Faculdade de Ciências e Tecnologia de Birigui – FATEB
Desenho Industrial
Design com Responsabilidade Social Representação do diagrama da trajetória do sistema de Edward Lorenz para a Teoria do Caos.
“Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas possa mudar o mundo; de fato, é assim que acontece” Margaret Mead (1901-1978) Birigui – SP 2009
“A mudança se faz com o desejo. Vai chegar um momento que se não for pelo desejo da mudança, vai ser por não ter outra saída.” (Thierry Kazazian - Haverá a idade das coisas leves, Design e Desenvolvimento Sustentável.)
FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA DE BIRIGUI – FATEB Desenho Industrial
Projeto de Pro duto a Partir de Tubos de R aios Catódicos com Ênfase S o c i a l , Econômica e Ambiental.
Edna Melin Dias Reinaldo Cezar Coelho Rodrigo Vieira Lima Banca Examinadora Ms. Prof José Eduardo Zago Prof. Fernando Eguia Prof. Francis Martins de Souza
Agradecimentos Ao orientador e Professor Mestre José Eduardo Zago pela força, credibilidade, confiança e ensinamentos. Aos demais professores que sempre se dispuseram a nos ajudar. Ao senhor Tarcisio e Fabio Manzini e o senhor Abilio que gentilmente nos cederam os tubos para os experimentos. Ao senhor José Roberto Araújo e o senhor Francisco Gonçalves da Silva que sempre nos atendeu com paciência e dedicação dando-nos apoio com conhecimentos e técnicas com vidros. Ao nosso amigo Kleber Alonso Dias que nos apoiou e nos ajudou em todos os momentos, principalmente nos que não podíamos estar presente. Ao nosso amigo Leandro Soares que nos ajudou com a renderização das imagens e na elaboração dos slides para apresentação do nosso projeto. Aos físicos Pedro Iwai e Dr. Marcos A. R. Fernandes, e ao Radiologista Marcio que executaram os testes de radioatividade, enriquecendo o projeto. Ao Prof. Dr. Hugo M. Veit da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ao pessoal da Biblioteca da Fateb que sempre atendeu com dedicação às nossas solicitações.
Dedicatória Ao meu esposo Kleber pelo amor e compreensão e a todos meus familiares. Edna Ao meu pai, irmãos, cunhados e sobrinhos, que sempre estiveram do meu lado. Reinaldo A minha mãe Inês Teodoro da Silva e familiares que sempre estiveram presentes me dando força e confiança para que eu chegasse até aqui. Rodrigo A todos que se dedicam as causas em defesa do meio ambiente e as causas sociais. A todos que também como nós se entusiasmaram e que de alguma forma se envolveram, direta ou indiretamente, contribuindo para que tornasse possível a realização deste trabalho.
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SUMÁRIO 04
Agradecimentos Dedicatória
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Geração de alternativas
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Resumo
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Prototipagem
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Introdução
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Produto Final
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Objetivo Geral
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Ambientação
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Objetivo Específico Materiais Recicláveis
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Conclusão
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Escolha da Matéria-Prima
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Bibliografia Consultada
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O meio ambiente e o CRT
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Anexo I Anexo II
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Como eram as primeiras televisões?
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Anexo III
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Legislação
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Propriedade do vidro do tubo de CRT
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Procedimentos para testes
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Mercado Metodologia
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Materiais e Métodos
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Painel de inspirações
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Referências
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RESUMO Diante da dificuldade de reciclagem dos vidros dos tubos CRT, utilizados em aparelhos de televisão e computadores, por conterem materiais tóxicos e que são erroneamente descartados no meio ambiente, considerando a troca destes monitores por outros de tecnologias diferentes, como é o caso do LCD, e tendo em vista ainda o surgimento de novas tecnologias e mais baratas, o que diminui o tempo de vida útil do produto, o que pode ocasionar uma troca abrupta desses monitores aumentando o descarte e causando efeitos indesejáveis, este trabalho demonstra que é possível a reutilização destes vidros, considerando suas propriedades químicas, mecânicas e estéticas, podendo ainda gerar empregos e renda com o desenvolvimento de novos produtos com a intervenção do design e principalmente contribuir com a preservação do meio ambiente. 06
Introdução
U
m dos conceitos para Responsabilidade, conforme o dicionário Michaelis, é de que Responsabilidade é uma imposição legal ou moral de reparar ou satisfazer qualquer dano ou perda; de acordo com a Sociologia, Social é aquilo que é relativo ou pertencente às manifestações provenientes das relações entre os seres humanos, inclusive aquelas que constituem o campo específico da Sociologia. Deste modo o termo Responsabilidade Social poderia ser definido como uma imposição de reparar um dano relativo às manifestações advindas de relações entre os seres humanos. De acordo com o site Wikipédia, existem várias definições para o termo Responsabilidade Social, uma delas diz respeito ao cumprimento de deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral.
ato de reparar um dano a outrem. No entorno dessa relação de troca está o “sujeito” mais prejudicado, o meio ambiente, que não se enxerga quando definimos Responsabilidade Social desta maneira, e não há para com ele uma imposição de reparo as perdas causadas durante anos, relativas às tais manifestações das relações entre os seres humanos.
“... é inevitável pensar em Responsabilidade Social e agir sem Sustentabilidade, uma anda de mãos dadas com a outra.”
Analisando o termo destas maneiras, Responsabilidade Social se torna uma forma de escambo, simples e fácil de ser aplicada. Não que seja difícil, porém Responsabilidade Social diz muito mais do que um simples
Definir em poucas palavras o termo Responsabilidade Social seria o mesmo que limitar as ações que norteiam os conceitos sobre o tema, principalmente numa sociedade em ritmo constante de expansão e evolução.
Sobre Responsabilidade Social o jornalista Fernando Mendonça, da revista FAE BUSINESS, em sua edição de número 9 de setembro de 2004, declara “Há quem afirme que as empresas nada mais fazem do que expiar-se tardiamente de uma culpa histórica por produzir bens e miséria a um só tempo. Teria portanto chegado o tempo de procurar “corrigir” esse mal por meio de ações sociais. Seria uma forma de reportar-se à sociedade nos seguintes termos: “OK, sabemos que durante os últimos 200 anos nós nos portamos muito mal, poluímos rios, devastamos florestas, extinguimos espécies animais e vegetais e produzimos milhões de famélicos ao redor do planeta, mas estamos dispostos a corrigir esse imenso equívoco.”
RESPONSABILIDADE SOCIAL
SUSTENTABILIDADE
Para Emerson Kapaz do Instituto Ethos, em entrevista para o jornalista citado acima e publicada na referida revista, “Responsabilidade Social nas empresas significa uma visão empreendedora mais preocupada com o entorno social em que a empresa está inserida, ou seja, sem deixar de se preocupar com a necessidade de geração de lucro, mas colocando-o não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para se atingir um desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida.”
De acordo com o relatório da ONU Green Jobs (Trabalhos Verdes) 2008, prevê a criação de milhares de empregos além dos milhares já existentes decorrentes de ações sustentáveis. Tais “Empregos Verdes” mantêm a promessa de que a humanidade será capaz de enfrentar todas as faces dos desafios do século XXI, evitando potencialmente a ingovernável alteração climática, protegendo o ambiente natural que suporta a vida na terra, proporcionando um trabalho digno e perspectiva de bem estar e dignidade para todos, em face do rápido crescimento da população mundial e a atual exclusão de mais de um bilhão de pessoas por razões de ordem econômica e o desenvolvimento social.
Conclui-se que é inevitável pensar em Responsabilidade Social e agir sem sustentabilidade, uma anda de mãos dadas com a outra. A sustentabilidade abrange desde o indivíduo como parte integrante da biosfera a vários níveis de organizações. Segundo o Relatório de Brundtland (1987) sustentabilidade é: “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Porém para o John Tackara em seu livro Plano B (2008) ainda não estamos no ponto de prover a sustentabilidade como um processo ou estado que possamos mantêla indefinidamente em um determinado nível. Segundo ele “...a nossa economia se tornou extremamente complexa e depende de fluxos excessivos de energia e matéria não renováveis. Muitas pessoas, diante desse desequilíbrio, passaram a esperar, mais cedo – e não mais tarde -, o colapso da sociedade industrial, considerando que esses fluxos excedem tão brutalmente a capacidade da biosfera.”
Ações imbuídas de responsabilidade social, produtos gerados com o máximo de sustentabilidade são características que agregam valores e leveza aos produtos e serviços que precisam e podem estar em perfeita harmonia com a economia e com a ecologia, sem deixar de atender o consumidor, preservando sua individualidade e oferecendo a sensação de exclusividade o qual busca o consumidor de alta renda, grande disseminador do conceito de sustentabilidade e de acordo com o professor Ismael Rocha, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), esse consumidor tende assimilar melhor o conceito de sustentabilidade, criam novas culturas de consumo e são formadores opiniões. Contudo pode-se ressaltar a importância de ações que promovam o bem-estar entre a relação homem-meio ambiente; e disseminar o preceito de que não se deve duvidar que um pequeno grupo de pessoas possa mudar o mundo, como afirmou a antropóloga americana Margaret Mead (1901-1978). Pode-se comparar tais resultados aos dos conceituados no Efeito Borboleta, analisado pela primeira vez em 1963 pelo meteorologista e matemático Edward Lorenz, que consiste em explicar que pequenas alterações em dada região do globo pode ter conseqüências devastadoras em outros locais, como por exemplo, o simples bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadearia um tornado no Texas. Se o bater de asas de uma borboleta origina um tornado então pode igualmente evitar um tornado desencadeado por si, bem como o homem que até o momento devastou pode igualmente preservar.
De acordo com o site, www.sustentabilidade.org.br, qualquer animal vivo é insustentável. “A sustentabilidade faz sentido apenas quando se considera todo o conjunto complexo onde este animal está inserido. Sendo o homem um representante do reino animal, não faz sentido falar de indivíduo sustentável a menos que se mapeie toda a sua atividade e influência no mundo. O que parece inegável é que o simples fato de alguém existir já gera algum impacto ambiental e social. Esse impacto pode ser maior ou menor, dependendo de suas decisões e ações como indivíduo.” O processo de produção de tudo aquilo que consumimos passa pelo mesmo sistema: extração de matéria prima, produção, distribuição, consumo e descarte. Esse sistema linear, descrito no documentário A história das coisas, de Annie Leonard, está gerando diversos danos ao meio ambiente. Reduzir o consumo, reutilizar o que ainda for possível e reciclar o que não pode mais ser utilizado é uma forma encontrada e que já está sendo posta em prática por muitas pessoas. Esse conceito, conhecido em todo o planeta como 3 R´s, estimula as pessoas a pensarem de forma consciente em tudo aquilo que elas consomem (de amaciante de roupa à energia elétrica) e no que acontecerá com aquele produto depois que ele for descartado.
Objetivo Geral O objetivo geral deste trabalho é incentivar a redução de impactos ambientais, gerar emprego e renda por meio de um produto, através da interferência do design, seja no reaproveitamento de materiais recicláveis ou na criação e desenvolvimento de um novo produto, ou para substituir um já existente desde que tenha menor impacto ambiental, que tenha embutido na sua concepção valores sociais tendo sempre como parâmetros os pilares da sustentabilidade.
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»»Inorgânico:
Objetivo específico
composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
Desenvolver produtos a partir de materiais recicláveis, contribuindo para o equilíbrio das três esferas da sustentabilidade: Social, Econômica e Ambiental.
Quanto à origem:
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Utilizar matéria prima que esteja sendo descartada e que por algum motivo não possa ser reaproveitada, que não haja tecnologia para seu reaproveitamento ou ainda cuja tecnologia existente seja de alto custo inviabilizando o processo de reciclagem. Eliminar o descarte e diminuir o impacto ambiental.
Domiciliar: originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros ítens. Pode conter alguns resíduos tóxicos.
Gerar renda a partir dos produtos desenvolvidos com a matéria prima a famílias carente, grupos, organizações, cooperativas de trabalho, empresas, etc. contribuindo consecutivamente com o desemprego, melhorando panorama econômico e social.
Comercial: originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.
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Serviços Públicos: originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc, constituído por restos de vegetais diversos, embalagens, etc.
Conscientizar e orientar a população de forma clara e objetiva quanto à possibilidade de reciclagem do material a ser trabalhado, contribuindo com o processo de reciclagem seletiva de lixo e articular através de programas os meios necessários para recolher e transportar a matéria-prima .
»»
Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função de suas características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.
Desenvolver e orientar no processo de produção do produto gerado.
»»Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferro-
Materiais recicláveis
viários: resíduos sépticos, ou seja, que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.
Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando.
»»Industrial: originado nas atividades dos diversos ramos
da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.
O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras, de acordo com sua característica, sendo: Quanto às características físicas:
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Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipamentos e técnicos adequados.
e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc...
cuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial.
»»Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas »»Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícola e peQuanto à composição química:
»»Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, »»Entulho: resíduos da construção civil: demolições e resrestos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
tos de obras, solos de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.
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Escolha da matéria prima
O grupo então optou por desenvolver produtos a partir de tubos de raios catódicos utilizados em monitores de TV e monitores de computador pessoal, tendo em vista que de acordo com análise em questão “o CRT é composto de 85% de vidro, entretanto, a reciclagem do vidro é problemática, pois em geral eles são compostos de 4 partes, o painel, o cone, o pescoço e junção, cada um com diferentes composições químicas e propriedades. Os vidros do cone e pescoço são composto de chumbo e outros materiais cancerígenos, como Bário e Estrôncio, estas partes são proibidas de reciclagem para fabricação de recipientes, usos domésticos ou fibra. Por esta razão é importante o desenvolvimento de aplicações para a reciclagem do vidro do CRT.” Considerando ainda que de acordo com o Jornal da Sociedade Européia de Cerâmica (2007), um estudo de caso sobre reciclagem de vidro de CRT em esmalte cerâmico, realizado por Fernanda Andreola, Luisa Barbieri, Anna Corradi e Isabella Lancelloti, revela que nos últimos anos, os Estados-Membros da União Européia foram ocupados pela problemática dos Resíduos de Equipamentos Elétrico e Eletrônicos – REEE, e que as técnicas de reciclagem de metais, plásticos, e os componentes eletrônicos já existem, enquanto a utilização de vidro de CRT é bastante problemática, devido a diferentes composições. Porém já existem resultados satisfatórios em escala de laboratório para utilização de vidro de CRT para a obtenção de esmaltes cerâmicos. Diante da constatação em loco, em lixões, aterros sanitários, lojas de conserto de equipamentos eletro eletrônicos, conforme quadro 1 e quadro 2, verificou-se a irresponsabilidade do descarte desses equipamentos no meio ambiente. Infelizmente no Brasil ainda não há políticas públicas que norteiam o controle de descarte desses materiais, e não se sabe a que proporções estão os danos causados por anos de descarte irregular, que provocam contaminação do meio ambiente através da lixiviação pelas águas das chuvas.
Aterro sanitário
De acordo com análise ambiental e simulação para substituição de monitores de CRT por LCD, realizada por Ronaldo da Cunha Vasconcelos, outubro de 2007, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre pela Universidade Federal de Itajubá, observou-se que se tratava do material procurado de acordo com os objetivos propostos.
Quadro 1
Quadro 2
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Desmanufatura dos componentes de um aparelho de televisão
DESMANUFATURA DOS COMPONENTE
Separador por tamanhos
Caixa plástica
Eletro eletronico
Metais e Fios
Cinescópio
Placas e componentes
Funil
Painel
Remoção do Fósforo
RECICLAGEM
O Meio Ambiente e o CRT Um monitor CRT contém aproximadamente de 1,8 a 4,5 kg de metais pesados com o chumbo e cádmio. A incineração de forma inadequada destes materiais pode contaminar o ar, o solo e as águas. A presença destes matérias sugere que estes equipamentos devam ser tratados de forma separada do lixo urbano comum e reciclados quando possível. Nos EUA, apesar de existirem leis, a maioria do lixo eletrônico acaba por ser depositados em aterros sanitários ou exportados e o governo norte-americano tem pouco controle sobre a reciclagem destes materiais. Dois Estados, Califórnia e Massachussetts, possuem leis banindo o lixo eletrônico dos aterros municipais (MACCARTHY, 2002). O governo da Califórnia estima que o Estado tenha cerca de 6 milhões de velhos monitores e televisores para serem reciclados, sendo que 10.000 são descartados toso os dias. No Canadá, apenas no ano de 2000, foram descartadas mais de 40 mil toneladas de computadores, considerados velhos (GONÇALVES, 2005) Histórico do desenvolvimento e
Vidro limpo
evolução tecnológica dos tubos de imagens De acordo com John Thackara, em seu livro Plano B (2008), para mudar a forma como fazemos as coisas, precisamos mudar a forma como as percebemos. Precisamos projetar macroscópios, e não microscópios, para nos ajudar a entender de onde as coisas surgem e por quê. Munidos de um entendimento mais claro do porquê de nossas situações presentes serem o que são, podemos descrever melhor onde queremos estar.
Alexandre Bain
Aqui se descreve a evolução histórica dos monitores de televisão e dos monitores de computador pessoal, que são base de estudo deste trabalho. O aparecimento da televisão devese em grande parte a cientistas, visionários e homens de idéias muito avançadas. Desde o inicio do século XIX, os cientistas estavam preocupados com a transmissão de imagens à distância. E foi com a invenção de Alexander Bain, em 1942, que se obteve a transmissão telegráfica de uma imagem (fac-símile), atualmente conhecido como fax.
Telégrafo de Bain
Vidro c/ chumbo
Fósforo
Mas já em 1817, o químico sueco Jons Jacob Berzelius descobriu o selênio. Mas só 56 anos depois, em 1873, é que o inglês Willoughby Smith comprovou que o selênio possuía a propriedade de transformar energia luminosa em energia elétrica. Através desta descoberta conseguiu-se realizar a transmissão de imagens por meio da corrente elétrica. Em 1884, o alemão Paul Nipkow, inventou um disco com orifícios em espiral com a mesma distância entre si que fazia com que o objeto se subdividisse em pequenos elementos que juntos formavam uma imagem. No ano de 1892 Julius Elster e Hans Getiel inventaram a célula fotoelétrica. Em 1906 Arbwehnelt desenvolveu um sistema de televisão por raios catódicos, sendo que o mesmo ocorreria na Rússia por Boris Rosing. O sistema empregava a exploração mecânica de espelho somada ao tubo de raios catódicos.
Jons Jacob Berzellius
Fotos: Edna Melin Dias
Em 1920 realizaram-se as verdadeiras transmissões, graças ao inglês John Logie Baird, através de um sistema mecânico baseado no disco de Nipkow. Quatro anos depois, em 1924, John Baird transmitiu contornos de objetos à distância e no ano seguinte fisionomias de pessoas. Já em 1926, John Baird, fez a primeira demonstração no Royal Institution em Londres, para a comunidade científica e logo após assinou contrato com a BBC para transmissões experimentais. O padrão de definição possuía 30 linhas e era mecânico.
Esquema do Disco
Fotografia da primeira imagem transmitida pelo ‘televisor’ de John Logie Biard, 1926
Receptor desenvolvido por John Logie Bird com tela de 4 a 5”.
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Baird e o seu assistente
John Baird e o seu sistema
Iconoscópio
Nesta altura, mais concretamente no ano de 1923, o russo Vladimir Zworykin patenteou o Iconóscopio, invento que utilizava tubos de raios catódicos. Também Philo Earsworth em 1927 patenteou um sistema dissecador de imagens por raios catódicos, mas com uma resolução pouco satisfatória. Zworykin foi convidado pela RCA para encabeçar a equipe que viria a produzir o primeiro tubo de televisão chamado Orticon, que passou a ser produzido à escala industrial a partir de 1945.
qualidade e nitidez. No espaço de três meses o seu sistema oficial já era de 405 linhas. No ano seguinte três câmaras eletrônicas transmitiram a cerimônia da coroação de Jorge VI para cerca de 50 mil telespectadores.
Em Março de 1935, a Alemanha foi o primeiro país a oferecer um serviço de televisão pública, adotando um padrão de média definição com 180 linhas e 25 quadros por segundo. No mesmo ano, mas em Novembro a França iniciou as suas transmissões, sendo a torre Eiffel o posto emissor. A BBC foi inaugurada em 1936, na Inglaterra, com uma imagem composta por 240 linhas, padrão mínimo que os técnicos chamavam de “alta definição”, por garantir uma boa
As transmissões regulares a cores nos E.U.A, começaram em 1954. Mas já em 1929, Hebert Eugene Ives realizou, em nova Iorque, as primeiras imagens coloridas com 50 linhas de definição por fio, cerca de 18 frames por segundo. Peter Goldmark aperfeiçoou o invento mecânico fazendo demonstrações com 343 linhas, a 20 frames por segundo, em 1940. Vários sistemas foram criados, mas todos encontravam barreiras: se um sistema novo surgisse, o que fazer com aparelhos antigos a preto e branco que já eram por volta de 10 milhões no início dos anos 50. Criou-se nos Estados Unidos um comitê especial para, no sentido literal colocar cor no sistema preto e branco. Esse comitê recebeu o nome de National Television System Committee (também conhecido como National Television Standars Comittee), cujas iniciais serviam para dar nome ao novo sistema, NTSC.
Como eram as primeiras televisões? 1935 – Philips
Os primeiros aparelhos de televisão eram rádios com um dispositivo que consistia num tubo de néon com um disco giratório mecânico que produzia uma imagem vermelha do tamanho de um selo postal. O primeiro serviço de alta definição apareceu na Alemanha em Março de 1935, mas estava disponível apenas em 22 salas públicas. As primeiras televisões eram como as que se encontram nas imagens a seguir e eram autênticos móveis. Embora a tela fosse pequena e as imagens de fraca qualidade, os componentes eletrônicos necessários requeriam grandes espaços.
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TV Philips 1950
TV Philco 1958
Fabricado na Holanda
Fabricação Americana
Primeiro modelo Philips a chegar no Brasil.
Modelo 9L7
TV Philco 1954 USA Com Rádio-vitrola Modelo R201
TV Invictus Brasil 1962 Modelo CT-11
1964 – Modelo da Philips colorida com tela de 17”
1954 - RCA apresenta seu primeiro modelo de TV a cores.
Televisor Empire Brasil 1963
TV Philco 21”
TV Philco 24”
TVs com Design Espacial Anos 70 Japão
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Monitores para computador Os monitores de computador emprestaram a tecnologia do tubos de imagem utilizados nas televisões, porém depois de seu surgimento e atualmente com as possibilidades de uso do computador também como televisão, a demanda e troca por novos modelos é mais rápida e barata.
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No passado, muitas tecnologias foram substituídas nos mais diversos setores da sociedade. Em alguns casos as mudanças foram graduais, em outros, as substituições se deram de forma radical e nem sempre com a apresentação dos resultados teóricos esperados.
No caso da União Européia, algumas políticas foram adotadas de acordo com o resultado da pesquisa de experiência de outros países na área de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, verifica-se a existência de algumas iniciativas. A comunidade Européia, em função de reflexos negativos, decorrentes do manuseio, reciclagem e disposição de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, aprovou recentemente duas Diretivas relacionadas ao problema: a Diretiva 2002/96/CE, que estabelece regras disciplinando a gestão adequada desses resíduos, tendo como principio a responsabilização do poluidor pagador, e a Diretiva 2002/95/CE, relativa à restrição do uso de determinada substâncias perigosas nos equipamentos elétricos e eletrônicos. A Diretiva 2002/96/CE prevê a responsabilidade pós-consumo do produtor como forma de incentivas a concepção e produção dos EEE, que contemplem plenamente e facilitem o seu conserto, eventual atualização, desmontagem e reciclagem.
Estima-se que novas tecnologias como OLED (Organic Ligth Emitting Diode) ou Diodo Orgânico Emissor de Luz, virão em poucos anos para substituir os monitores de Plasma e LCD, os mais otimistas acreditam que em 2010 será possível encontrar monitores desta nova era em lojas. As OLEDs prometem telas planas muito mais finas, leves e baratas que os atuais LCD. Estes diodos orgânicos são compostos por moléculas de carbono que emitem luz ao receberem uma carga elétrica. Estas moléculas podem ser aplicadas diretamente sobre a superfície da tela, usando algum método de impressão logo em seguida são acrescentados filamentos metálicos que conduzem os pulsos elétricos a cada célula a um baixo custo. Este tipo de tela poderá ser produzido até mesmo usando uma impressora jato de tinta, equipada com as tintas corretas. Com esta técnica podem-se produzir telas de baixa densidade, como os usados nos aparelhos de som automotivos, celulares, e-paper, e-books, leitores descartáveis ou a construção de telas mais elaboradas, capazes de concorrer com os monitores LCD. São telas muito simples e apresentam um custo baixo.
Na Alemanha a EAG, Elektro Altgeräte Richtline é a primeira a oferecer um padrão técnico profissional amplo e benigno ao meio ambiente de resíduos líquidos e sólidos, a regulação das baterias e padrões voluntários de organizações como a VDMA – Federação dos Engenheiros da Alemanha e a AVEI – Associação dos fabricante de produtos elétricos e eletrônicos da Alemanha, classifica a ameaça ambiental dos diferentes grupos de EEE, componentes e materiais. Elas apresentam tratamentos disponíveis e opções de disposição final de EEE.
Legislação
Na União Euroéia, há a diretiva “Weste Electrical and Electronic Equipament” de 2002, e outra para susbstaãncias perigosas, a “REstriction of the Use of Certain Hazardous Substances in Electrical and Electronic Equipament”. Estas duas diretivas da União Euroéia são baseadas no princípio da responsabilidade de produtos, que asseguram a compatibilidade ambiental do descarte de resíduos em termos mais espeíficos.
Com intenção de diminuir a exclusão digital, paises como os EUA estão sendo acusados de depositar seu lixo tecnológico em paises em desenvolvimento, pois os equipamentos, em grande parte, são inúteis ou sem conserto, o que estaria criando um enorme problema ambiental em alguns dos lugares mais pobres do mundo, como na Nigéria e na África Ocidental, como afirma o relatório The Digital Dump: Exporting Reuse and Abuse to África, lançado pela organização não governamental BAN – Basel Action Networked. O relatório diz que equipamentos obsoletos estão sendo doados ou vendidos por empresas norte-americanas como um modo de evitar despesas com a correta reciclagem de seus computadores.
Nos EUA, a EPA – Agencia de Proteção Ambiental, aprovou a resolução “Hazardous Waste management Sustem; Modification of the Hazardous Waste Program; Cathode Ray Tubes”, que determina as regras para descarte, reaproveitamento do vidro e da parte eletrônica, reciclagem, armazenagem, desmontagem e transporte de CRT.
Internacionalmente, está em vigor a Convenção de Basiléia, de 1989, única regulamentação internacional que proíbe o movimento de resíduos perigosos entre fronteiras, incluindo o Brasil, dentre seus, os principais objetivos são o de controlar e minimizar a geração e transporte de resíduos perigosos entre fronteiras, auxiliar os países em desenvolvimento e com economias em transição dos resíduos perigosos por eles gerados, proibir o transporte de resíduos para paises sem capacitação técnica, administrativa e legal (LEMOS, 2007)
No Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ainda em projeto, recebeu mais uma atualização em sua versão consolidada em 24 de abril de 2009 da subemenda substitutiva ao Projeto de Lei no. 203 de 1991, o qual atribui em seu Artigo 33 a responsabilidade de coleta, reciclagem e deposição adequada dos resíduos eletroeletrônicos aos respectivos produtores, importadores, distribuidores e comerciantes, que serão obrigados a estruturar e implementar
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sistema de logística reversa, mediante retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor.
Propriedades do vidro do tubo de CRT Os tipos de vidros são definidos pela natureza e proporções dos óxidos metálicos empregados em sua composição. Elementos geralmente na forma de óxidos podem ser adicionados no sentido de se obter propriedades especiais, tal como resistência à radiação, como no caso dos vidros dos tubos CRTs. De acordo com estudo de caso sobre reciclagem de vidro de CRT em esmalte cerâmico, realizado por Fernanda Andreola, Luisa Barbieri, Anna Corradi e Isabella Lancelloti, há uma diferença nas propriedades dos tubos de CRT preto e branco e os tubos CRT a cores e para cada parte do tubo são utilizadas diferente composições de acordo com as solicitações a que o vidro é exigido, como por exemplo no painel (parte frontal) o vidro é homogênio, contem níveis elevados de bário (9 a 11%) para proteger contra a radiação, estrôncio (8 a 10%), é de cor azul-esverdeada e seu peso é cerca de 2/3 de todo o CRT. O cone contém uma quantidade significativa de chumbo (18 a 20%), que é completamente ausente no painel. A razão de diferentes composições químicas deriva da evolução dos equipamentos. Nos últimos 25 anos as propriedades de um vidro de CRT colorido evoluíram, em particular, sobre a melhoria de brilho e contraste. O CRT a cores tornaram-se mais de 10 vezes mais brilhante do que os primeiros modelos e 2 vezes superior que os equipamentos monocromáticos. O aumento da tensão de aceleração provocou a necessida-
de de aumentar o conteúdo dos elementos de composição com habilidade de absorção de raios-X. No caso de vidro do funil e do pescoço, foi aumentado o conteúdo de óxido de chumbo, mas a mesma medida não foi tomada para painel de vidro, devido ao fenômeno de escurecimento. Como o aumento de tensão intensifica o feixe de elétrons que irradia em um lugar específico da tela, resultante do efeito de escurecimento do painel de vidro, sendo o chumbo o mais fácil de ser reduzidos no vidro, como resultado da aceleração causada pela geração de escurecimento. Consequentemente, composições de óxido de chumbo foi removido do painel, embora inicialmente eles continham de 0,5 a 3 % óxido de chumbo, porém a absorção de raios-X é mantida por adicionar maiores quantidades de bário, estrôncio e zircônio. Por isso, é comum na composição do painel de vidro encontrar mais de dois tipos de óxidos alcalinos, a fim de evitar a coloração. O rácio de sódio e potássio são otimizados e os montantes de ambos são quase iguais. A presença de pequenas quantidades de cério na composição tem o efeito de impedir o escurecimento por raios-X, o antimonium está presente como agente para refinar e derreter as coimas e evitar as bolhas no vidro. Além disso, a adição de ingredientes de titânio ao vidro tem o efeito de impedir solarização (efeito da luz solar). O painel de vidro são corados com óxidos de cobalto e níquel, a fim de dar transmissão correta à luz. O painel e o funil de vidro são revestidos com diferentes tipos de substâncias que contem metais pesados e elementos perigosos. Alguns autores descrevem a presença de quatro camadas de revestimentos na superfície interior do painel de vidro. Na primeira camada de revestimento uma mistura de pasta de carbono e outros tensioativos produzem um carbono negro e listras claras. Três cores fluorescentes em pó (verde, azul e vermelho) formam a segunda camada. O terceiro é uma laca (wike como uma camada), aplicado para selar o • Estrôncio: As formas estáveis (não radioativas) não provocam efeitos adversos significativos à saúde. • Bário: são venenosos quando dissolvidos em água, é usado em medicina como contraste porque não se dissolve e por ser eliminado rapidamente pelo trato digestivo • Zircônio: De baixa toxidade. • Cério: Toxidade de moderada a baixa, inflamável em contato com o ar. • Cobalto: Risco provém da inadequada manipulação ou manutenção das unidades de radioterapia. • Níquel: Não há problemas no níquel em contato com a pele desde que obedeça os níveis permitidos, exemplos, as moedas.
pó fluorescente na superfície interior do painel de vidro. O revestimento final é um filme de alumínio utilizado para aumentar o brilho.
Em seguida prosseguiu-se com os testes no tubo de CRT em vários ângulos, na parte frontal e no funil do tubo, onde também foi constatado o resultado O (R) Röentgen de radiação, comprovando que não há radiação ionizantes e não-ionizantes, conforme figura abaixo:
Por outro lado, para o cone só dois revestimentos são identificados: um não-reflexivo preto grafite (rico em óxido de ferro) para a superfície e na parte interna uma pintura de carbono negro. Em consulta via e-mail ao Prof. Dr. Hugo M. Veit da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Anexo I, esclarece que “Nos CRT’s temos basicamente dois tipos de vidros, a parte da frente (vidro comum que pode ser reciclado facilmente) e a parte de trás, que tem muito chumbo junto. Esta parte é de difícil reciclagem. Tem gente que usa em material cerâmico (para fabricação de pisos), pois retirar o chumbo se torna bastante caro e como o vidro não possui um grande valor agregado o custo do processo não se justifica.”
OBS. O teste foi realizado com o tubo de CRT desligado (sem condução elétrica)
Outra preocupação em torno dos tubos de CRT é a questão radioativa. Para a maioria dos leigos os tubos de CRT é um material radiativo, portanto impróprio para manuseio conforme sugere este trabalho. Para eliminar esta duvida foram realizados testes que comprovam a ausência de radiação nos tubos CRT.
Os tubos de CRT são aparelhos que produzem raios de efeitos catódicos, ou seja, carga positiva, e não ionizam os átomos, produzindo somente radiação não-ionizantes. As radiações são barradas pelo chumbo que estão nas composições químicas no funil do tubo. Quando o tubo de CRT esta ligado a uma voltagem, produz elétrons que são emitidos em ondas dentro da câmara a vácuo (tubo de CRT), onde em contato com o material fluorescente, que é o Fósforo (produto químico), que reflete e projeta a imagem no tubo de CRT.
Os testes foram feitos pela Nucleata Radiometria (prestadora de serviços de Laudos Radiométricos em equipamentos que emitem radiação ionizantes e não-ionizantes), estabelecida na Rua Oscar Rodrigues Alves, 720, Vila Mendonça em Araçatuba – SP.
Conclui-se que o tubo de CRT só produz radiação não-ionizante, mediante condução elétrica, ou seja, somente quando está ligado. O maior perigo constatado no tubo de CRT é com seu manuseio, como são feitos de vidro, um material perfuro-cortante, sendo mais grave quando ocorre acidente com corte, pois o fósforo além de tóxico é de difícil cicatrização.
Os testes no tubo de CRT foram realizados por um Monitor de Controle de Radiação Modelo 2026C da Marca Radcal Corporation e teve acompanhamento e parecer dos físicos Pedro Iwai (NUSP – 5128 001) e Dr. Marcos A. R. Fernandes (CNEN: FT 0094).
De acordo com artigo publicado no Waste Management, homepage www.elsevier.com/locate/wasman, a grande preocupação ambiental é o potencial de lixiviação da elevada concentração de chumbo presente no funil. Um resíduo é classificado como perigoso se a concentração elementar de lixiviação excede os limites listados pela TCLP – Toxicity characteristic leaching procedure, que é um método de extração de amostra de solo para análise química utilizada como método analítico para simular a lixiviação através de um aterro sanitário.
Procedimentos para os testes Primeiro como de costume foi feito análise do ambiente em que iria ser realizado o teste, ou seja, a chamada radiação cósmica (radiação ambiente), onde constatou-se o resultado de O (R) Röentgen (unidade de exposição a radiação ionizante produzida no ar), como mostra a figura abaixo:
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O artigo destaca destaca que tem sido desenvolvidos novos métodos para remover o chumbo do funil, como por exemplo num processo de esmagamento utiliza-se ácido de lixiviação e lavagem, onde tem sido demonstrado que as partículas lixiviáveis de chumbo no vidro moído pode ser efetivamente removido, e a indicação é de que esse vidro tratado que seja reutilizado como agregado para fazer produtos especializados de construção coberta, como por exemplo, blocos de partição. Porém ainda há reluta dos potenciais usuários em utilizar esse material reciclado por causa da preocupação sobre a comercialização do produto. O que demonstra a necessidade de, cada vez mais empenhar-se em trabalhos com esses resíduos para haja conscientização de e conhecimento sobre os mitos e as verdades dos CRTs.
de se apresentar as tomadas de decisões durante o desen-
Mercado
volvimento de novos produtos.
A utilização do CRT ainda é predominante, principalmente em televisores, por ser uma tecnologia mais acessí-
Outro fator relevante e que Baxter propõe que seja no-
vel, porém observa-se que a taxa de crescimento do con-
tado é a teoria da gestalt, que sugere que a visão humana tem uma predisposição para reconhecer determinados pa-
sumo de monitores LCD se eleva significativamente em
drões. Como o novo produto proverá de um material reci-
relação ao CRT.
clável, já possui características e padrões que facilitam a assimilação ao padrão visual que adquirimos, o novo produ-
O mercado brasileiro de televisores cresceu no período
to deverá imprimir novos padrões dificultando a assimilação
de 2004 a 2008. No ano de 2004 foram produzido 8.727.182
das características dos produtos anteriores, para não gerar
unidades de televisores com tecnologia CRT, 1.326 monito-
nenhum tipo de desconforto.
res de LCD e 989 televisores de Plasma. No ano de 2008 a produção para monitores CRT foi de 7.978.779 unidades,
Munari, em seu livro Das coisas Nascem Coisas (1998)
2.686.378 unidade de monitores LCD e 342.465 unidades
fala do reaproveitamento e cita o conhecido psicólogo
de monitores de Plasma. (SUFRAMA, 2009)
Edward de Bono, que em seu livro Imparare a pensare n 15
A troca de tecnologia é mais evidente nos monitores
giorni (“Aprender a pensar em 15 dias”), diz que “se devem
para computadores, que em comparação ao mesmo perí-
considerar as coisas não apenas naquilo que são, mas tam-
odo a produção de monitores LCD cresceu quase 300%,
bém no que poderiam ser. Em geral, a mesma coisa pode
foram produzidos 2.713.119 unidades de monitores CRT e
ser examinada sob muitos aspectos, e as vezes os pontos
98.356 monitores de LCD para o ano de 2004, já no ano
de vista menos óbvios vem a revelar-se os mais úteis. Vale
de 2008 foram produzidos 400.857 unidades de monitores
sempre a pena, quando se compreende uma coisa naquilo
CRT e 2.709.778 unidades de monitores LCD. (SUFRAMA,
que ela é, aprofundar seu exame para ver o que poderia
2009).
ser”, e acrescenta “para ver também em que poderia tornarse ou para que outra coisa poderia servir”.
Metodologia
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
De acordo com Baxter (1998) o fator determinante para o sucesso de novos produtos é a forte orientação para o
Geração de Alternativas
mercado, quais os benefícios e valores significativos terão os consumidores. Outro fator de forte influência é o planejamento e as especificações prévias de como o produto deve
Considerando que as medidas da matéria-prima a ser
ser, definindo com precisão e especificando precisamente
utilizada tem padrões definidos, sendo geralmente tubos de
antes do seu desenvolvimento.
CRT de 14’, 20’ e 29’, sugere-se que essas medidas sejam transferidas para um programa 3D (Auto CAD, 3D Studio
Para melhor visualizar as variações dos riscos ao longo
Max, NX...) possibilitando melhor visualização de novos
do processo de desenvolvimento, Baxter sugere uma serie
produtos, podendo gerar maior numero de alternativas e
de decisões que devem ser tomadas durante o processo,
bem próximas da realidade, permitindo também melhor di-
o que ele chama de Funil de Decisões. No entanto Baxter
mensionamento e diminuindo a perca de matéria prima com
concorda que a inspiração de uma nova idéia não pode ser
testes de visualização em protótipos.
representada linearmente, tendo em vista que as idéias surgem aleatoriamente e de várias maneiras durante o proces-
Abaixo as imagens e medidas desenvolvida no progra-
so, nessa situação o funil de decisões se coloca como forma
ma NX versão 5 e Auto CAD versão 2009:
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Tubo de 14”
Peso total do tubo: 10,000 g Peso do painel: 4,400 g Vidro do Painel: 44%
Tubo de 20”
Peso total do tubo: 14,400 g Peso do painel: 6,400 g Vidro do Painel: 45%
Tubo de 29”
Peso total do tubo: 26,500 g Peso do painel: 12,500 g Vidro do Painel: 47%
20
O mercado mais recente, porém prestes a ser dominado por novas tecnologias, estão também as TVs de telas planas que utilizam mesma tecnologia CRT, e que são ótimas opões para geração de novos produtos, tendo peso e medidas conforme abaixo: Peso total do tubo: 28,000 g Peso do painel: 13,500 g Vidro do Painel: 48%
2º passo – Coleta - transporte
Outra forma para auxiliar na criação dos produtos foi a montagem de um painel semântico, conforme sugere Baxter, que consiste em agrupar imagens que transmitam sensações e inspirações, cujas imagens serão mostradas na demonstração do desenvolvimento dos produtos. Para que todos os membros do grupo tivessem acesso fácil ao painel semântico, montou-se um blog onde todos tiveram acesso e inseriram novas imagens, podendo registrar suas aspirações e compartilhá-la com todo o grupo a qualquer momento, cujo blog pode ser acessado pelo endereço eletrônico: www.blogtcc.zip.net.
A coleta pode ser feita em dias pré-determinados ou agendados dependendo da quantidade a ser recolhida ou da necessidade de matéria prima. Para que a entidade/ empresa não necessite custear um veículo de grande porte para a coleta, sugere-se que o Governo Municipal disponibilize tal veículo, podendo observar simultaneidade de seus serviços prestados a comunidade, tendo em vista que a coleta é uma das fases quem tem o maior custo e dificuldade de ser executada.
»»O transporte dos tubos deve preservar a qualidade da
Materiais e Métodos
matéria prima, evitando queda, riscos, etc.
»»Sugere-se que seja indicado um local em cada bairro
Para que se obtenha melhor desempenho de tempo e segurança, tendo em vista os riscos inerentes da matéria prima a ser utilizada, sugere-se a criação de um espaço para esta única atividade, conforme operações necessárias durante o processo de produção dos produtos, considerando alguns processos e equipamentos necessários independente dos produtos a ser desenvolvidos.
para facilitar a coleta e diminuir o custeio
»»Divulgação de um número de telefone para que a população possa agendar a entrega dos tubos, considerando a dificuldade que se encontra na eliminação de materiais como este, a exemplo das pilhas e baterias.
3º passo – Separação
Orientações para preparação da matéria prima
»»Ao chegar no local de destino os tubos devem ser sepa-
1º Passo - Obtenção da matéria prima (tubos de CRT)
rados por tamanho e colocados sobre banca forrada com carpete para que não risque o vidro do painel e se perca qualidade nos produtos, esse cuidado deve ser tomado desde o transporte.
»»Lojas de manutenção de equipamentos eletro e eletrônicos;
»»Lojas de manutenção de equipamentos de informática; »»Depois de verificado se foi eliminado o vácuo do tubo, procede-se com a separação do painel e das demais partes »»Empresas e residências (Elaboração e distribuição de car- (pescoço, cone e junção), que é feito através de serra com tilha elucidativa sobre o trabalho da entidade/empresa, dos cuidados com o manuseio dos tubos e principalmente dos benefícios ao meio ambiente e a saúde humana Anexo).
ponta diamantada por uma maquita tomando os devidos cuidados para que não haja estilhaçamento.
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Modelo Automático Para esta fase há no mercado equipamentos como os separadores de CRT da marca suíça MRT System. Cujos equipamentos chega a custar R$ 217.000,00 o modelo manual.
Na versão simples o sistema é operado manualmente, ele pode processar CRTs de 8” a 40”. O operador aplica manualmente a bandagem de calor, de acordo com as medidas e arranhões. Modelo Manual
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01
Todo manuseio deve ser feito com equipamentos de segurança sendo:
02
1. Para proteção das mãos e maior aderência com o vidro, luva de malha impregnada com látex:
2. Para
proteção dos olhos, óculos com
ventilação indireta, evitando acidentes com esti-
03
lhaçamentos que é muito comum no manuseio com vidros:
04
3. Para proteção dos pés, botas de borracha, pois os cortes e os polimentos são realizados sempre com água, protegente e evitando a umidade:
4. Para proteção dos ouvidos, protetor auricular, tendo em vista a poluição sonora causada por lixadeiras, separadores de CRT e maquitas: 4º Passo – Fase Final Após a separação segue-se para a fase final que é extrair os produtos a serem desenvolvidos. De acordo com a propriedade e composição do painel de vidro, sugere-se diversos produtos como por exemplo:
»» Luminária; »» Fruteira; »» Bloco de tijolo
»» »» »» »» »» »»
(utilizado construção civil);
»» Saboneteira; »» Cuba para lavabo;
Cachepot; Porta revista; Descanso de copos; Descando de palelas; Porta guardanapos; Mesa de centro;
Dentre as alternativas levantadas escolheu-se duas para desenvolvimento dos produtos sendo: mesa de centro e cuba para lavabo, as quais serão demonstrado o processo de desenvolvimento dos mesmos conforme segue:
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Painel de inspirações Com as opções de produtos definidos o grupo partiu em buscar inspirações através de imagens que foram inseridas no blog conforme mencionado. As imagens foram inseridas de acordo com todo o contexto do trabalho, tornando a atividade mais envolvente e proporcionando visualizar novas formas para os produtos pretendidos.
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ReferĂŞncias
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Geração de Alternativas
Alternativa Escolhida
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Geração de Alternativas
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Prototipagem
O furo deve ser feito com broca também diamantada:
Segue-se a demonstração da prototipagem de uma das alternativas com métodos e materiais utilizados para concepção do produto final. Alternativa cuba Depois de retirado o vácuo do tubo CRT procedeu-se com a separação das parte:
A madeira utilizada na base foi o compensado flexível revestida com lâmina sintética e impermeabilizada com verniz naval. Molde para conformação da madeira: Separação da fita de alumínio
Separação do painel: Primeiro coloca-se uma fita para servir como guia de corte:
Prensa do compensado no molde:
Depois de separado partiu-se para a lapidação da peça:
Base conformada:
Equipamento utilizado na lapidação (lixadeira)
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Produto final:
Estudo de Cores
Desenho tĂŠcnico: Anexo 3
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AMBIENTAÇÃO
Viabilidade Social e Econômica Considerando a necessidades de vários tipos de equipamentos, manuais e elétricos, e tendo em vista que são equipamentos caros, e ainda a necessidade de local apropriado, sugere-se a união da iniciativa privada, pública e de toda a comunidade para viabilizar o projeto, podendo o governo municipal doar ou emprestar local para realização dos trabalhos, empresários doarem equipamentos e profissionais como vidraceiros, por exemplo, ensinarem aos futuros trabalhadores a manusear de forma correta os equipamentos.
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Conclusão Diante da problemática de reciclagem do vidro dos tubos CRT, utilizados em aparelhos de televisão e computadores; considerando principalmente a substituição destes por monitores de LCD ou plasma; tendo em vista também o surgimento de novas tecnologias como a OLED, que provavelmente também substituirão os monitores de LCD e plasma, pressupõe-se um descarte cada vez maior do que já acontece atualmente como visto. Sendo assim a necessidade de solução para esse problema torna-se cada vez mais evidente e urgente para preservação do meio ambiente, podendo ainda com os produtos criados, gerar emprego e renda a famílias que necessitam, mantendo ativo o ciclo da sustentabilidade.
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Anexo I
Anexo II De: “Hugo Veit” <hugo.veit@ufrgs.br> Para: “coelho-rc” <coelho-rc@uol.com.br> Enviada em: segunda-feira, 14 de setembro de 2009 23:01 Assunto: Re: Reciclagem de CRT Prezado Reinaldo, Nos CRT’s temos basicamente dois tipos de vidros, a parte da frente (vidro comum que pode ser reciclado facilmente) e a parte de trás, que tem muito chumbo junto. Esta parte é de difícil reciclagem. Tem gente que usa em material cerâmico (para fabricação de pisos), pois retirar o chumbo se torna bastante caro e como o vidro não possui um grande valor agregado o custo do processo não se justifica. Espero ter colaborado. Att. 2009/9/14 coelho-rc <coelho-rc@uol.com.br> Bom dia Sr. Hugo, somos estudantes do 4º ano de Desenho Industrial pela Faculdade de Ciências e Tecnologia de Birigui - FATEB e viemos solicitar vossa colaboração em nosso Trabalho de Conclusão de Curso que é criar um novo produto a partir da utilização dos Tubos de Raios Catódicos. Vimos o slide de sua palestra do Seminário Internacional de Resíduos Eletroeletrônicos que ocorreu em Belo Horizonte no dia 14 de Agosto e nele consta que o vidro desses resíduos pode ter reciclagem direta, gostaríamos de saber se no caso dos Tubos também se aplica deviso a sua composição química. Desde já agradeços vossa atenção. Grato Reinaldo Cezar Coelho Representante do Grupo __________________________________ Prof. Dr. Hugo M. Veit Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia/Departamento de Materiais LACOR - Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais Campus do Vale, Setor IV – Prédio 74 Av. Bento Gonçalves, 9500 91501-970 - Porto Alegre - RS -Brasil Tel: 51 3308 9432 Fax: 51 3308 9427 www.ufrgs.br/lacor
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Anexo III
34
“A natureza pode responder à necessidade de cada um, mas não à avidez de todos” Gandhi
Dezembro /2009