Vida Debaixo da água - Por água Abaixo

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Vida debaixo da água

VIDA DEBAIXO DA ÁGUA Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável

Em 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, em particular de actividades terrestres, incluindo lixo marinho e poluição por nutrientes. Em 2020, gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos, incluindo o reforço a sua resistência, e tomar medidas para a sua restauração a fim de alcançar os oceanos saudáveis ​​e produtivos Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, nomeadamente através da cooperação científica reforçada a todos os níveis. Efetivamente regular a colheita ea pesca excessiva efeito, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e práticas de pesca destrutivas e implementar planos de gestão de base científica, a fim de restaurar populações de peixes no menor tempo possível, pelo menos para níveis que possam produzir o rendimento máximo sustentável como determinado pelas suas características biológicas. Proibir certas formas de subsídios à pesca que contribuem para a sobrecapacidade e sobrepesca, eliminar os subsídios que contribuem para a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e abster-se de introduzir novas tais subsídios, reconhecendo que o tratamento especial e diferenciado adequada e eficaz para o desenvolvimento e os países menos desenvolvidos deve ser uma parte integrante da Organização Mundial do Comércio subsídios à pesca de negociação. Em 2030, aumentar os benefícios económicos para Pequenas Ilhas Estados em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos a partir do uso sustentável dos recursos marinhos, incluindo através de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo Aumentar o conhecimento científico, desenvolver a capacidade de pesquisa e transferência de tecnologia marinha, tendo em conta os critérios e diretrizes Comissão Oceanográfica Intergovernamental sobre a transferência de tecnologia marinha, a fim de melhorar a saúde dos oceanos e para melhorar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em especial nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e países menos desenvolvidos.


MANCHA DE LIXO NO MAR O FUTURO DOS OCEANOS ÁGUA-VIVA-JUBA-DE-LEÃO


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MANCHA DE LIXO NO MAR A mancha do pacífico chega até 10M de profundidade Uma não, duas. Elas ficam no meio do oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do tamanho dos Estados Unidos! Nesses depósitos de lixo flutuante já foram encontrados os mais bizarros resíduos, de cones de trânsito a brinquedos, tênis e malas de viagem.

os animais. Mas eles rondam a linha do lixo e só têm plástico para comer. Já encontramos todo tipo de objeto no estômago dos bichos”, diz o pesquisador Charles Moore, da Algalita Marine Research Foundation, entidade americana que trabalha na proteção da vida marinha.

Metade dessa sujeirada toda é lançada no mar por navios e plataformas de petróleo. A outra parte deságua nos oceanos trazida por rios espalhados pelo mundo. O pior é que o desastre ecológico só aumenta: o volume de plástico no Pacífico mais que triplicou nos últimos dez anos.

CORRENTE CONTÍNUA Pacífico tem redemoinhos que prendem lixo de todos os oceanos Correntes marítimas como a Círculo Polar Antártica ligam os três oceanos da Terra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que leve décadasm percorrendo os mares do mundo.

O isolamento poderia fazer desse lugar um paraíso para

Em algumas regiões do oceano Pacífico, as correntes marítimas se movimentam em cír-


Vida debaixo da água culos, formando enormes redemoinhos. O lixo que entra nessas áreas, após vagar pelos oceanos de todo o planeta, fica preso nas correntes, formando as duas manchas gigantes de plástico. O pior é que o lixo boiando na superfície é só uma pequena parte da sujeira. Com o passar dos anos, pedaços menores de plástico se diluem, formando uma espécie de sopa nojenta. CARDÁPIO IMPRÓPRIO Pesquisadores já encontraram tartarugas que comeram isqueiros, peixes engasgados com linhas de pesca e pássaros marinhos mortos com o estômago lotado de plástico ingerido na região das manchas. ALTERAÇÃO HORMONAL O lixo forma resíduos tóxicos que confundem os receptores hormonais de alguns animais. Há espécies que tiveram queda na produção de esperma e nascimento de mais fêmeas. SOLUÇÃO DIFÍCIL Problema maior é eliminar sopa plástica abaixo da superfície. Pesquisadores ainda quebram a cabeça para encontrar um jeito de se livrar desse lixo. Apesar de trabalhoso, retirar os resíduos da superfície seria a parte mais fácil. O problema é o que está abaixo dessa camada. Como o plástico se quebra em pedaços quase microscópicos, remover essa “sopa

Pág. 04 plástica” significaria tirar também a água do mar com micro-organismos vivos, o que causaria um impacto ambiental ainda maior. Uma possível saída seria criar uma substância que fizesse uma faxina na região. Grandes navios soltariam milhões de litros de um solvente especial. Essa substância teria que ser biodegradável e atóxica, para não interferir na vida marinha local. O solvente quebraria as moléculas dos microscópicos pedaços de plástico, transformando-os em partículas inofensivas para a natureza, como átomos de carbono. Mas há um problema: o excesso de átomos de carbono poderia alterar a vida marinha – até mesmo provocando mais mutações em algumas espécies.

Camada de lixo sobre o oceano


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O FUTURO DOS OCEANOS Em 2050, os oceanos terão mais plástico que peixes Caso você precise de mais evidências de que os homens estão fazendo um belo trabalho de destruição do planeta, considere o seguinte: se continuarmos desse jeito, vai haver mais plástico que peixes nos oceanos. Essa é a conclusão de um novo relatório do Fórum Econômico Mundial e da Fundação Ellen MacArthur. “As melhores pesquisas disponíveis hoje estimam que haja mais de 150 milhões de toneladas de plásticos no oceano hoje”, diz o relatório. “Num cenário em que nada mude, espera-se que o oceano contenha 1 tonelada de plástico para cada 3 toneladas de peixes em 2025 e, em 2050, mais plásticos que peixes.

Em outras palavras, em apenas 34 anos, a quantidade de lixo plástico no oceano vai superar, em peso, a de peixes. O estudo descreve os plásticos como “material faz-tudo ubíquo da economia moderna” e afirma que, depois de um curto primeiro ciclo de uso, 95% do valor material das embalagens plásticas, entre 80 bilhões e 120 bilhões de dólares anualmente, são perdidos. Pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico - o equivalente a um caminhão de lixo por minuto - são despejadas no oceano anualmente, segundo o Fórum Econômico Mundial. O relatório, “A Nova Economia do Plástico: Repensando o Futuro dos Plásticos”, também oferece


Vida debaixo da água “Esse relatório demonstra a importância de comeesperanças. Novos materiais e tecnologias indicam que é possí- çarmos uma revolução no ecossistema industrial dos plásticos”, disse em comunicado Dominic vel erradicar o desperdício de plástico. Waughray, do Fórum Econômico Mundial, “e é um primeiro passo para mostramos como transformar Alcançar tal mudança sistêmica, diz a Fundação Ellen MacArthur, vai exigir uma importante colabo- a maneira que os plásticos se movimentam na nossa economia.” ração, incluindo empresas de bens de consumo, fabricantes de plásticos, empresas envolvidas na Hoje, só 14% das embalagens plásticas são coletareciclagem e autoridades. das para reciclagem, segundo o Fórum Econômico Mundial. Em comparação, o índice de reciclagem de papel é de 58%, e o de ferro e aço está entre 70% e 90%. Claramente há margem para melhoras.

Pág. 06 Curiosidades sobre a reciclagem do plástico O Brasil é o segundo país que mais recicla garrafas PET no mundo. Das garrafas que usamos 51% são recicladas, elas são usadas para a fabricação de cordas, fios de costura e cerdas de vassouras e escovas.

5 Garrafas recicladas dão origem a poliéster suficiente para uma camisola de manga curta XL. Para um par de calças chegam 10 garrafas. Se forem 25, fornecem material para uma camisola.

Cada 100 toneladas de plástico reciclado evita a extracção de uma tonelada de petróleo; – No caso do PET, a reciclagem utiliza (em média) apenas 30% da energia que seria necessária para a produção de matéria-prima virgem.


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ÁGUA-VIVA-JUBA-DE-LEÃO Conheça a criatura que está dominando os mares As águas-vivas-juba-de-leão habitam os mares do México até o Ártico, e os encontros com elas não costumam ser muito agradáveis! Elas contam com centenas de tentáculos gigantes, todos equipados com células venenosas — os cnidoblastos — para capturar suas presas, que podem ser qualquer coisa desde zooplânctons e ovinhos de peixe, a outras águas-vivas e até indivíduos de sua mesma espécie.

Agora imagine um batalhão de animais desses, com centenas de tentáculos venenosos, cada um deles capaz de capturar vítimas que serão devoradas sem dó... Uma vez capturadas, os tentáculos levam as presas até a boca, que não passa de um orifício no corpo da água-viva que também funciona como ânus. No estômago, o processo digestivo é tão simples e eficiente que, mesmo após 600 milhões de anos de existência, essas criaturas nem precisaram evoluir. O lado negativo — ou positivo, sob o ponto de vista das vítimas! — de essas criaturas não terem evoluído é que elas, ao contrário de outras águas-vivas que possuem órgãos para a visão muito desenvolvidos, não têm olhos, sendo equipadas apenas com estruturas rudimentares capazes de detectar a luz. Além disso, as juba-de-leão, em vez de possuírem cérebro, contam com uma estrutura nervosa que essencialmente controla todos seus processos vitais.


Vida debaixo da água Você deve estar se perguntando como é que essas criaturas praticamente cegas e “desmioladas” fazem para se reproduzir. Os machos liberam uma espécie de filamento composto por espermatozoides que são capturados pela “boca-ânus” das fêmeas. Então ocorre a fertilização e, depois, larvinhas são liberadas e vão vagando sozinhas até chegarem ao fundo do mar. Lá as larvas se transformam em pequenos tubos chamados de pólipos, e quando as condições são ideais, elas começam a produzir centenas e centenas de clones delas mesmas. Pois graças ao aquecimento global, essas criaturas estão se reproduzindo muito mais e se desenvolvendo mais rapidamente do que o normal.

Pág. 08 Segundo cientistas da CSIRO — organização governamental para pesquisas científicas na Austrália —, embora a poluição, a pesca desenfreada, o aquecimento global e o resultante desequilíbrio ambiental sejam uma praga para muitas espécies marinhas, tudo isso é uma verdadeira bênção para as águas-vivas. E isso não é nada bom para os humanos. Os pesquisadores explicaram que ainda não existem muitos dados sobre a explosão na população de águas-vivas. Contudo, eles já conhecem algumas consequências: além de mais acidentes com banhistas, mais usinas nucleares poderão ser atacadas e obstruídas e algumas espécies de peixes poderão desaparecer depois que as juba-de-leão devorarem todos seus ovinhos. E sabe o que é o pior disso tudo? No fim das contas, a culpa é dos próprios humanos.

Ciclo de Reprodução da água-viva Juba de Leão


Adriano Cavalcante Igor Tael Chiesorin Lucas Ulbrich Gomes Wolnei Assunção Cordeiro


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