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Revista mensal da Associação do Senhor Jesus • Ano 13 • Nº 156• Julho 2010 • www.asj.org.br
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Editorial
Brasil Cristão
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revista Brasil Cristão tem a preocupação de oferecer um conteúdo espiritual, rico e diferenciado, para que nossos sócios e leitores tenham uma formação integral como seres humanos, queridos e amados por Deus Pai. Como o Pe. Eduardo diz, “a revista Brasil Cristão é um alimento espiritual”. Mas sabemos que não é possível esgotar os assuntos apresentados numa edição da revista. Por isso, nossa intenção é despertar no leitor o interesse e a curiosidade pelos temas, que mostram a visão da Igreja, incentivandoos a buscar mais informações em outras fontes. A Doutrina da Igreja católica Apostólica Romana é riquíssima e todo católico deve conhecê-la o máximo que puder. A fé também exige conhecimento. As fontes da Doutrina são a Bíblia Sagrada, a Tradição do povo de Deus e o Magistério. Esse conteúdo é encontrado na palavra de Deus, no Catecismo da Igreja Católica, no Direito Canônico, nas Encíclicas Papais
e em todos os documentos de estudos desenvolvidos pelo magistério como, por exemplo, os documentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Todos os artigos desta revista estão baseados nesses documentos e nossos escritores os conhecem bem. Estamos à disposição dos nossos leitores, abertos a críticas e sugestões, porque acreditamos que, juntos, podemos melhorar ainda mais nossa revista. Você, querido sócio, é o responsável por mais esse trabalho da Associação do Senhor Jesus. Com a sua ajuda a revista Brasil Cristão pode chegar a milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Muito obrigado. Boa leitura. BC Cássio Abreu Jornalista - MTB 34831
Presidente: Pe. Eduardo Dougherty, sj Marketing: Ir. M. Neusa dos Santos, ciic - MTB 16740 Coordenação geral: Maria do Rosário L. do Canto Jornalista responsável, Coord. interino e revisor: Cássio Abreu - MTB 34831 Projeto gráfico: Maurício Âmbar/Ednei Modesto Arte e diagramação: Ednei Modesto E-mail p/ colunistas: brasilcristao@asj.org.br Publicidade: Élcio S. Faria (0xx11) 9621-2294 Impressão e tiragem: Log & Print Gráfica e Logística S.A. - 214.000 exemplares
Colaboradores nesta edição: D. Murilo S. R. Krieger, scj, Pe. Eduardo Dougherty, sj, Pe. Evaristo Debiasi, Pe. Alírio José Pedrini, scj, Pe. Francisco Sehnem, scj, Pe. Antônio Bogaz, Frei Rinaldo Stecanela, osm, Cônego Dr. Pedro Carlos Cipolini, Ir. Luiza Tecilla, Ir. Cecília R. Vianna, sds, Ir. Egnalda Rocha, ciic, Ir. Teresa Nascimento, ciic, Irmão Israel José Nery, fsc, Cássio Abreu, Evaristo Eduardo de Miranda, Reinaldo B. Reis, Vicente Abreu, Fernanda M. Massocatto, Vânia Iansen, Fernando Meirelles, Vitória Quintal. E-mail p/ Depto Sócios: socios@asj.org.br Coord. Depto. Sócios: Fernanda M. Massocatto Fone: (0xx19) 3871-9620
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Sumário 05 Meu Senhor e Meu Deus
As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus
06 Vocação
Projeto: Dançar a Vida
08 Minha família
O grupo familiar
09 Nossa mãe
22 Anunciamos Jesus
Os grandes acontecimentos eclesiais
24 Oração e Mural dos sócios
São Bento, nosso grande Intercessor
25 Repórter NT
Acompanhe a fuga da Sagrada Família para o Egito.
Nossa Senhora do Carmo
10 Cantinho do leitor
Testemunhos de fé e cura
11 EAD
Amor Exigente
12 Capa
Igreja, Corpo Místico de Cristo
15 A sós com Jesus “Felizes aqueles que crêem sem ter visto!”
28 Sócios e Representantesl
Campanha: ‘Semente do Bem’
29 Pentecostes hoje
Os papas e a RCC
30 Juventude
Relaxão sexual antes do casamento
32 Vida e Saúde 16 Consagra Brasil
Um coração acolhedor
18 Doutrina
As primeiras comunidades cristãs
20 Atualidade
O mundo tem fome
21 TV Século 21
Farmácia doméstica
33 Catequese e evangelização Os sete sacramentos
34 Mulher.com
Aprenda uma receita especial: ‘Falso Fondue’ e saiba como fazer um cachecol encaracolado.
AÇÃO NACIONAL Um programa que debate sem esquecer dos questionamentos, apresentado por Estela Regina.
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meu Senhor meu Deus
As 12 PROMESSAS do Sagrado Coração de Jesus Texto Pe. Eduardo Dougherty, sj
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ensando na consagração do nosso querido Brasil ao Sagrado Coração de Jesus, penso no Salmo 32 que diz: “Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus” (32,12). Já, naquele tempo, quando o livro dos Salmos foi escrito, cerca de 1400 anos antes de Cristo, os autores pensavam na consagração de um país a Deus, o criador de tudo. E, colocar uma nação inteira no coração de nosso Deus Pai, é reconhecer o seu domínio, senhorio e realeza. O ideal é que todas as pessoas fizessem a consagração do país a Deus. Mas sei que isso não é totalmente possível. Por isso, convido a todos os cristãos católicos, principalmente você que é sócio da Associação do Senhor Jesus: nós podemos e devemos interceder pelo nosso querido e amado Brasil, em vista do bem de todos os brasileiros, independentemente da religião de cada um. Sabemos que a maioria dos brasileiros acredita em Deus, mas muitos ainda não fizeram uma experiência do amor de Deus. Muitos não tiveram uma experiência pessoal, íntima, poderosamente transformadora de Deus Pai, por vários motivos. Mas podemos mudar essa situação. Acredito muito no poder da oração intercessora. Deus Pai não fica insensível quando rezamos pedindo o bem, também para o outro. Consagrar nosso país ao Sagrado Coração Jesus é o mesmo que pedir o bem para o próximo, é colocar a nação inteira, todas as pessoas, dentro do coração de Nosso Senhor Jesus
Cristo, sob os cuidados d’Ele. Você já imaginou se todos os brasileiros levassem uma vida cristocêntrica? Se Jesus Cristo fosse o Senhor absoluto de suas vidas? Não haveria tanta violência, corrupção, crimes bárbaros, desrespeito pela vida humana e pela natureza, tanta desigualdade social, dentre outros problemas. Haveria, sim, o amor gratuito de uns pelos outros, em vista do bem comum, de uma nação santa, forte, temente a Deus, e que poderia espalhar a paz pelo mundo todo. Isso pode parecer utopia, um sonho impossível. Mas quando falamos de uma vida espiritualizada, cristocêntrica, tudo isso se torna possível e realizável. Os brasileiros têm o hábito de dizer que “a fé move montanhas”. E estão certos! A fé no Sagrado Coração de Jesus é algo que não podemos entender racionalmente. Trata-se de uma experiência mística, que só pode ser alcançada através de uma vida espiritual, centrada na pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. As doze promessas do Sagrado Coração de Jesus podem fazer essa grande transformação que tanto desejamos para o nosso querido Brasil. Se cada brasileiro se empenhar em viver a espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus, tenho certeza de que o país inteiro será transformado. Veja algumas promessas que o próprio Jesus fez a Santa Margarida Maria Alacoque: 1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem do Meu Sagrado Coração”. Uma família abençoada torna-se
bênção para outras famílias. Uma contagia a outra e, assim, muitos são tocados pelo amor de Deus. 6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”. Qualquer trabalho que realizamos é para atender as necessidades de outras pessoas. Assim, as bênçãos que o Senhor Jesus nos promete, acaba atingindo as pessoas a quem prestamos nossos serviços. 10ª promessa: “Darei aos sacerdotes o poder de tocar os corações mais endurecidos”. O sacerdote é um canal de graças por onde Jesus Cristo chega a todas as pessoas, principalmente através dos Sacramentos da Confissão e da Eucaristia. Nosso Senhor Jesus Cristo é tão poderoso e amoroso que, ao vivermos individualmente a espiritualidade do seu Sagrado Coração, vamos transformar não só a nossa vida como também a de nossos familiares e amigos, de nossa comunidade, bairro, cidade, estado e país. Não dá para imaginar o alcance da nossa oração de intercessão, quando levamos uma vida cristocêntrica. Por isso, vamos nos consagrar e, juntos, consagrar nosso querido Brasil ao Sagrado Coração de Jesus. Não podemos imaginar o que Deus Pai pode fazer por nós. BC Julho 2010 BRASILCRISTÃO 5
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Vocação
Projeto
Entrevista Ir. Egnalda Rocha, ciic
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Irmã Vera Lúcia Miranda Miguel, ciic, psicóloga, que trabalha com crianças e adolescentes no interior da Bahia, nos fala de sua vocação: Em março de 2003, o coordenador diocesano da “Pastoral do Menor” apresentou, na Paróquia Senhora Santana, Ipira/BA, o “Projeto Político da Pastoral do Menor”. O pároco, Pe. Marco Ferrari acolheu a proposta com entusiasmo. Então, instaurou-se um grupo para elaborar ações que atendessem às necessidades das crianças e adolescentes carentes da comunidade. O Projeto “Dançar a Vida” tem uma proposta sócio-educativa. Trabalha o fortalecimento do vínculo das crianças e adolescentes no convívio familiar, comunitário e escolar. Possibilita a redução de danos sociais, com uma parceria no campo da solidariedade e da cidadania planetária com o “Reggio Emilia Romagna”, Itália. O que é adolescência? É a fase de transição entre a infância e a idade adulta. Caracteriza-se por alterações físicas, mentais e sociais. É uma etapa de conflitos e contradições. O jovem entra na fase adulta através de profundas alterações no seu corpo. Deixa a infância e lança-se no mundo desconhecido das novas relações. É forte a angustia ao sentir que ninguém entende que ele está só e que é incapaz de decidir corretamente sobre seu futuro. O começo da adolescência é marcado pelo início do amadurecimento sexual (puberdade), mas seu fim se define, sobretudo, pela maturidade social, que inclui a entrada no mercado de trabalho e o assumir seu papel social como adulto. A adolescência é uma fase dinâmica e seu estudo exige 6 B RASIL CRISTÃO
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uma diferenciação. Steinberg propõe três fases: Adolescência inicial, dos 11 aos 14 anos; adolescência média, dos 15 aos 17 e adolescência final, dos 18 aos 21. Desenvolvimento da Identidade O termo “identidade” corresponde à resposta da pergunta: quem sou eu? Essa resposta se desenvolve num processo complexo que começa no nascimento e se estende à mais alta idade. Nesse processo a adolescência representa um momento significativo, quando agem duas forças: o autoconhecimento e a construção da personalidade (autodesenvolvimento). O que esse trabalho lhe trás? Muita alegria e, ao mesmo
tempo, é desafiador. Também atendo como psicóloga e vejo como os adolescentes estão perdidos, assustados, sem espectativa de vida. Isso mostra que os adultos não estão sabendo ajuda-los a se firmarem em sua identidade. Qual é o foco do seu trabalho? Levar os adolescentes a acreditar que eles têm capacidade e valor, que é possível construir um futuro diferente; levá-los a acreditar que eles podem resgatar suas raízes familiares. O projeto tem o objetivo de desenvolver ações, possibilitando a integração das crianças e adolescentes em situação de risco, ao convívio social, familiar, escolar e comunitário, incentivando-os para a cidadania. Que aptidões você precisa
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para trabalhar com eles? Gostar de trabalhar com adolescentes, conhecimento em psicologia, técnicas, muitas dinânicas, dedicação e amor.
Acreditar neles mesmos, não ter vergonha do lugar onde moram, melhorar a auto-estima, escolas com trabalho sério e ter seus direitos respeitados.
Quais as principais exigências deles? Famílias estruradas, escola e fim da discrimição da sociedade.
Que gratificações esse trabalho lhe trás? De ver que ele é capaz de desenvolver uma atividade; de dizer: eu acredito em você; eu sei que você é capaz. É ótimo
E quais as necessidades?
ver todos eles dando esse passo. Com que tipo de adolescente você trabalha? São adolescentes de famílias pobres, de lugares criticados pela sociedade, desvalorizados e excluídos. Isso leva muitos deles a ter vergonha de mostrar seu talento. É preciso fazê-los creditar em suas potencialidades. BC
Estar no Projeto é melhor do que estar em casa, pois tenho pessoas para conversar, para falar o que sinto e o que quero para minha vida. As atividades me ajudam no desenvolvimento escolar, a conhecer mais sobre derterminados assuntos, como o sexo. Aqui temos a oportunidade de conhecer coisas novas. Eu gosto do diálogo pedagógico, pois é o momento em que colocamos nossas ideias e opiniões. Vanessa Costa Machado, 14 anos) As atividades me ajudam no desenvolvimento escolar, na sociedade e em todo lugar. Gosto do futebol, da costura e da aula de música. (Karine Santana Pindobeira, 13 anos) As atividades me ajudam no desenvolvimento escolar, na sociedade e em todo lugar. Gosto do futebol, da costura e da aula de música. (Karine Santana Pindobeira, 13 anos)
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Minha família
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O FAMILIAR
GRUP
A família é um bem social da Igreja e da humanidade
Texto * Pe. Evaristo DeBiasi
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Não existe nenhum ser humano capaz de saciar todas as aspirações do coração do outro. O que existe é um homem e uma mulher buscando “o todo” através do amor a dois. A família - pais, filhos e avós - não se basta e não se esgota. Ela precisa se abrir ao outro e ao mundo. Os parentes, amigos e grupos de relacionamento fazem parte da maturidade saudável da família. Quem se casa, mas exclui os familiares e amigos de sua convivência, acaba empobrecendo e asfixiando a riqueza da vida familiar. O bom relacionamento de um grupo familiar exige o respeito pelo espaço individual de cada um, do casal e dos filhos. Mas não se pode negar a existência do outro, dos parentes, dos bons amigos e dos grupos de relacionamento. Nascemos para o outro e para o mundo. Negar ou podar esta dimen-
são da vida humana é anular o outro em sua vocação social. Ninguém é dono de ninguém, só Deus é dono da vida e nos chamou para existirmos como imagens Dele, isto é, para sermos comunidade de vida e de amor, para sermos irmãos uns dos outros, cidadãos do mundo, família humana. Cristo nos elevou à dignidade de uma vida de comunhão em que devemos existir e viver como membros uns dos outros, filhos do mesmo Deus Pai. A família é a comunidade natural da vida e das relações afetivas e efetivas, na relação entre os esposos, pais e filhos, parentes e amigos. O antropólogo Berdiaeff, constata que os elementos constitutivos da solidez e da qualidade da vida humana em nível pessoal, familiar, na relação pais, filhos, avós e parentes, como em nível comunitário e social, tem por fundamento a vivência de uma estrutura familiar em suas relações com todos. O casamento e a família são um bem social da Igreja e da humanidade. Como fonte da vida, dos valores e das relações humanas, a família é o espaço sagrado da vivência sadia e das boas relações pessoais. Negar esta estrutura da família é tirar-lhe sua vocação, missão e dinamismo de vida na sociedade, na Igreja e no mundo. BC
Monte Carmelo (Israel) - Fonte: Wikipedia
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omo pensar numa sadia estrutura familiar, sem a relação entre esposo e esposa, pais e filhos, sem a presença dos parentes, amigos e demais pessoas? Estaríamos vivendo contra as leis da natureza e contra a nossa vocação maior, o amor. Os seres humanos não são apenas inteligentes e racionais. Somos essencialmente seres de amor, sociáveis e de comunhão. Não sobrevivemos e nem somos sadios vivendo isolados. A solidão é uma das maiores enfermidades do homem moderno. Existencialmente falando, toda pessoa que se isola começa a assinar seu atestado de óbito. Somos, por natureza, chamados à relação e à partilha de vida com o outro, com a criação e com o Criador, Deus. O ditado popular está certo: “Quem casa tem direito à sua casa”. Os esposos têm direito à sua individualidade e privacidade, juntamente com seus filhos. Mas é próprio do amor se expandir e criar relações.
* Pe. Evaristo é Mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e professor do ITESC
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Nossa Mãe
NOSSA SENHORA
do
CARMO
Texto * Cônego Dr. Pedro Carlos Cipolini
Monte Carmelo (Israel) - Fonte: Wikipedia
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o mês de julho, dia 16 comemora-se Nossa Senhora do Monte Carmelo ou do Carmo. Esta devoção apareceu nos primeiros séculos do cristianismo. Terminadas as perseguições aos cristãos em 313, surgiram grupos de monges e eremitas que iam para o deserto a fim de “derramar o sangue da alma” ou seja, ter uma vida de oração e penitência. Um destes grupos estabeleceu-se no Monte Carmelo, na Palestina. No séc. XI construíram uma capelinha dedicada á Virgem Maria. O bispo de Jerusalém Santo Alberto, deu a eles uma regra de vida. Assim formou-se a ordem dos carmelitas. Em 1251 durante graves dificuldades, o superior da Ordem, S. Simão Stock, intercedendo em suas orações, recebe de Nossa Senhora o Escapulário como sinal de proteção à Ordem e a quem o usasse. Esta devoção espalhou-se pelo mundo todo e segundo o papa Paulo VI, pode ser incluída entre as devoções verdadeiramente marianas. Carmelo significa jardim ou pomar. O Monte Carmelo está presente em inúmeras pas-
sagens da Bíblia, em especial ao mencionar o profeta Elias que ali morou com seus discípulos (1Rs 18,20-40). Por isso os monges que ali se estabeleceram se entenderam como herdeiros do profeta Elias. Assim, a devoção carmelita tem como patronos Nossa Senhora, a profetiza do Magnificat e o profeta Elias, há nela um cunho profético: anúncio de Jesus Cristo como concretização do Reino de Deus, Reino de justiça e paz, e denúncia de tudo aquilo que atenta contra os “direitos” do Deus da vida. Nossa igreja matriz, hoje Basílica, situa-se na praça Bento Quirino e juntamente com esta praça é tombada como patrimônio histórico da cidade. Campinas surgiu ali. A Basílica está no local da primeira igreja da cidade, a qual era sede da paróquia Imaculada Conceição. Após a transferência da mesma para a catedral em 1870, continuou a ser paróquia, com o nome de Santa Cruz, tendo como padroeira Nossa Senhora do Carmo. Nela está enterrado o fundador de Campinas: Francisco Barreto Leme. Em 1909, por iniciativa do pároco,foi fundada a Ordem Terceira do Carmo, que reune
leigos desejosos de viver a espiritualidade carmelita. Assim como Jesus foi transfigurado no Monte Tabor, podemos dizer que Maria também foi transfigurada no Monte Carmelo. Monte que é figura de Jesus Cristo. Nele se deve subir com o auxílio de Maria. Milhões de pessoas usam o escapulário, são todos carmelitas, consagrados a imitar Maria que soube ouvir e praticar a Palavra de Deus. Neste último dia 16, milhares de pessoas passaram pela Basílica para rezar e receber o escapulário que não é superstição, mas devoção. Símbolo do compromisso do cristão em seguir Jesus imitando sua fiel discípula, sua mãe Maria. Consultando nosso site: www.basilicadocarmocampinas. org.br, saiba mais sobre Nossa Senhora do Carmo, o Escapulário e a Basílica do Carmo. BC
* Dr. Pedro Carlos Cipolini é professor da Puc-Campinas e membro da Academia Maria de Aparecida
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SELO
NHOS TESTEMU CURA DE FÉ E Walmir Pimenta Santana (e-mail) Escrevo para relatar e agradecer as graças recebidas. Depois de ter feito a Novena das Mãos ensanguentadas de Jesus, passei em dois concursos. Agradeço muito a Deus e a vocês. Esta oraçao é poderosa. Jole Soccoloski (Gua poré/RS) PeÉ.REEd A uardo, mui to ob A rigado, pela bela Nov VIAensa ena das Mãos nguentadas de Jesus. Alcancei muitas graças preciso testemunhar. M . Mas uma eu eu não adiantava dar cons filho e minha nora fumavam cigarros, elhos para pararem. Ai eu a novena, terminava uma, começava outra comecei a fazer . Até que um dia, falando com meu filh o ele me disse: “Mãe, eu e minha esposa paramos de fumar”. O brigada Jesus, obrigad a Pe. Eduardo!
Cantinho do leitor
Sebastiana dos S. Silva (e-mail) já recebi Vou contar uma das muitas graças que tadas uen através da Novena das Mãos ensang exame um fez nte, doe va de Jesus. Meu irmão esta sa família que constatou câncer de próstata, toda nos copia da fez ãs ficou triste, mas uma das minhas irm eçamos com novena para todos nós e com fé em Jesus moramos a rezar cada um em sua casa, porque fazer novos longe uns dos outros. Meu irmão foi Foi uma exames e não estava mais com o câncer. s. Jesu de bênção das Mãos ensanguentadas Elisângela Bernarde s da ELO Mais uma vez escrevo Silva (CSampo Belo/MG) pa alcançada com a Nov ra testemunhar uma graça ena das Mãos ensang uentadas de Jesus. Minha fi de idade não andava lha, Larissa, com dois anos . mesma idade andand Eu via outras crianças da o e minha filha não, po is as perninhas mole. C omecei a rezar a nove tinha na e logo ela começou a andar. Pa Louvado seja para sem ra Jesus nada e impossível. pre seu nome!
Nadir Alves de Oliveira (Maracaí/SP) É com muito prazer que escrevo agradecendo uma graça pelas Mãos ensanguentadas de Jesus. Minha neta, Mariana, nasceu em 18 de março de 2010. Aos dois dias de nascida teve que ser internada às pressas no Hospital Regional de Assis/SP com infecção de urina. Era tão forte Fátima Maria Maia (Jaguaruana/CE) que urinava sangue. Ela ficou internada por doze dias das Mãos ensanguentadas de Jesus curou miOREPoder a abrir Ao na UTI neonatal, foi o desespero da família. A VIA AÉnha filha Fátima. Ela estava com tumores nas glândulas Bíblia da mãe dela para rezar algum salmo, implorei que paratireóides, as quais elevava o nível de gastrina no sangue, um anjo viesse curá-la, e que não acontecesse nada com ocasionando hemorragias intestinais, o que causara anemia ela. Em seguida me deparei com a Novena das Mãos em alto grau. Tendo em mãos a novena, eu rezava todos os SELO naquele ensanguentadas de Jesus. Comecei a novena dias, com muita fé, pela cura da Fátima. Olhando para pai o dia mesmo. No nono dia tive uma grande alegria, as mãos de Jesus, supliquei que Ele tocasse nestes tumores e da Mariana, meu filho, me ligou dizendo que a menina resolvesse o problema de saúde da minha filha, mesmo que estava de alta. Eu me ajoelhei no chão e agradeci a Deus fosse através de cirurgia. Realmente a cirurgia aconteceu pelas maravilhas que fez em nossas vidas. e foi um sucesso. Para honra e glória de Deus, foi feita a biópsia e o resultado foi benigno. Graças à providência ) L ão de Açúcar/A das Mãos (P a st o C ra divina e pela bondade e misericórdia de Deus, recebemos ei Edileusa Per aças de recebi gr as r ha n do u an em tr este milagre. Muito obrigada, meu Senhor e meu Deus! Gostaria de test de Jesus. Minha filha estava en uito s m VIA AÉREA SELO ensanguentada queria mais trabalhar. Fiquei está ão já n , u e ro o sã pe cu re se la em depres E fazer a novena. ou no SELO aflita e comecei a a Mão Poderosa de Jesus. Ela pass bém Querido sócio, envie-nos seu testemunho as m aç ta gr o , m do co n o, ha it al re di trab de graças que você recebeu através das recebi fazendo o curso de vestibular e está uero também testemunhar que ego, Q orações enviadas pelo Pe. Eduardo Doupr está muito feliz. vés das Chagas de Jesus, meu em tasdi ra gherty, sj, para publicarmos nesta coluna. muitas graças at ria...Gostaria que as pessoas acre ixo de do e ta 1 2 en lo os minha ap V AÉ da TV Sécu has REA oração. Sou sócia oso e faz maravilIA da CANTINHO DO LEITOR r de po o n m se Poder é s eu D s. to en m Caixa postal 1000 - CEP 13012-970 ci radeAÉREA meus agVIA igada Senhor. br O .. Campinas - SP da vi sa os em n 10 B RASIL CRISTÃO
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AMOR EXIGENTE:
Um extraordinário programa de
QUALIDADE de VIDA!
Texto * Irmã Teresa Nascimento, ciic
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TV Século 21 continua incrementando o EAD – Ensino a Distância, por meio da publicação de novos cursos e palestras que fazem chegar até você conteúdos de valor duradouro, em vista da sua formação. Hoje, você está convidado a acessar o nosso site www.fundacaoseculo21.org.br para assistir os vídeos que contém uma série de palestras sobre AmorExigente (AE), apresentadas por Romina Miranda Cerchiaro com uma equipe de pessoas que se dedicam com muito amor a essa causa: a Sra. Mara Silvia Carvalho de Menezes*, Pe. Haroldo Joseph Rahm, sj, juntamente com outros especialistas no assunto. Eles abordam a história do AE, a importância, a filosofia e a metodologia deste programa, que tanto bem tem realizado em função da defesa e promoção da vida e da felicidade das famílias. Pe. Haroldo responde a entrevistas, partilhando um pouco de sua história pessoal, das motivações que o levaram a fundar o AE no Brasil, como também, sua experiência, sobretudo, nas fazendas de tratamento de dependentes, que possibilitaram a tantos jovens, mudarem o rumo de suas vidas. É bom recordar que este movimento teve origem nos Estados Unidos, nos anos 70, por iniciativa do casal americano David e Phyllis York, que tinha três filhas, todas envolvidas com drogas. Rapidamente, o AE espa-
lhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil, por meio do nosso querido Pe. Haroldo, nos anos 80. A feliz iniciativa teve grande acolhida e logo se expandiu por todo o nosso país. Para favorecer a sua maior eficiência e mais eficácia, surgiu a necessidade de congregar e articular os grupos que se multiplicavam, graças ao alto nível de credibilidade do programa. Com essa finalidade, em 1994, foi fundada a FEBRAE – Federação Brasileira do Amor-Exigente. Os palestrantes deixam claro que o AE é uma proposta de educação destinada a pais e orientadores, como forma de prevenir e solucionar problemas de dependência com seus filhos; são grupos de apoio para pais e jovens com tais problemas, que os ajudam a encontrar caminhos para que suas famílias possam viver completas e felizes. Segundo a experiência do Pe. Haroldo e da nossa amiga Mara, o AE encoraja a pessoa a agir, em vez de só falar; constrói a cooperação familiar e comunitária; desencoraja o uso da agressividade e da violência e favorece a pessoa a aceitar a própria situação de dependente, o que as leva à decisão de mudar de atitude. Aí ela aprende a fixar limites e metas semana, com a ajuda do grupo e os familiares recebem orientações, para a agir da forma mais adequada com relação ao dependente, na busca de caminhos de superação. O tratamento oferecido é ins-
pirado em metas de tratamento e nos 12 passos de N.A (Narcóticos Anônimos) A.A (Alcoólicos Anônimos). Proporciona terapias de grupo e a relação com os técnicos de aconselhamento devidamente treinados. As palestras são voltadas para questões emocionais, comportamentais e motivacionais, que ajudam o indivíduo a tomar consciência da sua realidade, ensinam a lidar com as próprias emoções, como também, a acolher e levar à prática um programa de recuperação. Padre Paulo Gonzalez, teólogo e psicanalista, fala numa das palestras, da importância da fé, da esperança e do amor da família, como auxílio no processo de recuperação dos dependentes. Destaca a necessidade de “amar com exigência” e do apoio do grupo de apoio. Afirma que a busca de solução deve ser constante, sempre aliada, é claro, à fé e à oração. Assista a esses vídeos e saiba a muito mais sobre o assunto. E procure divulgá-los, pois, com certeza, serão muito benéficos a tantas muitas famílias que pretendem prevenir-se ou enfrentam este problema e buscam superá-lo. Vamos somar força nessa luta por uma nova qualidade de vida. Vida plena! A vida em abundância que Jesus veio trazer para todos (Jo 10,10). *Mara Silva Carvalho de Menezes, Presidente da FEBRAE – Federação brasileira de AmorExigente BC
* Ir. Teresa Nascimento é Diretora do EAD - www.ciic.org.br
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Arte de Ednei Modesto sobre fotos de arquivo ASJ
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Texto * Pe. Alírio José Pedrini, scj
aljope@terra.com.br www.padrealiriopedrini.com
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verdade da fé católica a respeito do Corpo Místico de Cristo é pouco ensinada aos fiéis e, por isso, pouco conhecida. O prezado leitor, por certo, nunca ouviu uma bela pregação sobre essa verdade, numa missa dominical, ou em outra celebração católica. Nossa revista pretende levar ao conhecimento dos seus leitores essa verdade.
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O Corpo Místico é a Igreja viva, formada por todos os batizados: quer os que ainda vivem pelos caminhos da vida terrena, a quem chamamos de “Igreja Militante”, quer os que se encontram no purgatório, a quem denominamos de “Igreja Padecente”, quer os que já se encontram na glória dos Céus, que formam a “Igreja Triunfante”. Essa Igreja viva é o Corpo
Místico, cuja cabeça é Jesus Cristo. Numa comparação com o corpo humano, dizemos: Jesus Cristo é a cabeça, e nós, Igreja viva, somos o seu corpo, formado por muitos membros. Corpo Místico A palavra “corpo” é usada comumente para designar o nosso corpo humano, mate-
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rial, mas também em outros sentidos que, aliás, nos auxiliam a compreender o Corpo Místico, formado de “cabeça e mem-bros”. Dizemos: “corpo de bombeiros”, para designar um grupo de militares que prestam serviços específicos à comunidade. Nesse grupo há um chefe - um cabeça que comanda, e há os que trabalham sob suas ordens. Falamos também em “corpo médico” do hospital, que é o conjunto de médicos que juntos trabalham no hospital; “corpo de professores”, para designar o conjunto de professores de um colégio. É nesse sentido mais existencial que compreendemos o Corpo Místico. Jesus ressuscitado é “O” cabeça, e todos os batizamos formamos o seu grupo, o seu corpo vivo, seus comandados, seus seguidores, seus discípulos. A palavra “místico” revela que essa verdade do Corpo de Cristo é um mistério de ordem espiritual, sobrenatural. Só a compreendemos à luz da fé e da revelação divina. São Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, e fazendo uma comparação com o corpo humano, escreveu: “Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito. Assim, o corpo não se consiste em um só membro, mas em muitos” (1Cor 12,12-14).
A (O) Cabeça A (O) cabeça desse corpo é Jesus Cristo ressuscitado e glorioso. Foi Ele quem chamou os seus primeiros seguidores, formando um “corpo de discípulos” e um “corpo de Apóstolos”. Depois, em Pentecostes, fundou a sua Igreja que reúne todos os batizados. É pelo santo Batismo que um ser humano começa a fazer parte do Corpo Místico, que é a Igreja viva. Pelo Batismo fomos enxertados, transplantados no Corpo Místico. A partir desse “transplante” começamos a receber a vida sobrenatural, que nos foi conquistada pelo cabeça, e que nos foi dada por meio do Espírito Santo. Jesus - O cabeça - continua a dirigir o seu Corpo Místico, a Igreja, quer agindo pessoalmente em favor de um membro, de um grupo ou de todo o corpo; quer por meio do Espírito Santo; quer por meio de sua Palavra e dos seus Sacramentos; quer por meio da hierarquia da Igreja, ou de outras mediações hu-manas ou materiais. Ao voltar para os Céus, Jesus nomeou São Pedro e seus sucessores, os papas, para serem Sua presença visível. O Papa é o “vicárius Christi”, o vigário de Cristo, o substituto imediato, aquele que age em nome e no lugar de Jesus Cristo. Os membros Os membros do Corpo Místico são todos os batizados que se encontram no Céu, no Purgatório ou na terra. Os membros do Corpo Místico que
estão no Céu e no Purgatório já possuem a glória eterna garantida. Os membros que estão a caminho, sobre a face da terra, podemos classificá-los em três grupos: os sadios, os enfermos e os mortos espiritualmente. 1. Os sadios são aqueles batizados que vivem em estado de graça santificante permanente, fortemente ligados a Deus por essa graça, e, portanto, conseguindo viver habitualmente sem cometer pecados mortais, graves. Esses procuram aperfeiçoar-se progressivamente, buscando a santidade da vida cristã. 2. Os enfermos são aqueles batizados que em sua vida cristã cambaleiam entre o estado de graça e o estado de pecados graves. Vivem tempos em graça e amizade com Deus, conseguindo evitar os pecados graves, e vivem outros momentos de fraqueza, entregues a pecados mortais. Esses precisam de uma conversão mais corajosa e profunda, erradicando os pecados mortais com suas raízes, causas e ocasiões. 3. Os membros mortos são os batizados que vivem em estado permanente de pecados mortais. Muitos desses, foram batizados, fizeram a primeira comunhão e foram crismados, mais por tradição do que por convicção religiosa. Nunca, porém, assumiram uma vida cristã com suas verdades de fé, com sua moral e com suas práticas religiosas. Outros, viveram anos de vida cristã, mas por alguma razão, abandonaram-na, e passaram a viver contrariamente à fé, à moral e às práticas religiosas católicas. Julho 2010 BRASILCRISTÃO 13
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A inter-comunicação Como no corpo humano há uma “seiva de vida” que circula por todos os seus membros, mantendo-os vivos, assim também, no Corpo Místico, circula a “seiva da vida divina”, recebida no Batismo, para mantê-lo sadio. Assim como no corpo humano podem surgir doenças que afetam algum membro, tornando-o doente, podendo até causar a morte, assim também, no Corpo Místico, podem surgir doenças espirituais – os pecados, principalmente os mortais – que tornam esse batizado “enfermo” espiritualmente, podendo causar-lhe a “morte de sua vida sobrenatural”. No Corpo Místico, membros que estão no Céu favorecem os que estão no purgatório e os que estão na terra, intercedendo por eles, junto a Deus, de quem procedem todas as graças de toda espécie. Os mem-bros que estão no purgatório favorecem os que estão na terra, intercedendo por eles junto a Deus. E os que estão na terra favorecem a si mesmos
por uma vida cristã vivida em estado de graça, e bebendo das graças divinas pela fé, pelos sacramentos, pela vida de oração, pela Palavra de Deus, e outras tantas fontes espirituais. E ao mesmo tempo, favorecem aqueles que estão no Purgatório, pelas diversas formas de sufrágios, principalmente pela oferta do Santo Sacrifício da Missa por eles.
É da(o) “Cabeça”, Jesus Cristo morto e ressuscitado, que jorra toda a vitalidade do Corpo Místico. Todas as graças divinas, para a humanidade toda, foram adquiridas por Jesus Cristo, mediante sua Paixão, Morte e Ressurreição. BC
“Como no corpo humano há uma “seiva de vida” que circula por todos os seus membros, mantendoos vivos, assim também, no Corpo Místico, circula a “seiva da vida divina”, recebida no Batismo, para mantê-lo sadio”
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Infelizmente, muitos desses membros mortos passaram a praticar religiões não cristãs. Esses membros mortos continuam ligados ao Corpo Místico, mas não têm vida sobrenatural. A vida que receberam no Batismo morreu, atingida por pecados mortais. São como um galho seco ainda ligado ao tronco de uma árvore.
* Pe. Alírio José Pedrini é escritor com 25 livros publicados no Brasil, e diversos títulos publicados na Itália, Hungria, Portugal, Colômbia e Argentina 14 B RASIL CRISTÃO
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A sós com Jesus
“Felizes aqueles que crêem sem ter visto!” (João 20,29) Texto Ir. Cecília Rodrigues Vianna, sds
Foto: Arquivo ASJ
“Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” neste momento. Jesus se dirigiu a ele e disse: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” (João 20,27). Tomé se aproximou de Jesus, tocou-O e disse: “Meu Senhor e Meu Deus” (João 20-28). Conhecemos uma árvore pelos seus frutos; conhecemos a fé pelas atitudes. Por isso,
peçamos a Deus que Ele aumente a nossa fé, a nossa confiança em seu poder infinito; que Ele seja o nosso escudo nas horas de batalha, nosso consolo nas tristezas, nosso auxilio nas tribulações. Que saia sempre da nossa boca: “Meu Senhor e Meu Deus, eu confio totalmente em vós!” São Tomé, rogai por nós! Amém! BC
‘A Incredulidade de São Tomé’ de Benjamin West (1738-1820)
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uitas vezes escutamos a frase “você parece São Tomé, só acredita vendo”. É muito comum ouvirmos isto e agirmos desta mesma forma. Mas quem foi São Tomé? Qual a sua importância? São Tomé foi um dos apóstolos de Jesus. Ele tinha a necessidade de sempre ter provas visíveis das coisas. Uma delas foi quando os apóstolos disseram a Tomé que Jesus havia aparecido a eles, mas ele duvidou e disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se não puser a mão do seu lado, não acreditarei” (João 20,25). Uma semana após este acontecimento, Jesus voltou a se encontrar com os apóstolos e Tomé estava com eles
Irmãzinhas da Imaculada Conceição Jovem, você também pode fazer a diferença no mundo. Junte-se a nós, nos passos de Jesus, do jeito de SANTA PAULINA. Irmãzinhas da Imaculada Conceição
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Santificação
Um Coração Texto * Dom Murilo S. R. Krieger, scj
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Fotos: Arquivo ASJ
uando fala, Deus se dirige a pessoas concretas: fala a Abraão, a Moisés, a Davi, a Salomão, a Isaías, “aos nossos pais” (Hb 1,1). Antes, não se via o rosto de Deus: Ele se manifestava numa sarça ardente, numa nuvem ou numa coluna de fogo. “Ultimamente nos falou por seu Filho...” (Hb 1,2). Em Jesus Cristo, Deus tem um rosto que sorri, uma mão que acaricia, um olhar que envolve e braços que se estendem para abraçar. O Concílio Vaticano II (1962-1965) refere-se a isso com palavras sublimes: “Jesus trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano” (GS 22). Na linha da pedagogia do Antigo Testamento, quando Jesus abria a boca e ensinava, dirigia-se a pessoas concretas, com nome, história, problemas etc. Por isso, contava parábolas ou dava exemplos que cada um de seus ouvintes entendia: falava de sementes e pérolas, de ovelhas e moedas, de pães e pastores... O relacionamento que tinha com os homens e as mulheres, as crianças e os jovens de seu tempo, hoje quer ter com você que lê esta revista,
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com a jovem que será obrigada a passar o próximo domingo no caixa de um supermercado, com o professor universitário que corrige uma prova, com a mãe de família que prepara o almoço para seus filhos... Ao desejar manter um relacionamento pessoal com cada irmão ou irmã que conquistou com seu sangue, Jesus quer que todos passem pela experiência vivida por Paulo, assim resumida: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Quando alguém – por exemplo: um político, um comerciante, um agricultor, um vizinho, um parente seu... - fala com você, fala a partir do mundo em que vive. Jesus Cristo, quando lhe fala, não parte do mundo dele. Parte do mundo em que você vive. Ao olhar em sua direção, ele vê em você o Pai, já que você foi criado à imagem e semelhante de Deus. Esse rosto do Pai poderá estar perfeito ou alegre, machucado ou triste, abatido ou preocupado – e será sempre o rosto do Pai querido... Uma das parábolas de Jesus, a do Filho Pródigo, destaca a maneira como Jesus acolhe as pessoas. O filho que pediu ao pai a partilha dos bens e partiu para longe, após perder tudo e ficar na miséria teve consciên-
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Acolhedor
“O filho que pediu ao pai a partilha dos bens e partiu para longe, após perder tudo e ficar na miséria teve consciência clara de sua indignidade.”
cia clara de sua indignidade. Ao pensar retornar para sua casa e tentar ser admitido como um mero empregado, chegou a preparar um discurso para o momento do reencontro. O pai, que de longe o viu aproximar-se, correu a seu encontro e o abraçou, não dando a mínima importância para as palavras que o filho havia decorado. O filho sabia que seu rosto estava machucado – e queria destacar isso. Para o pai,
mais importante era seu filho que estava ali, em seus braços. Ele se via no filho. O filho era parte dele, sua extensão. Como não amá-lo e perdoá-lo? Jesus acolhe cada pessoa porque vê nela o rosto do Pai; mas também a acolhe porque sabe o preço que ela lhe custou – seu sangue. Como, pois, resistir a quem abre os braços e lhe diz: “Vinde a mim, você que está cansado e carregado de fardos?...” (cf. Mt 11,28). BC
Arte: ‘A História do Filho Pródigo’ de Frans Francken II (1600-1620) * Dom Murilo R. Krieger, scj é Arcebispo de Florianópolis/SC
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Doutrina
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS Texto * Pe. Francisco Sehnem, scj
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s primeiras comunidades cristãs tinham algumas características bem claras e definidas, que nos convidam para uma boa reflexão, e são também um desafio para a nossa Igreja atual. Eram comunidades da Palavra, do Testemunho e da Missão. Entre elas e através delas, “a Palavra de Deus crescia e se multiplicava” (At 12,24). Até mesmo as perseguições, em vez de desanimar, serviam para espalhar e divulgar a Palavra. “Iam de um lugar para outro, anunciando a Palavra” (At 8,4). Os discípulos e discípulas de Jesus tinham certeza de que a Boa Notícia era capaz de responder aos anseios mais profundos das pessoas de qualquer cultura,
raça e lugar. A Palavra de Deus transformava, renovava, libertava. O anúncio da Palavra de Deus significa a certeza de que Jesus, em sua morte e ressurreição, é o único e definitivo Salvador da humanidade. A proclamação da Palavra era a catequese básica dos primeiros missionários e missionárias. A sua pregação levava a um encontro direto e profundo com a Palavra da Salvação. Bem mais tarde, o Padre Antônio Vieira, sj, terminava um sermão de três horas assim: “hoje, nossas pregações não dão mais resultado porque pregamos muitas palavras, mas não pregamos mais a Palavra de Deus”. Outra característica da Igreja dos primeiros tempos é o testemunho. Anúncio
da Palavra e testemunho de vida são inseparáveis. Quem anuncia a Palavra deve pagar caro por isso: perseguições, prisões, calúnias, expulsões e até a própria morte. A fé em Cristo é tão valiosa que é preferível perder a vida a fraquejar na obediência à Palavra. O testemunho não diz respeito a uma idéia, um conjunto de verdades, uma doutrina. Trata-se de testemunhar a pessoa, a obra e o projeto de Jesus de Nazaré, morto e ressuscitado. O testemunho é obrigação de todos os seguidores de Jesus. Como o Mestre deu a vida pelo projeto do Pai, que quer vida em abundância para todos, assim seus seguidores são chamados a dar a vida pelo Mestre e pelos pobres.
“Outra característica da Igreja dos primeiros tempos é o testemunho... Quem anuncia a Palavra deve pagar caro por isso: perseguições, prisões, calúnias, expulsões e até a própria morte. A fé em Cristo é tão valiosa que é preferível perder a vida a fraquejar na obediência à Palavra”
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Sendo Igreja da Palavra e do Testemunho, as primeiras comunidades cristãs eram também Igreja da Missão. Possuídos pelo Espírito, que é força motora de todo dinamismo missionário, os primeiros cristãos eram pessoas que saíam, iam, partiam. Os verbos sair, ir e partir são comuns no livro dos Atos dos Apóstolos. Não eram pessoas acomodadas a estruturas e esquemas, atreladas a conquistas e ganhos passados. Não ficavam paradas em sacristias, esperando pelo povo. Eram pessoas da rua, das praças, de viagens. O que mais impressiona nas primeiras comunidades é o fervor e a coragem dos cristãos. Diante das autoridades e dos líderes religiosos do seu tempo, os fiéis não temiam confessar que Jesus é o Messias. A presença do Espírito Santo é muito viva. Cada igreja local tinha seus ministros, apóstolos, profetas, doutores... Todo fiel recebia de
Deus carismas especiais, que devia colocar à disposição da comunidade (dom de línguas, sabedoria, cura, ensino...). O ministério dos missionários e das missionárias era o mais valorizado. Entrar em contato com outros povos e culturas, aprender a falar em outras línguas para poder comunicar a Palavra, despojar-se da própria pátria para viajar pelo mundo, dar testemunho de Cristo até os confins da terra, eram os desafios das primeiras comunidades. O horizonte delas era o mundo! Em pouco tempo, alcançam o mundo de então. Muitíssimas cidades são tocadas pelo impacto do Evangelho. Com a missão dos primeiros cristãos, inverte-se o processo do massacre das culturas feito pelo Império Romano. O Evangelho exalta, valoriza e purifica as culturas. Sendo Igreja da Missão, as primeiras comunidades eram
igreja das casas, igrejas domésticas, caseiras. Não havia templos, basílicas, locais de culto. Os primeiros cristãos foram expulsos da comunidade judaica. O único lugar para se reunir era a casa dos próprios seguidores de Jesus. A Igreja se formava, assim, de pequenos grupos de reflexão, de oração, de partilha. Era aí que liam a Palavra, ouviam os apóstolos, celebravam a Eucaristia, repartiam o pão com os necessitados. Era daí que partiam em missão! E fica a perguntinha para nós: ainda é o Evangelho de Jesus que anunciamos ou nos perdemos em coisas secundárias? Nossas comunidades se preocupam em fundar novas comunidades ou se acomodam nas coisas que já fazem? Nossa Igreja acontece nas casas, em pequenos grupos de oração, reflexão e ação, ou busca o triunfo do espetáculo e da grandeza? BC
‘A última prece dos mártires cristãos’ de Jean Léon Gérôme - França (1824-1904)
* Padre Francisco Sehnem, scj é licenciado em Ciências Sociais pelas Faculdades Anchieta rtealizou estudos de Espiritualidade em Roma. Dedica-se a pregação de retiros e ministra cursos de formação permanente.
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Atualidade
Texto * Evaristo Eduardo de Miranda
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desafio dos próximos anos é o de produzir alimento suficiente para mais de dois bilhões de pessoas. A população mundial segue crescendo, e sua renda ainda mais. As economias dos países em desenvolvimento estão aquecidas. Há uma década, a Índia cresce a 9% e a China a mais de 10%. O PIB da África é o que mais cresce no mundo: 5% ao ano, seguido pelo da Ásia 4,5% e América Latina 3,9%. O aumento da procura por alimentos deve-se ao crescimento econômico e ao incremento da renda das famílias. A ocidentalização do hábito
F ME
alimentar de asiáticos e africanos prossegue. As famílias buscam as proteínas animais: bovinos, frangos, suínos etc. Isso estimula a produção de carne e de vegetais, como a soja, destinados à alimentação de gado, frangos e suínos. As exportações de soja e de carnes do Brasil crescem sem parar. Há três grandes caminhos para atender à demanda por alimentos: ampliar a área cultivada, aumentar a produtividade da agricultura e programar novas opões de produção. O Brasil e a América Latina dispõem de 30% de toda terra arável do planeta. Mas isso implica em desmatamentos. A opção mais sustentável é am-
pliar a produtividade agrícola pela tecnologia. A produção de grãos cresceu 140% nos últimos 16 anos no Brasil, com base na eficiência tecnológica. Uma nova opção emerge com força: os organismos geneticamente modificados (OGMs) ou transgênicos. Animais OGMs apresentam crescimento rápido (salmão), produzem medicamentos (ovelhas), um esterco mais limpo (porco) ou um leite de melhor qualidade (cabras). Plantas OGMs têm maior resistência a pragas e doenças, exigem menos agrotóxicos e produzem alimentos mais nutritivos. Caberá ao consumidor indicar suas preferências. BC
Foto: Wikipédia - Produção de soja do Rio Grande do Sul
O mundo tem
“Há três grandes caminhos para atender à demanda por alimentos: ampliar a área cultivada, aumentar a produtividade da agricultura e programar novas opões de produção.”
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* Evaristo E. de Miranda, mestre e doutor em Ecologia, pesquisador da EmbrapaCnpm, autor do Guia de Curiosidades Católicas, Vozes http://wwww.cnpm.embrapa.br.
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TV Século 21
AÇÃO
NACIONAL
Foto: Wikipédia - Produção de soja do Rio Grande do Sul
discussão com explicação! “Um programa que debate sem esquecer dos questionamentos”
Texto Martim Andrada
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ssim, o diretor Eric Modolo define o jornalístico Ação Nacional, um programa semanal de entrevista da TV Século 21, que vai ao ar todas as quintas-feiras, às dez horas da noite. Há pouco mais de três anos no ar, o programa é comandado por Estela Regina, que leva ao público assuntos da atualidade nas áreas de economia, educação, saúde, religião e meio ambiente. A grande característica do jornalístico é dar espaço para temas que merecem ser aprofundados. De acordo com o Eric, não há nada na tv aberta nos moldes do Ação Nacional. “Damos espaço para uma visão humanista”, diz o diretor. Temas polêmicos também são abordados na
atração. Recentemente, a pedofilia, a criação das células sintéticas e o Programa Nacional dos Direitos Humanos – o PNDH-3 – foram amplamente discutidos na mesa de
“Não há nada na tv aberta nos moldes do Ação Nacional. Damos espaço para uma visão humanista”
debates. Eric Modolo afirma que são temas difíceis e que merecem explicações, mas sem esquecer dos questionamentos. Outro grande foco do programa são as edições que discutem temas de utilidade pública. Durante os anos em que o programa está no ar, inúmeras personalidades brasileiras marcaram presença na no programas, como os précandidatos a presidência da República, José Serra e Dilma Rousseff, além de grandes nomes do meio científico e universitário. Vale à pena assistir. Como diz o diretor, não existe nada parecido na televisão brasileira. BC
AÇÃO NACIONAL - Quinta-feira às 22h30 e reprise na Segunda-feira às 24h00. Julho 2010 BRASILCRISTÃO 21
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GRANDES
e os Acontecimentos Eclesiais Texto Pe. Antônio S. Bogaz
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ossa Igreja tem uma longa tradição. São séculos de serviço à humanidade, nos vários continentes e nos diversos povos. Nossa tradição se fez no serviço aos mais pobres, na promoção da cultura, na luta pelos abandonados, na proteção dos direitos dos povos e das comunidades mais frágeis. A história da Igreja é marcada por acenos de misericórdia e de serviço, como expressão mais verdadeira do amor de Deus pelos seres humanos. Temos grandes acontecimentos para narrar, como prova da vitalidade da Igreja. Temos para descrever não apenas eventos que marcaram a história, mas é importante a participação dos cristãos na vida cotidiana de nossa gente. Estes fatos estão registrados no coração dos homens de boa vontade, mas também nos livros de história e nas crônicas dos jornais e revistas. Com a modernização dos meios de comunicação social, o radio e a televisão se tornaram meios mais velozes e mais eficazes na divulgação dos grandes eventos eclesiais. Muitos estudiosos dos fenômenos religiosos afirmam que a Igreja não foi muito rápida para entrar nos meios modernos de comunicação, sobretudo a televisão. Mas temos o mérito de termos sido o primeiro programa católico da televisão no Brasil. São mais 22 B RASIL CRISTÃO
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de duas décadas e desde então o Programa Anunciamos Jesus esteve sempre atento para registrar a vida da Igreja, desde seus eventos marcantes até seus passos cotidianos. Anunciamos Jesus, uma força profética Quando se apresentou no Anunciamos Jesus, para comemorar sua festa de aniversário, Pe. Zezinho scj,um símbolo da evangelização da Igreja no Brasil, disse que o Anunciamos Jesus acompanha a missão dos sacerdotes e de toda Igreja: comunicar a Boa Nova. Nossa missão é formar comunicadores, para que possam evangelizar. Anunciar Jesus é uma tarefa que desde o início se impôs à TV Século21. Por esta razão, desde seus primórdios, nosso programa divulga as grandes realizações da Igreja. Cada evento é uma promoção de talentos, para que todos sejam parceiros na evangelização. Os verdadeiros evangelizadores somam forças para construir ideais. As câmeras da TV Seculo21 é uma porta aberta para divulgar as boas ações da Igreja. Sabemos por experiência que as televisões comerciais não divulgam as boas realizações da Igreja. Sabemos melhor ainda que os canais de outros credos não divulgam jamais os grandes acontecimentos da igreja. Ao contraio, quanto possível expõem publicamente as fragi-
lidades da comunidade católica. Pe. Zezinho nos ensina que a televisão deve descobrir talentos, gerando assim um exército de comunicadores. Estes comunicadores são pregadores dos ensinamentos do Senhor. Não são estrelas ou artistas, apenas servidores da causa do Reino de Deus. Esta é a força profética da televisão católica; anunciar Jesus. Esta é a razão de existir do Programa Anunciamos Jesus: divulgar os grandes dons da Igreja, colocados a serviço de seu povo. Anunciamos Jesus cumpre sua missão desde os seus primeiros momentos: revelar ao povo e à sociedade os grandes passos da comunidade cristã, seus grandes e pequenos feitos para construir um mundo melhor e mais humano. Um vulto inesquecível Entre as relíquias que acompanham os cristãos, o Santo Sudário tem um lugar especial. Sabemos bem que as nossas relíquias verdadeiras são os grandes gestos de caridade e de evangelização que ficaram gravados nos corações de todos os povos. Sabemos bem que são os mártires, os santos e os simples nossas relíquias mais valorosas. Antes de tudo, professamos que nossa relíquia mais valiosa é o próprio Senhor. Como dizem os místicos, Cristo é a verdadeira relíquia de Deus que todos devemos adorar.
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No entanto, um fiel, grande amigo, nos apresentou uma relíquia importante, que é um sinal da presença de Deus na história do cristianismo. Falamos de Dr. Antônio Corcione. Depois de tantos estudos e sérias convicções nos apresentou o Santo Sudário. Estes programas do Anunciamos Jesus foram apresentados na sua mais tenra origem, ainda em 1983. Dr. Corcione nos trouxe todo o histórico, significado místico e importância do Santo Sudário. Seu entusiasmo e sua eloqüência nos envolveram. Na festa dos 26 anos do Anunciamos Jesus, Dr. Antônio veio testemunhar sua fé e sua fidelidade. Para ele, testemunhar a relíquia do Santo Sudário, foi a realização de um sonho. Recordamos suas palavras: “Tudo isso era um sonho. Fui convidados pelo Padre Eduardo para testemunhar minha fé num programa de televisão. Naquela época não existia um programa católico, pois ainda não tinha espaço na mídia para nossa religião”. Os primeiros tempos do Anunciamos Jesus, continua seu testemunho, foram tempos pioneiros. No Brasil era uma grande novidade, pois se produzia uma televisão católica. Outras igrejas cristãs e não cristãs já estavam avançando nos programas de televisão. Anunciamos Jesus foi, de fato, um sonho. Todas as dificuldades foram superadas aos poucos. Se os primeiros programas do “Anunciamos Jesus” foram feitos sob uma árvore, como recordou Pe. Eduardo Dougherty, sj, hoje este sonho é uma grande realidade. Nesta reflexão, conclui Dr. Antônio, “sou uma pequena parte deste sonho”.
Este foi um sonho bom que se tornou realidade. Um sonho de evangelização, como propósito de evangelizar nossa gente brasileira. Um “novo” Paulo O testemunho de Jorge Tannus, que fez parte desta história, renova o propósito missionário das primeiras comunidades. Como Paulo Apóstolo que rompeu fronteiras e avançou para terras distantes, servindo-se dos meios próprios de seu tempo, assim também nós devemos evangelizar. Somos todos evangelizadores e a divulgação da fé cristã e dos ensinamentos de nossa Igreja está em nossas mãos. Paulo, para evangelizar, embarcou em caravelas, cavalgou cavalos e carruagens. Eram os meios mais modernos de seu tempo. Ele foi destemido e marcado pela coragem. Não teve receio de enfrentar tempestades, no mar e nos desertos, para falar de Jesus. Seu impulso era pregar o evangelho de Jesus Cristo. Seu modelo se fez tradição e abriu caminhos. Missionários atravessaram os mares em grandes navios e embarcaram em aviões para partirem para terras distantes. Em nossos tempos, urgia novos meios, meios que a inteligência humana descobriram. Neste momento da história, a TVséculo21 ancorou com coragem. Jorge Tannus declara: “O programa Anunciamos Jesus faz história e é uma tradição”. Formamos uma grande família, uma família cheia de alegria e tanto orgulho. Fazemos parte desta história, a história da evangelização. Nesta lógica, Pe. Eduardo é como o Apóstolo Paulo con-
temporâneo. Seus barcos e seus cavalos são os satélites de nossa tecnologia. São os instrumentos de nossa evangelização nestes tempos modernos. Com o Pe. Eduardo e a Irmã Luiza, todos nos tornamos andarilhos da nova evangelização. Um evento para não esquecer. A América Latina teve quatro grandes conferências. Passando por Medellin (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992), chegamos a Aparecida, a grande conferência no Brasil, no coração de nossa devoção à Mãe de Deus Imaculada. Na mesma ocasião, a canonização do Frei Galvão foi um marco na história de nossa Igreja no Brasil. Todos participamos desta grande alegria. Estava entre nós um grande amigo e pastor, que engrandeceu todas as festividades religiosas: Papa Bento XVI. A TVSéculo21, com todos os meios modernos de evangelização, participou deste grande evento. Estava presente para comemorar e para divulgar este grande acontecimento. A comunidade católica no Brasil vive momentos de grande emoção. Todos os momentos foram elevados e místicos. Os cristãos católicos no Brasil e todos os homens de boa vontade sentiram sua fé mais fortalecida e a vontade de evangelizar tornou-se um imperativo. Ser cristão é ser evangelizador. Assim, a TVSéculo21, nos caminhos pioneiros do Programa Anunciamos Jesus cumpre sua missão: levar a Boa Nova a todos os cantos do Brasil, para que o Reino de Deus aconteça em nosso coração e em nossa sociedade. BC Julho 2010 BRASILCRISTÃO 23
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Oração
Texto Irmã Luiza Tecilla
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ia 29 de julho é dia de São Bento, um santo que viveu grandes tentações do demônio, grandes tribulações, mas venceu todas em nome de Jesus. Então, vamos rezar com muita fé, pedindo a intercessão de São Bento, para que todo pecado, todo mal e toda influência maligna seja expulsa de nossa vida, da vida dos nossos familiares, da nossa casa, do nosso trabalho. Para se ficar livre das ciladas do demônio é preciso, acima de tudo, estar na graça e amizade com Deus. Portanto, é preciso servi-lo e amá-lo, cumprindo todos
os deveres religiosos: Oração, Missa dominical, recepção dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça; em uma palavra, cumprimento de todos os mandamentos da Lei de Deus e da Igreja. Nem o demônio, nem alguma criatura, tem o poder de prejudicar uma alma unida a Deus. São Bento interceda junto a Jesus pedindo que me livre dos vícios, das confusões, fofocas, intrigas, para que eu me torne uma pessoa livre e possas viver na plenitude do amor de Deus. São Bento seja o meu escudo para que nenhuma tentação corrompa a minha alma. São Bento interceda por mim! Que assim seja! Amém. BC
A Oração de São Bento A Cruz Sagrada seja a minha luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhes coisas vãs. É mal o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo os teus venenos.
Gaspar Borges Leal e família (Picos/PI)
Welington R (Conceição . V. Filho da Barra/MG
) onte/BG)
iveira (Belo Horiz
Sirlei Ap. G. de Oliveira (Sales Oliveira/SP) à esquerda
Dina P. Garcia (Ribeirão Preto/SP)
Maria José
Adamy Gianinni dos Santos (Tabocas do Brejo Velho/BA )
Édme B.G. de Ol
dos Santos
ito/MG)
José Lara (Itabir
Sócio(a), escolha uma foto especial sua e nos envie, por e-mail ou correio, para publicarmos neste espaço! 24 B RASIL CRISTÃO
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R epórter NT
entrevista São
José (Parte VII)
A FUGA para o EGITO
Texto Vicente Abreu
N
‘Fuga para o Egito’ de Edwin Long (1829-1891)
a publicação passada José me falava sobre como acontecera a visita dos magos, esclarecendo várias dúvidas que permaneciam sobre este episódio. Em seguida, perguntei a ele o que tinha acontecido depois disso. José suspirou fundo e disse: “Tivemos que fugir para o Egito.” Perguntei a ele como tinha sido. A resposta de José deu origem a uma maravilhosa conversa. Dessa vez, aprendi muito sobre o que é colocar-se a serviço de Deus e lançar-se, no meio da noite, na fé, rumo ao desconhecido. A seguir, veja um trecho dessa entrevista. Repórter NT: Como aconteceu esta fuga para o Egito? José: Bem, desde que o anjo me falou que eu seria responsável pelo Filho de Deus neste mundo, um sentido de alerta se despertou em mim. Eu passei a ficar atento a tudo que pudesse vir a acontecer a Maria e a Jesus. Por isso, quando os magos disseram que tiveram sonhos parecidos avisando-os para não voltarem a Herodes, eu me preparei para uma possível situação de perigo. E, de fato, ela não demorou a chegar. Repórter NT: O que aconteceu? José:: Na noite seguinte à partida dos magos, por volta da meia noite, o anjo me apareceu novamente em sonho e disse claramente: “Levanta-te, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise.” Foi outro sonho daqueles cuja mensagem é clara, forte e
que não deixa dúvidas. Foi tão forte que acordei Maria, contei a ela e nos preparamos para sair naquele momento. Foi uma fuga mesmo, como a anjo disse: “Levanta-te, toma o menino e a mãe, foge para o Egito.” Foi o que eu fiz. Repórter NT: Como Maria reagiu? José: Como uma mulher de fé. Ela não fez uma pergunta sequer. Simplesmente arrumou Jesus, nossas roupas e tudo aquilo que podíamos levar. Eu preparei o jumento e partimos às pressas. Era este o sentimento que tinha: tinha que ser depressa. Era urgente. Repórter NT: Como é acordar no meio da noite e lançar-se com sua família rumo ao desconhecido? José: É uma questão de fé. É crer naquilo que Deus está mostrando naquele momento. Eu e Maria descobrimos que Deus não nos mostra o
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plano inteiro. Ele mostra apenas o próximo passo. Uma vez que este passo é dado, ele mostra o próximo. Assim, vamos caminhando, conhecendo a vontade do Pai a cada passo que damos. Esta é aventura de caminhar na fé, confiando na providência do Altíssimo. Eu e Maria sabíamos que Deus tinha um plano para nós e isso nos confortava. Além deste conforto, nós tínhamos a presença de Jesus conosco. Isso era e é tudo. Embora ele fosse um bebê, sua presença era e é confortadora. Ele nos deu forças. Repórter NT: Você teve medo? José: Tive e não tive. Por um lado eu tinha total confiança no Pai e sabia que ele não iria nos abandonar em momento algum. Além disso, como falei, tínhamos a presença confortadora de Jesus. Por outro lado, porém, eu pensava em tudo o que nos esperava no Egito: uma língua estranha, um país estranho, costumes estranhos, gente estranha... Tudo isso sem contar a viagem em si, que era cheia de perigos... Racionalmente, tudo isso dava medo. Mas, na hora do medo, eu olhava para Jesus. Seu rosto sereno, pacífico e feliz, me dava coragem. Repórter NT: Qual caminho vocês fizeram? José: Fizemos um caminho alternativo que eu conhecia apenas de ouvir falar. Assim, saímos de Belém e fomos até Berseba. Lá, compramos alimentos para a viagem com 26 B rasil Cristão
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um dinheiro que eu tinha de minhas economias em Nazaré e pernoitamos. Depois, pegamos a estrada e chegamos ao primeiro oásis ao final do dia seguinte. Pernoitamos lá, conseguimos mais alimentos e informações para chegarmos ao próximo oásis. Assim, chegamos ao Egito. Repórter NT: Em que cidade vocês chegaram? José: Chegamos a Mênfis, uma cidade grande que tinha sido transformada em capital de província romana. Por incrível que pareça, foi bom o fato de o Egito também estar sob o domínio dos romanos.
Repórter NT: Vocês ficaram em Mênfis? José: Apenas alguns dias, até eu me informar sobre a situação geral naquele país. Encontrei alguns judeus que me ajudaram muito. Pelo fato de eu ser carpinteiro, vários deles me aconselharam a ir para Tebas, mais ao sul do Egito, às margens do rio Nilo. Lá, tinha muita oferta de trabalho na minha área. Porém, nosso dinheiro acabara. Não tínhamos condições de comprar alimentos para uma viagem tão longa como seria esta. Foi, então, que a providência divina nos confortou mais uma vez.
Repórter NT: Porquê? José: Quando fugimos para o Egito, eu simplesmente obedeci à ordem do anjo. Porém, não sabíamos que Herodes tinha mandado matar criançinhas em Belém... (José se emocionou). Somente anos mais tarde, quando voltamos para Israel, é que soubemos o que tinha acontecido. Mas, como eu dizia, o Egito estava dominado pelos romanos. E os romanos não permitiam a entrada de soldados de Herodes no Egito. Assim, mesmo sem saber, estávamos protegidos. É por isso que eu confio na misericórdia de Deus. Qualquer outro judeu poderia chegar ao Egito e amaldiçoar a presença dos romanos. Mas, para nós, foi um bem. Por isso, é preciso confiar no Pai, mesmo que tudo à nossa volta pareça dizer o contrário. Nós não sabemos sobre os grandes desígnios de Deus.
Repórter NT: Como foi? José: Como disse, minhas economias tinham acabado. Então, aqueles presentes que os magos do Oriente tinham dado a Jesus tiveram uma grande utilidade. Eu levava todos muito bem guardados e escondidos na bagagem que nosso jumento carregava. Quando os companheiros judeus que conheci tomaram conhecimento do ouro, incenso e mirra que eu levava, eles facilmente conseguiram compradores muito interessados nesses produtos. Esses judeus me ajudaram a vendê-los por um preço acima do normal porque em Mênfis eles estavam em falta. Com isso, conseguimos recursos para viajar para Tebas e para eu me estabelecer lá, até que pudesse trabalhar e conseguir nosso sustento. Foi a providência de Deus dando-nos o necessário.
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Repórter NT: Porque? José: Porque Tebas fica a mais de seiscentos quilômetros ao sul de Mênfis, ou seja, estaríamos cada vez mais longe da nossa terra, dos nossos parentes, do nosso povo... Isso apertava nosso coração. Nosso único consolo era termos um ao outro e, claro, Jesus. Porém, mal sabíamos nós que os pais de Maria viriam a falecer nesse tempo em que ficamos ausentes. Maria pressentiu estes acontecimentos. Nós entregamos tudo ao Senhor, pelo bem de Jesus. Não compreendíamos o porquê de tudo aquilo, mas confiávamos no Senhor. É Ele quem sabe de tudo. Assim tem sido nossa vida até hoje. E sei que no futuro não vai ser diferente. Repórter NT: Como foi a vida de vocês em Tebas? José: Graças a Deus, foi pacífica. Realmente estavam precisando de carpinteiros por lá. Construí muitas casas, móveis, telhados, enfim, consegui me estabelecer. Jesus passou os primeiros quatro anos de sua vida brincando com meninos egípcios! Tínhamos alguns amigos judeus também. Até fizemos ali uma sinagoga, onde nos reuníamos aos sábados para ler a Torá, meditar
sobre a Lei do Senhor, cantar salmos e orar ao Pai. Era nosso refúgio no exílio.
“... estaríamos cada vez mais longe da nossa terra, dos nossos parentes, do nosso povo... Isso apertava nosso coração. Nosso único consolo era termos um ao outro e, claro, Jesus.”
Repórter NT: O que aconteceu depois disso? José:: Eu e Maria vivíamos em paz, mas sempre alertas, pois, como o anjo tinha dito da última vez, “Levanta-te, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise.” Agora, era o tempo de esperar a segunda parte da ordem que ele me dera: “... e fica lá até que eu te avise.” Passamos quatro anos esperando por este aviso do Senhor. Até que um dia, após a refeição, durante o dia mesmo, senti um forte sono e adormeci. Foi, então, que Ele falou comigo novamente. Repórter NT: O que ele disse? José: Ele disse: “Levantate, toma o menino e a mãe e dirige-te para Israel, pois morreram os que atentavam contra a vida do menino!” Foi a hora de mais uma despedida em nossas vidas: despedirmos para sempre dos amigos que fizemos em Tebas. Até Jesus sentiu essa despedida, pois ele também fizera muitos amigos por lá. Eu tinha guardado dinheiro durante esses quatro anos, esperando o aviso do Senhor. Quando ele veio, estávamos preparados. Passamos alguns dias arrumando tudo, despedindo-nos de todos e partimos de volta para nossa terra, Israel. É aqui que Jesus vai exercer sua missão. Na próxima publicação: o retorno emocionante da Sagrada Família para Israel e Nazaré. BC
‘Fuga para o Egito’ de Carl Spitzweg (1808–1885)
Repórter NT: Então vocês foram para Tebas... José: Sim... E essa viagem foi particularmente mais difícil.
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Sócios & Representantes
SEMENTE DO BEM
“O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino.” (Mateus 13,38)
H
á mais de trinta anos Deus plantou uma semente no coração do Pe. Eduardo e esta semente germinou, cresceu e se multiplicou no coração dos nossos sócios e hoje Associação do Senhor Jesus e TV Século 21 produz muitos frutos para a salvação de almas para Deus. Mas tudo o que é produzido por nós é graças a generosidade de cada sócio, por isso Pe. Eduardo faz um convite a você: Sócio você quer ser um semeador de Jesus? Sabe como? Convide três amigos, mostre a sua revista Brasil Cristão, o livro Orações para um Brasil Cristão, diga os benefícios em ser um sócio em ser um evangelizador, conquiste-o e em seguida preencha a ficha anexa na primeira página desta
revista e nos envie. Seja um sócio semeador vamos espalhar por esse imenso Brasil a “Semente do Bem”, vamos espalhar a Boa Nova de Jesus, vamos abastecer o povo com comida espiritual. Estamos iniciando a segunda parte da campanha ao Sagrado Coração de Jesus, Pe. Eduardo deseja que o Brasil seja consagrado ao Sagrado Coração de Jesus. Junto com a revista Brasil Cristão você sócio recebeu um folheto com o “Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus”, com os objetivos espirituais da campanha e um mapa do Brasil dividido por regiões para você colocar seu nome, cidade e estado recortar e nos enviar no dia 06 de agosto de 2010 às 20h, acontecerá uma missa especial onde serão consa-
grados ao Coração de Jesus cada sócio, cidade e estado. Participe, vamos juntos fazer do Brasil uma nação Cristã a doação desta campanha será destinada a produção de novelas, mini séries de conteúdo e qualidade para toda família brasileira. BC
Fotos: wikipedia
Texto Fernanda M. Massocatto
S
er um sócio-representante é receber uma grande graça de Deus. Sou sócio representante da Associação do Senhor Jesus a mais de 20 anos e sinto uma paz tão grande que não se pode imaginar, pois é gratificante em todos os sentidos. Você passa para as pessoas as maravilhas que a ASJ faz através dos meios de comunicação (revista Brasil Cristão, os programas de auditório, as palestras, orações, etc.). Tudo isto só traz paz e bem para todos. Quando fui convidado para ser um representante, perguntei para a irmã que me convidou, o que eu ia fazer? Só que essa irmã falou que tudo que eu havia dito e ela estava representando a Associação do Senhor Jesus, então aceitei a missão e estou tentando fazer algo para Deus. No ano 2000 houve um sorteio para os representantes fazerem um retiro na ASJ, fui sorteado com grande alegria e participei deste retiro e conheci a verdadeira obra e as pessoas maravilhosas que fazem parte desta família ASJ. Conheci, também, o grande projeto do Padre Eduardo e senti a necessidade de tentar fazer mais pela ASJ. Obrigado por esta oportunidade! Deus abençoe e que Maria cubra a todos com seu manto santo. BC
Sebastião José Canavarro Nascimento (Marataizes/ES) 28 B rasil Cristão
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Pentecostes hoje
PAPAS
Fotos: wikipedia
Os ea RENOVAÇÃO CARISMÁTICA
J
(parte III)
Texto Reinaldo B. Reis
oão Paulo I, de brevíssimo pontificado (33 dias), não chegou a pronunciar-se a respeito da Renovação Carismática, propriamente. Mas em dezembro de 1974, quando ele ainda era o Patriarca de Veneza, escreveu ao Cardeal Suenens a respeito de seu livro “Um Novo Pentecostes”, dizendo, entre outras coisas: “Obrigado pelo bem que fizestes à minha alma e pelo serviço que prestastes à Igreja através de sua inspiração...”. (O livro do Cardeal Suenens fala das características e da espiritualidade da Renovação Carismática). Na sequência, temos João Paulo II – o Papa com quem, por enquanto, por mais tempo conviveu com o Movimento. E como foi pródigo João Paulo II em apoiar as Novas Comunidades e Movimentos Eclesiais. Memorável foi o Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais por ele convocado, em maio de 1998, quando milhares de participantes dos diversos movimentos reconhecidos pela Igreja afluíram a Roma para estar com ele e receber dele seus direcionamentos, seu apoio, seu incentivo. Por muitas e muitas vezes ele se dirigiu diretamente à Renovação Carismática. Como pastor seguro, magnânimo, preocupado com cada porção do rebanho,
elogiou coerências, apontou dificuldades, conclamou a observância dos critérios de eclesialidade que deveriam nortear a RCC, sem nunca ensejar nenhum ar de desânimo e, corajosamente, agindo, por vezes, como um definido defensor da identidade do Movimento. Eis algumas falas de João Paulo II à Renovação Carismática, para ilustrar o seu pastoreio: “Como não dar graças pelos preciosos frutos espirituais que a Renovação gerou na vida da Igreja e de tantas pessoas? Quantos fiéis leigos – homens e mulheres, jovens, adultos e anciãos – puderam experimentar na própria vida o maravilhoso poder do Espírito e dos seus dons! Quantas pessoas redescobriram a fé, o gosto pela oração, a força e a beleza da Palavra de Deus, traduzindo tudo isto num generoso serviço à missão da Igreja! Quantas vidas mudaram de maneira radical! Por tudo isto, hoje, juntamente convosco, desejo louvar e agradecer ao Espírito Santo” (À RCC na Itália, 04/04/1998). “No nosso tempo, ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Assim, ajudareis a fazer que tome forma aquela ‘cultura do Pentecostes’, a única que pode fecundar a civilização do amor e da conveniência entre os povos. Com insistência fervorosa, não
vos canseis de invocar: ‘Vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem!’.” (14/03/2002). “A Igreja e o mundo têm necessidade de santos, e nós somos tanto mais santos quanto mais deixamos que o Espírito Santo nos configure com Cristo. Eis o segredo da experiência regeneradora da “efusão do Espírito”, experiência típica que caracteriza o caminho de crescimento proposto pelos membros dos vossos Grupos e das vossas Comunidades” (L’Osservatore Romano, 30/03/2002). E, finalmente, destacamos o seu último pronunciamento dirigido à Renovação Carismática, feito durante a celebração da Vigília de Pentecostes de 2004, na Praça de São Pedro, em Roma. Disse ele: “Graças ao movimento carismático, tantos cristãos, homens e mulheres, jovens e adultos, têm redescoberto Pentecostes como realidade viva e presente na sua existência cotidiana. Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja, como um renovado salto de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio” (29/05/2004). Um verdadeiro reconhecimento pontifício público da identidade do Movimento, bem como um mandato e direcionamento do apostolado que deve lhe caracterizar: apostolado da difusão da espiritualidade e da efusão do Espírito do Pentecostes! BC Julho 2010 BrasilCristão 29
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Juventude
RELAÇÕES SEXUAIS
antes do casamento
Por que não?
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ossos jovens são submetidos a uma violenta pressão em relação ao sexo antes do casamento. Sofrem uma fortíssima influência dos meios de comunicação, de profissionais das áreas de saúde, educação e comportamento que falam de modo muito liberal, e da nossa sociedade altamente erotizada. Em nosso tempo, um jovem que queira viver o ideal cristão de virgindade e castidade, precisa ser herói, valente e um destemido lutador contra essa correnteza de corrupção da juventude. Mas não pode andar sozinho. Precisa andar de mãos dadas com Jesus Cristo, vivendo sua Palavra e os Sacramentos, seguir a orientação de pais e educadores, e estar com bons amigos, usando de sabedoria e esperteza para não se deixar convencer de que “o sexo pode e deve ser vivido livremente”. As consequências do sexo livre podem ser terríveis. 30 B rasil Cristão
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Quantos jovens são arrastados pelos meios de comunicação, que os convencem de que o “correto” é manter relações sexuais; que é bom e necessário; que o “normal” é ter relações sexuais já na adolescência e na juventude, antes do casamento. Que isso faz parte da natureza humana e não pode ser reprimido. Mas, na verdade, o que eles dizem e afirmam é uma grande mentira. É uma grande traição a vocês jovens. Eles não falam, não avaliam, não publicam e não mostram claramente as consequências desastrosas dessas imoralidades, dessa libertinagem sexual. Não falam dos jovens que se tornaram dependentes e escravos do sexo. Não falam dos jovens que estão traumatizados, portadores de
Fotos Istockphoto
Texto adaptado * Cássio Abreu
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desvios de sexualidade. Não mostram a infelicidade de milhares de novos casais, que se separaram e cujos filhos estão traumatizados. Não falam das mães solteiras que têm que criar os filhos sozinhas. Não falam dos jovens que têm que deixar os estudos por causa de uma gravidez fora de hora. A eles não interessa se, mais tarde, por terem praticado todo tipo de relações sexuais antes de se casarem, muitos jovens fracassam no casamento, destruam suas famílias, traumatizem seus filhos por causa das separações. Eles não pensam e nem querem saber destas consequências tremendas para as famílias. E nada fazem para
ajudar àqueles que “eles mesmos tornaram infelizes”, por causa dessas malignas teorias de falsa liberdade sexual. “Se as relações sexuais antes do casamento fizessem bem aos jovens, ajudassem para sua felicidade e para preparar um bom casamento, Jesus teria sido o primeiro a aconselhá-las”. Aliás, vocês sabem quem é Jesus! Vocês sabem como Ele ama os jovens. Vocês sabem como Ele quer a felicidade e a realização familiar dos jovens. Portanto, é preciso que vocês analisem muito bem e façam um discernimento correto sobre o uso da sexualidade antes do casamento. Todo mundo sabe o que é a virgindade, mas a castidade tem um sentido diferente para casados e solteiros. Para os casados, castidade é ser fiel ao cônjuge. Para os solteiros, é absterse dos prazeres sexuais. Assim ensina a doutrina da Igreja. Quem fala a verdade? Quem tem a teoria correta? Quem ensina a verdadeira sabedoria da vida? O mundo aí fora ou Jesus? Quem mais ama, de fato, a vocês, caros jovens? Quando Jesus propõe a virgindade e a castidade Ele pen-
sa única e exclusivamente no bem dos jovens. Não só para o momento presente, mas para a vida matrimonial, familiar. A juventude passa depressa e um dia vocês vão se casar. E, com certeza, todos vocês querem celebrar 50, 60 anos de casamento. Querem que o seu matrimônio perdure “até que a morte os separe”. Pois bem, Jesus, ao propor a virgindade e a castidade, olha exatamente para o futuro. Ele quer preparar vocês da melhor forma para aquilo que vem no futuro: a sua família. Pode não parecer, mas a castidade nos prepara para a vida matrimonial. Quando um casal sai em Lua de Mel, começa a se conhecer mais intimamente. Homem e mulher vão crescendo juntos no amor. Ao se descobrirem aos poucos, ao se doarem um ao outro, vão criando um forte laço de amor, comprometimento, fidelidade e confiança que dificilmente será quebrado, mesmo nos momentos difíceis da relação. No próximo artigo abordaremos as consequências das relações sexuais antes do casamento no universo feminino. BC
Fotos Istockphoto
“Jesus, ao propor a virgindade e a castidade, olha exatamente para o futuro. Ele quer preparar vocês da melhor forma para aquilo que vem no futuro: a sua família.” * Baseado no livro “Jovens - Formação afetiva e sexual” - Pe. Alírio J. Pedrini”
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Arte: Ednei Modesto
.......... .......... ..........
FARMÁCIA
DOMÉSTICA:
.......... VANTAGENS . . . . . . .e .ALERTAS ... “Quem não tem . . . .uma . . em . . casa?” ..
Texto * Frei Rinaldo Stecanela, osm
É
Queridos leitores. muito comum encontrar no interior de nossas casas uma “caixinha” de “primeiros socorros” com quase todos os tipos de medicamentos estocados como: analgésicos, remédios de controle especial, comprimidos, cápsulas, pomadas, cremes, etc. Muitos destes medicamentos estão armazenados na cozinha, dormitório, banheiro e até na sala. Cada um escolhe o melhor lugar para
acondicioná-los conforme a sua praticidade, fácil acesso e uso frequente. Ter uma “farmácia doméstica” não é ruim, porém, a OMS (Organização Mundial da Saúde) faz alguns alertas sobre esta conduta, principalmente na maneira de como se armazena tais medicamentos. A cozinha é uma área de grande umidade e calor excessivo; o banheiro pode ter problemas de contaminação com os produtos de limpeza. Porém, qual é o local correto, o melhor lugar
TEMPERATURA: o aumento da temperatura pode alterar a qualidade do medicamento. Leia as orientações na bula ou pergunte ao médico sobre este assunto. LUZ: muitos medicamentos são sensíveis à luz (Xaropes, elixires e outros). Eles podem sofrer alterações físicas e químicas e até oxidações. Conserve-os em suas próprias embalagens pois já foram testadas. UMIDADE: Mantenha-os em locais secos e afastados das paredes pois umidade deteriora o remédio.
de se guardar medicamentos? Na verdade não existe um local que seja mais correto que o outro para se armazenar os remédios. Deve-se, porém, prestar atenção em alguns fatores que devem ser evitados, como por exemplo, altas temperaturas, calor, exposição à luz direta, umidade, prazo de validade e, principalmente, o acesso das crianças e animais domésticos. Eis algumas dicas para auxiliar no correto armazenamento dos seus medicamentos.
CRIANÇAS: muitos medicamentos são confundidos com balas e doces e são facilmente atraídos pelas crianças. Mantenha-os distante e se possível em lugares trancados. PRAZO DE VALIDADE: guardar remédio faz bem, porém, preste atenção nos prazos de validade. Muitas pessoas compram e tomam medicamentos sem orientação médica. Cuidado com esta prática. É a sua vida que está em jogo. Lembre-se sempre: o seu corpo é Templo do Espírito Santo de Deus. Cuide bem dele. Deus abençoe a todos. BC
* Frei Rinaldo Stecanella é Diretor da TV Século 21 e apresentador do programa Vida e Saúde.
JOVEM, JUNTE-SE A NÓS! Se você ama Jesus e Maria, gosta de viver em comunidade, quer consagrar sua vida pelo Reino de Deus, é criativo, gosta de servir a Igreja no serviço missionário, nos meios de comunicação, na educação, no zelo pela natureza e no serviço pastoral, então você tem tudo para ser um SERVO DE MARIA. Ordem dos Servos de Maria (OSM) 90 anos de presença no Brasil. Servindo a Deus e aos mais necessitados do jeito de Maria.
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CONVENTO SANTA MARIA DOS SERVOS Rua Pedro Eloy de Souza, 04, Bairro Alto - CEP 82820-130 Curitiba/PR - Fone: (41) 3367-4326 / Fax: (41) 3367-3467 E-mail: osmvocacionalcwb@gmail.com - Site: www.servidimaria.org
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Catequese e Evangelização
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Texto * Irmão Nery, fsc
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acramentos são sinais sensíveis e eficazes da ação de Deus na vida das pessoas. Eles constituem meios especiais para a Igreja transmitir o Senhor e suas graças aos discípulos de Jesus. Os Sacramentos estão agrupados em três categorias: a) Sacramentos da Iniciação Cristã (Três). O Batismo que nos faz nascer para a glória de Deus, que nos consagra e separa para ele. A Confirmação que nos consolida, pela ação do Espírito Santo, na opção radical por Deus e seu Plano de Salvação. É o nosso pentecostes. A Eucaristia, que nos faz vivenciar o mistério pascal da redenção, nos alimenta com a Palavra de Deus e com o Pão da vida, o próprio Jesus Cristo. Por estes três sacramentos da iniciação cristã somos da Trindade Santa e nos tornamos disponíveis para Deus e para o bem do mundo. b) Sacramentos da cura (Dois). A Reconciliação que nos coloca, a nós pecadores, no
coração misericordioso do Pai, que nos ama, nos perdoa, nos reconcilia, desde que saibamos amar e perdoar a quem nos ofende. A Unção dos Enfermos, que consagra ao Senhor nossos sofrimentos, limitações, doenças e a própria morte. c) Sacramentos do Serviço (Dois). O Matrimônio, que consagra a Deus o amor conjugal e a família e para Ele gera novos filhos. O Sacramento da Ordem, que consagra alguns homens para presidirem a Eucaristia e perdoar, em nome de Deus, os pecados. A Ordem lhes confere a liderança da comunidade, o pastoreio do povo do Senhor, os cuidados para que os fieis cresçam com o Senhor a serviço de seu Reino. BC
* Irmão Nery fsc, da Comunidade La Salle é Presidente de SCALA (Sociedade de Catequetas Latino-americanos), membro do GRECAT/CNBB e escritor. irnery@yahoo.com.br Fotos: Arquivo ASJ
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Falso Fondue Foto Maurício Âmbar
Ingedientes: 1 pão italiano redondo, com aproximadamente 15 cm de diâmetro, com a tampa cortada e todo o miolo retirado, com cuidado para não furar, para ficar com formato de cumbuca; 200 gr. de requeijão ou cheddar cremoso; 200 gr. de mussarela ralada; 200 gr. de provolone, ou outro queijo que você prefereir, pode ser gruyer, gouda, gorgonzola, meia cura, ou qualquer queijo que derreta bem, também ralado; 200 gr. de creme de leite; opcional duas colheres de vinho branco. Modo de preparo: Em uma travessa, que possa ir ao microondas, misture todos os ingredientes e leve ao micro por dois minutos. Mexa bem, recheie o pão, leve novamente para o micro por mais dois minutos, retire, mexa de novo, levemente, e tampe com a tampa cortada. Com cuidado, cubra com papel alumínio e leve para o forno convencional, previamente aquecido, por mais 15 minutos e mexa de novo. Se os queijos já estiverem derretidos sirva, senão, deixe mais um pouco. Sirva imediatamente após tirar do forno, com torradinhas sem tempero, acompanha bem um vinho. Bom apetite!
Chef
Fernando Meirelles
CACHE CACH E COL ENCARACOLADO Material: 1 novelo de Cisne Premium; 1 novelo de Cisne D’Primera; agulha para tricô Corrente, nº5. Execução: Colocar 8 pontos com um fio de Cisne Premium na agulha nº5 e tricotar 1,20m de comprimento das carreiras abaixo: Arrematar. Repetir o mesmo trabalho com o fio Cisne D’Primera. Arrematar. Para usar, enrolar os dois trabalhos um no outro e use-os juntos, prendendo na blusa com um broche. 1ª carreira: 6m e virar o trabalho. 2ª carreira: 6m. 3ª carreira: 5m e virar o trabalho. 4ª carreira: 5m. 5ª carreira: 4m e virar o trabalho. 6ª carreira: 4m. 7ª carreira: 3m e virar o trabalho. 8ª carreira: 3m. 9ª carreira: 2m e virar o trabalho. 10ª carreira: 2m. 11ª carreira: 8m e virar o trabalho. 12ª carreira: 8m. 13ª carreira: voltar na 1ª carreira. 34 B rasil Cristão
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Querido sócio... Queremos publicar uma receita especial ou dica de artesanato da sua região. Envie-nos seu texto, com fotos de boa qualidade, da receita ou dica e, também, uma foto sua. Endereço: RECEITA MULHER.COM Caixa postal 1.000 CEP 13012-970 Campinas - SP
Artesã: Vitória Quintal
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Feliz a Nação que se consagra ao meu Sagrado Coração!
Participe da segunda parte da campanha do Sagrado Coração de Jesus! ASSOCIAÇÃO DO SENHOR JESUS Pe. Eduardo Dougherty, sj Caixa Postal 1000 - 13012-970 - Campinas - SP Fone: (0xx19) 3871-9620 - Fax: (0xx19) 3871-0164 www.asj.org.br - www.tvseculo21.org.br
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