OLEB, FELCIA e LBRD / XANA

Page 1

OLEB, FELCIA e LBRD

xana


Curadoria Curator João Pinharanda

02.12.21 > 14.01.22


Ar 002, 2012. Caneta de aguarela sobre papel. Watercolor pen on paper. 29,5 x 41,8 cm


Ar 004, 2012. Caneta de aguarela sobre papel. Watercolor pen on paper. 29,5 x 41,8 cm


Ar 001, 2012. Caneta de aguarela sobre papel. Watercolor pen on paper. 29,5 x 41,8 cm


Ar 003, 2012. Caneta de aguarela sobre papel. Watercolor pen on paper. 29,5 x 41,8 cm


IN DUBIO LIBERTAS Nesta exposição assistimos a um regresso e a uma continuidade. Embora mantendo a sua ligação docente à Universidade do Algarve, Xana volta a viver na capital trinta anos depois de se ter estabelecido em Lagos. Mas o artista garante também uma continuidade entre os dois tempos e espaços, não só porque nunca deixou de trabalhar e de expor, mas também porque as imagens que agora se mostram, (seleccionadas dentre centenas de outras datadas das últimas duas décadas) mantêm a identidade visual e temática que Xana forjou nos anos de 1980, quando da sua revelação e afirmação como artista. Valerá, pela ausência continuada de informação que rodeia (mesmo no tempo curto) os factos e protagonistas artísticos nacionais, recordar a pertença inicial de Xana ao grupo Homeostético cujos outros elementos (Pedro Proença, Pedro Portugal, Manuel João Vieira, Fernando Brito e Ivo), revelados logo nos primeiros anos de frequência da então ESBAL, tiveram, em Continentes: V Exposição Homeostética (1986, SNBA, Lisboa), a sua mais forte afirmação colectiva. Os jogos de imagens e ideias, a acumulação de citações visuais e literárias, em geral desviadas ou associadas de modo inesperado e humorístico, a desconstrução da seriedade discursiva da arte institucional a par da demonstração de uma forte componente intelectual e erudita, marcaram a actividade de parte dos elementos deste grupo. De qualquer forma, como a maioria dos grupos artísticos em Portugal, este foi sempre uma estrutura informal e de composição variável, cujos numerosos manifestos são determinados mais como provocação discursiva de alguns dos elementos do que como verdadeira doutrina comum.

Xana sempre apareceu, neste conjunto, próximo de uma intervenção mais puramente visual, intensamente cromática aplicada em obras onde pintura e escultura se fundiam para criar novas formas tridimensionais, formalmente delirantes, acompanhadas por títulos também paródicos. Finalmente, a sua mudança para o Algarve acabou por afastá-lo das dinâmicas colectivas posteriores.

A ousadia visual da obra de Xana quase dispensa discurso e teoria (como se de um puro delírio formal e cromático se tratasse), mas oculta em si a sabedoria das ideias e das palavras que lhe subjazem. Essas palavras podem surgir do exterior — como reflexão própria — mas o que prevalece e o que nesta exposição nos importa são os títulos com que o artista acrescenta sentido às obras e, mais ainda, as palavras que aparecem integradas na composição visual; palavras que se tornam (ou que são à partida) verdadeiramente desenhos, colagens, pinturas… Na maioria das obras apresentadas a imagem é logo uma palavra-desenho conduzindo-nos para um campo de trabalho herdeiro dos inúmeros usos da palavra nas artes plásticas e nas artes gráficas dos séc. XX e XXI.


Essas palavras que se conjugam, que se ligam ou que se isolam entre si, são outros tantos modos de convocar o Caminho para o Paraíso, como o fez em 2001 (colectiva “Apresentação”, Museu da Electricidade, Lisboa, comissariado de João Pinharanda). Enquanto isso, Xana vai povoando outros desenhos de simpáticos seres extra-terrestres pensados segundo padrões de imaginação dos anos de 1950; vai distribuindo, nos seus écrans lúdicos e abstractos, um universo de flores psicadélicas, tão artificiais como os paraísos evocados; e vai desenhando estranhos raios celestes, colocando infinitas molduras dentro de molduras, criando ondulações e quadrículas, círculos e ovais que tudo invadem e circunscrevem… Toda a prática histórica da colagem, do cut-up ou da poesia visual é simulada na prática de um desenho linear, graficamente muito limpo, cujo colorido álacre, fluorescente e electrizante nos relaciona com revivalismos Op, cinéticos, psicadélicos e Pop.

Em 1987 uma série de telas geométricas gigantes, cobrindo parte das muralhas da Fortaleza de Sagres (Festival Sagres, comissariado de João

Pinharanda), exibiam palavras como “Ouro”, “Pimenta Longa”, “Rio” … Sempre houve, na obra de Xana, uma atenção ao real quotidiano, ao tempo local, ao tempo vivido e ao tempo que passa, atenção essa que foi actualizando nos seus temas e zonas de intervenção - de tal modo que podemos falar da sua arte como intervenção verdadeiramente social e política (Lar Doce Lar, instalação na exposição colectiva Depois de Amanhã, 1995, CCB, comissariado de Isabel Carlos; Arte opaca e outros fantasmas, exposição antológica: 1988-2005, 2005, Culturgest, Lisboa, comissariado de Alexandre Pomar e Lúcia Marques) através da escolha das palavras, das imagens próprias e das imagens recolhidas na comunicação social. É também o caso dos desenhos desta exposição cujas palavras Xana rasura ou deforma ou cobre ou às quais elimina ou troca algumas letras e sílabas criando jogos de adivinhação e decifração com as palavras e os conceitos de “Felicidade”, de “Belo” ou de “Liberdade”; isolando palavras carregadas também de sentido e que se contêm umas nas outras, como “RARA”, “MAR” ou “AR”; ou inscrevendo ainda, numa outra série, a palavra “NADA” rodeada de toda a riqueza de excessos gráficos e cromáticos do seu vocabulário.

Por tudo isso podemos dizer ser esta exposição testemunho da inegociável LIBERDADA (leia-se “liberdadá”) da Arte e do artista que a conquista.

João Pinharanda Lisboa, 1 de Novembro, 2021



ELOB, 2013. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,6 x 41,8 cm


Felicc floral, 2013. Acrílico e caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic and acrylic ink pen on paper. 32,4 x 45,2 cm


Felcia floral, 2013. Acrílico e caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic and acrylic ink pen on paper. 32,4 x 45,2 cm


Liber floral, 2013. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,6 x 41,8 cm


DAX / auto-retrato, 2013. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,7 x 41,9 cm


FEIX / auto-retrato, 2013. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,7 x 41,9 cm


Sem título floral, 2013. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,7 x 41,8 cm


LBRD laranja, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,8 cm


LBRDD azul verde, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,6 cm


LBRDD rosa, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,8 cm


LBRDD cinza, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,8 cm


LBRD verdama, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,8 cm


LBR vermelho, 2011. Lápis de cera sobre papel. Wax pastels on paper. 29,6 x 41,8 cm



Rilesarely lp, 2012. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


Rilesarely vp, 2012. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,6 x 40,5 cm


Rilesarely ap, 2012. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


IN DUBIO LIBERTAS In this exhibition, we witness a return and a continuity. While continuing to fulfil his professorial duties at the University of Algarve, Xana is now back to living in Lisbon, having spent the past thirty years in Lagos. But the artist further ensures a continuity between these two times and spaces, not only because he never stopped working on his art and exhibiting it, but also because the pictures shown here (selected from hundreds of others created over the past two decades) preserve the visual and thematic identity that Xana defined during the 1980s, when he was making his mark as an artist. It will be useful, given the continued lack of information that surrounds (even on a short-time basis) the facts and protagonists of Portuguese art, to explain that Xana was originally a member of the Homeostética group, together with Pedro Proença, Pedro Portugal, Manuel João Vieira, Fernando Brito and Ivo. All these young artists had started drawing attention during their first years studying at what was then known as the Lisbon Fine Arts School (ESBAL); the exhibition Continentes: V Exposição Homeostética (1986, SNBA, Lisbon) would be their most powerful collective statement. Plays on images and ideas, the accumulation of visual and literary quotations (usually deviated from their contexts or associated in unexpected or humorous ways), the deconstruction of the discursive seriousness of institutional art alongside the display of a strong intellectual and erudite component: all this characterised the activity of certain members of that group. Anyway, and like most Portuguese artistic groups, the Homoestética collective was always an informal structure of variable composition, its numerous manifestos coming

across more as discursive provocations from some of its members than as expressions of a true common doctrine. Within this context, Xana always seemed closer to a more purely visual, intensely chromatic intervention, applied to pieces in which painting and sculpture fused together to create new three-dimensional, formally delirious shapes, accompanied by titles that were also of a parodic nature. Eventually, his move to the Algarve would estrange him from the group’s later dynamics.

The visual daring of Xana’s work has almost no need for discourse and theory (as if it was a matter of pure formal and chromatic delirium); yet, it conceals within itself the wisdom of its underlying concepts and words. These words can come from outside – as personal reflections – but what prevails and concerns us in this exhibition are the titles the artist uses to add meaning to the works and, even more, the words that are integrated into the visual composition; words that turn into (or are from the start) actual drawings, collages, paintings... In most of the works shown the image is immediately a drawing/word that leads us to a field of work that continues the countless uses of


the word in the visual and graphic arts of the 20th and 21st centuries. These words that combine, connect or separate among themselves are so many other ways of invoking the “Path to Paradise”, as the artist did in 2001 (“Apresentação”, a collective show at Museu da Electricidade, Lisbon, curated by João Pinharanda). In the meantime, Xana peoples other drawings with appealing alien beings designed in accordance with the imaginative standards of the 1950s; scatters across his ludic abstract screens a whole universe of psychedelic flowers, as artificial as the paradises invoked; draws strange celestial rays, sets endless frames within frames, generates waves and grids, circles and ovals that invade and circumscribe everything… The whole history of collage, cut-up or visual poetry is evoked through the use of a drawing style in very clean lines and lively, fluorescent, electrifying colours that put us in contact with several Op, kinetic, psychedelic and Pop revivals.

In 1987, a series of giant geometrical canvases that partially covered the walls of the Sagres Fortress (Festival Sagres, curated by João Pinharanda), displaying such words as “Ouro” [Gold], “Pimenta

Longa” [Long Pepper] or “Rio” [River]… Xana’s oeuvre has always been marked by an attention to everyday reality, to local time, to time lived and time that passes, and that attention has been updated in its subjects and areas of intervention – in such a way that we can say that his art is truly an art of social and political intervention (Lar Doce Lar, installation featured in the group show Depois de Amanhã, 1995, CCB, Lisbon, curated by Isabel Carlos; Arte opaca e outros fantasmas, retrospective exhibition of works from 1988-2005, 2005, Culturgest, Lisbon, curated by Alexandre Pomar and Lúcia Marques) carried out through his choice of words and images, both created by himself and taken from the media. That is also the case with the drawings in this exhibition: the words in them are erased, deformed or covered by Xana, who also removes or swipes some of their letters and syllables, creating guessing or deciphering games with such words and concepts as “Felicidade” [Happiness], “Belo” [Beautiful] or “Liberdade” [Liberty]; isolates other words that are equally charged with meaning and can be contained inside one another, like “RARA”, “MAR” or “AR”; and even writes, in another series, the word “NADA” [NOTHING], surrounding it with the full wealth of graphic and chromatic excess that characterises his artistic language.

For all these reasons, we can say that this exhibition bears witness to the uncompromising LIBERDADA (LIBERTY+DADA) of Art and of the artist who achieves it.

João Pinharanda Lisbon, 1 November 2021


LiberDADA 002, 2014. Acrílico e spray sobre papel. Acrylic and spray on paper. 49,9 x 35 cm


LiberDADA 001, 2014. Acrílico e spray sobre papel. Acrylic and spray on paper. 49,9 x 35 cm


LiberDADA 003, 2014. Acrílico e spray sobre papel. Acrylic and spray on paper. 49,9 x 35 cm



Filip, 2015. Acrílico e caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic and acrylic ink pen on paper. 29,6 x 40,5 cm


Filidois, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 29,6 x 40,5 cm


Ondaseis, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


Campoorg, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 41,9 x 29,7 cm


Ondatrês, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


Ondaonda, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


Campo Trêsdez, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 40,5 x 29,6 cm


Campo Trêsdois, 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 41,9 x 29,7 cm



naDAnDA (díptico diptych), 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 21 x 28 cm (cada each), 44 x 28 cm (conjunto set)


naDAnaDA (díptico diptych), 2015. Caneta de tinta acrílica sobre papel. Acrylic ink pen on paper. 21 x 28 cm (cada each), 44 x 28 cm (conjunto set)






XANA Xana nasce em Lisboa em 1959. Licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1984, ano em que passa a residir em Lagos no Algarve. Nessa cidade desenvolve, desde 1995, com outros artistas, o projecto LAC - Laboratório de Artes Criativas. É co-autor do projecto de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Algarve onde é professor convidado desde 2004. Em 2017 é cofundador da Associacão 289 em Faro e em 2018 volta a residir em Lisboa. Doutorado em Comunicação Cultura e Artes, em 2019, pela Universidade do Algarve, com o projeto “Amor, Liberdade e Sabedoria Dialética de uma construção Visual”. Na sua atividade de artista visual realizou desde 1981 diversas exposições, cenografias ou intervenções em espaços públicos. Em 2005 a Culturgest, em Lisboa, apresentou uma selecção antológica das suas obras, intitulada "Arte Opaca e Outros Fantasmas" (curadoria: Alexandre Pomar e Lúcia Marques). Nos últimos anos tem tido destaque no seu percurso, a criação de instalações/construções temporárias de arte pública: 2009 - “Arco do Triunfo”, intervenção escultórica no Passeio de Gràcia em Barcelona (curadoria João Pinharanda);

2010 - "Assembleia”, instalação nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, integrada na exposição “Res Publica” (curadoria Helena de Freitas e Leonor Nazaré); 2012 - “Nova Assembleia e algumas próteses”, instalação no MNAC Museu do Chiado (curadoria: Adelaide Ginga); 2012 - “Uma Casa no Céu”, intervenção escultórica permanente no Parque de Escultura Contemporânea Almourol, Vila Nova da Barquinha; 2013 - Amor Libera Lux”, intervenção no âmbito da iniciativa "Vicente' 2013" em Belém, Lisboa (curadoria: Mário Caeiro); 2016 - intervenções no espaço público do Algarve, em Mexilhoeira(Portimão), Messines(Silves), Alte (Loulé) e Alportel no âmbito do projecto “Watt?” (org. LAC e Fundação EDP , curadoria: João Pinharanda) 2017 - “A Natureza do Movimento”, intervenção integrada na bienal “Artemar 2017”, Passeio Marítimo de Cascais (curadoria: Luisa Soares de Oliveira); 2018 - “ChiaroScuro Libera”, intervenção na Via Bagnera, 5 VIE – Design+Art Week, Milão (curadoria: Mário Caeiro). Iniciou com “Labirinto X001” (2017) no Teatro da Politécnica/ Artistas Unidos em Lisboa uma série de construções de temática labiríntica e realiza o “Labirinto X002” (2019) na Associação 289 em Faro. Xana está representado em diversos museus e colecções públicas, nomeadamente: Museu de Serralves, no Porto, KunstlerhausMusonturm em Frankfurt, MAAT - Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia, Fundação Luso-Americana e Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. Mais informação em www.xana.tv


XANA Xana was born in Lisbon in 1959 and graduated in Fine Arts on Escola Superior de Belas-Artes, Lisbon, in 1984. He coauthored the project for a Graduation Degree in Visual Arts at the University of Algarve, where he is a visiting professor since 2004.

“Labyrinth X001” (2017) is the title of it’s last artistic installation realized in the Theater of the Polytechnic/Artistas Unidos in Lisbon, with the use of diverse sound electronic devices and industrial objects .

Since 1981, as a visual artist, he has presented several exhibitions, set designs and interventions in public spaces. In 2005, at Culturgest, in Lisbon, he presented a selection of his works entitled: ‘Arte Opaca e Outros Fantasmas’.

Xana is represented in many museums and public collections, including: Museu de Serralves, in Porto; Künstlerhaus-Musonturm, in Frankfurt; Fundação Luso-Americana, Fundação Calouste Gulbenkian and MAAT / Fundação EDP, in Lisbon.

He participated in numerous collective exhibitions, among which the various group exhibitions by Homeostética, a group that was the subject of a retrospective in 2004, at the Museu de Serralves. Over the past years, he has focused his artistic work in the creation of public art installations or temporary constructions. In this context, are of note: the construction, in 2009, of a large Triumphal Arch in Paseo de Gràcia in Barcelona. In 2010, in the gardens of Fundação Calouste Gulbenkian, the installation ‘Assembleia’, integrated in the exhibition ‘ResPublica’. From February to June 2012, the installation ‘New Assembleia and somo próteses’ was presented at the Museu do Chiado. In 2013 created the "Love Libera Lux" installation under the "Vincent '13" initiative in Belém, Lisbon. During the spring and summer of 2012 he made a permanent sculptural intervention, ‘A House in the Sky’, at the Sculpture Park in Almourol, Vila Nova da Barquinha, Portugal.

More information in www.xana.tv


FICHA TÉCNICA CREDITS

Catálogo digital lançado por ocasião da exposição OLEB, FELCIA e LBRD, na Giefarte, em Lisboa, de 30 de Novembro de 2021 a 14 de Janeiro de 2022. Digital catalogue published on the occasion of the exhibition OLEB, FELCIA e LBRD at Giefarte in Lisbon, from 30 November 2021 to 14 January 2022.

Catálogo Catalogue Giefarte / Documenta Curadoria Curator João Pinharanda

Agradecimentos Acknowledgements Maria da Graça Carmona e Costa João Pinharanda Dinorah Lucas

Design Gráfico Graphic Design Paula Prates Texto Text João Pinharanda Tradução Translation José Gabriel Flores Créditos Fotográficos Photographic Credits © António Jorge Silva

D OC U ME NTA



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.