CASA MARIA MADALENA CENTRO DE ACOLHIMENTO DE CURTA DURAÇÃO À MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para obtenção do tulo de Arquiteta e Urbanista, sob orientação da Professora Maria Lídia Guimarães.
Yasmin Mar ns Tinoco Barboza RIBEIRÃO PRETO SP 2020
CASA MARIA MADALENA
CENTRO DE ACOLHIMENTO DE CURTA DURAÇÃO À MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para obtenção do tulo de Arquiteta e Urbanista, sob orientação da Professora Maria Lídia Guimarães.
Yasmin Mar ns Tinoco Barboza RIBEIRÃO PRETO SP 2020
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus por ter me sustentado em todos os momentos da minha vida até aqui, sempre me dando forçar para que acreditasse ser possível. Agradeço aos meus pais e minha família por sempre acreditarem em mim e me ensinarem a passar por cima dos obstáculos da vida com força, garra e coragem, especialmente a minha mãe por ser o maior exemplo de mulher que eu poderia ter do. Agradeço ao meu marido, Caio César Barboza, por todo o amor, amizade e companheirismo, por sempre me apoiar e incen var desde o início, acreditando em mim. Agradeço aos bons amigos que a vida me concedeu, tornando a trajetória acadêmica mais prazerosa e mo vadora. E por úl mo, mas não menos importante, agradeço a todo o corpo docente desta universidade, pelo belo e melhor exemplo de profissionais que ve, especialmente a orientadora desta monografia, professora Maria Lídia Guimarães, por toda dedicação, paciência, comprome mento e carinho com o qual conduziu todo o meu processo de amadurecimento e desenvolvimento.
RESUMO O presente Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo aborda uma arquitetura voltada a acolher mulheres ví mas de violência de gênero e trafico de pessoas, por um curto período, através do projeto para um centro de acolhimento na cidade de Ribeirão Preto - SP apresentado nesta monografia. A união do programa de necessidades com soluções arquitetônicas voltadas a incorporação de elementos e recursos naturais contribuiu para alcançar o principal obje vo do estudo, alcançar através da arquitetura o conforto, tranqüilidade, qualidade de vida, e mo vação a seguir em frente. Palavras-chaves: Arquitetura, ví mas de violência de gênero, centro de acolhimento
ABSTRACT The present Final Gradua on Work of the Architecture and Urbanism addresses architecture aimed at women gender violence and human trafficking, for a short me period, through the project for a recep on center in the city from Ribeirão Preto - SP presented in this monograph. The union of the necessity program with architectural solu ons aimed at incorpora ng natural elements and resources contributed to achieve the main objec ve of the study, achieve through architecture comfort, tranquility, quality of life, and mo va on to move forward. Keywords: Architecture, gender violence, center of host
CENTRO DE ACOLHIMENTO DE CURTA DURAÇÃO À MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
CASA MARIA MADALENA
MU
LHER
ACO
ATREPSED
2.3 Intenções Arquitetônicas.....13 2.2 Diretrizes Nacionais para o Abrigamento.....12 2.1 Perfil das Ví mas.....11
02 05
03 Leituras Projetuais 16
01 Introdução 8 1.1 Procedimentos Metodológicos.....9
materialidade 33
3.1 Casa da Mulher Brasileira.....16 3.2 Casa Abrigo para Ví mas de Violência Domés ca.....19 3.3 Centro Maggie de Oldhan.....22
Programa 35
06
7.1 Estudo Solar.....37 7.2 Plantas.....38
04
4.1 Levantamento do Entorno .....26 4.2 Legislação E Terreno....31
Projeto 36
Contextualização teórica 11
SUMÁRIO
Área de intervenção 26
07
01
Introdução
1 INTRODUÇÃO
Fonte: jus ficando.com
‘’É preciso ter coragem para ser mulher neste mundo. Para viver como uma. Para escrever sobre elas.’’ - Thinkolga.com
08
A presente monografia apresenta dados sobre violência de gênero contra mulher no Brasil, e aborda questões como os mo vos que levam à ví ma a não denunciar, ou permanecer no ambiente do abuso. O Estudo mostra a relevância que uma casa-abrigo tem na vida de uma ví ma, e as necessidades que requer um espaço sico (arquitetura) bem elaborado, com soluções e alterna vas cria vas e funcionais, pensado para atender mulheres ví mas de violência de gênero, em situação de fragilidade social, sica, emocional e financeira, tendo em vista o constante e atual cenário de violência contra a mulher no Brasil, país que segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2019, registra 1 caso de violência contra a mulher a cada 4 minutos. Essa informação computa apenas mulheres sobreviventes aos mais diversos pos de violência e, pode conter no ficações repe das de uma mesma ví ma, situação muito comum onde a ví ma permanece no ciclo de violência por algum mo vo. Um dos principais mo vos seria o fato de não ter pra onde ir, a falta de suporte assistencial, psicológico e digamos, abrigacional. A palavra violência, segundo o dicionário online de português (DICIO), significa “Qualidade ou caráter do violento, que age com força, ímpeto. Ação violenta, agressiva, que faz uso da força bruta: cometer violências.” Violência é sinônimo de: furor, fúria, impetuosidade, força, ímpeto, arbitrariedade, perversidade, crueldade, constrangimento, opressão, rania. Segundo o Plano Nacional de Polí cas para as Mulheres (PNPM) a maioria das ocorrências de violência sofrida por homens ocorrem em espaços públicos, geralmente causadas por brigas entre os homens envolvidos. Em contrapar da à essa realidade, a grande maioria dos casos de agressão sofridos por mulheres, acontecem dentro de casa, no ambiente familiar, tendo como agressores mais comuns, seus pais, namorados, companheiros, maridos ou amantes. Alguém ín mo, familiar, que vê essa mulher como posse, alguém que deve se submeter à figura e poder masculino, independente de classe social, etnia e crença.
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) se refere às seguintes formas de violência domés ca e familiar contra a mulher: violência sica, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral. Podem acontecer de forma isolada, ou concomitante, causando em ambos os casos consequências e traumas sicos, psicológicos e para a autonomia da ví ma. Em 2015 entrou em vigor a Lei 13.104/2015, assinada pela até então Presidente da República Dilma Rousseff, a “Lei do Feminicídio”, qualifica crime contra a mulher por razão única da condição do sexo feminino. É enquadrado na lei quando o crime envolve: - Violência domés ca e familiar;- Menosprezo ou discriminação à condição de mulher, há aumento na pena quando houver qualificações do parágrafo 7º, incisos I,II e III. A incidência é tão grande que o crime entrou pro hol dos crimes hediondos. A violência de gênero contra a mulher é um assunto muito importante e que deve ser deba do pela sociedade e poder público, a fim de enfrentar a realidade com soluções eficientes mais eficientes para tentar evitar maiores mortes. Em uma matéria divulgada pela Agência Brasil em 2017 um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 4,8 para cada 100 mil mulheres. Em torno de 54% dos casos as ví mas são mulheres negras, e 50% dos assassinatos são come dos por parceiros ou/e ex-parceiros. Isso reforça que apesar das leis e diretrizes para combater a violência de gênero contra a mulher no Brasil, é necessário a conscien zação da importância de Casas-Abrigos e a concre zação de mais projetos como esse, onde mais mulheres possam ter coragem para sair de situações de risco e histórico de violência. Atualmente existem apenas 72 casas-abrigo no Brasil, a maioria se encontra no Sudeste com 25 unidades e no Sul com 13 unidades e as demais espalhadas pelas outras regiões do País. Na cidade de Ribeirão Preto -SP, área de estudo da presente monografia, existe uma casa abrigo de caráter sigiloso, a Casa Abrigo “Nilda Rocha Simões’, que acolhe mulheres ví mas de situação de violência sob risco de morte.
Fonte: h p://www.governoaberto.rj.gov.br/
para o atendimento em abrigos à mulheres ví mas de violência de gênero, uma vez que outros aspectos além da construção em si são necessários, como por exemplo o emprego de técnicas de neuroarquitetura, uma vez conhecido o estado de fragilidade sica ou emocional em que a maioria das ví mas chegam ao local. É pretendido com o desenvolvimento deste estudo entender como a arquitetura pode exercer influência sobre o bem estar sico e emocional de uma pessoa; contextualizar o atual cenário de violência de gênero sofrida contra a mulher no Brasil, a fim de reforçar e defender a importância de um projeto arquitetônico para casa-abrigo, e não apenas a ocupação e adaptação de edi cios; produzir estudo de viabilidade e volumetria para o projeto final; produzir soluções arquitetônicas que conciliam abrigamento, administração e bem estar de forma harmônica.
1.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Fonte: portalmatogrosso.com.br
A casa tem capacidade para atender 18 pessoas (podendo ser contabilizado neste número as próprias mulheres e também seus filhos, quando houver). Apesar da unidade, a cidade não oferece ainda nenhum Centro e Acolhimento à mulheres ví mas de violência de gênero de curta duração. A monografia tem como obje vo o desenvolvimento de um projeto arquitetônico, embasado em estudos do funcionamento, estrutura sica e o programa de casas – abrigo, visando a compreensão do que é necessário em um projeto arquitetônico
09
Para o desenvolvimento do trabalho final de graduação em questão e maior entendimento sobre Centro de Acolhimento de Curta Duração à Mulheres Ví mas de Violência de Gênero, foi realizada revisão bibliográfica por meio de ar gos, teses, livros e sites sobre projetos; dentre outros temas per nentes que contribuíssem para um maior entendimento do tema em questão. Além de revisão bibliográfica, leituras projetuais foram u lizadas para auxílio e ampliação do conhecimento ao tema a ser desenvolvido, também foi feita uma pesquisa e discussão sobre os mo vos que levaram as ví mas a não denunciarem seus agressores. Por fim, levantamento in loco para maior conhecimento do terreno escolhido a fim de projetar o Centro de Acolhimento levando em conta todos os condicionantes naturais da área, o que foi essencial para as soluções sustentáveis buscadas no projeto. A par r dos dados coletados foi possível realizar uma análise crí ca em relação a proposta do projeto, tendo maior clareza em relação a cada assunto para realização do trabalho até a concepção do projeto.
02 contextualização teórica
2 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 2.1 PERFIL DAS VÍTIMAS VÍTIMAS DE TRÁFICO DE MULHERES A Secretaria de Polí cas para as Mulheres, juntamente com órgãos público competentes, deve garan r o atendimento das mulheres ví mas do tráfico, o abrigamento dessas mulheres, e a capacitação con nuada dos profissionais da rede, na questão de tráfico de pessoas. No workshop “Polí ca Nacional de Abrigamento” realizado em 2009 com representante da sociedade civil e polí ca, foram formuladas as seguintes recomendações para o abrigamento de mulheres ví mas de tráfico de mulheres: A criação de “Casas de acolhimento provisório de curta duração” – espaços ins tucionalizados, não sigilosos, para mulheres ví mas de violência, que não se encontrem em situação de risco iminente de morte. Como exemplo de situações a serem atendidas por esses serviços, foram mencionadas as mulheres aguardando o bene cio do pagamento de passagens para retorno ao seu local de origem, migrantes em situação irregular, deportadas e não admi das. A u lização do bene cio eventual para as mulheres em situação de violência, conforme o previsto no decreto 6.307/2007 (sob o acompanhamento dos Centros de Referência e dos serviços afins).
MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR Após a Lei Maria da Penha, a demanda de mulheres em busca de abrigamento aumentou e se tornou mais complexa, pois algumas medidas de proteção são previstas às mulheres, tais como: medida prote va que obje va limitar o agressor. Muitas vezes, enquanto a medida não é autorizada pelo Juíz, muitas mulheres não se sentem seguras em suas casas e saem para casa de parentes ou amigos, mas quando a ví ma não tem para onde ir acaba procurando por casas de acolhimento provisório de curta duração. O problema é que mesmo com a medida prote va, algumas mulheres con nuam sofrendo ameaças ou(e) sofrendo violência por parte do agressor, para esses casos onde o risco se agrava ainda mais, principalmente após a denúncia, passado o prazo de permanência de 15 dias, a ví ma, sob determinação judicial, é transferida para Casa-Abrigo. Sempre deverá haver acompanhamento pós abrigamento, independente do des no da ví ma.
Fonte: googleimagens.com
Fonte: googleimagens.com
11
Fonte: googleimagens.com
2.2 DIRETRIZES NACIONAIS PARA O ABRIGAMENTO O documento reconhece a necessidade de se ampliar o atendimento das casa – Abrigo, acolhendo não apenas mulheres ví mas de violência domés co, como também de outros pos de violência de gênero contra a mulher, como por exemplo o tráfico de mulheres. Par ndo daí há o reconhecimento do incen vo a formação de redes de acolhimento completas, compostas pelo âmbito jurídico, psicológico e social para atender em um só lugar as mulheres ví mas de violência, assegurando assim a segurança delas, garan ndo-lhes o direito a uma vida sem violência. As Diretrizes Nacionais de Abrigamento à Mulheres em Situação de Violência refere-se a conceitos de abrigamento e o ciclo do atendimento de todos os serviços para as Casa-Abrigo e também as Casas-de-Acolhimento (nova alterna va de abrigamento, tema do presente trabalho de conclusão de curso). As diretrizes seguem princípios propostos pelo Plano Nacional de Polí cas as Mulheres (2004/2008): Fonte: observatoriodegenero.gov.br
- Igualdade e respeito à diversidade: mulheres e homens são iguais em seus direitos. A promoção a igualdade implica o respeito à diversidade cultural, étnica, racial, inserção social, situação econômica e regional, assim como os diferentes momentos da vida das mulheres. - Autonomia das mulheres: o poder de decisão sobre suas vidas e corpos deve ser asseguradas às mulheres, assim como as condições de influenciar os acontecimentos em sua comunidade e seu país. - Laicidade do Estado: as polí cas públicas voltadas para as mulheres devem ser formuladas e implementadas independentemente de princípios religiosos, de forma a assegurar os direitos consagrados na Cons tuição Federal e nos instrumentos e acordos internacionais assinados pelo Brasil. - Universalidade das políticas: as polí cas públicas devem garan r, em sua implementação, o acesso aos direitos sociais, polí cos, econômicos, culturais e ambientais para todas as mulheres - Justiça social: a redistribuição dos recursos e riquezas produzidas pela sociedade e a superação da desigualdade social, que a nge de maneira significa va às mulheres, deve ser assegurada. - Participação e controle social: o debate e a par cipação das mulheres na formulação, implementação, avaliação e controle social das polí cas públicas devem ser garan dos e ra ficados pelo Estado brasileiro, como medida de proteção aos direitos humanos das mulheres e meninas. Fonte: observatoriodegenero.gov.br
12
CASA DE ACOLHIMENTO PROVISÓRIO DE CURTA DURAÇÃO filhos, e outros pos de violência de gênero, em especial ví mas de tráfico de mulheres. O direcionamento das ví mas para cada po de abrigo é feito após análise realizada por serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência, tendo em vista que classificar o nível de risco que essa mulher corre depende de vários aspectos, muitas vezes su s. É necessário analisar de forma criteriosa o comportamento e histórico do agressor no contexto das agressões. Por fim, para que o abrigamento seja eficaz em seu obje vo, é necessário que consiga garan r o bem estar sico, psicológico e social das mulheres, bem como sua proteção e segurança. A tabela acima apresenta as principais diferenças entre os dois pos de casas de acolhimento, sendo possível observar que o ponto norteador é o grau de risco em que a ví ma está sujeita, é isto que determina seu tempo de permanência, se o caráter é ou não sigiloso, e o po de relação que será estabelecido entre o local e seus funcionários e a ví ma. A escolha por uma casa de acolhimento para a presente monografia foi embasada no fato da abrangência das ví mas, já que esse po de acolhimento não se restringe apenas à ví mas de violência domés ca e familiar.
2.3 INTENÇÕES ARQUITETÔNICAS
Fonte: Diretrizes Nacionais de Abrigamento à Mulheres em Situação de Violência
Durante 20 anos as Casas-Abrigo foram a única forma de abrigo à mulheres ví mas de violência, sendo restritas às ví mas de violência domés ca e familiar, dando preferência às mulheres sob risco de morte ou(e) grave ameaça. Como nova alterna va à outras mulheres também ví mas, porém que não estejam sob risco tão grave, foi proposta a criação de centros de acolhimento provisórios de curta duração. Esses novos centros acolhem por até 15 dias e dispensa a necessidade de ser implantado em local sigiloso. O público alvo são mulheres em situação de violência domés ca e familiar acompanhadas ou não por seus
13
O termo NeuroArquitetura é a junção da Neurociência, que torna possível compreender como funciona o cérebro e o comportamento humano, com a Arquitetura, e a par r daí fica mais fácil entender como os ambientes, o espaço sico, impacta o comportamento e o bem estar das pessoas. O estudo da Neurociência na arquitetura vem ganhando mais destaque e visibilidade na úl ma década, porém é algo que está em tudo e deve ser pensado em cada projeto individualmente, procurando atender a necessidade do usuário que irá ocupar o lugar. No projeto desta monografia alguns saídas foram adotadas a fim de melhorar a experiência e permanência das ví mas na casa.
- ESTRATÉGIA 01 - experiência direta com a natureza: luz natural, ven lação natural, e u lização de elementos na natureza, como fogo, ar, água, e terra (plantas). O que é considerado como experiência direta com a natureza, o que pode ser aplicado em um projeto com iluminação zenital, grandes vãos voltados para natureza ou exemplo. - ESTRATÉGIA 02 - experiência indireta com a natureza: por diversos mo vos e limitações, em alguns projetos a solução é exploração a experiência indireta com a natureza, através de quadros, pinturas que remetem a natureza, cores, formas e elementos com formatos anatômicos, simulação da luz natural, aplicação de pisos amadeirados, e plantas ar ficiais, por exemplo.
- ESTRATÉGIA 3 - a experiência do lugar: projetos que unam a experiência direta e indireta da natureza, combinando espaços amplos e espaços de refúgio, complexidade sensual organizada, espaços integrados que respeitem nosso corpo e nosso funcionamento. Tudo isso tem a capacidade de influenciar nosso pensamento, capacidade de socializar, cria vidade e bem estar, a fim de promover es mulos afe vos posi vos, favorecendo a recuperação emocional.
Fonte: casaabril
Fonte: sustentarqui.com.br
Fonte: ver calgarden.com.br
Fonte: ver calgarden.com.br
14
03
Leituras Projetuais
3.1 CASA DA MULHER BRASILEIRA Duas coisas chamaram atenção para serem u lizadas no projeto objeto desta monografia, parte do programa de necessidades e, o pá o central, u lizado como forma de integração entre as mulheres abrigadas e seus filhos.
3.0 LEITURAS PROJETUAIS Foram selecionadas três leituras projetuais para finalidade de estudo e referência para este trabalho. A primeira se trata de uma Casa Abrigo localizada no Brasil, a segunda também ainda dentro do tema, uma Casa Abrigo localizada em Israel, e por úl mo um centro de recuperação para pacientes em tratamento de câncer, localizada no Reino Unido. Por mais que esta úl ma fuja do tema principal abordado, ainda assim tem bastante relevância no desenvolvimento deste projeto, pela preocupação em que sua arquitetura teve para com o bem estar das pessoas acolhidas no local, trabalhando formas orgâncias e elemntos da natureza.
CASA DA MULHER BRASILEIRA Fonte: Governo Federal
CASA ABRIGO ISRAEL Fonte: Archdaily
FICHA TÉCNICA Arquitetura: Marcelo Pontes, Marcela Laval e Raul Holfiger Tipo: Centro de Assistência Status: Construído Localização: SEN Setor de Grandes Áreas Norte 601 - Brasília, DF, 70297-400 Ano: 2015 Área Construída: 3.671 m²
CENTRO MAGGIE DE OLDHAM REINO UNIDO Fonte: Archdaily
16
O projeto Casa da Mulher Brasileira é fruto do programa do Governo Federal ‘Mulher sem Violência’. Seu principal obje vo é conciliar em um único lugar, serviços voltados ao atendimento de mulheres ví mas de violência. O projeto original é de 2013 e foi elaborado para ser implantado em todas as capitais brasileiras de forma padronizada.
O projeto Casa da Mulher Brasileira não busca apenas atender mulheres ví mas de violência para que tenham um local onde possam ficar alguns dias até que saia alguma sentença judicial, tampouco busca funcionar como uma delegacia da mulher. O projeto vai além disso, é valorizado a humanização aos atendimentos, ver a mulher não apenas como mais um número nas esta s cas e sim como uma pessoa com sen mentos, que chegou ali cheia de medos e incertezas, alguém que precisa se sen r acolhida e segura naquele lugar.
SISTEMA CONSTRUTIVO O sistema constru vo é de alvenaria estrutural, o mesmo de grande parte das obras públicas a fim de reduzir custos e velocidade da obra. Cada um dos módulos divididos possuem dimensão de 65m x 65m, com diferentes funções divididos conforme mostra a imagem acima. A divisão modular inicialmente pensada, foi feita para facilitar a divisão dos programas de necessidades, porém isso pode se tornar um obstáculo e limitar novas divisões ou implementações conforme necessidades futuras.
17
18/
3.2 CASA ABRIGO PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA É uma leitura muito importante, começando pela fachada do edi cio e sua preocupação em preservar as ví mas acolhidas, e o pá o central que acolhe todas as manhãs dessas ví mas, permite integração e, por mais que pequena, a contemplação da natureza.
Fonte: Governo do Brasil
FICHA TÉCNICA Arquitetura: Amos Goldreich Architecture Tipo: Centro de Assistência Status: Construído Localização: tel Aviv-Yafo, Israel Ano: 2015 Área Construída: 1.600m² Fonte: Governo do Brasil
O pá o central (jardim descoberto) é o ambiente que integra todos os outros e define a distribuição dacirculação. É o local onde pode haver integração entre as mulheres alojadas e seus filhos (quando há).
19
Localizada em um bairro predominantemente residencial, o edi cio é refúgio e abrigo para mulheres ví mas de violência domés ca. A casa recebe as ví mas de violência e quando há menores, acolhe também esses filhos, como é o caso na maioria das vezes. O intuito da casa abrigo é fornecer abrigo seguro e conciliar isso ao bem estar e sensação sincera de acolhimento, paz e tranquilidade à essas mulheres e seus filhos enquanto es verem no local. Para garan r a segurança do local, o edi cio é murado e com pouco visibilidade visual das aberturas para o lado externo, como mostrado na imagem ao lado. A relação social entre às ví mas foi uma das prioridades dos autores neste projeto. Por essa razão, as unidades de alojamento foram projetadas como unidades autônomas que se conectam pelo pá o central, que funciona como incen vador de relacionamento entre às ví mas e seus filhos, um espaço gramada onde essas crianças podem brincar livremente sob os cuidados das mães, aliviando desta forma a sensação de confinamento e esconderijo. A casa tem capacidade para abrigar até 12 famílias, considerando uma média de três filhos por ví ma, o edi cio poderia acomodar de forma confortável até 24 crianças ao mesmo tempo.
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
20
ANÁLISE DE PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
ANÁLISE DE PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR
21
3.3 CENTRO MAGGIE DE OLDHAM Projeto inteligente e humanizado que u liza da arquitetura sensorial, trabalhando com cor, formas e natureza, promovendo bem estar mental e relaxamento sico. FICHA TÉCNICA Arquitetura: dRMM Tipo: Centro de Assistência Status: Construído Localização: Oldham – Reino Unido Ano: 2017 Área Construída: 260m²
22
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Os Centros Maggie’s são lugares man dos por ins tuições filantrópicas a fim de acolher gratuitamente pacientes que estão enfrentando o câncer, ajudando com suporte sico e emocional. Atualmente existem 20 centros espalhados por todo o Reino Unido, cada um com um projeto arquitetônico diferente. O Centro Maggie tem a responsabilidade de promover qualidade de vida aos pacientes, e por isso a estrutura é pensada para pessoas e para os desafios de lutar, para que possam encontrar força e esperança. Para isso o edi cio conta com muita vegetação, amplos vão para que o contato com a natureza pudesse ser constante, além de estar elevado do chão dando a sensação de fluidez e liberando o solo para interação das pessoas.
Fonte: Archdaily
O uso predominante da madeira tem o obje vo de passar a sensação de acolhimento e aconchego que os pacientes não encontram em clínicas e hospitais. Fonte: Archdaily Fonte: Archdaily
23
ANÁLISE DO PROJETO EM PLANTA BAIXA
ANÁLISE DO PROJETO EM CORTE LONGITUDINAL
Fonte das plantas e cortes: Archdaily
ANÁLISE DO PROJETO EM CORTE TRANSVERSAL
Fonte das plantas e cortes: Archdaily
Fonte das plantas e cortes: Archdaily
24
04 área de intervenção
4.0 ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.1 LEVANTAMENTO DO ENTORNO E TERRENO A área de estudo está localizada na região central da cidade, entre as Ruas Amador Bueno, Rua Américo Brasiliense, Rua São José e Av. Dr. Francisco Junqueira.
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
26
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
Por ser uma região central existe a concentração de edi cios e monumentos que são patrimônio histórico da cidade de Ribeirão Preto. Palacetes e construções que veram bastante importância na história da cidade e estão preservados até hoje. Além disso, existem alguns monumentos na região que simbolizam grandes feitos por grandes nomes da história Brasileira.
A área de estudo é bem equipada e assessorada. Há escolas, museus, teatro, associações, igrejas, dentre outros que englobam áreas ins tucional, cultural, saúde, esporte, lazer, entre outras necessidades, proporcionando ampla infraestrutura e possibilitando o transporte a pé.
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS NO ENTORNO DO LOTE
27
USO DO SOLO
GABARITO DA OCUPAÇÃO DO SOLO
A área possui uma grande predominância de comércios e serviços, com poucas habitações. Isso devido ao fenômeno da descentralização, no qual as pessoas deixaram de morar no centro para irem para as áreas periféricas. A grande quan dade de comércio, serviço e lotes ins tucionais provocam grande fluxo de pessoas e veículos. E também muita infraestrutura para os usuários do local.
Por se tratar de uma região central e mais an ga da cidade, é possível observar a predominância de ocupação térrea e construções de 2-3 pavimentos. O que significa que as habitações são mais lineares, e área concentrar quan dade pequena de moradia. A densidade de fluxo é então jus ficada pelo comércio.
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte: Tyba.com.br
28
HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA
Neste mapa de figura fundo é possível observar que a maioria das construções não apresentam recuos ideais e necessários, indicando falta de permeabilidade de iluminação e ven lação natural. O interior das quadras são menos densos são menos densos, o que consequentemente provoca mal aproveitamento dos espaços.
É possível observar que as vias existentes não possuem estrutura que comporte o alto fluxo de veículos o que pode causar eventuais conges onamentos em horários de pico. No Plano Diretor de Ribeirão Preto consta que todas as vias do quadrilátero central são locais com as seguintes caracterís cas:
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
FIGURA FUNDO DA OCUPAÇÃO DO SOLO
29
ASPECTOS AMBIENTAIS
Próximo ao lote encontra-se a Praça XV, onde se concentra a maior parte da vegetação e onde tem as espécies maiores, local de encontro e passagem de diversas pessoas durante o dia.. É possível observar que em todas as ruas também há vegetação porém são árvores menores e arbustos, que geram pouca sombra e não conseguem condicionar o ar, devido ao clima quente e seco.
A área de estudo possui topografia com inclinação variando entre 20m no total de sua extensão, porém no terreno escolhido a topografia é plana, proporcionando diversas opções de implantação.
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
Fonte do mapa: Google Maps Fonte das edições: Autora
MAPA DE VEGETAÇÃO
Fonte das imagens: Autora
30
4.2 LEGISLAÇÃO E TERRENO A tabela ao lado apresenta restrições legais e indica vos para construções na cidade de Ribeirão Preto SP, que devem ser observados e respeitados. *ZUP: Zona de Urbanização Preferencial: composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permi das densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito Botucatu-Pirambóia, as quais fazem parte da Zona de Urbanização Restrita; *AQC: Área Especial do Quadrilátero Central, que abrange a área urbana situada entre as avenidas Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, a qual será objeto de programa de reestruturação e requalificação urbana.
Fonte das imagens: Google Maps Fonte das edições: Autora
TERRENO
Fonte:www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/
31
05
materialidade
5.0 MATERIALIDADE ESTRUTURA
Fonte:building.com.br
A estrutura do edi cio tem como materialidade o metal. A razão pela escolha é a o mização do tempo da obra, o que faz com que os custos caiam. Por se tratar de uma obra de caráter público, o projeto seguirá pela linha de construção de outros projetos de obras públicas. As principais vantagens da estrutura metálica são: - Flexibilização da arquitetura; - Redução do prazo de execução; - Redução das cargas da fundação; - O mização da área ú l
DIVISÓRIAS Por ser um material industrializado, o drywall não demanda o uso de materiais de construção como argamassa, cimento e concreto, por exemplo, permi ndo a execução de uma obra muito mais limpa e sustentável. As principais vantagens da divisória em drywall são: Construção o mizada; - Reaproveitamento do material (sustentável) - O mização dos espaços internos; - Flexibilização arquitetônica; Fonte:vivadecora
COBERTURA Para a cobertura do edi cio a escolha foi de telhas com núcleo termoisolante. O principal mo vo é sua capacidade de redução de trocas térmicas, garan ndo maior eficiência energé ca e conforto térmico aos usuários do local.
Fonte:www.mbp.com.br
33
06
programa
6.0 PROGRAMA DE NECESSIDADES
PAVIMENTO TÉRREO
PRIMEIRO PAVIMENTO
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
35
07
projeto
7.1 ESTUDO SOLAR Mês de ref. SETEMBRO 9H00
Mês de ref. SETEMBRO 12H00
Fonte:Autora
Mês de ref. SETEMBRO 15H00
Fonte:Autora
Fonte:Autora
37
7.2 PLANTAS TÉRREO IMPLANTAÇÃO
Deck Descoberto Espelho D'água
Pátio Descoberto
1,87
jeçã
1,64
Pro
FG
4,90
12
5
13 14
3
15
2
16
2,84
Cozinha
2,25 2,25
17
4,24
1
Ref.
6
4
1,60
Bho. 11
Ref.
1,87
Elevador
10
7
Café 6,57
1,41
1,41
1,00
3,70
1,00
Ref.
FG
2,93
Administração 3,99
5,01
Jardim
Superior
1,50 6,61
3,46
Projeção do Pavimento
1,50
16,43 Ref.
Bho. Ambulatório
2,83
1,41
0,90
Jardim
3,54
Refeitório
Informações
Trocador
Bho.
1,79
2,50
1,88
3,21
3,05
2,42
Depósito Monitoramento/ Guarita 3,74
4,83
Recepção de Acolhimento
3,05
Assistente Psicosocial
Lounge/Café
Área Expositiva (Pública)
3,54
Bho. 0,90
Bho.
1,50
1,31
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
5,30
CALÇADA PÚBLICA
Vestiário
D.E.M
1,64 Projeção do Pavimento Superior
AA
5 4
sobe
2
sobe
3
1
BB
CALÇADA PÚBLICA 38,89
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Fonte:Autora
Escala Gráfica 1
38
0
10 5
N
GSPublisherVersion 0.97.100.100
S
FG
9 8
sobe
nto
me
avi
oP
od
Copa
Na extremidade da direita, já fora do muro do edi cio, se encontra uma área exposi va projetada para impactar e conscien zar a população sobre a violência de gênero contra a mulher. O amplo pá o é aberto e possui planta livre para variações de exposições, voltada para a rua, é uma área democrá ca e que tem como apoio um café e um banheiro público. O café é abastecido pela cozinha do Centro. As abrigadas não têm acesso a esta área.
1,56
Elevador r
rio
e up
À esquerda se encontra o acesso ao interior do edi cio, através da escada e da rampa e, através do portão no alção com acesso restrito a pessoas autorizadas, como viaturas, ambulâncias, autoridades e a chegada das ví mas devidamente acompanhadas pelas AA autoridades responsáveis pelo transporte. Esta parte do edi cio é onde se concentra todo apoio operacional e administra vo como já apresentado no programa de necessidades. É importante frisar também que o primeiro contato da ví ma com o Centro é nesta área, através da recepção de acolhimento. O centro é des nado para as ví mas e o convívio entre elas, é onde farão suas principais refeições, podendo desfrutar de momentos de relaxamento e autoreflexão através do contato com a natureza que o piso proporciona. O acesso ao pavimento superior se dá por dois elevadores e uma escada.
BB 1,21
A planta térrea do edi cio, implantado no centro de Ribeirão Preto, entre as ruas Mariana Junqueira e Visconde de Inhaúma, apresenta seu programa democrá co abrindo espaço a população para confronto e reflexão com o tema Violência Contra a Mulher, como demonstrado no programa de necessidades já apresentado. É neste piso que fica mais evidente a intenção da forma arquitetônica, onde foi trabalhado formas orgânicas e houve abuso de elementos sensoriais naturais, como o paisagismo, espelho d’água, aplicação de madeira e luz e sombra naturais. O intuito foi proporcionar bem estar e ambiente de autoreflexão as mulheres ví mas abrigadas.
15
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
Fonte:Autora
39
Fonte:Autora
Fonte:Autora
PRIMEIRO PAVIMENTO O primeiro pavimento é des nado apenas as mulheres abrigadas e seus filhos, quando acompanhados. Este piso foi pensado para que essas pessoas possam descansar, repousar, passar o tempo, refle r na vida, socializar com outras abrigadas, par cipar das a vidades propostas, acompanhar os filhos enquanto brincam, contemplarem o dia e a natureza. Elevador
9 10
8
11
7
12
6
13
5
14
4
15
3
16
2 desce
Elevador
Lavanderia
Fonte:Autora
Espaço Kids Café
Dormitório Tipo 1
4,50
1,25
2,30
4,50
Bebedouros
2,10
2,10
3,25
1,25
4,50
1,25
2,30
4,50
3,25
Dormitório Tipo 1
Dormitório Tipo 1
2,30
2,10
3,25
1,25
4,50
2,30
2,10
Dormitório Tipo 1
1,25
2,30
4,50
3,25
Dormitório Tipo 2
2,30
2,10
3,25
1,25
1,25
2,30
4,50
4,50
1,25
3,25
Dormitório Tipo 2
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
4,50
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
Dormitório Tipo 2 1,25
2,30
4,50
4,50
1,25
2,30
1,25
3,25
2,10
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
Dormitório Tipo 2
2,30
2,10
3,25
2,10
Living
Fonte:Autora
ML
1,66
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
1,64
CALÇADA PÚBLICA
2,00
ML
Dormitório Tipo 3 3,25
2,30
Fonte:Autora
3,25
2,00
Dormitório Tipo 2
1,66 3,25
10,60 m2
4,20
Dormitório Tipo 2
3,30
2,40
2,10
2,10
Dormitório Tipo 2
Oficinas (Yoga / Defesa Pessoal)
Redário Suspenso
3,30
1,25 2,10
1,25
1
1,65
ML
4,50
4,50
4,50
17
Fonte:Autora
CALÇADA PÚBLICA
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Fonte:Autora
Escala Gráfica 1 Fonte:Autora
Fonte:Autora GSPublisherVersion 0.97.100.100
40
0
10 5
15
DORMITÓRIOS - TIPOLOGIAS
Dormitório Tipo 1
2,10
3,25
1,25
DORMITÓRIOS - TIPO 1 O edi cio possui 4 dormitórios do po 1, localizados no primeiro pavimento, que possuem plantas espelhadas e um espaço interno de 14,62m² dividido entre a área de repouso e um banheiro priva vo. Esta pologia possui apenas uma cama e, é des nada a abrigar uma mulher, ví ma de tráfico.
Escala Gráfica 1 5
15
Elevador
9 10
8
11
7
12
6
13
Elevador
5
14
4
15
3 2 desce
16
3,25
1,64
ML
1,66
Espaço Kids Café
Bebedouros
3,25
Dormitório Tipo 1
4,50
2,30
1,25
2,30
1,25
4,50
2,30
2,10
3,25
Dormitório Tipo 1
Dormitório Tipo 1 1,25
2,30
4,50
1,25
2,10
3,25
2,10
2,10
Dormitório Tipo 1
4,50
2,30
4,50
4,50
2,30
3,25
Dormitório Tipo 2 1,25
2,30
1,25
1,25
2,30
3,25
2,10
3,25
Dormitório Tipo 2
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
1,25
4,50
2,30
2,30
4,50
Dormitório Tipo 2
1,25
4,50
2,30
4,50
3,25
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
1,25
4,50
Dormitório Tipo 2
1,25
2,10
3,25
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
2,10
Living
2,00
CALÇADA PÚBLICA
3,30
Dormitório Tipo 3 1,66 1,64
Fonte:Autora
RUA MARIANA JUNQUEIRA
O edi cio possui 01 dormitório do po 3, localizado no primeiro pavimento, que possui um espaço interno dividido entre a área de repouso e um banheiro priva vo, com dimensionamentos acessíveis conforme a NBR 9050. Esta pologia possui uma cama e é des nada a abrigar uma mulher ví ma de violência.
2,00
2,40
3,30
DORMITÓRIOS - TIPO 3
1,66
41
Fonte:Autora
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
3,25
10,60 m2
CALÇADA PÚBLICA
ML
1,66 3,25
Lavanderia
Dormitório Tipo 3
4,20
Dormitório Tipo 2
2,00
3,30
2,40
2,10
2,10
Dormitório Tipo 2
Oficinas (Yoga / Defesa Pessoal)
Redário Suspenso
3,30
1,25 2,10
1,25
Dormitório Tipo 2
1
1,65
ML
4,50
4,50
4,50
O edi cio possui 10 dormitórios do po 2, localizados no primeiro pavimento, que possuem plantas espelhadas e um espaço interno de 14,62m² dividido entre a área de repouso e um banheiro priva vo. Esta pologia possui duas beliches, ou seja, quatro camas e, é des nado a abrigar uma mulher ví ma de violência, acompanhada de até 3 filhos.
2,30
1,25
DORMITÓRIOS - TIPO 2
2,10
Dormitório Tipo 2
2,10
3,25
2,00
17
4,50
4,50
2,30
0
10
COBERTURA A cobertura do edi cio é composta por telhas termoisolantes, locação da caixa d’água e possui rasgos, que permitem dois rasgos maiores em formato irregular que seguem até o térreo para iluminação e ven lação natural, abraçando a vegetação das árvores presentes nestes pontos do pavimento térreo. Os rasgos menores em formato retangular são claras boias locadas em cima dos dormitórios para maior aproveitamento da luz solar, permi ndo assim maior iluminação e salubridade destes ambientes.
telhado inclinação 10% sugestão telha com núcleo termoisolante em pur
telhado inclinação 1,5% sugestão telha com núcleo termoisolante em pur
telhado inclinação 1,5% sugestão telha com núcleo termoisolante em pur
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
CALÇADA PÚBLICA
área para caixa d'água
CALÇADA PÚBLICA
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Fonte:Autora
Escala Gráfica 1 GSPublisherVersion 0.97.100.100
42
0
10 5
15
CORTES Os dois cortes, longitudinal e transversal, apresentam de forma esquemá ca o projeto e conduz com maior clareza ao entendimento das soluções propostas para cada pavimento.
CORTE AA Cobertura 6,50m Circulação dos dormitórios
Circulação dos dormitórios
Espaço Kids
1º Pav 3,30m Corredor externo
Bho. Assistente Psicosocial
Pátio Térreo
Hall
Térreo 0,00m
Fonte:Autora
Escala Gráfica 1
10
0
5
15
CORTE BB Caixa D'água Cobertura 6,50m
Bho.
Dormitório Tipo 01
Lavanderia
1º Pav 3,30m
Circulação vertical
Pátio Térreo
Fonte:Autora Térreo 0,00m
Embarque e Desembarque
Calçada -1,00m
Escala Gráfica 1 0
43
10 5
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRIGO PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ARCHDAILY. Disponível em: <h ps://www.archdaily.com.br/br/895789/abrigo-para-vi mas-de-violencia-domes ca-amos-goldreich-architecture-plus-jacobs-yaniv -architects>. Publicado em 08 de junho de 2018. Acessado em 30 de agosto de 2020. BRASIL - SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES. Casa da Mulher Brasileira é Inaugurada em Brasília. Publicado em 02 de junho de 2015. Acessado em 15 de junho de 2020. BRASIL - SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES. Norma Técnica de Uniformização Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. Brasília, 2006. BRASIL - SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES. Termo de Referência: Enfrentamento da Violência Contra Mulher. Disponível em: <h p://www.spm.gov.br/assuntos/ouvidoria-da-mulher/pacto-nacional/ tr-enfrentamento-da-violencia-contra-a-mulher.pdf>Acessado em 30 de agosto de 2020. CENTRO MAGGIE DE OLDHAM. ARCHDAILY. Disponível em: <h ps://www.archdaily.com.br/br/888425/centro-maggie-de-oldham-drmm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Publicado em 07 de fevereiro de 2018. Acessado em 28 de agosto de 2020. KNOPLOCH, CAROL. Mais de 70% das Mulheres Ví mas de Violência Não Denunciam Crime, diz pesquisa no Rio. O Globo. Disponível em: <h ps://oglobo.globo.com/sociedade/mais-de-70-das-mulheres-vi mas-deviolencia-nao-denunciam-crime-diz-pesquisa-no-rio-16561195> . Publicado em 26 de junho de 2015. Acessado em 03 de agosto de 2020. LELÉ INSPIRA PROJETO DE CASAS DE ACOLHIMENTO PARA MULHERES. ARCOWEB. Disponível em <h ps://arcoweb.com.br/no cias/arquitetura/casas/acolhimento-mulheres-vi mas-violenci>. Publicado originalmente em 17 de Agosto de 2015. Acessado em 25 de agosto de 2020. PAIVA, Andrea. Entendendo a Biofiia. Neuro Au, 17 de junho. Disponível em: <h ps://www.neuroau.com/post/entendendo-a-biofilia>. Acessado em: 30 de agosto de 2020a. PAIVA, Andrea. NeuroArquitetura, Emoção e Decisão. Neuro Au, 17 de junho. Disponível em:<h ps://www.neuroau.com/post/neuroarquitetura-emo%C3%A7%C3%A3o-e-decis%C3%A3o>. Acessado em: 30 de agosto de 2020b. PAIVA, Andrea. NeuroArquitetura, o que é isso?. Neuro Au, 17 de junho. Disponível em:<h ps://www.neuroau.com/post/neuroarquitetura-o-que-e-isso>. Acessado em: 30 de agosto de 2020c. SILVA, Maria Alves Soares da; MARCÍLIO, Bruna Maria Siquinelli. Espaços e Emoções: reflexões para entender a experiência do isolamento social na pandemia de COVID-19. Revista Ensaios de Geografia, Niterói, vol. 5, nº 10, p. 68-74, julho de 2020. Submissão em: 05/05/2020. Aceite em: 03/06/2020. Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ – Brasil.