SOLUÇÕES AMBIENTAIS PARA O SEU NEGÓCIO
VENHA DIALOGAR COM A PRIMEIRA CONSULTORIA EM RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CEARÁ.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL A licença ambiental é um documento exigido pelas leis de crimes ambientais 9.605/98. É um documento com prazo de validade definido em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem cumpridas por sua empresa. OBJETIVO PRINCIPAL: Assessorar ou realizar o processo de licenciamento ambiental de todas as atividades e empreendimentos, que utilizam recursos naturais e que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Documento no qual se indica e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos gerados, abrangendo os aspectos referentes à geração, segregação prévia, acondicionamento, transporte interno, armazenamento, coleta, transporte externo, tratamento, destinação final ambientalmente adequada de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, para proteção à saúde e ao meio ambiente. OBJETIVO PRINCIPAL: Atender a política de resíduos sólidos em vigor, sendo este documento obrigatório para a operacionalização do empreendimento.
ISO 14001
CERTIFICAÇÃO LIXO ZERO
Uma norma internacional que reforça o melhoramento da proteção ambiental pelo uso de um único sistema de gerenciamento, permeando todas as funções da organização.
É o reconhecimento de ações de Gestão de Resíduos sob a perspectiva do Conceito Lixo Zero através do Instituto Lixo Zero Brasil, atuando com uma metodologia específica e planos estratégicos adequados que visam a redução de geração de resíduos e o máximo aproveitamento dos recicláveis e orgânicos.
OBJETIVO PRINCIPAL: Implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), no qual, proporcionando economia para as empresas, através da redução do desperdício e do consumo consciente dos recursos naturais.
PAINEL DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Central online de indicadores ambientais, com visualizações completas e atrativas, possibilitando compartilhamento de relatórios e Dashboards em todas as plataformas online. OBJETIVO PRINCIPAL: Promover gerência e Insights úteis em seus dados de todas as formas possíveis. Examinar todos os conjuntos de dados e realçar todas as informações que possam ser relevantes para melhoria continua da sustentabilidade em uma organização.
Av. Des. Moreira, 2020 - sala 907 Aldeota, Fortaleza - CE, 60170-001 www.dialogusconsultoria.com.br
OBJETIVO PRINCIPAL: Auxiliar as empresas, organizações ou eventos a atingirem uma meta de manejo sustentável de 90% de seus resíduos gerados e alcançar uma sociedade mais consciente dos impactos ambientais, sociais e econômicos causados pela destinação inadequada desses resíduos.
Vamos Dialogar!
Sumário 06
Sistema B transforma as “boas intenções” das empresas em resultados
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Como desenvolver um propósito para uma empresa
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Os quatro pilares do capitalismo consciente
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Capitalismo Consciente na prática: como criar um negócio com impacto social positivo
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Google tem ferramentas de empoderamento e negócios na web
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Mercado tem oportunidades para pessoas transexuais
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O mercado não está para Negros e Afrodescendentes, ainda!
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Lugar de Mulher é no mercado de trabalho
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Capitalismo Consciente: Empresas de mente aberta são mais lucrativas
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Aceleradoras querem investir no seu negócio. Está preparada?
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Enel Compartilha Empreendedorismo é o vencedor do Prêmio ODS Pacto Global
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Empresas Humanizadas: Mais que tendência, sobrevivência!
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Humanização Laboral: Incluir para progredir
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Profissão: Guardiã da Felicidade
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Humanização no serviço público. É possível!
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Aplicativos permitem acessibilidade e o direito de ir e vir
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Praia Acessível
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Cidades Acessíveis
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É hora de empreender com humanização
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Humanização no serviço público. É possível!
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Papel semente vira febre corporativa e amplia cultivo
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Startup Weekend Women e Empreendedorismo em alta no cenário dos negócios
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Gestão de resíduos sólidos
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Moeda Social transformando vidas e saberes de comunidades periféricas
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Muda Meu Mundo: Exemplo de negócio de impacto sócio-ambiental
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CAPA: Empresas humanizadas: sua empresa se enquadra?
Maiso Dias Sócio Diretor da Dialogus Consultoria Yoann Wozniak Gerente Administrativo
Dialogus Consultoria em Responsabilidade Social Av. Des. Moreira, 2020 - sala 907 Aldeota, Fortaleza - CE, 60170-001
Vicente Araújo Jornalista Café Novo Comunicação Francisco Arrais Editoração e diagramação
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Editorial
Propósito e negócios conectados com as necessidades do mundo
Estamos num momento de esgotamento dos recursos naturais, aumento da extrema pobreza, insatisfação dos colaboradores nas instituições, aumento do desemprego, crescimento de uma economia circular, aumento de migrantes e refugiados em nossas capitais, diminuição do poder aquisitivo das pessoas, aumento de casos de saúde mental dos profissionais nas organizações, aumento de feminicídios, etc. Frente a estes e outros cenários percebemos que as empresas precisam mudar e estimular a sociedade para uma consciência sobre o papel dela na contribuição por um mundo melhor e mais inclusivo. Nesta edição, abordamos o tema Empresas Humanizadas e como esta conjuntura já demonstra resultados satisfatórios e o aumento dos lucros às empresas que efetuaram esta transformação. Durante a 1ª Conferência do Capitalismo Consciente da América Latina, foi divulgada a pesquisa Empresas Humanizadas do Brasil. O estudo mostrou que, em períodos longos, de 4 a 16 anos de análise, as empresas humanizadas chegam a ter rentabilidade duas ou mais vezes superior à média das 500 maiores empresas do país. As empresas também alcançam, segundo a pesquisa, uma satisfação 240% superior junto aos clientes, além de 225% mais bem-estar entre os colaboradores. Nesta construção, mostramos depoimentos, práticas de gestão e resultados concretos quanto esta evolução. E nomes como Hugo Bethlem, Diretor Geral do Instituto Capitalismo Consciente e do Joaquim Melo, fundador do Banco Palmas e da moeda social, estão estampados nas páginas desta edição
em meio a entrevista exclusiva sobre seus projetos, articulações e posicionamento quanto aos modelos de gestão de suas criações. Em ações de negócios sustentáveis, a startup Muda meu Mundo dá exemplo de negócio de impacto socioambiental e seu crescimento e atuação no Ceará junto a capacitação, feiras e negócios com o homem do campo. E a exemplo de iniciativa social, o projeto Papel Semente vira febre corporativa e amplia cultivo de plantas ornamentais e frutíferas, apresentados pelo diretor do projeto ecoviver, Marco Túlio. E voltados para economia compartilhada, o projeto Enel Compartilha Empreendedorismo é o vencedor do Prêmio ODS Pacto Global e destaque em nossa edição. Além das abordagens e apresentação de iniciativas após exclusão de atos de uma sociedade distante, censurada e sem oportunidades, trazemos um apanhado de conteúdo sobre a criação de oportunidades para o mercado de trabalho à Negros e Afrodescendentes; como oportunidades para pessoas transexuais e um portal exclusivo para inclusão de mulheres no mercado de trabalho. Dentre outros temas de tecnologia, case de gestão, agenda de eventos, empreendedorismo humanizado, a gestão pública e sua humanização, resgatamos o interesse de dar espaço e voz, as iniciativas de empresas que merecem a multiplicação e a vitrine do mundo. Nosso papel tem sido compartilhar esses modelos de gestão que agrega e valoriza sua iniciativa empreendedora e inclusiva. Uma Boa Leitura!
Maiso Dias Editor-Chefe Revista Gestão e Sustentabilidade e Diretor da Dialogus Consultoria.
Sistema B
Sistema B transforma as “boas intenções” das empresas em resultados Movimento de empresas onde o lucro anda junto com os benefícios sociais. O sistema B faz parte de uma política de crescimento sustentável, trazendo diversos benefícios às empresas do sistema.
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Sistema B Pelo Brasil afora, os movimentos buscam disseminar valores e ética que inspirem soluções coletivas sem esquecer as necessidades particulares dos negócios. A preocupação com o meio ambiente e as questões sociais nunca estiveram tão latentes como atualmente. Este novo formato integra ideias, características e oportunidades com o mesmo propósito, gerar valores e resultados às empresas acompanhando as mudanças e contribuindo com o bem coletivo. Ele permite a sua empresa melhorar a qualidade de vida dos seus funcionários, além da oportunidade de criar valor não só para os acionistas, mas também para a sociedade como um todo. Nos dias de hoje, boa parte das empresas já entendem seu funcionamento, e atuam através do marketing, a aturem em favor do consumidor e da empresa. O sistema B faz parte de uma política de crescimento sustentável, trazendo diversos benefícios às empresas do sistema, tais como a atração de investidores de impacto, que buscam empresas lucrativas e de alto impacto social, contato com as outras empresas do
sistema, descontos em software, outros e consultorias pro bono. Durante evento realizado em São Paulo, Marcel Fukayama, co-fundador e diretor executivo do Sistema B no Brasil, citou exemplos de empresas que investem no bem-estar de seus colaboradores e não param de pensar no lucro da empresa. “É uma nova onda de negócios que regenera vidas e o Planeta. Acreditamos no poder de usar as forças dos negócios para resolver problemas sociais e ambientais complexos, que são crônicos, não pontuais”, afirma. A gigante Natura foi a primeira empresa de capital aberto da América Latina e a maior do mundo, em receita e número de colaboradores, a conquistar a certificação, em 2014. Para receber a certificação, as empresas devem cumprir altos padrões de performance e são avaliadas através de um processo que analisa cinco principais áreas: modelo de negócios, comunidade, meio ambiente, governança e funcionários. Para a Natura, a certificação é parte de uma preocupação maior com a sustentabili-
Gestão e Sustentabilidade
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dade, não apenas do negócio, mas do ambiente em que ela atua. João Paulo Ferreira, vice-presidente Comercial e de Sustentabilidade da Natura participou de um evento, e afirma sobre a visão de sustentabilidade da Natura para os próximos anos. “A sociedade atribuirá maior valor àquelas companhias que exercerem um papel de agente de transformação socioambiental. Queremos ampliar o potencial de nossa empresa na ação geradora de negócios aliados a mudança cultural e educacional”, completa João Paulo Ferreira. O objetivo do Sistema B é impulsionar as empresas a fazerem parte de um movimento de mudança. De construir junto. “Assim como os três, nós acreditamos que as empresas B são o motor da organização. Acreditamos na teoria da mudança. Queremos que cada vez mais empresas tenham o objetivo de transformar o mundo. Queremos que elas estejam dispostas a gerar o bem para o mundo, não só para os acionistas”, diz Greta, coordenadora de Business Development da organização no Brasil.
Sistema B
Como ser uma empresa B
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ualquer empresa pode ser uma Empresa B, contanto que tenha práticas para isso. Uma Empresa B deve se comprometer a ter altos padrões de gestão e transparência, gerar benefícios sociais e ambientais, assim como fazer uma alteração no estatuto social, em que se comprometa a ser uma empresa PARA o mundo e não DO mundo. No Brasil, as empresas têm
de fazer uma modificação no estatuto social. Basicamente, inserir duas cláusulas que dizem que ela se compromete a gerar benefícios para a comunidade e não apenas para seus acionistas. Esse tem sido o maior desafio para gente. Muitas empresas ainda não entraram para o movimento porque essa mudança no estatuto é mais complicada de se fazer e muita gente não quer se
comprometer. Além disso, cada empresa passa por uma avaliação rigorosa em que é preciso alcançar uma pontuação mínima entre as 160 perguntas disponibilizadas. E não basta o esforço inicial: para manter o selo, a cada dois anos a empresa precisa provar que suas práticas e políticas de sustentabilidade estão avançando.
As empresas que formam o sistema B se distinguem por:
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Resolver problemas sociais e ambientais a partir dos produtos e serviços que vendem, e também com suas práticas laborais, socioambientais, as comunidades, os fornecedores e os públicos de interesse. Para demonstrar isso passam por um rigoroso processo de certificação que examina todos os aspectos da empresa. Devem atender aos padrões de desempenho mínimos, além de assumir forte compromisso com a transparência ao relatar publicamente seu impacto socioambiental. Também fazem as mudanças legais para proteger sua missão ou finalidade comercial e, portanto, combinar seu interesse público com o privado.
Gestão e Sustentabilidade
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Artigo
Maiso Dias SĂłcio Diretor da Dialogus Consultoria maiso@dialogusconsultoria.com.br
Como desenvolver um propĂłsito para uma empresa GestĂŁo e Sustentabilidade
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necessidades reais de seus stakeholders de forma ética e transparente, chegou-se ao resultado de que um Propósito bem elaborado, para ser efetivamente internalizado por todos, tem que representar sete qualidades de uma organização que se preocupa com seus impactos com a sociedade, que são: HEROICO: Ter um impacto transformacional positivo no mundo, seja com os stakeholders envolvidos com a empresa ou com a sociedade; EVOLUTIVO: Ter alinhado ao seu Propósito com os impulsos evolutivos de seu tempo. As empresas progridem com as mudanças, posicionamentos e aspirações das pessoas, dos clientes e consumidores; ALINHADOR: Ter o poder de alinhamento entre todos os envolvidos como forma de eliminar os conflitos entre os stakeholders; Ter um propósito organizacional para as empresas faz toda a diferença no fortalecimento de uma cultura institucional. Porque o Propósito “é o consenso, a interseção entre sua paixão e talentos e as necessidades da sociedade”. Ter propósitos claros em uma organização é, também, promover inovação e ideias, contribuindo para um fortalecimento frente a cenários turbulentos e ameaçadores.
AMOROSO: Ter a centralidade do Amor nas relações de trabalho com as pessoas engajadas ao negócio;
Sobre exemplos de empresas orientadas por propósito, o Google, desde o início era “organizar as informações do mundo e torná-las acessíveis e úteis”, e, para a Woole Foods Market, é “…abraçando a responsabilidade de cocriar um mundo onde cada um de nós, comunidades e planeta possam florescer…”
GALVANIZADOR: Ter uma característica de ação/execução na mobilização das pessoas, incorporando a “urgência do Agora”, parafraseando Martin Luther King Jr. Na minha empresa, Dialogus Consultoria em Responsabilidade Social, trabalhamos o Propósito de “construir uma sociedade mais justa e inclusiva”. Inspiro você agora a elaborar o Propósito da sua empresa e contribuir para um mundo melhor e mais consciente nos negócios
De vários estudos realizados com Propósitos de empresas que criam valor ao atender
INSPIRADOR: Ter um direcionamento específico aos stakeholders, de superação às suas limitações e desafios, que os inspirem e os energizem com urgência e foco; NATURAL: Ter uma mentalidade de harmonia com a natureza. Um negócio consciente se adapta continuamente ao ambiente;
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Artigo
Marcos MORITA Teacher at FIA and Mackenzie and Head of Innovation at Bank Risk
professor@marcosmorita.com.br
Os quatro pilares do capitalismo consciente O que uma empresa de tecnologia do Vale do Silício, uma companhia aérea de baixo custo, uma cafeteria moderninha e um supermercado saudável têm em comum, além do alto índice de fidelização de seus clientes, crescimento, lucratividade acima da média e colaboradores envolvidos com suas missões, visões e valores? Google, South West Airlines, Starbucks e Whole Foods Market praticam e adotam o modelo de gestão conhecido como capitalismo consciente, criado pela dupla John Mackey (CEO do Whole Foods Market) e Raj Sisoda (professor de marketing da Universidade de Bentley).
Mackey e Sisoda concordam que o modelo foi a maior mola propulsora na geração de empregos, inovações e bem-estar econômico, fazendo uma analogia com as economias que flertaram com as ideias de Karl Marx no século XX. Creem, todavia, que houve um certo exagero, amplificado pela crise de 2008. A gestão irresponsável de riscos do sistema financeiro americano criou um papagaio gigantesco, cujo pato foi empurrado à sociedade através de empréstimos vultosos dos governos. É importante e vergonhoso lembrar que no auge da crise, bônus milionários eram pagos a CEOS que ajudaram a colocar o mundo no buraco.
Para enquadrar o tema em uma linha histórica abordemos Adam Smith, autor da obra “A riqueza das nações”, em 1776, e criador dos termos homem econômico e a mão invisível do mercado. O economista escocês apregoava que as pessoas são em essência seres racionais e egoístas, cujas decisões são tomadas para maximizar seu bem-estar e interesse pessoal. Sua ganância, todavia, seria gerenciada pela mão invisível do mercado, a qual regularia e colocaria ordem através do aumento da competição e diminuição de preços, controlando desta maneira a oferta e a demanda.
Não obstante alguns ajustes na política de distribuição de incentivo, é inegável a força dos acionistas frente os demais stakeholders: fornecedores, colaboradores, clientes e comunidade. Com sua política de curto prazo voltada para a valorização de seus papéis, empresas têm sido forçadas a adotar medidas que comprometem sua saúde a longo prazo. Fornecedores pressionados até o limite, parceiros de canais estocados, colaboradores cansados pela busca insana de metas impossíveis. Em suma, é este equilíbrio perdido entre os stakeholders que norteia o capitalismo consciente, apoiado
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Artigo Marcos MORITA
em 4 pilares, sobre os quais aproveito para tecer algumas críticas e comentários.
abilidade, cuidado, transparência, integridade, lealdade e igualdade são seus norteadores. Não é por acaso que há uma forte correlação entre empresas conscientes, melhores lugares para se trabalhar, crescimento e lucratividade a longo prazo.
Propósito maior e valores centrais: você conhece a missão, a visão e os valores de sua empresa? Em sua grande maioria envolvem frases longas, monótonas e repetitivas, trazendo chavões como encantamento de clientes, compromisso com a comunidade e bom ambiente de trabalho, muitas vezes pouco alinhadas com as ações diárias da empresa e em geral desconhecidas da grande maioria dos colaboradores. “Organizar a informação do mundo e torná-la facilmente acessível e útil” é o propósito do Google. Simples, fácil, motivador e poderoso.
Liderança consciente: dificilmente um programa terá sucesso em uma empresa sem a adesão e o comprometimento da liderança. No caso do capitalismo consciente é ainda mais difícil, uma vez que sua implantação requer além de tempo, líderes com visão integrada, os quais consigam enxergar a relação entre os stakeholders. A título de exemplo, no Whole Foods o salário máximo não pode ultrapassar 19 vezes o salário médio, enquanto a média gira em torno de 200 vezes. Um exemplo de desprendimento e liderança consciente.
Integração dos stakeholders: em um cenário no qual os acionistas detêm a força e o controle sobre os conselhos e executivos, não é de surpreender ações polêmicas como a do executivo da GM, José Ignacio López de Arriortúa, o qual literalmente faliu diversos fornecedores da montadora, utilizando-se da força da marca para reduzir seus custos e aumentar sua lucratividade no curto prazo. Agora pense: você acreditaria em propagandas de ações sociais e comunitárias em uma empresa que trata seus parceiros com tamanha crueldade?
Enfim, após ler o livro e entender melhor seus conceitos, acredito que ainda temos um longo caminho até que o capitalismo consciente seja algo além de modismo, para se tornar prática corrente nas corporações. Apesar dos exemplos e benefícios já provados por diversas companhias, a maximização dos lucros é ainda o conceito mais aceito como objetivo principal das empresas. Termino pontuando a Natura, uma empresa brasileira que a meu ver se encaixa neste conceito, desenvolvendo produtos inovadores através do uso consciente dos recursos e participação das comunidades, razão pela qual tem sido eleita como detentora de uma das melhores imagens corporativas do país. Algo muito mais convincente do que banco botando banca de sustentável.
Cultura e gestão conscientes: em uma época na qual funcionários estão cada vez mais desengajados, empresas conscientes buscam não apenas motivá-los, mas envolvê-los em seus propósitos e valores centrais, utilizando-os como critério de seleção e contratação. Confiança, respons-
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