DST_Capsa by Xavier Fajardo

b CAPSA

Specimen Tipográﬁco

Acrescido de uma breví��a �trodução teórica acerca do proce�o t�ográﬁco uti�zado para o desenho de um t�o de letra de �vro suas ��irações, práticas & soluções.

DSTYPE FOUNDRY

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b CAPSA

Specimen Tipográﬁco

Acrescido de uma breví��a �trodução teórica acerca do proce�o t�ográﬁco uti�zado para o desenho de um t�o de letra de �vro suas ��irações, práticas & soluções.

DSTYPE FOUNDRY

Capsa

nem Génesis, nem Eureka.

O processo tipográfico, embora frequentemente relacionado com uma determinada visão artística do mundo, raramente se compatibiliza com as diversas apreciações românticas de índole criacionista ou mesmo com surtos de inspiração súbita, mais ou menos fenomenais. A ¡eureka! tipográfica apresenta-se, sobretudo, sustentada na pesquisa histórica, seja tipográfica ou não, crítica e construtiva, com a assumpção de propósitos muito bem definidos.¶ Um novo tipo de letra nasce sabendo que não é, e provavelmente jamais será, passível de ser considerado novo, pelo que parece mais interessante, como princípio de trabalho, clarificar o objectivo de um novo tipo antes ainda do seu desenvolvimento enquanto desenho. ¶ O caso que apresento, reporta-se a um tipo de letra desenhado para ser utilizado como tipo de texto para livro, assumindo uma fluidez muito maior que um tipo desenhado para, por exemplo, uma publicação periódica, como um jornal. O livro apresenta características únicas, uma linearidade muito própria e, enquanto interface, coloca-se perante o leitor de um modo deveras conivente, íntimo, quase confidente. O tipo de letra deve exaltar esta interface, mais que interferir na mesma.¶ Compreender as necessidades do texto de livro, permite-nos partir para uma observação cuidada de alguns livros publicados em tipos romanos e destinados ao grande público, datados de finais do século XVI e início do século XVII. Neste capítulo encontram-se referenciados historicamente, pela sua relevância, os tipos desenhados por Claude Garamond (1480-1561) e celebrizados pelo magnífico impressor Cristoffel Plantin (1520-1589) e posteriormente

por Balthasar I Moretus (1574-1641). A imagem apresentada refere-se a um Rituale Romanum, datado de 1611, impresso por Plantin-Moretus, onde é possível perceber a fluidez e vigor do texto, assim como a utilização de ligaduras que, mais do que facilitarem a leitura, são relevantes do ponto de vista estritamente tipográfico, ou se preferir-mos, estético. ¶ A análise dos impressos destas páginas revelou-se desde cedo extremamente produtiva, não somente pela possibilidade de observar a capacidade e qualidade de impressão, mas sobretudo pela sábia utilização e construção do bloco tipográfico, coma utilização sistemática do ‘s’ oldstyle. ¶ Procedendo a uma comparação muito livre do texto impresso por Plantin-Moretus, com as matrizes tipográficas de diversos períodos da tipografia francófona, trazidas até aos nossos dias na obra Épreuves générales des caractères qui se trouvent chez Claude Lamesle, impresso em Paris, em 1742 (ou na versão facsimile da primeira edição, editada por Menno Hertzberger & Co em 1965, denominada por �e type-Specimens of Claude Lamesle), o trabalho tipográfico ganhou uma vida muito própria, com uma mistura saudável de tipografias barrocas com tipografias pré-modernas. ¶ O Saint Augustin Oeil Ordinaire é, claramente, um tipo garamondiano, enquanto o Gros Romain Ordinaire revela um carácter mais moderno, embora permanecendo com certas características geraldas. O seu interesse, mais que o próprio desenho, como veremos mais adiante, consiste na assimetria provocada pelos meios de impressão, que embora evoluídos para a época, permitem observar um enorme conjunto de

imperfeições, sobretudo se atentarmos nos mesmos caracteres em diversas linhas de texto. ¶ Estas idiossincrasias naturais do texto impresso são a pedra de toque da tipografia que vos apresento, assim como a supressão máxima de elementos rectilíneos, permitindo construir um tipo proporcional, altamente legível, historicamente referenciável e, sobretudo, com elevado ritmo tipográfico, algo que penso ser apreciável em tipos de letra para livro. ¶ A familia tipográfica Capsa sustenta-se na trindade tipográfica Roman, Itálic e Bold, ambas contendo versões SmallCaps incorporadas no mapa de caracteres. Todas as versões são acompanhadas por um diverso número de ligaduras tipográficas que permitem levar a composição do texto para uma outra dimensão. Capsa não pretende ser um revival tipográfico, antes a análise de uma plêiade de tipos históricos e uma dissertação tipográfica acerca da sua (im)provável unidade. ¶ O itálico apresenta inclinações distintas nas caixas alta e baixa, cuja diferença de 8 graus (10º na caixa alta e 18º na caixa baixa), remetem para uma apreciação histórica perfeitamente observável no Cicero Italique Gros Oeil, Numero XXXV. O propósito desta diferença consiste na criação de ritmos e no incremento da fluidez, tal como havia sido enunciado pelos scriptorium italianos do primeiro quartel do século XVI, numa clara edificação pós-renascentista e mesmo caligráfica. ¶ Esta família tipográfica estará brevemente disponível nas versões, Roman, Italic, Bold, Swashes, Vignettes e Patterns. Capsa é uma tipografia desenhada por Dino dos Santos para DSType, 2008. © Todos os direitos reservados.

Capsa Estojo de forma cilíndrica que se usava nas bibliotecas da antiguidade para conservar no sentido vertical os rolos de papiro e pergaminho.

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Capsa Roman 8,5 _10 pt

Capsa Italic 8,5 _10 pt

Magn� vullam am delese tis eu feui�t vel� auga� volore vel et amconse qu�sum nullaorem ero�rud m�ciduismod dolor il iliquam �cidunt lorem volutet, quis numsan ut ver�, summy nullaor�t veliquat. Dui tismod eui�t lorperi liqui� tem adiam, consen�, �t vero od�sumsan er aliquatue modolendre magniat �i�i. Ent lut voluptat luptat. Ut aut nos nullan ulland� la al� ad ero od magna acil enis am volut autpat, �t num quismod tetueril ut pratet �is dolore magna adiat. To con et ad d�susci et, cort�c �c�g eui� ute dolort� utatetum do odolorem �cidunt vel et non hen� iuscillam, conse dolore tat, quat prae�rud er� vel eummolent al� prae�o et ad tio e�rud dign� dolore eugue m�� zzr� dolent �i�i e�i. Ud eu faccum do doluptatis adionse te feumsan henisci bla feuga� nos digna conulla conulla feumsan d��, consen� �c�ismod tat e��g el ex eliquation hen� nullaore cor ad modolob orpero odolummod� ir� lum n� do od mod dion utat. Odo et, summy ni�equat. Du�is auga� wis dionsen dionsed ea auguer se vel euga� nullum quamet wis no�o consequ i�i�t lore commy n�, vero commod dolobort�� ili�. Vero cortie duis digna feuguero dolore venis at. E�e ex endign� quis etue ex eu�atie ver iusc� er susci te tem veniam dolor suscil� alis n� utpatum no�isc��, quis aut venis nonulla fac�c� verat � utpat ut nonum vullan exeros ad� ullamcore conum vel� del dolorper� wisc� ut laorem doloborper � et, quat praesequis endre vel dolore tat. Wis niam num veraese�e commy nos nulput prae�i blan esequi� tat wi�i. Agni�t niam, sumsandiam quat nonse�e eum nulla faci eu�am il� nullamet illaorero odio ea facil� et lut lam ver iurem eu feuis do consen� volorem dolor auga� aliqui� euis niam vullaor iriuscil� landre vel iur�t lore m� eriu�rud magna al�, consed m� et vel� al� il� vent vel�, volore d�i�� quat. Luptat ad dui��t ad�susci eu faci euguer sequam, vel d� adiam euis dolor iusci tionse t�is erc�su scil� lan hendigna feum auga� ad m�c�c� et, consequis ero commy nos no�o eu�am er� nullamc ommolob orerat augue commolortis n� del irilla consed dolore d�is dolese�et � ut ver se dolor sed dolortie m�g eum at la faccum do dolore faccum zzr�, corer suscillam, quam dunt dolorpe rillum � ut auga� non er�, quis dunt n�

Capsa Bold 8,5 _10 pt

Capsa Swa�es 8,5 _10 pt

Magn� vullam am delese tis eu feui�t ve�t auga� volore vel et amconse qu�sum nullaorem ero�rud m�ciduismod dolor il i�quam �cidunt lorem volutet, quis numsan ut ver�, summy nullaor�t ve�quat. Dui tismod eui�t lorperi �qui� tem a�am, consen�, �t vero o�psumsan er a�quatue modolendre magniat �i�i. Ent lut voluptat luptat. Ut aut nos nullan ullan�t la a�t ad ero od magna acil enis am volut autpat, �t num quismod tetueril ut pratet �is dolore magna a�at. To con et ad �psusci et, cort�c �c�g eui� ute dolort� utatetum do odolorem �cidunt vel et non hen� iuscillam, conse dolore tat, quat prae�rud er� vel eummolent a�t prae�o et ad tio e�rud �gn� dolore eugue m�� zzr� dolent �i�i e�i. Ud eu faccum do doluptatis a�onse te feumsan henisci bla feuga� nos �gna conulla conulla feumsan �p�, consen� �c�ismod tat e��g el ex e�quation hen� nullaore cor ad modolob orpero odolummo�t ir� lum n� do od mod �on utat. Odo et, summy ni�equat. Du�is auga� wis �onsen �onsed ea auguer se vel euga� nullum quamet wis no�o consequ i�i�t lore commy n�, vero commod dolobort�� i��. Vero cortie duis �gna feuguero dolore venis at. E�e ex en�gn� quis etue ex eu�atie ver iusc� er susci te tem veniam dolor susci�t a�s n� utpatum no�isc��, quis aut venis nonulla fac�c� verat � utpat ut nonum vullan exeros a�t ullamcore conum ve�t del dolorper� wisc� ut laorem doloborper � et, quat praesequis endre vel dolore tat. Wis niam num veraese�e commy nos nulput prae�i blan esequi� tat wi�i. Agni�t niam, sumsan�am quat nonse�e eum nulla faci eu�am i�t nullamet illaorero o�o ea faci�t et lut lam ver iurem eu feuis do consen� volorem dolor auga� a�qui� euis niam vullaor iriusci�t landre vel iur�t lore m� eriu�rud magna a�t, consed m� et ve�t a�t i�t vent ve�t, volore �pi�� quat. Luptat ad dui��t a�psusci eu faci euguer sequam, vel �t a�am euis dolor iusci tionse t�is erc�su sci�t lan hen�gna feum auga� ad m�c�c� et, consequis ero commy nos no�o eu�am er� nullamc ommolob orerat augue commolortis n� del irilla consed dolore �pis dolese�et � ut ver se dolor sed dolortie m�g eum at la faccum do dolore faccum zzr�, corer suscillam, quam dunt dolorpe rillum � ut auga� non er�, quis dunt n� dolumsan�t lan ex en�gniatem vero�rud dolen� � ullamcommy num ex exero dolor�t prae�e facilla ad dui blaore �psum e�rud et eu faccum ea commy

Capsa Roman

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Milan Kundera �e Unbearable Lightness of Be�g

Charles Baudelaire

Fleurs du Mal

Friedri� Wilhelm Nietzs�e Mens�li�es, Allzumens�li�es, E� Bu� für �eie Gei�er

Oscar Wilde �e Pi�ure of Dorian Gray C’e� l’Ennui! —l’œil �argé d’un pleur �volontaire, Il rêve d’é�afauds en �mant son houka. Tu le connais, le�eur, ce mon�re délicat, —Hypocr�e le�eur,—mon semblable,—mon �ère!

Capsa Bold

Milan Kundera �e Unbearable Lightness of Be�g

Charles Baudelaire

Fleurs du Mal

Friedri� Wilhelm Nietzs�e Mens�li�es, Allzumens�li�es, E� Bu� für �eie Gei�er

Oscar Wilde �e Pi�ure of Dorian Gray C’e� l’Ennui! —l’œil �argé d’un pleur �volontaire, Il rêve d’é�afauds en fumant son houka. Tu le connais, le�eur, ce mon�re délicat, —Hypocr�e le�eur,—mon semblable,—mon �ère!

Capsa Ita�c

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Milan Kundera

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Charles Baudelaire

Fleurs du Mal

Friedri� Wilhelm Nietzs�e Mens�li�es, Allzumens�li�es, E� Bu� für �eie Gei�er

Oscar Wilde

�e Pi�ure of Dorian Gray C’e� l’Ennui! —l’œil �argé d’un pleur �volontaire, Il rêve d’é�afauds en �mant son houka. Tu le connais, le�eur, ce mon�re délicat, —Hypocr�e le�eur,—mon semblable,—mon �ère!

Capsa Swa�es

�lan Kundera

�e Unbearable �ightne� of Be�g

Charles Baudelaire

Fleurs du Mal

Friedri� Wilhelm �etzs�e

Mens��es, Allzumens��es, E� Bu� für �eie Gei�er

Oscar Wilde

�e Pi�ure of Dorian Gray C’e� l’Ennui! —l’œil �argé d’un pleur �volontaire, Il rêve d’é�afauds en �mant son houka. Tu le connais, le�eur, ce mon�re dé�cat, —Hypocr�e le�eur,—mon semblable,—mon �ère!

Capsa Vignettes

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T+U

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X+Y

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0+1

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4+5

6+7

8+9

Capsa Patterns

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zzzzzz zzzzzz zzzzzz zzzzzz zzzzzz zzzzzz

C+D+E+F

G+H

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GHGHGH GHGHGH GHGHGH GHGHGH GHGHGH GHGHGH

M+N+O+P

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MNMNMN OPOPOP MNMNMN OPOPOP MNMNMN OPOPOP

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