URBANISMO CAMINHÁVEL NA CIDADE DE JUNDIAÍ
TORNANDO A VIDA URBANA MAIS HUMANA E SUSTENTÁVEL RELATÓRIO
FINAL
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SUMÁRIO 07 PARTE I 08 1| INTRODUÇÃO 08 URBANISMO CAMINHÁVEL 09 WALKABLE URBANISM 10 2| INSTRUMENTOS 10 WALKABILITY 10 WALKSCORE 11 PROTOTYPING 11 PLACEMAKING 12 3| METODOLOGIA 14 4| ETAPA 1 14 URBANISMO CAMINHÁVEL EM JUNDIAÍ 16 DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE ESTUDO 18 VIVÊNCIA DA DINÂMICA URBANA E COLETA DE DADOS 19 LEGISLAÇÃO 20 MEIO FÍSICO 22 MOBILIDADE 26 USO DO SOLO 30 PROJETOS PREVISTOS 50 DEFINIÇÃO DOS PERCURSOS PARA DIAGNÓSTICO 61 PARTE II 62 1| ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE 62 ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE 64 2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE 64 PERCEPÇÃO DO TRAJETO PELO PEDESTRE: EXPEDIÇÕES URBANAS 66 OFICINAS ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE 67 EXPEDIÇÕES URBANAS - WALKABILITY
68 EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 1 71 EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 2 74 EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 3 77 3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS 77 RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 1 79 RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 2 81 RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 3 83 COMENTÁRIOS GERAIS 87 4| TRAJETOS TÉCNICOS 87 TRAJETOS TÉCNICOS 94 5| RESULTADOS: PERCEPÇÃO DO PEDESTRE E TRAJETOS TÉCNICOS 100 6| WALKSCORE 100 WALKSCORE 102 TRAJETO 1 104 TRAJETO 2 106 TRAJETO 3 108 MAPA DE CONFORTO E SEGURANÇA AO PEDESTRE 112 7| POTENCIALIDADES E DESAFIOS 112 DEFINIÇÃO DO ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE 114 MAPA POTENCIALIDADES 114 E DESAFIOS 117 PARTE III 118 1| OFICINAS PARTICIPATIVAS 118 CONCEITO E OFICINAS REALIZADAS 120 CLASSIFICAÇÃO DAS OFICINAS 122 LINHA DO TEMPO
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SUMÁRIO
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128 2 | OFICINAS REALIZADAS 128 CAMINHADA “SEU OLHAR PARA O CENTRO” 130 ARTE FORA DO MUSEU 132 OFICINA MAPAS AFETIVOS 134 OFICINA MAPAS AFETIVOS 136 OFICINA WIKIPRAÇA - REDES E TERRITÓRIOS 137 OFICINA WIKIPRAÇA - CIDADES EMOCIONAIS - CENTRO DE JUNDIAÍ 140 OFICINA WIKIPRAÇA - CIDADES EMOCIONAIS - PRAÇA DOS ANDRADAS 142 OFICINA DE PARACICLOS - LOCALIZAÇÃO E CRITÉRIOS 144 OFICINA CARTOGRAFFITI 146 OFICINA COM TÉCNICOS DAS SECRETARIAS DA PREFEITURA DE JUNDIAÍ 148 OFICINA RED OCARA - ARQUITETURA PARA CRIANÇAS 150 CAMINHADA COORDENADORAS PEDAGÓGICAS SME 152 OFICINA “CIRCUITO CULTURA JUNDIAÍ” - MAPEAMENTO DE ECONOMIA CRIATIVA 154 OFICINA “JUNDIAHY – CENTRO HISTÓRICO INTERFLUVIAL” 155 OFICINA CULTIVANDO JUNDIAÍ 156 OFICINA ACUPUNTURA URBANA - CIDADE SENTIDA 158 OFICINA ACUPUNTURA URBANA - CIDADE MEMÓRIA 160 OFICINA ACUPUNTURA URBANA – CAMINHADA E PRODUÇÃO DE PLACAS 162 3 |OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA 162 OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA 164 OFICINAS COMO ESTUDAR A VIDA PÚBLICA 168 OFICINAS DE MARCENARIA 169 OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - PRAÇA DA MATRIZ 172 OFICINA DE MARCENARIA 1 - PRAÇA DA MATRIZ 176 OFICINA DE MARCENARIA 2 - PRAÇA DA MATRIZ
178 OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - CALÇADÕES 180 OFICINA DE MARCENARIA 3 - CALÇADÕES 182 OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - PRAÇA RUI BARBOSA 184 OFICINA DE MARCENARIA 4 - PRAÇA RUI BARBOSA 186 CONCLUSÃO - PRODUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO 187 4 |PARKLETS 187 PARKLETS E OFICINAS DE PARKLETS 188 OFICINA DE PARKLET 1 - SUGESTÃO DE IMPLANTAÇÃO 190 OFICINA DE PARKLET 2 E 3 - ESTUDOS DO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO 192 LOCALIZAÇÃO 194 PARKLET 1 - GALERIA ROSÁRIO 197 PROGRAMA DE USOS E PROJETO 198 PARKLET ROSÁRIO 204 COLETA DE DADOS DO PARKLET 205 ANÁLISE DE DADOS DO PARKLET 206 CONTEÚDO QUESTIONÁRIOS 223 PARTE IV 224 6| PROJETOS PILOTO 224 INTRODUÇÃO 226 TEMPORALIDADE 228 FERRAMENTAS 230 INTERVENÇÕES PROPOSTAS 254 7| CONCLUSÃO 254 DESDOBRAMENTOS 255 CONCLUSÃO 256 DIAGRAMA SÍNTESE
PARTE I
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1| INTRODUÇÃO
URBANISMO CAMINHÁVEL É uma nova proposta de estudo da cidade que reúne novos conceitos de urbanismo, metodologias de diagnóstico e implantação de projetos. Essa nova maneira de pensar e atuar na cidade baseia-se no conceito de Walkable Urbanism (Urbanismo Caminhável) que, em linhas gerais, defende a cidade pensada para o pedestre e não para o automóvel.
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Com base nesse conceito serão aplicadas as metodologias de diagnóstico Walkability (Caminhabilidade) e Walkscore (pontuação de caminhabilidade), que utilizam como parâmetro de análise a caminhabilidade do percurso, bairro ou cidade estudada. Walkability pressupõe uma abordagem mais subjetiva e ancorada na percepção das pessoas, enquanto o Walkscore trabalha com dados e parâmetros técnicos. Esses dados serão analisados conjuntamente resultando em um Índice de Caminhabilidade, que informará quanto o percurso ou área da cidade é caminhável. Esse índice será utilizado como referência, indicando os percursos que possuem boa pontuação e podem servir como parâmetro e os que apresentam maiores impedimentos para a caminhabilidade. Para melhorar o índice de caminhabilidade serão propostas intervenções urbanas, com base no método de Prototyping (Prototipação), ou seja, de caráter temporário e experimental, para testar e medir possíveis soluções. Essas intervenções serão implementadas e avaliadas conforme o conceito de Placemaking (Construção de lugar), que pressupõe a participação coletiva, de forma a criar identidade da população com as ações propostas, gerando verdadeiramente um lugar que faça sentido e responda aos anseios da comunidade.
URBANISMO CAMINHÁVEL = WALKABLE URBANISM + WALKABILITY + WALKSCORE + PLACEMAKING + PROTOTYPING
1| INTRODUÇÃO
WALKABLE URBANISM “URBANISMO CAMINHÁVEL” Até a segunda metade do século XX, o urbanismo foi dividido em duas áreas: centrais e suburbanas. Essa abordagem criou bairros distantes de baixa densidade, péssima infraestrutura de transportes públicos e fraco desenvolvimento urbano e social. Já nos bairros centrais o mercado imobiliário encontrou um nicho de negócios altamente lucrativo, incentivado pela gestão pública, farto financiamento e estímulo para fixação das empresas privadas nos eixos centrais. Nos dois casos esse modelo de urbanismo estimulou a demanda de automóveis através da construção de estradas, rodovias e leis de pólos geradores de tráfego que estimulavam a construção de estacionamentos de automóveis. Com desvantagem clara para as áreas suburbanas mais distantes, mais pobres, sem acesso ao automóvel e ao transporte público.
humanos, urbanizados e com fácil acesso a pé ou de bicicletas ao trabalho, educação, saúde e lazer.
Com a falência deste modelo, surge um novo conceito de desenvolvimento urbano que vem sendo cada vez mais discutido em todo o mundo: o “Walkable Urbanism”. Urbanismo caminhável, em tradução livre, é o urbanismo que valoriza a curta distância entre moradia, trabalho, educação, saúde e lazer e é caracterizado por alta densidade e mix de diversos tipos de imóveis ligados por áreas de lazer que são conectadas a múltiplos sistemas de transportes coletivo e não motorizado. Nesse novo modelo, o desenvolvimento urbano se volta para o desenvolvimento social e para geração de riqueza nos subúrbios da cidade, aproximando o trabalho, educação, saúde e lazer de forma distrital.
Eles identificaram e estudaram 558 “WalkUps” nos EUA, estas áreas geralmente correspondem por 1% da área metropolitana mas geram 48% da riqueza produzida. Nova York possui o maior número de “WalkUps” (66), porém Washington, com menor número (45) segue à frente no ranking1 das cidades mais caminháveis, pois suas WalkUps estão melhor localizadas, diminuindo a dependência em relação ao transporte, tanto individual quanto público.
As melhores cidades do mundo serão aquelas com bairros cada vez menos dependentes de transportes individuais e públicos e, consequentemente, mais
A George Washington University divulgou recentemente uma pesquisa onde demonstra que as melhores cidades para viver nos EUA são aquelas com maior índice de WalkUp, que são áreas na cidade onde as pessoas tem acesso a saúde, lazer, educação e trabalho andando a pé. Eles também observaram que bairros centrais estão sendo revitalizados e há uma forte tendência de urbanização nos subúrbios. Para medir o WalkUp foi criada uma metodologia de pontuação que leva em consideração densidade, transporte público, parques e áreas mistas.
Ou seja, as melhores cidades são aquelas onde a população depende menos de transporte individual ou público. Quanto maior a quantidade destes pontos de “caminhabilidade” distribuídos na cidade, melhor é a cidade, mais desenvolvida e maior é a geração de riqueza.
A Universidade de Washington lançou um ranking com as “30 melhores cidades” de acordo com o número de locais com boa caminhabilidade. Ranking Walkable Urbanism in America’s Largest Metros. The George Washington University School of Business 2014. 1
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2| INSTRUMENTOS
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WALKABILITY
WALKSCORE
“CAMINHABILIDADE”
“PONTUAÇÃO DE CAMINHABILIDADE”
A Caminhabilidade pode ser definida como a capacidade de uma área da cidade ser convidativa aos pedestres, ou seja, o quanto esta área incentiva os trajetos a pé realizados a partir de casa ou do trabalho com destino a outras atividades.
É um sistema de pontuação utilizado para determinar a Caminhabilidade (Walkability) de um percurso ou área da cidade. Considerando que o Walkability é uma medida subjetiva, a função do Walkscore é trabalhar com dados técnicos. Trata-se de uma métrica desenvolvida para estimar porque as pessoas andam mais em um determinado lugar do que em outro.
Os atributos que influenciam na caminhabilidade são diversos, eles incluem densidade urbana, uso do solo, zoneamento, conectividade da rua (ou seja, a forma direta de ligações e oferta de conexões), volume de tráfego, distância entre destinos, largura de calçada e continuidade, tamanho do quarteirão, topografia, a sensação de segurança, e beleza. De todos esses atributos, a presença de destinos desejados a uma curta distância pode ser a mais importante. A condição dos caminhos também é fundamental para incentivar a caminhada e reduzir o uso do carro. No entanto, a Caminhabilidade é uma medida subjetiva – pois diferentes pessoas e grupos percebem as condições das ruas de forma diferente. Famílias, idosos, jovens e crianças pensam diferente e tem reações diferentes sobre o tráfego, andar sozinhos, acessibilidade, segurança, bem estar, interesses, etc. Por isso, a participação da dos usuários do local é imprescindível como fonte de aprendizado e de informações. Estudos sobre o tema foram realizados nos EUA e Canadá em diversas tipologias de bairros: periféricos e centrais através de discussões em grupo, pesquisas e mapeamento de percursos coletivos. Pequenos grupos de pessoas foram encorajados a compartilhar opiniões destacando as preocupações com segurança, tráfego e problemas de conectividade, como por exemplo o acesso a compras, escola, trabalho, onde gostam de caminhar, entre outros. Os resultados foram compilados e discutidos, gerando um relatório que mostra o grau de “caminhabilidade” destes bairros. O conceito de Walkability será usado na fase de diagnóstico, representando a análise realizada a partir da percepção das pessoas.
O Walkscore usa a via pública para determinar a menor distância para um pedestre acessar serviços e comodidades (incluindo supermercados, escolas, parques, restaurantes e varejo). Ele avalia se as necessidades diárias dos moradores e trabalhadores podem ser atendidas dentro de uma distância razoável ou, alternativamente, se os usos e atividades são espacialmente segregados, necessitando de um carro para se locomover. Como as experiências utilizando essa pontuação foram aplicadas apenas em cidades estrangeiras, seus critérios de avaliação necessitam ser adaptados para as cidades brasileiras, considerando nosso clima e características socioeconômicas, históricas e culturais. Na etapa de diagnóstico do projeto, compilaremos os resultados de Walkability com o de Walkscore gerando um Índice de Caminhabilidade, que será utilizado como base para as etapas seguintes do projeto. Quanto maior esse índice, mais caminhável e convidativo é o trajeto ou a área de estudo.
2| INSTRUMENTOS
PROTOTYPING
PLACEMAKING
“PROTOTIPAÇÃO”
“CONSTRUÇÃO DE LUGAR”
Prototyping, ou em português Prototipação, define uma forma de análise ou metodologia que faz uso de um protótipo – uma versão ainda preliminar de algo – para testar um conceito ou um processo, ou ainda para servir como fonte de aprendizado ou modelo a ser replicado.
Placemaking é um processo colaborativo de melhoria do espaço público para maximizar o seu valor para a coletividade. Não significa apenas promover reformas ou um desenho urbano melhor, mas sim facilitar novos tipos de usos e criar um “lugar”, e isso é realizado dando-se especial atenção à identidade física, social e cultural que o definem e alicerçam sua permanência e evolução.
O Urbanismo Caminhável utilizará a Prototipação para testar intervenções urbanas que tenham como objetivo final melhorar o índice de caminhabilidade dos percursos estudados no diagnóstico.
A participação comunitária está no centro deste processo, que busca nas pessoas a vivência, a inspiração, os anseios e o potencial para criar espaços públicos com qualidade que contribuam para a saúde, bem estar e felicidade da população.
Os testes através das intervenções urbanas podem ser realizados através do aumento de largura das calçadas, ou do fechamento de ruas, da alteração de sentido de tráfego ou da instalação de mobiliário urbano para melhorar a permanência ou a fruição. Todas as intervenções serão feitas de forma temporária e experimental, e serão monitoradas para que sirvam a entender como geram novas dinâmicas e de que forma influenciam o índice de caminhabilidade.
Placemaking é também uma ferramenta para mostrar às pessoas como suas visões e ações coletivas podem ser efetivas e transformadoras. Ajuda a imaginar os espaços do dia a dia de uma nova maneira, visualizando novas potencialidades para os espaços públicos como praças, canteiros, áreas residuais, equipamentos públicos, calçadas, ruas locais ou grandes avenidas.
Os resultados destas intervenções serão transformados em manuais que poderão ser aplicados em outras áreas da cidade.
O conceito de placemaking será utilizado no processo de desenvolvimento e implementação das intervenções urbanas junto com a comunidade e stakeholders.
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3| METODOLOGIA
ETAPAS
LEVANTAMENTO DE DADOS 12
OBJETIVO Levantamento da condição urbana atual e de projetos e planos previstos. MODO Através de visitas para observação e vivência da área de estudo e também por meio da análise da legislação, dados socioeconômicos, mapas, planos e projetos. PRODUTO Definição dos percursos a estudar.
DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO OBJETIVO Estudo dos percursos, por meio de análise técnica e das experiências vivenciadas com a comunidade. MODO Caminhadas com a comunidade nos percursos definidos (WALKABILITY); aplicação do índice de caminhabilidade (WALKSCORE) aos percursos; Workshops com a comunidade e coletivos locais; levantamento das narrativas locais; mapeamento dos “Stakeholders” (representantes da comunidade). PRODUTO Índice de caminhabilidade dos percursos e indicação de stakeholders.
DEFINIÇÃO DOS PROJETOS PILOTO OBJETIVO Indicação dos problemas e potencialidades para melhorar a caminhabilidade nos percursos MODO análise do índice de caminhabilidade e dos dados coletados nas etapas anteriores PRODUTO Definição dos objetivos a curto, médio e longo prazo e dos projetos piloto a implantar.
DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS PILOTO OBJETIVO Desenvolvimento dos projetos piloto. MODO Estudo das áreas de intervenção (PLACEMAKING). PRODUTO Estudo conceitual dos projetos piloto.
IMPLEMENTAÇÃO DOS PROJETOS PILOTO OBJETIVO Desenvolvimento dos projetos piloto. MODO Implantar projetos de forma temporária, sazonal ou permanente, conforme objetivo e aceitação. Os recursos e implantação podem ser realizados pelo poder publico, privado e comunidade (PROTOTYPING). PRODUTO Projetos piloto implantados.
MEDIÇÃO DOS RESULTADOS OBJETIVO Verificar se os projetos piloto alteraram o índice de caminhabilidade. MODO Refazer as medições considerando os projetos piloto. Analisar comparativamente o Índice de caminhabilidade antes e depois dos projetos piloto implantados. PRODUTO Conclusões e diretrizes para os manuais.
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4| ETAPA 1
URBANISMO CAMINHÁVEL EM JUNDIAÍ O objetivo do Urbanismo Caminhável em Jundiaí é melhorar a caminhabilidade do centro, indicando ações e projetos de curto, médio e longo prazo, testados e experimentados através de intervenções temporárias nos espaços públicos, que serão medidas e avaliadas, resultando em diretrizes e manuais de boas práticas. E ainda, uma forma de estimular a população a experimentar a cidade, suas calçadas e seus espaços públicos. O intuito é criar um novo olhar para a cidade, trazer as pessoas para o convívio social nas ruas e espaços de lazer, e ressaltá-las como agentes principais de construção da cidade. Uma das características mais importantes da metodologia do Urbanismo Caminhável é a participação da população durante todo o processo de projeto. Os jundiaienses poderão contribuir na avaliação das calçadas e dos espaços públicos, na construção de mobiliário urbano e nas oficinas e eventos de implantação dos projetos. 14
JUNDIAÍ
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
LIMITE DA CIDADE DE JUNDIAÍ
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CENTRO DE JUNDIAÍ
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE ESTUDO OBJETIVO E AGENTES ENVOLVIDOS O perímetro de estudo deve ser definido conforme a escala de projeto que se quer trabalhar. Pode ser desde uma rua em um quarteirão, quanto algumas quadras, um bairro ou um município. Também deve ser levado em consideração o objetivo do projeto e os agentes envolvidos. No caso de iniciativas civis e comunitárias são mais comuns projetos em menor escala, mais fáceis de conduzir e obter resultados positivos, principalmente pelo caráter mais experimental e improvisado que costumam assumir. No caso de projetos promovidos pelo poder público, a escala pode ser maior, uma vez que detém a gestão do espaço público e onde apoio e orçamento para estudos e intervenções podem ser mais amplos. PERÍMETRO DE ESTUDO EM JUNDIAÍ: CENTRO HISTÓRICO 16
Em Jundiaí, a definição do centro da cidade como área de projeto pautou-se pelo seu caráter simbólico como espaço democrático e de encontro da população, pertencente a todos. E também como uma área rica em situações urbanas cujas diretrizes de projeto poderão ser replicadas em uma maior diversidade de locais na cidade. O perímetro de estudo procurou englobar a multiplicidade de usos e atividades do centro: as áreas mais importantes de comércio, os equipamentos comunitários e institucionais; e bens de patrimônio histórico e cultural. Não por acaso a concentração destes usos está diretamente ligada à geografia, pois o núcleo inicial da cidade se fixou no espigão entre os rios Jundiaí e Guapeva. O perímetro é formado por: Avenida Henrique Andrés, Rua Rangel Pestana, Rua Vigário João José Rodrigues, Avenida Doutor Odil de Campos Sáes, Rua Zacarias de Góes e Rua Anchieta, conforme ilustração ao lado:
PERÍMETRO DE ESTUDO
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Perímetro de intervenção
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
VIVÊNCIA DA DINÂMICA URBANA E COLETA DE DADOS O levantamento de dados necessita de duas ações a realizar-se em paralelo: observação da dinâmica urbana e coleta de informações. A vivência da área de estudo deve ser feita pela equipe logo no início do projeto. Nestas primeiras visitas devem ser observados os aspectos que serão levantados na pesquisa de dados e informações sobre a área. Também são importantes, além das constatações técnicas, os aspectos subjetivos e as impressões da área. Com essas primeiras observações já é possível traçar um perfil sobre o local que será confirmado ou corrigido pelas informações levantadas. O aspecto mais importante a observar ao circular pela área de estudo é a dinâmica do local, ou seja, o movimento das pessoas: quem são, onde estão e o que fazem; os fluxos importantes de pedestres, as áreas de congestionamento e de conflitos entre pedestres, carros, ônibus. Pois esses aspectos são mais difíceis de apreender através de mapas, dados ou textos: é preciso estar no local e observar com atenção. E também é importante ter em mente que a dinâmica urbana modifica-se ao longo do dia, ou de acordo com o dia da semana, ou época do ano. Essa consideração é essencial quando discutimos por exemplo o esvaziamento de áreas da cidade no período da noite. 18
A coleta de informações deve fornecer o caráter geral da área de estudo. Neste momento deve prevalecer a visão abrangente dos aspectos da área. Essas informações e dados iniciais poderão ser aprofundados conforme necessidade do diagnóstico ou do desenvolvimento do projeto. Neste momento não é necessário aprofundar demasiadamente a coleta de dados, pois não é possível ainda antever os aspectos que serão mais solicitados pelas fases posteriores. O produto que devemos apresentar ao final do levantamento é a definição dos percursos que serão percorridos na fase de diagnóstico. Os percursos serão fundamentais para as próximas fases, pois devem conseguir englobar o maior número de situações urbanas que geram potencialidades de melhoria para a área ou que são as fontes de conflitos do local.
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
LEGISLAÇÃO PLANO DIRETOR E ZONEAMENTO O Plano Diretor Estratégico (Lei nº 7857/12) e a Lei de Zoneamento e Critérios de uso e ocupação do solo (Lei nº 7858/12) vigentes no município de Jundiaí datam de 18 de maio de 2012. Neste momento, a Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente coordenada a revisão das leis citadas através de processo participativo com a população. A previsão da Prefeitura é aprovar a revisão do Plano Diretor e da lei de zoneamento em 2015.
No processo de levantamento de dados é fundamental pesquisar as seguintes legislações:
Conforme o zoneamento vigente, a área central está inserida na macrozona urbana, e na ZS1 – Zona de Serviço e Comércio Central, na qual se insere o Polígono de Proteção do Patrimônio Histórico que ocupa grande parte do perímetro definido para o estudo.
• • • • •
FIQUE LIGADO!
Plano Diretor Leis de zoneamento Plano de Mobilidade Leis e Guias de Calçadas Lei de Melhoramentos viários
PLANO DE MOBILIDADE O Plano de Mobilidade de Jundiaí, que estabelecerá as diretrizes de transporte e trânsito para os próximos quinze anos, começa a ser elaborado neste início de 2015 sob coordenação da Secretaria de Transportes. CALÇADAS As calçadas – sua execução e manutenção – são reguladas pela Lei nº 6.984/07 e Lei nº 7179/08, e pelos Decretos 21.643 e 21.734 de 2009. As orientações e regras para construção, recuperação e manutenção das calçadas estão reunidas no Guia de Calçadas de Jundiaí, lançado em 2012 como uma ferramenta para auxiliar a conscientização dos proprietários de imóveis e a população.
MELHORAMENTOS VIÁRIOS O Decreto 20.480 de 20 de junho de 2006 estabelece novos alinhamentos viários para área que engloba o centro de Jundiaí. Os alargamentos viários estabelecidos neste decreto que localizam-se na área de estudo são: Rua Engenheiro Monlevade; Rua Senador Fonseca; Rua Zacarias de Góes e Avenida Petronilha Antunes; Rua Secundino Veiga; Rua São Bento; Rua Coronel Boaventura Mendes Pereira; Rua Siqueira de Moraes entre Rua Rangel Pestana e Avenida União dos Ferroviários; Rua da Padroeira entre Rua Marechal Deodoro da Fonseca e Rua Rangel Pestana; Rua Coronel Leme da Fonseca; Rua XV de Novembro entre Rua São Bento e Rua Engenheiro Monlevade; Avenida Henrique Andrés entre Rua Campos Salles e Rua dos Bandeirantes.
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ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
MEIO FÍSICO
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A área central do município de Jundiaí desenvolveu-se a partir do espigão entre os rios Jundiaí e Guapeva e faz parte da Bacia do Rio Jundiaí. Sua cota máxima em relação ao nível do mar é de 765m até 695m próxima aos rios mencionados. Estes tiveram seus traçados disciplinados pela urbanização da cidade, ainda encontram-se abertos porém com suas laterais concretadas, restando apenas um trecho do rio Guapeva ainda ladeado por vegetação. A vegetação na área central é quase exclusivamente localizada nas áreas públicas, principalmente nas praças e lotes com equipamentos urbanos. A arborização das vias é escassa nas ruas principais de comércio no centro, sendo mais intensa nas ruas do entorno, onde os serviços mesclam-se ao uso residencial.
MEIO FÍSICO
MAPA DE TOPOGRAFIA
Perímetro de intervenção
705
700
695
695
710
700
715
705
720
710
725
715
730
720
735
725
740
730
745
735
750
745
755
750
760
755
760
765
Altura em relação ao nível do mar:
765
740
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ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
MOBILIDADE TRANSPORTE PÚBLICO
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SITU – SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTE URBANO
REDE DOBRE TRILHOS
O sistema de transporte público que serve o município é composto por sete terminais de ônibus urbano, onde é possível fazer a integração tarifária entre as linhas que organizam-se em linhas troncais, alimentadoras e tronco-alimentadoras. O Terminal Central serve o centro da cidade, criando um intenso fluxo de pedestres em direção às ruas comerciais próximas à Praça da Matriz. Os pontos de ônibus localizados nas ruas Vigário João José Rodrigues e Marechal Deodoro da Fonseca também são bastante utilizados pela população.
Jundiaí é servida pela linha 07 - Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) com destino final a Estação da Luz em São Paulo. Ela corresponde à conhecida e antiga linha de trem Santos – Jundiaí, que chegou à cidade em 1867. Esta linha oferece uma conexão direta entre Jundiaí e São Paulo, passando pelas cidades de Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras. Sua extensão total é de 60,5km e a viagem leva cerca de uma hora e meia, com intervalo entre trens variando entre 11 minutos nos horários de pico e 20 minutos aos domingos e feriados. A linha transporta cerca de 468 mil passageiros por dia .
LINHAS INTERMUNICIPAIS As linhas de ônibus que servem os municípios vizinhos a Jundiaí, possuem como ponto de parada a Praça Rui Barbosa. Os ônibus para as cidades vizinhas a Jundiaí, como Itupeva, Cabreúva, Indaiatuba, Atibaia, Louveira partem da Avenida Jundiaí (viaduto sobre a Avenida 9 de Julho) e desembarcam os passageiros no Terminal Central. As viagens diretas para outros municípios concentram-se na Rodoviária de Jundiaí, localizada junto à Rodovia Anhanguera e Avenida 9 de Julho. CORREDOR DE ÔNIBUS URBANO – BRT Está prevista a implantação de Corredor de ônibus urbano – BRT conectando o Terminal da Colônia à Praça Rui Barbosa no Centro. O traçado percorre a Avenida dos Imigrantes Italianos, o Viaduto Sperandio Pelliciari (viaduto da Duratex) e viaduto paralelo (Américo Bruno - a ser construído), Rua José do Patrocínio, Rua Vigário João José Rodrigues, Rua Cândido Rodrigues e Praça Rui Barbosa. As estações previstas são: Tamoio, Pacaembu, Américo Bruno, Vila Arens, Argos e Parque Guapeva.
A estação da Linha 07 em Jundiaí, apesar de fora do perímetro de estudo, localiza-se próxima ao centro da cidade, com acesso possível atravessando-se o Rio Guapeva e alcançando o centro pela Rua Vigário João José Rodrigues ou Avenida Paula Penteado, que antigamente constituía o trajeto mais utilizado pela população por ter aclive mais suave que as outras vias, cujo traçado acompanha as curvas de nível do terreno original para chegar ao espigão central.
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
MOBILIDADE TRANSPORTE PÚBLICO SISTEMA CICLOVIÁRIO Plano Municipal Cicloviário que será desenvolvido pelo Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários instituído pelo Decreto 25.540/15, formado por técnicos das secretarias de Planejamento e Meio ambiente, Transportes e Obras. As ciclovias integrarão o projeto chamado “Circula – Jundiaí” que já engloba o transporte coletivo e o transporte adaptado. Jundiaí dispõe de 6km de ciclovias destinadas não apenas ao lazer, mas também ao transporte, como modal não motorizado. Estão localizadas na Avenida Antonio Pincinato e Avenida Caetano Gornatti. As ciclovias de lazer estão no Jardim Botânico, Parque da Cidade e Tulipas. Um novo trecho de ciclovia está sendo previsto junto ao corredor de ônibus urbano com traçado iniciando no Terminal Colônia, seguindo pela Avenida dos Imigrantes Italianos, Viaduto Speradio Peliciari (viaduto da Duratex), Rua José do Patrocínio até a altura da Avenida Doutor Cavalcanti.
Outro trecho em estudo faz parte do projeto do Parque Linear do Rio Guapeva, com traçado pela Avenida Doutor Odil de Campos Sáes, Rua Atílio Vianelo até chegar ao futuro parque linear nos terrenos vazios da Linha de alta Tensão. Para permitir a integração modal, a Prefeitura prevê a instalação de bicicletários nos terminais de ônibus, começando pelos Terminais da Colônia e Vila Arens, por onde passará a ciclovia que acompanha o corredor de ônibus urbano – BRT. Os movimentos de apoio à ciclovia, “Pedala Jundiaí” e “Bicicletada”, recolheram doações para a aquisição de paraciclos que serão instalados em terminais de ônibus e outros locais de demanda, que serão definidos em estudo.
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MOBILIDADE
MAPA DA SITUAÇÃO EXISTENTE
JUNDIAÍ
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Ponto de ônibus JUNDIAÍ Terminal de ônibus / Ponto de ônibus de grande fluxo JUNDIAÍ
Ponto de taxi
JUNDIAÍ
Estação Jundiaí Linha 7 - Rubi da CPTM
JUNDIAÍ
Perímetro de intervenção Perímetro Patrimônio Histórico
MOBILIDADE
MAPA DA SITUAÇÃO PREVISTA
JUNDIAÍ
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JUNDIAÍ JUNDIAÍ Ponto de ônibus JUNDIAÍ Terminal de ônibus / Ponto de ônibus de grande fluxo JUNDIAÍ
Ponto de taxi
JUNDIAÍ
Estação Jundiaí Linha 7 - Rubi da CPTM
JUNDIAÍ
Perímetro de intervenção
Ciclovia
Perímetro Patrimônio Histórico
BRT
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
USO DO SOLO Uso comercial e serviços predominam na área central da cidade, sendo que as ruas comerciais mais importantes são a Barão de Jundiaí e a Rua do Rosário. O comércio atende não apenas ao município como um todo, mas também aos moradores de cidades vizinhas, que são servidos por linhas intermunicipais com pontos de embarque e desembarque na Praça Rui Barbosa.
26
Ainda assim, existe o uso residencial no centro principalmente a leste do cemitério N. Sra. do Desterro e ao sul da rua Zacarias de Góes e da Av. Paula Penteado. As habitações caracterizam-se por casas térreas ou sobrados unifamiliares ou edifício de apartamentos único no lote. A área central destaca-se também pela concentração de equipamentos públicos: hospitais, escolas, centros culturais, teatros, museus e bibliotecas; e institucionais: poder executivo com diversas secretarias e órgãos públicos; legislativo com a Câmara dos Vereadores e judiciário, com o Fórum e o Palácio da Justiça. Grande parte destes equipamentos estão inseridos em praças ou possuem uma área verde contígua. As praças e áreas verdes, além de funcionarem como locais de sombra, descanso e encontro, também são importantes elementos de desenho urbano que agregam valor simbólico à área central da cidade.
A maioria dos equipamentos mencionados funcionam em edifícios de valor histórico e cultural, alguns deles já tombados pelos órgãos tanto municipal através do COMPAC Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Jundiaí, quanto estadual CONDEPHAAT e federal IPHAN. Outros estão em fase de estudos para tombamento e constam no IPPAC – Inventário de Proteção do Patrimônio Artístico e Cultural de Jundiaí – conforme Lei Municipal nº 443/2007, aprovada pelo COMPAC. Nas páginas 26 e 27 elencamos os bens tombados ou indicados para preservação e os equipamentos comunitários e institucionais que localizam-se na área central.
USO DO SOLO
SITUAÇÃO EXISTENTE
27
Uso institucional e equipamentos Uso comercial Uso institucional e equipamentos Uso misto Uso institucional e equipamentos Uso comercial Uso comercial Uso institucional e equipamentos
Uso misto
Uso institucional e equipamentos
Uso misto
Uso comercial
Uso residencial
Uso comercial
Uso residencial
Uso misto Uso misto
Áreas verdes Áreas verdes
Uso residencial
Áreas verdes Perímetro de intervenção
Perímetro Patrimônio Histórico
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL ENDEREÇO
ANO DE PROPRIEDADE CONSTRUÇÃO
ÓRGÃO DE TOMBAMENTO
Av. Henrique Andrés
1891
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio
R. Campos Salles, 371
1924
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Casa da Criança N. S. do Desterro (creche e escola)
Pç. D. Pedro II
1917
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Hospital Público São Vicente de Paulo
R. Prof. Luis Rosa, 233
1902
Ordem Vicentina
PAC*
Mosteiro de São Bento e Igreja de Sant’Anna
Pç. Tibúrcio Estevan Siqueira
1667
Ordem Beneditina
IPPAC*
Grupo Escolar Conde do Parnaíba
R. Barão de Jundiaí, 1106
1920
Governo do Estado de SP
IPPAC*
Centro das Artes (Centro cultural)
R. Barão de Jundiaí, 1093
1930
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Caixa Econômica Estadual
R. Barão de Jundiaí, 941
1945
CEF
IPPAC*
Solar do Barão de Jundiaí (museu histórico)
R. Barão de Jundiaí, 762
Sec XVIII
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Edifício Carderelli (uso comercial)
R. Barão de Jundiaí com Pç. P. de Toledo
1950
Particular
IPPAC*
Casa da família Prado (Loja Pernambucanas)
R. Barão de Jundiaí, 736
Sec XIX
Particular
IPPAC*
Catedral N. S. do Desterro
Pç. Gov. Pedro de Toledo
1651
Igreja Católica A. Romana
IPPAC*
Casa da família Queiroz Telles e Casa Paroquial
R. do Rosário, 173 e 189
Sec XIX
Cúria Metropolitana
IPPAC*
Gabinete de Leitura Ruy Barbosa
R. Cândido Rodrigues, 301
1922
Instituição associativa privada
IPPAC*
Museu da Energia
R. Barão de Jundiaí, 202
1905
Fundação Patrimônio Histórico de Energia de São Paulo
IPPAC*
Teatro Polytheama
R. Barão de Jundiaí, 178
1911
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Galeria de Arte Fernanda P. Milani
R. Barão de Jundiaí, 178
1911
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Loja Maçônica
R. Barão de Jundiaí, 161
1893
Grande Oriente Paulista
IPPAC*
Câmara Municipal de Jundiaí
R. Barão de Jundiaí, 128
1971
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
Grupo Escolar Siqueira Moraes
R. Barão de Jundiaí, 109
1896
Prefeitura de Jundiaí
IPPAC*
NOME 1 1 1 1 1 1 1 1 12 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 33 3 3 34 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 66 6 6 7 7 7 7 7 7 78 78 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 928 9 10 10 10 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11 11 11 11 11
1 1 1 1 1 1 11 11 1 2 2 2 2 2 2 22 2 2 3 3 3 3 3 3 3 33 3 3 4 4 4 4 4 4 44 4 4 5 5 5 5 5 55 5 5 6 5 6 6 6 6 66 6 6 6 6 7 7 7 7 77 77 7 7 78 8 8 8 88 8 8 8 9 98 9 9 99 99 9 9 9 10 10 10 1010 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 12 12 12 1212 12 12 12 12 12 13 13 13 13 13 13 13 13 13 1314 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 16 15 16 16 16 16 16 1616 16 17 16 17 17 17 17 17 1717 17 18 17 18 18 18 18 18 18 18 18 18 19 18 19 19 19 19 19 19 20 19 19 20 20 19 20 20 20 20 20 20 20
Cemitério
1 1 1 1 1 1 1 1 1 Municipal 1
N. S. do Desterro
*IPPAC: Inventário de Proteção do Patrimônio Artístico e Cultural de Jundiaí
EQUIPAMENTOS INSTITUCIONAIS NOME 1 1 1 1 1 11 11 2 2 2 222222 3 3 3 3 3 3 3 33 4 444444 44 555555 5 55 6 6 6 6 6 6 6 66 7 77 7 7 7 7 7 78 8 8 8 8 8 8 88 9 9 9 9 9 99 99 10 10 10 10 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11 11 11 11 11
Velório
ÁREAS VERDES ENDEREÇO
1 1 1 1 1 1 municipal 11
1 1 1 1 1 1 11
2 2 2 2 2 Palácio da Justiça 2 22 3 3 3 3 Fórum 3 3 33 4 4 4 4 INSS 4 4 44 5 5 5 Escola Prof. Luiz Rosa 5 5 5 55 6 6 6 Centro de Memória de Jundiaí 6 6 6 66 7 Secretaria de7777Cultura 7 77 8 8 8 8 8 Antenor Soares Escola Estadual 8 88 9 9 9 9 9 9 Clube Jundiaiense 99 10 10 10 10 10 10 Clube Grêmio 10 10 11 11 11 11 11 11 Batista Primeira Igreja 11 11 12 12 12 12 12 12 12 12 13 13 13 13 13 13 13 13 14 14 14 14 14 14 14 14 15 15 15 15 15 15 15 15 16 16 16 16 16 16 16 16 17 17 17 17 17 17 17 17 18 18 18 18 18 18 18 18 19 19 19 19 19 19 Supermercado 19 Russi 19 20 20 20 20 20 20 20 20
1
1
R. Prof. Luis Rosa 12
1 2
1
Largo São Bento
1 2 3
1
1 2 3 4
1
1 2 3 4 5 1 2 3 4 6 5
1
1 2 3 4 76 5 1 2 3 4 786 5 1 2 3 4 5 9786
1
1 2 3 4 5 9786 10 1 2 3 4 5 9786 10 111 2 3 4 5 9786 10 11 12 2 3 4 5 9786 10 11 12 13 3 4 9786 5 10 11 12 13 14
1
Largo São Bento Largo São Bento
1
1
1
132 132 4 12 34 5
12 3 Rua Senador Fonseca, 1182 5 64
Pç dos Andradas R. Barão de Gandra
R. Barão de
132 4 5 76 132 Jundiaí,8645 868 7 12 3 Jundiaí,978645 53 132 5 84 9 10 76
Rua Onze de Junho, 46 Rua Rangel
132 8 5 64 10 9 7 11 334 Pestana, 12 34 8 9 10 65 7 11 Leonardo
Rua Doutor Cavalcante, 240
32 8 5 9 10 64 7 11 3 98 5 10 64 7 11 4 8 10 9 65 7 11 8 9 10 65 7 11
COMÉRCIO E SERVIÇOS NOME
1
ENDEREÇO
4 5 9786 10 11 12 15 14 13 5 9786 10 11 12 16 15 13 14
8 9 10 6 7 11
9786 10 12 11 17 16 15 13 14
8 10 9 7 11
978 10 18 11 17 12 16 13 15 14
98 10 11
98 19 10 18 11 12 17 16 14 15 13 209 19 10 18 11 12 17 15 16 13 14
9 10
11 Rua Jorge Zolner, 95 10 11
2
20 10 19 18 11 17 12 16 15 13 14
3
20 19 18 17 11 12 16 15 14 13 20 19 18 12 17 16 15 13 14
4
20
11
1
1 1
1 1
NOME 1
Praça Luiz Gonzaga Barbosa
2
Praça Antônio Frederico Ozanam
3
Praça Dom Pedro II
4
Praça Tibucio Estevam de Siqueira
5
Largo de São bento
6
Praça Governador Pedro de Toledo
7
Praça Mal. Floriano Peixoto
8
Praça Rui Barbosa
9
Praça Doutor Domingos Anastacio
10 Praça dos Andradas 11 Praça da Bandeira 12 Praça Luiz Vicente Casserino
29
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
PROJETOS PREVISTOS REQUALIFICAÇÃO DA ÁREA CENTRAL
30
O projeto de Requalificação da Área Central foi desenvolvido pela Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Jundiaí em outubro de 2014. As diretrizes de projeto – formuladas pela pesquisa e análise da área hoje, confrontadas com os objetivos e visão de cidade para o futuro – possuem como eixo central a prioridade ao pedestre e o estímulo à diversidade de usos. A partir deste horizonte, foram formuladas as propostas de intervenções que englobam o adensamento habitacional, estímulo ao uso noturno do centro; redesenho dos espaços livres e arborização; núcleos multifuncionais que mesclam diversos usos à garagem, como alternativa para diminuir a circulação de veículos nas ruas principais do centro. Este projeto foi utilizado como fonte de informação para o recorte do perímetro de intervenção e para o levantamento de dados inicial. Também suas propostas de intervenção poderão ser experimentadas pelo Urbanismo Caminhável, servindo esta metodologia como suporte para as decisões de implementação dos projetos no futuro.
FIQUE LIGADO! Verificar se os órgãos públicos ou as iniciativas privadas do seu município tem planejado ou em andamento: • Projetos públicos municipais, estaduais e federais • Projetos privados que possam influenciar na dinâmica do local.
ESPLANADA MONTE CASTELO (ESCADÃO), PARQUE GUAPEVA E RESTAURAÇÃO DA PONTE TORTA Estes projetos fazem parte de uma série de intervenções coordenadas pela Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente que visam requalificar a área do Rio Guapeva, que possui elementos históricos e geográficos de grande importância para a identidade da cidade. “Historicamente esta foi área de transposição entre, na parte de baixo, a primeira área industrial da cidade (relacionada também à linha férrea e sua estação) e o núcleo central da cidade. A “Ponte Torta” foi elemento de articulação entre estes dois momentos [...]”3. 3
Jundiaí (cidade). Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Memorial descritivo de projeto – escadão e Parque Guapeva – Jundiaí.. 2014.
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
PROJETOS PREVISTOS PARQUE LINEAR DO RIO GUAPEVA O Projeto do Parque linear do Rio Guapeva tira partido do trecho do rio cujas margens ainda não foram concretadas e onde existe algum espaço entre o rio e as vias asfaltadas da cidade. Este trecho localiza-se entre a Rua Prudente de Moraes e a Rua Vigário João José Rodrigues. O projeto contempla o desenho paisagístico das margens, com áreas de estar, playground e academia ao ar livre; e a implantação de ciclovia que seguirá pela Avenida Odil de Campos Sáes até Rua Atílio Vianelo, onde encontra-se com a área livre da Linha de Alta Tensão. REQUALIFICAÇÃO DA “ESPLANADA MONTE CASTELO” (ESCADÃO) O chamado “Escadão” é um acesso bastante conhecido dos jundiaienses que querem acessar o centro pela parte baixa, às margens do rio Guapeva ou vice-versa. Esse acesso liga a rua Rua Vigário João José Rodrigues e Rua Barão de Jundiaí, ao lado da Câmara Municipal e seus degraus vencem um desnível de 20 metros. O projeto de requalificação prevê rampas acessíveis e escadas que se articulam ao escadão existente, aumentando os pontos de acesso e possibilidades de trajetos. Esse novo desenho cria áreas de estar em meio ao talude que devem servir a dar mais vida a esta área verde que oferece uma vista privilegiada do Rio Guapeva e da cidade. REQUALIFICAÇÃO DA “ESPLANADA MONTE CASTELO” (ESCADÃO) O projeto de restauração da Ponte Torta já está em andamento e o processo de projeto foi conduzido com intenso diálogo com a população, que segundo a Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, abraçou a questão e se envolveu com o
4
projeto, nas oficinas e eventos promovidos pelos responsáveis pelo projeto e pela Secretaria. Acompanhando o projeto de restauração da Ponte Torta, a Prefeitura de Jundiaí, através da Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente está implantando um mirante para a Ponte Torta, localizado no talude entre a Rua Barão de Jundiaí e a Avenida Odil de Campos Saés. O objetivo do mirante é proporcionar um ponto de vista especial para a Ponte, a partir do qual seja possível compreender sua função original de conectar o caminho vindo da estação de trem ao centro da cidade. É uma forma de exaltar um monumento histórico importante para a identidade da população e para as decisões de desenho urbano da cidade. “As fontes históricas, o depoimento hoje de pessoas que ascenderam à ponte, a fala de jovens que fantasiam seu sentido, contam que a ligação proposta pela Ponte Torta fez-se no âmbito da materialidade. E assim, funcionou, conforme registros, por pouco tempo. Hoje, continua a conectar muito mais do que na matéria e de um ponto a outro. Liga à atribuição de valores, permanece sendo passagem de um sonho de perpetuação. Mirá-la, para alguns, faz rememorar a formação social e econômica do município, os antecedentes históricos, a configuração territorial, relembra as identidades da cidade. Para os que agora a percebem, diante do esforço do projeto que tem o cunho do zelar, pode estar nascendo verdadeiramente uma ponte.”4
Trecho extraído do texto “Uma Ponte à História” disponível em: <http://pontetorta.jundiai.sp.gov.br/historia/> Acesso em: 03 maio 2015.
31
EQUIPAMENTOS
MAPA DA SITUAÇÃO EXISTENTE
10 9
3
4
6 7
10
9
11
11 5
7
5
10
2 4
2
32
1
12
8
2
6
1 1
2
3 3
9
5 6
10 4 1
11
Perímetro de intervenção Ícones: ver tabelas páginas 26 e 27
16 15
19
18 7
20
14 8
13
12
17
8
33
EQUIPAMENTOS
MAPA DA SITUAÇÃO EXISTENTE COM PROJETOS PREVISTOS
10 9
3
4
6 7
10
9
11
11 5
7
5
10
2 4
2
34
1
12
8
2
6
1 2
1
3 3
9
5 6
10 4 4 1 3 4
11 4
2
2
1
Perímetro de intervenção
2
Ponte torta
3
4
3
Escadão
4 4
Parque linear Rio Guapeva
1 1
33
Outros ícones: ver tabelas páginas26 e 27
4 16 15
12
17
18 7
3 19
20
14 8
8
35
13
2 1
DINÂMICA URBANA
FUNCIONAMENTO DURANTE O DIA
36
Na cor branca: estabelecimentos que funcionam no período diurno Em preto: ruas, áreas não edificadas e estabelecimentos que não funcionam no período diurno
37
DINÂMICA URBANA
FUNCIONAMENTO DURANTE A NOITE
38
Na cor branca: estabelecimentos que funcionam no período noturno Em preto: ruas, áreas não edificadas e estabelecimentos que não funcionam no período noturno
39
PÚBLICO X PRIVADO
40
Área pública não edificada Edificações de uso público
Edificações privadas Perímetro de intervenção
41
ARBORIZAÇÃO E ÁREAS VERDES
42
Árvores Áreas verdes
Perímetro de intervenção
43
INCLINAÇÃO DAS VIAS
44
MAPA X: DECLIVIDADE VIÁRIA MAPA X: DECLIVIDADE VIÁRIA MAPA X: X: DECLIVIDADE DECLIVIDADE VIÁRIA VIÁRIA MAPA
Escadaria Escadaria Declive Declive > > 15% 15% -- não não adequado adequado ao ao pedestre pedestre
Escadaria
Declive Declive 10% 10% aa 15% 15% -- caminhabilidade caminhabilidade satisfatória satisfatória
Declive > 15% - não adequado ao pedestre
Declive Declive 8,33% 8,33% aa 10% 10% -- boa boa caminhabilidade caminhabilidade
Declive 10% a 15% - caminhabilidade satisfatória
Declive Declive 3% 3% aa 8,33% 8,33% -- boa boa caminhabilidade caminhabilidade
Declive 8,33% a 10% - boa caminhabilidade
Plano Plano (declive (declive 0% 0% aa 3%) 3%) -- ótima ótima caminhabilidade caminhabilidade
Declive 10% 10% aa 15% 15% -- caminhabilidade caminhabilidade satisfatória satisfatória Declive
Declive 3% a 8,33% - boa caminhabilidade
Perímetro Perímetro de de intervenção intervenção
Declive 8,33% 8,33% aa 10% 10% -- boa boa caminhabilidade caminhabilidade Declive
Plano (declive 0% a 3%) - ótima caminhabilidade
Escadaria Escadaria não adequado adequado ao ao pedestre pedestre Declive > > 15% 15% -- não Declive
Perímetro de intervenção
45
FLUXOS - LINHAS DE ÔNIBUS
46
MAIOR FLUXO
MENOR FLUXO
Perímetro de intervenção
47
FLUXOS - VEÍCULOS EM GERAL
48
MAIOR FLUXO
MENOR FLUXO
Perímetro de intervenção
49
ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DE DADOS
DEFINIÇÃO DOS PERCURSOS PARA DIAGNÓSTICO Os percursos devem ser capazes de englobar a maior diversidade possível de situações urbanas que influenciam o índice de caminhabilidade. Ou seja, os percursos devem conter as áreas com maior potencialidade de ação e as áreas mais problemáticas. Essas áreas foram indicadas e observadas durante o processo de levantamento de dados.
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DOS PERCURSOS Para abranger toda a área de projeto, foram definidos 3 percursos. Tomou-se o cuidado para que cada percurso englobasse um mínimo de diversidade de situações urbanas. Ou seja, evitamos dividir o percurso por áreas muito semelhantes, pois o trajeto seria muito monótono para os participantes e com menos variedade de informações para projeto. 50
Desta forma, cada percurso deveria passar pelas seguintes condições urbanas: - área comercial; - área mais residencial; - calçadão; - equipamentos públicos; - praças; - ponto de ônibus; - fluxo intenso de pedestres.
PERCURSO 01 (LARANJA)
PERCURSO 02 (AZUL)
PERCURSO 03 (VERDE)
INÍCIO
INÍCIO
INÍCIO
Praça da Matriz Rua Barão de Jundiaí Escadão Rua Vigário João José Rodrigues Rua Cândido Rodrigues Rua do Rosário Rua Benjamin Constant Rua Professor Luiz Rosa Rua Onze de Junho Rua Senador Fonseca Rua José Romeiro Pereira (Praça dos Andradas) Rua Anchieta Rua Coronel Boaventura Mendes Pereira Rua Siqueira de Moraes Rua Barão de Jundiaí Praça da Matriz
Praça da Matriz Rua Barão de Jundiaí Rua São Bento Rua Rangel Pestana Rua São José (calçadão) Rua Barão de Jundiaí Avenida Paula Penteado Rua Luiz Betelli Rua da Saúde Rua Marcílio Dias Escadaria Rua Marcílio Dias Rua Senador Fonseca Rua Bernardino de Campos Praça da Matriz
Praça da Matriz Galeria Bocchino Rua Doutor Tôrres Neves Rua Marechal Deodoro da Fonseca Rua da Padroeira Rua Rangel Pestana Jardim do Solar do Barão Rua Barão de Jundiaí Rua Coronel Leme da Fonseca Rua do Rosário Galeria Rosário Rua Senador Fonseca Rua Coronel Leme da Fonseca Rua Petronilha Antunes (Terminal Central) Rua Barão do Triunfo Praça da Matriz
FIM
FIM
FIM
51
PERCURSOS PARA DIAGNÓSTICO
52
Percurso 01
Início do percurso
Percurso 02
Fim do percurso
Percurso 03
Perímetro de intervenção
53
PERCURSO 01
7
10
5 4
54 2
2
6
3 3
9
5 6
4
Início do percurso Fim do percurso Perímetro de intervenção
12
8
1 1
11
10
2 2
9
10
4
16 19
15
18 7
12 3
17
20
14 8
55 13
PERCURSO 02
10 9
3
4
6 7
10 5
Início do percurso Fim do percurso Perímetro de intervenção
11
7
5
10 2
56
9
8 6
16 19
15
12
18
12 3
17
20
7 8
8
57 2 1
PERCURSO 03
9
7
10
9
10 8
6
58
11
Início do percurso Fim do percurso Perímetro de intervenção
11
12
7
59
60
PARTE II
61
1| ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE
ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE CRIAÇÃO DO ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE Podemos definir o Urbanismo Caminhável como uma técnica de organizar cidades com objetivo de criar condições favoráveis de caminhabilidade para permitir melhor qualidade de vida nos centros urbanos. Através desta técnica avaliamos o quão caminhável é uma via, bairro ou cidade, utilizando um conjunto de metodologias de avaliação espacial, participativa e colaborativa que abrange diversas visões de qualidade viária com especialistas e membros da comunidade. 62
Para estimular a caminhada, entendemos que não basta ter “melhores calçadas”. É preponderante que a via atenda um conjunto de requisitos técnicos tais: Conforto (térmico, sonoro, baixa declividade, acessibilidade, boa sinalização, vias adequadas ao nível de serviço, amenidades, qualidade do pavimento) e segurança (tamanho, condições, qualidade, sinalização, travessias, sem obstruções etc), fatores de percepção cidadã e a proximidade da quadra, edificações com os equipamentos públicos. Para a aplicação do conceito de urbanismo caminhável, propomos a criação de um Índice de Caminhabilidade através de três medidas de avaliação da caminhabilidade: 1) Percepção Cidadã (Walkability): realizado pela população; 2) Trajetos Técnicos: realizado por urbanistas e técnicos em mobilidade a pé; 3) Walkscore: metodologia de classificação de ruas a partir da proximidade com comércio, serviços e equipamentos públicos.. Cada trajeto recebe uma determinada pontuação em cada metodologia, a soma das três pontuações determina o indicador de caminhabilidade do trajeto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios para avaliação dos trajetos estão pautados em diretriz da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012) que estabelece a prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado (Artigo 6o. inciso II), e fundamentada em seus princípios, principalmente de acessibilidade universal, desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; segurança nos deslocamentos das pessoas; equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros (Artigo 5o.). DEFINIÇÃO DOS TRAJETOS Foram definidos 3 trajetos entre 1km e 3km de extensão no perímetro de intervenção no entorno da praça da Matriz. O trajeto é composto por um conjunto de vias arteriais, coletoras e locais muitas vezes assumindo as 3 tipologias numa única via. Também foram verificadas as relações entre os níveis de serviços, condições de acessibilidade, travessias, sinalização horizontal e vertical, sobretudo orientadas para os pedestres. Os trajetos passam por áreas residenciais e mistas, conectadas por espaços públicos, galerias e calçadões.
63
5| ANÁLISE DA CAMINHABILIDADE
CAMINHABILIDADE: ASPECTOS A ANALISAR A Caminhabilidade pode ser definida como a capacidade de uma área da cidade ser convidativa aos pedestres, ou seja, o quanto esta área incentiva os trajetos a pé realizados a partir de casa ou do trabalho com destino a outras atividades. A condição dos caminhos e a presença de destinos desejados a uma curta distância são fundamentais para incentivar a caminhada e reduzir o uso do carro. Os atributos que influenciam na caminhabilidade são diversos, os principais, como qualidade das calçadas, mobiliário urbano, travessias, sinalização para pedestres, edificações, sensações, ruído e conforto térmico são apresentados a seguir: QUALIDADE DAS CALÇADAS
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Largura da calçada - Deve no mínimo permitir a circulação de cadeira de rodas, carrinho de bebê ou de compras e ainda possibilitar a instalação de mobiliário e infraestrutura, como postes de iluminação, lixeiras, arborização, bancos etc. A largura deve estar adaptada ao uso lindeiro da rua. Ruas comerciais ou ligações importantes de transporte público, que possuem maior fluxo de pedestres necessitam calçadas mais largas, que possam abrigar os pedestres de forma confortável e segura. Chamamos essa condição de Nível de Serviço da rua. Inclinação da calçada - Existem dois tipos de inclinação a analisar: longitudinal, onde se verifica se a inclinação da calçada acompanha a do leito carroçável e se possui degraus que impedem a circulação de cadeira de rodas ou carrinho de bebê. A outra inclinação a analisar é a transversal, que deve ter no mínimo 0,5% e máximo 2% de caimento em direção à guia. Muitas vezes, essa inclinação não é respeitada, pois a calçada é usada como rampa para a entrada de veículos no lote privado. E se cada morador faz essa adaptação para sua propriedade, a calçada acaba ganhando vários degraus, transformando-se em uma escada. Pavimento - A regularidade do pavimento é importante para garantir a segurança dos pedestres ao caminhar, principalmente de idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida. Obstáculos - A obstrução ou interferências na faixa livre de passeio - com postes, lixeiras ou outro mobiliário - prejudicam a caminhada, obrigando o pedestre a mudar de direção a todo momento e muitas vezes impedem a circulação de cadeira de rodas, carrinhos de bebê ou pessoas com guardachuva, quando muito próximos das divisas dos lotes.
MOBILIÁRIO URBANO Bancos e mesas - Oferecem conforto ao pedestre como opção para descansar, ou ainda para estudar e trabalhar ou como lazer. Estimulam a presença de mais pessoas nas calçadas e espaços públicos que contribui para tornar o caminho mais seguro e agradável. Arborização - contribuem tanto para o embelezamento do local, quanto para a melhoria do conforto térmico criando sombras e diminuindo a temperatura em dias de muito calor. Por isso também contribuem para atrair as pessoas para um espaço de descanso e contemplação. Lixeiras - são importantes para ajudar na limpeza e cuidado das pessoas com as calçadas e espaços públicos. Iluminação para pedestres - Importante para aumentar a sensação de segurança que o pedestre tem ao caminhar à noite. Também contribui para a socialização das pessoas nas calçadas e espaços públicos. Muitas vezes as vitrines de lojas fazem o papel da iluminação para o pedestre. Bancas e quiosques - mesmo que temporários esses usos contribuem para tornar as calçadas mais seguras e interessantes. Espaço público - quando bem cuidado e principalmente com usos e atividades estimula a caminhada ao oferecer um local agradável a ser visitado ou apenas observado. Se por outro lado, está abandonado e mal cuidado pode afastar as pessoas do local, forçando-as a fazer outro trajeto. SINALIZAÇÃO PARA PEDESTRES Em semáforos - a sinalização direcionada ao pedestre nos semáforos torna mais segura a travessia, ajudando o pedestre a estimar o momento e o tempo para cruzar a via. Alertas e informações - a maioria das placas, tanto de indicação de percursos, quanto de informações turísticas são feitas para os motoristas: tipo de informação, tamanho e altura que estão instaladas. É praticamente inexistente alguma placa que indique o caminho mais interessante, curto, confortável ou seguro para o pedestre acessar algum equipamento urbano ou transporte público.
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TRAVESSIAS Faixa de pedestre - indica ao pedestre o local mais seguro para atravessar e ao motorista serve como elerta e indicação da prioridade ao pedestre. Esta prioridade torna-se mais evidente quando a faixa de pedestres está no mesmo nível que a calçada, obrigando o veículo a mudar de nível e não o pedestre. Nos casos em que essa solução não é possível, deve-se obrigatoriamente haver rampas nas esquinas, em continuidade às faixas de pedestres para permitir que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida possam atravessar a rua de forma independente e confortável. Ciclo semafórico - determina o tempo e o local para a travessia dos pedestres. Muitas vezes a prioridade é dada ao fluxo de veículos e o pedestre necessita esperar vários tempos semafóricos até poder atravessar ou então é obrigado a prolongar seu percurso ou dar uma volta no cruzamento pois as faixas de travessia estão posicionadas para permitir mais tempos semafóricos abertos para o carro. A longa espera para atravessar estimula o pedestre a se arriscar colocando em perigo a própria vida. 66
Alargamento de calçada nas travessias - pode ocorrer tantos nas esquinas ou ao longo da quadra. Ao alargar a calçada, a largura do leito carroçável torna-se menor, diminuindo o tempo necessário ao pedestre para atravessar de um lado ao outro da via. EDIFICAÇÕES Atratividade - os usos ou a arquitetura dos edifícios são os responsáveis por atrair a atenção das pessoas que circulam pelo local, tornando o percurso mais interessante e inclusive propondo novas rotas e desvios aos trajetos habituais das pessoas. Diversidade - o maior número de diferentes usos e a variedade de comécios e serviços também são condições urbanas que contribuem para que as pessoas circulem a pé, podendo ao longo de uma pequena caminhada resolver diversas necessidades do dia a dia. Interação - a possibilidade de interagir e se relacionar com as atividades que acontecem no domínio do espaço privado tornam o percurso mais agradável e contribui para diminuir a sensação de medo e insegurança ao caminhar no espaço público, principalmente à noite. Também é bastante interessante ao pedestre as situações em que as atividades do espaço privado se estendem para o espaço público - desde que estas não impeçam a circulação confortável dos pedestres. Condições - é importante a boa conservação e manutenção dos espaços privados para que criem um cenário agradável para os pedestres que circulam nas calçadas.
SENSAÇÕES, RUÍDO E CONFORTO TÉRMICO Alguns fatores podem tornar a caminhada mais prazerosa ou por outro lado, extremamente desagradável. Até o momento havíamos analisado as características ligadas à visão e ao caminhar como movimento. Porém, os demais sentidos também são estimulados e usados durante o trajeto a pé. Por isso, uma rua com muito ruído, normalmente o barulho produzido pelos veículos, principalmente ônibus, caminhões e motos - torna-se bastante inóspita aos pedestres. Ou então de acordo com a variação do clima, principalmente as altas temperaturas de verão, também desestimulam a circulação a pé. Ou ainda, o cheiro dos lugares - se agradável, pode estimular a passagem de pessoas pelo local, ou se praticamente insuportável, obriga as pessoas a fazer outro caminho e o trecho acaba ficando vazio ou mesmo abandonado.
67
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
PERCEPÇÃO DO TRAJETO PELO PEDESTRE: EXPEDIÇÕES URBANAS EXPEDIÇÕES URBANAS - METODOLOGIA As Expedições Urbanas consistiram em uma etapa crucial do projeto Jundiaí Caminhável tendo como objetivo promover a participação popular consciente. As atividades propuseram a colaboração da população em duas frentes do projeto: i) avaliação e diagnóstico das condições atuais do centro da cidade para se deslocar a pé com base no checklist de caminhabilidade (em anexo) ii) elaboração de propostas para melhorar a situação diagnosticada para transformar a área percorrida em um lugar mais caminhável.
68
A dinâmica de cada expedição teve a duração média de 4 horas, sendo estas distribuídas em pré trajeto, trajeto e pós trajeto: •Pré: 40 minutos de apresentação e introdução à atividade. Entrega de material para o trajeto. Explica-se o projeto de urbanismo caminhável como um todo, a metodologia do checklist que vai ser aplicado na atividade e o objetivo da atividade. Divide-se em grupos para avaliar cada critério do checklist durante a caminhada e inicia-se o trajeto. •Trajeto: 2 horas e 20 min de caminhada com diagnóstico pelo trajeto pré-estabelecido. Cada grupo observa as ruas segundo a perspectiva do seu critério de análise e é estimulado a registrar, através de fotos, elementos positivos e negativos em cada rua percorrida, além de atribuir uma nota para o percurso dentro da escala de 1 a 6. •Pós: 1 hora de encerramento. Cada grupo explica sua experiência e as notas dadas para cada rua. Os participantes são divididos em novos grupos para que criem 3 propostas/soluções para que as ruas percorridas sejam mais caminháveis. A atividade se encerra com uma pequena análise da pontuação final. As expedições contaram com três trajetos que cobriram quase 100% da área a ser trabalhada pelo projeto. As atividades ocorreram em três dias distintos, por trajetos
distintos e em horários distintos, procurando entender os diferentes usos do centro da cidade dependendo do dia e horário e garantindo assim o conhecimento amplo e complexo do terreno. Porém, também devido a esta variação e a abertura à participação as atividades, atraíram públicos muito diversos, influenciando diretamente nas avaliações e percepções dos trajetos (detalhados a seguir).
Desta forma, é preciso entender que os dados e experiências apresentados possuem certa subjetividade, devido às opiniões pessoais dos participantes, mas que isso não invalida os resultados, pelo contrário, garante uma riqueza e complexidade inestimável. Dito isso, este relatório pretende detalhar as experiências das expedições, apresentar os resultados encontrados, analisar o material disponível e finalizar colaborando com proposições para as próximas etapas do projeto.
69
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
OFICINAS ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE OFICINAS DE ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE São oficinas cujos resultados serão utilizados para compor o Índíce de Caminhabilidade das vias. Elas estão divididas em três tipos distintos: - Expedições urbanas - são as caminhadas para avaliação das calçadas de acordo com a percepção das pessoas; - Trajetos Técnicos, as caminhadas de avaliação das calçadas são repetidas, porém com um olhar de técnicos especializados em mobilidade e urbanismo e através de dados mais objetivos; 70
- Medições - aferição de dados técnicos com o uso de instrumentos eletrônicos para medir temperatura e ruído das vias onde ocorreram as caminhadas.
EXPEDIÇÕES URBANAS - WALKABILITY ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DOS PONTOS AGRADÁVEIS E DOS PONTOS QUE PRECISAM DE MELHORIAS NA CIDADE, APONTADOS PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
AJUDA A APONTAR QUE TIPO DE INTERVENÇÕES A POPULAÇÃO DESEJA PARA MELHORAR A CAMINHABILIDADE NOS TRAJETOS ESCOLHIDOS, ATRAVÉS DE PONTUAÇÕES ESTABELECIDAS PARA CADA ASPECTO.
DATAS: 22/maio – Sexta-feira, 18h00 às 21h00 – PERCURSO 1
23/maio – Sábado, 09h00 às 13h00 – PERCURSO 2
25/maio – Segunda-feira, 14h00 às 16h00 – PERCURSO 3
RESPONSÁVEL: Letícia Ledo Sabino – SampaPé DESCRIÇÃO: Passeio a pé para diagnosticar as condições e sensações da experiência e contribuir com propostas de inovações de ocupação e urbanismo para a cidade. METODOLOGIA: As instruções iniciais sobre o percurso foram realizadas diretamente no contêiner-oficina. Em seguida, os participantes realizaram uma caminhada guiada pelos percursos propostos pelo projeto com o intuito de diagnosticar os diversos
aspectos positivos e negativos da cidade. Foram mapeados os seguintes critérios: qualidade das calçadas, mobiliário urbano e serviços, travessias, sinalização para pedestres, edificações e sensações. As pontuações foram transferidas para uma tabela, visando quantificar os resultados de cada uma das vias quanto aos índices de caminhabilidade.
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 1
72
PERCURSO 1 - Praça da Matriz, rua Barão de Jundiaí, Rua São bento, Rua Rangel Pestana, Rua Vigário J. J. Rodrigues, calçadão Rua São José, Rua Barão de Jundiaí, Av. Paula Penteado, Rua Luiz Betelli, Rua da Saúde, Rua Marcílio Dias e escadaria, Rua Senador Fonseca, Rua Bernardino de Campos, Praça da Matriz.
A primeira expedição aconteceu no 22 de maio, sexta-feira, às 18 horas, e teve como objetivo conhecer o centro pela noite em um dia de lazer, analisando as atividades culturais, o tipo de público circulante e os estabelecimentos abertos neste horário. Neste dia, 10 pessoas participaram da expedição, e acontecia uma particularidade no centro: a Virada Cultural. O caminhar noturno é muito curioso pois chama atenção a elementos como público noturno, ruído, segurança e iluminação. O trajeto iniciava pela Rua Barão de Jundiaí, onde estava o palco da Virada Cultural, passava por uma área mais de serviços, percorria o trecho de equipamentos culturais importantes como o Teatro Polytheama, descia em direção à Ponte Torta, entrava por
uma região mais residencial e alcançava uma rua com mais vida noturna para chegar novamente à Praça da Matriz. Uma das coisas mais curiosas que aconteceu, que se repete em todas as expedições, é a forma com que o grupo se apropria do trajeto criando apelidos de acordo com características e atividades observadas para se referir às ruas. Neste trajeto: Rua Barão de Jundiaí = todos dividiram por trecho: trecho de calçadão e trecho de rua. O trecho de calçadão era rua do calçadão e rua exemplo. O trecho além do calçadão de trecho vazio e sem graça.
Rua São Bento = rua escura e barulhenta (pelos ônibus) Rua Rangel Pestana = rua das igrejas e dos bancos Calçadão São José = calçadão Av. Paula Penteado = rua do mirante Rua Marcílio Dias = rua do escadão Rua Senador Fonseca = rua das prostitutas Rua Bernardino de Campos = rua dos postes no meio da calçada Nas expedições um dos materiais mais importantes para conhecer o olhar dos participantes e as sensações nas ruas é o uso das molduras verde e vermelha, para tirar fotos indicando o que está bom no caminho e o que está ruim. A seguir, alguns exemplos e outras fotos tirada pelos participantes de experiências do trajeto:
Parquímetro no meio da calçada na Rua Barão de Jundiaí
Faixa de pedestres desconfigurada na Barão de Jundiaí esquina da Praça Rui Barbosa
Postes na calçada na Rua Bernardino de Campos
73
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
Calçadão da Barão da Jundiaí
Semáforos para pedestres e com contagem de tempo na Rua Rangel Pestana
Muitas placas e somente para carros na Rua Rangel Pestana
Mirante da Ponte Torta
74
EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 2
75
PERCURSO 2 - Praça da Matriz, Rua Barão de Jundiaí, escadão, Rua Vigário J. J. Rodrigues, Rua Câncido Rodrigues, Rua do Rosário, Rua Benjamin Constant, Rua Luiz Rosa, Rua Dr. J. R. Pereira (Praça dos Andradas), Rua Siqueira de Moraes, Rua Barão de Jundiaí, Praça da Matriz
A segunda expedição aconteceu no dia 23 de maio, sábado, às 9 horas, e teve como objetivo o entendimento do centro na manhã de um dia não útil e esta mistura entre movimento do comércio e lazer. Neste dia, 19 pessoas participaram da expedição e o grande diferencial do grupo foi a participação de crianças e adolescentes que puderam colaborar com o seu olhar único, mostrando para o grupo que a cidade precisa ser atraente para todas as idades. Então a junção do trajeto com o dia e os participantes fez o grupo ter um olhar bem atento para as praças e a oferta no centro para quem caminha de se entreter e de ter lugares não apenas bons para passar mas também para estar.
O trajeto iniciava pela Barão de Jundiaí, descia pelo escadão de acesso à Vigário J. J. Rodrigues, passava pela Praça Rui Barbosa e percorria quase toda a Rua do Rosário passando por diversas praças e equipamentos, finalizando no calçadão da Barão de Jundiaí. Neste trajeto os apelidos dados foram: Rua Barão de Jundiaí = outra vez dividiu-se em trechos: o trecho do calçadão e o trecho do teatro. Vigário J. J. Rodrigues = avenida com calçadas horríveis e que era impossível
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
atravessar para o outro lado. Rua Cândido Rodrigues = rua quase sem calçadas e muito calor Rua do Rosário= rua das praças Rua Benjamin Constant = rua sem nada Rua Luiz Rosa= rua sem graça Rua Siqueira de Moraes = rua da obra
Grupo tendo que atravessar mesmo sem faixa na Rua Barão de Jundiaí
76
Única sinalização para pedestres em todos os trajetos e para indicar que circula carros
Sinalização na Rua J. J. Rodrigues, apenas para carros
Mobiliários como lixeiras e hidrante no meio da calçada
Casarões e fachadas interessantes da Barão de Jundiaí
Abraço Grátis na Praça Rui Barbosa
Falta de bancos para sentar na Praça dos Andradas
77
2| TRAJETO DE PERCEPÇÃO DO PEDESTRE
EXPEDIÇÕES URBANAS - TRAJETO 3
78
PERCURSO 3 - Praça da Matriz, Galeria Bocchino, Rua Torres Neves, Rua Marechal Deodoro, Rua Padroeira, Rua Barão de Jundiaí, rua Cel. Leme da Fonseca, Rua do Rosário, Rua Senador Fonseca, Rua Cel. Leme da Fonseca, Rua Petronilha Antunes (Terminal Central), Rua Barão do Triunfo, Praça da Matriz
A terceira expedição aconteceu no dia 25 de maio, segunda-feira, às 14 horas, e teve como objetivo diagnosticar e entender os fluxos em dias úteis de acesso e conexão aos principais pontos de acesso ao transporte público do centro da cidade. Neste dia, 9 pessoas participaram da expedição e havia no grupo especialistas em árvores, o que inspirou o grupo no tema de arborização. O trajeto iniciava pela Galeria Bochinno, mostrando e experimentando outras formas de percorrer o centro, descia até a Marechal Deodoro, voltava pela Padroeira e tinha como ruas principais as duas ruas de acesso ao terminal de ônibus: Leme da Fonseca e Barão do Triunfo, finalizando com o calçadão São José, para ter uma avaliação
também durante o dia. Neste trajeto os apelidos para as ruas foram: Rua Torres Neves= rua dos pontos de ônibus Rua Marechal Deodoro = rua dos serviços Rua da Padroeira= rua horrível Rua Leme da Fonseca= rua dos toldos e rua muito barulhenta Rua Petronilha Antunes = rua da praça Rua Barão do Triunfo= rua que as pessoas andam na via Calçadão São José= rua de pedestres
Falta de bancos para sentar
Praรงa sem acesso, subutilizada e mal cuidada na rua Torres Neves
Falta de bancos para sentar
O excelente projeto Produtor na Praรงa, no Terminal Central
79
80
Comércio na Barão do Triunfo proibindo que as pessoas se sentem
Pessoas andando na rua na Barão do Triunfo
Rua Torres Neves
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 1 TRAJETO 1 (NOTURNO) - TABELA DE NOTAS CRITÉRIOS
1
2
3
4
5
6
CALÇADAS
MOB URB
TRAVESSIAS
SINALIZAÇÃO
EDIFICAÇÕES
SENSAÇÕES
NOTA FINAL /36
Barão de Jundiaí
5
4
4
2
5
5
25
São Bento
3
2
1
1
2
2
11
Rangel Pestana
5
3
1
3
4
1
17
São José
6
4
6
2
3
2
23
Av Paula Penteado
2
4
1
1
1
3
12
Marcílio Dias
1
3
3
2
2
2
13
Senador Fonseca
3
2
3
2
3
2
15
Bernardino de Campos
2
4
3
1
2
1
13
RUAS
81
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
TRAJETO 1 - RANKING RUAS RUAS
82
NOTA
Barão de Jundiaí
25
São José
23
Rangel Pestana
17
Senador Fonseca
15
Marcílio Dias
13
Bernardino de Campos
13
Av. Paula Penteado
12
São Bento
11
TRAJETO 1 - RANKING CRITÉRIOS CRITÉRIOS
NOTA
Calçada
3,375
Mobiliário urbano
3,25
Travessias
2,75
Edificações
2,75
Sensações
2,25
Sinalização
1,75
As únicas ruas neste trajeto que tiveram uma nota de “caminhável” foram a Barão de Jundiaí e a São José, ambas porque têm trecho de calçadão dedicado apenas a circulação das pessoas a pé. A rua com pior nota no trajeto foi a São Bento que não tinha atratividade, era muito barulhenta e escura. Em seguida a Paula Penteado que além de ser uma rua residencial com pouco interesse têm calçadas muito estreitas e travessias difíceis. O critério que recebeu pior avaliação em todo o trajeto foi a sinalização, tendo sido notado pelos participantes que as únicas sinalizações existentes para os pedestres são de travessia e nome das ruas, não existindo em todo o trajeto nenhuma informação dos edifícios ou indicação para onde estão os equipamentos. O segundo pior critério avaliado foi sensações, explicado pelos participantes pelo fato do pouco movimento, poucos estabelecimentos abertos e pouca atratividade no horário que se realizou o trajeto. Já o melhor critério foram as calçadas, muito disso se dá porque à noite há menos fluxo de pessoas e, portanto, há menor necessidade de calçadas largas.
RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 2 TRAJETO 2 (SÁBADO) - TABELA DE NOTAS CRITÉRIOS
1
2
3
4
5
6
CALÇADAS
MOB URB
TRAVESSIAS
SINALIZAÇÃO
EDIFICAÇÕES
SENSAÇÕES
NOTA FINAL /36
Barão de Jundiaí
3
3
3
2
5
4
20
Vigário JJ Rodrigues
2
1
2
2
2
3
12
Cândido Rodrigues
2
1
1
1
1
3
9
Rosário
4
4
3
3
5
6
25
Benjamin Constant
1
2
3
4
1
2
13
Luiz Rosa
3
3
3
4
3
3
19
Siqueira de Moraes
2
1
2
4
2
1
12
RUAS
83
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
TRAJETO 2 - RANKING RUAS
84
RUAS
NOTA
Rosário
25
Barão de Jundiaí
20
Luiz Rosa
19
Benjamin Constant
13
Vigário JJ Rodrigues
12
Siqueira de Moraes
12
Cândido Rodrigues
9
TRAJETO 2 - RANKING CRITÉRIOS CRITÉRIOS
NOTA
Sensações
3,14
Sinalização
2,86
Edificações
2,71
Calçada
2,43
Travessias
2,43
Mobiliário urbano
2,14
Neste trajeto três ruas tiveram notas finais caminháveis: Barão de Jundiaí, Rosário e Luiz Rosa. A Barão mais uma vez pelo trecho de calçadão e pelos equipamentos culturais, comerciais e fachadas interessantes, a rua do Rosário muito se deu por ser a rua que passa por diversas praças e por ser bastante arborizada e agradável de caminhar em um trecho, e a Luiz Rosa pelas suas travessias com rampa de acesso e largura das calçadas. Já a pior nota foi para a Rua Cândido Rodrigues que dá acesso à Praça Rui Barbosa, uma praça muito importante não só como um lugar para estar, mas também por ser um terminal de ônibus e ainda assim ter calçadas muito estreitas. O critério que recebeu pior avaliação em todo o trajeto foi mobiliário urbano, muito porque o trajeto passou por lugares onde se esperava encontrar mobiliário, como bancos para sentar nas praças, mas também porque havia nas ruas percorridas postes mal localizados, parquímetros na calçada e outros mobiliários que estavam em excesso e atrapalhavam a caminhada. O segundo pior avaliado foram as travessias pois neste trajeto notou-se que quase todas as praças não tinham sinalização para atravessar a rua e garantir acesso. Por outro lado o melhor critério foi as sensações, também pelo trajeto que garantia passagem a lugares verdes e tranquilos.
RESULTADOS E COMENTÁRIOS - TRAJETO 3 TRAJETO 3 (SEGUNDA) - TABELA DE NOTAS CRITÉRIOS
1
2
3
4
5
6
CALÇADAS
MOB URB
TRAVESSIAS
SINALIZAÇÃO
EDIFICAÇÕES
SENSAÇÕES
NOTA FINAL /36
Torres Neves
2
2
2
2
3
2
13
Marechal Deodoro
4
2
3
3
2
2
16
Padroeira
2
2
4
1
2
3
14
Leme da Fonseca
3
1
4
3
1
3
15
Petronilha Antunes
5
1
3
3
3
3
18
Barão do Triunfo
4
1
3
3
3
4
18
São José
5
2
6
2
2
5
22
RUAS
85
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
TRAJETO 3 - RANKING RUAS RUAS
86
NOTA
São José
22
Petronilha Antunes
18
Barão do Triunfo
18
Marechal Deodoro
16
Leme da Fonseca
15
Padroeira
14
Torres Neves
13
TRAJETO 3 - RANKING CRITÉRIOS CRITÉRIOS
NOTA
Calçada
3,57
Travessias
3,57
Sensações
3,14
Sinalização
2,43
Edificações
2,29
Mob Urbano
1,57
Neste trajeto uma rua teve nota “caminhável”: o calçadão São José, e duas ficaram no limite: Petronilha Antunes e Barão do Triunfo. Nas três ruas, o que fez subir a nota foram as calçadas. Na Barão do Triunfo o que chamou a atenção e elevou a nota foram os alargamentos de calçada nas esquinas. Já a pior nota foi para a Torres Neves que era muito apertada para quantidade de pessoas e com a travessia muito dificultada, exigindo que o pedestre fizesse três travessia para alcançar o outro lado da rua. Com relação aos critérios, o pior avaliado foi o mobiliário urbano, pois sentiu-se falta de conforto andando a pé, e as edificações por tratar-se de um trajeto com fachadas pouco cuidadas e trechos com locais abandonados e sem interesse. Enquanto isso, as calçadas e travessias receberam boas notas, porém frisado pelos participantes que esta nota foi dada em relação ao que já haviam visto em outras andanças e por um “conformismo” de achar que andar em cidade brasileiras é assim mesmo: difícil e com falta de espaço e segurança.
COMENTÁRIOS GERAIS COMENTÁRIOS GERAIS
TABELA GERAL DAS RUAS RUAS Rosário Barão de Jundiaí São José Luiz Rosa Petronilha Antunes Barão do Triunfo Rangel Pestana Marechal Deodoro Leme da Fonseca Senador Fonseca Padroeira Torres Neves Marcílio Dias Bernardino de Campos Benjamin Constant Av Paula Penteado Vigário JJ Rodrigues Siqueira de Moraes São Bento Cândido Rodrigues
NOTA 25 22,5 22,5 19 18 18 17 16 15 15 14 13 13 13 13 12 12 12 11 9
NOTA/6 4,17 3,75 3,75 3,17 3,00 3,00 2,83 2,67 2,50 2,50 2,33 2,17 2,17 2,17 2,17 2,00 2,00 2,00 1,83 1,50
% 69% 63% 63% 53% 50% 50% 47% 44% 42% 42% 39% 36% 36% 36% 36% 33% 33% 33% 31% 25%
Em todos os trajetos um dos critérios que as pessoas tiveram maior dificuldade de avaliar foi a sinalização pois diziam que como não existia sinalização para pedestres não sabiam como dar as notas ao critério. Desta forma há uma variação neste critério que deve ser balizada pela nota técnica. O mesmo também passou com as notas de calçadas e mobiliário urbano pelas pessoas não saberem que pode ser melhor e terem um certo sentimento de conformismo. Isso se notou no final das atividades com alguns comentários como “era necessário tal coisa porém isso só dá certo lá fora” usados quando conversávamos sobre as ideias para criar ruas mais caminháveis. Nota-se então que há um sentimento de descrença neste tipo de mudanças por um questão histórica de desvalorização do deslocamento a pé e que precisa ser mudado, se tornando assim mais uma função e objetivo do projeto Jundiaí Caminhável. De maneira geral é curioso notar que as ruas com melhores notas são calçadões: São José e Barão de Jundiaí. Essas ruas tem muita atratividade, seja pela presença de comércio e equipamentos culturais, ou pela presença de praças públicas, como é o caso da Rua do Rosário. Isso evidencia os elementos que deixam uma rua mais caminhável e as ruas que são interessantes de atuar, pois já têm bastante fluxo. É preciso melhorar a qualidade e experiência destes fluxos, o que pode ser feito de forma relativamente simples, por exemplo, através de sinalização para pedestres. PROPOSTAS E ANÁLISE Ao final da atividade os participantes eram redivididos em grupos diferentes dos grupos que haviam avaliado as ruas. Os novos grupos deveriam propor três soluções
87
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
que deixassem o trajeto percorrido mais caminhável. As propostas em cada trajeto foram: TRAJETO 1:
• Incentivo à manutenção das fachadas (possível programa de conscientização histórica dos comerciantes e efeitos na venda pela conservação)
• Padronização das calçadas do centro
• Graffitis em ruas que não têm atratividade e apenas muros
• Extensão do Calçadão da Barão de Jundiaí (padrão de calçadas + iluminação)
• Extensão das esquinas, pois o tamanho não é suficiente para área de espera dos pedestres
• Iluminação de monumentos e fachadas históricas • Criação de programação noturna nas ruas do centro da cidade, como feiras de comida e de artesanato. 88
• Valorização histórica do centro através de circuito turístico a pé e sinalização
• Implementação de café/lanchonete no mirante da ponte torta para garantir segurança a noite TRAJETO 2: • Criar/distribuir mais a programação dos eventos e usos nas outras praças da cidade (estava tudo concentrado na praça da matriz: virada cultural, Jundiaí Caminhável e feirinha de comida)
• Pintura de faixas de pedestres em todas as esquinas e acesso às praças • Pintura nos escadões e implementação de corrimão TRAJETO 3: • Projeto de arborização em todas as ruas (é preciso extensão das calçadas) • Implementação de mais “lugares de estar”, com bancos e sombra • Alargamento de todas as calçadas • Implementação de paredes verdes em muros subutilizados
• Criação de café/centro cultural nos edifícios no centro da Praça dos Andradas
• Faixas de pedestres em X;
• Controle sonoro das ruas do centro (muitas músicas e anúncios em microfone vindo das lojas)
• Sinalização de equipamentos para pedestres;
• Extensão do calçadão da Barão de Jundiaí e padronização (principalmente de mobiliário urbano, tipos e local que não prejudique o deslocamento a pé) • Sinalização histórica dos prédios
• Fiação aterrada, retirada dos postes e substituição por árvores; • Calçadão na Rua Barão do Triunfo.
PONTUANDO ÁREAS DE ATUAÇÃO: • Muro no Calçadão São José e da Loja Marisa podem receber graffiti, muro verde, muro interativo, bancos para sentar ou se tornar um local de projeção à noite. • Cafés no Mirante da Ponte Torta e na Praça dos Andradas • Implementação de bancos para sentar nas praças • Ruas de lazer no centro sextas à noite • Feirinhas gastronômicas e de artesanato noturna na Barão de Jundiaí • Placas com informação histórica em edifícios tombados • Brinquedos para as crianças nas praças • Escadões CONCLUSÃO A forma mais genuína de criar conexão entre as pessoas e das pessoas com a cidade é através do deslocamento a pé, uma cidade que se preocupa em promover melhores condições para caminhar é uma cidade que se preocupa com o bem estar de todos que vivem nela.
Muro do calçadão e da Loja Marisa
A grande importância desta etapa do projeto é de criar envolvimento da população com o centro da cidade, mostrando que é possível participar da construção da própria cidade. Para isso é preciso que essa etapa seja muito considerada na fase de criação dos projetos pilotos e que este canal criado com a população mantenha-se aberto para projetos futuros.
89
3| RESULTADOS E COMENTÁRIOS
As percepções da população tem que ser consideradas sempre por qualquer planejador urbano e urbanista que queira que seus projetos sejam feitos para as pessoas e tenham uso, pois é preciso entender as necessidades e desejo das pessoas para garantir uma cidade inclusiva. Aqui as pessoas entregam os seus desejos para que os planejadores saibam utilizar e envolvê-los de forma a resignificar a cidade em conjunto.
90
4| TRAJETOS TÉCNICOS
TRAJETOS TÉCNICOS Os trajetos técnicos ou caminhadas técnicas foram incorporados pelo Coletivo “Urbanismo Caminhável” com o objetivo de equilibrar a percepção cidadã sobre uma determinada via. Verificamos que a percepção cidadã muitas vezes é influenciada pelo seu próprio repertório sobre o que ela está acostumada, com boas ou más condições de calçadas... Via de regra as pessoas tendem a comparar a qualidade da via que ela está examinando com ruas piores, isso faz com que a nota seja muito maior do que a nota técnica. Para a realização da “caminhada técnica” convidamos membros do corpo técnico da prefeitura, assim como especialistas em Mobilidade Ativa e associações de pedestres. Elaboramos os manuais para avaliação baseados em requisitos técnicos governamentais, código de obras e melhores práticas de ruas de classe mundial.Um Os mesmos trajetos percorridos pelos cidadãos foram avaliados de forma mais detalhada pelo grupo de técnicos.
91
4| TRAJETOS TÉCNICOS
TRAJETOS TÉCNICOS DIAGNÓSTICO GERAL A análise técnica dos trajetos será apresentada conforme as categorias de avaliação utilizadas nas caminhadas: VIAS
92
Categoria da via - quanto maior a escala de abrangência das vias, tende a ser menos amigável com o pedestre. Exemplo: Vias expressas que fazem a ligação entre regiões da cidade, ou mesmo entre rodovias, muitas vezes não permitem a circulação de pedestres ou as calçadas são muito estreitas, sem qualquer amenidade para o conforto e segurança do pedestre. Essa característica também pode ser analisada considerando a maior ou menor facilidade com a qual é possível interagir com o outro lado da rua. Em ruas estreitas e baixo fluxo de veículos é possível atravessar com mais facilidade, observar e se relacionar com os usos e pessoas que estão na outra calçada. Ao passo que em vias expressas essa interação é praticamente impossível. Desta forma, os usos e circulação das pessoas nas calçadas resulta das características da via. Por exemplo: vias expressas e arteriais comportam os usos de comércio e serviços que as pessoas fazem de carro, ao passo que vias coletoras concentram comércios, serviços e lazer diversificados, enquanto que as locais abrigam principalmente o comércio e serviço de atendimento aos moradores do bairro e de necessidades diárias. Os usos se adaptam às características das vias. QUALIDADE DAS CALÇADAS Largura da calçada - deve no mínimo permitir a circulação de cadeira de rodas, carrinho de bebê ou de compras e ainda possibilitar a instalação de mobiliário e infraestrutura, como postes de iluminação, lixeiras, arborização, bancos etc. A largura
deve estar adaptada ao uso lindeiro da rua. Ruas comerciais ou ligações importantes de transporte público, que possuem maior fluxo de pedestres necessitam calçadas mais largas, que possam abrigar os pedestres de forma confortável e segura. Chamamos essa condição de Nível de Serviço da rua. Inclinação da calçada - Existem dois tipos de inclinação a analisar: longitudinal, onde se verifica se a inclinação da calçada acompanha a do leito carroçável e se possui degraus que impedem a circulação de cadeira de rodas ou carrinho de bebê. As vias que possuem inclinação de até 8% são acessíveis à circulação de cadeirantes, a partir desse valor e até 15%, apesar de bastante íngrimes ainda permitem a circulação sem degraus. E a partir de 15% a calçada transforma-se em uma escada, pois necessita de degraus para vencer a inclinação. A outra inclinação a analisar é a transversal, que deve ter no mínimo 0,5% e máximo 2% de caimento em direção à guia. Muitas vezes, essa inclinação não é respeitada, pois a calçada é usada como rampa para a entrada de veículos no lote privado. E se cada morador faz essa adaptação para sua propriedade, a calçada acaba ganhando vários degraus, transformando-se em uma escada. Pavimento - A regularidade do pavimento é importante para garantir a segurança dos pedestres ao caminhar, principalmente de idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida. Obstáculos - a obstrução ou interferências na faixa livre de passeio - com postes, lixeiras ou outro mobiliário - prejudicam a caminhada, obrigando o pedestre a mudar de direção a todo momento e muitas vezes impedem a circulação de cadeira de rodas, carrinhos de bebê ou pessoas com guarda-chuva, quando muito próximos das divisas dos lotes.
MOBILIÁRIO URBANO
TRAVESSIAS
Bancos e mesas - Oferecem conforto ao pedestre como opção para descansar, ou ainda para estudar e trabalhar ou como lazer. Estimulam a presença de mais pessoas nas calçadas e espaços públicos que contribui para tornar o caminho mais seguro e agradável.
Faixa de pedestre - indica ao pedestre o local mais seguro para atravessar e ao motorista serve como elerta e indicação da prioridade ao pedestre. Esta prioridade torna-se mais evidente quando a faixa de pedestres está no mesmo nível que a calçada, obrigando o veículo a mudar de nível e não o pedestre. Nos casos em que essa solução não é possível, deve-se obrigatoriamente haver rampas nas esquinas, em continuidade às faixas de pedestres para permitir que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida possam atravessar a rua de forma independente e confortável.
Arborização - contribuem tanto para o embelezamento do local, quanto para a melhoria do conforto térmico criando sombras e diminuindo a temperatura em dias de muito calor. Por isso também contribuem para atrair as pessoas para um espaço de descanso e contemplação. Lixeiras - são importantes para ajudar na limpeza e cuidado das pessoas com as calçadas e espaços públicos. Iluminação para pedestres - Importante para aumentar a sensação de segurança que o pedestre tem ao caminhar à noite. Também contribui para a socialização das pessoas nas calçadas e espaços públicos. Muitas vezes as vitrines de lojas fazem o papel da iluminação para o pedestre. Bancas e quiosques - mesmo que temporários esses usos contribuem para tornar as calçadas mais seguras e interessantes. Espaço público - quando bem cuidado e principalmente com usos e atividades estimula a caminhada ao oferecer um local agradável a ser visitado ou apenas observado. Se por outro lado, está abandonado e mal cuidado pode afastar as pessoas do local, forçando-as a fazer outro trajeto.
Ciclo semafórico - determina o tempo e o local para a travessia dos pedestres. Muitas vezes a prioridade é dada ao fluxo de veículos e o pedestre necessita esperar vários tempos semafóricos até poder atravessar ou então é obrigado a prolongar seu percurso ou dar uma volta no cruzamento pois as faixas de travessia estão posicionadas para permitir mais tempos semafóricos abertos para o carro. A longa espera para atravessar estimula o pedestre a se arriscar colocando em perigo a própria vida. Alargamento de calçada nas travessias - pode ocorrer tantos nas esquinas ou ao longo da quadra. Ao alargar a calçada, a largura do leito carroçável torna-se menor, diminuindo o tempo necessário ao pedestre para atravessar de um lado ao outro da via. SINALIZAÇÃO PARA PEDESTRES Em semáforos - a sinalização direcionada ao pedestre nos semáforos torna mais segura a travessia, ajudando o pedestre a estimar o momento e o tempo para cruzar a via.
93
4| TRAJETOS TÉCNICOS
TRAJETOS TÉCNICOS Alertas e informações - a maioria das placas, tanto de indicação de percursos, quanto de informações turísticas são feitas para os motoristas: tipo de informação, tamanho e altura que estão instaladas. É praticamente inexistente alguma placa que indique o caminho mais interessante, curto, confortável ou seguro para o pedestre acessar algum equipamento urbano ou transporte público. EDIFICAÇÕES
94
Atratividade - os usos ou a arquitetura dos edifícios são os responsáveis por atrair a atenção das pessoas que circulam pelo local, tornando o percurso mais interessante e inclusive propondo novas rotas e desvios aos trajetos habituais das pessoas. Diversidade - o maior número de diferentes usos e a variedade de comécios e serviços também são condições urbanas que contribuem para que as pessoas circulem a pé, podendo ao longo de uma pequena caminhada resolver diversas necessidades do dia a dia. Interação - a possibilidade de interagir e se relacionar com as atividades que acontecem no domínio do espaço privado tornam o percurso mais agradável e contribui para diminuir a sensação de medo e insegurança ao caminhar no espaço público, principalmente à noite. Também é bastante interessante ao pedestre as situações em que as atividades do espaço privado se estendem para o espaço público - desde que estas não impeçam a circulação confortável dos pedestres. Condições - é importante a boa conservação e manutenção dos espaços privados para que criem um cenário agradável para os pedestres que circulam nas calçadas.
SENSAÇÕES, RUÍDO E CONFORTO TÉRMICO Alguns fatores podem tornar a caminhada mais prazerosa ou por outro lado, extremamente desagradável. Até o momento havíamos analisado as características ligadas à visão e ao caminhar como movimento. Porém, os demais sentidos também são estimulados e usados durante o trajeto a pé. Por isso, uma rua com muito ruído, normalmente o barulho produzido pelos veículos, principalmente ônibus, caminhões e motos - torna-se bastante inóspita aos pedestres. Ou então de acordo com a variação do clima, principalmente as altas temperaturas de verão, também desestimulam a circulação a pé. Ou ainda, o cheiro dos lugares - se agradável, pode estimular a passagem de pessoas pelo local, ou se praticamente insuportável, obriga as pessoas a fazer outro caminho e o trecho acaba ficando vazio ou mesmo abandonado. INFRAESTRUTURA É importante verificar se a infraestrutura que a cidade oferece permite a circulação a pé para realizar todas as atividades do dia a dia. Por exemplo, os equipamentos públicos estão servidos pelo sistema de transporte e estes são acessíveis aos pedestres? Os pontos de ônibus e estações estão dimensionados e posicionados corretamente, oferecendo proteção e segurança ao usuário? Os percursos no geral privilegiam o pedestre, através por exemplo de faixas de travessia no mesmo nível que a calçada? CONCLUSÃO GERAL De forma geral, como a maioria das cidades brasileiras, Jundiaí ainda privilegia o automóvel nas soluções de infraestrutura e desenho urbanos, mesmo os voltados à mobilidade a pé.
A maior porção da via é destinada ao automóvel. Observamos leitos carroçáveis bastante largos, com duas faixas de rolamento e mais duas faixas para estacionamento, mesmo onde o fluxo de veículos é baixo. Enquanto as calçadas são extremamente estreitas, algumas com menos de um metro de largura ou, na maioria com 1,20m ou 1,50m, porém com passeio livre menor que o exigido por lei, por conta de obstáculos como postes e lixeiras, mesmo em trajetos com intenso fluxo de pedestres. Essa condição das vias demonstra a supremacia do automóvel e reforça a vulnerabilidade dos pedestres. Apesar de ter suporte de dispositivos de sinalização com soluções tecnológicas avançadas, como semáforos temporizados para pedestres na maioria dos cruzamentos, em alguns, faltam faixas de travessia, deixando o pedestre sem uma opção segura para atravessar a via. Ou em outros casos, os pedestres são obrigados a dar a volta em três outras travessias, fazendo um U, para conseguir atravessar para o outro lado da rua. Em muitas travessias faltam rampas de acesso ou quando existentes, em muitos casos, não atendem às normas de acessibilidade. Nas travessias sem rampas, as pessoas em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida são obrigadas a aguardar o semáforo na rua. Mesmo havendo um desenho de piso especial, mais agradável ao pedestre, no entorno da Praça da Matriz (ruas Barão de Jundiaí e R. do Rosário) persiste a prioridade ao carro, como por exemplo, a demarcação do leito carroçavel através de desnível, mesmo em área de calçadão. Jundiaí possui leis que regulamentam a execução e manutenção de calçadas (Lei 6.984/2007, Lei 7179/2008, Decretos 21643 e 21.734 de 2009) e um manual - Guia de Calçadas de Jundiaí, lançado em 2012 - com orientações e regras para construção, recuperação e manutenção das calçadas. Ou seja, o suporte legal e ferramentas para
a melhoria das calçadas da cidade já existem. Desta forma, o próximo passo necessário é que o poder público dê o exemplo, demonstrando através de seus projetos e ações que é importante oferecer, ao pedestre e aos cidadãos, calçadas e espaços públicos com boa qualidade. Esta é uma forma de estimular a população e os proprietários para que adequem suas calçadas e cuidem dos espaços da cidade. O centro de Jundiaí, como localização democrática de todos e como símbolo é o local ideal para liderar a mudança do modelo de cidade que viemos construindo - pensado para o automóvel - para a cidade pensada para as pessoas.
95
4| TRAJETOS TÉCNICOS
TRAJETOS TÉCNICOS Índice de Caminhabilidade
Trajeto Técnico 1
Nota de 1 a 6 para o percurso
96
Trajeto1_Barão de Jundiaí
Trajeto1_São Bento
Trajeto1_Range l Pestana
Trajeto1_São José
3 2 2 2 2 5 4 3
2 1 1 1 1 1 1 2
3 2 1 1 1 3 1 3
6 4 2 2 1 4 3 3
Técnicos Vias Qualidade calçadas Mobiliário Travessia Sinalização Edificações Sensações Infraestrutura
Trajeto1_Av Trajeto1_Marcíli Trajeto1_Senad Trajeto1_Bernar Paula Penteado o Dias or Fonseca dino de Campos 4 1 1 2 1 2 2 1
3 1 2 1 1 3 2 2
1 1 1 1 1 3 2 2
1 1 1 1 1 2 1 2
Total 1
23 13 11 11 9 23 16 18
Índice de Caminhabilidade
Trajeto Técnico 2
Nota de 1 a 6 para o percurso Trajeto2_Barão Trajeto2_Vigário Trajeto2_Cândido Trajeto2_Benjamin Trajeto2_Rosário de Jundiaí JJ Rodrigues Rodrigues Constant
Técnicos Vias Qualidade calçadas Mobiliário Travessia Sinalização Edificações Sensações Infraestrutura
3 4 3 2 2 6 3 4
4 3 2 2 1 3 2 3
3 2 2 2 1 4 1 2
4 4 2 3 1 5 2 4
4 2 1 2 1 4 1 2
Trajeto2_Luiz Rosa
Trajeto2_Siqueira de Moraes
Total 2
3 3 1 3 1 4 2 4
3 1 1 1 1 2 1 2
24 19 12 15 8 28 12 21
Índice de Caminhabilidade
Trajeto Técnico 3
Nota de 1 a 6 para o percurso Trajeto3_Torres Trajeto3_Marechal Trajeto3_Leme Trajeto3_Petron Trajeto3_Barão Trajeto3_Padroeira Neves Deodoro da Fonseca ilha Antunes do Triunfo
Técnicos Vias Qualidade calçadas Mobiliário Travessia Sinalização Edificações Sensações Infraestrutura
2 1 2 2 1 3 1 1
1 1 2 2 2 4 2 2
3 1 1 1 1 4 2 2
4 2 2 2 2 4 2 2
5 4 3 2 2 4 3 3
3 2 2 3 2 5 1 1
Total 3
18 11 12 12 10 24 11 11
97
5| RESULTADOS: PERCEPÇÃO DO PEDESTRE E TRAJETOS TÉCNICOS BARÃO DE JUNDIAÍ
BARÃO DO TRIUNFO
BENJAMIN CONSTANT
BERNARDINO DE CAMPOS
98
CÂNDIDO RODRIGUES
LEME DA FONSECA
99
LUIZ ROSA
MARCÍLIO DIAS
5| RESULTADOS: PERCEPÇÃO DO PEDESTRE E TRAJETOS TÉCNICOS MARECHAL DEODORO
PADROEIRA
PAULA PENTEADO
PETRONILHA ANTUNES
100
RANGEL PESTANA
ROSÁRIO
101
SÃO BENTO
SÃO JOSÉ
5| RESULTADOS: PERCEPÇÃO DO PEDESTRE E TRAJETOS TÉCNICOS SENADOR FONSECA
SIQUEIRA DE MORAES
TORRES NEVES
VIGÁRIO JJ RODRIGUES
102
103
6| WALKSCORE
WALKSCORE O Walkscore pode ser definido como o grau em que uma área incentiva passeios de pedestres a partir da sua residência ou trabalho para outros destinos. Ela interage com as preferências de passeio dos moradores e capacidades para produzir o momento, a quantidade e a distância que os passeios de pedestres ocorrem. Vários atributos físicos e sociais diferentes da área em torno de uma propriedade pode afetar a caminhabiidade. O Walkscore mede a Caminhabilidade dos percursos sob a perspectiva de estilo de vida e do conceito de “Comunidades completas.” Ele avalia se as necessidades diárias dos moradores e trabalhadores podem ser atendidas dentro de uma distância razoável ou, alternativamente, se usos do solo são espacialmente segregados, necessitando de um carro para se locomover. Atributos que contribuem com a caminhabilidade incluem a densidade urbana, uso do solo, zoneamento, conectividade da rua (ou seja, a forma direta de ligações e a densidade de conexões), volume de tráfego, distância para destinos, largura de calçada e continuidade, tamanho do quarteirão, inclinação topográfica, a segurança percebida, e estética. De todos esses atributos, a presença de destinos desejados a uma curta distância do local de origem pode ser a mais importante. A distância para destinos de rotina, tais como supermercados, locais para comer e bancos, é particularmente útil para prever a atividade de pedestres. A metodologia do walkscore consiste em mapear se em um raio de 500m do ponto considerado, há equipamentos, comércio, serviços e lazer. Para aplicação da metodologia no centro de Jundiaí, os raios de abrangência foram traçados nos pontos centrais das ruas percorridas nos trajetos de estudo. A pontuação para os itens do Walkscore varia de 0 a 1, sendo 0 para a ausência e 1 para a presença de determinado equipamento ou uso. O walkscore também faz uma ponderação em sua pontuação considerando o conforto do caminho, como por exemplo, declividade da via, estreitamento de calçada, rua exclusica para pedestres, etc. Essa ponderação agrega ou diminui 0,25 ponto, no valor do walkscore, dependendo se a característica ajuda ou prejudica a caminhabilidade.
105
6| WALKSCORE
TRAJETO 1
106 10 9 16 3
4
7
10 5
19
15
6
12 3
17
9
11
7
5
10 2
12
8 6
18
20
7 8
8
2 1
TABELA WALKSCORE - TRAJETO 1 RAIO 500M
Lazer/Praça Escolas Saúde Escritórios Comerciais Comércio Transportes Públicos Ciclovias Serviços Equipamentos Culturais Equipamentos Sociais Equipamentos Esportivos TOTAL
Ponderação (+) (-) Calçadão pedestres Sinalização Pedestres Declividade Congestionamento Iluminação Estreitamento Calçada Ruído Boas Calçadas Velocidade Carros TOTAL
(+) (-) (-) (-) (-) (-)
Barão de Jundiaí 1 1 1
São Bento 1 1 1
Rangel Pestana 1 1
São José 1 1
Av Paula Penteado 1 1
Marcílio Dias 1 1
Senador Fonseca 1 1
Bernardino de Campos 1 1
TOTAL
8 8
1
1
1
1
1
1
8
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
8 8 8
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
8 8 8 8 80
0,25 0,25
0,25
0,25 0,25 0,25
0,25 0,25
0,25 0,25
0,25
0,25
0,25 0,25
10
9,5
9,25
0,25
9,5
9,75
9,5
107
6| WALKSCORE
TRAJETO 2
108 4
16 19
15 7
10
5 4
11
10
2 2
18
12
8
2
7
6
1 1
2
3 3
9
13
5 6
4
10
14 8
12 3
17
9
20
TABELA WALKSCORE - TRAJETO 2 RAIO 500M
Lazer/Praça Escolas Saúde Escritórios Comerciais Comércio Transportes Públicos Ciclovias Serviços Equipamentos Culturais Equipamentos Sociais Equipamentos Esportivos TOTAL
Ponderação (+) (-) Calçadão pedestres Sinalização Pedestres Declividade Congestionamento Iluminação Estreitamento Calçada Ruído Boas Calçadas Velocidade Carros TOTAL
(+) (-) (-) (-) (-) (-)
Barão de Jundiaí 1 1 1
Vigário JJ Rodrigues 1 1 1
Cândido Rodrigues 1 1
1 1
Siqueira de Moraes 1 1
1
1
1
1
1
7
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
7 7 7
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
7 7 7 7 70
0,25
0,25
0,25
0,25
0,25
0,25
0,25 0,25
9,75
9,5
Rosário 1 1
0,25
Benjamin Constant 1 1
Luiz Rosa
0,25
0,25
0,25 0,25
9,5
9,5
9,5
10
9,5
TOTAL
7 7
109
6| WALKSCORE
TRAJETO 3
110 9
7
10
9
11
10 12
8
6
11
7
TABELA WALKSCORE - TRAJETO 3 RAIO 500M
Lazer/Praça Escolas Saúde Escritórios Comerciais Comércio Transportes Públicos Ciclovias Serviços Equipamentos Culturais Equipamentos Sociais Equipamentos Esportivos TOTAL
Ponderação (+) (-) Calçadão pedestres Sinalização Pedestres Declividade Congestionamento Iluminação Estreitamento Calçada Ruído Boas Calçadas Velocidade Carros TOTAL
(+) (-) (-) (-) (-) (-)
Torres Neves 1 1 1
Marechal Deodoro 1 1 1
Padroeira 1 1
Leme da Fonseca 1 1
Petronilha Antunes 1 1
Barão do Triunfo 1 1
TOTAL
6 6
1
1
1
1
6
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
6 6 6
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
1 1 1 1 10
6 6 6 6 60
0,25 0,25
0,25 0,25
0,25
0,25
0,25
0,25
9,75
9,75
9,75
0,25
9,5
0,25 9,25
9,5
111
6| WALKSCORE
MAPA DE CONFORTO E SEGURANÇA AO PEDESTRE 1
1
R: 63 ºC: 21
1
R: 69,1 ºC: 22
1
2 R: 67,3 ºC: 22
Fórum
2
Praça Tibúrcio Estevam de Siqueira
Praça Frederico Ozanam
112
Velório municipal
Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio
1 Mosteiro de São Bento
INSS
R: 55,6 ºC: 27 Largo de São Bento
Palácio da Justiça
Grupo Escolar Conde do Parnaíba Centro das Artes Sala Glória Rocha
1 Praça Dom Pedro II
3
Secretaria de Cultura de Jundiaí
R: 62,7 ºC: 24
Solar do Barão de R: 59,8 Jundiaí ºC: 23
R: 60 ºC: 28
Praça dos Andradas
1
R: 59,6 ºC: 20
Cemitério Municipal N. S. do Desterro R: 66,3 ºC: 22
3
Terminal Central R: 71 ºC: 22
2
3
R: 63,7 ºC: 21
Praça da Bandeira R: 69,7 1 ºC: 21 Clube 28 de Igreja N. S. Setembro do Rosário
Número de atropelamentos em cruzamentos, no período entre 2012 e Junho/2014 (fonte: SMP - Prefeitura de Jundiaí)
R: 58,2 ºC: 21
R: 69,8 ºC: 28
Hospital Público São Vicente de Paulo
1
1
1
1
1
R: 61,8 ºC: 29
R: ºC
PRAÇA D 1 R: 6 ºC:
1 Escola Prof. Luiz Rosa
Clube Supermercado Jundiaiense
1
Galer Bocchino
2
Jardim do Solar
1
Clube Grêmio C. P. 1 R: 68,3 ºC: 28
Galeria Rosário
R: 69 ºC: 27
1
1
R: 75,7 ºC: 20
R: 73,2 ºC: 26
R: 59,9 ºC: 22
1
Museu da Teatro Energia Polytheama
61,9 C: 29
Gabinete 1 de Leitura R: 62,7 ºC: 25
R: 58,1 ºC: 26
R: 58,1 ºC: 29
R: 66,5 ºC: 28
R: 73,4 ºC: 26
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
R: 61,8 ºC: 24
113
a
DA MATRIZ 61,6 : 26 Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
R: 56 ºC: 26
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
Praça Rui Barbosa
3
Rio Guapev
1
R: 65,4 ºC: 24
R: 73 ºC: 25
Câmara Municipal de Jundiaí
R: 58,9 ºC: 25
Ponte Torta
R: 66,7 ºC: 23
R: 62,6 ºC: 27
MAPA X: DECLIVIDADE VIÁRIA R: 55,3 ºC: 27
R: 66,2 ºC: 28
MAPA X: DECLIVIDADE VIÁRIA
MAPA X: DECLIVIDADE VIÁRIA
Escadaria Declive > 15% - não adequado ao pedestre
Escadaria Declive > 15% - não adequado ao pedestre
Declive 10% a 15% - caminhabilidade satisfatória Declive 8,33% a 10% - boa caminhabilidade
Escadaria
Declive 10% a 15% - caminhabilidade satisfatória
Declive 3% a 8,33% - boa caminhabilidade
Declive > 15% - não adequado ao pedestre
Declive 8,33% a 10% - boa caminhabilidade
Plano (declive 0% a 3%) - ótima caminhabilidade
Declive 10% a 15% - caminhabilidade satisfatória
Declive 3% a 8,33% - boa caminhabilidade
Perímetro de intervenção
6| WALKSCORE
114
ATROPELAMENTOS - REGISTRADOS NOS CRUZAMENTOS (2012 A 2014)
ATROPELAMENTOS - REGISTRADOS NOS CRUZAMENTOS (2012 A 2014)
LOGRADOURO 1 Barão de Jundiaí Barão do Triunfo Benjamin Constant Campos Sales Conde de Parnaíba Conde de Parnaíba Marechal Deodoro Senador Fonseca Henrique Andres Jorge Zolner Jorge Zolner Jose do Patrocínio Engenheiro Monlevade Onze de Junho Petronilha Antunes Petronilha Antunes Rangel Pestana Rangel Pestana Rangel Pestana Rua do Rosário
LOGRADOURO 1 Rua do Rosário Secundino Veiga Secundino Veiga Siqueira de Moraes Siqueira de Moraes Dr. Torres Neves Dr. Torres Neves Dr. Torres Neves TOTAL
LOGRADOURO 2 Av. Dr. Cavalcanti Baroneza do Japi Dr. Leonardo Cavalcanti Onze de Junho Marechal Deodoro da Fonseca Rangel Pestana Rua da Padroeira Cel. Boaventura M. Pereira Rangel Pestana Anchieta São Vicente de Paulo Vigario J. J. Rodrigues Vigario J. J. Rodrigues Anchieta Abilio Figueiredo Barao do Triunfo Rua da Padroeira São Bento Siqueira de Moraes Bernardino de Campos
TOTAL 1 3 1 1 1 1 1 1 2 1 1 3 1 1 1 1 1 2 1 1
LOGRADOURO 2 Candido Rodrigues Barão de Jundiaí Vigario J. J. Rodrigues Barão de Jundiaí Rua do Rosário Dr. Cavalcanti Prudente de Moraes Rangel Pestana
TOTAL 1 1 1 3 1 2 1 1 37
Número de atropelamentos em cruzamentos, no período entre 2012 e Junho/2014 (fonte: SMP - Prefeitura de Jundiaí)
115
7| POTENCIALIDADES E DESAFIOS
DEFINIÇÃO DO ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE O Índice de Caminhabilidade baseia-se em trajetos de percepção cidadã, trajetos técnicos e no walkscore. Trata-se de um estudo que visa criar novos modelos de comparação para um determinado trajeto e vias através da qualidade de sua caminhabilidade. PROCEDIMENTO PARA DEFINIÇÃO DO ÍNDICE CAMINHABIIDADE
116
O índice de caminhabilidade corresponde a um valor final que permite a comparação de diferentes condições urbanas das vias. Ele resulta de um método de agregação de sub-índices, no caso: as notas obtidas com a percepção cidadã e trajetos técnicos e os valores do walkscore. O índice mescla algoritmos aritméticos - dados facilmente quantificáveis - com algoritmos heurísticos - para aplicações de caráter mais subjetivo, de difícil quantificação e estipulados através de regras de decisão. Para definição do índice de caminhabilidade propõe-se a formulação de um modelo com base num procedimento de análise multicritério, que facilita na avaliação de cenários e na tomada de decisão quando se utilizam vários critérios ou indicadores, qualitativos e/ou quantitativos, combinados de forma a fornecer uma idéia mais aproximada da situação sobre a qual se pretende decidir. Assim, o índice de caminhabilidade será um valor resultante de um modelo desenvolvido com base na seguinte sequência:
iv. Quantificação do índice a partir da atribuição dos valores normalizados dos indicadores na expressão resultante do modelo formulado; Ou seja, os valores obtidos com a percepção cidadã, os trajetos técnicos e o walkscore foram somados, porém, com atribuição de pesos e correção para que ficassem todos com a mesma unidade de medida. Desta forma, o índice de caminhabilidade varia de 0 a 100 pontos. Sendo 0 a pior situação de caminhabilidade e 100 a condição ideal. Considera-se que uma via com cerca de 70 pontos já é adequada para caminhar. As vias com melhor pontuação no centro de Jundiaí chegaram a valores próximos a esse, entre 66 e 71 pontos e as vias com pior avaliação possuem valores entre 46 e 54 pontos, como é possível observar na Tabela Índice de Caminhabilidade, apresentada na próxima página. Considerando esses resultados, o objetivo da próxima fase do projeto é tentar elevar os valores do Índice de Caminhabilidade, tanto das vias com melhor pontuação, para servirem como referência de projeto, pois tem potencialidade para melhorarias; quanto das vias com pontuação mais baixa, para que ao menos ofereçam uma condição melhor de caminhabilidade nos aspectos mais importantes ligados à segurança e conforto para o pedestre.
i.Estabelecimento de uma estrutura hierárquica dos Indicadores por tipo de trajetos (cidadã, técnica e walkscore);
Assim, foram escolhidas, em cada trajeto, as duas vias com pontuação mais alta e as duas vias com a pontuação mais baixa para indicação de intervenções temporárias que possam elevar o índice de caminhabilidade e simular uma nova condição urbana das calçadas e espaços públicos.
ii.Formulação do modelo a partir da obtenção dos pesos de 1 a 6 para cada indicador, através de uma pesquisa com cidadãos e especialistas;
As vias escolhidas, suas potencialidades e desafios, são apresentados na sequência, no mapa Potencialidades e Desafios.
iii. Normalização dos valores obtidos para os Indicadores para a região de estudo;
TABELA ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE TÉCNICO PESOS GERAL
PERCEPÇÃO WALKSCORE
ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE
0,45 0,48
0,25 0,46
0,30 0,96
57
0,29 0,48 0,21 0,31 0,31 0,21 0,52 0,25
0,33 0,69 0,36 0,36 0,47 0,31 0,64 0,42
0,950 0,950 0,950 0,950 0,975 0,950 0,925 0,975
50 67 47 52 55 46 67 51
TRAJETO 1 Av Paula Penteado Barão de Jundiaí Bernardino de Campos Marcílio Dias Rangel Pestana São Bento São José Senador Fonseca
117
TRAJETO 2 Barão de Jundiaí Benjamin Constant Cândido Rodrigues Luiz Rosa Rosário Siqueira de Moraes Vigário JJ Rodrigues
0,56 0,35 0,35 0,44 0,52 0,25 0,42
0,56 0,36 0,25 0,53 0,69 0,33 0,33
0,950 0,950 0,950 0,975 1,000 0,950 0,950
68 53 51 62 71 48 56
Barão do Triunfo Leme da Fonseca
0,40 0,42
0,56 0,47
0,975 0,975
61
Marechal Deodoro Padroeira Petronilha Antunes São José Torres Neves
0,33 0,31 0,54 0,52 0,27
0,50 0,44 0,56 0,61 0,42
0,925 0,950 0,975 0,925 0,950
55 54 68 66 51
TRAJETO 3 60
RUA COM MELHOR ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE RUA COM PIOR ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE
!
DESAFIO
- Calçada de largura irregular com trechos - Leito carroçável bastante largo em muito estreitos e obstáculos. contraponto a calçadas muito estreitas com - Travessias sem rampas e não comportam o muitos obstáculos. fluxo de pedestres. - Falta de faixas de pedestres no cruzamento - Cruzamento com R. Barão de Jundiaí com Rua Rangel Pestana. é um dos RUA locais com maior número de - A presençã de semáforo no cruzamento com MARECHAL DEODORO DA FONSECA atropelamentos da cidade. a rua Barão de Jundiaí gera situação de dúvida - Na Praça dos Andradas o pedestre necessita e conflito entre pedestres e motoristas, pois é mudar de direção por conta de canteiro de uma área de calçadão. árvores e a respectiva sinalização é inadequada aos pedestres.
RUA PROF. LUIZ ROSA Hospital Público São Vicente de Paulo
NSECA
Solar do Barão de Jundiaí
PRAÇ Escola Prof. Luiz Rosa
RUA SENADOR FO
R. DA PADROEIRA
DE MORAES
Centro das Artes Sala Glória Rocha
Secretaria de Cultura de RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí
RUA DO ROSÁRIO Galeria Rosário
Clube Supermercado Jundiaiense
Largo de São Bento
Palácio da Justiça
R. DR. J. R. PEREIRA
Praça Dom Pedro II
Mosteiro de São Bento
R. 11 DE JUNHO
Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio
Praça Tibúrcio Estevam de Siqueira
INSS
Praça dos Andradas
RUA ANCHIETA
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ
!
IC 68
POTENCIALIDADE
- Rua de grande fluxo de pedestres, com concentração de comércio, equipamentos públicos e edifícios de valor histórico. - Possui um trecho de calçadão com pavimentação especial, porém ainda mantém desnível entre calçada e leito carroçável. - Possui iluminação para pedestres. - Inexistência de mobiliário urbano. - Não há arborização.
RUA BARÃO DO TRIUNFO
!
DESAFIO
R. CEL. BOAVENTURA M. PEREIRA
Cemitério Municipal N. S. do Desterro
A HENR AVENID
IQUE A
NDRÉS
Velório municipal
Praça Frederico Ozanam
R. JORGE ZOLNER
118
RUA B
ENJAM
IN CON
STANT
Fórum
Grupo Escolar Conde do Parnaíba
RUA SIQUEIRA
R. SÃO BENTO
A ESTAN
NGEL P
RUA RANGEL PESTANA
Galer Bocchino
POTENCIALIDADE
- Vista para FEPASA - Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro - Bem tombado pelo IPHAN.
Clube Grêmio C. P.
RUA RA
DESAFIO
IC 61
- Conflito entre pedestres e ônibus, pois largura das calçadas não é compatível com o fluxo de pedestres. - Faixa podotátil muito próxima do meio fio em alguns trechos. - Pavimentação regular e padronizada com rampas nas travessias, porém com ausência de faixa de pedestres na esquina com a R. Zacarias de Góes.
Terminal Central Praça da Bandeira Igreja N. S. do Rosário
Clube 28 de Setembro
CAMPOS
!
!
DESAFIO
IC 54
RUA BERNARDIN O DE
- Falta de faixas de pedestres e rampas acessíveis nos cruzamentos - Calçadas estreitas com obstáculos
RUA DA PADROEIRA
Jardim do Solar
MAPA POTENCIALIDADES E DESAFIOS
!
RUA SIQUEIRA DE MORAES IC 48
R. BARÃO DO TRIUNFO
7| POTENCIALIDADES E DESAFIOS
IC 46
R. CEL. LEME DA FONSECA
RUA SÃO BENTO
RUA TORRES NEVES
!
IC 51
RUA SÃO JOSÉ
!
DESAFIO
- Leito carroçável bastante largo em contraponto a calçadas muito estreitas com muitos obstáculos e que servem ao desembarque, de passageiros de ônibus - próximo à esquina com a Rua Vigário J. J. Rodrigues. - conflito entre pedestres e Fluxo intenso de AV. DR. CAVALCANTI veículos e ônibus na via produzem muito ruído e que atravessam tanto na faixa, quanto em outros pontos não sinalizados.
IC 66
RUA CÂNDIDO RODRIGUES
!
POTENCIALIDADE
- Eixo de ligação entre o Largo da Matriz e o Largo São José, exclusivo para pedestres. - Possui lojas de comércio e serviços bastante ativos e também um quiosque de venda de frutas de produtores locais. - Apesar do amplo espaço disponível, o único mobiliário existente são as lixeiras. - Possui iluminação para pedestres. - Parede cega na esquina com a Rua Barão de Jundiaí: pode receber algum tratamento.
IC 51
DESAFIO
- Calçadas com pavimento irregular, muito estreitas e com obstáculos. - Esquina com a R. Barão de Jundiaí funciona como ponto de ônibus intermunicipal, porém não há sinalização ou mobiliário adequado aos passageiros que aguardam em extensas filas.
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ, TEATRO POLYTHEAMA, ESCADÃO E ESPLANADA MONTE CASTELO
!
IC 68
POTENCIALIDADE
- Área com usos institucionais, valor histórico e paisagístico que pode ser potencializada com a instalação de novos usos e mobiliário urbano.
Câmara Municipal de Jundiaí
DIAÍ
A UNDIN
Gabinete de Leitura
O VEIG
E
NSECA
A PAUL
AVENIDA
RUA PETRONILHA ANTUNES IC 68
!
R. PETRONILHA ANTUNES
O NT EA D PE
RUA SENADOR FO
RUA BARONESA DO JAPI
119 Ponte Torta
R. SEC
Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
R. ENG. MONLEVAD
ÇA DA MATRIZ
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
a
Praça Rui Barbosa
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
Rio Guapev
RUA BARÃO DE JUN
SAES CAMPOS
Museu da Teatro Energia Polytheama
DE AV. ODIL
R. SÃO JOSÉ
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES
POTENCIALIDADE
- Calçadas largas com arborização. - Pavimentação regular com faixa podotátil e rampas nas travessias, mas apenas próximo ao Terminal Central. - Faz frente com a Igreja N. S. do Rosário e Clube 28.
R. BERNARDINO DE CAMPOS IC 47
!
DESAFIO
- Calçadas estreitas com obstáculos. - Não há arborização ou mobiliário urbano. - Não há rampas nas travessias.
RUA DO ROSÁRIO
!
IC 71
POTENCIALIDADE
- Rua de comércio e serviços, que faz a ligação entre as principais praças do centro. - Calçadas mais largas, padronizadas e com iluminação para pedestres no trecho entre a Pç. Rui Barbosa e R. Cel. Leme da Fonseca. - Arborização apenas nas praças.
120
PARTE III
121
1| OFICINAS PARTICIPATIVAS
CONCEITO E OFICINAS REALIZADAS CONCEITO E OBJETIVOS Oficinas sao dinâmicas de grupos, diálogos e atividades que podem ser propostas pela equipe que desenvolve o projeto, pelos responsáveis e técnicos da Prefeitura ou por iniciativas individuais ou de coletivos interessados na participação da população a respeito de algum tema específico. As oficinas têm como suporte o contêiner-oficina instalado na Praça da Matriz - praça principal da cidade e ponto central da área de estudo para este projeto. As oficinas são uma forma de divulgar o projeto e também de trazer a população para participar de seu processo. Como as oficinas acontecem dentro do próprio perímetro de projeto, elas permitem a interação dos profissionais envolvidos e da população com o lugar que se pretende estudar. Promovem a troca de conhecimento entre as equipes envolvidas no projeto e a população. Foram estabelecida uma classificação para auxiliar no entendimento das configurações e objetivos que as oficinas podem assumir e alcançar, muitas vezes em uma mesma oficina conseguimos reunir mais de um desses atributos. A classificação é a seguinte: Oficinas de Sensibilização, Oficinas de Mapeamento, Oficinas de Execução e Oficinas de Ativação, que serão detalhadas na página seguinte.
LISTA DE OFICINAS REALIZADAS Caminhada “Seu olhar para o Centro” Arte Fora do Museu Mapas Afetivos Wikipraça Redes e Territórios Wikipraça Cidades Emocionais - Centro de Jundiaí Wikipraça Cidades Emocionais - Praça dos Andradas Cartograffiti Oficina com Técnicos das Secretarias da Prefeitura de Jundiaí RedOcara Arquitetura para criança – caminhada com alunos da EMEB Gasparian Acupuntura Urbana – Produção de placas com alunos da EMEB Rotary Club Oficina de Paraciclos - Localizações e Critérios Caminhada Coordenadoras Pedagógicas SME Mapeamento de Economia Criativa Oficina “Jundiahy – Centro Histórico Interfluvial” Oficina Cultivando Jundiaí Expedições Urbanas - Walkability Trajetos Técnicos Medições Técnicas Oficina Espaço Público - Praça da Matriz Oficina Espaço Público - Calçadões Oficina Espaço Público - Praça Rui Barbosa Oficina de marcenaria 1 - Praça da Matriz Oficina de marcenaria 2 - Praça da Matriz Oficina de marcenaria 3 - Calçadões Oficina de marcenaria 4 - Praça Rui Barbosa
1| OFICINAS PARTICIPATIVAS
CLASSIFICAÇÃO DAS OFICINAS SENSIBILIZAÇÃO As oficinas de sensibilização são úteis para divulgar o projeto e estimular a participação da população. O objetivo é despertar um novo olhar para a cidade e sensibilizá-las para o debate sobre o tema da caminhabilidade e da apropriação dos espaços públicos pelas pessoas. Para quem desenvolve o projeto as oficinas também servem à sensibilização no sentido que são meios e diferentes formas de ouvir as pessoas que se relacionam com o lugar que estamos estudando. Através da oficina é possível observar a dinâmica dos espaço públicos - ou seja observar as pessoas em sua dimensão, interação e papel públicos. A experiência in loco é uma maneira de conhecer a vida e a rotina do lugar - que resultam de seus usos e atividades, das pessoas e do clima. A presença e interação com o lugar é uma forma de trabalhar com informações observadas e vivenciadas ao invés de pré-concepções realizadas à distancia ou baseadas em teorias e estudos de contexto diferente.
124
MAPEAMENTO Consiste em anotar informações ou acontecimentos numa planta do espaço que está sendo estudado e é uma ferramenta que ajuda na leitura do espaço e para entender quais locais se deve intervir. O mapeamento pode conter, basicamente, qualquer tipo de informação física sobre temas variados como, por exemplo, pontos positivos e negativos de determinado local ou edifício, apontados pela opinião da população ou por quem está desenvolvendo o projeto. Essa técnica também é importante para apontar dinâmicas: quais locais são mais ocupados e como são ocupados, onde as pessoas permanecem por mais tempo ou onde há vazios. Pode ser registrado o movimento do local, de pessoas ou veículos, para estudo de como funciona o fluxo: qual a quantidade, intensidade, direção, origem-destino, etc. Dessa maneira, se pode dizer quais são os fluxos principais, quais são secundários, quais são os principais acessos, quais áreas tem pouco movimento e precisam ser mais ocupadas, etc. O mapeamento pode ser feito em dias e horários diferentes, para que se tenha um quadro variado das dinâmicas que essas diferentes situações proporcionam.
DIAGNÓSTICO O diagnóstico pode ser obtido através de variadas abordagens e atividades, sempre buscando identificar quais são os problemas a serem resolvidos e potencialidades dos locais. Pode ter abordagens mais subjetivas, como levar em consideração a opinião e percepção da população, observando as sensações destas, ou pode ter um aspecto mais técnico, com a participação de pessoas especializadas, que já possuem um olhar mais direcionado e crítico quanto ao espaço e o objeto de estudo. Ambas abordagens são importantes e complementares. No caso do diagnóstico técnico, podem ser utilizados instrumentos, para medir fatores ambientais como temperatura, luz, ruído, que também devem ser levados em consideração no momento futuro da intervenção e compõem o índice de caminhabilidade.
EXECUÇÃO As oficinas de execução permitem a transformação do espaço público, de forma temporária ou permanente, como por exemplo, através da instalação de novo mobiliário urbano em uma praça. A ideia é modificar a dinâmica e a percepção das pessoas em relação ao espaço público com uso de materiais simples e ações pontuais.
ATIVAÇÃO Tem como intuito ativar o espaço público, ou seja atrair as pessoas para a rua através de novos usos e atividades. Promover maior socialização de pessoas com diferentes interesses. Desta forma a cidade serve ao aprendizado e como potencializadora da cultura. Através destas oficinas também aproveitaremos para testar os projetos-piloto e avaliar a caminhabilidade das vias antes e depois das intervenções. As oficinas foram propostas tanto pelos profissionais envolvidos no projeto quanto por coletivos e artistas que queiram se apresentar ou propor intervenções no espaço público.
125
1| OFICINAS PARTICIPATIVAS
LINHA DO TEMPO Inauguração do container Urbanismo Caminhável na Praça da Matriz
15
Trajetos Técnicos
3 e 11
Oficina Estudo do Espaço Público - Praça da Matriz
11
126
MAIO
16
Caminhada “Seu olhar para o Centro”
22, 23 e 25
Expedições Urbanas - Walkability
6
Oficina Parklets
Oficina de Marcenaria 1 Praça da Matriz
13
Wikipraça Cidades Emocionais - Praça dos Andradas
Wikipraça Redes e Territórios
26
13
127
JUNHO
8
Arte Fora do Museu
JULHO
15
Mapas Afetivos
27
Wikipraça Cidades Emocionais Centro de Jundiaí
4
Oficina de Paraciclos Localizações e Critérios
1| OFICINAS PARTICIPATIVAS
LINHA DO TEMPO
Oficina Cartograffiti
Oficina de Marcenaria 2 Praça da Matriz
17
18
Oficina Espaço Público Calçadões
24
128
JULHO
17
Inauguração do Parklet 1
21
Oficina Acupuntura Urbana: Cidade Sentida
28
Oficina Acupuntura Urbana: Cidade Memória
Oficina RedOcara Arquitetura para crianças
Oficina de Marcenaria 3 - Calçadões
29
Oficina “Jundiahy – Centro Histórico Interfluvial”
1
7
129
AGOSTO
31
Oficina Espaço Público - Praça Rui Barbosa
31
Oficina com Técnicos das Secretarias da Prefeitura de Jundiaí
4
Acupuntura Urbana – Caminhada e produção de placas com alunos da EMEB Rotary Club
1| OFICINAS PARTICIPATIVAS
LINHA DO TEMPO
Oficina Cultivando Jundiaí
Caminhada Coordenadoras Pedagógicas SME
8
14
130
AGOSTO
8
Oficina Circuito Cultural Jundiaí Mapeamento de Economia Criativa
22
Oficina de marcenaria 4 Praça Rui Barbosa
Inauguração do 2º parklet
06
131
NOVEMBRO
14
Oficina de Cartografitti Intervenção
2 | OFICINAS REALIZADAS
CAMINHADA “SEU OLHAR PARA O CENTRO” ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DOS PONTOS AGRADÁVEIS E DOS PONTOS QUE PRECISAM DE MELHORIAS NA CIDADE 132 AJUDA A APONTAR QUE TIPO DE INTERVENÇÕES A POPULAÇÃO DESEJA PARA MELHORAR A CAMINHABILIDADE
DATA: 16/maio – Sábado, 09h30 às 13h00 RESPONSÁVEL: Thaísa Froes DESCRIÇÃO: O objetivo era observar o centro com olhos da população. O percurso foi escolhido conjuntamente de acordo com os lugares sugeridos pelos participantes. METODOLOGIA: Durante a caminhada, os participantes anotaram no mapa lugares e aspectos das calçadas e dos espaços públicos que consideram agradáveis e outros que necessitam de melhorias. Na volta ao contêiner, essas observações foram transferidas para o mapa coletivo. Em relação aos aspectos negativos, os participantes foram
convidados a esboçar o maior número possível de ideias para amenizar os problemas encontrados. Algumas das sugestões apontadas foram: priorizar aos pedestres; plantio de árvores; melhoria dos passeios públicos; a instalação de placas com informações históricas; a preservação da Casa Rosa; além de possibilidade de instalações de infraestrutura elétrica subterrânea. As observações, ideias e comentários expressados pelos participantes nos ajudam a conhecer melhor as pessoas que habitam e visitam o centro - seus anseios, interesses e prioridades.
133
Participantes durante o percurso realizado e resultado mapa levantado com os problemas apontados como calçadas estreitas, piso sem manutenção, falta de mobiliário urbano, etc.
2 | OFICINAS REALIZADAS
ARTE FORA DO MUSEU ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEIA OBRAS DE ARTE E EDIFÍCIOS DE IMPORTÂNCIA HISTÓRICA, DISPONIBILIZANDO O LEVANTAMENTO EM PLATAFORMA ONLINE
DATA: 08/junho – Segunda-feira, 14h30 às 16h00 134
RESPONSÁVEIS: Felipe Lavignatti e André Deak – Liquid Media Laab DESCRIÇÃO: A oficina colaborativa de Mapeamento Urbano de Arte tem como objetivo concretizar para a comunidade um roteiro para visitação das intervenções de arte urbana presentes no centro da cidade mas que podem ser replicadas pra todos os bairros de Jundiaí. METODOLOGIA: Para ensinar as maneiras de realizar esse mapeamento foram convidados Felipe Lavignatti e André Deak, idealizadores do projeto Arte Fora do Museu que busca valorizar a arte pública e já alcançou mais de 300 cidades dentro e fora do Brasil. O mapeamento tem como foco dois pontos principais: catalogar os trabalhos presentes em praças e ruas dessas regiões, reforçando sobre a importância da sua preservação e ocupação de tais espaços a partir de propostas de circuito para visitação dessas “Galerias de Artes Abertas” já existentes na cidade, e na disponibilização dessas informações para o público geral. Num primeiro momento através da disponibilização
desse mapeamento coletivo resultado da oficina na plataforma do Arte Fora do Museu. Para tanto, a oficina tem como conteúdo a apresentação do histórico de mapas desde o princípio da humanidade até o uso digital e também a apresentação do Arte Fora do Museu e do contexto da arte urbana em suas mais variadas formas. Os participantes são envolvidos para captura de fotos pelas ruas e upload automático por meio do uso de #, além da pesquisa sobre cada uma das obras, com detalhes técnicos e históricos. Um passeio pela cidade que resulta num mapeamento de arte que pode ser utilizado depois a qualquer momento por qualquer pessoa. MAPEAMENTO REALIZADO: Em um passeio partindo da praça em frente à matriz, as pessoas foram em direção à Ponte Torta e voltaram ao ponto inicial. A ideia era tirar fotos e colocar no mapa obras de arte da cidade que passam despercebidas no cotidiano. No caminho, notamos a riqueza da arquitetura das fachadas do centro. O estilo Art Deco é notado com mais frequência, como no antigo Cine Marabá. Destaque para dois pontos históricos da cidade que não constavam desta lista de obras de arte que já está presente em mais de 100 cidades em todo o mundo: Ponte Torta e Teatro Polytheama. Agora, o usuário do site poderá ver detalhes como ano de construção, arquiteto e uma sinopse detalhada de cada uma dessas obras. Teatro Polytheama, inclusive, é o último trabalho de restauração da arquiteta Lina Bo Bardi. Adesivos foram colocados em frente às obras mapeadas pelos participantes, convidando para conhecer detalhes daquela obra por meio de QRCode que leva diretamente para a página de Jundiaí no projeto. Mais de 20 pontos foram inseridos nesse processo de duas horas de passeio.
135
Ao acessar o site “Arte Fora do Museu” e buscar pela cidade de Jundiaí, o visitante consegue visualizar no mapa os pontos de interesse listado, como o Teatro Polytheama (imagem ao lado). Além disso, o site exibe maiores informações sobre o ponto de interesse (imagem acima)
2| OFICINAS REALIZADAS
OFICINA MAPAS AFETIVOS CONTRIBUI PARA A CONSTRUÇÃO DE MEMÓRIA COLETIVA DA CIDADE.
MAPEIA PONTOS DA CIDADE COM OS QUAIS OS HABITANTES TEM VÍNCULOS AFETIVOS.
DATA: 15/junho – Segunda-feira, 14h30 às 17h00 136
RESPONSÁVEIS: André Deak e Felipe Lavignatti – Liquid Media Laab OBJETIVO: O objetivo da oficina era mapear pontos da cidade com os quais os habitantes tenham algum vínculo afetivo, para construir e manter uma espécie de memória coletiva da cidade. DESCRIÇÃO: Quais histórias um lugar pode contar sobre você? Cidades não são feitas apenas de concreto, mas sobretudo de pessoas e suas histórias. Pessoas ocupam um território e é nele que suas vidas acontecem. E as histórias nos conectam uns aos outros. Trazem empatia ao dia a dia. Assim, um lugar que não era importante talvez mereça ser preservado, se soubermos que faz parte da narrativa de uma mãe e sua filha, ou de um casal que se apaixonou. Este foi o ponto de partida para construirmos o projeto Mapas Afetivos. Ao exercício de mapear, que é antigo (mapas estão entre os pictogramas mais antigos do homem), reconhecemos a nós mesmos quando sabemos onde estamos. Talvez por isso, milhares de anos depois de deixarmos as cavernas, ainda gostamos de desenhar
mapas. Sobretudo num século cada vez mais fragmentado, alguns dirão líquido, a cartografia traz alguma segurança, concreta, de que apesar de tudo mudar o tempo todo, pelos menos a latitude e a longitude ainda são dados fixos. Saber onde estamos é o primeiro elemento para começar a descobrir para onde ir, para trilhar um caminho em direção a um norte, um destino. Mesmo que, para muitos, esse norte seja o sul. E foi num trabalho de alguns vizinhos do sul onde buscamos inspiração para o workshop Mapas Afetivos. Utilizamos a técnica de mapeamento desenvolvida pelos argentinos do coletivo Iconoclasistas. Cada um dos oficineiros vai escolher imagens, ícones ou realizar desenhos e colagens sobre mapas da cidade, destacando espaços importantes para suas histórias de vida. Lugares que às vezes são considerados periferia, podem mostrar-se centrais para muitas vidas. Quem é que determina onde é o centro de um mapa, afinal? O intuito da oficina é estimular os participantes a revelar onde sua memória se conecta com lugares, ruas e bairros. MAPEAMENTO REALIZADO: O passeio pelo centro da cidade começou em frente à praça da Matriz indo em direção ao largo de São Bento. Neste trajeto, os participantes da oficina foram convidados a contar suas histórias em frente aos pontos onde viveram alguma emoção. Foi tirada uma foto de cada participante segurando uma foto Polaroid do local onde houve a experiência afetiva. Cada um dos depoimentos foi registrado e colocado em nosso mapa colaborativo via a rede social Instagram usando a #mapasafetivos. Além disso, foram espalhados adesivos do projeto convidando as pessoas a contar suas histórias também, além de linkar para a página da cidade. Até então, das quase mil histórias do site, nenhuma era em Jundiaí. A partir do mapeamento e da distribuição dos adesivos pela cidade e aos participantes, conseguimos ampliar o alcance.
137
Participantes e responsรกveis pela oficina sobre o mapa com percursos realizados e os pontos assinalados.
2 | OFICINAS REALIZADAS
OFICINA MAPAS AFETIVOS
138
O depoimento da pessoa é inserido no mapa colaborativo, que pode ser visto no site “Mapas Afetivos” e fica vinculado àquele local.
139
Adesivos colados espalhados pela cidade convidam as pessoas a participarem do mapa colaborativo, contando sua prรณpria histรณria, vivida em algum lugar da cidade.
2 | OFICINAS REALIZADAS
OFICINA WIKIPRAÇA - REDES E TERRITÓRIOS APRESENTA DIFERENTES FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO, QUE PODEM CONTRIBUIR PARA DIAGNÓSTICOS E PARA O PLANEJAMENTO.
DATA: 26/junho – Sexta-feira, 15h00 às 17h00 – Solar do Barão RESPONSÁVEIS: Bernardo Gutiérrez e Gustavo Seraphim – Wikipraça SP
140
DESCRIÇÃO: O objetivo é apresentar ferramentas digitais – programas, aplicativos e redes sociais – que podem ajudar a mobilizar as pessoas para participação e envolvimento em eventos e atividades coletivas. METODOLOGIA: Foram apresentadas ferramentas digitais para mapeamento e mobilização de pessoas que queiram promover eventos e ações de engajamento com a cidade. Trouxeram também alguns casos e exemplos de mobilização de grupos e coletivos. Foi proposta uma conversa sobre as possibilidades mais apropriadas para o grupo e território de estudo do Urbanismo Caminhável.
Apresentação das ferramentas digitais utilizadas pelos colaboradores do “Wikipraça”
OFICINA WIKIPRAÇA - CIDADES EMOCIONAIS - CENTRO DE JUNDIAÍ ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
possibilitando a atualização posterior dos participantes com mais informações (texto, fotos, vídeos e links), bem como a possibilidade de ampliar os dados e qualificar as conexões e visualização, para que se adeque ao melhor uso de todos, estimulando um mapeamento contínuo da cidade.
MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DE LOCAIS QUE A POPULAÇÃO JULGUE RELEVANTE, APONTANDO ÍCONES, PERNOSAGENS, USOS E COSTUMES, PROBLEMAS E CONFLITOS, SONHOS E DESEJOS.
DIAGNÓSTICO DOS CONFLITOS E POTENCIALIDADES DOS LOCAIS, ATRAVÉS DAS SUGESTÕES E OPINIÃO DA POPULAÇÃO.
DATA: 27/junho – Sábado, 10h00 às 13h00 RESPONSÁVEIS: Gustavo Seraphim e Bernardo Gutiérrez – Wikipraça SP DESCRIÇÃO: O objetivo da oficina é realizar um mapeamento coletivo da região e construção de cartografia colaborativa e criativa do centro de Jundiaí. METODOLOGIA: Convidamos os participantes a expor e comentar suas relações e histórias com o centro de Jundiaí. A partir dos relatos das pessoas identificam e apontam, no mapa, os ícones, personagens, usos e costumes, problemas e conflitos, sonhos e desejos, entre outros. Como produto, desenvolveu-se a construção do Mapa Mental do Centro Histórico de Jundiahy. A partir das informações apresentadas por todos durante a atividade, preparou-se a estrutura básica do mapa, em uma plataforma online dinâmica,
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OFICINA WIKIPRAÇA - CIDADES EMOCIONAIS PRAÇA DOS ANDRADAS ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DE LOCAIS QUE A POPULAÇÃO JULGUE RELEVANTE, APONTANDO ÍCONES, PERNOSAGENS, USOS E COSTUMES, PROBLEMAS E CONFLITOS, SONHOS E DESEJOS.
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DIAGNÓSTICO DOS CONFLITOS E POTENCIALIDADES E DOS LOCAIS, ATRAVÉS DAS SUGESTÕES E OPINIÃO DA POPULAÇÃO.
DATA: 13/julho – Segunda-feira, 14h30 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Gustavo Seraphim – Wikipraça SP DESCRIÇÃO: O objetivo da oficina é realizar o mapeamento coletivo e construção de cartografia colaborativa e criativa da Praça dos Andradas no centro de Jundiaí. detalhar complementar o mapeamento do centro METODOLOGIA: A atividade foi realizada na própria Praça dos Andradas, local de importância histórica, e que abriga diversas atividades em seu entorno como restaurantes, cafés, lojas e espaços culturais. Realizada junto com a população, tinha o objetivo de desenvolver um mapa colaborativo da praça, complementando o mapa do centro histórico. Como o edifício instalado na praça será reformado, esta oficina também teve o intuito de ouvir os desejos e atividades que a população gostaria que ocorressem na praça. Os participantes indicaram a volta de um parque infantil, a realização de feiras de arte e a preservação do local e sua memória.
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Imagem do mapa online gerado pelas oficinas Wikipraça. O mapa Ê colabortaivo e pode ser acessado no link: https://kumu.io/guseraphim/jundiahy-centro-historico#jundiahy-centro-histórico
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OFICINA DE PARACICLOS - LOCALIZAÇÃO E CRITÉRIOS ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
APONTA LOCAIS ONDE A POPULAÇÃO DESEJA INSTALAR O MOBILIÁRIO PROPOSTO, NO CASO O PARACICLO.
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CONTRIBUI PARA O DIAGNÓSTICO DO TRANSPORTE DE BICICLETA E OS PONTOS QUE NECESSITAM DE INFRAESTRUTURA PARA ESSE MODAL.
DATA: 04/julho – Sábado, 10h00 às 12h00 RESPONSÁVEL: Ana Maria Boschi e Karen Nitsch Mazzola (SMPMA da Prefeitura de Jundiaí) DESCRIÇÃO: Oficina para discutir os locais mais adequados para a instalação de paraciclos (suportes para estacionar bicicletas) no centro de Jundiaí e em seu entorno até os limites da ferrovia e da Avenida 9 de Julho, estendendo até a Vila Arens. METODOLOGIA: A primeira parte da oficina teve caráter introdutório a respeito da bicicleta como meio de transporte. Discutiu-se as necessidades técnicas e cuidados que se deve ter ao instalar os paraciclos. Após os esclarecimentos e diretrizes iniciais, os participantes foram convidados a sugerir e discutir os locais mais propícios para a instalação dos paraciclos que conciliem o atendimento aos ciclistas em relação aos
seus principais destinos, a segurança para estacionar a bicicleta e também o cuidado para que o paraciclo não obstrua ou dificulte o percurso de pedestres nas calçadas e praças. Ao final, foram apresentados o diagnóstico da situação do transporte por bicicleta no município e os planos e estudos que estão em desenvolvimento em Jundiaí sob responsabilidade do Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários.
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Participantes apontam no mapa a classificação das vias (se são fáceis ou difíceis de pedalar) e qual a localização desejada para a instalação de novos paraciclos.
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OFICINA CARTOGRAFFITI ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DE POSSÍVEIS SUPORTES PARA A EXECUÇÃO DO GRAFITE.
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CONTRIBUI PARA O DIAGNÓSTICO DA CONSERVAÇÃO DOS MUROS E FACHADAS DO CENTRO.
DATA: 17/julho - Sexta-feira, 15h00 às 17h30 RESPONSÁVEIS: Mauro Neri DESCRIÇÃO: Oficina sobre graffiti e sua relação com a cidade. METODOLOGIA: Apresentação do tema graffiti e discussão sobre sua relação com a cidade e com seus agentes. Também discutiu-se sobre os temas a serem retratados pelo graffiti no centro de Jundiaí. E também foi realizada uma caminhada pela Rua Barão de Jundiaí até a Ponte Torta para exemplificar a discussão dos temas e para mapear possíveis suportes para a realização de graffiti. Participou da oficina um público bastante diversificado de pessoas, desde crianças e jovens, até antigos moradores do centro, bem como alguns técnicos da SMPMA. A
oficina gerou uma discussão bastante rica e reveladora a respeito de arte urbana e das particularidades do grafite e da pixação. Durante a caminhada, foi escolhido um muro de um terreno público, próximo à Ponte Torta, para receber o grafite em uma segunda oficina com a participação de grafiteiros de Jundiaí.
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OFICINA CARTOGRAFFITI ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
acompanhada por outro grupos como os estudantes de pedaogiga da Unianchieta que fizeram trabalho sobre o aprendizado dos artistas em redes abertas de informação com outros grafiteiros, desenhistas, tatuadores e publicitários. O trabalaho também teve apoio do Coletivo Hip Hop e também de artistas ligados à Galeria de Arte Pública G9.
DURANTE A EXECUÇÃO OCORRE TAMBÉM A ATIVAÇÃO DO ESPAÇO, CHAMANDO A ATENÇÃO DAS PESSOAS, QUE PODEM ACOMPANHAR E CRIAR OUTRO OLHAR SOBRE O ESPAÇO EXISTENTE.
Os participantes destacaram que desenvolvem esse trabalho há muitos anos em diversas cidades, mas lembraram que agora existe um olhar de setores da Prefeitura de Jundiaí para a importância da arte urbana. Ou seja, essa ação reconhece e reforça a arte do graffiti e sua participação no cenário urbano, bem como seus artistas.
EXECUÇÃO DE INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS NO MURO ESCOLHIDO. 150
DATA: 14/novembro - Sábado, 9h00 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Mauro Neri DESCRIÇÃO: Oficina sobre graffiti e sua relação com a cidade. Última oficina realizada, a segunda parte da oficina de Cartograffiti encerra o ciclo dessa primeira etapa do projeto Urbanismo Caminhável. A oficina foi realizada em parceria com a Secretaria de Cultura e a Coordenadoria da Juventude. Dando continuidade à oficina anterior, foi realizada uma intervenção artística utilizando a técnica do graffiti numa área pública próxima à Ponte Torta. A participação era voltada para integrantes de coletivos de Jundiaí relacionados ao tema, inclusive em projetos anterior ou em andamento. Mesmo assim, a execução da intervenção foi
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OFICINA COM TÉCNICOS DAS SECRETARIAS DA PREFEITURA DE JUNDIAÍ SENSIBILIZA OS AGENTES DO PODER PÚBLICO. ESSA SENSIBILIZAÇÃO É IMPORTANTE PARA QUE OS TÉCNICOS TENHAM UM OLHAR MAIS PRÓXIMO AO DA POPULAÇÃO AO TOMAR DECISÕES. E TAMBÉM PROMOVE A TROCA DE CONHECIMENTO ENTRE AS EQUIPES. CONTRIBUI PARA O LEVANTAMENTO DE PONTOS PROBLEMÁTICOS, QUANTO À MOBILIDADE DA CIDADE.
deles analisar: sinalização e travessias de pedestres; largura de calçadas e contagem de pedestres; e acessibilidade universal. Este último grupo realizou o percurso com cadeira de rodas para poder ter uma experiência mais próxima da realidade dos cadeirantes que circulam no centro. As principais observações apontadas pelos participantes foram: - calçadas estreitas e com obstáculos que impedem a circulação de cadeira de rodas; - cruzamentos sem faixas de travessia para o pedestre;
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APONTA QUAIS SÃO OS LOCAIS QUE NECESSITAM DE INTERVENÇÃO QUANTO AO TEMA DA MOBILIDADE URBANA E DA ACESSIBILIDADE.
DATA: 31/julho - Sábado, 14h00 às 16h30 RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaísa Froes DESCRIÇÃO: Realização de percursos, juntamente com técnicos das secretarias da Prefeitura de Jundiaí, para avaliação da mobilidade urbana e acessibilidade na escala do pedestre. METODOLOGIA: O Objetivo era a troca de conhecimento técnico a respeito da mobilidade e também sensibilizar os técnicos, colocando-os no lugar da população, para avaliar a mobilidade e a acessibilidade para o pedestre. O percurso passou pelos pontos mais críticos apontados pelo diagnóstico relaizado ao longo do projeto. Os participantes se dividiram em três grupos para em cada um
- rampas nas esquinas e faixas podotátil necessitam manutenção e adequação.
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OFICINA RED OCARA - ARQUITETURA PARA CRIANÇAS ENVOLVE AS CRIANÇAS NA DISCUSSÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, FAZENDO COM QUE VEJAM O ESPAÇO DE FORMA DIFERENTE E REFLITAM SOBRE O USO DO ESPAÇO.
CONVIDA AS CRIANÇAS A UTILIZAREM O ESPAÇO PÚBLICO, SE APROPRIANDO DELE DE MANEIRA COOPERATIVA E COLETIVA.
DATA: 29/julho - Quarta-feira, 8h00 às 11h00 154
RESPONSÁVEIS: Irene Quintáns - Red Ocara
sincronização entre as crianças. Ao chegar ao lugar indicado, a tela é pendurada com pregadores, construindo um teto e paredes onde habitar. A oficina encerra com uma brincadeira ou música cantada pelas crianças participantes, dentro de sua Casa da Música. A oficina trabalha de forma lúdica e artística o jogo cooperativo para um interesse coletivo. Cooperando entre todos é feita a “casa” onde depois é possível contar história, brincar ou simplesmente, ficar embaixo com os amigos parceiros de obra. A segunda proposta, “Desenhando você”, também são trabalhados os mesmos conceitos de interesse coletivo, jogo cooperativo para conseguir um bem comum e promover a cultura da cooperação.
METODOLOGIA:
As crianças expressam a sua opinião através da arte personalizada na sua silhueta corporal. Deitam no chão, o outro colega desenha a silhueta com um giz que depois são coloridas com tinta. Em seguida recortam um círculo no local do rosto. Transportam cada silhueta até um local da praça para ser pendurado, brincam e tiram fotos com o rosto por trás das silhuetas.
A oficina foi realizada com duas propostas simultâneas: “Casa da Música” e “Desenhando você”.
O material produzido ficou exposto na praça durante alguns dias convidando e promovendo a brincadeira com outras crianças e atraindo a atenção dos adultos.
DESCRIÇÃO: Oficinas com participação dos alunos do ensino fundamental I da EMEB Marcos Gasparian. O objetivo é envolver a criança com o espaço público e promover a reflexão e conexão da criança com esse espaço e sua produção coletiva.
Na primeira, “Casa da Música”, as crianças amassam uma grande folha de papel craft fornecido, para que este se adapte melhor ao barbante e fique mais maleável para criar formas. Em seguida, as crianças pintam o papel desamassado livremente, criando uma grande tela que une todos os desenhos e expressões individuais de cada criança. Depois, essa grande tela é transportada em conjunto, o transporte exige trabalho de equipe e
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CAMINHADA COORDENADORAS PEDAGÓGICAS SME ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
DATA: 14/agosto - Sexta-feira, 8h00 às 11:00 /14:00 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Alexandre Augusto de Oliveira (Museu Histórico e Cultural de Jundiaí), Thaísa Fróes, Ana Maria Boschi (SMPMA), Claudete Formis (Supervisora Educação Ambiental), José Arnaldo de Oliveira. 156
DESCRIÇÃO: Caminhada pelo Centro de Jundiaí, realizada com as coordenadoras pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação para análise histórica e de caminhabilidade. METODOLOGIA: Os participantes eram estimulados a buscar explicações sobre as transformações ocorridas na cidade, de ordem social, topográfica, geográfica, econômica, etc. Em cada ponto de parada no percurso proposto, os participantes deveriam comparar fotografias ou cartões postais do século passado com o estado atual. Durante o percurso, os participantes também deveriam atentar para aspectos relacionados à caminhabilidade como: qualidade das calçadas, semáforos, travessias, sinalização, edificações e seu uso, sensação térmica e ruído. Também foi proposta uma reflexão a respeito do uso das imagens como recurso didático, levando em consideração o recorte da realidade que a fotografia faz através da interpretação e intencionalidade do fotógrafo naquele momento histórico.
O fechamento foi feito no Solar do Barão, com a sistematização e exposição das reflexões que foram anotadas ao longo do percurso.
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OFICINA “CIRCUITO CULTURA JUNDIAÍ” MAPEAMENTO DE ECONOMIA CRIATIVA ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
CRIA UM MAPA COLABORATIVO DOS LOCAIS CLASSIFICADOS COMO ECONOMIA CRIATIVA.
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DATA: 8/agosto – Sábado, 10h00 às 12h00 RESPONSÁVEIS: Daniel Motta - Coletivo Zona Cultural de Jundiaí DESCRIÇÃO: Caminhada para mapear os pontos de economia criativa do centro da cidade. CONCEITO: A Economia Criativa compreende setores e processos que têm como insumo a criatividade, em especial a cultura, para gerar localmente e distribuir globalmente bens e serviços com valor simbólico e econômico. Existem variações na abrangência do conceito, mas podemos dividir em alguns setores: Arquitetura, Artes, antiguidades, Publicidade, Artesanato, Design, Moda, Cinema e Vídeo, Música, Artes Cênicas (Performing Arts), Editoração e Publicações, Softwares de lazer, Rádio, Televisão, Fotografia e Gastronomia. METODOLOGIA: O trajeto da caminhada foi pré-definido para englobar áreas do centro que já apontavam atividades ligadas à economia criativa: rua do Rosário, Rua São Bento e Rua Prudente de Moraes, onde se localizam ateliers e grupos culturais. Os
participantes foram divididos em três grupos, cada um deles deveria mapear: 1- Setores Instalados - atividades e usos em funcionamento: Artes (Músicos, Grupos de Teatro, Dança, etc); Mercado (Escritórios de Arquitetura, Design, Publicidade); Audiovisual (Estudios, editoras, Tv, Jornais); Inovação (Gastronomia, Softwares). 2- Arquitetura e Patrimônio: Estilos e períodos arquitetônicos; Paisagem. 3- Potencial Cultural - edifícios e áreas subutilizados e com potencial para ocupação pela economia criativa: espaço para clusters, ensaios ou ateliers. Os dados coletados foram inseridos no mapa digital colaborativo do Coletivo Zona Cultural de Jundiaí, que pode ser consultado e atualizado através do link: https://www. google.com/maps/d/viewer?mid=zuCRIQt1zXwM.kN_WxZfhkUgU
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Mapa Economia Criativa gerado por este levantamento pode ser acessado em: https://www.google.com/maps/d/ viewer?mid=zuCRIQt1zXwM.kN_WxZfhkUgU
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OFICINA “JUNDIAHY – CENTRO HISTÓRICO INTERFLUVIAL” ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DE CAMINHOS EXCLUSIVOS PARA PEDESTRES QUE NÃO CONSTAM EM MAPAS OFICIAIS.
DATA: 7/agosto - Sexta-feira, 15h00 às 17h00 160
RESPONSÁVEIS: José Arnaldo de Oliveira DESCRIÇÃO: Oficina aborda a história e desenvolvimento de Jundiaí a partir de seus cursos d’água. O objetivo é resgatar a memória dos rios da cidade e promover uma reflexão sobre o tema com a população. METODOLOGIA: Foram expostos aspectos históricos da cidade de Jundiaí, e a história de sua ocupação a partir da Colina Histórica, determinada pelos rios Jundiaí, Guapeva e Córrego do Mato. O traçado urbano atual do Centro remete à épocas passadas, calçadas estreitas, ruas residenciais sem saída ou traçados surgidos para transporte não motorizado. Esses traçados foram se perpetuando ao longo do tempo, até os dias atuais. Durante a oficina, foram realizados levantamentos de trechos exclusivos para pedestres como escadarias, calçadões, vielas, passarelas ou passagens sobre os trilhos que não constam em mapas oficiais. A dinâmica estimulava os participantes a mentalmente visualizar os bairros, referências e símbolos que seriam encontrados no caminho em direção ao rio mais próximo. Foi um bom exercício de localização tendo como referência os elementos geográficos da paisagem.
OFICINA CULTIVANDO JUNDIAÍ ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
FAZ COM QUE A POPULAÇÃO SE ENVOLVA COM O ESPAÇO ATRAVÉS DE ATIVIDADES NOVAS, INTERAJA ENTRE SI E SE APROPRIE DO MOBILIÁRIO NOVO.
PERMITE QUE A POPULAÇÃO PARTICIPE ATIVAMENTE DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO
DATA: 8/agosto – Sábado, 14h30 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Pedro Paulino DESCRIÇÃO: Plantio de mudas de plantas no centro da cidade. METODOLOGIA: Os volutários plantaram mudas de árvores e de plantas aromáticas em vasos no calçadão e também nas floreiras dos bancos criados na oficina de marcenaria, instalados na Praça da Matriz e na Rua Barão de Jundiaí - em frente ao Solar do Barão, ao antigo Cine Ipiranga e à Casa da Cultura. As mudas de árvores, forrações, terra e pedrisco foram cedidas pelo Viveiro de Plantas da Prefeitura e as mudas aromáticas plantadas no banco-horta foram doadas por Marcelo Pilon, um apoiador da oficina.
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OFICINA ACUPUNTURA URBANA - CIDADE SENTIDA PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE DO ESPAÇO, PERMITINDO QUE AS PESSOAS O VIVENCIEM POR MEIO DE OUTROS SENTIDOS E SENSAÇÕES.
CONVIDA OS ALUNOS A UTILIZAREM O ESPAÇO PÚBLICO, SE APROPRIANDO DELE DE MANEIRA COOPERATIVA E COLETIVA.
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DATA: 21/julho – Terça-feira, 8h30 às 11h00 RESPONSÁVEIS: Inês Fernandes - Acupuntura Urbana DESCRIÇÃO: Oficina realizada com alunos da escola municipal EMEB Rotary Club. A proposta foi estimular uma outra forma de olhar e se relacionar com os espaços públicos, afinar as relações de confiança, afeto e cuidado com o outro, que se refletem na relação que temos com a cidade. METODOLOGIA: Na primeira das três oficinas realizadas pelo grupo Acupuntura Urbana, os alunos da EMEB Rotary Club saíram vendados pela praça Governador Pedro de Toledo, no Largo da Matriz. O objetivo era que os alunos vendados, com auxílio dos colegas de turma, se conectassem com as sensações e emoções presentes nos espaços. Desta forma, poderiam sentir o local de uma maneira nova e diferente, através do olfato, audição e tato. De acordo com o projeto Acupuntura Urbana, antes de existirem no mundo fisicamente, todos os espaços públicos ou privados são construídos primeiramente no campo
afetivo. Considerar essas memórias é uma forma de reconhecer e validar as pessoas que se relacionam com esse espaço, como seus criadores e, portanto, corresponsáveis por sua existência e eficiência no mundo” e isso pode ser trabalhado com mudanças colaborativas. A variedade de ações reflete a própria complexidade da retomada dos espaços públicos pela comunidade. Nesse sentido, a adivinhação de direções de olhos vendados ou a “leitura” de placas de praça com os dedos pode ser uma forma de estimular a redescoberta dessa curiosidade de crianças e adultos. Outra expectativa desse tipo de oficina é reforçar a relação entre a escola e a cidade, criando um vínculo de apropriação entre os alunos e o espaço público.
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OFICINA ACUPUNTURA URBANA - CIDADE MEMÓRIA ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA. APROXIMA OS PARTICIPANTES DA HISTÓRIA E MEMÓRIA DA CIDADE.
Barão de Jundiaí: próximo ao Forum e Centro das Artes, outro próximo ao solar do Barão e um último na altura do Teatro Polytheama. Com a ajuda de um mapa, os alunos tinham que descobrir o edifício que estava com uma interrogação no mapa e preencher algumas informações sobre ele. Esses dados tinham que ser coletados visitando o local e através de conversas e entrevistas com a vizinhança.
MAPEAMENTO DE PONTOS HISTÓRICOS RELEVANTES PELA CIDADE.
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PROMOVE A DESCOBERTA DA HISTÓRIA DA CIDADE ATRAVÉS DE CAMINHADAS GUIADAS E CONVIDA OS ALUNOS A UTILIZAREM O ESPAÇO PÚBLICO, SE APROPRIANDO DELE DE MANEIRA COOPERATIVA E COLETIVA.
DATA: 28/julho – Terça-feira, 8h30 às 11h00 RESPONSÁVEIS: Inês Fernandes - Acupuntura Urbana, Thaísa Fróes e Priscila Meireles DESCRIÇÃO: Oficina realizada com alunos da escola municipal EMEB Rotary Club. A proposta foi estimular a descoberta de equipamentos públicos e da história do centro através de caminhada e entrevistas com as pessoas que moram ou trabalham no centro. METODOLOGIA: Na segunda das três oficinas realizadas pelo grupo Acupuntura Urbana, os alunos da EMEB Rotary Club foram convidados a descobrir alguns edifícios históricos, curiosidades e outras belezas do centro. Os alunos foram divididos em três grupos, cada grupo explorou um trecho da Rua
O objetivo era estimular os alunos a buscar a informação de diferentes maneiras, vivenciar o espaço e se relacionar com as pessoas. A ideia era conhecer a história dos edifícios mas também o seu uso atual, que na maioria dos casos está ligado a cultura, lazer e educação. Esta é uma forma de aproximá-los das atividades que acontecem no centro da cidade.
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2 | OFICINAS REALIZADAS
OFICINA ACUPUNTURA URBANA – CAMINHADA E PRODUÇÃO DE PLACAS ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA. APROXIMA OS PARTICIPANTES DA HISTÓRIA E MEMÓRIA DA CIDADE.
PROMOVE A DESCOBERTA DA HISTÓRIA DA CIDADE ATRAVÉS DE CAMINHADAS GUIADAS E CONVIDA OS ALUNOS A UTILIZAREM O ESPAÇO PÚBLICO, SE APROPRIANDO DELE DE MANEIRA COOPERATIVA E COLETIVA.
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EXECUÇÃO DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO PARA PEDESTRES SOBRE OS LUGARES DESCOBERTOS NA OFICINA ANTERIOR.
DATA: 4/agosto – Terça-feira, 8h30 às 11h00 RESPONSÁVEIS: Inês Fernandes - Acupuntura Urbana DESCRIÇÃO: Oficina realizada com alunos da escola municipal Emeb Rotary Club para produção de placas informativas sobre os edifícios históricos a partir do levantamento de dados da oficina anterior. METODOLOGIA: Na terceira e última oficina realizada pelo grupo Acupuntura Urbana, os alunos da EMEB Rotary Club produziram placas de sinalização para pedestres sobre os edifícios históricos descobertos na oficina anterior. Foram utilizados recortes, colagens, desenhos e fotos tiradas pelos próprios alunos durante as caminhadas. As placas serão instaladas no centro, tornando-o um museu ao ar livre feito pelos estudantes.
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OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA INTRODUÇÃO As oficinas “Como Estudar a Vida Pública” e as Oficinas de Marcenaria foram criadas de forma combinada. As oficinas “Como Estudar a Vida Pública” propunham analisar os espaços públicos em escala aproximada, observando o comportamento das pessoas no espaço público a ser trabalhado. A partir dos dados observados nessas oficinas foram elaborados modelos de mobiliário para serem executados coletivamente com a população nas Oficinas de Marcenaria. Após a implantação dos mobiliários foi possível avaliar o impacto no comportamento e uso dos espaços públicos pelas pessoas.
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Estas foram realizadas em 3 espaços públicos com dinâmicas e morfologias diferentes com o objetivo de promover o uso dos espaços públicos e fornecer dados e informações para a ocupação do mesmo. As oficinas foram realizadas na Praça da Matriz, Calçadão da Rua Barão de Jundiaí e Praça Rui Barbosa. A partir deste processo foi possível direcionar a melhoria dos mobiliários existentes e a produção dos novos mobiliários urbanos, focados principalmente na criação de espaços de permanência como um convite para novas experiências e estímulo aos encontros da população no espaço público já consolidado.
FERRAMENTAS Todas as ferramentas disponíveis para entender o espaço público foram desenvolvidas para melhorar as condições das pessoas nas cidades. É necessário tornar essas pessoas visíveis e fornecer informações para qualificar o trabalho de criar cidade para pessoas. As ferramentas para isso são simples e dependem de recursos muito simples: uma boa sistematização dos dados e olhares atentos. Instrumentos mais sofisticados podem ser úteis mas não são cruciais. As principais ferramentas para a análise do espaço público são: •CONTAGEM: a contagem é uma ferramenta amplamente usada para o entendimento dos espaços públicos. Fornecendo dados objetivos para comparação dos cenários do antes e depois, entre diferentes lugares e ao longo do tempo. Pode por exemplo medir intensidade, forma, perfil e tempo de deslocamento e permanência. •MAPEAMENTO: atividades, pessoas e lugares de passagem e estar, e muito mais pode ser representado graficamente. Por exemplo como símbolos numa planta de uma área a ser estudada para evidenciar o número e tipo de atividade, e onde elas acontecem. Esse também pode ser chamado de mapa comportamental. •TRAÇAR: o movimento das pessoas dentro e cruzando um determinado espaço pode ser desenhado como linhas de movimento em uma planta. Se cada pessoa que passar for uma linha, podemos avaliar o direcionamento e intensidade dos percursos. •SEGUIR: com o objetivo de observar o movimento das pessoas em uma área grande ou mais detalhadamente por um tempo maior extenso, observadores podem discretamente seguir pessoas (sem que elas tomem conhecimento ou com seu consentimento). Permite avaliar não só o percurso e o tempo, mas diferentes comportamentos.
•PROCURAR RASTROS: a atividade humana sempre deixa rastros como um gramado ou piso desgastado. Esses rastros podem, por exemplo, fornecer o caminho mais natural dos pedestres que não necessariamente corresponde aos canteiros planejados. Pode ser registrado por contagem, fotografia e mapeamento. •FOTOGRAFAR: fotografia é parte essencial para os estudos como documentação de situações onde a vida e a forma urbana podem suceder ou falhar na interação. Esse registro pode também ser feito através de vídeo, em filmagem time lapse por exemplo ou através de desenhos. •CAMINHADAS TESTE: fazer percursos teste podem ter análises sistematizas ou simplesmente dar o observador a chance de perceber novas situações e potencialidades do espaço urbano. •INTERAÇÃO: entrevistas e conversar com os usuários também podem ser sistematizadas em pesquisas ou simplesmente ser uma análise qualitativa de perfis que podem personalizar situações do espaço público. •FAZER ANOTAÇÕES: a sistematização e organização destes dados podem ajudar a fazer comparativos e perceber problemas potencialidades e também a evolução da dinâmica urbana.
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3 |OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA
OFICINAS COMO ESTUDAR A VIDA PÚBLICA OFICINAS “COMO ESTUDAR A VIDA PÚBLICA – ESTUDO DE COMPORTAMENTO E DINÂMICAS DO ESPAÇO PÚBLICO” OBJETIVO As práticas tradicionais de análise e produção da cidade e do espaço público partem de observações amplas, abstratas, a partir de dados e mapas, e distantes de um olhar mais atento ao comportamento e ao uso das pessoas.
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As oficinas “Como Estudar a Vida Pública” objetivaram o levantamento de uma escala de análise aproximada, fornecendo dados sobre os fluxos, tempo e locais de permanência, e o comportamento e perfil dos usuários do espaço público. Esses dados permitiram levantar as carências, demandas e potencialidades para criação de espaços públicos mais agradáveis, vivos, seguros e confortáveis. As oficinas “Como Estudar a Vida Pública” foram aplicadas em um dia em cada espaço selecionado. O objetivo era exercitar essa abordagem e o olhar junto com a população, sensibilizando os participantes a um novo olhar sobre Jundiaí. Os dados levantados nesse dia de pesquisa foram processados para elaboração dos mobiliários e equipamentos a serem executados nas Oficinas de Marcenaria. A mesma análise repetida antes e depois da implantação dos mobiliários pode fornecer dados comparativos. Esta também fornece novas informações se aplicada em diferentes estações, dias, e climas. METODOLOGIA ADOTADA A partir das ferramentas explicitadas acima foi elaborado um roteiro com alguns exercícios a serem aplicados pelos participantes da oficina, que se dividiam em pequenos grupos para iniciar a análise dos dados. Esse roteiro foi dividido em três folhas, descritas e exemplificadas a seguir.
FOLHA 01 Espaço para entrevistar 3 pessoas, preenchendo qual seu gênero e idade, e levantar o motivo pelo qual a pessoa veio ao centro e a forma que chegou no centro. Além disso, o participante deveria conversar e traçar um perfil mais detalhado de cada um destas pessoas, desenhar e/ou anotar algo interessante. Personificando os usuários estimula uma percepção mais afetiva com a abordagem e compreensão sobre o espaço público.
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3 |OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA
FOLHA 02 A folha continha um espaço para desenhar uma planta do local, com o objetivo de exercitar um olhar mais apurado sobre o desenho urbano. Nesta planta o participante deveria:
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Mapear: -Fluxos mais intensos de pessoas – desenhando uma linha sobre cada pessoa que passava num determinado percurso ficam explicitados as direções e intensidades dos fluxos -Pontos de permanência – marcando cada pessoas, sentada ou em pé e sua localização. Possivelmente o perfil predominante em cada área específica e a atividade desempenhada, podendo ser representada por símbolos ou anotações. -Trajetos de algumas pessoas - seguir algumas pessoas e notar seu comportamento de forma mais detalhada. Eventualmente conversar com essa pessoa e colher mais informações. - Rastros em grama/piso – Mapear e procurar rastros. Medir: -O tempo que cada pessoas leva para fazer determinado trajeto -O tempo que cada pessoas permanecem em determinado local ou mobiliário Identificar: -Pontos ou motivos que fazer com que as pessoas diminuam a velocidade Contar: -Número de pessoas que passar durante 1 minuto - pessoas/ minuto
FOLHA 03 Nesta terceira folha, os participantes tinham que desenhar e/ou descrever as formas como as pessoas se sentavam, ficavam em pé, se reuniam, conversavam, ou seja, como se comportavam na praça e utilizavam o mobiliário urbano existente ou outros suportes e elementos que faziam esse papel, como postes, rampas, muretas etc. Além disso, os participantes foram encorajados a fotografar, filmar, conversar e fazer outras formas de registro das pessoas utilizando o espaço público. Ao fim de cada levantamento, os participantes se juntaram para apresentar suas observações, discutiram e sintetizaram as informações em um mapa único. Esse mapa forneceu um material denso e rico em informações.
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3 |OFICINAS ESTUDO DA VIDA PÚBLICA E MARCENARIA
OFICINAS DE MARCENARIA
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OFICINAS DE MARCENARIA OBJETIVO As oficinas de Marcenaria ocorreram de forma colaborativa, contando com a ampla participação da sociedade. Os principais objetivos das oficinas foram:
A equipe responsável orientou os participantes no Contêiner-Oficina quanto ao uso dos equipamentos e ferramentas disponíveis para tal atividade, destacando a importância do trabalho colaborativo e também do uso de EPIs. As ferramentas que envolviam maior risco foram operadas somente pelos profissionais da equipe para evitar acidentes.
- Fortalecer a relação afetiva da população com espaço público; - Exercício de democracia e cidadania em escala local; - Promoção e sensibilização quanto ao Direito à Cidade; - Evidenciar potencialidades de uso e ocupação; - Testar e medir as diversas tipologias, usos e localizações do mobiliário; - Transformação dos espaços públicos em áreas de estar, de encontro e de convivência, tornando o centro mais vivo, agradável e seguro.
Os participantes se organizaram em equipes orientadas por coordenadores e monitores e escolheu uma tipologia para executar. Algumas equipes seguiram rigorosamente os modelos e outras decidiram reinterpretar o modelo gerando novas possibilidades. A partir da execução das peças também foram surgindo novas possibilidades de mobiliários que foram sendo desenvolvidos na escala 1:1 durante a própria oficina.
METODOLOGIA Durante as oficinas de Marcenaria novos mobiliários urbanos foram produzidos, e os mobiliários existentes receberam intervenções, tornando a cidade mais confortável e propícia a permanência e convivência. Os estudos das oficinas “Como Estudar a Vida Pública” forneceram dados para definir os objetivos de quais tipologias de mobiliário seriam desenvolvidas para a oficina. A partir destes dados a equipe técnica Urbanismo Caminhável desenvolveu modelos de tipologias para serem executadas nas oficinas. As tipologias foram variadas: bancos e poltronas, individuais e coletivos, com e sem encosto, mesas coletivas, até formas mais abertas permitindo diversos usos. A adoção de modelos tinha como objetivo nortear os participantes para produção sem engessar e uniformizar os resultados. Os modelos propostos partiam de uma forma aberta, de execução simples, permitindo reinterpretações e reformulações. Além disso os modelos tinham diferentes níveis de dificuldade e tempo de execução, garantindo a participação de pessoas com diferentes perfis e faixas etárias.
Enquanto a observação prévia (nas oficinas “Estudando a Vida Pública”) permitiu analisar as demandas, carências e potencialidades dos espaços públicos, a prototipação permitiu observar e testar novas dinâmicas e usos que não existiam anteriormente. Os mobiliários não foram fixados na praça com o objetivo também de mapear onde seriam mais utilizados e as diferentes dinâmicas. FERRAMENTAS E MATERIAIS: Os principais materiais utilizados nas oficinas foram: - Deck, tábua e prancha de Pinus AutoClavado, que possui maior durabilidade e resistências às intempéries e maior facilidade e trabalhabilidade. - Parafuso sextavado de rosca soberba e parafuso cabeça chata phillips brocante rosca soberba As principais ferramentas utilizadas nas oficinas foram: - Serra Esquadria (operação restrita aos profissionais) - Parafusadeira / furadeira - Lixadeira - EPI´s – luva, óculos, e protetor auricular.
OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - PRAÇA DA MATRIZ ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DE FLUXO E ORIGEM-DESTINO DOS USUÁRIOS DA PRAÇA.
APONTA COMPORTAMENTOS DOS USUÁRIOS E USO DO MOBILIÁRIO, INDICANDO POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO E MELHORIAS NA APRORIAÇÃO DO ESPAÇO.
DATA: 11/junho – Quinta-feira, 14h00 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaísa Froes DESCRIÇÃO: A partir de metodologias contemporâneas de urbanismo realizamos exercícios de análise e leitura do espaço público, estudando o comportamento e dinâmicas das pessoas no espaço da Praça da Matriz. METODOLOGIA: Através de desenhos de observação, os participantes foram convidados a mapear os principais fluxos e comportamentos dos usuários da praça, principalmente quanto ao uso do mobiliário urbano existente. Desenvolveu-se, ainda, entrevistas de origem-destino das pessoas durante um intervalo de tempo, visando detectar novas possibilidades de intervenção e melhorias pontuais de apropriação do espaço público.
DEMANDAS E POTENCIALIDADES: - Fluxo intenso de pedestres principalmente nas calçadas do entorno, no calçadão e nas diagonais que cruzam a praça; - Próximo à Rua do Rosário: local mais calmo e silencioso. Pessoas preferem para almoçar e descansar; - Próximo ao calçadão da Rua Barão de Jundiaí: local de grande circulação de pessoas e comércio. Local mais barulhento e movimentado. Onde estão localizados os oradores, comerciantes com microfone nas lojas e som, comércio de ervas, permanência de idosos. - As áreas sombreadas estão localizadas mais nas bordas da praça; - Pessoas usam as rampas dos canteiros para sentar; - Há apenas um tipo de banco na praça: de concreto sem encosto e com divisórias entre os acentos. - Muitos trabalhadores das lojas do centro vão à praça para almoçar; - Idosos frequentam diariamente a praça. Permanecem por cerca de duas horas. - Próximo ao calçadão e Solar do Barão localizam-se os pregadores religiosos que atraem uma pequena multidão durante todo o dia. DIRETRIZ PARA MARCENARIA: tornar os bancos existentes mais confortáveis e oferecer diferentes tipos de bancos e mesas para que as pessoas possam almoçar. Localizar essas mesas na parte mais tranquila da praça (próximo à Rua do Rosário) e em local sombreado.
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Fichas de pesquisa aplicadas durante a oficina, a fim de descobrir qual era o uso ou deslocamento das pessoas presentes na Praรงa da Matriz
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Mapa elaborado a partir do processamento das pesquisas aplicadas. A partir dessa pesquisa pode-se de ter algumas leituras, como qual Ê fluxo de pessoas da praça e quais foram os principais problemas apontados por seus usuårios.
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OFICINA DE MARCENARIA 1 - PRAÇA DA MATRIZ ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
PROMOVE O USO E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, ATRAVÉS DA EXECUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
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EXECUÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE MOBILIÁRIO URBANO, PARA SER UTILIZADO NO ESPAÇO PÚBLICO, PRODUZIDOS IN LOCO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
DATAS: 13/junho – Sábado, 10h00 às 16h00 RESPONSÁVEIS:Zoom Urbanismo, Arquitetura e Design (Guilherme Ortenblad), Thaisa Fróes, Contain[it] (Paulo Modolo, Bruno Spinardi, Rámon e Paulo Bruno). DESCRIÇÃO: Oficina de marcenaria para produção coletiva de bancos, mesas coletivas e mobiliário urbano em geral para a Praça da Matriz. METODOLOGIA: A partir das informações detectadas na Oficina “Como Estudar a Vida Pública” realizada na Praça da Matriz, foi possível direcionar a produção dos novos mobiliários urbanos, focados principalmente na criação de espaços de permanência como um convite para novas experiências e estímulo aos encontros da população no espaço público já consolidado. A equipe responsável orientou os participantes no Contêiner-Oficina quanto ao uso dos
equipamentos e ferramentas disponíveis para tal atividade, destacando a importância do trabalho colaborativo e também do uso de EPIs. A partir das referências de projeto apresentadas, iniciou-se a produção dos bancos, da poltrona e da mesa de piquenique, utilizando Pinus AutoClavado, que possui maior durabilidade e resistências às intempéries. Testou-se, ainda, um novo encosto para um dos bancos de concreto existente no local. Os novos mobiliários urbanos foram experimentados em posições distintas na própria Praça da Matriz e despertaram o interesse dos usuários que circulam diariamente pelo espaço público. BASES DE PROJETO: -Banquinho individual sem encosto -Banco coletivo sem encosto -Mesa coletiva com bancos (tipo piquenique) -Poltrona individual MÓVEIS EXECUTADOS: -Banquinho individual sem encosto -Banco coletivo sem encosto -Mesa coletiva com bancos (tipo piquenique) -Poltrona individual -“Banco Parasita”: No final da oficina foi desenvolvido também o primeiro modelo do “banco parasita”: um novo encosto e apoio de braço para tornar o banco de concreto existente no local mais confortável;.
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Peças produzidas pelos próprios participantes da oficina, com auxílio e supervisão de técnicos (página ao lado). Peças de madeira produzidas durante a oficina (página ao lado) e resultado final do mobiliário produzido e sendo utilizado pelos participantes (fotos acima).
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OFICINA DE MARCENARIA 2 - PRAÇA DA MATRIZ ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
PROMOVE O USO E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, ATRAVÉS DA EXECUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
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EXECUÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE MOBILIÁRIO URBANO, PARA SER UTILIZADO NO ESPAÇO PÚBLICO, PRODUZIDOS IN LOCO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
DATAS: 18/julho – Sábado, 10h0 às 18h00 RESPONSÁVEIS: Zoom Urbanismo, Arquitetura e Design (Guilherme Ortenblad, Rosa Clara Alves), Thaisa Fróes, Contain[it] (Bruno Spinardi, Rámon e Paulo João). DESCRIÇÃO: Devido à relevância e uso intenso decidiu-se fazer uma oficina adicional na praça da Matriz complementando o mobiliário urbano instalado na primeira oficina. BASES DE PROJETO: -Banquinho individual sem encosto -Banco coletivo sem encosto -Mesa coletiva com bancos (tipo piquenique) -Nova Poltrona individual (modelo simplificado sem apoio de braço)
MÓVEIS EXECUTADOS: -Banco coletivo sem encosto -Banco coletivo com encosto -Banco coletivo largo sem encosto com floreira -Mesa coletiva com bancos (tipo piquenique) -Poltrona individual -Poltrona coletiva / sofá -“Banco Parasita”: revisando o modelo da oficina anterior (que tinha sido vandalizado) desenvolveu-se um novo modelo de “banco parasita” mais resistente, bonito e confortável; RESULTADOS: Novas áreas de permanência na praça. Mais pessoas usando o mobiliário da praça. Deslocamento dos bancos e mesas segundo demandas e vontades das pessoas que usam a praça com mais frequência, como taxistas, oradores, lojistas do entorno etc. Por exemplo, durante a Festa da Padroeira, duas mesas de piquenique foram transferidas para a Praça Floriano Peixoto para dar apoio ao espaço de alimentação oferecido pela festa.
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OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - CALÇADÕES ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
LEVANTAMENTO DE DIMENSÕES DO LOCAL E DOS USOS DOS LOTES DO ENTORNO. MAPEAMENTO DE FLUXO E DOS LOCAIS MAIS MOVIMENTADOS OU VAZIOS.
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AJUDA A DEFINIR, ATRAVÉS DA OPINIÃO DE QUEM FREQUENTA O LOCAL, QUAIS SÃO AS POTENCIALIDADES E, PRINCIPALMENTE, O QUE PODE SER MELHORADO.
DATA: 24/julho - Sexta-feira, 15h00 às 17h00 RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaísa Froes DESCRIÇÃO: Análise e leitura do espaço público, estudando o comportamento e dinâmicas das pessoas no espaço dos Calçadões do Centro METODOLOGIA: Oficina com o intuito de estudar o comportamento das pessoas nos Calçadões do centro. Foram realizados diversos levantamentos deste local, como largura do calçadão, mobiliário existente, levantamento do uso das edificações do entorno, locais de permanência e fluxos mais intensos de pedestres. Foram feitas entrevistas com as pessoas que transitavam no local, a fim de entender qual o perfil e opinião de quem frequenta o calçadão. Na grande maioria, as pessoas
relataram a falta de mobiliários, como bancos e mesas, o que demonstra que o calçadão tem caráter de local de passagem e faltam locais de estar, pontos de parada onde as pessoas possam fazer uma pausa e descansar. Também foi feita a medição de fluxo de pessoas, para entender melhor a dinâmica do local, quais locais são mais movimentados e quais locais são mais vazios. Tudo isso contribui para a melhor compreensão do espaço e serve de base para as futuras intervenções nos calçadões São José e Barão de Jundiaí como, por exemplo, prever espaços de permanência, com mobiliários produzidos nas oficinas de marcenaria, e ajuda a estabelecê-los nos locais mais apropriados. DEMANDAS E POTENCIALIDADES: - local de intenso fluxo de pedestres, principalmente por conta do comércio e da ligação entre o Largo São Bento (concentração de equipamentos institucionais e escolas) e a Praça Rui Barbosa (ponto de ônibus intermunicipal); - Durante a noite o fluxo de veículos é liberado; - Apesar de rua pedestrianizada, existe demarcação entre leito carroçável e calçada por meio de desnível do piso; - Único mobiliário urbano existente são os postes de iluminação e lixeiras. - Não há arborização; - Uso principal é o comércio com grandes lojas de varejo, principalmente de vestuário e eletrodomésticos; - Público bastante diverso: homens, mulheres, família, jovens, idosos. - Possui importantes equipamentos públicos e edifícios de valor histórico e cultural, como a Casa da Cultura e o Solar do Barão. DIRETRIZ PARA MARCENARIA: Instalar bancos com diferentes configurações e confortáveis que sirvam para o descanso e socialização, com espaço para árvores e vegetação.
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OFICINA DE MARCENARIA 3 - CALÇADÕES ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
PROMOVE O USO E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, ATRAVÉS DA EXECUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
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EXECUÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE MOBILIÁRIO URBANO, PARA SER UTILIZADO NO ESPAÇO PÚBLICO, PRODUZIDOS IN LOCO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
DATA: 1/agosto – Sábado, 10h0 às 18h00 RESPONSÁVEIS: Zoom Urbanismo, Arquitetura e Design (Guilherme Ortenblad), Thaisa Fróes, Contain[it] (Bruno Spinardi, Rámon e Paulo João). DESCRIÇÃO: Oficina de marcenaria para produção coletiva de mobiliário urbano para os calçadões do centro. BASES DE PROJETO: - Móvel linear com encosto para os dois lados, apoio de braço e floreira MÓVEIS EXECUTADOS: -Móveis lineares com encosto para os dois lados, apoio de braço e floreira -Móvel linear com encosto para os dois lados, apoio de braço, espreguiçadeira e floreira - Banco-horta (instalado na praça da Matriz)
RESULTADOS: Ocupação imediata dos bancos pelas pessoas que circulavam pelo calçadão. Uso intenso pela população para descanso, encontro ou para esperar alguém que está fazendo compras.
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OFICINA ESTUDO DO ESPAÇO PÚBLICO - PRAÇA RUI BARBOSA ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
MAPEAMENTO DE FLUXO E DOS LOCAIS MAIS MOVIMENTADOS OU VAZIOS. LEVANTAMENTO DE PONTOS PARA INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO FUTURO.
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AJUDA A DEFINIR, ATRAVÉS DA OPINIÃO DE QUEM FREQUENTA O LOCAL, QUAIS SÃO AS POTENCIALIDADES E, PRINCIPALMENTE, O QUE PODE SER MELHORADO.
DATA: 31/julho - Sexta-feira, 9h30 às 12h00 RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaísa Froes DESCRIÇÃO: análise e leitura do espaço público, estudando o comportamento e dinâmicas das pessoas no espaço da Praça Rui Barbosa. METODOLOGIA: Oficina com o intuito de estudar a dinâmica da Praça Rui Barbosa. Os parcitipantes, divididos em duplas, entrevistaram os usuários da praça, observaram a forma como as pessoas utilizavam o mobiliário urbano, como se reuniam e as atividades que estavam desenvolvendo. A Praça Rui Barbosa é um local de importância histórica, por ter sido parte do Largo
do Pelourinho, no século XVII, e importância atual, por ser o ponto final das linhas de ônibus intermunicipais que fazem trajetos para Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. Além dessa finalidade de transporte, que atrai grande fluxo de trabalhadores e estudantes diariamente, a praça também é ponto de encontro para moradores do entorno, ainda que o tempo de permanência registrado seja pequeno. De maneira geral, os usuários apontaram que falta equipamentos na praça, foram sugeridos: brinquedos, mesas de dominó, banheiros públicos, bancos mais confortáveis e infraestrutura para os pontos de ônibus. Essas sugestões contribuem para direcionar os tipos de mobiliário que serão produzidos para a praça durante a oficina de marcenaria. DEMANDAS E POTENCIALIDADES: - Área com fluxo intenso de pessoas; - Feira do Rolo – grupo de homens adultos e idosos que se reúnem todos os dias; - Permanência de pessoas esperando os ônibus intermunicipais que saem da praça – público diversificado: homens, mulheres, famílias e crianças. Esse público forma filas perpendiculares ao ponto de ônibus em toda a extensão da praça. - Pontos de ônibus sem bancos; - Ponto de taxi; - Banca de jornal de costas para a Praça; - Lixeiras instaladas nas esquinas – interferem na paisagem; - Gabinete de Leitura Ruy Barbosa em frente à Praça. DIRETRIZ PARA MARCENARIA: Instalar mobiliário para pessoas que estão esperando o ônibus (bancos), mobiliário para os homens que convivem na praça (mesa para jogos) e brinquedo para as crianças.
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OFICINA DE MARCENARIA 4 - PRAÇA RUI BARBOSA ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
PROMOVE O USO E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, ATRAVÉS DA EXECUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
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EXECUÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE MOBILIÁRIO URBANO, PARA SER UTILIZADO NO ESPAÇO PÚBLICO, PRODUZIDOS IN LOCO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO.
DATA: 22/agosto – Sábado, 10h0 às 18h00 RESPONSÁVEIS: Zoom Urbanismo, Arquitetura e Design (Guilherme Ortenblad), Thaisa Fróes, Contain[it] (Bruno Spinardi, Rámon e Paulo João). DESCRIÇÃO: Oficina para produção de mobiliário urbano para a Praça Rui Barbosa. Com uma base de móvel modular compor grupos que sirvam a múltiplos usos: bancos, mesas, mesa para jogos de tabuleiro e brinquedo para criança com escorregador. BASES DE PROJETO: Móvel modular multifuncional
MÓVEIS EXECUTADOS: 3 conjuntos de móveis modulares - com escorregador -tipo arquibancada -tipo mesa para jogos Os móveis foram executados no contêiner da Praça da matriz e posteriormente implantados e montados na praça Rui Barbosa. RESULTADOS: Ocupação imediata dos bancos para jogos e do escorregador para crianças.
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CONCLUSÃO - PRODUÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO A instalação de novo mobiliário urbano além de produzir uma transformação efetiva do espaço público também informa de maneira subliminar que a cidade está sendo pensada para as pessoas. Ao oferecer mobiliário de qualidade e confortável à população, o poder público demonstra respeito aos cidadãos e sinaliza que o espaço público deve ser utilizado pela população de maneira plena e confortável. Ou seja, elimina-se a dúvida se o local é feito apenas para observar ou se pode ser usado efetivamente. 192
Outro atributo do mobiliário urbano é poder inserir um novo elemento que modifica a dinâmica e o publico que frequenta o local. Por exemplo, o escorregador colocado na praça Rui Barbosa, de forma inconsciente indica que as crianças também são bem-vindas na praça. E os avós e pais que frequentam a praça vão se sentir mais à vontade para trazer seus filhos e netos para brincar e assim ampliar a convivência e as atividades entre as pessoas. Outro exemplo é o banco-horta, que atraiu para a praça as pessoas que moram no entorno e que ajudam a regar as plantas. A horta de forma indireta oferece uma justificativa ou é um atrativo para as pessoas saírem ao espaço público e se relacionarem com outras pessoas. Em um dos dias que estávamos no local, testemunhamos um casal que mora no bairro da Colônia, usar uma garrafinha de água para molhar as plantas. Eles disseram que vem para o centro quase todos os dias, principalmente agora que a praça tem novos bancos. O mobiliário contribui para a caminhabilidade ao tornar o percurso mais agradável, seguro e confortável ao pedestre. Agradável, pois o pedestre tem elementos interessantes e bonitos para observar: o seu design, a madeira, a vegetação que o
acompanha, as intervenções com textos, as formas como as pessoas os utilizam, etc. Seguro, pois a presença de mais pessoas no espaço público traz a sensação de segurança e também evita furtos e delitos. E confortável pois oferece a possibilidade do descanso e de uma parada na caminhada para se alimentar, conversar, falar ao celular, anotar alguma informação, esperar alguém que entrou em alguma loja etc. Uma das questões mais importantes a destacar é a forma como o mobiliário foi produzido e instalado na praça. O fato da própria população produzi-lo faz uma grande diferença em relação à sua aceitação e posterior manutenção. Ao produzir o mobiliário, os voluntários se sentem parte da cidade e de sua história, sentem orgulho por ter produzido bancos, mesas e brinquedos que a população está usando. Também cria-se uma outra relação com as pessoas do entorno da praça que acompanharam a execução desse mobiliário, por exemplo, os taxistas, comerciantes, funcionários das lojas, moradores de rua etc. Eles testemunharam todo o processo de trabalho e por isso darão mais valor a tudo que foi produzido também cuidando da sua manutenção. A população que frequenta diariamente o centro também fez parte dessa transformação e observou e usufruiu das mudanças trazidas pelo novo mobiliário e em muitos casos adaptou seus hábitos a essa nova oferta de bancos e mesas. Essas pessoas também de forma direta ou indireta cuidarão para que o mobiliário permaneça na praça e que essa nova condição dos espaços públicos tenha continuidade, mesmo após o projeto e mesmo em mudança das gestões públicas.
4 |PARKLETS
PARKLETS E OFICINAS DE PARKLETS INSTALAÇÃO DE PARKLETS NO CENTRO DE JUNDIAÍ Com a preocupação de iniciar um diálogo com a população a respeito do uso do espaço público e para oferecer mais espaços de lazer à população, a Prefeitura de Jundiaí promoverá a instalação de dois parklets no centro da cidade, no âmbito do projeto Urbanismo Caminhável. Essa iniciativa também tem como prerrogativa utilizar os dois primeiros parklets como projetos-piloto para regulamentação de sua instalação em outros bairros da cidade e por meio de mantenedores privados. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Parklet é um estrutura a ser instalada no espaço público que oferece um novo lugar para as pessoas usarem livremente para seu lazer e descanso, e com isso estimula uma nova dinâmica em seu entorno. Por essa razão, é interessante que o processo de desenvolvimento do projeto seja conduzido a partir do diálogo com a população, seus futuros usuários e principalmente com sua vizinhança. De forma que as pessoas se sintam parceiras desde o processo de projeto e principamente depois de sua instalação, cuidando e se sentindo responsáveis por esse espaço. Principalmente porque neste caso, os parklets são responsabilidade da Prefeitura e a ajuda da população na sua manutenção é bastante valiosa. Neste projeto em Jundiaí, esse diálogo é realizado através de oficinas participativas que acontecem na área de estudo, tendo como base o contêiner instalado na Praça da Matriz. Durante o processo de projeto foram realizadas três oficinas. A primeira oficina teve como objetivo estudar os locais mais interessantes e propícios para a instalação dos parklets, as outras duas oficinas aconteceram já nos locais indicados pela população e foram direcionadas para o diálogo com a vizinhança e formulação de ideias e propostas para os parklets através de desenhos e modelos tridimensionais realizados pelos participantes.
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4 |PARKLETS
OFICINA DE PARKLET 1 - SUGESTÃO DE IMPLANTAÇÃO ESCLARESCE PARA A POPULAÇÃO O QUE SÃO OS PARKLETS, PARA QUE SERVEM, QUE BENEFÍCIOS ESSAS ÁREAS DE CONVIVÊNCIA REPRESENTAM PARA A CIDADE E COMO A POPULAÇÃO PODE CONTRIBUIR NESSE PROCESSO.
MAPEAMENTO CONJUNTO COM A POPULAÇÃO DOS PONTOS DE INTERESSE PARA IMPLANTAÇÃO DOS PARKLETS
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AJUDA A DEFINIR, ATRAVÉS DA OPINIÃO DA POPULAÇÃO AS DEMANDAS DO ESPAÇO QUE SERÁ CONSTRUÍDO FUTURAMENTE.
OFICINA PARKLETS SUGESTÕES DE IMPLANTAÇÃO DATA: 6/junho – Sábado, 10h0 às 15h00 RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaisa Froes DESCRIÇÃO: Oficina com participação aberta ao público para estudar possibilidades de locais para implantação dos futuros parklets. METODOLOGIA: Primeiramente foi introduzido para os participantes o conceito de parklet, uma extensão da calçada ocupando a vaga do carro. Foram apontados os benefícios desse tipo de intervenção, que ao invés de abrigar um automóvel, contem mobiliários diversos e serve como ponto de parada e descanso para pedestres e ciclistas.
Também foram apresentados quais os critérios que devem ser seguidos para garantir o sucesso de uso do parklet e a segurança de quem o utiliza. Em seguida, foi realizada uma caminhada pelo Centro de Jundiaí para apontar quais ruas e locais poderiam ser interessantes para a implantação do parklet. A simulação do parklet ocupando duas vagas de automóveis foi realizada com cadeiras de praia e desenhos no chão com giz. Na volta ao contêiner os pontos levantados pelos participantes foram anotados no mapa coletivo e discutidos com todos. Os locais mais votados foram trechos da Rua do Rosário e Rua Barão de Jundiaí.
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4 |PARKLETS
OFICINA DE PARKLET 2 E 3 - ESTUDOS DO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO ENVOLVE A POPULAÇÃO, FAZENDO COM QUE ELA OBSERVE A CIDADE COM OUTRO OLHAR E PERCEBA SITUAÇÕES QUE NÃO SERIAM PERCEBIDAS NO DIAA-DIA.
AJUDA A DEFINIR, ATRAVÉS DA OPINIÃO DA POPULAÇÃO AS DEMANDAS DO ESPAÇO QUE SERÁ CONSTRUÍDO FUTURAMENTE.
ATRAVÉS DE INSTALAÇÃO PROVISÓRIA, PROMOVE O USO E OCUPAÇÃO PRÉVIA DO ESPAÇO QUE SERÁ CONSTRUÍDO FUTURAMENTE.
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OFICINA PARKLETS ESTUDOS LOCAL IMPLANTAÇÃO DATA: 19/junho – Sexta-feira, 15h0 às 17h00
20/junho – Sábado, 10h0 às 12h00
RESPONSÁVEIS: Guilherme Ortenblad e Thaisa Froes DESCRIÇÃO: Oficina para estudar os locais mais indicados para implantação dos parklets e prototipação dos usos e configuração que o parklet pode ter. METODOLOGIA: As oficinas foram realizadas nos locais indicados para instalação dos parklets. A ideia era fazer um teste de ocupação provisória para o local, foram instaladas cadeiras de praia e grama sintética, para simular o espaço do parklet. Ao longo dos dois dias, os participantes puderam opinar quanto ao que desejavam para o
mobiliário e uso do parklet, Legos foram disponibilizados para facilitar a expressão e visualização da espacialização desses desejos.
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LOCALIZAÇÃO
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LOCAIS INDICADOS E CRITÉRIOS DE ESCOLHA Os parklets são uma nova forma de usar a cidade e possuem um caráter simbólico de troca do espaço do carro por espaço de acolhimento das pessoas. Por isso o intuito é que os primeiros parklets de Jundiaí estejam em local que mais pessoas possam usar e conhecer. Desta forma, para a definição da área de implantação, privilegiaramse as ruas com maior fluxo de pedestres e com diversidade de usos e atividades. Por isso o percurso estabelecido restringiu-se à Rua Barão de Jundiaí e Rua do Rosário, principais ruas do centro da cidade.
Considerando a demanda da população e reconhecendo o potencial desta área, serão indicados outros projetos que, da mesma forma que o parklet, também possam estimular o uso destes equipamentos e desta área do centro. Esse projetos serão indicados na fase seguinte dos estudos.
Os participantes foram convidados a caminhar nesse trecho e -- considerando não apenas as orientações técnicas, mas principalmente suas próprias referências -- identificar os locais mais interessantes para os parklets. Na caminhada levamos cadeiras para simular os parklets e fomos observando e testando os locais que os participantes indicavam.
Ao longo da Rua do Rosário os participantes indicaram vários pontos interessantes para os parklets pois a rua tem um comércio bastante ativo e grande fluxo de pedestres. Dentre esses pontos, o mais votado foi em frente a Galeria Rosário, por diversos motivos, dentre eles, pela sua localização entre praças - Praça da Matriz e Largo São Bento, o parklet criaria uma área de estar intermediária; por estar em frente uma galeria com diversos comércios e lanchonete; por fazer uma ligação de pedestres com a Rua Senador Fonseca e; por ser um edifício de interesse histórico com uma fachada bonita e bem cuidada.
O primeiro local apontado foi o Teatro Polytheama, por ser um patrimônio histórico, referência para os moradores e pela proximidade com outros usos institucionais como a Pinacoteca, a Câmara Municipal e a Escola E. Antenor Soares Gandra. Apesar da presença destes equipamentos esse trecho da rua Barão de Jundiaí tem um fluxo bem menor de pessoas comparado ao trecho de uso comercial. Desta forma, o parklet poderia alavancar uma nova dinâmica na área. No entanto, a instalação de um parklet neste ponto é inviável neste momento, pois não existem vagas de estacionamente em frente ao teatro, apenas do outro lado da rua e estas são destinadas a deficientes físicos. Cogitou-se mudar a vaga de local, porém, observamos na oficina que se realizássemos essa mudança, não haveria largura suficiente na calçada para passar uma cadeira de rodas e chegar à rampa de acesso à faixa de pesdestre por conta dos postes instalados na calçada.
Os participantes também indicaram outros trechos da Rua Barão de Jundiaí, com grande fluxo de pedestres, principalmente na ligação entre o Largo São Bento, os bancos e comércios da própria rua e a Praça Rui Barbosa que abriga os pontos de ônibus intermunicipais.
MAPA COLETIVO DE ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO
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PARKLET 2 RUA BARÃO DE JUNDIAÍ
PARKLET 1 GALERIA ROSÁRIO
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PARKLET 1 - GALERIA ROSÁRIO
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USOS E ATIVIDADES PRÓXIMAS O uso da via é predominantemente comercial, tendo apenas um edifício residencial próximo, na calçada oposta à galeria. Os usos na mesma calçada da galeria são: Star Games (fechada na esquina), Galeria Rosário, Ótica Diniz, Papelaria Santa Terezinha, Lual moda feminina gestante, Óticas Carol, Escritório de advogados no piso superior, Ciranda Brinquedos, estacionamento, Hotel da esquina em reforma. Do outro lado da calçada (sentido contrário ao tráfego): Passarela calçados na esquina, Madame Chinelo, Hot Point (roupas), Edifício Firenze (nº 558 com 8 pavimentos, uso apenas residencial), Astral Ótica e Cacau Show com escritórios de advogados no piso superior,
Maravilhas do Lar, estacionamento e lanchonete, Aluarte Brasil (roupa feminina). Devido ao caráter comercial da Rua do Rosário, o fluxo de pedestres é bastante intenso. Apesar da Galeria Rosário permitir a ligação com a rua Senador Fonseca, poucas pessoas conhecem e usam essa opção de fruição pública, muito provavelmente porque a conexão é realizada através de pavimentos diferentes e não retilínea.
CONDIÇÃO FÍSICA DA VIA A via possui tráfego de veículos no sentido Largo São Bento - Praça da Matriz, com duas faixas de rolamento e estacionamento de ambos os lados. Em frente à galeria existem vagas para motos que muitas vezes ultrapassam seu limite e invadem a demarcação da vaga de veículos, onde o parklet será instalado. A calçada em frente à galeria varia entre 2, 10m a 1,60m, com piso regular de cimento desenhado. Possui um rebaixamento de guia e leve rampa na direção do acesso principal da galeria. Por conta disso, o parklet terá que ser instalado entre este ponto e o estacionamento de motos, para não criar um desnível em relação à calçada.
CONFORTO Dentre os pontos estudados para instalação do parklet na Rua do Rosário, o trecho em frente à galeria é o que possui maior período do dia com sombra, recebendo sol no início da tarde. Por isso, alguns participantes indicaram a instalação de umbrelones no parklet para melhorar o conforto térmico principalmente na hora do almoço. Outro ponto levantado pelos participantes foi a falta de vegetação na rua e o tráfego contínuo de veículos, que poderiam ser amenizados através da instalação de floreiras e pequenas árvores nos cantos e laterais do parklet.
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4 |PARKLETS
PÚBLICO POTENCIAL E VIZINHANÇA O perfil das pessoas que circulam nas proximidades da galeria é a de pessoas fazendo compras, na maioria famílias e mulheres, muitas vezes em duplas, carregando sacolas. Também se observa os funcionários das lojas encostados na parede descansando no intervalo ou fumando. Próximo dali existe um edifício residencial, que segundo o síndico, com o qual conversamos no sábado durante a oficina, muitos dos moradores são idosos e poderão usar o parklet como lazer. 202
Também conversamos com os funcionários das lojas próximas que acharam uma boa ideia ter um lugar para descansar ou almoçar, pois normalmente fazem isso no fundo da loja.
4 |PARKLETS
PROGRAMA DE USOS E PROJETO PROGRAMA DE USOS E MOBILIÁRIO Os participantes produziram desenhos, anotações e modelos tridimensionais para expressar suas ideias e sugestões para o desenho e mobiliário do parklet. As principais demandas foram: - bancos com diversas configurações que possam formar pequenos ambientes de convívio; - mesa para que as pessoas possam almoçar, trabalhar ou estudar; - paraciclos para estimular o uso de bicicleta no centro; - pequena biblioteca para estimular a leitura; - vegetação com floreiras e pequenas árvores e palmeiras; - sombreamento com umbrelones; - lixeiras. PARTIDO DE PROJETO O partido de projeto do parklet parte das análises e propostas realizadas pelos participantes durante as oficinas. Desta forma, tentou-se englobar e relacionar de forma harmônica e eficiente as funções e elementos que foram apresentados e discutidos. Como o parklet será implantado em uma área bastante comercial, com intenso fluxo de pedestres, o objetivo é criar espaços de descanso e de convívio mais aconchegantes
e servir como um elemento de qualificação da paisagem, principalmente por conta da vegetação, cores e materiais. A ideia é formar pequenas áreas com bancos e mesa permitindo diferentes modos de uso do mobiliário. A mesa de piquenique sombreada fornece uma amenidade confortável para almoçar, estudar ou mesmo trabalhar. Também é prevista uma bancada com estante de livros que servirá como uma pequena biblioteca. Nas bordas laterais do parklet serão instaladas lixeiras voltadas para a calçada e floreiras com arvoretas - elementos que amenizam a proximidade com as motos estacionadas ao lado e o fluxo de carros na via. Em relação aos materiais, prevalece o uso da madeira, que alia beleza e conforto. A madeira escolhida é a mesma utilizada para o mobiliário urbano que foi produzido na oficina de marcenaria do projeto, inclusive reproduzindo o mesmo desenho de construção. O guarda-corpo também respeita esse desenho ao utilizar tábuas longituadinais ao longo de toda a lateral do parklet formando uma canaleta para receber vegetação e criar uma parede verde. Para trazer cor e vitalidade ao seu entorno, optou-se por usar uma cor forte - vermelho - criando um contraste com o cinza da rua e as cores neutras da Galeria Rosário. Os paraciclos solicitados pelos participantes serão instalados ao lado do parklet, liberando mais espaço para áreas de convivência.
203
4 |PARKLETS
PARKLET ROSÁRIO
204
PERSPECTIVAS DA PROPOSTA
ÁREA DE ESTAR COM BANCOS
LIXEIRA
FLOREIRA
VEGETAÇÃO MESA DE PIQUENIQUE COM OMBRELONE
ÁREA DE ESTAR COM BANCOS
BANCO PARA LEITURA
BANCADA E ESTANTE PARA LIVROS
LIXEIRA
FLOREIRA
FLOREIRAS NA LATERAL 205
4 |PARKLETS
PARKLET ROSÁRIO
206
FOTOS
207
Fotos do parklet do Rosรกrio instalado
4 |PARKLETS
208
Fotos do parklet do Rosário instalado, durante a inauguração
PARKLET 2 - RUA BARÃO DE JUNDIAÍ
209
4 |PARKLETS
COLETA DE DADOS DO PARKLET A pesquisa que será realizada com os parklets instalados no centro de Jundiaí têm o objetivo de subsidiar diretrizes para projeto e regulamentação que serão apresentadas no Manual de Instalação dos parklets. Apesar de dados ainda preliminares, as primeiras entrevistas com os frequentadores do parklet da Galeria Rosário podem suscitar análises e considerações para orientar decisões e processo de desenvolvimento do projeto para o próximo parklet e para o manual.
210
As informações apresentadas a seguir foram coletadas durante a pesquisa realizada no Parklet da Galeria Rosário, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro de 2015. Ao total, foram obtidos 85 questionários respondidos, compostos de 16 perguntas, que seguem abaixo: 1- Nome 2- Onde mora 3- Idade 4- Sexo 5- Estado civil 6- Frequência de uso do parklet 7- O que você vem fazer no parklet? 8- Conhece outros parklets? 9- Você faria algo para manter o parklet? 10- O que você acha do parklet? 11- De quem você acha que é este parklet? 12- O que falta neste parklet? 13- Mora próximo a um espaço público? (praça ou parque) 14- Costuma frequentar? 15- O que acha bom neste parklet? 16- O que acha ruim no parklet?
A seguir fazemos a interpretação e análise dos dados obtidos com os questionários e nas páginas posteriores, apresentamos de forma detalhada o conteúdo das perguntas e respostas da pesquisa, bem como os respectivos gráficos.
4 |PARKLETS
ANÁLISE DE DADOS DO PARKLET A pesquisa aponta que a maioria das pessoas entrevistadas (87%) ainda não conhecia um parklet. E também indica que ele é frequentado por pessoas de diferentes bairros de Jundiaí, desde moradores do próprio centro, ou de bairros mais próximos como Anhangabaú ou ainda de bairros mais distantes como Colonia, Jd. Tulipas, CECAP, Santa Gertrudes, Jardim América. E cerca de 21% dos entrevistados moram em cidades próximas a Jundiaí, principalmente aquelas que possuem linha intermunicipal com pontos de ônibus situados no centro, como Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Cabreúva. Assim, concluímos que instalar os primeiros parklets no centro é uma forma de divulgar essa iniciativa não apenas para os moradores do centro, mas para a população dos bairros e cidades do entorno de Jundiaí. Notamos que 35% dos entrevistados estava no parklet pela primeira vez. Ou seja ainda é algo novo na cidade, que as pessoas estão descobrindo. O interessante é observar que pelo menos 50% dos entrevistados frequentam o parklet algumas vezes por semana ou todos os dias. Isso demonstra que o parklet passou a fazer parte da rotina dessas pessoas, demonstrando que é algo bom e positivo que passou a fazer parte da vida dessas pessoas. Cerca de 70% dos entrevistados utilizam o parklet para descansar, 10% o frequentam para praticar a leitura dos livros que estão disponibilizados no parklet, os outros 20% usam sua estrutura para comer ou beber, fumar, consultar ou falar ao celular, encontrar amigos etc. Esses dados demonstram que o parklet é utilizado para suprir a demanda por bancos e locais de descanso. Desta forma ele contribui para melhorar as condições de caminhada para o pedestre, oferecendo uma opção de parada confortável. Ao tornar o percurso mais agradável e interessante ao pedestre, estimulamos o uso dos meios de transporte não motorizados. As condições de instalação e elementos do parklet também foram avaliados pelos frequentadores. Os itens limpeza, bancos, plantas e localização foram considerados ótimo ou bom para quase a totalidade dos entrevistados (variou entre 87% e 100%).
Esta avaliação positiva é um bom indicador da aprovação das pessoas que utilizam o parklet. O ruído da rua foi o único item considerado regular para a maioria dos entrevistados (62,35%). Interessante observar que os entrevistados não souberam opinar sobre o bicicletário (na verdade, paraciclos instalados ao lado do parklet). Isto pode demonstrar que o uso da bicicleta na cidade ainda necessita ser ampliado e debatido com a população. Os entrevistados também foram indagados a respeito do que faltava no parklet. A grande maioria respondeu que poderia ter mais sombra, mais um guarda-sol e que, às vezes, este não estava instalado. Essa demanda indica que é necessário estar atento à manutenção do guarda-sol, principalmente porque a responsabilidade de colocá-lo todos os dias está com os funcionários da loja na Galeria Rosário, em frente ao parklet. A manutenção de ambos os parklets será feita pela Prefeitura, porém é importante que os comerciantes e moradores do entorno possam contribuir com os cuidados do parklet, pois estão mais próximos e se relacionam com ele diariamente. Assim, o diálogo com os vizinhos do entorno é importante durante e após a instalação para estimular que a responsabilidade sobre o bem público possa ser compartilhada com a sociedade. Outra parcela dos entrevistados (12,50%) gostaria que houvesse wifi disponível no parklet. Essa demanda pode ser atendida através da ampliação de política pública da Prefeitura que já disponibiliza wifi gratuita em alguns equipamentos públicos do centro. Quando perguntamos aos frequentadores o que acham bom no parklet, os comentários foram: o lugar é agradável e tranquilo para descansar, é um lugar bonito, bom para conversar, ótimo pra relaxar durante a pausa do trabalho, local de lazer, convivência e socialização.
211
4 |PARKLETS
CONTEĂ&#x161;DO QUESTIONĂ RIOS jundiai
Q2 onde mora? Respondidas: 85
Ignoradas: 0
Respostas
Data
anhangabau
04/09/2015 15:13
jd guanciale, campo limpo
04/09/2015 15:02
jd tulipas
04/09/2015 14:56
retiro
04/09/2015 14:50
jd sta tereza
04/09/2015 14:44
res jundiai
04/09/2015 14:42
jdim taruma
04/09/2015 14:26
vuturucaia
04/09/2015 14:21
s gertrudes
04/09/2015 14:18
vila s paulo
04/09/2015 14:13
jarinu
03/09/2015 17:44
louveira
03/09/2015 17:39
centro
03/09/2015 17:36
horto sto antonio
03/09/2015 17:21
centro
03/09/2015 16:52
jd das hortensias
03/09/2015 16:37
pq da represa
03/09/2015 16:27
varzea
03/09/2015 16:16
boa vista
03/09/2015 16:07
rio acima
03/09/2015 15:36
campo limpo
03/09/2015 15:26
212
jundiai
jundiai
Q3 Idade Respondidas: 85
Q3 Idade
jundiai
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
jundiai
Ignoradas: 0
Q3 Idade
8
ate 18 Respondidas: 85
ate 18
Q4 sexo
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
19 a 30 feminino
jundiai
Q4 sexo
Q4 sexo
Respondidas: 85
19 a 30
Ignoradas: 0
jundiai
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
Ignoradas: 0
31 a 40
31 a 40
masculino
feminino
41 a 50
feminino
41 a 50
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
51 a 60
213
51 a 60
masculino
masculino
Opções de resposta
Respostas
60 +
60,00%
feminino 60 +
40,00%
masculino
0%
10%
20%
30% 0%
10%
Opções de resposta
40%
50%
20%
30%
60% 0% 40%
10% 70% 50%
Respostas
sta
20% 80% 60%
30% 90% 70%
100% 40% 80%
Opções de resposta
50% 90%
60%0%
10% 70%
20% 80%
30% 100%40% 90%
50%
60% 0%
Opções de resposta
Respostas
50%
60%
70%
Respostas 60,00% 51
masculino
3440,00%
40,00% 34
40,00%
31 a 40
11,76%
Total
11,76% 10
10
41 a 50
12,94%
12,94%
12,94% 11
11
11
51 a 60
5,88%
5,88%
5,88% 5
5
5
60 +
16,47%
16,47%
16,47% 14
14
14
11,76%
100% 40%
1160,00%
19 a 30
12,94%
masculino
30% 90%
feminino
12,94%
Total
12,94% 11
Respostas
ate 18
40,00%
20% 80%
Total 100%
Respostas
feminino
10% 70%
11
40,00% 34
85
34
85
Total
10
85
85
8
jundiai
jundiai
4 |PARKLETS
Q6 frequencia de uso do parklet Q6 frequencia de uso do parklet jundiai
jundiai
Respondidas: 84
Q5 Estado civil
jundiai
Respondidas: 85
Respondidas: 84
Ignoradas: 1
Q6 frequencia de uso do parklet
jundiai
Respondidas: 84
Ignoradas: 0
Ignoradas: 1
primeira vez
primeira vez
Q5 Estado civil
Ignoradas: 1
Q5 Estado civil
casado (a)
primeira vez
Respondidas: 85
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
Ignoradas: 0 algumas vezes por semana
algumas vezes por semana Solteiro (a)
)
algumas vezes por semana
casado (a)
Outro (especifique)
todos os dias
todos os dias Solteiro (a) 0%
10%
214
20%
todos os dias
30%
40%
50%
60%
70%
Outro (especifique) Respostas
do (a)
36,47%
10%
20%
30%
40%
50%
60% 0%
10% 70%
20% 80%
iro (a)
o (especifique)
Opções de resposta
100%
1 vez por mes
30% 90%
1 vez por mes 31
100% 40%
50%
36,47%
Solteiro (a)
48,24%
Outro (especifique)
15,29%
60%0%
70% 10%
80% 20%
48,24%
41
15,29%
13
Respostas Opções de resposta
casado (a)
Total
90%
1 vez por mes
e resposta
0%
80%
90% 30% 100%40% 0%
10%
Respostas Opções de resposta 85
31 36,47%
primeira vez
primeira vez
algumas vezes por semana
algumas vezes por semana algumas vezes por semana
todos os dias
todos 13 os15,29% dias
Total
0% 60% 30%
41 48,24%
1 vez 85 por mes Total
todos os dias 1 vez por mes Total
10% 70% 40%
20% 80% 50%
60%
30% 90% 70%
40% 100% 80%
50% 90%
60%
70%
8
100%
Resp
Respostas
Respostas
31
35,71%
35,71%
30
35,71
41
30,95%
30,95%
26
30,95
13
21,43%
21,43%
18
21,43
85
11,90%
10
11,90
Opções de resposta
primeira vez
1 vez por mes
50% 20%
11,90%
84
jundiai jundiaifazer no parklet? Q7 O que você vem Respondidas: 84
Respondidas: 84
jundiai
Ignoradas: 1
Q7 O que você vem fazer no parklet? Ler
jundiai
jundiai
Q8 Conhece outros parklets
Q8 Conhece outros parklets Q8 Conhece outros parklets Respondidas: 85 Ignoradas: 0
Ignoradas: 1
Respondidas: 85
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
Ignoradas: 0
descansar Ler sim encontrar descansar amigos
sim
sim não
encontrar comer amigos
não
não
beber comer
qual ? especifique)
carregar beber celular
qual ? especifique)
0%
qual ? 10% 20% especifique)
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
carregar namorar celular
0%
10%
20%
30%
40%
50% 10%60% 20%70% 30%80% 40%90% 50% 100% 0%
Opções de resposta
trabalhar namorar
não
Opções de resposta
Opções de resposta
qual ? especifique)
Respostas
sim
1,18%
não
não
qual ? especifique)
qual ? especifique)
sim
trazer crianças reunião
70%
80%
1,18%
sim reunião trabalhar
60%
Respostas
87,06% 11,76%
1
Respostas 1,18%
1
87,06%
87,06%
74
11,76%
11,76%
10
Total Outro trazer crianças (especifique)
Opções de resposta Ler Opções de resposta descansar
Outro 0% (especifique)
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Total
Respostas 70,24%
74 10 85
Total
Respostas 10,71%
90%
215
9 59
Ler encontrar amigos
10,71% 3,57%
9 3
descansar comer
70,24% 2,38%
59 2
encontrar amigos beber
3,57% 7,14%
3 6
comer carregar celular
2,38% 0,00%
2 0
beber namorar
7,14% 1,19%
6 1
carregar celular trabalhar
0,00% 3,57%
0 3
namorar reunião
1,19% 1,19%
1 1
trabalhar
3,57% 0,00%
3 0
85
jundiai 4 |PARKLETS
jundiai 0%
jundiai
9 Você faria algo para manter Q9o Você parklet faria ? algo para manter o parklet ? Respondidas: 79 Ignoradas: 6 Q9 VocêIgnoradas: faria 6algo para manter o parklet ? Ignoradas: 6
Respondidas: 85
limpeza
otimo
limpeza
colocar agua nas plantas
colocar agua nas plantas
20%
0%
30%
10%
40%
20%
50%
30%
60% 0%
70% 10%
50%
80% 20%
60%
de resposta
80%
90%
50%
100%
60%
70%
Respostas
eza
3,53%
0,00%
0,00%
65
3
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0
0
0
0
0
9,52%
77,38%
13,10%
0,00%
0,00%
8
65
11
0
0
60,24%
39,76%
0,00%
0,00%
0,00%
50
33
0
0
0
0,00%
34,12%
62,35%
3,53%
0,00%
0
29
53
3
0
90%
100%
limpeza
0,00%
colocar agua nas plantas
3,80%
gostaria de fazer nada retirar lixo
Não gostaria de fazer nada ue gostaria e fazer? (especifique) O que gostaria e fazer? (especifique) Total
0 3
3,80%
car agua nas plantas
56,96%
3
45
Respostas 0,00% Bancos
0
3,80%
3
56,96%
27,85%
45
22 56,96%
45
27,85%
11,39%
22
9 27,85%
22
9
79 11,39%
9
11,39%
79
79
não sa
não sabe opinar
76,47%
80%
0
0,00%
pessimo
17
Respostas
Opções de resposta
ar lixo
70%
90% 30% 100% 40%
ruim
20,00%
localização
40%
regular
Bancos
limpeza
70%
Ignoradas: 0
0,00% 0
ruido da rua
10%
pessimo
0,00% 0
216
0%
ruim
60%
7,06% 6
Plantas
O que gostaria e fazer?...
bom
50%
74,12% 63
retirar lixo
O que gostaria e fazer?...
40%
18,82% 16
Bicicletario
Não gostaria de fazer nada
30%
limpeza
retirar lixo
Não gostaria de fazer nada
20%
bom do parklet regular Q10 O queotimo você acha
Respondidas: 79
Respondidas: 79
10% jundiai
jundiai
2 0/ 3
0
1
jundiai
jundiai
jundiai
jundiai
Q11 De quem você acha que é este Parklet Q11 De quem você acha que é Q11 este De Parklet quem você acha que é este Parklet Respondidas: 85
Respondidas: 85 Ignoradas: 0
Ignoradas: 0 Respondidas: 85
Respondidas: 40
Ignoradas: 45
Ignoradas: 0
Prefeitura
efeitura
Q12 O que falta neste Parklet?
nº
Respostas
Data
1
toldo
04/09/2015 15:13
2
wi fi
04/09/2015 14:44
3
wi fi
03/09/2015 17:36
4
uma informacao, tipo folheto, pras pessoas terem mais compromisso com a limpeza, com as plantas etc
03/09/2015 16:52
5
wi fi
03/09/2015 16:27
6
mais sombra
03/09/2015 15:36
7
multiplicar pela cidade
03/09/2015 15:26
8
mais sombra
03/09/2015 14:41
9
mais livros e noticias
03/09/2015 13:03
10
wi fi
02/09/2015 15:27
11
wi fi, carregador
02/09/2015 14:34
Prefeitura
ONG ONG
ONG
Empresa Privada
Privada
Empresa Privada
Cidadãos
dadãos
Cidadãos
Outro (especifique)
Outro cifique)
0%
10%
20%
Outro (especifique) 0% 30%
10% 40%
20% 50%
30% 40% 60% 0% 70% 10%
50% 80% 20%
60% 70% 90% 30% 100% 40%
1290% 100% mais sombra 80% 50% 60% 70% 80% 13 mais sombra 14
de resposta
Respostas Opções de resposta
Respostas 65,88%
efeitura Prefeitura
NG ONG
mpresa Privada
65,88%
17
2,35%
18
3,53%
Empresa Privada
2,35%
Cidadãos
27,06% 1,18%
tro (especifique) Outro (especifique)
1,18%
56 3
19 20 21
02/09/2015 14:22 02/09/2015 14:04
nao da pra ter guardasol semana sim semana nao Respostas 56 mais um guardasol, pelo amor de deus (foi assim q ele falou, rs) 65,88% 56 3
2 27,06%
dadãos
16
100%
se tivesse mais sombra viria td dia
15
3,53%
02/09/2015 14:26 90%
23 1
mais sombra 3,53% guardasol, dificil 2 estar colocado 2,35% mais guardasol 23 27,06% nao pode ficar sem guardasol, sentiu mta falta 1 1,18% mais 1 guardasol
3
02/09/2015 14:00 02/09/2015 13:42 02/09/2015 13:36 02/09/2015 13:32
2 01/09/2015 15:33 23 1
01/09/2015 15:21 01/09/2015 15:04
e respondentes: 85 Total de respondentes: 85
22
cobertura melhor, pois o guardasol nao da conta
01/09/2015 14:44
23
mais sombra
01/09/2015 14:23
24
mais sombra
01/09/2015 14:07
25
mais sombra
01/09/2015 14:00
26
mais um guardasol
01/09/2015 13:53
27
livros, revistas
01/09/2015 12:34
217
4 |PARKLETS
jundiai
jundiai
jundiai
jundiai
jundiai
jundiai
Q14 Costuma frequentar?
Q14 Costuma frequentar?
Q13de Mora de um espaço público? Q14 Costuma frequentar? 13 Mora proximo umproximo espaço Q13 público? Mora proximo de um espaço público? Respondidas: 60 Ignoradas: 25 Respondidas: 60 (praça ou parque) (praça ou parque) Respondidas: 60 Ignoradas: 25 (praça ou parque) Respondidas: 85
Respondidas: 85
Ignoradas: 0
Ignoradas: 0
Respondidas: 85
Ignoradas: 0 sim
Ignoradas: 25
sim
sim
sim
sim não
não
não
final de semana
final de semana
final de semana
não
não Outro (especifique)
Outro (especifique) 0%
218
0%
10%
10%
20%
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50%
Outro (especifique)
Outro (especifique)
30%
40%
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60%
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90%
Outro (especifique)
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20%
30%
60%0%
70% 10%
80% 20%
e resposta
90% 30%100% 40%
0% 60%
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30% 100% 40% 90%
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60%
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50%
100%
60%
70%
Respostas 64,71%
Opções de resposta
Respostas
Opções de resposta 25,88%
sim
64,71%
não
25,88%
Outro (especifique)
9,41%
Total
sim
55
sim 9,41%
(especifique)
Opções de resposta
não
Respostas Opções de resposta 64,71%
22de semana 25,88% final
final de semana
Outro 8 (especifique) 9,41% Total
Total
85
Respostas
Respostas
30,00%
22
não
Outro (especifique)
Respostas
55
sim
55 30,00%
13,33%
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não
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8 13,33%
8 10,00%
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final de semana Outro (especifique) Total
85 46,67%
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8
jundiai
jundiai
jundiai
Q15 O que acha bom neste parklet? Respondidas: 84
jundiai
Q16 O que acha ruim no parklet?
Ignoradas: 1
Respondidas: 6 Ignoradas: 79 Q16 O que achaQ16 ruim O no que parklet? acha ruim no parklet?
Respondidas: 6 Respostas
Data nยบ
area de lazer
04/09/2015 15:13 fumantes 1
Ignoradas: Respondidas: 79 6
Ignoradas: 79
Respostas
Data 04/09/2015 14:50
lugar bom pra descansar, plantas
nยบ
Respostas 04/09/2015 nยบ 15:02
lugarzinho bom pra sentar, conversar
1
fumantes
04/09/2015 14:56 sol fumantes 31 demais
04/09/2015 14:50 03/09/2015 14:5904/0
distrair um pouco, conversar
2
fumantes
04/09/2015 14:50 quando fumantes 42 nao tem guardasol fica uma brasa, nao da pra usar
03/09/2015 17:21 02/09/2015 13:3203/0
3
14:44 naosol 53 sabe se e justo tirar vaga de carro sol demais 04/09/2015 demais
01/09/2015 13:2803/0 03/09/2015 14:59
4
04/09/2015 14:42 sujeira quando nao 6tem 4 guardasol fica quando uma brasa, nao nao tem da guardasol pra usarfica uma brasa, nao da pra usar
31/08/2015 09:3202/0 02/09/2015 13:32
descanso, lazer bom pro descanso do almoco lugar bom pra sentar e descansar
5
2
Respostas
fumantes
04/09/2015 14:26
nao sabe se e5justo tirar vaga de nao carro sabe se e justo tirar vaga de carro
lugar bonito, td mundo gosta
Data
Data
03/09/2015 17:21
01/09/2015 13:28
01/0
04/09/2015 14:21
6
sujeira
6
conforto, convivencia
04/09/2015 14:18
bom lugar pra um descanso
04/09/2015 14:13
lugar bonito e conforto no meio do caminho
03/09/2015 17:44
descansar do trabalho
03/09/2015 17:39
um lugar tranquilo pra dar uma parada, gostou mto
03/09/2015 17:36
lugar pra sair da rotina do trabalho
03/09/2015 17:21
lugar mto bom pra relaxar do trabalho, conversar
03/09/2015 16:52
projeto lindo q alegra a cidade, parabens
03/09/2015 16:37
momento de tranquilidade pra relaxar do trabalho, excelente projeto
03/09/2015 16:27
bom pra fazer uma hora
03/09/2015 16:16
lugar agradavel para uma parada
03/09/2015 16:07
poder descansar, fazer um lanchinho sem precisar pagar
03/09/2015 15:36
lazer, descanso, convivencia
03/09/2015 15:26
lugar bonito pra trazer a namorada
03/09/2015 14:59
pra dar uma descansadinha, uma relaxada
03/09/2015 14:49
dar uma paradinha num lugar gostoso com plantas
03/09/2015 14:41
projeto bonito, sombra
03/09/2015 13:19
lugar tranquilo para um pouco de lazer
03/09/2015 13:15
lazer, descanso
03/09/2015 13:03
lugar bem sossegado pra fazer uma hora
02/09/2015 15:42
sujeira
31/08/2015 09:32
31/0
219
5| CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
220
A participação da população no processo de desenvolvimento do projeto é uma de suas características mais importantes, pois permite a troca de informações e aprendizado entre todos os envolvidos. A participação ocorreu através de oficinas ao longo de três meses, tendo como ponto de encontro o contêiner-oficina instalado na Praça da Matriz. Foram realizadas oficinas de diferentes formatos e que conciliavam muitas vezes diversos atributos, conforme especificado no início deste documento. Além das oficinas que compunham o projeto, foram propostas outras, por iniciativa de grupos e pessoas que conheceram e se envolveram com o projeto ao longo do seu desenvolvimento.
A instalação do parklet e de mobiliário urbano produzido nas oficinas de marcenaria promoveu a transformação do espaço público e alterou a dinâmica do centro, a rotina e comportamento das pessoas ao oferecer novos espaços de descanso e convivência. Ao criar novas possibilidades de uso da cidade, com mobiliário confortável e de qualidade, o poder público demonstra respeito aos cidadãos e sinaliza que os espaços públicos existem para ser usufruídos. Essa mensagem é sentida pelas pessoas, que devolvem esse respeito para a cidade, cuidando e mantendo esses espaços e mobiliário. Prova disso é o bom estado de conservação em que se encontram o mobiliário e as plantas que estão sendo regadas pelas pessoas que moram ou trabalham no entorno.
Nesse período também aconteceu a instalação do primeiro parklet do projeto e também o primeiro a ser instalado na cidade. Apresentamos neste relatório a pesquisa com os frequentadores do parklet a partir da qual foi possível extrair algumas informações que podem subsidiar o projeto do segundo parklet e o seu respectivo manual de instalação.
O envolvimento da população com o projeto ocorreu aos poucos, de forma gradual. Trazer a população para participar das oficinas foi uma das maiores dificuldades do início do projeto. Começamos com poucas pessoas e ao longo do processo a quantidade e o envolvimento de participantes foram se ampliando. Ao final, conseguimos inclusive viabilizar oficinas que foram propostas de forma espontânea por parte de grupos da sociedade civil ou por funcionários de secretarias e coordenadorias da Prefeitura ou ainda por meio de iniciativas individuais de pessoas que estudam a cidade. Como exemplo, a oficina de Paraciclos, Cultivando Jundiaí, Mapeamento de Economia Criativa, Oficina “Jundiahy – Centro Histórico Interfluvial” e Caminhada Coordenadoras Pedagógicas SME. As iniciativas de grupos locais são importantes, pois podem dar continuidade ao espírito do projeto.
Através das oficinas e da troca de conhecimento dos envolvidos, foi possível conhecer os elementos geográficos de referencia da paisagem, a historia de formação da cidade, seus edifícios, os símbolos e lugares mais significativos para a população. Foram identificados os locais de maior demanda e potencial para as propostas de intervenção urbana e instalação de mobiliário. Foram mapeados usos, atividades, economia criativa, equipamentos públicos e patrimônio do centro. Realizar as atividades do projeto nas praças e promover caminhadas pelo centro ajudaram a levar as pessoas para o espaço público. E desta forma, conhecer o centro a partir da escala do pedestre, observando detalhes que só são visíveis caminhando e interagindo com a cidade mais de perto.
Também conseguimos suscitar o engajamento de lojistas e moradores do centro, que se disponibilizaram a contribuir para a manutenção dos elementos e mobiliário que foram instalados no espaço público. Por exemplo, no caso do parklet, diversas pessoas fizeram doações de livros, os lojistas se ofereceram para cuidar do guarda-sol e dos livros, e a equipe de manutenção da Galeria Rosário se encarrega de regar as plantas.
No caso do mobiliário urbano, o gerente de uma loja do calçadão se ofereceu para cuidar da rega das plantas do banco instalado em frente o estabelecimento. Moradores e visitantes do centro se encarregam de molhar as mudas do banco-horta. Todo o processo de desenvolvimento e construção do projeto foi um grande aprendizado para a equipe e acreditamos que também tenha sido para os participantes. O conhecimento produzido e dados coletados foram utilizados para subsidiar o índice de caminhabilidade, as propostas de intervenção, a definição dos locais de instalação dos parklets e do mobiliário urbano produzido nas oficinas de marcenaria. O Urbanismo Caminhável fomentou a discussão sobre a cidade para o pedestre. Despertou o interesse da mídia e o debate nas redes sociais sobre a cidade que se quer para o futuro. Através deste projeto, o poder público sinaliza à população que deseja estabelecer um novo paradigma de cidade: mais humana e com foco nas pessoas.
221
222
PARTE IV
223
6| PROJETOS PILOTOS
PROJETOS PILOTO Esperamos, com esse manual, fomentar e apoiar iniciativas que ajudem no debate e construção da cidade que desejamos para o futuro: mais humana e sustentável. A Prefeitura de Jundiaí, através da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, deseja que os debates e ações promovidos pelo projeto Urbanismo Caminhável tenham continuidade na cidade e se repliquem através de iniciativas da sociedade civil e dos profissionais que pensam e atuam sobre a cidade.
224
O objetivo do manual é sistematizar os processos e ferramentas aplicados pelo Urbanismo Caminhável, ao longo de seu desenvolvimento, de forma a auxiliar na proposição e organização de oficinas e intervenções urbanas destinadas à melhoria da mobilidade e condições dos espaços públicos. Ele se destina a todos os interessados no tema da cidade: técnicos da Prefeitura, profissionais da área e sociedade civil organizada. Pode ser usado para pensar ou transformar um quarteirão, um bairro ou uma cidade. Para envolver um pequeno grupo de pessoas ou uma comunidade inteira. Por exemplo, pode orientar na organização de um debate sobre a instalação de bancos em uma calçada, em diretrizes para reforma de uma praça, ou na proposição de melhorias para um bairro.
INTRODUÇÃO O Centro de Jundiaí concentra rico acervo do patrimônio histórico e arquitetônico, comércio popular e especializado, oportunidades de empregos e serviços, espaços culturais e de economia criativa, acesso ao transporte público, ampla oferta de equipamentos culturais e de espaços públicos. A potencialização desses atributos da área central representa uma grande oportunidade para a cidade de Jundiaí. Com hegemonia do uso do transporte individual motorizado, os espaços da cidade vão perdendo qualidade, tornando-se lugares de passagem e não espaços de estar, convidativos à convivência e ao desfrute de seus potenciais. Para reverter esse quadro é necessário rever as formas de fazer e usar a cidade. Para tanto não é necessário construir novos espaços, mas, sobretudo transformar as estruturas preexistentes. As propostas de intervenção e ativação têm como objetivo de estimular os percursos e a permanência no centro potencializando seus atributos e promovendo novas formas de uso. METODOLOGIA As propostas de intervenções e ativações para o centro de Jundiaí são fruto do diagnóstico elaborado a partir do Índice de Caminhabilidade (IC). As intervenções estão localizadas dentro do perímetro de leitura definido para o projeto Urbanismo Caminhável Jundiaí Centro e ao longo dos 3 percursos onde ocorreram os trajetos de percepção do pedestre, os trajetos de percepção técnica e as análises de walkscore, as três metodologias que definem o Índice de Caminhabilidade (IC). A pontuação resultante do Índice de Caminhabilidade (IC) determinou a qualidade das vias e apontou os desafios e potencialidades a serem abordados. Além da visão qualitativa abrangente do índice, cada categoria analisada nos percursos sugere
intervenções específicas a serem implementadas, como: -Classificação das Vias -Qualidade das calçadas -Mobiliários Urbanos e Serviços -Travessias -Sinalização -Edificações -Ruídos e Conforto Térmico -Infraestrutura -Sensações -Proximidade com comércio, serviços e equipamentos públicos Soma-se a essa análise todos os dados e percepções levantados durante o processo das oficinas promovidas pelo projeto.
225
TEMPORALIDADE
226
DO PROJETO PILOTO AO PERMANENTE
Essa nova forma de fazer a cidade pode seguir da seguinte forma:
O processo de desenvolvimento convencional de projetos deriva do planejamento de construções definitivas por períodos extensos, podendo perder as oportunidades e recursos para sua viabilização. Da conceituação do projeto até a sua implementação muito pode mudar em termos políticos, envolvimento dos cidadãos, e das políticas públicas vigentes. Enquanto muitos destes processos são elaborados para avaliar os possíveis impactos de um projeto, soluções temporárias de pequena escala podem oferecer resultados mais rápidos para a comunidade.
1-Existente
Estratégias de projetos piloto permitem as cidades avaliar os impactos dos projetos pretendidos em tempo real e perceber seus benefícios mais rapidamente do que processos tradicionais. Permitem o diálogo público e o envolvimento da comunidade, convidam usuários e potenciais usuários para o engajamento no processo de mudança da cidade com relação as suas necessidades e demandas. Essa forma de atuação se provou uma ferramenta política forte na tomada de decisão. Enquanto a maior parte de projetos piloto podem evoluir para soluções permanentes de larga escala, alguns são repensados ou alterados durante o processos baseados na sua performance real. Isso produz um resultado final melhor e evita a necessidade de melhoramentos e despesas adicionais para revisões futuras. Etapas de projeto convencional: Conceito > Planejamento > Projeto > Construção Novas estratégias incluindo projetos piloto: Conceito > Planejamento > Projetos Piloto > Análise de Impacto > Projeto > Construção
Condições existentes demonstram como elementos de desenho urbano recorrentes, como largas vias de tráfego e espaço das ruas mal configurado, tem um impacto adverso na experiência do pedestre na paisagem urbana. 2-Projetos Piloto Delimitações e materiais de baixo custo podem realizar benefícios a curto prazo. Enquanto axilia a cidade a testar e a ajustar um redesenho urbano proposto 3-Reconstrução Reconstruções permanentes podem levar de 5-10 anos. Um melhoramento completo deve inclusive incorporar novas infraestruturas como modernos sistemas de drenagem, como jardins de chuva, como ciclovias elevadas em relação a rua , alargamento de calçadas e elementos de pacificação de tráfego. Enquanto muitas cidades estigmatizaram projetos piloto como uma fase de teste para um projeto definitivo, outras viram essas intervenções equivalentes a reconstruções permanentes. O nível de permanência depende de cada projeto individual, mas deve ser comunicado em um primeiro momento. Podem-se classificar essas estratégias temporais em: - temporário: experiências para testar e simular novos usos e ocupações através de ações imateriais ou com poucos recursos. Podem ser sazonais, recorrentes ou gradativos. Por exemplo, fechamentos temporários de ruas podem ampliar seus usos, atrair novas intervenções, ou simplesmente ressignificar um local.
- transitório: experiências de intervenções de durabilidade limitadas. Esse campo de teste e experimentação permite simular situações permanentes de forma mais rápida. Podem envolver processos participativos de construção criando experiências de liberdade, engajamento, pertencimento, afeto e apropriação no espaço público. - flexível: intervenções que podem ter sua materialidade perene e durável, porém assumem formas flexíveis e não enrijecidas: são itinerantes, móveis, desmontáveis, transportáveis ou mutáveis. Por exemplo, os parklets são construídos com materiais perenes, de grande durabilidade, podem permanecer por longo tempo em um local, porém são construídos de forma que possam ser modificados, transportados e reciclados. Além das definições de uso, características e temporalidade para o sucesso de projetos piloto é indispensável o recolhimento de dados antes e depois de sua implementação. O Índice de Caminhabilidade (IC), os levantamentos e mapeamento de dados e informações, e as oficinas participativas ajudaram a identificar as mudanças necessárias e documentar por que essas mudanças devem ser feitas. Após a implantação do projeto piloto, o Índice de Caminhabilidade (IC) e demais comparativos de dados e informações poderão fornecer dados sobre os efeitos das mudanças, apontar mudanças adicionais e validar o sucesso e aprendizados do projeto, além de conduzir à mudanças permanentes.
227
6| PROJETOS PILOTOS
FERRAMENTAS ELEMENTOS, INSTRUMENTOS E ESTRATÉGIAS PARA OS PROJETOS PILOTO Os projetos pilotos propostos são intervenções temporárias em pequena escala para testar e medir impactos na caminhabilidade e qualidade dos espaços públicos de jundiai. Podem ser temporários, transitórios ou flexíveis. De acordo com seus resultados podem tornar-se permamentes e podem ser ampliados e replicados. A seguir os principais elementos, instrumentos e estratégias para realização dos projetos piloto: FECHAMENTO TEMPORÁRIO DE RUAS 228
Fechamentos temporários de ruas demonstram a amplitude e diversidade de formas na qual a cidade pode ser utilizada. Tanto como precursora de um projeto futuro ou como um evento sazonal ou recorrente, podem ativar a rua e ampliar a participação nos negócios e comunidades. Dependendo do seu uso e características podem multiplicar formas abrangendo atividades físicas e recreativas, eventos culturais e artísticos promoção do comércio. REDESENHO E ATIVAÇÃO DO MEIO FIO A separação do leito carroçável e da calçada são normalmente delimitados por vagas de estacionamento, equipamentos urbanos e demais elementos físicos que separam os motoristas dos pedestres. Esses espaços têm o potencial e uma variedade enorme de possibilidades de uso além de estacionamento de veículos. Temporário, flexível ou permanente o redesenho do meio fio pode assumir diversos, usos, funcionalidade e configurações, como: -Alargamento de calçadas
-Pacificadores de tráfego -Parklets / Vagas vivas -Paraciclos /Compartilhamento de bicicletas -Food trucks CONTROLE DE VELOCIDADE O controle de velocidade das vias podem contribuir para a segurança dos pedestres e motoristas, reduzindo as ocorrências de acidentes de transito, bem como qualificar o espaço de uma via através da mitigação de ruídos e dos conflitos. A mudança pode ser somente sinalizada e anunciada, ou pode também ser amparada por elementos de redução de velocidade. ESTÍMULO AO TRANSPORTE NÃO MOTORIZADO Além da priorização do pedestre o estimulo ao uso de deslocamentos pela bicicleta pode complementar as alternativas de mobilidade sustentável. Pode ser estimuladas através de ciclovias,ciclofaixas e ciclorrotas, da implantação de bicicletários e paracilcos em locais estratégicos e da oferta de bicicletas compartilhadas. SINALIZAÇÃO A sinalização direcionada ao pedestre pode garantir sua segurança bem como estimular percursos, orientar e valorização do patrimônio histórico. TRAVESSIAS As travessias representam o maior conflito entre pedestres, ciclistas e motoristas. Normalmente prioriza-se a fruição dos veículos em detrimento da segurança,
eliminando conexões essenciais e a dificultando a acessibilidade e fruição dos pedestres. As travessias podem contar com elementos chave para mitigar esses conflitos, como: - Faixas de pedestres -Revisão dos ciclos semafóricos -Travessias em nível e lombofaixas -Alargamento de calçadas nas travessias POCKET PARKS Pocket parks transformam espaços subutilizados ou residuais em espaços públicos de qualidade. Utilizando materiais de baixo custo, cadeiras, mesas e vasos móveis, os pocket parks tem o potencial de requalificar e revitalizar espaços anteriormente inseguros e desinteressantes. SIMULAÇÃO DE NOVOS USOS Quisques, food trucks, festivais e atividades nas ruas, praças e demais espaços públicos garantem a ativação e atraem usuários. INTERFACE PÚBLICO PRIVADO As fachadas dos edifícios interferem radicalmente na qualidade dos percursos, como: -Fachadas ativas -Saliências, toldos, arcadas e coberturas -Transparência
-Ativação de fachadas cegas: Paredes verdes, lousas, grafites INTERMODALIDADE O sucesso e efetividade em mobilidade parte da qualificação e sinergia entrem os diferentes modais. Estes podem ser promovidos através de vias exclusivas ou delimitadas, sinalização, mapas de itinerários, revisão de rotas, qualificação de pontos de ônibus. MOBILIÁRIO, EQUIPAMENTOS E ARBORIZAÇÃO A implantação de mobiliários confortáveis, equipamentos públicos interativos e a arborização serve como infraestrutura cotidiana ao cidadão e promove a convivência e ativação dos espaços públicos. A construção e elaboração desses itens pode ser participativa.
229
6| PROJETOS PILOTOS - ampliação das calçadas com cones e mobiliário
RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA
NSECA
Solar do Barão de Jundiaí
RUA DO ROSÁRIO
PARKLET 1 INSTALADO
Praça dos Andradas
CRUZAMENTOS - melhorar travessia de pedestres em todos os cruzamentos assinalados, com faixas de segurança novas, traffic calming, revendo o tempo dos semáforos, etc.
8
R. CEL. BOAVENTURA M. PEREIRA
RUA ANCHIETA
7
Galer Bocchino
Secretaria de Cultura de RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí
PRAÇ Escola Prof. Luiz Rosa
RUA SENADOR FO
R. DA PADROEIRA
DE MORAES
Centro das Artes Sala Glória Rocha
RUA RANGEL PESTANA
RUA DO ROSÁRIO
- instalação de vagas vivas (três ou quatro) ao longo da rua.
Terminal Central Praça da Bandeira Igreja N. S. do Rosário
Clube 28 de Setembro
CAMPOS
Clube Supermercado Jundiaiense
Largo de São Bento
Palácio da Justiça
- instalação de mobiliário urbano e arborização - tratamento da empena cega com grafitti e/ou lousa
RUA BERNARDIN O DE
Hospital Público São Vicente de Paulo
Mosteiro de São Bento
INSS
R. DR. J. R. PEREIRA
RUA PROF. LUIZ ROSA
A HENR AVENID
Cemitério Municipal N. S. do Desterro
Praça Dom Pedro II
Praça Tibúrcio Estevam de Siqueira
R. 11 DE JUNHO
Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio
R. JORGE ZOLNER
Praça Frederico Ozanam
IQUE A
NDRÉS
Velório municipal
RUA B
ENJAM
IN CON
STANT
Fórum
Grupo Escolar Conde do Parnaíba
RUA SIQUEIRA
R. SÃO BENTO
A ESTAN
NGEL P
230
PARKLET 2 A INSTALAR
RUA SÃO JOSÉ
Jardim do Solar
Clube Grêmio C. P.
RUA RA
3
RUA DA PADROEIRA E SIQUEIRA DE MORAES
R. BARÃO DO TRIUNFO
- pintura da rua, para que os automóveis tenham mais atenção e reduzam a velocidade. - pintura de faixas de pedestre, para facilitar a travessia.
Galeria Rosário
INTERVENÇÕES PROPOSTAS
2
LARGO SÃO BENTO
R. CEL. LEME DA FONSECA
1
9
4
5
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ - fechamento da rua com cones para simular a ampliação do trecho de calçadão.
6
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ - chicanas temporárias, demarcadas com floreiras e cones, formando um percurso mais longo e sinuoso e forçando os veículos a reduzir a velocidade
AV. DR. CAVALCANTI
BOULEVARD MONTE CASTELO - instalação de foodtrucks, mesas e cadeiras - cinema noturno - grafitti no muro da E. E. Gandra e terreno público
Câmara Municipal de Jundiaí
DIAÍ
A UNDIN
Gabinete de Leitura
O NT EA D PE
NSECA
A PAUL
RUA BARONESA DO JAPI
RUA BARÃO DO TRIUNFO - fechamento da rua com cones, para simular calçadão - desvio do percurso do ônibus - R. implantação mobiliário e ANTUNES PETRONILHAde arborização
231 Ponte Torta
R. SEC
RUA SENADOR FO
AVENIDA
O VEIG
E Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
R. ENG. MONLEVAD
ÇA DA MATRIZ
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
a
Praça Rui Barbosa
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
Rio Guapev
RUA BARÃO DE JUN
SAES CAMPOS
Museu da Teatro Energia Polytheama
DE AV. ODIL
R. SÃO JOSÉ
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES
10
RUA SENADOR FONSECA - ciclofaixa provisória com cones
Clube Jundiaiense
R. 11 DE JUNHO
232
Palácio da Justiça
Escola Prof. Luiz Rosa
ÁREA DE INTERVENÇÃO FAIXAS DE PEDESTRE EXISTENTES
RUA SENADOR
FAIXAS DE PEDESTRE NOVAS
- Pintura de faixas de pedestre, para facilitar a travessia.
FONSECA
Praça dos Andradas
RUA DO ROSÁRIO . CEL. LEME DA FONSECA
Largo de São Bento
Secretaria de DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO Cultura - Falta de faixas de pedestres - Calçadas estreitas de RUAPONTADAS A BARÃNO POTENCIALIDADES O DIAGNÓSTICO DE JUNDIAÍ Jundiaí Centro das Artes - Vista para Fepasa Sala Glória PROPOSTAS PILOTO Rocha - Pintura da rua, para que os automóveis tenham mais atenção e reduzam a velocidade. LARGO SÃO BENTO
Galeria Rosário
Mosteiro de São Bento
INSS
RUA RANGEL PESTANA
DE MORAES
Fórum
Grupo Escolar Conde do Parnaíba
RUA SIQUEIRA
1 LARGO SÃO BENTO
R. J. R. PEREIRA
R. SÃO BENTO
6| PROJETOS PILOTOS
R. DA PADROEIRA
C. P.
FERRAMENTAS
PINTURA DO ASFALTO DA VIA
REFERÊNCIAS
PINTURA DE FAIXAS DE PEDESTRE
233
Projeto Centro Aberto - Av. São João, São Paulo
Sunset Triangle Plaza, em Los Angeles
6| PROJETOS PILOTOS
2 RUA DA PADROEIRA E SIQUEIRA DE MORAES
R. SÃO JOSÉ
Galer Bocchino
Jardim do Solar
Secretaria de Cultura de RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO Rua siqueira de Moreas: - Calçada com largura irregular com trechos muito estreitos e obstáculos. Rua da Padroeira: - Calçadas estreitas em muitos obstáculos - Falta de faixas de pedestres no cruzamento com Rua Rangel Pestana - Semáforo no cruzamento com o calçadão da rua barão de Jundiaí não é percebido pelos pedestres - Verificar prioridade do tempo do semáforo: pedestre ou carros? POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Potencialização das exclusivas de pedestres e de espaços de convivência, e estímulo ao comércio.
Solar do PROPOSTASBarão PILOTOde - Ampliação da calçada com cones e mobiliários Jundiaí
PRAÇA DA MATRIZ
MPOS
FO
RUA DO ROSÁRIO NSECA
SIQUEIRA
a iz
RUA RANGEL PESTANA R. DA PADROEIRA
o das Artes a Glória Rocha
RUA DA PADROEIRA E RUA SIQUEIRA DE MORAES
ria Rosário
234
DE MORAES
Clube Grêmio C. P.
Casa da Família Queiroz
RU
FERRAMENTAS
CONES PARA DEMARCAR O ESPAÇO
REFERÊNCIAS
MOBILIÁRIO
235
Extensão da esquina com cones, em Hamilton, Canadá
6| PROJETOS PILOTOS
3 RUA SÃO JOSÉ RUA SÃO JOSÉ DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Inexistência de mobiliário urbano - Não há arborização -Fachadas cegas e pouco atraentes
R. SÃO JOSÉ
POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Potencialização das exclusivas de pedestres e de espaços de convivência, e estímulo ao comercio. PROPOSTAS PILOTO - Instalação de mobiliário urbano e arborização - Tratamento da empena cega com grafitti e/ou lousa
A
Praça Rui Barbosa Gabinete de Leitura
VEIG O N I D CUN
Casa da Família Queiroz
NG. MONLEVADE
RUA BA
PRAÇA DA MATRIZ
MPOS
236
Galer Bocchino
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES
FERRAMENTAS
INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO
REFERÊNCIAS
ARBORIZAÇÃO
237
TRATAMENTO DA EMPENA CEGA COM GRAFITTI OU LOUSA Parede-lousa na Pracinha Oscar Freire, Corona Plaza, em Nova Iorque em São Paulo
IGA
Praça Rui Barbosa
PROPOSTAS PILOTO RUA SEdoNtrecho ADO Fechamento da rua com cones para simular a ampliação de R calçadão. FONSEC
TE A
Família Queiroz POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO Telles e - Possui trecho de calçadão - circulação para veículos permitido apenas no período Casa da noite. - Potencialização das exclusivas de pedestres e de espaços de convivência, e Paroquial estímulo ao comercio.
DO
Gabinete de Leitura
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Apesar de ser calçadão, existe desnível entre calçada e leito carroçável Casaurbano da - Inexistência de mobiliário - Não há arborização
A
PE N
E CAMPOS A BERNARDINO D
RUA BARÃO D
VE O N I D UN R. SEC
PRAÇA DA MATRIZ RUA BARÃO DE JUNDIAÍ
238
Mus da Ener
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ
R. ENG. MONLEV ADE
4
R. SÃO JOSÉ
Galer Bocchino
6| PROJETOS PILOTOS
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES
FERRAMENTAS
REFERÊNCIAS
FECHAMENTO DA RUA COM CONES PARA SIMULAR O CALÇADÃO
239
Rua temporariamente fechada para lazer.
Calçadão no centro de Buenos Aires
5 RUA BARÃO DE JUNDIAÍ - TRECHO POLYTHEAMA Museu da Teatro Energia Polytheama
Câmara Municipal de Jundiaí
IAÍ
IGA
VE O N I D UN R. SEC
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ - TRECHO POLYTHEAMA
binete DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO Leitura - Calçadas estreitas e com obstáculos - Pouco uso e frequência
POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Área com usos institucionais e valor histórico e paisagístico que pode ser potencializada com a instalação de novos usos e mobiliário urbano.
PE
NT
EA DO
PROPOSTAS PILOTO chicanas temporárias, demarcadas com floreiras e cones, formando um percurso mais longo e sinuoso e forçando os veículos a reduzir a velocidade
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
va
240
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
Rio Guape
ND RUA BARÃO DE JU
SAES S O P M DE CA L I D O . V A
6| PROJETOS PILOTOS
FERRAMENTAS
REFERÊNCIAS
241
CHICANAS TEMPORÁRIAS COM
Chicana provisória: Pop-Up MANGo, em Santa Mônica, Estados Unidos
6| PROJETOS PILOTOS
6 BOULEVARD MONTE CASTELO
Câmara Municipal de Jundiaí
AÍ
va
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO -Calçadas esburacadas -Muros cegos -áreas escuras e pouco seguras -Inexistencia de mobiliários usos e equpamentos
Rio Guape
242
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
SAES S O P M DE CA L I D O . V A
ma
BOULEVARD MONTE CASTELO
POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO -Vista para a cidade -Vegetação abundante -Interação com o patrimônio histórico da cidade -Proximidade com equipamentos, áreas verdes e projetos futuros -Memória do local como ponto de encontro PROPOSTAS PILOTO - Foodtrucks estacionados na rua - Mesas e cadeiras na calçada e na praça, para serem utilizadas juntamente com os foodtrucks - Projeção de filmes noturna, ao ar livre - Graffiti no muro da E. E. Gandra e do terreno público
Ponte Torta
FERRAMENTAS
FOODTRUCKS
REFERÊNCIAS
MESAS E CADEIRAS
243
Butantã Foodpark, em São Paulo GRAFFITI
CINEMA NOTURNO AO AR LIVRE
Projeção de filme em empena cega: Centro Aberto, Largo São Francisco, em São Paulo
RUA SIQUEIRA ECU R. S Jardim do Solar R. DA PADROEIR A Galeria Rosário R. DA PA . CEL. LEME DA FONSECA PE NT SECU . R EA Galer Bocchino AMPOS D R. ENG. MONLEV Galeria Rosário O AD E NFO
IGA E V O DE MORAES NDIN
DE MORAES
R. RUA CEL.SIQUEIRA LEME DA FONSECA R. J. R. PEREIRA
R. J. R. PEREIRA
R. ENG. MO Galeria Rosário RUA BERNARDINNLEVADE OEio R. DA D sár RO lerAiaDRo GaP IREACAMPOS R. CEL. LEME DA FONSECA
R. ENG
DE MOR
RUA SIQUEIRA R. BARÃO DO TRIUNFO
ONSECA EREIRA
leria Rosário
R. ENG. MONLEV ADE RUA SIQUEIRA DE MORAES
RN .S ÃO JOS R. SÃO BE TO
R. J. R. PEREIRA R. 11 DE JUNHO R. DR. J. R. PEREIRA
E CAMPOS
R. SÃO BENTO Galer Bocchino
DE MORAES
R. SÃO Jardim do RUA BERNARDIN O DE CAMP
R. 11 DE JUNHO UA SIQUEIRA RUA BERNARDIN OD
aler Bocchino RUA BERNARDIN R. JORGE O DE C ZOLN ER AMPOS
R. SÃO JOSR.É BARÃO DO TRIUNFO R. CEL. LEME DA FONSECA
R. S Ã R. BARÃO DO TRIUNFO Galer Bocc Galeria Rosário
R. SÃO BENTO
7
R. 11 DE JUNHO
R. 11 DE JUNHO
R. DA PADRO
Secretaria Família Escolar C. P. C. P.de C. P. Fórum Queiroz INSS Conde do RUA RANGEL PESTANA RUA RANGER a Cultura Telles e Parnaíba do 6| PROJETOS PILOTOS de Casa de PRAÇA DA MATRIZ RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí Solar do RUA B Centro das Artes Paroquial iaí o de RUAdeDO ROSÁRI CRUZAMENTOS O Sala Glória Barão Grupo Grupo Grupo ento Secretaria Clube Palácio Jundiaí Escolar Escolar Rocha RUA SENEscolar Largo de Casa da A D O R F O N de S Grêmio E Fórum São Bento A INSS da Conde Fórum do Fórum INSS INSS PraçadoRui CondeCdo Conde Família Cultura Justiça Parnaíba C. P. Barbosa Parnaíba Parnaíba Queiroz Praça Rui RU de A RA NG EL PESTANA PRAÇA DA MATRIZ Telles e RUA BARÃO DE Barbosa Gabinete RU JU Jundiaí A ND BARÃORU BAND IA RÃIA Í O ÍD Centro das Artes DEA JU RUA DO ROSÁRI Centro das Artes Centro das Artes O Praça Praça de Leitura Casa AV. DR. CAV ALCA NTI PRAÇA DA MATRIZ Mosteiro de Mosteiro deSala Glória Sala Glória Sala Glória ParoquialGabinete Tibúrcio Tibúrcio Escola Palácio São Bento São Bento de Leitura Palácio Palácio Rocha O EstevamLargo deEstevam Casa da LargoRocha Rocha de Largo de Grupo Prof. Luiz e da Família daBento da Secretaria SãodeEscolar Bento A x Rua RUA Rua Jundiaí x de Rua São Bento x São Rua Bento RuaSão Siqueira de Moraes Rua da Padroeira x Rua Rua da LPadroeira de Barão Casa da U A SENA P Rosa x Rua ense Justiça Rua Jorge Zolner Barão de Jundiaí do Rosário Rangel Pestana Barão de Jundiaí Queiroz Justiça Justiça A V E 244 Siqueira N ID de A Família NSS CondeSiqueira do Telles e A SENADOR FO Cultura Queiroz Solar do SALLES RUParnaíba NSECA Casa RUA DO ROSÁRI O de RUA DO R de Telles e Barão Paroquial RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí Centro das Artes Casa Jundiaí Escola Escola Escola Sala Glória Paroquial Prof. Luiz Prof. Luiz Prof. Luiz Clube Clube R UA SENADOR F Palácio Rocha ONSECA Supermercado Supermercado Rosa Jundiaiense Jundiaiense RUA Rosa BARONE Praça dos SA D O JAPI RRosa da UA SENADOR F R Andradas ONSECA U A S E R R NADOR FONSE RU Justiça A SE NA D O RAF R GÁ RIDOOUJ. F CAUAA VI O J.SOE NNSADR N RO S ECIG A UES ECA PRA O do Japi x Praça Dr. Domingos Anastácio Bernardino de Campos x Rua Barão doRUA Triunfo xDO ROSÁRI Rua Baronesa Rua Senador Fonseca x Rua Senador Fonseca Av. Paula Penteado Rua Marcílio Dias Rua Secundino Veiga x l Av. Paula Penteado Escola São Praça dos A Praça dos Prof. Luiz PAUL Praça dos Andradas AVENIDA RAndradas UA BARONESA DOAJAPI Andradas Rosa ode PAUL
FERRAMENTAS
MELHORAR A TRAVESSIA DO PEDESTRE
REFERÊNCIAS
NOVAS FAIXAS DE SEGURANÇA
REVER TEMPO DOS SEMÁFOROS
245
CRUZAMENTOS DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Atropelamentos de pedestres - Acessiblidade a pontos de interesse, praças e equipamentos - Difculdade de fruição do pedestre POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Qualificação dos percursos - Redução de acidentes PROPOSTAS PILOTO - Melhorar travessia de pedestres em todos os cruzamentos assinalados, com faixas de segurança novas, traffic calming, revendo o tempo dos semáforos, etc.
Traffic Calming: calçadas avançadas, feitas pela CET em São Paulo
Faixa de pedestre criativa, no México
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Falta de equipamentos e mobiliários - Falta de arborização
DO NT
EA AVENIDA
RUA BARONESA DO JAP I
Praça da Bandeira Clube 28 de Setembro
PE
NSECA
Terminal Central
Igreja N. S. do Rosário
A
RUA SENADOR FO
POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Dinamização e qualificação do eixo comercial PROPOSTAS PILOTO - Instalação de algumas vagas vivas (três ou quatro) ao longo da rua
Gabinete de Leitura
O VEIG UNDIN
Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
Praça Rui Barbosa
R. SEC
CAMPOS RUA BERNARDINO DE
Galeria Rosário
RUA SIQUEIRA
R. BARÃO DO TRIUNFO
RUA
PraçaROSÁRIO dos DO Andradas
RUA DO ROSÁRIO R. CEL. LEME DA FONSECA
246
R. DR. J. R. PEREIRA
Escola Prof. Luiz Rosa
FONSECA
ND RUA BARÃO DE JU
PRAÇA DA MATRIZ
R. CEL. BOAVENTURA M. PEREIRA
lácio da stiça
Centro das Artes Sala Glória Rocha
Solar do Barão de Jundiaí
Museu da Teat Energia Polythe
R. ENG. MONLEV ADE
8 RUA DO ROSÁRIO
S
R. SÃO JOSÉ
Secretaria de Cultura de RUA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES Galer Bocchino
Grupo Escolar Conde do Parnaíba
RUA RANGEL PESTANA Jardim do Solar
DE MORAES
6| PROJETOS PILOTOS
R. DA PADROEIRA
Clube Grêmio C. P.
R. PETRONILHA ANTUNES
A PAUL
FERRAMENTAS
REFERÊNCIAS
INSTALAÇÃO DE VAGAS VIVAS AO LONGO DA RUA
247
Parking Day, em Portland e Seattle.
POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Principal acesso do pedestre ao centro e a praça da Matriz - Comércio ligado ao grande fluxo de pedestres O
Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
Barbosa
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO Gabinete de Leitura - Conflito entre ônibus e pedestres - Calçadas estreitas
RUA SENADOR PROPOSTAS FONSECA
PILOTO - Fechamento da rua com cones, para simular calçadão - Desvio do percurso do ônibus - Implantação de mobiliário e arborização
AVENIDA
PE
CAMPOS RUA BERNARDINO DE
R. BARÃO DO TRIUNFO
R. CEL. LEME DA FONSECA
Galeria Rosário
RUA DO ROSÁRIO
Rui DO TRIUNFO RUAPraça BARÃO
NT EA D
PRAÇA DA MATRIZ
248
A PAUL
RUA BARONESA DO JAP I
opção 1 de desvio do percurso do ônibus Terminal Central
opção 2 de desvio do percurso do ônibus
Praça da Bandeira Igreja N. S. do Rosário
Clube 28 de Setembro
Câmara Municipal de Jundiaí
IAÍ
ND RUA BARÃO DE JU
A
9 RUA BARÃO DO TRIUNFO
VEIG NDINO U C E S R.
Solar do Barão de Jundiaí
Museu da Teatro Energia Polytheama
R. ENG. MONLEV ADE
Secretaria de Cultura de UA BARÃO DE JUNDIAÍ Jundiaí
R. SÃO JOSÉ
6| PROJETOS PILOTOS
RUA VIGÁRIO J. J. RODRIGUES Galer Bocchino
Jardim do Solar
RUA RANGEL PESTANA R. DA PADROEIRA
Grêmio C. P.
R. PETRONILHA ANTUNES
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
Escola Estadu Anteno Soare Gandr
FERRAMENTAS
DESVIO DO PERCURSO DO ÔNIBUS
REFERÊNCIAS
FECHAMENTO DA RUA COM CONES
MOBILIÁRIO
ARBORIZAÇÃO/ FLOREIRAS
249
Pedestrianização da Times Square, em Nova Iorque
RUA SENADOR FO
RUA SENADOR FONSECA 250
rminal entral
Praça da Bandeira
NSECA
AVENIDA
DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Percurso desiteressante - Falta de equipamentos e mobiliários RUA BARONESA DO JAP I - Falta de arborização POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Rua com baixa inclinação - Ligação importante com o centro
PROPOSTAS PILOTO ANTUNES PETRONILHA - Implantação de ciclofaixa, R. demarcada por cones Clube 28 de Setembro
A PAUL
SAE CAMPOS
Escola Estadual Antenor Soares Gandra
Ponte Torta
PE NT EA DO
RUA BERNARDINO DE
R. BARÃO DO TRIUNFO
CAMPOS
10 RUA SENADOR FONSECA Casa da Família Queiroz Telles e Casa Paroquial
A
Gabinete de Leitura
O VEIG UNDIN C E S . R
R. ENG. MONLEV ADE
PRAÇA DA MATRIZ
Praça Rui Barbosa
Grupo Escolar Siqueira de Moraes
DE AV. ODIL
R. SÃ
Galer Bo
Ja
R. DA P
IAÍ
ND RUA BARÃO DE JU
6| PROJETOS PILOTOS
O
Jundiaí
va Rio Guape
Solar do Barão de Jundiaí
da Teatro Energia Polytheama
FERRAMENTAS
REFERÊNCIAS
251
DELIMITAÇÃO DA CICLOFAIXA COM CONES
Ciclofaixa de lazer na Av. Paulista, em São Paulo
6| PROJETOS PILOTOS
11 PARKLETS PROJETO PILOTO CONCLUÍDO
252
RUA BARÃO DE JUNDIAÍ E RUA DO ROSÁRIO DESAFIOS APONTADOS NO DIAGNÓSTICO - Percurso desiteressante - Falta de equipamentos e mobiliários - Falta de arborização POTENCIALIDADES APONTADAS NO DIAGNÓSTICO - Rua com baixa inclinação - Ligação importante com o centro - Melhorar a qualidade do percurso e a vida do pedestre PROPOSTAS PILOTO - Implantação teste numa vaga de carro escolhida, ao longo de um dia, com
Os parklets de Jundiaí são um exemplo de projeto piloto concluído na cidade. Num primeiro momento, houve a mobilização das pessoas em oficinas participativas, nas quais se explicou, primeiramente, o conceito de parklets. Em seguida, os participantes podiam sugerir locais e mobiliários que desejavam para o parklet. Numa fase de teste, foram instaladas em uma vaga de carro mobiliários provisórios como cadeiras de praia e grama sintética, para que as pessoas pudessem experimentar o que poderia ser a ocupação de um parklet. Feito isso, veio a consolidação do teste: a regulamentação dos parklets e a instalação do parklet final.
253
7| CONCLUSÃO
DESDOBRAMENTOS Ao longo do desenrolar do Urbanismo Caminhável, algumas iniciativas com temas relacionados à mobilidade e á ocupação do espaço público foram surgindo de forma espontânea e independente do projeto em si. Em setembro, no dia mundial sem carro, foi instalada uma ciclofaixa-piloto na Avenida Nove de Julho. Essa ação tinha como intenção estimular a mobilidade intermodal (nesse caso, a bicicleta) e também testar e avaliar o uso da bicicleta, usando esses dados para a instalação de novas ciclovias na cidade.
254
Além disso, outras iniciativas relacionadas ao dia mundial sem carro foram realizadas em Jundiaí como passeios ciclísticos e até uma Caminha Noturna no Centro Histórico organizada por pessoas que faziam parte do grupo Urbanismo Caminhável. O Espaço Arte Lelê da Cuca promoveu discussões sobre os parklets e até mesmo desenvolveu um projeto de parklet para a chamada Rua das Artes. Outro exemplo de iniciativa é o Cultivando Jundiaí, oficina realizada por voluntários que instalou mudas de árvores e plantas aromáticas nos locais que foram previstos mobiliários feitos nas oficinas de marcenaria. Essas iniciativas todas mostram que o projeto Urbanismo Caminhável teve desdobramentos positivos e que veio para somar na discussão sobre outros tipos de deslocamento que não o carro. Certamente, o processo todo do Urbanismo Caminhável no centro de Jundiaí trouxe avanços na conscientização da população quanto à mobilidade e reforçou a participação popular tanto na discussão quanto no uso do espaço público. As intervenções organizadas de forma independente do projeto e realizadas até mesmo após o término do Urbanismo Caminhável no centro, mostra que o projeto deixa, de certa forma, um legado importante que pode e que tem sido continuado pela própria população.
CONCLUSÃO GERAL A função desse manual é fazer com que os conceitos discutidos e experimentados pelo Urbanismo Caminhável continuem a acontecer de forma permanente. O conjunto de ações, mesmo que pequenas, potencializa os efeitos de cada uma delas. Substituir o modelo de cidade pensada para o carro para a cidade pensada para as pessoas acontece através de um longo processo, de desafios por parte das administrações públicas e de engajamento por parte da sociedade civil. Porém, o que queremos demonstrar com esse manual é que, por meio de ações rápidas e de fácil execução podemos mudar a forma como as pessoas enxergam e usufruem a cidade, tornando-a mais interessante e agradável. Durante o projeto tivemos contato com pessoas atuantes nas mais diversas áreas, estudantes, professores, técnicos, crianças, adolescentes, adultos, idosos. Cada um com uma vivência diferente da cidade, agregando visões e aspectos à reflexão. Desse contato e interação surgiram já algumas iniciativas por parte tanto de técnicos da Prefeitura, quanto da sociedade civil, demonstrando a sintonia em relação aos aspectos que tornam a cidade mais humana, e a vontade de fazer parte do processo e de ser protagonista dessa mudança. Como exemplo: as oficinas de Paraciclos, Mapeamento da Economia Criativa, Jundiahy Centro Histórico Interfluvial, Cultivando Jundiaí. Houve também a iniciativa por parte de atelier de artistas promover o debate e a simulação de um parklet. A parceria entre coletivo de grafiteiros de Jundiaí com a Prefeitura e a E. E. Dr. Antenor Soares Gandra para realização de grafite no muro da escola junto com a oficina Cartograffiti. Ou ainda, destacamos o fechamento da Av. 9 de Julho pela Prefeitura para a instalação de uma ciclofaixa temporária para lazer no Dia Mundial sem Carro. Desejamos que este seja apenas o início de um processo que se perpetue e auxilie a sociedade a construir uma cidade mais agradável, segura e divertida.
255
7| CONCLUSÃO
DIAGRAMA SÍNTESE 1. MOBILIZE AS PESSOAS
2. VIVENCIE E OBSERVE
CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE ANÁLISE 3. ESTABELEÇA
A PARTICIPAÇÃO POPULAR 4. PROMOVA
5. PROTOTIPE
6. MEÇA OS RESULTADOS
7. COMUNIQUE
8. MANUTENHA E CUIDE
9. CONTINUE
Midias sociais, panfletos, videos, instalações temporárias, posters, correio, boca a boca: faça o que for necessário para atentar as pessoas do que pode ser feito na cidade.
256
Debata com a comunidade e discuta o que poderá ser feito em conjunto através de encontros, oficinas e eventos.
Comunique a todos o que está sendo feito, tanto para os participantes do movimento como para a comunidade. A comunicação garante transparência e entendimento a todos, permitindo assim o pleno engajamento das pessoas.
Organize caminhadas pela cidade para expandir o olhar das pessoas na escala do pedestre.
Bote a mão na massa e comece a testar as mudanças com os recursos que tem em mãos!
É importante continuar cuidando do que foi implementado. Manter a limpeza, zelo e cuidado são fundamentais para validar que o espaço foi efetivamente ativado.
Qualidade das calçadas, uso do espaço público, conforto, segurança: elenque critérios e formas de medi-los para descobrir os potenciais e deficiências da sua cidade. Esses critérios serão importantes posteriormente para comparar o impacto das ações!
Compare o impacto das transformações analisando os mesmos critérios que foram estabelecidos em etapas anteriores.
É possível ampliar ou consolidar as ações através de seus resultados: podem orientar ações de médio e longo prazo, ser replicadas em outras localidades ou resultar em políticas públicas
257
RELATÓRIO FINAL
DEZEMBRO/2015
REALIZAÇÃO:
THAÍSA FRÓES
ARQUITETA