono e alumínio.



É bastante clara a importância do estĂ­mulo e do objeto mental que o designer utiliza para solucionar um problema de design.


Guiado por certos estímulos, um designer pode traduzir tridimensionalmente o conceito ou o “espírito” que se deseja. Como força, precisão, resistência, emoção, entre outros.


Lógico que a interpretação e constatação deste “espírito” e destas característica está mais na interação do sujeito com o objeto, que puramente no objeto como pensava Platão.


Porém, nem sempre os estímulos que dirigem as abstrações são claros e concretos como são as fotos nestes exemplos de maçanetas. Muitas vezes, o processo de concepção é acompanhado por metáforas que podem ou não, estar evidentes no produto final.


Não apenas as representações concretas são passíveis de apropriação, mas todo tipo de representação como a personalidade


Outro exemplo, 茅 deste helic贸ptero, que mais parece uma mosca ou algum inseto voador


Ou esse produto que segue a mesma linha de referĂŞncia


Ou esse produto que segue a mesma linha de referĂŞncia


Outro exemplo sĂŁo originados das referĂŞncias culturais comuns entre o designer e os usuĂĄrios


Eu creio na vida mansa!!



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