Apresentação Sigma Pi: quadrinhos para divulgação e ensino de ciências

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Sigma Pi: quadrinhos para divulgação e ensino de ciências

Aluna: Adriana Yumi Iwata RA: 328588 Orientadora: Karina Omuro Lupetti


Fundamentação teórica

Objetivos

Metodologia

Resultados e Discussão

Considerações finais


Histórias em quadrinhos (HQ): histórico ●

Definição: arte sequencial

Necessidade de expressão

Imprensa: informação transmitida mais rapidamente - jornais Precursores: Rodolphe Tӧpffer, Wilhelm Busch e Christophe

EISNER, W. Quadrinhos e arte sequencial. [Comics and sequencial art]. Luís Carlos Borges (Trad.). 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 154 p. MC CLOUD, S. Desvendando os Quadrinhos[Understanding Comics]. Helcio de Carvalho; Marisa do Nascimento Paro (Trad.). São Paulo: M. Books, 1995. p. 22.


Hist贸rias em quadrinhos (HQ): hist贸rico

Figura 1. Imagem de ''Histoire de Monsieur Cryptogame'' , de Rodolphe T缨pffer. Retirado de: <http://en.wikipedia.org/wiki/File:Toepffer_Cryptogame_13.png>


Histórias em quadrinhos (HQ): histórico ●

Primeira HQ com personagem continuado: The yellow kid, de Richard Outcault (1895)

Figura 2. “The yellow kid”, de Richard F. Outcault. Quadrinho publicado em 1897, no New York Journal. Retirado de: <http://cartoons.osu.edu/yellowkid/1897/1897.htm >


Histórias em quadrinhos: elementos ●

Recurso visual e verbal

Figura 3. Páginas 40 (esq.) e 41 (dir.) da edição 03 do Sigma Pi.


Mangá: histórico ●

Primeiras manifestações: e-makimono

Figura 4. Rolo de e-makimono. Retirado de: <http://mangaarte.wordpress.com/2012/01/27/bem-vindo/>

LUYTEN, S.M.B. O poder e difusão dos quadrinhos japoneses como reflexo da sociedade nipônica.São Paulo, Escola de Comunicação e Artes - USP, 1987. Tese de doutorado, 261 p.


Mangá: histórico ●

Abertura política e econômica- período Meiji (1868- 1912) Quadrinhos japoneses sofrem influência do Ocidente - Charles Wirgman e George Biot

Termo mangá: Rakuten Kitazawa

Pós-guerra

Osamu Tezuka: criador do mangá como conhecemos atualmente


Shoujo mangá: mangá para garotas ●

Origem: Osamu Tezuka Posteriormente, mulheres começam a fazer mangá para o público feminino

Temática voltada para o gosto das garotas

Público-alvo: adolescentes (entre 12 a 17 anos)


Figura 5. Página de uma das edições do mangá “Ribon no Kishi”, de Osamu Tezuka. Retirado de: <http://www.sleepycomics.com/view.php?id=7441&img=3>


Figura 6. Revistas que publicam vários títulos de shoujo mangá (em cima) e edições encadernadas de shoujo mangá (embaixo). Retirado de: <http://www.shoujo-cafe.coml>


Figura 7. Página do mangá “Shoujo EVE Ringo Jikake no 24-ji”, de Arina Tanemura. Retirado de: <http://www.fanpop.com/spots/arina-tanemura/images/2332159/title/shoujo-eve-screencap>


HQs educacionais ●

Desconfiança dos adultos quanto à utilização deste meio para fins educacionais Primeiras revistas: True Comics, Real Life Comics, Real Fact Comics (1940) Temas abordados: bibliografia de personagens históricos, de cunho religioso, político e instrutivo

VERGUEIRO, W. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula.São Paulo: Contexto, 2009.


HQs educacionais ●

Inclusão dentro das salas de aula: início lento Vantagens de sua utilização

Despertar o interesse dos alunos

Tornar as aulas mais dinâmicas

Discussão de temas relacionados à aula proposta


Ciência nos quadrinhos ●

Quadrinhos com temática científica existem desde 1941: Classics Ilustrated e World Around Us

Figura 9. Trecho de páginas da edição brasileira “As novas aventuras de Donald Duplo”, número 02. Editora Abril.

TATALOVIC, M. “Science comics as tools for science education and communication: a brief, exploratory study.” Jcom(04), 2009.


Ciência nos quadrinhos ●

Newton and Copernicus (J. Olson)

Figura 10. Tirinha “Newton and Copernicus”, de J.C.Olson. Retirado de: <http://www.newtonandcopernicus.com/week1.html>


Guias cientíificos de mangá

Figura 11. Página da edição brasileira do Mangá de Física- Mecânica Clássica. Editora Novatec. Retirado de: <http://novatec.com.br/livros/mangafisica/>


Metodologia investigativa ●

Inquiry Ensino por descoberta, aprendizagem por meio de projetos, resolução de problemas, questionamentos Atividades inseridas dentro de seus interesses O indivíduo deverá ser capaz de:

Aprimorar o conhecimento

Ter interesse

Reconhecer os erros e aprender com eles

ZOMPERO, A.F. ; LABURÚ, C.E. “Atividades investigativas no ensino de ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens”. Rev. Ensaio. 13 : 67, 2011.


Ensino não-formal ●

É mais flexível e menos sistemático que o ensino formal Objetivos:

Formação de pessoas

Inserção do indivíduo dentro da sociedade

SCHAFRANSKI, M. D. “Educação não-formal e alfabetização de adultos: um relato de experiência”. Rev. Conexão. 3, 2007. GOHN, M.D.G. “Educação não-formal na pedagogia social”. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php>. Acesso em: 15 jun. 2012.


Objetivos Elaboração de uma revista de história em quadrinhos: ●

Metodologia investigativa

Estilo mangá

Abordagem de diferentes conceitos de química

Questionamento


Metodologia ●

Início: segundo semestre de 2009

Tempo de produção: 3 a 4 meses

05 edições finalizadas


Metodologia

Figura 12. Esquematização das etapas de elaboração de uma edição do Sigma Pi.


Metodologia Parte I: ●

Elaboração do roteiro

Pesquisa

Storyboard - rafe (Brasil) - name (Japão)

Figura 13. Página 16 da edição 03 do Sigma Pi no storyboard


Metodologia Parte II: ● ●

Desenho das páginas Digitalização e tratamento da imagem - Adobe Photoshop CS4

Retoques

Aplicação de retículas - Manga Studio EX 4.0

Revisão


Figura 14. Página 16 da edição 03 do Sigma Pi na arte-final (esq.), e finalizada (dir.)


Metodologia Parte III ●

Boneco

Divulgação e venda

Figura 15. Esquema de montagem do boneco. Retirado de: <http://www.quadrinize.com/2011/01/guia-como-fazer-seu-fanzine/>


Metodologia Preparação do questionário ●

Múltipla escolha

Linguagem coloquial

Utilização dos conceitos de química abordados até a edição 03


Metodologia Avaliação do conteúdo: 4 grupos ●

Grupo I (turma A de Bach. em Química - turma de 2012) Grupo II (turma B de Bach. em Química - turma de 2012 Grupo III (turma Licenciatura em Química turma de 2012) Grupo IV (público geral)


Resultados e Discussão ●

Avaliação da revista - estética

Figura 15. A personagem “Branca” nas edições 01 (esq.), 02 (dir.) e 03 (meio) do Sigma Pi.


Resultados e Discussão Avaliação da revista quanto ao conteúdo de química apresentado: ●

Considerou-se, a princípio, a abordagem de conceitos de química encontrados em livros de Química Geral (Mahan, Atkins) A partir da edição 03: buscou-se aliar os conceitos com o cotidiano

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química: um curso universitário.[University Chemistry]. Henrique Eisi Toma (Coord.). Koiti Araki (Trad.); Denise de Oliveira Silva (Trad.); Flávio Massao Matsumoto (Trad.). São Paulo: Edgard Blücher, 1995. p. 01-48. ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. [Chemical principles: the quest for insight]. Ignez Caracelli (Trad.). São Paulo: Bookman, 2002. p. 114-262.


Resultados e Discussão ●

Edição 01

Figura 16. Explicação sobre o vidro (esq.) e sobre átomo e matéria (dir.)


Resultados e Discussão ●

Edição 02

Figura 17. Citação do sulfeto de hidrogênio, H2S (esq.) e demonstração do experimento de combustão com balão contendo gás hidrogênio.


Resultados e Discussão ●

Edição 03

Figura 18. Explicação sobre teste da gasolina (esq.) e demonstração do experimento da “chama fria” (dir.)


Resultados e Discussão Comentários dos leitores ●

Críticas

“Em alguns momentos a narrativa torna-se confusa em relação aos personagens.” “...tente trabalhar um pouco mais a dinâmica dos corpos dos personagens.” “É difícil entender quem diz o quê, a ordem...” “Como o assunto é sobre química, acho que ficaria mais interessante abordar mais o assunto...”


Resultados e Discussão ●

Elogios

“A quadrinização está muito boa, porque segue um fluxo contínuo na conversa, não tem quebras!” “Os desenhos ficaram bem didáticos.” “Introdução de assuntos relacionados a química agregam valores à história.” “Como falou de gasolina, ficou mais perto do cotidiano-aplicação.”


Resultados e Discussão Avaliação do questionário ● ●

Intervenção em sala de aula: grupos I, II e III Grupo IV: respostas através de formulário online www.sigmapi-project.blogspot.com


Resultados e Discussão ●

Avaliação do perfil dos leitores Tabela 1. Gênero dos grupos que leram e responderm ao questionário .


Resultados e Discussรฃo Tabela 2. Faixa etรกria dos grupos.

Tabela 3. Grau de escolaridade (cursando) do Grupo IV.


Resultados e Discussão

Figura 19. Gênero de cada grupo e número total de participantes .


Resultados e Discussão Faixa Etária faixa etária de cada grupo e total 80 70

quantidade de pessoas

60 GI GII GIII GIV Total

50 40 30 20 10 0 10-15 anos

16-21 anos

22-27 anos

28-33 anos

34-39 anos

idade

Figura 20. Faixa etária dos grupos que leram o mangá e responderam ao questionário.


Resultados e Discuss達o

Figura 21.Grau de escolaridade (cursando) do Grupo IV.


Resultados e Discussão ●

Avaliação das respostas Tabela 4. Resultados da avaliação do questionário para os quatro grupos.


Resultados e Discussão Átomo e matéria - edição 01 “- Lembram que eu falei sobre os átomos logo no começo do mangá, quando a Branca tava que nem bixete de faculdade procurando o clube? Então, é o seguinte: naquela parte eu falei que os átomos são a menor parte que forma a matéria. E aí, você concorda? a) Sim! Eu concordo com tudo que você fala Colombo! Você está certo!! aplaude b) Hum, eu tô na dúvida...posso pedir ajuda pro universitário? - começa a olhar pro Nestor c) Claro que não, sua égua!! Existem partes ainda mais indivisíveis que os átomos! Vê se dá uma atualizada nos seus conhecimentos! d) Ahhh...não sei! Pula pra próxima??”


Figura 22. Páginas 21 (esq.) e 22 (dir.) da edição 01


Figura 23. Página 23 da edição 01 (esq.) e texto de curiosidades sobre o assunto (dir.).


Resultados e Discussão

Figura 24. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o assunto átomo a matéria.


Resultados e Discussão Estado físico do vidro - edição 01 “- Próxima...valendo um carro! - diz Colombo - Ainda no comecinho da história, a Branca faz um discurso todo filosófico sobre como o vidro é um "bagulho" que parou no tempo, como ele machuca as pessoas e blábláblá... Nisso, a Branca fica toda vermelha. - Mas enfim... - continua o rapaz - Já parou pra pensar sobre o que é o vidro? Tipo, que estado físico ele possui? a)Ah, mas isso é fácil! É um sólido, ele é todo duro, não é? b)Ele parece um líquido...é, acho que é isso! c)Hum...é um sólido amorfo! d)Nah, é um líquido amorfo! e)Eu olho pro vidro de casa e parece mais que é uma mistura de sólido e líquido...então deve ser isso!”


Figura 25. Página15 da edição 01 (esq.) e texto de curiosidade sobre o vidro (dir.).


Resultados e DiscussĂŁo

Figura 26. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o assunto estado fĂ­sico do vidro.


Resultados e Discussão Propriedades do hidrogênio - edição 02 “- E aí, vocês viram que fez uma explosão legal! - continua Colombo - Mas porquê? O que o hidrogênio tem de tão especial? a)Oras, porque ele é um gás inflamável! O nome já diz, não? Inflamável! b)Ah, porque ele é um gás inerte! Vive na dele e não interage com ninguém! c)Explodiu porque é um gás tóxico! Simples assim! d)O hidrogênio fede! Explodiu porque tem mau cheiro! Eca! e)Ué, ele explodiu porque não aguentou a pressão da sociedade moderna capitalista!”


Figura 27. Páginas 10 (esq.) e 11 (dir.) da edição 02.


Figura 28. Páginas 12 (esq) e 13 (dir.) da edição 02.


Figura 29. Página 14 da edição 02.


Resultados e DiscussĂŁo

Figura 30. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o assunto propriedades do hidrogĂŞnio .


Resultados e Discussão Gás do “ovo podre” - edição 02 “- Hohoho, estou gostando! - diz Colombo - Bom, um pouco antes desse experimento o Benjamin faz um comentário infeliz com a Branca pra ela não se preocupar que naquele dia eles não iriam usar um gás que cheirava a ovo podre. Você se lembra qual é esse gás? - pergunta Colombo. a)Claro que sim! É o anti-social do Hidrogênio! b)Hum...Sulfeto de hidrogênio! c)É o hélio! Também é um gás, certo? d)Ah, lembrei! É o nitrogênio! e)Nenhum deles! É outro gás, seu pamonha!”


Figura 31. Página 07 da edição 02 (esq.) e texto de curiosidades sobre o assunto (dir.).


Resultados e Discussão

Figura 32. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o assunto gás do “ovo podre”


Resultados e Discussão Líquidos - edição 03 “- Vejamos, a próxima... - Colombo olha nas fichas de pergunta em sua mão - Ah, sim, sobre líquidos! Pra variar, de novo o Benjamin fazendo o experimento...lembram do caso complicado entre água e gasolina? Da união conturbada entre eles? Que eles não se misturavam bem?Porque isso acontecia? a)Porque elas são moléculas polares! Duas coisas carregadas nunca vai dar certo! b)As duas são moléculas apolares, sem cargas! c)A gasolina é apolar e a água é polar! E depois dizem que os opostos se atraem... d)Nenhuma dessas opções! Menos um ponto pra você, Colombo! e)Não sei! Nestor, me ajuda!!”


Figura 33. Páginas 16 (esq.) e 17 (dir.) da edição 03.


Figura 34. Página 18 da edição 03.


Resultados e discussĂŁo

Figura 35. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o assunto lĂ­quidos.


Resultados e Discussão Experimento da “chama fria” - edição 03 “- Vamos lá - continua Colombo - Lembram daquele meu super experimento em que eu coloquei fogo numa nota de dez reais, mas ele não queimou? Lembram qual foi a "mágica" por trás daquele truque? a)Fácil! Você colocou fogo direto na nota! b)Molhou a nota com álcool e depois tacou fogo! c)Molhou a nota com uma mistura de água e álcool! d)Molhou a nota com água e colocou fogo em seguida! e)Nenhuma dessas! Dou zero pra você!”


Figura 36. Páginas 20 (esq.) e 21 (dir.) da edição 03.


Figura 37. Página 22 da edição 03.


Resultados e Discussão

Figura 38. Porcentagem de acertos (esq.) e erros (dir.) para o experimento da “chama fria”.


Considerações finais ●

Aplicabilidade da metodologia investigativa: Busca por experimentos próximos do cotidiano Melhora no aspecto visual e narrativo da revista

Vivência no Núcleo de Divulgação Científica Ouroboros: Peças de teatro ACIEPE


Considerações finais ●

Próximos passos: Utilização das sugestões dos leitores e dos resultados obtidos no questionário continuidade da metodologia investigativa e do ensino não-formal Procurar novas formas visuais de transmitir a química por meio das HQs Busca maior pelo despertar do interesse dos leitores em relação à quimica e às ciências no geral


Agradecimentos ●

À Prof. Karina Lupetti

Ao Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica

Ao Prof. Romeu e a Profa. Rose


Obrigada!!


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