Energia CEEE ed. 17

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ENERGIA

Informativo Interno do Grupo CEEE | Ano 3 | 17ª edição | Março e abril de 2012

CEEE

UMA VITÓRIA HISTÓRICA Saiba como foi a negociação para que a CEEE recebesse os recursos da CRC

Dia Internacional da Mulher Página 08

Cuidados com a ergonomia Página 10

Resolução 367: qual o seu papel Página 16

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Editorial O retorno recebido, mesmo que informalmente, desde o começo da entrega da revista Energia CEEE de janeiro e fevereiro deixou ainda mais motivada toda a equipe da Comunicação Social. A atual edição, que estava com a pauta em fase de finalização, foi modificada a partir de uma notícia que não merecia outro destaque que não a capa! Inicialmente, tínhamos preparado uma matéria sobre as diferentes gerações que formam a Companhia, mas você está recebendo a edição de março e abril com todos os detalhes dos caminhos percorridos, dos personagens e da importância da liberação da CRC para os cofres do Grupo CEEE. Essa mudança só foi possível porque a revista está sendo feita internamente, por pessoas que sentem na pele, tanto

quanto cada um de vocês, o que é importante para a Empresa. Assim, aproveite bastante a leitura e leve para casa este material, que pode ajudar você e sua família a entender o que significa o fim deste impasse que durou quase 20 anos entre a CEEE e o Governo Federal. As diferenças entre as gerações do Grupo CEEE ficam para a próxima edição, de maio e junho, quando o Minha CEEE será um bate-papo entre representantes “X e Y”. Na atual revista, você confere a CEEE do meteorologista Rogério de Lima Saldanha, numa referência ao Dia Meteorológico Internacional, comemorado em 23 de março. Esperamos que vocês gostem e sigam contribuindo para nos mostrar o caminho de um bom conteúdo para a nossa revista.

Nesta edição:

04 CRC

De bicicleta Eles deixam o carro em casa

Anúncio foi esperado por quase 20 anos

03

Minha CEEE

07

Dores da Colômbia

08

Mulher

Vai chover, né, pai?

CCCEV faz 10 anos

Seu trabalho, sua moda

D iretoria

colegiada do

10

Ergonomia

12

Em foco

14

O Poste

G rupo CEEE

Diretor-presidente: Sergio Souza Dias Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado: Gerson Carrion Diretor de Distribuição: Rubem Cima Diretor de Transmissão: Gilberto Silva da Silveira Diretor de Geração: Ronaldo Vieira Diretor de Planejamento e Projetos Especiais: Luiz Antonio Tirello Diretor Administrativo: Halikan Daniel Dias

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Dicas para sua saúde

70 anos em imagens

Prazer em conhecê-lo

16

Resolução 367

18

Imposto de renda

19

Chocolate

21

O papel de todos nós

Acerte-se com o leão

Mitos e verdades

R evista E nergia CEEE Coordenação Editorial: Andreia Fantinel Projeto gráfico e diagramação: CCS Foto da Capa: Guga Marques Coordenadora de Comunicação: Mara Ione Guerra de Medeiros Contatos: E-mail: comunicacao@ceee.com.br Fone: (51) 3382-4535 Avenida Joaquim Porto Villanova, 201, sala 405 Bairro Jardim Carvalho Porto Alegre/RS Apoio Editorial: Carolina Rota


Relacionamento

Minha CEEE

T

odos os dias, o pequeno Miguel Saldanha, de cinco anos, acorda, por volta de 6h, e olha pro céu. Dependendo do que enxerga, diz: “tem nuvem no céu; vai chover, né, pai?” A resposta nem sempre agrada porque o pai, o meteorologista da CEEE, Rogério de Lima Saldanha, 38 anos, explica a tendência real do tempo. O trabalho que ele faz, no entanto, vai muito além. “Minha função é dar as informações a fim de que as equipes da CEEE estejam preparadas com antecedência para as consequências dos eventos climáticos”. Segundo ele, trata-se de um desafio diário e um dos motivos que mais o faz gostar de trabalhar na CEEE. Os modelos numéricos e imagens de satélite que mostram indícios que levarão à previsão do tempo podem mudar repentinamente. “Essas alterações abruptas nas condições atmosféricas previstas são minhas maiores angústias, mas também trazem minhas grandes satisfações”. A previsão do tempo permite às áreas se organizarem para evitar problemas mais graves. Principalmente quando surgem

na tela do computador os e-mails com o temido assunto: “Aviso meteorológico”. “Já me adaptei aos alertas. Prefiro que estejamos preparados para algo que venha a não ser tão grave quanto o previsto a sermos pegos de surpresa”, pondera. Segundo ele, os colegas que já descobriram o serviço buscam as informações como ferramenta de trabalho para auxiliar na logística da atividade de campo. Um caso marcante foi o de um colega que, em função de uma atividade grande, precisava saber se iria chover no fim de semana. Diante da confirmação, ele se esforçou e conseguiu suspender o serviço, apesar de críticas. “Era um trabalho que tinha prazo, havia muita pressão para ser feito, mas realmente choveu. Ele fez um relatório e mandou pra mim com cópia para todos os interessados, mostrando o quanto a empresa deixou de perder por não ter feito a ação em condições climáticas adversas”, relata. De outro lado, o episódio do furacão Catarina, que atingiu o Litoral Norte em 2004, traz de volta o caso mais traumático por que Rogério passou na Compa-

nhia. “A situação foi extremamente diferenciada de tudo o que já tínhamos visto por aqui. Houve uma mudança de paradigma em termos de meteorologia no RS, pois nem mesmo os modelos permitiram que interpretássemos a intensidade do problema”, lembra. Entre falhas e acertos, a CEEE é uma das poucas empresas de energia que mantém um profissional voltado para essa necessidade específica. E acaba sendo reconhecida externamente por isso. Rogério conta, orgulhoso, que nas últimas eleições presidenciais um colega contou ter ouvido numa rádio um representante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) dando entrevista. “Ele foi questionado sobre eventuais problemas em função da falta de luz decorrente de fortes ventos que ocorreram em diversos pontos do Estado devido à presença de um ciclone extratropical sobre o oceano. E disse que não haveria nenhum problema, pois a CEEE, que tinha um serviço próprio de meteorologia, já o havia prevenido e, por isso, baterias extras já haviam sido destacadas para as regiões que deveriam ser mais afetadas”, relata. Além de levar energia à casa das pessoas, a Empresa contribuiu com o trabalho de suas equipes para garantir o processo democrático. Orgulhoso de sua atividade, Rogério arrisca uma “au-to-previsão”: nos próximos 15 anos, se enxerga prevendo o tempo para as empresas do Grupo. Texto de Andreia Fantinel e fotos de Guga Marques

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Corporativo

Final feliz Depois de 19 anos de disputas jurídicas e muita negociação, União reconhece dívida líquida de R$ 2,3 bi com a CEEE pelas Contas de Resultados a Compensar (CRC)

A trajetória da CRC da CEEE é resultado do trabalho de diversas pessoas de dentro e fora da Empresa em diferentes períodos da Companhia. Na tentativa de juntar informações e documentos para contar um pouco dessa saga, algumas características ficam evidentes e ajudam a explicar o final da história. É inegável que determinação, perseverança e otimismo são importantes nas batalhas e fundamentais para as vitórias, mas, para alcançar o sucesso, é necessário ter como comprovar os fatos. E isso foi feito no caso da CRC da CEEE. Dados e comprovações administrativas, contábeis, financeiras, tarifárias e jurídicas foram reunidos com o objetivo de reverter uma situação injusta e que prejudicava a Empresa. Todos os envolvidos têm clareza, também, que houve momentos de tensão e estresse. Desde 1993, quando houve a decisão da Empresa, considerada por alguns bastante audaciosa, de ingressar na Justiça contra a União, esse assunto manteve-se na pauta por 19 anos, ou 6.940 longos dias. Para se ter uma ideia de tempo e de acontecimentos, nesse período, o Estado teve seis governadores, 11 secretários de Energia (hoje de Infraestrura e Logística) e a CEEE, 16 presidentes. Impossível, computar quantas reuniões foram realizadas ou o número de horas despendidas em viagens aéreas, a maioria no trajeto Porto Alegre-Brasília-Porto Alegre, especialmente em 2011. Nessa história toda, há também algumas coincidências. Uma delas é o fato de uma das pessoas que ocupou a

CRC ano a ano: 1961: Criação da Companhia Estadual de Energia Elétrica, mantendo os direitos dos autárquicos da Comissão Estadual de Energia Elétrica. 1974: Foi instituída a equalização tarifária para o serviço de energia elétrica, com sistema de tarifa única em todo o País. Em função disso, criou-se um regime de remuneração garantida por parte da União, de forma que, mesmo com custos

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Secretaria de Energia, Minas e Comunicações no governo de Alceu Collares ser hoje a presidente da República. Foi ela quem impulsionou o processo judicialmente e, quis o destino, quem anunciou oficialmente sua conclusão, após todas as etapas na Justiça. Outra coincidência dessa história é o fato de um empregado da CEEE envolvido em todo esse processo ocupar a mesma função executiva no início da ação e na data da sua liquidação. Trata-se do diretor Gerson Carrion de Oliveira, diretor Financeiro, em 1993, e diretor Financeiro e de Relações com o Mercado, em 2012, fato destacado pela presidente na solenidade de anúncio do acordo, dia 26 de janeiro, em Porto Alegre (para assistir o evento na íntegra, acesse http://youtu. be/33dL9p69YIE).

Entusiasmo e capacidade de investimento A forma como todo esse processo de negociação aconteceu foi citado positivamente pelo governador Tarso Genro, que considerou esse um acordo federativo exemplar. Ele fez questão de destacar que os valores ajustados serão responsavelmente utilizados, dentro das regras vigentes. O presidente do Grupo CEEE, Sergio Souza Dias, comemorou o final do acordo e disse que o ingresso dos valores dá maior tranquilidade e boas perspectivas para reversão de um quadro financeiro negativo, especialmente na CEEE-D, que tem registrado um déficit mensal de aproximadamente R$ 30 milhões. Dias reforça que, aliado a

variáveis e tarifas iguais, as concessionárias não tivessem remuneração mínima inferior a 10% ou superior a 12% dos seus ativos em serviço. Surge, aí, a Conta de Resultados a Compensar (CRC). A CEEE sempre inseriu em seus custos e serviços (e, por consequência, no cálculo da compensação por parte da União) o encargo decorrente do pagamento da complementação dos aposentados ex-autárquicos para a formação de suas tarifas. 1981: O Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (Dnaee), hoje Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel), passou a não aceitar a inclusão dos custos dos proventos dos aposentados ex-autárquicos na tarifa, entendendo que não eram de natureza salarial, mas, sim, benefícios previdenciários. 1993: A CEEE ingressa com ação contra a União, de forma que esta incluísse no custo de serviço as parcelas pagas como complementação e suplementação de proventos de aposentados ex-autárquicos. A ação foi protocolada na Justiça Federal do RS no dia 1º de fevereiro.


“A justiça foi feita” Com essas palavras, a presidente da República, Dilma Rousseff, finalizou uma pendência jurídica entre a CEEE e o Governo Federal, anunciando o acordo que devolve aos cofres da Empresa R$ 3,02 bilhões. Confira alguns trechos: “Ao longo desses 18 anos foi uma batalha judicial. Na terceira instância o processo foi considerado um processo vitorioso e, portanto, a justiça devia ser feita, e foi feita.” “Eu tenho o convencimento de que é de justiça o que se paga ao estado do Rio Grande do Sul, por conta de um processo em que ele foi perdedor e a CEEE foi perdedora naquela época. Então, nós estamos participando de um momento muito importante, que é este, de se fazer justiça.” “Eu queria dizer que eu sempre tenho muito prazer de vir aqui ao Rio Grande do Sul porque aqui mora a minha família, minha filha e meu neto. Mas hoje eu venho com um motivo muito forte: este momento especial.”

essa nova realidade, é fundamental que todos – direção e empregados – mantenham o foco no planejamento e nos objetivos estratégicos da Companhia, sempre buscando a racionalização dos recursos. O diretor Financeiro, Gerson Carrion, considera esse fato como o mais importante das ações estratégicas de recuperação e fortalecimento efetivo das empresas públicas CEEE-D e CEEE-GT: “É preciso socializar a principal informação do acordo, de que a totalidade dos recursos recebidos obrigatoriamente deverá ser aplicada em investimentos prudentes e regulatórios nas concessões de distribuição, transmissão e geração, ou seja, está vedado a utilização para o

2005: A 1ª Turma do STJ deu ganho de causa à CEEE. A União recorreu. 2006: O Superior Tribunal de Justiça admitiu o reexame do assunto junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). 2007: O recurso extraordinário da União deu entrada no STF em fevereiro. Em março, começou a funcionar na Assembleia Legislativa do RS uma Comissão de Representação Externa para tratar do tema CRC. 2009: O processo transitou em julgado

custeio das operações das Companhias”. Ele destaca, ainda, que o acordo firmado impactará definitivamente no destino das empresas, principalmente em termos de viabilizar a renovação das concessões. O evento, considerado histórico e emblemático nas relações do Estado com a União, foi prestigiado por ministros, deputados federais e estaduais, secretários de estado e presidentes da Assembleia Legislativa, estatais e autarquias. Além do presidente Sérgio Dias e do diretor Financeiro de Relações com o Mercado, Gerson Carrion, a solenidade contou com a presença dos diretores do Grupo CEEE, Luiz Antonio Tirello, de Planejamento e Projetos Especiais; Gilberto Silva da Silveira, de Transmissão; e Ronaldo Vieira, de Geração.

no STF, com ganho de causa para a CEEE, que incorporou o valor da dívida ao seu balanço contábil. A União ainda tentou recursos protelatórios. 2011: Ano de intensas negociações envolvendo representantes da CEEE, do Governo do Estado e instituições do Governo Federal, a fim de acertar todos os detalhes para o fechamento do acordo. 2012: Anúncio do final do processo judicial que resulta no pagamento dos débitos pela União à CEEE em 26 de janeiro.

Em 06 de fevereiro, o acordo entre a CEEE e a União, homologado na Vara Federal Ambiental, Agrária e Residual de Porto Alegre, foi publicado no Diário Oficial da União. Em 09 de fevereiro, a União emite o 1º lote de títulos que corresponde ao valor de R$ 1.370.322.271,35. Desse total, R$ 602.065.912,26 deverão ser usados, em até 60 dias, para pagar multas regulatórias à Aneel e dívidas junto à Eletrobras. O restante será usado em investimentos na infraestrutura energética do RS, conforme a Lei 8631/93 e o Termo de Acordo.

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Cultura & Entretenimento

Corporativo

Conheça os valores do acordo em detalhes Compensação (dívidas tributárias e financiamentos garantidos pela União) R$ 116.426.120,56 Tranche 3 CEEE-GT (17/12/13) R$ 357.125.833,75 Lei 8.631/93 (redução de 25%) R$ 1.007.753.703,36

Tranche 3 CEEE-D (17/12/13) R$ 411.130.525,33

Tranche 2 CEEE-GT (18/12/12) R$ 357.125.833,75

Tranche 1 CEEE-D (16/02/12) R$ 411.130.525,33

Tranche 2 CEEE-D (18/12/12) R$ 411.130.525,33

Tranche 1 CEEE-GT Valores a liquidar após a securitização R$ 82.253.780,87

Tranche 1 CEEE-GT (16/02/12) R$ 357.125.833,76

Tranche 1 CEEE-D Valores a liquidar após a securitização R$ 519.812.131,39

* Tranche é uma palavra francesa, usada na área da economia, que significa “desdobramento em parcelas, lotes ou partes, em determinada operação”, de acordo com o Dicionário Houaiss. ** Os “Valores a liquidar após a securitização” referem-se a multas regulatórias e dívida com Eletrobras

Outros detalhes do processo Os ex-autárquicos A Lei Estadual 4.136/61, que criou a Companhia Estadual de Energia Elétrica, estipulou que os servidores autárquicos da extinta Comissão Estadual de Energia Elétrica passariam a ser empregados da CEEE, sendo respeitados seus direitos e vantagens, entre eles o de receberem na inatividade o mesmo valor pago aos servidores da ativa, cabendo à CEEE complementar o valor da aposentadoria. A decisão do STJ A sentença do Superior Tribunal de Justiça transitou em julgado em 2009. O dispositivo do acórdão tem o seguinte teor: “Impõe-se, assim, o acolhimento do pedido, reconhecendo-se à autoria do direito de lançar como custo do serviço, nos exercícios de 1981 a1993, para fins de ajustes na Conta de Resultados a Compensar (CRC) e na Reserva Nacional de Compensação de Remuneração (Rencor), os valores relativos à complementação e suplementação de aposentadorias de seus empregados ex-autárquicos, valores que serão corrigidos monetariamente, a partir das respectivas competências, pelos índices aplicáveis à correção dos débitos judiciais e acrescidos de juros moratórios de 6% ao ano, a partir da citação. Pelas razões expostas, dou provimento ao recurso especial, para julgar procedente o pedido nos termos acima explicitados, invertidos os ônus sucumbenciais”.

O presidente Sergio Souza Dias assinou o Acordo em nome do Grupo CEEE. Na foto, à esquerda, o governador Tarso Genro; e à direita, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Adams.

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A liquidação Depois de avançar por todas as instâncias judiciais, em 2006, a CEEE ingressou na Justiça Federal de Porto Alegre com ação de liquidação provisória de sentença, com o objetivo de quantificar os valores referidos na decisão do Superior Tribunal de Justiça, que se tornou definitiva em 2009, com o trânsito em julgado da ação principal, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. Texto de Mara Medeiros e fotos de Cristiane Bicocchi/Palácio Piratini


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CCCEV: 10 anos P

ara marcar o início das comemorações referentes ao 10º aniversário do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), a ser comemorado em dezembro deste ano, o Grupo CEEE trouxe à Porto Alegre a exposição Dores da Colômbia, do pintor colombiano Fernando Botero. A exposição teve 67 obras (25 pinturas, 36 desenhos e seis aquarelas), que denunciam a violência sofrida pelo povo colombiano nas últimas décadas, com a ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. Essa realidade inspirou Botero a criar as composições utilizando cores vibrantes, próprias de seu estilo, como forma de repúdio à violência estabelecida na Colômbia. O conjunto de obras foi doado por Botero ao Museu Nacional da Colômbia, em Bogotá. A coordenadora do CCCEV, Regina Ungaretti, revela que a proposta é realizar em 2012 uma programação especial. Botero deu início a este projeto, na condição de artista de

renome internacional, considerado atualmente o maior pintor vivo da América Latina, com obras expostas em várias partes do mundo. Com curadoria do Museu Nacional da Colômbia, a mostra já esteve em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Após o período de exibição em Porto Alegre, os mineiros recebem as obras do artista colombiano. A solenidade de abertura ocorreu no dia 20 de janeiro, com a presença da represente do Ministério da Cultura na região Sul, Margarete Moraes, do secretário da Cultura do RS, Luiz Antônio de Assis Brasil, do presidente do Grupo CEEE, Sérgio Souza Dias, da adida cultural da Colômbia, em Brasília, Maria Cecília Rincón, da coordenadora do CCCEV, Regina Ungaretti, diretores da CEEE, outras autoridades, empregados, jornalistas e convidados. A exposição foi encerrada em 08 de março. Texto de Paulo Camargo e foto reprodução

Quem é Fernando Pintor e escultor, nascido em Medellin, no ano de 1932. É um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Dentre as suas obras mais conhecidas estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan Van Eyck e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática. Esse padrão estético é a marca registrada do artista que através de sua arte, tornou-se o embaixador cultural da Colômbia pelo mundo. Botero é um dos artistas renomados latino-americanos ainda vivo e, atualmente, reside na França.

Sarau com poemas da Colômbia Como parte da programação envolvendo a exposição do artista colombiano, no dia 25 de janeiro, os poetas gaúchos Renato de Mattos Motta e Daniela Damaris recitaram diversos poemas de diferentes autores da Colômbia, com destaque à obra de Jaime Jaramillo Escobar. O assunto fez parte do projeto Quarta Tem Sarau no Quarto, evento que reúne poetas e admiradores de poesia.

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Beto Rodrigues

Agora é que são elas!

E

xaustiva e desafiadora, a rotina das mulheres na atualidade não é fácil e é preciso equilíbrio para conciliar os serviços de dupla jornada, em casa e no trabalho. Além disso, apesar de já atingirem cargos antes restritos aos homens, como alto comando gerencial ou funções extremamente técnicas, na maioria dos casos elas ainda batalham por igualdade salarial e de tratamento. A psicóloga Sandra Loureiro, especialista em Orientação Profissional e professora do curso de Administração da PUC-SP, conta que as mulheres têm muitas frustrações. “Elas reclamam dos salários menores (e isto é fato, pois recebem cerca de 20% a 40% a menos do que os homens), de terem que se esforçar mais para mostrar o seu valor e de abrir mão de seu crescimento em

função do cônjuge e do assédio sexual praticado por superiores. A mulher profissional é sobrecarregada, pois ainda não há, em geral, uma divisão igualitária das tarefas domésticas”, declara. A psicóloga frisa, no entanto, que, na Era do Conhecimento, as empresas inteligentes valorizam atributos profissionais como ética, educação e postura, independente do sexo. No Grupo CEEE, do total de 4.565 funcionários, 21% são mulheres, e elas provam que, apesar das dificuldades, é possível conciliar carreira e família e ainda assumir funções anteriormente vistas como exclusivamente masculinas. A engenheira eletricista Helena Beatriz Toribio Leão até fevereiro do ano passado chefiou a Divisão de Medição e Proteção da Receita. Ela exemplifica a crescente presença das mulheres nos altos cargos das empresas e em profissões da área tecnológica,

como no ramo das engenharias. Para Helena, é possível conciliar as particularidades femininas. “Não acredito que hoje a mulher seja mais cobrada a atingir a perfeição, mas sim que se adaptou. A mulher que não deseja abrir mão nem do trabalho e nem da maternidade busca o melhor desempenho possível”, enfatiza. Uma das 16 eletricistas em um universo de 899 homens, Ângela Pinto é a prova de que hoje as mulheres atuam em praticamente todas as áreas e níveis hierárquicos. Ângela está entre os funcionários que, quando há falta de energia, saem às ruas e sobem em Guga Marques postes a fim de restabelecê-la. “As pessoas sempre se surpreendem e consideram corajosa uma mulher que sobe em postes. Quando fiz o curso no Cetaf era a única da turma e achei que sofreria algum tipo de discriminação, mas meus colegas sempre me ajudaram muito”, elogia.

AGRADECIMENTOS: Sandra Loureiro (especialista em orientação profissional) e Daniela Arruda (consultora de moda)

Texto de Carla Damasceno Ferreira e Carolinha Dahlem

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Vaidade e comportamento Outra evolução feminina está relacionada à postura, pois hoje, para obter respeito, não é necessário abandonar a feminilidade e adotar uma atitude masculina. “As precursoras competiam diretamente com os homens e a referência de poder era masculina, mas atualmente aprenderam a assumir suas qualidades e a criar as próprias referências”, compara Sandra. A psicóloga recomenda, entretanto, o critério da discrição na escolha de um traje para o trabalho e no trato com colegas. Tanto homens quanto mulheres devem vestir-se de maneira adequada à sua função e suas atividades diárias. Além de uma boa imagem pessoal, essa adequação mostra seriedade e evita apontamentos negativos, desviando os olhares das possíveis qualidades do profissional e criando um estereótipo devido à sua apresentação incorreta. A consultora de moda Daniela Arruda dá algumas dicas. “Antes de mais nada, é importante destacar que estar bem vestida é estar vestida de forma adequada para o local e a ocasião. No caso do trabalho, um dos maiores erros é confundir o local de trabalho com a praia, balada ou academia. Ou seja, usar roupas muito esportivas tipo calça de moletom; decotes e fendas exuberantes, transparências ou lingerie aparecendo, barriga de fora, saias muito curtas, sandálias peladas, chinelos, saltos altíssimos, de tirinhas subindo pela perna e bijuterias em excesso ou barulhentas”. Para mulheres que trabalham em ambientes informais, ou seja, sem um código de vestimenta mais rígido (ex: uniforme ou exigência de determinado tipo de roupa, como terninho), como é o caso da maioria dos setores da CEEE, Daniela ensina que é preciso, em primeiro lugar, usar o bom senso sempre. “Uso de roupas confortáveis, nada de muito apertadas, decotes que precisam ser arrumados o tempo todo, alça de sutiã aparecendo. Shorts nem pensar. Chinelo, mesmo em locais informais remetem à praia. Maquiagem em excesso não combina. Salto altíssimo além de não ser confortável, na maioria das vezes é deselegante, pois ninguém consegue passar o dia em cima de um e fazer de conta que está tudo bem.” Ela ainda salienta que ao se arrumar para trabalhar, as mulheres devem lembrar sempre de “que se trata de um compromisso profissional, onde o que está em jogo e tem que aparecer é o seu trabalho, sua capacidade intelectual e não o seu corpo. Isso ajuda e muito. Quanto menos atenção você chamar para roupa, mais chance do seu trabalho e seu talento aparecerem”, conclui.

Moda para o trabalho

• • • •

• Em geral, o que você usa na praia, na balada, na academia e em casa não é apropriado para ir trabalhar. • Usar ombros de fora depende muito do local de trabalho, mas alça do sutiã aparecendo não é nada elegante. “Se está de regata pode usar um colete para não ficar com os ombros tão de fora”, sugere. Melhor não usar roupas que fazem com que você fique se ajeitando o tempo inteiro. No verão, se você não conseguir evitar a rasteirinha, ao menos opte pelos modelos que possuem tiras no tornozelo, assim impede que você arraste os pés ao caminhar. Vale investir em uma calça jeans boa por causa do caimento. Modelos bem tradicionais, sem bordados nem bolsos extras, são uma opção mais elegante. Se for usar tênis, não use o mesmo que você vai para a academia.

FONTE: http://moda-e-beleza.hagah.com.br/especial/rs/variedades-rs/19,986,3281990,Saiba-como-sevestir-de-forma-elegante-para-o-trabalho.html.

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Cultura & Entretenimento

Segurança

C

omumente associada à postura correta em escritórios, a ergonomia é mais do que o aspecto físico no ambiente de trabalho. Abrange áreas como Engenharia, Medicina, Educação Física e Psicologia e envolve estudos sobre mobiliário, trabalho físico repetitivo e pesado, temperatura, iluminação e acústica. Também trata da qualidade de vida do trabalhador, prevenção de acidentes e análise do movimento e da carga sobre o corpo humano. Tudo para buscar o conforto, a segurança e a eficiência na execução das tarefas e o atendimento às necessidades e limitações das pessoas. De acordo com a Divisão de Segurança e Saúde Ocupacional (DSSO) da CEEE, por suas peculiaridades, as atividades dos colegas eletricistas são objeto de melhorias constantes nos processos e ferramentas utilizados, bem como nos equipamentos de proteção, para proporcionar conforto e produtividade com segurança. Ambientes como o call center também são regrados por normas específicas, que estabelecem parâmetros mínimos às atividades de teleatendimento e telemarketing. Para não prejudicar a saúde e prevenir sobrecarga psíquica e muscular, as empresas têm de permitir pequenas pausas durante a jornada desses trabalhadores, que cumprem tarefas mais estressantes. Mestre em Engenharia pela Ufrgs, a colega Sandra Mendes Couto, da Divisão de Expansão da Transmissão, explica que a ergonomia engloba processos

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que fogem ao controle do trabalhador, mas que podem ocasionar danos à saúde. “A saúde ocupacional possui ligações estreitas com o estilo de vida do empregado. Muitas vezes as atividades profissionais, que chegam a ocupar até 40% do dia, podem gerar situação de estresse negativo, um dos principais causadores de outros sintomas de doenças ocupacionais, desde Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (Dort) até transtornos mentais e do comportamento”, revela Sandra. Ela foi palestrante no Congresso Internacional de Ergonomia, realizado em Maastricht (Holanda), com o artigo “Ergonomia Relacionada a Trabalho em Turnos”. Doutora em Ciências do Movimento Humano pela Ufrgs, Cláudia Tarragô Candotti acrescenta que a ergonomia, por ser uma área recente de investigação científica e de aplicação em empresas, ainda não é bem compreendida. “A ergonomia pode ser definida como uma área multidisciplinar, que, baseada em conhecimentos de anatomia, fisiologia, biomecânica, antropometria, psicologia, engenharia, informática e administração, procura a adaptação do trabalho ao ser humano”, define a professora das faculdades de Educação Física e Fisioterapia da Ufrgs. Texto de Carla Damasceno Ferreira e fotos Guga Marques


Saúde e Segurança

e conforto no trabalho Dicas Saiba como você pode contribuir para evitar sobrecargas e obter um desempenho eficiente tanto no escritório quanto em atividades que exijam posicionamentos repetitivos e realizados por longos períodos de tempo:

* Tenha atividades fora do ambiente profissional, como encontrar amigos, curtir a família, passear, visitar lugares diferentes, nadar, caminhar, etc. Nesses momentos, não reviva experiências de trabalho; * Alimente-se de forma consciente e equilibrada, o que o ajudará a ter hábitos mais saudáveis. Estar com o sono em dia é imprescindível; * Participe das aulas de ginástica laboral na CEEE. Elas ajudam a evitar problemas musculares e doenças como Lesão por Esforço Repetitivo (Ler); * Durante a jornada de trabalho, levante-se e caminhe um pouco, sempre que possível; procure olhar pela janela em direção ao horizonte. A ideia é aproveitar as situações em que é necessário encaminhar algum documento, buscar água, discutir algum assunto de trabalho com outro colega, etc, para fazer esta breve movimentação; * Ao pegar um objeto do solo, cuide para não erguer cargas muito pesadas e flexione os joelhos simultaneamente ao movimento feito para erguer o objeto, sempre o mantendo próximo ao corpo; * Caixas devem ser transportadas próximas ao corpo. No caso de sacolas ou semelhantes, o peso deve ser

distribuído uniformemente entre as mãos; * A postura no posto de trabalho também deve ser constantemente observada e corrigida: costas eretas apoiadas no encosto da cadeira; braços descansados sobre a mesa (os cotovelos devem estar na mesma altura do tampo da mesa); pés em contato com uma superfície regular (de preferência levemente inclinada), o assento da cadeira deve estar na mesma altura dos joelhos (em conjunto com a altura do tampo da mesa) e o centro da tela do vídeo no mesmo nível dos olhos.

Ergonomia na história O tema adquiriu importância a partir da Revolução Industrial, devido ao grande número de lesões causadas pelo trabalho excessivo e repetição de movimentos, responsáveis por ausências e buscas por atendimento médico especializado. A professora Cláudia Tarragô Candotti explica que o prejuízo das empresas as levou a procurar alternativas que diminuíssem o absenteísmo. “Desde 1960 é crescente a preocupação das corporações em valorizar o trabalhador a partir da aplicação de conhecimentos de ergonomia. No Brasil, a evolução desta disciplina foi motivada pela pressão exercida por órgãos fiscalizadores, como sindicatos e Ministério Público, que reivindicam melhores condições”, explica. A CEEE obedece a legislação vigente específica e, além de ser aplicada nos escritórios, a ergonomia integra o conteúdo dos cursos de formação dos atendentes comerciais, teleatendentes e dos que trabalham nos almoxarifados.

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CEEE

em foco

Nesta edição, em preparação aos 70 anos da CEEE, que serão comemorados em 2013, vamos mostrar algumas fotos do arquivo da Comunicação Social que contam a nossa história.

Instalação de poste em Porto Alegre na década de 1930.

Veículo na Usina do Gasômetro, nos anos 30

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UHE Bugres em 1958.

torres de transmissĂŁo no

Interior do RS, nos anos 70.

Primeiros veĂ­culos para atendimento aos clientes

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Cultura & Entretenimento

Corporativo

Os suportes da energia T

odas as vezes que saímos de casa, ao chegar à calçada e olhar para a frente, nos deparamos com postes acompanhados de suas redes, que além de elétricas, podem ser de telefonia, iluminação pública, TVs por assinatura, etc. Algumas vezes, eles podem até parecer imperceptíveis em função das árvores, porém estão lá, transportando e sustentando a matéria-prima para proporcionar a prestação do serviço de distribuição de energia elétrica e o conforto que ela representa. Produzidos em madeira ou concreto e usados no contorno de ruas e avenidas, os postes têm a função básica de sustentar os condutores da rede e demais equipamentos, prevenindo curto-circuitos nos fios. Na forma mais comum, são denominados postes (quando são elementos únicos) ou então estruturas (quando têm equipamentos necessários para o transporte de mais energia ou maior distância). Em 1958, a CEEE iniciou um processo de plantio de árvores para a produção de postes, com a construção da Usina de Barreto, em Triunfo. Em 1960, começou a ser realizado o tratamento desses materiais. Inicialmente, as cruzetas eram compradas em serrarias da região e tratadas em Barreto, porém em meados dessa década foi construída uma serraria na usina de preservação de Madeira Carola, em Charque-

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adas, que começou com a produção de 50% das cruzetas. O restante era comprado no mercado externo. Segundo a chefe da Divisão de Operações Florestais e Ambientais, Lenira Caliendo Saul, até 2008, 100% da necessidade de postes de madeira era atendida pela Companhia; após esse ano, foi necessário ajustar internamente usinas de Tratamento de Postes. Além disto houve aumento significativo da demanda, em função do Programa Luz para Todos, e, desde então, o Grupo CEEE vem comprando postes no mercado externo sempre que há necessidade. Lenira ressalta que a produção de cruzetas e de postes com mais de 13 metros atende a demanda da Empresa. Ela explica que as mudas de eucaliptos plantadas estão cada vez mais apuradas, fazendo com que a Empresa seja uma das únicas do País a produzir postes com qualidade de produção capaz de aumentar a vida útil do equipamento. Para Sérgio Sodré, chefe da Divisão de Operação, muitas são as teorias e opiniões em relação aos postes, como por exemplo a de que os de madeira devem ser trocados pelos de concreto em função da durabilidade. Ele pondera que os de madeira têm vida média de 20 anos e os de concreto, aproximadamente 50 anos, tornando a segunda opção mais barata para a Empresa. Os postes de concreto somam cerca de 11% do total de 746 mil postes que a

CEEE Distribuição tem atualmente. Sodré adverte que, entre as causas dos problemas que a Empresa enfrenta com os postes estão, especialmente, as colisões de veículos (uma média de três por dia somente em Porto Alegre) e o vandalismo (como fogo em lixões ou casos de maldade, puramente para causar o estrago). Em algumas destas circunstâncias, os técnicos precisam colocar uma escora ao lado do poste, conhecida como “pé-de-amigo”. Trata-se de uma espécie de tala, usada para reduzir os desligamentos. Uma presença estranha ao poste que muitos acreditam ser prejudicial é a de casas de joão-de-barro. Sodré, no entanto, afirma que, em regra geral, elas não interfiram na rede. Há casos, porém, de quatro a cinco casas construídas pelos joões-de-barro em postes; isso, sim, prejudica, uma vez que o ninho pode ficar muito encostado no isolador e fechar curto-circuito. Na Capital, a CEEE conta com três caminhões próprios e quatro contratados para trocas dos postes quebrados ou que já tiveram sua vida útil encerrada. Nos casos de colisões, existe um procedimento posterior de cobrança do valor do poste junto a quem provocou o acidente.

Texto de Ana Rita de Oliveira e fotos de Guga Marques


O poste e seus componentes ALIMENTADOR: Rede de alta tensão que sai das subestações e leva a energia até os transformadores. É composta por três fios dispostos horizontalmente.

ISOLADORES: Servem para isolar os cabos e manter a confiabilidade do sistema. Podem ser de diversos tipos e têm as mais variadas aplicações. Estão associados aos níveis de segurança, podendo influenciar diretamente os índices DEC (Duração da Interrupção Equivalente, em horas) e FEC (Frequên-cia Equivalente de Interrupção). São confeccionados em porcelana ou epoxi, materiais caracterizados pela ausência de porosidade.

CHAVE-FUSÍVEL: É utilizada para proteção de equipamentos que alimentam os transformadores das redes de distribuição de energia elétrica. É operada por vara de manobra.

REDE DE BAIXA TENSÃO: Leva a energia dos transformadores até as conexões dos consumidores finais. Seus fios (o número depende se a rede é monofásica, bifásica ou trifásica) são dispostos verticalmente.

POSTE: pode ser de concreto ou madeira e tem alturas entre nove e 14 metros.

PARA-RAIOS: equipamento que escoa a descarga atmosférica para a terra.

CRUZETA: Peça de madeira ou aço atravessada na parte superior do poste. Acessório utilizado para nivelar e separar os fios. Serve de suporte para os isoladores e para-raios

TRANSFORMADOR: recebe a energia da rede de alta tensão vinda da subestação e rebaixa para permitir a distribuição na tensão necessária para o atendimento aos clientes. Ele deve estar adequado para a carga que vai atender. Por isso, é importante que, ao pedir uma ligação de energia, sejam informados exatamente quais equipamentos serão instalados na unidade consumidora.

REGULADOR DE TENSÃO: tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de um circuito elétrico. A diferença entre ele e o transformador é que o regulador é incapaz de agir compensando quedas de tensão ou corrente em sua entrada para entrega com tensão adequada, ao contrário do segundo.

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Corporativo

367: Afinal, o que você tem a ver T

real das empresas do Grupo CEEE é formado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações com expressão econômica, como computadores, prédios, mesas, cadeiras, etc. São bens administrativos e de apoio geral da Companhia. A Resolução 367, emitida em 2009 pela Aneel, define um manual que padroniza procedimentos de controle patrimonial a serem seguidos pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas, para acompanhamento e avaliação dos bens utilizados na concessão. O Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE) – sim, mais uma sigla para decorarmos! – orienta que o controle de patrimônio obedeça a uma estrutura de códigos para cadastro de bens e instalações que seja padrão para todas as empresas do setor elétrico. Dessa forma, cada item (como um isolador, por exemplo) recebe uma codificação que é definida pela Aneel e pelas empresas. Beto Rodrigues

odos nós, que trabalhamos no setor elétrico, devemos saber que existe uma série de normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que regem as ações das empresas concessionárias de Distribuição, Transmissão e Geração de energia. Entre essas resoluções, uma em especial tem feito parte do dia-a-dia de grande quantidade de colegas do Grupo CEEE: a tão citada 367. Mas afinal, o que ela representa para o futuro das nossas empresas e o que o nosso trabalho tem a ver com ela? O primeiro passo para responder a essas questões e começar a entender um pouco mais do assunto é compreender a diferença entre patrimônio da concessão e patrimônio do Grupo CEEE. “Os bens como usinas, subestações, linhas de transmissão, redes de distribuição, fios, postes, transformadores, chaves, e tantos outros utilizados pelas concessionárias para que elas realizem suas atividades, na verdade, pertencem à União e estão sob a responsabilidade das empresas pelo período definido nos contratos de concessão”, explica o coordenador do projeto da 367 na CEEE, Marco Adiles Garcia. Sendo assim, o patrimônio

Larissa Limeira

Desenvolvido pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia da Informação, o Codist é uma ferramenta que serve para controlar obras diárias como instalação e substituição de transformadores e capacitores. Esse software substituiu o Sistema de Controle de Obras (SCO), permitindo o acompanhamento da execução de projetos de rede em todas as etapas, incluindo os controles orçamentário e de fechamento, de apuração dos custos, de materiais e mão-de-obra. Assim como o Codist na área da Distribuição, o Sigom na Geração e na Transmissão ajuda a cumprir a 367, através da disponibilização de dados das obras concluídas no Sistema de Controle de Patrimônio (Sispat), desenvolvido pela CTI com apoio da Divisão Contábil.

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Guga Marques

Tecnologia é prata da casa


er com isso? O projeto na empresa Um dos projetos mais importantes para alcançar a meta renovação/ prorrogação das concessões, a 367 está inserida nas ações do Planejamento Estratégico do Grupo CEEE. Para cumprir essa norma, as empresas do Grupo CEEE constituíram um grupo de trabalho multidisciplinar para realizar o inventário dos bens da concessão e sua codificação conforme descrito no MCPSE. O grupo, focado especialmente no andamento do projeto dentro da Empresa, recebeu o nome de “Patrimônio CEEE” e teve uma campanha de comunicação interna desenvolvida com personagens para ilustrar as peças de divulgação. A coordenação geral do projeto é da Diretoria Financeira e existem coordenadores específicos em cada área (Geração, Distribuição e Transmissão). Além disso, integram o grupo colegas das áreas Contábil, Auditoria Interna, Tecnologia da Informação e Comunicação Social. Em reuniões semanais, os colegas acompanham e avaliam as ações orientadas pela Deloitte, que é a consultoria contratada para

o inventário dos bens e produção do primeiro Relatório de Controle Patrimonial (RCP) – anote mais essa sigla –, a ser enviado à Aneel até o dia 31 de março. A importância de manter o cadastro atualizado depois do trabalho inicial, com apoio da consultoria, é que tudo o que foi inventariado nessa etapa permaneça atualizado. O cadastramento dos bens deve ser concluído simultaneamente à transferência do Imobilizado em Curso para o Imobilizado em Serviço. Na prática, cada material utilizado nas redes, usinas ou estruturas, recebeu, durante 2011, um código e cada vez que for substituído deverá ser indicado no sistema de controle patrimonial. Na Geração isso não acontece com tanta frequência, mas na Distribuição, onde pequenas obras são realizadas todos os dias, como substituição de cabos ou equipamentos avariados, é importante que o trabalho de controle patrimonial fique sempre atualizado.

Confira as principais siglas do manual de controle patrimonial MCPSE - Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico

RCP - Relatório de Controle Patrimonial

ODI - Ordem de Imobilização

ICAD - Instruções de Cadastro Patrimonial

TI - Tipo de Instalação

ODA - Ordem de alienação

CM - Centro Modular

ODD - Ordem de desativação

TUC - Tipo de Unidade de Cadastro

ODC – Ordem de compra

UC - Unidade de cadastro UAR - Unidade de Adição e Retirada

ODP – Ordem de despesa pré-operacional

A1- Atributo Tipo de Bem

ODS – Ordem de serviço

A2, A3, A4, A5 e A6-Atributos com características técnicas

COM - Componente Menor

IdUC - individualizador da UC – código que individualiza o bem AIS - Ativo Imobilizado em Serviço (refere-se aos bens e instalações que estão em operação na prestação do serviço público de energia elétrica)

RD - Instalação de Subestação em nível de tensão de distribuição CA – Custos Adicionais DIT - Instalação de Subestação pertencente às demais instalações de transmissão e/ou a instalações de transmissão de interesse restrito.

RBSE - Instalação de Subestação pertencente à Rede Básica – sistema existente RBNI - Instalação de Subestação pertencente à Rede Básica – novas instalações SISPAT – Sistema de Controle Patrimonial SCO – Sistema de Controle de Obras CODIST – Sistema que realiza o Controle de Obras da Distribuição GMAM – Sistema de Gerenciamento de Manutenção de Subestações GMALT – Sistema de Gerenciamento de Manutenção de Linhas de Transmissão SIGOM – Sistema Integrado de Gestão da Operação e Manutenção SGD – Sistema de Georreferenciamento da Distribuição

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Desenvolvimento pessoal

De olho no Leão A

té o dia 30 de abril, os contribuintes brasileiros precisam acertar as contas com a Receita Federal. O processo tem ficado mais simples ao longo dos anos, mas nem sempre as pessoas entendem de que forma se chega ao valor a pagar ou a restituir. Segundo o economista especialista em tributos e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Eugênio Lagemann, isso acontece porque, no Brasil, a tributação é feita de forma progressiva aos salários recebidos. “Quem ganha mais paga um percentual maior. Não é que o valor seja maior proporcionalmente ao salário, mas é mais alto para os salários maiores”, esclarece. Iolanda Zanoni Barcelos de Farias e Rita de Cássia Paulin Cordeiro, contadoras do Departamento de Contabilidade Tributária da Divisão Contábil do Grupo CEEE, lembram que é em cima dos valores estabelecidos nas tabelas existentes no site da Receita Federal que o imposto – para quem paga – é calculado: sobre o que extrapola cada uma das faixas. Por exemplo, para quem recebe R$ 3 mil por mês, o imposto calculado da seguinte forma: R$ 3.000,00 – Rendimento Bruto Mensal x 12 – Número de meses a considerar no ano R$ 36.000,00 – Rendimento Bruto Anual x 15% – Alíquota da tabela, conforme faixa do rendimento R$ 5.400,00 – Valor Bruto do Imposto (R$ 3.523,01) – Dedução da tabela, conforme faixa do rendimento R$ 1.876,99 – Valor do imposto devido Esse exemplo apresenta o rendimento bruto e é meramente exemplificativo. “Não está levando em consideração as deduções legais da base cálculo, tais como INSS, dependentes e entidades de previdência privada; bem como as demais deduções permitidas”, explica Rita. Além disso, todos os

Sugestões de como se

organizar durante o ano Guardar todos os comprovantes de gastos com saúde (do titular e dependentes legais) e previdência complementar (do titular), que são deduzidos integralmente, e educação, que pode ser deduzida até o limite estabelecido pela Receita; Simular o Imposto de Renda que deverá ser pago e, em cima disso, calcular 6% para aplicar em doações a projetos de recuperação de prédios históricos ou a instituições de caridade através programas reconhecidos, como o Funcriança (os valores são deduzidos até o limite de 6% do imposto devido);

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meses há um desconto em cima dos valores de salários recebidos. Com as deduções aceitas em cima de gastos como previdência social, previdência complementar, saúde, educação, entre outros, se chega a essa base de cálculo que será usada pela Receita Federal no programa disponibilizado no site www.receita.fazenda.gov.br, em março. A partir disso, se define se o contribuinte tem valores a pagar ou a restituir. Essa distorção ocorre porque os valores cobrados, nos casos em que o salário do contribuinte não é isento, às vezes ficam um pouco abaixou ou um pouco acima do que deveria ter sido descontado. Segundo o economista Eugênio Lagemann, a diferença, se for restituição, deve ser aplicada, preferencialmente, no pagamento de dívidas. “Os juros com débitos existentes, como cartões de crédito, por exemplo, são baseados na Selic, que é bem mais alta do que qualquer rendimento que se verifica em investimentos como caderneta de poupança”, orienta. Quem precisar pagar imposto deve seguir a mesma lógica do controle de juros: o pagamento à vista isenta da taxa Selic. “Claro que vai depender do fluxo de caixa de cada um, mas, podendo, é melhor pagar à vista”, sugere Iolanda. Nos casos de pessoas com mais de uma renda (mais comum aos profissionais liberais ou que prestem serviços de free-lance), o cuidado é diferente. Os valores extras recebidos também serão tributados e o contribuinte tanto pode pagá-los no ato, por DARF (o chamado carnê-leão, que pode ser encontrado no site da Receita ou em versão impressa nas papelarias), quanto deixar para o ajuste de contas com o leão, em abril. O economista Eugênio Lagemann acredita que o pagamento único no período de declaração é mais vantajoso, “porque, se tu aplicares o valor devido – ainda que na poupança –, terás algum rendimento e o valor do imposto seguirá o mesmo”. Texto de Andreia Fantinel e foto de Guga Marques


Saúde e Segurança

Quanto mais cacau, melhor! R

esponda rápido: qual dos doces ou guloseimas mais consumidas na Páscoa e que mais agrada paladares no mundo inteiro? Ponto para quem pensou logo no chocolate. Não é por acaso que esse alimento, que era oferecido aos deuses pelos povos Astecas, é um dos mais consumidos no mundo inteiro até hoje. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (Abicab), o Brasil produz 497 mil toneladas de cacau por ano, das quais consome 137 mil, sendo um dos maiores produtores do mundo. Quando o assunto é o produto já manufaturado, os EUA são os maiores consumidores, num total que supera as 1,9 milhão de toneladas de chocolate por ano. Mesmo com esse sucesso todo, o chocolate ainda guarda uma certa má fama por estar associado ao aumento de peso. Mas, afinal, o chocolate é vilão ou mocinho para nossa saúde? Para a engenheira de Alimentos, Andrea Bordin Schumacher, que é doutoranda em Engenharia Química e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), um primeiro ponto é bem importante: o chocolate não faz mal à saúde. “É um alimento que tem um percentual de gordura elevado, mas para uma pessoa que tiver uma alimentação

balanceada, na qual a quantidade de calorias ingeridas é proporcional à quantidade de energia gasta, o chocolate é um alimento importante por ser rico em flavonoides, substâncias da classe dos polifenóis, que atuam como antioxidantes e estão presentes em frutas e vegetais”, explica Andrea. Cada tipo de chocolate possui diferentes percentuais de gordura e massa de cacau. De acordo com Andrea, quanto maior a quantidade de líquor de cacau na composição do chocolate, mais ricos eles são em flavonóides e melhores os benefícios para a saúde. “Fazem bem, pensando na quantidade de antioxidantes, os chocolates escuros e amargos, que têm alto percentual da massa de cacau. O chocolate branco não contém, ou possui baixíssima quantidade desses componentes”, completa a estudiosa, que é professora do curso técnico de Panificação e Confeitaria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Para identificar os chocolates que, consumidos moderadamente, podem ser benéficos à saúde, as pessoas devem olhar a composição do produto, que consta no quadro “informações nutricionais” e no campo “ingredientes” nas embalagens. Texto de Larissa Limeira e fotos de Guga Marques

Curiosidade Benditos flavonoides Uma pesquisa realizada pela Universidade de Glasgow, na Escócia, e pelo Instituto de Pesquisa em Alimentos e Nutrição, da Itália constatou que o chocolate amargo, por ter maior concentração de cacau - e consequentemente, de flavonoides - diminui a pressão arterial e evita derrames e infartos, pois esses componentes impedem o depósito de placas gordurosas nas artérias, causadoras de infarto e derrame.

Um lenda Asteca conta que o deus da lua, Quetzalcoalt, roubou uma árvore de cacau da terra dos filhos do sol para presentear seus amigos, os homens. Essa lenda pode ter influenciado o botânico sueco Carlos Linnaeus, que classificou a planta como Theobroma cacao do grego Theo (Deus) e broma (alimento). fonte: Abicab

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De bicicleta para o trabalho Conheça os colegas que deixam o carro na garagem e vão pedalando para o Caenmf

À

s 6h20, Edward Wilson (foto), 34 anos, já está vestido: camiseta, bermuda e tênis. O chaveiro que ele carrega tem apenas as chaves de sua casa. A do carro, ele deixa para trás. Ajusta o capacete, respira fundo e começa o trajeto de pouco mais de oito quilômetros até o prédio F do Caenmf, onde trabalha no Teleatendimento. Ele faz isso desde 2007, quando ingressou na CEEE. Edward tem carro, que só é usado quando ele está cansado ou chove. Pedalando, leva 20 minutos para voltar para casa. Dirigindo, são de 25 a 30. Mas esta é só mais uma razão para optar pela “magrela”: “É econômica, ecológica, saudável e também é uma atividade social, porque se conhece um monte de gente nos grupos de pedalada”, dispara. Entre esses grupos, ele destaca o POA Bikers, Bicicletada, Massa Crítica e o Banribike, de funcionários do Banrisul. O discurso é quase o mesmo para Carlos Calvete, do Departamento de Operação do Sistema, da área de Transmissão. Ele também vem pedalando para a Empresa desde 2007 e só tira o carro da garagem quando chove porque “os motoristas ficam nervosos”. Mas ele gosta de desafios: pratica provas de resistência e, numa delas, foi da Capital à Bagé (370 km) pedalando. É com esse espírito que ele encara a “subidinha” do pórtico até o prédio F do Caenmf. Já Luciana Volkart, 27 anos, usa a bicicleta para aproveitar melhor a brisa. “Ônibus é apertado, cheio de gente, e ainda tem que ficar esperando”, explica ela, que leva 40 minutos nos dois ônibus que precisa para ir de casa até o Caenmf – de bicicleta, o tempo cai pela metade. Como trabalha no teleatendimento, já experimentou pedalar diferentes horários e garante que a faixa das 7h30 às 8h e das 17h às 19h são as piores. “No fim da tarde, todo mundo tá estressado e acelerado. De manhã, as pessoas cuidam mais. Mas a partir das 8h20 é mais tranquilo”, revela. O uso da bicicleta como meio de transporte voltou à pauta com o início das obras da ciclovia da Avenida Ipiranga, na Capital. A pista será construída no canteiro central, sob as linhas de transmissão de energia, e cobrirá toda a extensão da avenida, desde a Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) até a Antônio de Carvalho. As obras foram iniciadas em setembro de 2011 e devem ser concluídas até o fim do ano. Sobre a ciclovia, Edward acredita que é bom para passear, para dar visibilidade aos ciclistas e aumentar a consciência

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Saúde e Segurança

no trânsito. “De repente, ela incentiva mais gente a andar, né?”, projeta. Mas Edward defende que o melhor é a educação: “Dá para conviver, sim. O problema é que não se respeita muito ciclistas e motoqueiros”. A opinião foi construída ao longo de dois anos em que morou na região da Bolonha, na Itália. “Lá, todos se respeitavam”, lembra. Calvete compartilha das ideias do colega. “O ideal é a ciclofaixa, pois bicicleta tem que estar no trânsito”, opina. Ele diz que um impeditivo são as velocidades máximas nas regiões urbanas, que chegam a 60 km/h. “Em Londres, por exemplo, o limite é 40 km/h. Isso dá mais segurança ao ciclista”. Por falar em segurança, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) definiu a bicicleta como “veículo de propulsão humana”, e estabeleceu direitos e deveres para os ciclistas. Segundo o documento, a bicicleta deverá rodar em ciclovias e ciclofaixas ou, na ausência dessas, nas bordas da pista (e, havendo mais de uma, na da direita), no mesmo sentido regulamentado na via. A bicicleta também deve obedecer os limites máximos estabelecidos para os outros veículos e a sinalização constante na via, o que inclui parar nas sinaleiras e faixas de pedestres.

A distância que os motoristas devem guardar das bicicletas é de 1,5 metro, além de reduzir a velocidade ao ultrapassar. Calvete complementa: “O ciclista deve manter uma distância do veículo à frente, Calvete é adepto das provas de resistência e já foi à bagé pedalando. por causa obrigatórios, são fundamentais para da poluição. Você dá uma puxada e se proteger o ciclista”. Para a bicicleta, enche de porcaria!”. Ele afirma, ainda, deve-se usar o espelho retrovisor do que quem conduz a bicicleta não deve lado esquerdo, campainha e refletores se esconder do carro, andando sem(faixas nos pedais, branco na frente e pre em linha reta e a um metro dos vermelho atrás). Já para o condutor, obstáculos, como carros estacionados. recomenda-se o uso de capacete, ócuLuciana dá outra dica: “Cuide sempre los, luvas (desde que não compromeos carros pelo retrovisor. Não espere tam a mobilidade dos dedos e deixem que os motoristas desviem”. a palma da mão livre), tênis fechado e O agente de trânsito Virlei dos Reis, da roupas claras e coloridas (e, se possíEmpresa Pública de Transporte e Cirvel, com faixas reflexivas). culação (EPTC), lembra a importância do uso de equipamentos de proteTexto de Letícia Jardim ção: “Embora alguns deles não sejam e fotos de Guga Marques

Dicas Para quem está começando ou quiser saber mais sobre bicicletas pode visitar o www.escoladebicicleta.com.br. Confira algumas dicas:

• Mantenha as duas mãos no guidão, exceto para fazer sinal indicativo de manobra. • Não faça movimentos bruscos na rua. • Não ande na contramão. Não transite pela calçada. • Utilize sempre os dois freios da bicicleta. • Mantenha-se à direita, perto do meio-fio, em linha reta. • Em descidas fortes, evite deixar a bicicleta correr demais. • Nunca pedale em jejum nem alcoolizado.

Luciana em um dos novos bicicletários do Caenmf, junto ao F

• Diminua a velocidade nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos. • Conserve sua bicicleta em bom estado. • Só olhe para trás quando for realmente necessário. • Esteja atento aos carros estacionados e cuide-se das portas se abrindo. • Procure não pedalar sozinho. • Quando estiver em grupo, pedale sempre em fila única. • Com chuva ou chão escorregadio, diminua a velocidade. • Não use rádios enquanto pedala; eles podem distrair sua atenção. • Respeite o pedestre sempre.

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Cultura & Entretenimento

#FICADICA Bobó de galinha O colega Arnóbio Fan Jardim, do Centro Regional Centro Sul, nas horas vagas, se aventura na cozinha. Responsável pelo cardápio também das confraternizações do Centro, ele elegeu o Bobó de Galinha para compartilhar com os leitores. Ingredientes: 3 kg de coxa e sobre coxa, 3 cebolas, 3 tomates, 1 vidro leite de coco, 1,5 kg de aipim, 1 pimentão vermelho pequeno, 1 pimentão amarelo pequeno, 1 caixa de molho pronto, óleo e tempero a gosto (eu uso o tempero completo Arisco). Preparo: Cozinhe bem o Aipim e ainda quente bata no liquidificador ou processador, acrescentando um pouquinho da própria água ainda quente até que fique um creme. Leve por uma hora ao refrigerador. Pique as cebolas e os tomates; e os pimentões em cubinhos. Em uma panela frite as cebolas, acrescente o tomate e deixe cozinhar com pouca água (quanto mais consistente melhor). Acrescente o molho pronto um pouco antes de desligar o fogo, os pimentões e reserve. Desosse e tire a pele das coxas e sobre coxas, tempere a gosto, frite até ficarem bem cozidas e douradas; Leve novamente ao fogo o molho acrescentando o leite de coco, misture as coxas e sobre coxas e o creme de aipim. Se necessário, acrescente um pouquinho mais de sal. ACOMPANHAMENTO: Arroz Branco e salada verde. RENDIMENTO 8 pessoas.

Envie sua dica de gastronomia, turismo, leituras, filmes ou música para canaldireto@ceee.com.br. Ela pode ser publicada na próxima edição de Energia CEEE.

Um lugar: Cachoeira do Bom Jesus As férias deste ano para a família de Honorato Câmara, operador da Usina de Passo Real, foi numa pequena praia de Santa Catarina, nas proximidades de Canasvieiras. Cachoeira do Bom Jesus também fica perto de outros lugares que ele considerou interessantes, como Ponta das Canas e Lagoinha. “É um lugar de mar calmo, ambiente familiar, com diversas opções de lazer. Nós andamos no Barco Pirata, onde a tripulação te recebe fantasiada, num passeio super divertido”, relata o colega. Honorato foi com a esposa, Andréa, a filha, Regina, 17 anos, e o filho, Guilherme, 7.

Leitura: O Sonho do Celta O romance de Mario Vargas Llosa, O Sonho do Celta, fruto de três anos de intensa pesquisa, é a dica de leitura de Fernando Vieira, da Comunicação Social. “É um livro que mescla romance e história, colocando como pano de fundo a divergência de opiniões e uma série de viagens, que contextualizam a obra”, elogia. O livro conta a história de Roger Casement, diplomata inglês de origem irlandesa, opositor ao colonialismo europeu, num momento em que essa opinião era impopular, porque se acreditava no caminho da civilização e da cristianização do mundo. Em suas viagens, o personagem denuncia as terríveis condições de vida no Congo, a situação dos índios no Brasil, além de relatar suas experiências também no Peru, Colômbia, Irlanda e Inglaterra.

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Filme

O contador de histórias O Contador de Histórias é uma obra que o colega Edson Nunes Gomes, operadora da Subestação Gravataí 2, da Transmissão, não se cansa de ver. Baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, conta a história de como o afeto pode mudar a trajetória de uma vida. O caçula de dez irmãos foi parar numa instituição do governo, de onde fugiu várias vezes até aparecer a pedagoga francesa Margherit Duvas. “Mostra uma visão diferente de mundo, de pessoas que acreditam na mudança e enxergam além do que a realidade parece mostrar”, avalia Edson.


Cultura & Entretenimento

Ligadinhos

Gostou desta página? Mande para nós o passatempo ou joguinho que você gostaria que estivesse aqui na próxima edição da revista Energia CEEE. É só mandar um e-mail para o canaldireto@ceee.com.br ou pedir para seu pai ou sua mãe ligar para a Coordenadoria de Comunicação Social no ramal 4535. 23


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