1 Dezembro-2019/Janeiro-2020
2 Dezembro-2019/Janeiro-2020
3 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva Editores (com Oliver Hess Dariva)
Um sabiá escolheu nossa casa para fazer seu ninho....
F
oi de graveto em graveto... quando vimos, o ninho estava lá, feito com solidez, bem redondo e acolhedor. Já faz mais de um mês. E agora, de minhoca em minhoca, seus filhotes são alimentados e crescem. Assim é com nossa vida. Já fomos pequenos, alimentados e depois crescemos. Fazemos escolhas o tempo inteiro. Faz tempo que não escrevemos para você, assim como vêm fazendo nossos colaboradores, alguns desde a nossa primeira edição, em outubro de 2015. E escolher palavras sempre será um desafio. Nesta edição, por exemplo, o olhar é para o novo calendário que surge. Vale fazer lista, planejar o orçamento, pensar no amanhã. E, tudo passa muito rápido. Daqui a pouco, o sabiá e seus passarinhos não estarão mais
Revista Mul�Família é uma publicação da: Ano 5 - Número 26 - Dezembro/19 + Jan/2020 ISSN 2447631-5
Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares | Distribuição: Gratuita
Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Pixabay Impressão: BT Ind.Gráfica Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmul�editora.com.br
conosco. Seguirão em frente. Mas deixarão sua marca em nossa família. É interessante admirar a natureza, observar seus ciclos, e entender que ocupamos um espaço que é de todos e daí a responsabilidade de zelar por este meio. E aí voltamos a pensar em mentalidades, em entendimentos. Talvez dois conceitos que ouvimos diariamente ainda precisem ser vividos e entendidos em amplo sentido: o do compartilhar e o do desapegar. Assunto a ser tratado na família, na escola, aqui na revista. Nós pertencemos a um espaço e não somos donos dele. Vivemos em sociedade, convivemos com regras, portanto, entender o diferente e aprender sempre serão premissas desta nossa evolução. Prontos para virar a folhinha do ano? Metas novas, aqui vamos nós!
4 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Fábia Lumertz Psicopedagoga e neuropsicopedagoga ABPq-RS 4527
Época de reflexão
N
em tudo que não dá certo do jeito que imaginamos e programamos é necessariamente ruim. Muitas vezes o que precisamos é fazer de novo. Recomeçar de outra forma e ter a paciência que o empreendimento necessita, seja ele uma reforma em casa, um curso que queríamos fazer e acabamos não fazendo, a reprovação escolar de um filho. Claro, ninguém gosta daquilo que consideramos um fracasso, mas, até o que não dá certo, pode ser uma oportunidade de repensar e fazer as coisas de outro modo. Esta época de final de ano e a aproximação de um novo ano, nos dá essa oportunidade de forma muito clara: é o fim de um ciclo e o início de outro, mesmo que, na verdade, seja apenas uma continuação. Esse tempo de correria de final de ano e de cansaço, deve ser também de reflexão a respeito do ano que está acabando. É uma ótima oportunidade de modificar pequenas coisas que muitas vezes só nos trazem sofrimento e que não são de fato necessárias. Coisas como a correria sem sentido que leva para lugar nenhum. Vamos pensar em objetivos alcançáveis. Vamos nos ater a vida em família, ao convívio harmonioso com as pessoas. Vamos confiar que o tempo é nosso aliado. O
tempo nos dá a possibilidade de fazer de novo aquilo que realmente queremos ou precisamos. Façamos deste período um momento de pensamentos bons, de sentimentos bons, de paz e harmonia, para que iniciemos o próximo ano com as energias renovadas e a certeza de que, aquilo que vemos como fracasso hoje, pode ser só uma oportunidade de começar de novo. Começar melhor. Seguir melhor. Vamos ser legais com nós mesmos. Vamos usar conosco da mesma gentileza com que tratamos as outras pessoas. No geral, somos bastante generosos ao entender as necessidades e problemas dos outros. Vamos usar esta generosidade para conosco e com a nossa família. Não no sentido de que qualquer coisa vai servir de agora em diante, mas no sentido de nos darmos conta de que somos todos humanos. Humanos que às vezes estão cansados, que ficam doentes, que sofrem pelos mais variados motivos. Vamos tirar o tempo necessário para descansar, para repensar nossos objetivos. Esse limite entre o final do ano e o início do novo pode ser tudo de bom, se pararmos um pouco para refletir e nos permitirmos fazer de novo, de forma melhor, aquilo que não deu certo em 2019. Ou talvez não fazer, apenas mudar o plano!
5 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Scheila Flesch Psicóloga do NAP (CRP: 07/27581)
Gatilhos mentais positivos
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tualmente, se tem falado muito sobre gatilhos mentais, visto que sua utilização tem aumentado nas campanhas publicitárias e no marketing digital. Gatilhos mentais são estímulos que o nosso cérebro recebe que desencadeia pensamentos e comportamentos de forma automática. Com esse conhecimento a indústria do marketing encontrou uma forma de atingir seus consumidores, acionando gatilhos que irão despertar o desejo de compra. Ok! Se funciona para fazer com que o desejo da compra seja desperto, também pode funcionar de uma forma positiva para nós, não é mesmo? Isso mesmo! Podemos utilizar gatilhos mentais para que possamos nos sentir melhor, mais confiantes e até mesmo atingir nossos objetivos! Um excelente gatilho mental que podemos usar é sempre que estivermos tristes ou desanimados lembrar de um acontecimento muito feliz que vivenciamos. Que música que estava tocando naquele instante? Quem estava conosco? Como nos sentimos? Faça este exercício, traga esta lembrança para sua mente e traga cor, movimento e som para este momento. Fique nesta construção por alguns minutos... E ai, como você se sente? Essa
memória pode ser ativada sempre que você precisar de ânimo, sempre que você estiver se sentindo incapaz e sem forças! Para que os gatilhos mentais funcionem na sua vida, é impressindível que você se conheça, que você saiba o que você quer e quais são as situações que você precisa focar para ter um melhor desempenho. Quer emagrecer? Que tal colocar a vista uma foto antiga com o peso que você quer voltar a ter, ou a foto de quem tem um corpo que você admira! Quer ter uma rotina saudável? Pense no que te inspira a ter um estilo de vida mais saudável. Quer se formar ou ter mais disciplina para o trabalho atual? Pense nas tuas razões, no que te move e utilize isso como gatilho mentai positivo! Vale lembrar que os gatilhos que você escolher devem ser acessados várias vezes ao dia! Podem ser fotos, objetos, músicas, frases, lembranças...Você pode inclusive colocar lembretes no celular várias vezes ao dia para acessar esses gatilhos! A psicologia é uma ciência, e seus estudos nos trazem muitos conhecimentos de como nossa mente funciona. Vamos utilizar estas informações para melhorar nosso desempenho e sermos mais felizes?
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Out�bro-Novembro/2019
Claudete Kunst Dezembro-2019/Janeiro-2020
Psicóloga Especialista CRP 07/27438 Professional & Self Coach
Dizer não é libertador!
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uando criança, uma das primeiras palavras que a gente aprende a dizer é NÃO, e a criança diz "não" para quase tudo, não é mesmo?! Porém, muitos de nós fomos ensinados a não manifestar nossa opinião, a obedecer, respeitar não se impondo. Assim, dizer "não" ao longo da vida pode ser algo complicado. O medo de ser mal interpretado, criticado, não agradar ou ser rejeitado pode ser maior do que a necessidade de se manifestar defendendo uma opinião. As pessoas que têm a necessidade de agradar podem estar se prejudicando, pois falar ou ouvir a palavra “não” é natural e saudável, além de evitar muitos problemas. Recebo pacientes que relatam “engolir tudo” com dificuldades em dar limites e dizer não às solicitações externas com muitas dificuldades de valorizar suas necessidades e prioridades. É necessário para nossa saúde mental informar ao outro quando este limite chegou e colocarmos um não. Pessoas com baixa autoestima tendem a desmerecer suas necessidades e considerar que a necessidade ou problema do outro é sempre mais importante, assim, desenvolva sua autoestima com Psicoterapia e melhore sua saúde mental. Lembre-se, Psicoterapia somente com psicólogos.
Lila Coelho* Psicomotricista ABP n° 309/2014 - CBO 2239-15
O Corpo e suas celebrações: uma pausa no fazer, um momento para sentir
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essa edição, convido vocês para uma pausa. Reservar um tempo na correria do cotidiano para pensar sobre o que representam as celebrações em nossas vidas. Celebrar é do humano. Saudar a passagem do tempo, o início e o fim de um ciclo de vida, o plantio, a colheita, o nascer e o por do Sol, as fases da Lua, os enlaces e os desenlaces. Eis uma prática enraizada na cultura do humano. Em qualquer tradição até aqui conhecida, seja oriental, ocidental, celebra-se a Vida, celebra-se o Corpo. Um pensamento corre os quatro cantos do planeta e pondera: “Não temos um corpo, somos um corpo” (Merleau-Ponty, 1908-1961). Assim diz o filósofo. E nós, o que pensamos acerca disso? Quando nos reunimos em determinadas datas, reservamo-nos esse tempo para celebrar nossa existência? Eis que o tempo dos Homens se apresenta propício, pois o sagrado que nos habita convoca-nos a celebrar a Vida em todas as suas roupagens. Celebremos, então, o Corpo nosso de cada dia!
* Terapeuta Integrativa; Mestre em Educação; Especialista em Educação Psicomotora, Educação Infantil, Psicologia Escolar, Diagnóstico e Avaliação Educativa (Universidade da Coruña); Sócia-Titular da Associação Brasileira de Psicomotricidade e Membro da Comissão Científica do Capítulo Regional Sul da ABP.
7 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Margareth Spohr Finckler e Andreia Brust Proprietária e diretora; gerente de franquias de O Boticário
Uma pele iluminada pelo Sol e pela maquiagem
O
Sol é o protagonista desta nova estação, concorda? E o Verão é sempre uma estação especial para nós, gaúchos. Afinal, é período de curtir o final do dia para um chimarrão em frente de casa, ou para passear no Litoral ou na Serra e na lagoa... O protetor solar continua sendo item importante, agora, é claro, com atenção redobrada. E se o Sol é o protagonista, vamos nos aliar a ele e investir em uma maquiagem ainda mais iluminada, seja para o passeio, seja para o trabalho. A Make B. Sun Hit é uma bela sugestão, uma linha de bronzers e iluminadores que traz o efeito do Sol para a pele, inspirada no clima tropical brasileiro. Sempre pensando na proteção e no suor e, considerando até um elemento a mais: nossa pele bronzeada. Que tal abusar do brilho em todas as ocasiões? Um segredinho é usar a mesma base do dia para aproveitar à noite, porém, intensificando as cores, por exemplo, usando um
batom claro durante o dia, e à noite, um tom mais escuro. A Linha Glow é perfeita pois está com tons do verão e muito brilho. Vale lembrar alguns bons hábitos: quando você vai testar uma base, escolha o rosto, não a mão. Prefira utilizar um pincel, pois evita transmitir a oleosidade, além do que resseca as suas mãos. Nestes anos trabalhando com maquiagem, ficamos felizes em compartilhar práticas e trocar experiências. Cada pessoa tem um jeito de ser e sempre aprendemos maneiras de valorizar a beleza de cada um.
8 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Michele Zamboni De Boni Psicóloga | CRP 07/09159 Atua na Clínica Mais Saúde
Sentimentos e emoções de fim de ano: pare e reflita sobre seus sonhos
E
sse é o momento para sentimentos e emoções de fim de ano. Dezembro chegou trazendo suas festas de fim de ano, o que costuma despertar as mais variadas emoções nas pessoas. Certamente, este é um período que não passa despercebido para a maioria das pessoas, é um momento mais intenso, o que acaba sensibilizando a todos, tanto positivamente como negativamente. Com as festas e a expectativa das férias, os níveis de estresse acabam aumentando, e muitas vezes se associam a sentimentos melancólicos e até depressivos, pois é o momento quando algumas pessoas sentem que tem a “obrigação” de serem felizes. Um sentimento de que se ela não estiver com a mesma alegria das outras pessoas então é sinal de que há algo muito errado com ela. Para um grande número de pessoas este é um período de muita tristeza, que geralmente vem dos mais diversos motivos. Já o estresse característico dessa época de final de ano pode surgir tanto de fontes internas quanto de fontes externas. As fontes internas estão relacionadas com nossa personalidade e de como lidamos no nosso dia a dia com as exigências e com nossos sentimentos. Já as fontes externas podem vir de situações que não dependem de nossos sentimentos, como perdas, doenças, problemas profissionais e financeiros. O estresse é uma doença que sinaliza que algo não está bem e de que não estamos conseguindo lidar de
maneira adequada com as adversidades que surgem em nossa vida. Portanto, é importante que cada um possa refletir sobre o real significado que este período tem para sua vida. Parece que existe uma inversão, este, que deveria ser um período de desaceleração, de paz e tranquilidade para que se possa ter uma reflexão positiva sobre nossas vidas, acaba sendo um período de estresse e agitação. Podemos pensar que um dia estaremos recordando com saudade este momento, o Natal e o Ano-Novo deste ano, por isso é importante construirmos boas recordações deste momento que estamos vivendo agora. Sempre falamos que a vida é feita de escolhas, então cada um tem o direito e a possibilidade de escolher o que lhe fará bem e o que lhe será mais prazeroso, sem se colocar em situações que irão lhe fazer sofrer. Estes sentimentos mobilizados pelo de fim de ano, tanto os negativos quanto os positivos, podem ser canalizados de forma produtiva e utilizada para que se reveja o que a pessoa está fazendo de sua vida. Não será este o grande momento para aprender a lidar de forma diferente com a própria vida? Afinal, a época agora é de relaxar e ficar próximo das pessoas que realmente são importantes e especiais em nossas vidas, e desfrutar deste momento com elas. Isso sim é uma boa recordação para mantermos...
9 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Fabiane Horlle Hoff Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff
Quem é o nosso maior oponente?
N
a sexta passada, dia 22 de novembro
o que deixou sua figura para o aprendizado
de 2019 tive a oportunidade de assistir
ainda mais atraente.
na Antônio Meneghetti Faculdade,
Mas enfim, não esperem aqui uma
onde estudo atualmente, a palestra da
descrição da palestra dela. É preciso de fato
Hortência Marcari, Campeã Mundial de
ouvi-la pessoalmente, pois é um exemplo
Basquetebol. Sendo absolutamente sincera,
de profissional que se construiu para ser
não acompanhei muito a carreira desta
vencedora.
profissional e tampouco fui ligada a este esporte. Mas então, Faby, qual seu interesse
Fiz toda esta contextualização para que você entenda a seguinte afirmação feita pela Hortência no decorrer da sua fala: “Eu nunca
nesta palestra? Pensem comigo: a mulher se
perdi” e explicou dizendo que sempre treinava
aposentou como jogadora em 1996 e mais de
muito para ganhar e que não gosta de perder.
20 anos depois segue consagrada nos seus
Por isso nunca se sentiu derrotada se o time
feitos!!! Ela até hoje segue como ícone, logo,
adversário ganhasse, apenas constatava que
PRECISO assisti-la! Concordam?
enfrentou um time melhor. Entendi que ela
Conheci de perto uma vencedora. Hortência entrou no palco muito sorridente e à vontade. Com um físico invejável envolto em
somente poderia ter perdido se de fato não tivesse treinado para vencer. Concordo plenamente com ela, pois penso
uma roupa justa e moderna, calçava sapatos
que a maior derrota é aquela onde perdemos
bico fino e altíssimos que elegantemente
a partida por não termos nos preparado
sustentaram aquela mulher e toda sua
e, intimamente, sabemos disso. Aí sim,
movimentação pelo palco. E olha, ela é
somos derrotados. E então pergunto: quem
absolutamente dona de si e fala o que pensa,
verdadeiramente é o nosso maior oponente?
10 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933
Por que sou como sou, e você?
J
á pensou sobre isso? Logicamente pensando, é sabido que somos herdeiros de traços de personalidade que, querendo ou não, não há como negar. Gosto de pensar que representamos fisicamente nossa origem genética ou biológica. Ainda de forma simples penso que carregamos um carimbo ou rótulo que nos identifica por semelhança com nossos pais, mães, avós, tios, irmãos etc. Isto visualmente perceptível. Jeito de caminhar, de falar, gestos, comportamentos, etc. Assim é comum em situações diversas, ouvir ou falarse, é filho de fulano, há só podia ser! Algumas
outras características podemos adquirir, também mudar por influência do meio que é muito amplo, diverso e muito significativo. Porém, isto não é suficiente em várias situações que hoje em dia vivenciamos tão comumente. Refiro-me a casos judiciais de paternidade, afinal uma causa tão digna, ser pai. Mas isto não é bem assim para muitos, por atitudes e comportamentos. Quantos exemplos de tentativas de negação de paternidade. Aí entra a questão do carimbo que referi, este invisível, que herdamos. O tão falado DNA. Através do qual não há tentativas suficientes que neguem nossas origens biológicas ou genéticas.
11 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Satoshi Suzuki Eng. Agronomo, diretor da Alface Pizza Gourmet, diretor S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti
O pote de pipocas
U
m grande amigo empreendedor do meu amigo Martin observou as relações humanas nas redes sociais e ficou bastante surpreendido e preocupado. Foi estudar filosofia para desvendar os mistérios do meio ambiente nos relacionamentos interpessoais e compreendeu a natureza humana. De um modo empolgante como se fossem sessões de cinema, assistiu aulas inspiradas num importante filósofo grego chamado Platão. Como pipocas que estouram na panela, o conhecimento foi surgindo no pote de pensamentos. O sábio afirmou que a hora do nascimento de um ser humano é o momento em que uma alma etérea se torna prisioneira dentro de um corpo físico. Explicou que em consequência disso, cria-se um interminável duelo entre essa alma, que possui anseios divinos e vontades nobres, contra os desejos e as cobiças mundanas do corpo. Assim, pessoas caridosas, disciplinadas e com propósitos para a existência representam típicos casos em que a alma conseguiu dominar e vencer as ambições do corpo, que prioriza lutar e buscar alimentos, procriar e perpetuar a espécie, gozar de prazeres e descansar para poupar energia, e demais atividades profanas.
Logo, o empreendedor decifrou os motivos do comportamento das pessoas. Ah...!!! É por isso que importantes poetas já pensavam: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Existem pipocas que ainda não estouraram, há também aquelas que estouram mais devagar e outras que se abrem brancas como uma leve nuvem no céu azul de um dia ensolarado. Cada um produz a sua própria expansão dentro da panela quente, conforme a disposição e vontade que apresenta. Aquelas que conquistam bons relacionamentos interpessoais, mesmo que se encontrem no calor das emoções, conseguem abrir portas para liderar e empreender, seja no campo dos negócios, na área da educação, no meio político, na família ou em qualquer outra esfera. O amigo empreendedor do meu amigo pode ser qualquer um, inclusive este próprio grão de pipoca que aqui escreve, pois aprende, desperta e evolui observando o equilíbrio ecológico da natureza humana no pote de pipocas. Enfim, podem ser salgadas ou doces, mas as pessoas adoram porque alivia preocupações e traz um gostinho bom de felicidade.
12 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Paulo Link Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Convívio com os netos”
Boas festas!
E
stava na sala de espera aguardando
Conversas negativas e rancorosas adoecem
consulta num hospital da capital
o corpo e a alma.
quando um fato, cada vez mais
Uma pessoa de minha família foi
comum, aconteceu. Uma senhora estava
convidada para um aniversário. Quando
ao celular conversando com alguém,
chegou ao recinto, escolheu sentar-se junto
um ex-cunhado, sogro... A conversa
à família vizinha. Os cinco familiares, cada
horrível durou mais de quinze minutos
um no seu celular, não viam o que passava
e, com certeza, poderia ser um capítulo
na festa.
da telenovela das 21h. As cerca de vinte
Fiz uma atividade para um grande amigo
pessoas, pacientes e acompanhantes,
meu, que promoveu uma linda festa entre
não mereciam ouvir as acusações e
famílias. A tarefa consistia em que eu, de
contra-ataques. Foi um derramar de ódio
forma sutil, fizesse com que os convidados
e rancor. Por fim, o funcionário da casa
se desligassem do celular durante o evento.
interveio e cortou a conversa. Ela proferiu
Deu certo!
a última frase: “ preciso desligar”. Esses
Aproximam-se os festejos de final de
momentos se repetem nas ruas, ônibus,
ano. É o tempo de diálogo entre familiares,
trens, restaurantes. É uma grande falta de
contar os bons momentos do período que
educação. A saúde e a doença dependem
finda e o compartilhar de novos projetos
muito de nossas ações. Refeições saudáveis
A melhor receita de uma ceia festiva foi
se transformam em energia positiva.
proposta por um amigo meu: É preciso saborear a vida!
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Dezembro-2019 / Janeiro-2020
Margit Holler Kern Dezembro-2019/Janeiro-2020
Vicente Fleck
Psicóloga CRP 07/30207
Falando sobre relacionamentos conjugais
M
uitas relações conjugais ainda se baseiam em imagens de amor idealizado, que dissolve as diferenças determinando como as pessoas ou uma relação deve ser. Mas quando as pessoas vivenciam as relações conjugais emergem as diferenças, pois são indivíduos inseridos em uma cultura, com formas distintas de conceber o mundo, de se comunicar, e com valores e histórias de vida diferentes. Somos seres condicionados, também condicionados nas relações conjugais a reproduzir papéis, reproduzir modelos aprendidos na família e na sociedade. A escolha por uma relação madura acontece quando existe a capacidade de aceitar todas as diferenças em si e no outro, uma relação de crescimento mútuo. A pessoa tem consciência de suas virtudes e limitações e não precisa idealizar, ou imitar ao outro se anulando. Por outro lado, a relação conjugal pode ser o advento de novas exigências com as quais o indivíduo pode, ou não, ser capaz de lidar. Neste sentido, o autoconhecimento através da psicoterapia, contribui para que a pessoa se perceba na relação com o outro, no mundo, e adote seu próprio modelo de casal.
Advogado - OAB 73.662
Começo e/ ou Fim da Aposentadoria
A
aposentadoria é algo relativamente novo na nossa história. Até 1888, o planejamento para o futuro se baseava em que uma geração cuidasse da outra, tendo como base da economia o trabalho rural. Com a Revolução Industrial as pessoas saíram do campo e foram para as cidades, local em que muitas vezes ficavam desamparados, tendo surgido as primeiras políticas públicas para garantir uma renda para as pessoas, após pararem de trabalhar. No Brasil, a primeira lei a tratar sobre aposentadoria foi criada em 1888, para os funcionários dos correios, porém, apenas em 1923 foi criada a lei Eloy Chagas, base da atual legislação previdenciária. Ao longo do tempo a lei que trata sobre aposentadorias, pensões e auxílios doenças foi alterada diversas vezes, porém o que não mudou no espírito da lei foi a necessidade de garantir ao trabalhador e sua família uma forma de lhe proteger no futuro. Essa é a grande pergunta que fica da reforma da previdência aprovada, homens de 65 anos e mulheres de 62 anos conseguirão trabalhar até essa idade? A reforma da previdência sancionada protege o trabalhador de um futuro incerto? Cada pessoa poderá ter uma resposta para essas perguntas, mas todos teremos que pensar se o sistema de aposentadoria assegurado pelo Poder Público é a melhor forma para garantir o nosso futuro, se não for suficiente, o melhor é se planejar desde já e buscar outras formas de se proteger, seja guardando dinheiro, investindo em imóveis e aplicações ou qualquer outro meio que possa garantir a tranquilidade no tempo que há de vir.
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Dezembro-2019 / Janeiro-2020
Lívia Scheffler Dezembro-2019/Janeiro-2020
Advogada (OAB 77.635)
Acordos e mediações serão as soluções para o caos do Judiciário?
O
judiciário está perto de um colapso. Pouco se escuta sobre soluções rápidas, mesmo no tão falado processo eletrônico. Vive-se um período de insegurança frente à Justiça. Neste viés, muitas podem ser as alternativas para resolver, de forma extrajudicial, pendências que, judicializadas, poderiam levar anos. Nessa linha, oportuno lembrar de algumas opções: Divórcios e Dissolução de Uniões Estáveis, sem filhos menores; Inventários; Mediações familiares e empresariais; acordos em geral. Todas as alternativas, por consequência da legislação, exigem apenas um requisito fundamental: PAZ ENTRE AS PESSOAS. Todas as formas extrajudiciais podem ser viáveis, desde que as pessoas não estejam querendo brigar. Diante disso, seria importante que, cada um, reflita sobre esse tema e, ainda neste final de ano, se inspire a encaminhar a solução das pendências familiares com conversas, acordos, resoluções e escrituras, com o auxílio de profissionais competentes. Desde já desejamos um Feliz Natal, Próspero Ano Novo e que possamos, juntos, pensar em mediar conflitos e Compor Acordos de forma amigável.
Gabriéli Dietz e Vitória do Couto Monteiro Estudantes da EMEF Marechal Cândido Rondon (EV)
Para evitar o desperdício
O
lá! Somos Gabriéli Dietz e Vitória do Couto Monteiro, estudantes da EMEF Marechal Cândido Rondon, de Estância Velha. No início deste ano, tínhamos metas a serem alcançadas: desenvolver um bom projeto, contribuir com a sociedade e levar nossas ideias e práticas o mais longe possível, através de feiras científicas. Observamos que na nossa escola tinha um grande desperdício de resíduos orgânicos. Com este problema pensamos em fazer o uso da compostagem em nossa escola trazendo melhorias para ela. Para levar nosso projeto para a sociedade, iniciamos o projeto na EMEI Rincão dos Gauchinhos, construindo a composteira e utilizando seus produtos. Participamos, então, da feira da escola, a MOSTRACITEC. Ficamos em 1º lugar e ganhamos credencial para a FECITEC – a feira do município. Lá, ficamos em 3º lugar. Nos inscrevemos na MOSTRACLAK, alcançando o 1º lugar e garantimos credencial para a CIENTEC, em Lima, no Peru. Essa experiência foi incrível! Conquistamos o 3º lugar e nos credenciamos para a EXPOCIÊNCIA, no México. No futuro, vamos ampliar nosso projeto para todas as escolas de Estância Velha, pois este sim será o maior prêmio.
15 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Kélen Calgaroto | Diretora da EMEF Cândido Rondon, de Estância Velha Giacomo Rafael Lazzaretti | Professor Orientador Karen Loize Finkler Ost | Professora Co-orientadora
Nossa missão na gestão de uma escola pública
V
ivemos em uma época de poucas certezas, e a aposta de uma renovação nas possibilidades da Educação é a prioridade da EMEF Marechal Cândido Rondon. Queremos oferecer aos estudantes, professores e à comunidade escolar uma escola pública de qualidade, que oportunize diferentes saberes, entre eles a pesquisa. Isso vem ao encontro de diferentes conhecimentos e ainda possibilita um universo de oportunidades. Acreditar que todos têm capacidade é essencial para formarmos cidadões éticos e vitoriosos. Como gestora, não medi esforços para contribuir com que as estudantes pudessem desenvolver seu trabalho na escola e, posteriormente, apresentar seu trabalho fora do País. Agradecemos o apoio das famílias, de outras escolas e de empresários da nossa cidade.
T
odo trabalho de pesquisa tem como objetivo encontrar formas de discutir, amenizar ou resolver uma situação. Com essa ideia em mente, as estudantes Gabriéli Dietz e Vitória do Couto Monteiro foram instigadas a observar o ambiente escolar. Assim, iniciamos a pesquisa “Compostagem: uma solução para o desperdício de resíduos orgânicos”. Como professores, o principal objetivo é oportunizar práticas para a aprendizagem significativa e proporcionar o sonho de contribuir para que se reconheçam como pertencentes e co-responsáveis pelo espaço em que convivem. O que veio depois disso foi consequência de empenho e superação. Assim começou um momento ímpar: a vida dessas meninas mudaram no que diz respeito a valores, atitudes, vivências e, principalmente, aprendizado humano, pois a riqueza de culturas e diversidades que elas vivenciaram nunca mais será apagado. Com orgulho, os objetivos foram alcançados.
Professor Giácomo com as alunas Gabriéli e Vitória, apresentando seu projeto premiado no Peru
16 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Bianca Kirschner Diretora do Portal Conexão Alimentar
Alergia alimentar: conhecimento para uma vida melhor
F
alar de alergia alimentar é algo bem sério nos dias de hoje. Tão sério que ter informações relevantes sobre o tema pode ser a diferença entre vida e morte. Recentemente, uma pessoa faleceu no Rio de Janeiro porque não sabia que era alérgica a camarão. Vivo essa realidade diariamente. Somos uma família com dois filhos, sendo que um tem alergias alimentares severas! Levamos uma vida normal, com planejamento constante de sua alimentação em casa e fora dela. Nosso filho tem uma rotina igual a outras crianças: vai à escola, convive com familiares e amigos, viaja e brinca. “Uma vida normal, com conhecimento do tema”; esse é um dos nossos lemas. Os últimos anos têm sido de grande aprendizado e sustos também. No início, nos sentimos sozinhos convivendo com a alergia alimentar do nosso filho. Com o passar do tempo, aprofundamos nosso conhecimento sobre o assunto e tivemos a oportunidade de conviver com várias famílias que vivem de maneira similar à nossa, mas com planejamento e conscientização conseguem vencer o dia a dia desse grande desafio de alergias alimentares. Isso foi e continua sendo muito gratificante. Recentemente, postei nas redes sociais que quando a gente convive com alergias alimentares, inúmeras vezes dá vontade de
colocar o(a) alérgico(a) numa bolha! No entanto, nossa real missão é dar a eles a oportunidade de viverem de forma mais inclusiva possível! Baseado nessa experiência, resolvemos criar o portal Conexão Alimentar (conexaoalimentar. com.br). Um alternativa para conectar interessados no tema alergia alimentar por meio de conteúdos de credibilidade e ações criativas, bem como, incentivar a troca de experiências e disseminar conhecimento. Dessa forma, o portal tem como objetivo apoiar portadores de alergias alimentares e seus familiares e também quem já está desenvolvendo ações dentro dessa comunidade. Ainda sem números exatos, no Brasil e no Mundo, milhões de pessoas refletem essa condição de alérgicos. O conhecimento, mais do que nunca, pode fazer a diferença em ter ou não uma vida completa. Você informado pode fazer a diferença. Caso queira, faça uma conexão que vem para unir, conversar, responder, compartilhar, disseminar um assunto de extrema importância nos dias atuais. * Natural de Estância Velha, casada com Mateus Porto de Almeida e mãe do Lucas, 8 anos, alérgico a trigo, cevada, centeio e ovo e Felipe, 3 anos, sem alergias alimentares.
17 Dezembro-2019/Janeiro-2020
Marcia Schardosim Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica e especializanda em Ortodontia
Clareamento dental (parte 2)
C
ada pessoa responde de maneira
consulte o seu dentista, faça um exame para
diferente ao clareamento, enquanto
ver se não há cáries, desgaste de esmalte,
alguns podem chegar à cor desejada
doenças da gengiva. E somente após isso o
em uma sessão ou semana de uso da
seu dentista poderá orientá-lo para o melhor
moldeira, outros podem não chegar à cor
tipo de clareamento para seu caso.
desejada. A maioria dos clareamentos não é
Durante o processo do clareamento com moldeiras em casa, a pessoa deve
permanente, principalmente naquelas
evitar alimentos coloridos, como exemplo:
pessoas que são fumantes e bebem muito
chimarrão, café preto, vinho tinto, sucos
café e chimarrão, este clareamento pode não
concentrados, principalmente o de uva,
durar 1 ano. Entretanto para as pessoas não
beterraba e molho de tomate, isso durante
fumantes, que não consomem muito café,
as semanas do clareamento. Diferente do
chimarrão, vinho tinto, o clareamento pode
clareamento no consultório, que o cuidado é
durar até cinco anos.
somente 48horas. Mas lembre-se, isso tudo
Alguns cuidados devem ser tomados antes de fazer o clareamento. Sempre
sob supervisão de seu dentista.
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Dezembro-2019 / Janeiro-2020
INFORME PUBLICITÁRIO
Envelhecimento: saúde novida Chile eAposentadoria qualidade de Dezembro-2019/Janeiro-2020
A
população brasileira já está mais velha. No dia 7 de outubro deste ano o RS passou a ter mais idosos do que crianças de 0 a 14 anos. A afirmação da mudança demográfica é da consultora de mercado voltada ao público idoso – SeniorLab. Mas a pergunta é: como viver mais e com qualidade de vida? A resposta está em como levamos a vida! Especialistas afirmam que os hábitos de vida saudáveis aliados ao avanço da medicina são os responsáveis pela tão falada longevidade. Contudo, não basta apenas acrescentar números na data de nascimento. Os idosos querem independência e procuram estar inteirados das novas tecnologias para interagir com filhos, netos e amigos. De acordo com a neuropsicóloga do Sinfonia Vale do Sinos, Daniela Henkel, as pessoas com mais de 60, 70 e até 80 anos estão mais cientes das possíveis doenças,
entre elas, o comprometimento mental, desta maneira, estão interessadas na prevenção: “Elas estão preocupados com as alterações cognitivas, sendo assim, acabam procurando atendimento especializado de forma ágil para prevenir esquecimentos e até mesmo treinar a memória”, explica. O Sinfonia é um residencial de idosos diferente: seu conceito é interação, cuidado, estímulo físico e mental. Conta com atividades periódicas como pilates, alongamento, musicoterapia e arteterapia, tudo incluído no valor da mensalidade. As refeições são planejadas por nutricionista e o cardápio é focado em atender as particularidades de cada morador. As acomodações são privativas com banheiro exclusivo. O residencial conta ainda com enfermagem 24h e ronda noturna. O Sinfonia está preparado para atender seu ente querido!
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INFORME PUBLICITÁRIO
Dezembro-2019 / Janeiro-2020
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