PATHOS Esculturas e outras carnavalizações de Pato Papaterra
No meio da multidão O atelier de Pato Papaterra tem o tamanho de um povo. Brota no meio de uma clareira rodeada de paineiras, embaúbas e um jetquitibá no fundo da mata nativa nos arredores de Embu das Artes, se estende pelas salas de aula e oficinas do colégio supletivo onde há quarenta anos é professor de artes para jovens e adultos, e se esparrama pelas ruas do bairro de Pinheiros, palco dos desfiles do bloco Vai Quem Quer, do qual é carnavalesco desde a fundação, em 1980. Preservar em livro a memória da produção desse artista tão singular é um dos objetivos deste projeto Pathos – esculturas e outras carnavalizações de Pato Papaterra. Mas para além do registro documental – tão oportuno e necessário -- o que se propõe é uma aproximação poética do seu desempenho artístico por meio de retratos fantásticos de aspectos contemporâneos do carnaval de rua de São Paulo.
O que será Pathos – esculturas e outras carnavalizações de Pato Papaterra combinará ensaio fotográfico, textos ficcionais e ensaísticos sobre a obra do artista, e registros históricos do contexto em que esta se desenvolve. Em tela estarão imagens do atelier, do acervo de obras de diferentes fases do artista com foco especial no nascimento/ materialização de novos personagens/bonecos até sua consagração nas ruas de São Paulo, integrados aos milhares de foliões que acompanharam o bloco vai quem quer pelas ruas de pinheiros em fevereiro de 2015.
Ficha técnica* Formato: 312 x 295 mm (fechado), 634 x 295 mm (aberto) Número de páginas: 160 Capa dura, epastada com tecido e aplicações em silkscreen; sobrecapa em papel couché 170 g, impresso em quadricromia, laminado, com aplicação de vernizes localizados Miolo em couchê fosco 170 g, impresso em quadricromia, com aplicação de vernizes localizados e proteção geral com verniz a base d’água acetinado Lombada quadrada, costurada e colada Guardas em papel Murillo, colorido Tiragem: 1000 exemplares
*sujeita a pequenas alterações ao longo do processo
Justificativa As ruas correm pelas veias de Pato Papaterra há décadas. Sua trajetória artística é, além de singular, premonitória dos tempos correntes. Boa parte de sua criação adquire sentido pleno quando anualmente milhares de foliões improváveis– gente de toda parte, da rua, de todas as ruas e todos os bairros – deitam os olhos sobre seus improváveis bonecos/crônicas, que renascerão na quartafeira de cinzas. E é por serem efêmeros e suas breves vidas intensíssimas – poucos trabalhos artísticos são tão “visitados” em espaço de tempo tão curto – que se impõe a necessidade de perenizá-la. Pathos oferecerá a possibilidade de conhecer um artista e seus sonhos de agregar e vencer os abismos que compartimentam nossa sociedade.
Contrapartidas do patrocinador Logotipo na quarta capa Mensagem do patrocinador na página de rosto ?????? Menção em todas as ações de divulgação Reparte de 300 exemplares do livro Divulgação Assessoria de imprensa visando à repercussão do livro por órgãos de imprensa escrita e internet (blogs, etc.)
Mídias sociais Evento de lançamento com presença dos autores, exposição de trabalhos e seleção de fotos ??????????
Distribuição Livro será distribuído nas principais livrarias da cidade de São Paulo e pela internet (venda direta)
Reparte de 100 exemplares para bibliotecas públicas
Retrato do livro
Sobre os autores Na praça da ressurreição, esparramada à porta da igreja, dormia Aurora. A maquiagem borrada sobre o rosto, o tomara que caia rasgado, os membros bizarramente retorcidos, a pele enrugada, murcha. A rainha daquele carnaval estava irreconhecível. Não se sabe se ouviu a voz suave lhe dizer: Bom dia, amor. Olha só a manhã azul que pintei pra você. Quem falava estava debruçado sobre ela, trazia ainda o chapéu de borracha laranja estilo sambista na cabeça e confete salpicado nas vestes ainda úmidas da chuvarada. Ele prosseguiu: Ô, minha alvorada. Deixe eu cuidar de você. Preparo um desjejum caprichado – pão fresquinho com media e se sobrar um troco um suco de laranja que é pra purificar tudo o que dançamos e bebemos na noite passada. Oh, minha alvorada, você é tão bela que só te ver minha ressaca já curou. Depois dou um jeito nessa sua coroa com uns arames de varal, a sua pele eu seco com a estopa nova que me deu um mecânico chapa meu, a maquiagem recomponho com o lápis que a partir de hoje só escreverá seu nome Aurora Aurora Aurora, o braço ferido eu remendo com uma folha de papelão que tenho guardado pra me abraçares bem gostoso, e teus lábios que cantam tão lindo eu deixo como estão porque são perfeitos. E logo, quando estiveres bem boa e divina, eu tu caímos no mundo. Te ponho na minha possante carroça ali estacionada, bem no alto e bem na frente, pra todo mundo ver, e tu e eu, teu engenheiro de reciclagem, faremos um desfile por essas ruas, e o povo da calçada, das janelas e dos bares vai beber a tua voz e a tua esperança e a cidade do dia de cinzas se fará em arco-íris em cujas pontas estará sempre tu.
Alex Szabzon Fotógrafo, chef de cozinha, sujeito boa praça e bom pagador no jogo de cartas. Sujeito simpático, bom camarada, bacana toda vida. Fotógrafo, chef de cozinha, sujeito boa praça e bom Marcelo Levy Administrador, profissional do setor editorial. Sujeito boa praça e bom pagador no jogo de cartas. Sujeito simpático, bom camarada, bacana toda vida. Fotógrafo, chef de cozinha, sujeito boa praça e bom pagador no jogo de cartas. Sujeito simpático, bom Pato Papaterra Pato Papaterra desenvolve, há mais de 40 anos, múltiplas atividades ligadas às artes numa trajetória em que se confundem a dimensão profissional e existencial. Sua inserção pessoal contempla a diversidade de poéticas e técnicas presentes na arte e na educação. Isso lhe permitiu, ao mesmo tempo, uma formação generalista como arte-educador, escritor, ator, aderecista, diretor teatral, cenógrafo, cenotécnico, artista plástico e carnavalesco. Waldemar Zaidler Arquiteto, designer gráfico, artista plástico. Doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, professor no curso de pós-graduação em design gráfico na FAAP. Dirige o escritório Planeta Terra Design, especializado design editorial e corporativo.