BAHIA
COMISSÃO EDITORIAL Alessandra Masullo - Diaconia Bart Vetsuypens - Volens Mathieu Orfinger - Volens/Gacc Osmar Rufino Braga - Visão Mundial EQUIPE DE SISTEMATIZAÇÃO Alessandra Masullo - Diaconia, Arlene Freire - ABRAÇO SISAL, Bart Vetsuypens - Volens, Daniele Xavier - Conexão de Saberes, Fernando Filho - ACOPAMEC, David Junior - CCJ, Gerinelson Lima Gonçalves - REFAISA-BA, Maria Micinete - ESCUTA, Mathieu Orfinger - Volens/Gacc, Osmar Rufino Braga - Visão Mundial, Sandro Silva de Lima - Conexão de Saberes DIAGRAMAÇÃO E ARTE Karine Raquel CAPA Apoena da Silva EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA José Cleiton (Carbonel) REVISÃO Gerson Flávio FOTOS Carlos Alberto, David Junior, Gilmar Raimundo, José Cleiton (Carbonel), Francisco Bomy e Bart Vetsuypens. APOIO CESE (Brasil), Tearfund, Christian Aid (Inglaterra), Norwegian Church Aid / OD (Noruega), DISOP, Volens, Zuiddag (Belgica) IMPRESSÃO 8 de Março Gráfica e Editora PRODUÇÃO CCJ - Centro de Comunicação e Juventude Assessoria de Produção - Karine Raquel SITE www.caravanadecomiunicacao.org.br SITE DE VOLENS www.volens.be www.volensamerica.org C262
Caravana de Comunicação e Juventudes : uma experiência de mobilização, comunicação e formação das juventudes no contexto social do Nordeste / comissão editorial Alessandra Masullo ... (et al.) . fotos Carlos Alberto ... (et al.). – Recife : Centro de Comunicação e Juventude. 2009. 60p. : il. Inclui referências. 1. MOVIMENTOS SOCIAIS – BRASIL. (NORDESTE). 2. MOBILIDADE SOCIAL. – BRASIL. (NORDESTE). 3. CARAVANA DE COMUNICAÇÃO E JUVENTUDES – BRASIL (NORDESTE) – ASPECTOS EDUCACIONAIS. 4. CARAVANA DE COMUNICAÇÃO E JUVENTUDES – BRASIL. (NORDESTE) – ASPECTOS CULTURAIS. 5. COMUNIDADE – BRASIL (NORDESTE) - ASSISTÊNCIA SOCIAL. 6. MOVIMENTO DA JUVENTUDE – BRASIL (NORDESTE). 7. DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO. 8. POLÍTICAS PÚBLICAS. 9. VETSUYPENS, BART – ENTREVISTA. 1. Masullo. Alessandra. 11. Alberto. Carlos. CDU 316.344.56 CDD 305.5
PeR – BPE 09-0337
Nous dédions ce travail à Pasteur Arnulfo Barbosa, ancien directeur exécutif de la diaconie, décédé en août 2008 que les deux rêvé et encouragé la mise en œuvre de la communication mobile et de la jeunesse. Pour lui, notre gratitude cher.
La conception de la communication mobile et de la jeunesse a été faite beaucoup de mains ... donc nos remerciements à: Michael Mc Laughlin, Joseilton Evangelista, Mara Manzoni Luz, Graça Elenice, Verônica Maciel, Alexandre Botelho Merrem, Gerson Flávio, Erika Miguel de Jesus, Kris Fierens, Michel Lataer, Eric Gijssen, John Erbuer, Leon e Martha Vetsuypens Vandiest, Mércia Assunção, Celia Rique, Daltro Paiva, Sofia Graciano, Roberta, Ilma Bitencourt, Kris Jansen, Francisco Dantas, Simão Neto, Maria Auxiliadora Cabral, Diglane Galvão, Christian Schoien, André Bilsen, Jefferson Vasconselhos, Gerard Vanderelst, Marc Storms, Dimas Galvão,Valdenio Sabino, Omar Rocha, Katrien Vandepladutse, Pedro Mendes, Alexandre Cardoso, Felix Guedes Aureliano da Silva, Raimundo Oliveira Cajá, Ita Porto, Nathan Kamliot, Maria Hortência Mendes, Socorrinha Silva, Professora Socorro, Thiago Esperandio, Cássia Bechara, Beatriz Tibiriçá, IRPAA, Sicoob – Pintadas e Valente, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pintadas e Neuza Cadore, Tatiane dos Santos e Silva, Francisca Edvânia Freitas da Silva, Killvio Souza, Claudiney Souza de Arruda, Francisco Wandeberg, Joana D´arc da Silva Feitosa, Celene Maria da Costa Pereira, Francisco Cristiano Sabino Gabriel, Verônica Patrícia Pereira da Silva, Edcarlos Gonçalves Bezerra, Pablo Wanderson Andrade da Silva, Inácio Alves de Sá, José Willian Ferreira, Luiz Rufino da Silva Neto, Edgleison Vieira Rodrigues, Francisco Juan Araújo, Ana Paula Alves, Valcivania Oliveira Santos, Lucineide Vieira da Silva, Francisco Ricardo de Sousa, Francisco José da Silva Soares, Antonio Hélio Roque da Silva, Edenisio da Silva, Maria Micinete de Lima, Josineide Luz de Freitas, Charles Willian Farias Gomes, Jamieson Simões, Maria Pinheiro do Nascimento, Antonia Aurinelda da Silva, Osmar Rufino Braga, Mac Thiago Barbosa, Ramon Bonfim Barros, Thiago Silva de Santana, Alessandra Sávia da Costa Masullo, Francisco Cristiano Alves, Artur Rodrigues da Silva Santos, Gleyson Gonçalo de Oliveira, Francisco Danilo Silva Mariano, Elenilda Carlos de Melo (Elen), Mathieu Orfinger, Maria Wanderlúcia Lopes do Nascimento, Francisca Márcia Fernandes de Morais, Josivan Cosmo da Silva, Mateus Ferreira de Freitas, Lucas Pinheiro de Queiroz, Aurilene Pereira de Jesus, Claudeci Corpi Moraes, Sandro Silva de Lima, Danielle Xavier de Santana, David Carlos Silva Santos Júnior, Francisco da Silva Cruz, Bart Vetsuypens, Natália Lopes Wanderley, Carine Haesen, Carlos Alberto Gomes de Lima, Jailton Ferreira da Silva, José Caique Rago Ferreira, Raquel de Melo Santana, Joselito Coutinho Costa, Célio Meira Sá, Ethel Ramos de Oliveira, Martina Marzagalli, Talynne Lopes de Souza, Ingvild Lundeby Kirkebak, Einar Seilskjær, Juliana Joana da Silva, Josiclébio Bastos, Alexsandra Marinho da Silva, Marília Gabriela Guilherme Nascimento dos Santos, José Cleiton Severino de Lima, Zoé Maus e família, Leonildo de Moura Souza, Francisco Boony Pereira de Amorim, Anderson Agide Albuquerque Moura, Alexsandra Rodrigues de Lima, José Severino da Silva, Péricles Chagas Farias, Aldigleide Ferreira da Silva, Jessyka Alves da Silva, Paulo Ricardo do Nascimento, Robson Ramos dos Santos, Gilmar Raimundo da Silva, Emerson Patrício da Silva, Alexsandro de Oliveira, Jonas de Melo Silva, Johnatan Fernandes da Silva, Alcidésio Silva dos Santos Jr., Geovane Marcelino dos Santos, Gisele da Silva Falcão, Adriana Gomes de Freitas, Romário Henrique Silva de Almeida, Francilene Menezes dos Santos, Givanildo de Araújo Braz, André Nilton Carneiro da Conceição, Arlene Cristina Freire Araújo, Kivia Maria da Silva Carneiro, Alcione Bispo dos Santos, Silvano Manoel Oliveira dos Santos, José Valdo Santos de Pinho, Nilson Pereira de Souza Júnior, Miguel Elísio Teles Pereira, Jocivaldo dos Anjos, Evandro da Conceição Soares, Gil Brás, Osmário Daniel dos Santos, Cristovão de Jesus Santana, Antoniel da Silva Brito, Jucelino, Gerinelson Lima Gonçalves, Derivânio Pereira Lima, Ronivea Oliveira de Lima, Adriano Alves dos Santos, Fernando dos Santos Pinheiros, Pedro dos Santos, Sérgio Sildagio Cantor, Fernando Carneiro dos Santos Filho, Suemys Luize Tavares Pancene, Patrick de Menezes Brasileiro, Ronildo Sacramento dos Santos, Alessandro Chineles, Nayara, Dânica Silvana Teles Santos, Alessandra, Manuela Correia do Vale, Sirlene, Filipe de Morais Mota, Bruno Sousa Santos, Vanessa Sena de Almeida,
Enroute.......................................................................................................................................................7 Entrevue : Une idée qui est devenue Projet...............................................................................................9 La condition juvénile dans le Nord-Est.....................................................................................................13 La Mobilisation sociale dans la Caravane de Communication et Jeunesses: significations, apprentissages et impacts..............................................................................17 Le monde a la couleur dont on le peint.....................................................................................................25 Les mouvements sociaux et démocratisation de la Communication........................................................29 Ateliers de la Caravane de communication et Jeunesses........................................................................30 Flashs des Ateliers...................................................................................................................................32 La force des jeunes dans la Caravane de Communication et Jeunesses................................................33 Trajectoires juvéniles: une réflexion sur la perception et l'expérience des jeunes de la Caravane de Communication et Jeunesses........................................................................35 L'Art comme mobilisation politique et culturelle dans la Caravane de Communication et Jeunesses...................................................................................................................46 CARAVANE DE COMMUNICATION ET JEUNESSES: la réalisation d'un rêve qui est rentré dans l'histoire......................................................................................................47 Caravane de Communication et Jeunesses:pont entre Jeune et Monde................................................49 L'apprentissage de la participation politique et ses résultats....................................................................51 Lettre de la Caravane de Communication et Jeunesses aux Autorités de Crateús..................................53 Organismes réalisateurs de la Caravane de Communication et Jeunesses............................................55 Appui.........................................................................................................................................................56 Acheminements de l'Audience Publique de la Caravane.........................................................................57 Caravane Cordel.......................................................................................................................................58 Références Bibliographiques....................................................................................................................59
Le jour est arrivé. Les bagages sont prêts, la liste des noms est verifiée, de nombreux rires et jeux entre les voitures, adrénaline au plus haut degré !... Enfin, tous et toutes sont prêts pour le départ du bus.Un chauffeur demande timidement : tout est OK ? tout est OK ?. L'un des coordinateurs répond : « Allons-y ». Pour quelques uns, expectative et anxiété ; pour d'autres, imprudence et attention, mais un sentiment commun : enthousiasme et joie de prendre la route en invitant les jeunesses à construire un autre monde possible et réel pour le Nord-Est brésilien. Dans les bagages, on trouvait de tout : affaires personnelles, livres, textes, gravures, magnétophones, appareils photos, magasines, trousses de maquillage, matériel de publicité des associations, carnets de route pour prendre note des évènements et des émotions, des ordinateurs, des imprimantes, des caméras, des chansons, des poésies, des guitarres, des tambourins, des triangles et autres instruments, des CDs, des DVDs, des banderoles, des pinceaux, des rubans adhésifs, des affiches, du papier (beaucoup de papier)d'emballage, des rames de papier, du papier crépon, cellophane, journal, du bristol....ouf !!!. Mais il y avait aussi des biscuits, des jus de fruits, des bonbons, des fruits, de l'eau, des chewing-gum, des assiettes, des gobelets, des grilles-pain, des thermos, des appareils électriques pour chauffer l'eau, des crèmes solaires, des anti-moustiques,des médicaments divers, des cartes de téléphone, des postes radio de communication, des appareils de son, des tentes, des matelas de camping, des hamacs ; il y avait de tout, même un animal en peluche, le « Furão ! ».
Aucun détail ne pouvait être oublié, mais quand cela arrivait, tout le monde assumait collectivement et le problème était alors résolu. Le « chacun pour soi » n'existait pas : tous et toutes étaient responsables pour soi et le collectif. Des accords ont été établis, les responsabilités furent partagées et la Caravane de Communication et Jeunesses s'est mise en route hardiment, partant des points d'appui, dans les États de Bahia, de Pernambuco et du Ceara, mais emmenant des gens de presque tous les États du NordEst. Le rêve de transformer le monde, ce rêve que chaque jeune et chaque groupe ici présent vivait déjà dans le quotidien, prenait la route. C'étaient quatre mille kilomètres animés, avec des cortèges, des ateliers éducatifs, des représentations culturelles, des fêtes, des cinés-débats, des mobilisations, des affichages, des séminaires, des visites de communautés, des entrevues, des audiences publiques, des dénonciations, des graffitis sur les murs des villes, des enregistrements audio-visuels, des témoignages, des photos..... Au bout du chemin, le Forum Social Mondial, à Belém, État du Pará. Ce furent 18 jours de beaucoup de soleil et de pluie, des jours de chaleur et des nuits froides ! Moments de fatigue et d'euphorie ! Temps de réflexions, débats politiques, moments de formation, de planification, d'évaluations, de recherches de fonds, de découvertes des limites et des possibilités, de peur et de courage, de doutes et de certitudes. Mais surtout ce furent des moments de beaucoup d'apprentissage, d'apprentissage que nous aimerions partager ici avec vous. Pour cela, nous présentons cette revue dont le contenu est organisé en articles élaborés par des membres intégrant la Caravane qui, à partir d'un processus collectif de systématisation, partagent les textes, les poésies, les photos, les illustrations et les réflexions théoriques au sujet des expériences vécues avant, pendant et après la Caravane de Communication et Jeunesses. Nous espérons que cette lecture vous inspire et vous révèle le potentiel des jeunesses et que les savoirs acquis dans cette expérience pu8issent continuewr à bercer nos rêves et notre projet d'un autre monde possible. Commission éditoriale
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BART VETSUYPENS est coopérant de l'ONG belge VOLENS, et cela fait sept ans qu'il travaille au Brésil. L'ONG VOLENS est en activité au Brésil depuis 40 ans et plus récemment dans le NordEst, où elle maintient des partenariats avec dix organisations sociales. C'est une ONG qui appuie des projets sociaux sur deux lignes d'action : éducation contextuelle et économie solidaire. Cette ONG et son réseau de partenaires lancèrent la proposition d'une Caravane de Communication et Jeunesses, adoptée ensuite par d'autre organisations, réseaux et mouvements de jeunes du Nord-Est. Nous transcrivons, ici, une entrevue avec Bart, dans laquelle nous soulignons comment est née l'idée et comment a été mis en place le projet de la Caravane de Communication et Jeunesses, réalisé en janvier et février 2009, et qui a engagé 200 jeunes de six États du Nord-Est. La Caravane est devenue une méthodologie de mobilisation sociale des jeunesses « nordestines ». COMMENT EST NÉE L'IDÉE DE LA CARAVANE DE COMMUNICATION ET JEUNESSES ? BART – Tout a commencé en mars 2008, au cours d'une réunion de planification de VOLENS et de ses partenaires, qui a eu lieu à Fontainha, Aracati – Ceará. L'idée a été présentée dans cette réunion et peu à peu elle fit son chemin et gagna l'appui des partenaires. La première proposition est née au Centre de Communication et Jeunesse (CCJ) de Recife (PE) ; elle rejoignit l'idée de faire une foire itinérante dans les quartiers ; cette foire visait la formation en communication alternative, tout en créant un contenu local. C'est la nouvelle manière de VOLENS de s'organiser, d'agir en réseau avec plusieurs partenaires qui travaillent au Brésil. Nous avons inclu cette idée au programme de VOLENS : elle prit une dimension plus ample et se connecta au Forum Social Mondial. Ainsi la Caravane se transforma en une action intégrée entre les divers partenaires, au début d'un nouveau programme. Nous avons inclu cette idée dans le programme de VOLENS qui cherchait une nouvelle manière de s'organiser en mettant en place un réseau entre plusieurs partenaires qui travaillent au Brésil. L'idée a pris une nouvelle dimension et se QUEL EST LE PLUS GRAND OBJECTIF DE LA CARAVANE ? BART – L'objectif premier était de potentialiser l'action éducative des jeunes de la CCJ, pour produire des formes de communication. Un projet de communication autour de la Caravane. Par la suite, la Caravane est devenue une action intégrée entre partenaires de Volens, dans le but de mobiliser les jeunes du Nord-Est brésilien pour les conduire au Forum Social Mondial.La caravane suscita une action qui relie plusieurs mondes et cette connexion est un bon début pour les futures actions et les articulations.
10 QUEL A ÉTÉ L'ACCUEIL DU PROJET PAR LES AUTRES ORGANISATIONS ? BART – Je me souviens de nos premières réunions à Recife et à Fortaleza avec des organisations locales, pour présenter le projet de la Caravane. Nous avons entendu des réflexions du genre : « il y a si longtemps que nous ne faisions pas une mobilisation sociale de cette ampleur, en articulant plusieurs associations d'autres États ». À partir de cette observation, plusieurs entités ont apporté leur contribution au projet, en rajoutant et en transformant le projet en une action de tout le NordEst. En général, tout le monde était animé pour s'engager et faire partie de la Caravane. Personne ne voulait rester en dehors. COMMENT S'EST FAITE LA CONSTRUCTION ET L'ÉLABORATION DU PROJET DE LA CARAVANE ? QUELLE MARCHE A ÉTÉ SUIVIE ? BART – Tout d'abord nous avons présenté la proposition initiale à VOLENS, ce qui impliqua le déblocage de fonds pour le projet, comme contrepartie initiale , et dans l'engagement des coopérants. En un deuxième moment, ce projet s'est élargi aux entités de Fortaleza et Recife, et ensuite de Salvador, et ces États ont construit ensemble le projet politico-pédagogique et financier. La contribution des entités a été d'articuler et de mobiliser des partenaires. COMMENT LA JEUNESSE S'EST ENGAGÉE DANS LE PROJET DE LA CARAVANE ? BART – Dès les premières réunions sur la Caravane, on a exigé que les jeunes soient à la tête de leur processus d'organisation. L'engagement des jeunes a eu lieu par la construction collective d'une proposition pédagogique, en discutant les thèmes et la méthodologie de la caravane, les stratégies de communication, la mobilisation de fonds, les règles de convivialité, les critères de participation. Enfin, tous les jeunes furent les protagonistes du projet au travers des entités qui intégrèrent les comités des États. COMMENT S'EST FAITE LA CAPTATION DES FONDS ? BART – C'était le premier grand défi. Au début, nous étions préoccupés, surtout face à la conjoncture de crise des ONGs au Brésil. Dans ce contexte, nous pouvons considérer deux sortes de contributions importantes pour la Caravane : d'abord, un apport technique d'infrastructure et d'articulation au niveau local ; ensuite une mobilisation de ressources financières. Au départ, un groupe d'ONGs référentielles comme VOLENS, DIACONIA, EQUIP, MST, SERTA, VISION MONDIALE, DISOP Brésil, Oeuvre KOLPING, GACC, intensifièrent la préparation des groupes, l'articulation et l'appui des différents partenaires,dans les États. Vision Mondiale articula Teresina(Piauí) et Crateús(Ceará) pour organiser l'hébergement et l'alimentation. DISOP articula les participants de l'État de Bahia. DIACONIA a facilité l'articulation de l'ONG CAATINGA, à Ouricuri(Pe), lieu de notre première halte, avec hébergement et alimentation. Le GACC a pris des contacts stratégiques à Belém (Pará) qui rendirent possible le séjour dans cette ville et une bonne articulation auprès du Forum Social Mondial, par le biais du GACC Belém et le CEPEPO. Le MST a donné sa contribution avec les débats, aidant la Caravane à remplir son rôle politique pendant le voyage vers le FSM. Le GAJOP a collaboré à la mise en pratique de la convention avec l'État de Pernambuco et à l'acquisition du transport qui a conduit les jeunes de l'État de Pernambuco jusqu'á Belém(Pará). Soulignons également l'appui de la Mairie de Crateús (Ceará), du syndicat des travailleurs ruraux et de la Paroisse de cette ville, ainsi que du gouvernement de l'État du Piauí : tous offrirent leur aide pour l'hébergement et l'alimentation lors du passage de la Caravane. Quant à la mobilisation de fonds, soulignons l'action de la CESE-Salvador et de plusieurs organisations internationales telles que VOLENS, l'aide de l'Église de Norvège, Christian Aid, DISOP, Tearfund et la campagne des étudiants de Belgique-ZUIDDAG. EQUIP s'est responsabilisé pour la comptabilité des ressources financières.
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« La Caravane a été un grand moment de formation : j'y ai approfondi plusieurs thèmes que je connaissais peu ;elle a aussi formé de bons moniteurs ». (Charles Gomes)
« La Caravane a été une énorme forme d'apprentissage : elle a vécu la réalité des jeunes en diverses régions des États et l'échange d'expériences. » (Killvio Sousa
« J'ai eu un tas d'informations dans les livres qui étaient exposés sur les stands du FSM ». (Alessandro Chinelles)
« La meilleure chose qui m'est arrivée, c'est le FSM ; mais ce qui m'a laissé le plus heureux, ce fut la Caravane de Communication et Jeunesses. Nous n'allons pas laisser la Caravane terminer ici, mais faire en sorte qu'elle continue son chemin pour longtemps ». (Artur Rodrigues da Silva Santos)
11 QUELLE A ÉTÉ LA RELATION ENTRE LA CARAVANE ET LE FORUM SOCIAL MONDIAL 2009 ? BART – Au départ, nous avions pensé d'organiser une Caravane entre États seulement. Vint ensuite l'idée d'une marche vers le FSM et, en dernier lieu, transformer la Caravane en une espèce de « Forum Social Mondial itinérant », proposant sa thématique à quelques villes du Nord-Est : cette idée est toujours restée. C'est cette idée qui a enchanté beaucoup de partenaires de la Caravane, y compris financiers, étant donné que le FSM serait un excellent moyen de formation des jeunes. QUELLES ONT ÉTÉ LES PLUS GRANDES DIFFICULTÉS RENCONTRÉES DANS L'EXÉCUTION DE CE PROJET ? QUELS EN ONT ÉTÉ LES POINTS POSITIFS ? BART – La communication entre les comités de chaque État a été difficile, car le comité de Pernambuco a dû centraliser les problèmes de communication, ce qui lui a occasionné un surcroît de travail. Certains États n'ont pas organisé la commission de comunication. Une autre difficulté a été le processus d'acquisition de fonds ; ce fut difficile car rien n'arrivait. Les organisatiuons avaient d'autres priorités. Alors, quelqu'un a été libéré pour solliciter directement les éventuels bienfaiteurs, avec la confiance des partenaires. Le coût total du projet a été élevé mais à cause de l'articulation entre entités et partenaires, nous avons bénéficié d'un grand mouvement de solidarité et la réalisation de la Caravane a été possible. Quand une action est menée conjointement, tout est possible.L'articulation fut facile. Nous n'avons eu aucun problème au niveau des institutions. Mais le principal point positif a été la participation des jeunes qui mirent leur habileté, leur talent et leur potentiel dans la préparation et la réalisation de la Caravane. C'est cela qui a fait nos yeux briller de joie.
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Par Osmar Rufino Braga
Pendant 18 jours des mois de janvier et février 2009, la Caravane de Communication et Jeunesses a parcouru quelques villes du Nord-Est, découvrant et traitant les problèmes de la condition des jeunes ; elle partagea rêves et projets avec les jeunes, garçons et filles, ainsi que les solutions des problèmes qui les préoccupent. En ce sens, plusieurs thèmes et questions ont fait suface : droit à l'éducation et à la santé, jeunesse et travail, classe sociale, sexualité et ethnie, développement durable, influence politique et identité des jeunes, etc... L'objet de ce texte est de partager quelques informations et réflexions sur la condition des jeunes au Brésil et surtout dans le Nord-Est, en dialogant à partir de quelques enquêtes académiques, de recherches d'organismes gouvernementaux et d'associations de la société civile liées aux organisations de jeunesse de la région.
Ils étaient 200 jeunes en tout, également répartis entre garçons et filles, entre 16 et 29 ans, originaires de la campagne et de la ville, des États du Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, et Piauí, engagés dans des projets sociaux, des ONGs, des mouvements, des réseaux et organisations juvéniles. Les jeunes qui composaient la Caravane faisaient ou avaient terminé des études secondaires.
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En parcourant les villes du Nord-Est, nous avons créé des liens et nous avons plongé en plein dans les situations d'exclusion vécues par les jeunes. Nous avons connu et débattu les conditions sociales où vivent la majorité des jeunes des banlieues et des zones rurales de la région.De nombreux problèmes sociaux qui caractérisent la condition sociale des jeunesses ont été regroupés autour de thèmes par les jeunes de la Caravane, dans les ateliers, les mobilisations et les activités réalisées. En interrogeant quelques enquêtes, nous avons partagé quelques uns de ces thèmes et questions abordées durant le parcours de la Caravane. Nous partageons le point de vue de Abad (2002) quand il soutient que, dans toute analyse sur la jeunesse, nous devons considérer les différences entre condition et situation juvénile. L'auteur explique que, dans la condition juvénile, nous trouvons la multiplicité des formes par lesquelles la société pense et caractérise le cycle de la vie appelé « jeunesse », dans son aspect biologique, souvent en dehors de son contexte de vie juvénile. C'est dans la situation juvénile, encore selon le même auteur, que nous trouvons les questions spécifiques qui s'agrègent à la vie des jeunes, en soulignant : les conflits de classe sociale, la construction sociale des relations de genre, les particularités ethniques, les contextes régionaux, les différences de style de vie, y compris entre jeunes qui vivent dans les régions urbaines et rurales. Les populations juvéniles, dans le Nord-Est, entre 15 et 24 ans, selon les données du PNAD/2005, totalisent 10.511.736, c'est à dire 21% de la population du Brésil. Selon les données de l'IBGE/2000, qui travaille avec les tranches d'âge de 15 à 29 ans, nous avons alors au Nord-Est 13.916.033 jeunes , soit 49,5% d'hommes et 50,5% de femmes. La plus grande partie des populations de jeunes vivent en zones urbaines et seulement 29% en zones rurales. Le Nord-Est, au Brésil, figure comme étant la région du pays où l'inégalité est la plus forte,selon les données de l'enquête des budgets familiaux (POF :Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulguées récemment. Dans la région, les riches gagnent 11,8 fois plus que les pauvres tandis que la moyenne du Brésil est de 10 fois plus. Cette situation a sa répercussion dans la condition et la situation des jeunes : 5% appartiennent aux classes socioéconomiques A et B ; 16% se trouvent dans les classes C et la grande majorité, soit 79%, dans les classes D et E, soit 11 millions de jeunes.
La ségrégation sociale des jeunesses du Nord-Est, dans une grande mesure, va influencer le mode de vie junénile, en déterminant leur condition et leur situation socio-économique, politique et culturelle. C'est ce que nous constatons quand nous vérifions la vie des jeunes quant à la santé, à l'éducation, au travail et au revenu, à la culture et au loisir Plus d'autonomie sans indépendance Les chiffres de la Banque des données du Système Unique de Santé du Brésil (SUS) révèlent que de 1990 à 2005, le taux de dépendance de la famille, chez les jeunes du N.E., a été réduit de 63% à 49% bien que ce taux soit le plus élevé du pays. Si d'un côté, les données montrent que le comportement des jeunes est en train de changer, recherchant des valeurs nouvelles, des références et construisant de nouvelles trajectoires, par ailleurs, cependant, ces mêmes jeunes révèlent que cette autonomie ne veut pas dire indépendance totale, étant donné qu'ils prolongent leur permanence dans l'espace familial. L'enquête de Abramovay et Castro(2006) révèle que, dans le N.E., 20% des jeunes vivent chez leurs parents, mères et frères, et 19% avec leur femme et enfants. La santé juvénile Nous soutenons que la santé juvénile englobe un ensemble de relations et de droits : sexuels et reproductifs, assistance médicale, situations de violence, pratiques de loisirs, sports, soins corporels, pratiques de risques, consommation d'alcool, de tabac et autres drogues. Il n'y a pas de statistiques et d'études officielles qui articulent toutes ces situations. Pourtant, l'enquête de Abramovay& Castro (2006) sur les jeunes du Nord-Est, signale quelques éléments importants, parmi lesquels nous soulignons : -38% des jeunes affirment ne pas faire usage de boissons alcooliques -37% affirment en faire un usage modéré. -10% disent qu'ils boivent fréquemment -64% disent qu'ils ne fument pas et 10% disent qu'ils fument. -37% affirment qu'ils n'utilisent pas le haschich -92% qu'ils n'ont jamais essayé la cocaïne -93% qu'ils n'ont jamais utilisé le crak ou l'ecstasy.
15 Un autre aspect important concerne la santé sexuelle et de reproduction. Un thème abordé par les enquêtes se réfère à la fécondité juvénile qui, selon les études de Rios Neto (2005), révèle qu'il y a eu une augmentation en comparaison avec la fécondité totale dans le pays en considérant la période de 1960 à 2000. Les tranches d'âge auxquelles se réfèrent les études citées, considèrent les jeunes pauvres de 15 à 19 ans. Les indices de maternité, entre 15 et 19 ans, au N.E., de 2001 à 2005, se maitinrent aux environs de 24% (la moyenne nationale est de 21%.) Pour les 20 à 24 ans, la moyenne du N.E. est de 32% et 31% pour le Brésil. Quant aux 10-14 ans. Le N.E. présente des indices élevés, autour de 1%, quand il est de 0,9% pour le Brésil selon les données de DATSUS. L'analphabétisme nous défie encore. L'un des grands problèmes qui marque la jeunesse brésilienne, c'est l'analphabétisme qui atteint 11,1% de la population des jeunes de plus de 15 ans. Ce pourcentage est élevé et quand on le compáre aux taux d'analphabétisme de vingt pays d'Amérique latine et du Caribe, le Brésil arrive à la 13ème position. Du début des années 90 jusqu'à nos jours, il y a une certaine amélioration de l'indice mentionné ci-dessus pour les 15-24 ans, mais cela surtout dans les régions Sud, Sud-Est et Centre-Ouest. Au Nord-Est, parmi les jeunes de cette même tranche d'âge, l'indice atteint 7%, étant cinq fois plus grand, comparé à ces régions. Au total, ce sont presque 550 mille jeunes analphabètes (65,4% du total des analphabètes jeunes de la région). La plus grande partie d'entre eux est concentrée dans les États du Ceará, Pernambuco, Bahia et Maranhão. Les données montrent que ces jeunes vivent dans les zones rurales de la région, appartiennent à des familles aussi analphabètes et d'un pouvoir acquisitif très bas. Les jeunes ne sont pas à l'école. En fait, 97,6% des enfants de 7 à 14 ans vont à l'école (données de 2006), ce qui révèle l'universalisation de la scolarité de cette tranche d'âge dans le pays. Pourtant, quand nous prenons comme référence les âges de 15 à 24 ans, nous voyons que la situation change, étant donné que 53,1% des jeunes ne vont pas à l'école, sans parler que, quand ils sont à l'école, le niveau d'enseignemenmt de ces jeunes ne correspond pas à leur âge chronologique.
16 marché du travail. Malgré tout, il est bon d'expliquer que les conditions de cette insertion sont précaires, étant donné que la majorité de ces jeunes employés(64%) ne jouissent d'aucun droit prévu par la loi.Les prestations de service sont la branche d'activité principale parmi les jeunes brésiliens du Nord-Est : 29% d'entre eux sont concernés. C'est donc le côté le plus vulnérable face à l'instabilité et à la fluidité du marché du travail . La moitié des jeunes du N.E. sont á la recherche d'un emploi. Le bas niveau de scolarité les laisse en situation désavantageuse devant les exigences requises de bonne scolarité et expérience. Les jeunes meurent davantage : causes externes qui détériorent la santé des jeunes. Les études montrent que lasanté du jeune brésilien est en train de se détériorer, non pour des motifs naturels mais parce que la jeunesse est victime d'accidents, d'homicides et de suicides. Ces motifs sont resposables pour 72,8% de la mortalité chez les jeunes de 15 à 24 ans, dans le pays. Les jeunes meurent aussi pour des causes internes. 33% des jeunes sur cent mille meurent au Brésil pour des motifs internes. Ce taux est associé à la mauvaise qualité de vie (aux conditions de logement, d'assainissement), à la précarité de la santé publique,... Ce sont les régions les plus pauvres du pays -Nord et Nord-Est- qui souffrent de ce manque de conditions. Presque 80% des jeunes n'ont pas accès à un ordinateur avec internet, ce qui est un facteur d'exclusion devant les technologies de communication et d'exclusion. 80% des jeunes n'ont pas accès aux technologies de communication et d'information : ordinateurs, TV, mobiles et internet. Les enquêtes révèlent aussi qu'auBrésil, surtout dans le N.E., les jeunes n'ont pas accès aux politiques de loisir et d'occupation des temps libres. Il y a des actions programmées, surtout dans les capitales du littoral de la région, sur des espaces assez précaires et insuffisants pour le nombre de jeunes.
Dans ce travail assez résumé, nous avons essayé de présenter et de réfléchir sur la condition des jeunes au Brésil et dans le N.E.. Nous avons socialisé et partagé les informations et les analyses des problèmes sociaux vécus par les jeunesses du N.E. ; nous avons interrogé les enquêtes les plus récentes sur les questions et les intérêts des jeunes. Dans la Caravane de Communication et Jeunesses nous avons eu l'occasion de connaître et partager les situations et les problèmes présentés dans ce travail. En débattant et en analysant ces situations et ces problèmes avec les jeunesses du Nord-Est, il est possible d'en tirer quelques conclusions qu'elles suggèrent et défient : que la condition de ségrégation dans laquelle vivent les jeunes du N.E., est grave. ; il suffit de constater l'indice élevé d'analphabétisme et le grand numéro de jeunes qui abandonnèrent l'école pour travailler, le nombre croissant de chômeurs, ce qui suffoque la situation familiale et empêche la construction de l'indépendance de la jeunesse ; l'indice élevé de violence dont la situation, en plus de criminaliser les jeunes, indique l'existence d'un ethnocide des jeunesses pauvres des périphéries des villes du N.E. Malgré cette situation, avec espoir nous pouvons vérifier que les jeunes ont un potentiel politique, créatif et artistiqueculturel très grand par lequel ils peuvent rétablir, refaire leur condition et construire de nouveaux projets de vie, en reinventant les relations sociales établies dans la société. La Caravane, par un biais innovateur de rachat, de mobilisation et de promotion de la participation juvénile, a prouvé que les jeunes peuvent faire changer ce tableau, en fortifiant les diverses formes de dialogue avec la société et avec l'État, en surmontant et vaincant les préjugés, en affirmant les droits des jeunesses, en construisant des politiques avec et pour les jeunesses.
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Par Alessandra Masullo
La mobilisation sociale (MS) a été l'un des plus importants axes qui ont donné une structure à la Caravane de Communication et Jeunesses, et,pour cela, il faut y réfléchir, il faut analyser de façon à extraire les significations et les impacts. Ce texte veut faire une réflexion sur le processus de mobilisation de la Caravane,en explicitant ses significations pour mieux le comprendre dans sa conception et sa pratique. Le texte est organisé en deux parties : dans la premiére partie nous cherchons à caractériser la MS de /et dans la Caravane en soulignant ses aspects théoriques et pratiques ; dans la deuxième partie, nous présentons quelques uns de ses impacts, principalement dans la vie des jeunes et des communautés visitées. Dans la conclusion, nous relatons quelques significations et apprentissages, extraits des réflexions faites dans la première et dans la seconde partie du travail.
Si l'on observe les contextes, les processus, les activités et les résultats de la préparation et la réalisation de la Caravane, nous constatons qu'en vérité elle a été un moyen defaire une mobilisation sociale, en particulier des jeunes et pour les jeunes. Peu à peu, nous avons aperçu qu'elle avait : Un thème central mobilisateur: unissons-nous, mon peuple, un autre monde est possible ! Principes: le jeune comme protagoniste, la mise en valeur des expériences, du savoir et de la culture populaire, le respect des singularités et de la diversité, le dialogue comme base d'une action éducative. Un but: mobiliser les jeunesses du Nord et du Nord-Est du pays pour une réflexion et une discussion sur la réalité sociale dans la perspective de la construction d'un autre monde possible. Un sujet mobilisateur: les garçons et les filles du NordEst, principaux protagonistes de cette action.
18 Un contexte social: les potentialités et les situations d'exclusion sociale des jeunes dans les communautés du Nord-Est. Une méthodologie de participation des personnes et des communautés:voir et sentir (écouter les jeunes, les communautés, connaître leur réalité, identifier leur vie, leurs insatisfactions, leurs problèmes et leurs espérances) ; analyser et réfléchir ( aider les jeunes, les communautés, à comprendre, réfléchir et analyser les causes de leurs problèmes) ; agir et proposer (construire les chemins et les solutions, monter la direction pour la construction d'un autre Brésil et d'un autre monde) ;fêter et communiquer (célébrer, fêter et communiquer la vie, le potentiel créatif et la force de s jeunesses, des communautés, les conquêtes et les droits). Un sentiment d'unité dans la diversité: la Mobilisation Sociale a eu ses configurations et ses dynamiques propres, étant donné que la Caravane a été construite collectivement, englobant trois grands pôles de la région Nord-Est, concentrés dans les États du Ceará, de Pernambuco et de Bahia. Cependant,touites les organisations, réseaux et mouvements engagés avaient les mêmes objectifs. Dans ces pôles, trois comités mobilisateurs ont été organisés. Donc les actions de mobilisation sociale acquirent des configurations et intentionalités politiques et organisationnelles propres, les jeunes, garçons et filles, étant les grands protagonistes de ces actions. Une conclusion de base dans ce processus réflexif a été que la Mobilisation Sociale ne peut être confondue avec les manifestations publiques, les occupations de places et de rues et les manifestations de revendication. Elle (la MS) suppose cette dimension mais ne se restreint pas à elle. Nous constatons, dans la systématisation, que la conception et la pratique de MS vécues dans la Caravane de Communication et Jeunesses montraient cinq dimensions importantes : 1) la sensibilisation et la mobilisation des organisations, réseaux et mouvements juvéniles. 2) la construction collective de captations de ressources financières et d'appuis politiques. 3) la préparation thématique et méthodologique des jeunes. 4) l'exécution des actions éducatives et mobilisatrices, selon les orientations de la Caravane jusqu'à la fin du Forum Social Mondial. 5) évaluation et systématisation de l'expérience. Dans ce qui suit, nous explicitons chacune de ces dimensions en nous référant à la manière de voir de ces mêmes jeunes.
Cela a consisté dans la réalisation de visites, de rencontres et de réunions avec les organisations, les mouvements et réseaux de jeunes ou qui agissent avec ces segments dans le Nord-Est : nous y débattons et présentons la nécessité d'une large mobilisation et participation des jeunes ; leur intervention dans les questions sociales locales, surtout celles des jeunes, aboutissent surtout au Forum Social Mondial. Pendant tous ces moments et processus , nous étions en train de construire et de prendre conscience du thème et de l'objectif de la Mobilisation Sociale, identifiant les défis auxquels nous aurions à faire face tout au long de l'organisation et de la préparation de la Caravane. Ainsi les propositions de la Caravane et donc le processus de mobilisation ont été mieux définis. Dans les États du Ceará, Pernambuco et Bahia, on organisa les Comités mobilisateurs de la Caravane qui, à leur tour, organisèrent au niveau local, toutes les activités de cette action. Les comités ont été formés par des représentants des jeunes et des personneas qui soutiennent les organisations, les réseaux et les mouvements de jeunes. Chaque comité a formé des commissions (infrastructure, méthodologie, communication, systématisation, mobilisation de fonds...parmi d'autres), qui assumèrent les activités d'organisation et de préparation dans chaque État.
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Après cette étape de sensibilisation et mobilisation, nous nous sommes aventurés dans la construction du projet politique de la Caravane et dans l'obtention de fonds pour qu'elle soit viable. Les comités des Éats ont cherché à discuter et à élaborer des projets de captation de fonds et à chercher un appui politique aussi bien chez des organismes, réseaux et mouvements qu'auprès d'entreprises, institutions et organes publics. La discussion du projet politique de la Caravane a donné priorité, outre l'aspect financier, aux questions politiques, pédagogiques et à la méthodologie. En ce sens, on a vécu une dynamique de construction et de débats collectifs sur les thèmes, sur l'approche de ces thèmes, les méthodes didactiques et pédagogiques et les instruments méthodologiques les plus adéquats à cet ample processus de mobilisation sociale.
Les préparatifs pour l'exécution des activités de la Caravane, ont débuté en 2008, un an auparavant. Plusieurs organismes, mouvements etc... ont adhéré à l'idéologie de la Cravane et l'ont appuyée. Pendant le temps de formation des jeunes,qui iraient guider la Caravane, plusieurs réunions ont eu lieu ; nous avons débattu les thèmes qui allaient être abordés, au moment des haltes(villes) ; nous avons décidé quelle méthode serait utilisée. Nous avons aussi identifié le profil de la jeunesse et ce qui devrait être fait pour qu'elle participe effectivement. (Joana d'Arc)
Le témoignage de cette jeune fille traduit bien ce que cette étape de la mobilisation sociale a signifié. Nous avons constaté que les jeunes intégrants la Caravane savaient qu'ils y étaient avec une mission, une tâche politique et pédagogique : débattre les thèmes et les problèmes des jeunes tout en fixant leurs regards, en lançant leurs cris et leurs espoirs jusqu'au Forum Social Mondial. Dans les États, plusieurs moments ont été réservés pour discuter des thèmes tels que : protagonisme, participation politique et identité juvénile, travail et jeunesse, sexualité, classe et ethnie, droit à l'éducation , environnement et développement durable,entre autres. Également, plusieurs ateliers ont aidé à la préparation et à la mise en pratique de ces thèmes dans les communautés de jeunes ; en effet, il fallait faire l'expérience de ce débat, en faire l'exercice pédagogique et méthodologique ; enfin il fallait bien se préparer pour plonger dans ces réalités et les contextes du Nord-est, dans les haltes de la Caravane, faciliter et diriger les discussions.
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Les actions éducatives réalisées sous différentes formes et langages ont été le point fort de la MS dans la Caravane. Cette dimension de la Mobilisation Sociale a articulé quatre aspects importants : l'insertion communautaire dans les réalités locales ; la discussion politique et communautaire des thèmes de la Caravane à partir du contexte local ; la socialisation et le partage collectif ; la remise d'un « produit » à la communauté. L'insertion communautaire dans les réalités locales. Les jeunes formèrent des groupes, plongèrent dans le contexte local, visitant les familles, les jeunes garçons et filles, les enfants, les organisations. Ce moment permit de découvrir la réalité, d'écouter les gens, d'identifier leurs potentiels, leur pouvoir d'organisation et aussi leurs faiblesses ou problèmes. Ce fut le moment de « lever le voile » de la réalité, de se laisser pénétrer par la culture locale, de partager la vie des jeunes et des gens de l'endroit. La discussion politique et communautaire des thèmes de la Caravane à partir du contexte total. Les réalités connues et vécues par les jeunes à ce moment devinrent thème dans les ateliers ; et les thèmes de la Caravane se sont structurés à partir des problèmes détectés dans la communauté. Un jeune de la Caravane raconte son expérience dans les ateliers : “Le vingt janvier 2009, tous les groupes de la Caravane visitèrent les gens de la communauté et démarrèrent les ateliers. Le 21 janvier au matin nous avons affiché sur le mur « le panneau de la Jeunesse; la Caravane couvrit le mur de graffiti. Ensuite nous sommes allés à l'encontre des autorités locales. Dans la soirée nous avons fait l'évaluation de la Caravane .” ( Joana d'Arc) Ce fut un temps de nombreux échanges et partage entre jeunes et communauté. Ici, la MS joue un rôle fondamental : aider les personnes et les communautés à discuter la réalité, à étudier leur condition, à valoriser leur potentiel, à affirmer l'importance de leur présence dans le monde. Le témoignage de cette jeune fille transmet clairement ce que ce moment a représenté : “...le succès fut évident. Outre les jeunes, nous avons touché les enfants, les adultes et les personnes âgées. Et, grâce à ces ateliers, nous sommes arrivés à mettre en évidence les problèmes de la jeunesse locale. Après l'atelier, nous avons planté un arbre représentant le changement. Dans la soirée, les jeunes ont présenté devant les gens de la ville les résultats des ateliers, sur la place de l'église, au moyen de thèâtre, de textes, de poèmes, de chansons et de rapports. Ils ont exprimé ce qu'ils ressentaient et vivaient dans leur communauté.” (Joana d'Arc)
La socialisation et le partage collectif. L'action éducative et mobilisatrice suppose socialisation, partage du savoir, des découvertes et valorisation de la rencontre, du dialogue entre personnes et groupes. C'est ce qui est arrivé tout au long de la Caravane, dans quelques étapes. Les jeunes se réunissaient sur la place de la ville pour mettre en commun leurs découvertes, pour partager leurs réflexions et leur apprentissage, pour, ensuite, faire connaître leurs propositions.
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Remise d'un résultat à la communauté. Au Cearà, la Mobilisation Sociale dans la Caravane ateignit son point culminant avec l'intervention concrète dans la réalité matérialisée par la remise d'un résultat à la communauté. L'action mobilisatrice des garçons et des filles caravaniers aboutit à la réalisation d'une audience publique à laquelle furent invités les représentants du gouvernement local ; au cours de cette audience, jeunes et leaders locaux présentèrent la situation d'exclusion vécue par la population et les solutions pour y faire face. Les mots de cette fille révèlent combien la MS de la Caravane a été importante pour les communautés:
“Nous avons élaboré une lettre contenant les revendications de la jeunesse ; nous avons pris part à une audience avec les autorités et nous avons remis au maire de Crateús les revendications des groupes de la campagne et de la ville.” ( Joana d'Arc) Les ateliers éducatifs réalisés par les jeunes ont été riches d'idées et de propositions, celles-ci construite collectivement et socialisées sous forme de résultats.
Évaluation et systématisation de l'expérience. C'est la cinquième dimension de la MS de la Caravane de Communication et Jeunesses. On a réservé plusieurs moments pour l'évaluation des activités des jeunes. Oputre la discussion des aspects positifs et négatifs des activités des jeunes, la MS de la Caravane a assumé une autre perspective : celle de donner un sens à l'action des jeunes dans cette expérience, à leur rencontre, à leurs relations intersubjectives construites et vécues par eux. Dans les moments d'une réflexion critique sur la participation de chacun et de chacune, nous avons ressenti combien, dans un processus de Mobilisation Sociale, il est important d'écouter les personnes, de créer des espaces pour qu'elles puissent expliciter leur subjectivité, leurs découvertes, leurs difficultés et leur apprentissage. Nous observons, surtout à l'occasion de l'autocritique, que bien des choses sont arrivées dans la vie des jeunes de la Caravane, générant des inquiétudes, des conflits, brisant des préjugés, des limites, en provocant une maturité humaine et sociale. Nous avons noté et appris combien c'est fondamental, dans un processus éducatif, de laisser les personnes découvrir leur vocation ontologique, comme le disait Paulo Freire, qui est d'être, de les laisser devenir et se sentir chaque fois plus humaines dans leur originalité et leur différence. En ce sens, le moment d'évaluation de la MS de la Caravane a retenu la construction et la pratique de relations intersubjectives et d'apprentissage.Quelques témoignages prouvent ce que nous affirmons ici :
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“Bien, je peux affirmer qu j'emporte chez moi, dans ma ville, une valise pleine de nouvelles expériences...Ça m'a garanti le pouvoir de la curiosité, de chercher plus d'informations, même loin des murs de cette université ; pour moi, cela a été sûrement très positif ; j'ai aussi élargi ma vision sur ce qui est être jeune, et parfois écouter la vérité et être questionné.” (Edcarlos Gonçalves)
“J'ai fait ce qu'il fallait faire : j'ai endossé le maillot de la Caravane et j'ai contribué au développement humain et social du pays et du monde.” (Cristiano Sabino)
“J'ai appris à écouter, à comprendre et à respecter d'autres opinions, à mobiliser des jeunes pour penser, construire des chemins, trouver des solutions pour les problèmes de chaque communauté où nous sommes passés. Dans les communautés, nous avons enseigné et beaucoup appris. J'ai échangé mes expériences et acquis de nouvelles choses.” ( Jeune de la Caravane)
Nous avons appris que toute MS cause un type d'impact dans la vie des personnes et dans la réalité communautaire et enfin dans la vie sociale.Ainsi en fut-il aussi de la MS de la Caravane. Les processus mobilisateurs de la Caravane produisirent un choc, non seulement dans la vie des jeunes qui y participèrent mais aussi dans les communautés où la Caravane est passée. Les points d'impact sont les suivants : Mobilisation d'au moins 3.000 personnes: le mot « allez dans le monde entier » fut une dimension vécue par les jeunes de la Caravane. Un groupe de 200 jeunes s'est préparé six mois durant et pendant 18 jours, en caravane, visitèrent les villes, mobilisèrent communautés et jeunes, à l'écoute de leur clameur et espérance, partageant connaissances et expériences, discutant les solutions pour leurs problèmes. Environ 3.000 personnes ont été touchées par les activités de la Caravane. Insertion sociale: Six villes du Nord-Est furent visitées par les jeunes ; à cette occasion les caravaniers s'intégrèrent à la vie communautaire, découvrirent la dynamique et les actions de ces communautés, diagnostiquèrent les problèmes et montrèrent de possibles solutions. Formation : environ une centaines d'ateliers, des cercles de dialogue, des activités culturelles et de mobilisation, ont été réalisés aussi bien pendant la préparation que pendant le déroulement de la Caravane. Les jeunes ont vécu des situations systématiques, des espaces et des dynamiques de formation où ils purent exercer leurs habiletés, leurs connaissances et leur compétence ; ils apprirent la construction collective, à prendre des décisions, à s'intégrer, à créer, à se comuniquer, à se mobiliser, etc...
23 Incidence dans l'espace public: la Caravane a permis cette incidence dans l'espace public dans la mesure où les jeunes ont connu, débattu et systématisé les principaux problèmes des jeunes et des communautés,évalué l'efficience du pouvoir public et montré des solutions comme cette audience publique avec remise du document « Lettre de la Jeunesse »,à la Mairie de Crateús-Ce. Communication libre: La Caravane a favorisé la production de nombreuses connaissances et informations, systématisées et publiées avec des videos, internet, sites, photos, entrevues, blogs et radio.
Dans ce texte, nous essayons de réfléchir sur la Mobilisation Sociale de la Caravane de Communication et Jeunesses, en faisant apparaître ses caractéristiques, ses dimensions et ses impacts. Les réflexions ici partagées révèlent que la MS de la Caravane a eu divers sens, divers apprentissages et impacts sur les jeunes, sur leurs organisations, réseaux et mouvements. En conclusion nous soulignons ce qui suit : ·La MS a contribué à l'éveil et à la fortification du potentiel juvénile et communautaire, présente dans les villes et le milieu rural du Nord-Est. Nous avons constaté que les jeunes ont montré la force d'une jeunesse qui est accusée d'être absente des débats et des problèmes sociaux de notre pays. Les jeunes ont montré qu'ils sont capables d'organiser et de démarrer des processus de MS avec une grande répercussion sur les gens et la communauté. ·La MS s'est présentée comme un espace d'exercice et d'apprentissage de la diversité des thèmes, lieux, relations et expériences. Grâce à la MS de la Caravane , il a été possible de construire et de développer une simple intervention sociopolitique et culturelle, ancrée dans la connaissance, la discussion et les problèmes des réalités juvéniles et communautaires, dans l'action politicopédagogique, dans l'occupation de l'espace public et dans la construction de propositions et de solutions. ·Nous avons appris que la MS n'est pas seulement un évènement mais qu'elle doit être un processus permanent, ce qui nous met au défi d'accompagner les actions entreprises dans les villes où est passée la Caravane. ·Nous savons que la MS ne dépend pas seulement d'une grande quantité de personnes, d'organisations ou de mouvements. Il faut aussi des gens qui s'engagent. Ainsi la MS a besoin de qualité dans son organisation et planification, dans l'exécution de ses actions, dans l'évaluation et l'accompagnement de ces actions, dans le partage et la célébration de ses résultats. ·Nous comprenons que la MS ne peut s'en tenir
24 ·La MS a contribué à l'éveil et à la fortification du potentiel juvénile et communautaire, présente dans les villes et le milieu rural du Nord-Est. Nous avons constaté que les jeunes ont montré la force d'une jeunesse qui est accusée d'être absente des débats et des problèmes sociaux de notre pays. Les jeunes ont montré qu'ils sont capables d'organiser et de démarrer des processus de MS avec une grande répercussion sur les gens et la communauté. ·La MS s'est présentée comme un espace d'exercice et d'apprentissage de la diversité des thèmes, lieux, relations et expériences. Grâce à la MS de la Caravane , il a été possible de construire et de développer une simple intervention sociopolitique et culturelle, ancrée dans la connaissance, la discussion et les problèmes des réalités juvéniles et communautaires, dans l'action politico-pédagogique, dans l'occupation de l'espace public et dans la construction de propositions et de solutions. ·Nous avons appris que la MS n'est pas seulement un évènement mais qu'elle doit être un processus permanent, ce qui nous met au défi d'accompagner les actions entreprises dans les villes où est passée la Caravane. ·Nous savons que la MS ne dépend pas seulement d'une grande quantité de personnes, d'organisations ou de mouvements. Il faut aussi des gens qui s'engagent. Ainsi la MS a besoin de qualité dans son organisation et planification, dans l'exécution de ses actions, dans l'évaluation et l'accompagnement de ces actions, dans le partage et la célébration de ses résultats. ·Nous comprenons que la MS ne peut s'en tenir au simple tapage, à la revendication,à la discussion momentanée des
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(Par Zoé Maus)
Quand, au mois de janvier 2009, la Caravane de Communication et Jeunesses se mit en route, partant de plusieurs villes du Nord-Est, c'était pour proclamer à haute voix, au monde, les aspirations des jeunes du Nord-Est, au cours des diverses étapes ; ils se rencontrèrent à Teresina-Piaui et de là, tous ensembles, prirent la route pour le Forum Social Mondial qui avait lieu à Belém-Pará. Le point fort de la Caravane a été mis sur la diversité des luttes et les façons d'exprimer les revendications politiques et sociales des jeunes du Nord-Est. 200 jeunes faisaient partie de la Caravane, des jeunes venus d'horizons différents avec des histoires et des pratiques politiques diverses. Chacun avait un message à communiquer au monde et chacun le communiquait à sa façon. Malgré les difficultés dûes à la diversité, ce fut toujours un apprentissage. Dans ce processus, le plus important est de reconnaître, dans les jeunes, des gars autonomes, qui ont un langage et une façon d'agir qui leur est propre, et qu'on ne peut pas limiter à une seule catégorie. Tous voulaient clamer au monde leur existence, leur opinion et leur réalité, mais chacun le faisait d'une façon différente. Comme le dit Vandinha, de Crateús-Ceará : « la caravane a permis aux jeunes de s'apercevoir combien ils ont besoin d'être avertis et éveillés face à l'aliénation dans laquelle nous vivons actuellement » et aussi qu' « il fallait retourner dans la rue pour faire entendre notre cri, pour que les gens sachent ce que nous voulons et qui nous sommes . L'une des grandes victoires de la Caravane a été l'occupation de l'espace public, soit avec des cortèges qui envahirent les villes où elle est passée (mais aussi le propre terrain du Forum Social Mondial), soit avec des graffiti que les jeunes ont laissé dans les rues de Belém, soit par les programmes de Radio Libre retransmis de Soinho-MA. Comme l'a dit Ricardo, de Fortaleza-Ce, en citant le poète : « ce que nous avons ce n'est pas un nouveau chemin, mais une nouvelle manière de cheminer » ; c'est cette occupation de l'espace public qui est une nouvelle façon de cheminer pour des jeunes à qui l'on refuse la condition d'acteur politique ainsi que leur propre volonté et leurs propres revendications Il ne suffit pas d'ocuper. Il faut aussi communiquer. Et c'est ce qu'on fait les jeunes en utilisant l'art et les médias alternatifs comme expression de leurs revendications : graffiti, théâtre, photographie, musique, cirque, radio libre, fanzines, ainsi que videos et blogs. Outre la différence des moyens d'expression, le leitmotiv était “occupation des espaces, occupation des couleurs, des genres, de tout et de rien, des amours, des accolades, des temps, des silences, des cris .” (Micinete, Fortaleza-Ce).
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Quand les jeunes sortirent dans les rues de CaxiasMA ou de Ouricuri-PE, pour aller à la rencontre du peuple, ils s'approprièrent l'espace public comme lieu de revendication politique et sociale. Comme le dit Loro, de Fortaleza-Ce : « occupe, la rue est à toi ! ». Ce n'est ni par hasard ni à la légère, que la Caravane a organisé plusieurs sorties dans les rues. Le monde des médias tend à concentrer les luttes politiques dans des endroits fermés, à l'accès difficile : parlement, mairie, institutions, etc... L'image donnée par la politique c'est qu'il faut être un grand expert et qu'elle n'est pas un sujet à la portée du premier venu : il y est proposé un modèle fermé où existent peu de possibilités de s'exprimer en dehors des circuits officiels. En organisant des cortèges, la Caravane est arrivée à inviter le peuple partout où elle passait, à attirer l'attention sur le fait que l'espace politique appartient à tous et qu'il urgent de le réconquérir. Organiser un cortège festif c'est montrer qu'il est possible de reconstituer les espaces publics, les groupes et la nouvelle société. C'est aussi montrer qu'on ne doit pas attendre d'être invité pour avoir un rôle politique. Comme le dit Lucineide, de Fortaleza-Ce : « ...Nous ne le voulons pas ainsi ; nous voulons que les choses changent, nous voulons pouvoir parler et agir ».
C'est dans le même sens qu'on a laissé les jeunes s'exprimer avec les graffiti. Ils dessinèrent leurs modèles mais aussi ils ont dirigé des ateliers sur les techniques des graffiti et sur le sens qu'il y a à peindre les murs de la ville. Le graffiti est un parfait exemple d'une expression artistique et politique. Il se communique sur des territoires où les personnes n'ont ni voix ni chance ; il montre que ces personnes appartiennent à la société tout en exprimant leur mécontentement. Le grafiti peut aussi être considéré comme l'art pur de ceux qui vivent en marge de la société. Tout le monde est capable de s'exprimer artistiquement : les dessins révèlent , entre autres choses, des significations énigmatiques, et le pouvoir de résistence, de résister à la domination et à l'inégalité sociale dans lesquelles vivent le plus souvent barbouilleurs et graffiteurs. Les jeunes de la Caravane ne font pas tous des graffiti avec un contenu directement politique mais tous sont d'accord pour dire que le graffiti est un acte politique en soi. Pour eux, il est important de s'approprier des murs et des rues comme espace vital et aussi de créativité.
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En utilisant les moyens de communication alternatifs, les jeunes ont envoyé un message clair aux grands médias : ils en ont assez d'être invisibles et de ne pas pouvoir s'exprimer. Non seulement ils manifestent leur méfiance à l'égard des médias traditionnels mais ils font aussi preuve d'une grande créativité. En initiant jeunes et enfants à l'art de faire un blog ou un fanzine, les participants de la Caravane montrent qu'il est possible de s'exprimer d'une façon alternative, avec peu de moyens. Utiliser internet pour transmettre les informations qu'ils jugent importantes est aussi occuper un espace politique, celui de la Web, qui est un espace sans limites définies et qui permet de toucher un grand nombre de gens, en envoyant un contenu libre avec un support libre. De la même façon quant la Radio Libre s'est installée à Ouricuri-PE, à Soinho-MA ou dans le village alternatif du Forum Social Mondial, elle a prouvé que les grandes chaînes de médias ne sont pas les seules propriétaires des ondes mais que chacun a le droit d'utiliser les ondes pour diffuser des programmes de qualité, proches des gens et sans but commercial.
L'occupation des rues, des murs et des moyens de communication, a permis aux jeunes du Nord-Est de faire entendre leur voix ; la Caravane a ainsi prouvé qu'ensemble et dans la diversité on peut trouver une nouvelle façon de cheminer. O peut dire que dans sa multiplicité, aussi bien quant au profil des jeunes que de leur façon d'agir, la Caravane s'est rapprochée de ce que Deleuze appelait « « rhizome ». Le rhizome est une plante qui croît horizontalement et se ramifie indéfiniment, sans centre hiérarchique, avec de multiples points d'entrée et sortie, sans primauté d'un point sur l'autre, sans commencement ni fin, avec des ramifications qui lui permettent de continuer à vivre après une rupture. La Caravane ne fut pas seulement une simple action mais un processus de multiples connaissances, un processus de nombreuses actions formatrices et activités politiques de transformations pour un autre monde : un monde qui est et sera de la couleur peinte par les jeunes.
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“Une histoire différente, pleine d'énergies, de joies, de disputes, de résistance , d'amour, de manifestations, une construction collective de jeunes du Ceará, de Bahia et de Pernambuco. Ce fut et ce sera toujours le visage de la Caravane de Communication et Jeunesses. Nous sommes en groupes pour réaliser les meilleures choses pour le prochain. Même s'il n'en est pas toujours ainsi, nous le pouvons ! C'est arrivé sous forme de dialogue, de communication, d'audio visuel, de graffiti, d'outils que la CCJ a utilisé pour montrer que nous pouvons changer. Il suffit de vouloir, de rêver, de trouver une manière différente qui nous fasse croire qu'il est possible de faire un monde meilleur, où le respect et l'amour viennent toujours en tête, marchent côte à côte. José Cleiton-Carbonel-Coletivo Manguecrew(CCJ)
“...car nous étions observés par une quinzaine de jeunes aux regards curieux, disposés au changement à partir des provocations causées par l'atelier de Salvador, sur” “jeunesse au 21ème siècle” ; encourageant la formation des mouvements politiques et culturels pour pousser à la lutte et au changement dans une communauté privée d'informations ; le passage par la ville de Timon nous a fait connaître l'un des points les plus inoublables de tout le trajet de la CCJ.”
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(Par Arlene Freitas, Bart Vetsuypens et David Junior)
Traditionnellement, la connaissance et les informations produites par un peuple, reflètent les conceptions les plus élitistes de la société, étant donné que l'accès aux moyens de communication est contrôlé par les forces du capital. L'usage des technologies est la grande arme pour affirmer des concepts et dicter des conduites politiques. En même temps, le champ de la communication est le grand espace de construction des significations et des idées ; il revient à l'ensemble des mouvements sociaux et des classes populaires de créer les conditions d'occupation de ces espaces et les instruments qui leur permettent de disputer les intérêts de la majorité exclue, relevant leurs réels besoins et montrant les chemins dans la direction de la démocratisation des moyens de communication et de construction de politiques publiques. De la sorte, la CCJ amena les communautés du Nord-Est à débattre des thèmes peu fréquents dans la vie quotidienne des gens, en présentant des formes alternatives et plus accessibles qui permettent de massifier toute la production intellectuelle populaire sur ces questions, dans la perspective des jeunes. Comme un ressort qui impulsa la transformation, la communication occupa un espace marquant pendant tout le déroulement de la Caravane, depuis sa conception jusqu'au FSM, vu que les moyens et les outils de communication sont concentrés dans les grandes villes et entre les mains des classes moyennes ; ajoutons que l'accès à internet et la production de son contenu sont encore pas mal dominés par le monde entrepreneurial. Dans la Caravane, l'utilisation d'outils et de formes populaires de communication a été variée et créative : soulignons les cortèges, les chants, les danses, l'utilisation des technologies sociales de communication tels que les blogs, les vidéos, la radio, les messages publicitaires, la radio communautaire, les fanzines, le site, la technologie Web2.0, parmi d'autres. Ce furent avec ces moyens que les jeunesses èchangèrent leur savoir et leurs expériences. Elles firent retentir leurs cris aux quatre coins des villes du Nord-Est. En plus, dans la Caravane, les jeunes élaborèrent un plan de communication en créant quelques priorités de travail pour réaliser la communication interne, aider la presse et la diffusion, entre autres tâches. En ce sens, l'appui logistique et technologique du Centre de Communication de la Jeunesse de Recife-Pe, qui a propagé l'usage de moyens alternatifs dans les communautés, a été fondamental. L'originalité de la pratique de communication offerte par la Caravane aux communautés, a été son aspect de dénonciation des maux qui affligent la population du Nord-Est, et l'annonce d'un autre monde possible, sans parler de la propagation des actions et de la mobilisation autour d'une autre conception de société. La Caravane a permis de percevoir la présence de la communication dans les diverses expressions et productions juvéniles. Il a été possible de remarquer que celle-ci fait partie de la vie quotidienne et qu'on peut l'utiliser pour revendiquer, dénoncer, réfléchir collectivement, exposer nos opinions et débattre des idées dans la société. On a senti qu'il n'y a pas, chez les grands médias, une valorisation de nos luttes et que, actuellement, ils se bornent à exploiter la dégradation des structures sociales (violence, crimes) et l'esprit de consommation capitaliste des gens. Il est aussi devenu évident que les groupes populaires et les mouvements sociaux ont besoin d'améliorer la production de moyens de consommation publics et alternatifs, en luttant pour obtenir davantage de fonds qui permettront de renforcer la démocratisation de la communication au Brésil et tout spécialement dans le Nord-Est.
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Voici tous les ateliers de la CCJ qui ont été réalisés pendant le trajet et dans le FSM. Tous les moniteurs et monitrices étaient des jeunes intégrants la Caravane. Ces ateliers montrent la richesse des approches renforcées par la Caravane unie aux organisations du milieu populaire où elle est passée.
Éducation : qui en définit la qualité ? Objectif : réfléchir sur la situation dans les écoles publiques du Brésil et sur la qualité de l'enseignement. L'importance des organisations sociales dans le processus éducatif de l'élève. Utilisation stratégique de l'internet. Objectif : introduire des participants dans les outils de la Web2.0 par une démonstration et usage de gérant de contenu Joomba et la technologie Wiki. Cercle de Dialogue sur la communication libre et communautaire. Objectif : promouvoir un échantillon d'expériences en communication alternative et débattre la communication conventionnelle et les moyens alternatifs de médiatiser. Préparant des communicateurs sociaux. Objectif : connaitre l'expérience des radios communautaires, les agents de communication et le potentiel de la radio communautaire. Séminaire général de la Caravane de Communication et Jeunesses. Objectif : socialiser et évaluer l'expérience,dans les différents États, à partir du matériel produit par la Caravane, tout au long du trajet. Développement durable à travers le Théâtre de mobilisation. Objectif : montrer l'utilité du théâtre en tant que média de sensibilisation sur les sujets de développement durable. Identité et protagonisme juvénile. Objectif : connaître la réalité de la jeunesse au Brésil et sa participation dans les projets sociaux, dans la formation de groupes de jeunes, à partir de plusieurs textes et matériel audiovisuel. Radio- feuilleton Objectif : apprendre les techniques de montage d'un feuilleton radiodiffusé. Produire un radio-feuilleton sur l'un des thèmes de la Caravane. Photographie comme moyen de transformation Objectif : utiliser la photo comme moyen de changement. Un regard sur la ville centré sur les images : ce qu'il y a de bon et ce que nous voulons changer.
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Video Objectif : apprendre l'essentiel pour monter une vidéo. Élaborer un scénario (script). Filmer. Capter les images dans l'ordinateur. Montage et édition de la vidéo. Théâtre Objectif : apprendre comment monter une pièce de théâtre sur un thème donné. Élaborer un blog Objectif : monter un blog avec un contenu choisi par le groupe en dialogant sur les thèmes de la Caravane. Ethnie, genre et sexualité Objectif : réfléchir sur l'identité juvénile à partir des questions ethniques, de genre et de la sexualité. Droit à l'éducation de qualité Objectif : contribuer par la réflexion sur la réalité de l'éducation juvénile, sur sa qualité et les moyens d'y accéder. Environnement et développement durable Objectif : faire discuter et réfléchir sur le problème de l'environnement dans le NordEst et au Brésil ainsi que sur les propositions de développement durable, les problèmes, les défis...
Travail et jeunesse Objectif : réfléchir avec les jeunes sur la situation actuelle de la jeunesse dans le monde du travail, abordant leurs problèmes, les défis, et identifier les propositions. Radio libre Objectif : donner la parole aux jeunes et aux personnes rencontrées au long du chemin, pour qu'elles expriment leurs problèmes et manifestent l'importance de l'environnement dans les luttes politiques. Radio communautaire Objectif : montrer le fonctionnement d'une radio communautaire en donnant des nouvelles sur les évènements pendant le trajet et pendant le Forum.
Informations sur les donnmées et contacts des moniteurs des Ateliers sur le site : www.caravanadecomunicacao.org.br
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LA FORCE DES JEUNES DANS LA CARAVANE DE COMMUNICATION ET JEUNESSES
"Il faut tout un village pour s'occuper d'un enfant.” (proverbe africain)
Par Sandro Silva de Lima
Dans l'intention, parmi d'autres, de promouvoir une plus grande mobilisation sociale, des jeunes de nombreux États du Nord-Est du Brésil, soutenus par divers scteurs de la société civile, organisèrent la Caravane de Communication et Jeunesses. C'est dans les ateliers et les pratiques artistiques que les jeunes de la Caravane ont débattu divers points importants pour la jeunesse et la société : ils contribuèrent ainsi à mobiliser les gens, à les aider à réfléchir sur leurs problèmes et à les convaincre que ces problèmes ne sont pas chose normale mais comme quelque chose qui peut être modifié. Les jeunesses ont montré la force des garçons et des filles qui sont souvent accusés d'être absents des débats sur les problèmes sociaux de notre monde. Ce n'est pas tout à fait vrai. Ici et là, nous trouvons divers jeunes de milieu urbain et rural qui travaillent, participent à des débats sur des questions sociales et politiques, mobilisent d'autres jeunes pour réfléchir et construire ensemble leurs étendards de lutte. Un autre point fort et innovateur de cette action, a été la participation active des jeunes à la construction et à l'exécution de ces interventions. Dans l'exercice de la créativité et de la construction collective, les jeunes ont été capables d'organiser des mobilisations en laissant leur marque de joie et de responsabilité là où ils passèrent. La mobilisation sociale vécue dans la Caravane a révélé un autre élément important : le changement,la transformation de la perception et des pratiques juvéniles. Pendant et après la Caravane, pour de nombreux jeunes transformés par cette action, les personnes, le milieu ambiant, le monde n'était n'était plus le même. Nous croyons que cette transformation a été le résultat des expériences éducatives vécue collectivement par les jeunes, à travers leur sourire échangé, leur regard, leurs désirs éveillés, la façon de jouer et de sentir les gens et les lieux. Les processus mobilisateurs de la Caravane eurent un point fort : le Forum Social Mondial 2009. Cet évènement a été l'espace où les jeunes montrèrent leur joie et leur indignation. Le FSM 2009 a été ce lieu de rencontre, d'affermissement, d'appui pour nos programmes de lutte : il a fait croître notre espérance. Il a aussi été un véritable espace enrichissant de formation mutuelle, d'incitation aux changements de coeur et d'esprit des participants de la CCJ. Nous avons mobilisé tant de monde et nous avons été si mobilisés que de plus en plus nous croyons aujourd'hui qu' « un autre monde est possible ».
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Cette Caravane m'a fait découvrir mon côté sentimental, et ça a ete très important pour moi. Merci Caravane, Je vous aime tous ! Artur Rodrigues da Silva Santos Nous avons créé un atelier itinérant, nous avons résolu les différences, incité au dialogue avec les communautés et les autorités, avec remise des revendications de la jeunesse. Antonio Hélio Roque da Silva Les jeunes de cette Caravane manifestèrent qu'ils veulent voir les résultats. Antonio Hélio Roque da Silva
Le fait que nous soyons ensemble, nous, jeunes du Nord-Est, l'échange des savoirs, le mélange des cultures, d'accents, le souci des autres, l'exercice de la tolérance, l'exercice de l'amour, tout cela a été pour moi le meilleur des apprentissages. Edgleison Vieira Rodrigues
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Par Osmar Rufino Braga Le but de ce texte est un essai de réponse à une question posée dans le processus de systématisation : comment les jeunes se jugèrent et quelles représentations sociales ont été construites d'eux-mêmes dans le contexte de la CCJ ? Pour répondre à cette question, nous avons dû entreprendre une « Caravane » accompagnant les parcours des jeunes dans leur expérience d'insertion socio-politique et culturelle. Nous avons essayé d'observer et dans la mesure du possible d'enregistrer les perceptions, les discours, les expressions, le langage, les réflexions, les attitudes manifestées par les jeunes ; nous avons cherché à identifier les représentations sociales que les caravaniers et les caravanières on faites dans leur trajectoire d'insertion socio-politique et culturelle offerte par la Caravane ; nous avons remarqué comment les jeunes ont abordé leurs questions, leurs conflits, leurs découvertes et les interventions dans les réalités dans lesquelles ils se sont insérés et où ils ont interagi avec d'autres sujets. Ces expériences de vie et leurs significations n'ont pas été les mêmes pour tous. Chacun faisait le trajet tracé par la Caravane et en même temps faisait son parcours personnel,en groupe et social ; chacun s'affirmait comme sujet dans la convivialité avec les autres et avec les communautés et, pourquoi ne pas le dire, avec le monde, puisqu'ils ont plongé dans les questions mondiales programmées par le Forum Social de Belém, but de la Caravane de Communication et Jeunesses. Les réflexions partagées dans ce texte sont le fruit d'un processus de systématisation développé par un groupe de participants de la Caravane, représentant des États qui s'engagèrent dans l'organisation et la réalisation de ce grand èvènement de mobilisation sociale des Jeunesses du NordEst. Dans le texte, nous dialoguerons à partir de quelques points théoriques qui nous aideront à réfléchir sur les découvertes des jeunes dans la Caravane, sur le sens de cette expérience d'insertion sociopolitique et culturelle dans les communautés du Nord-Est, là où est passée la Caravane. La catégorie « représentation sociale » nous sera très utile : nous adopterons ce concept défendu par Jovchelovitch (2000,p.41) dans cette réflexion. Cet auteur dit que :
(...) les représentations sociales sont toujours la représentation d'un objet, ou soit, elles occupent la place de quelque chose, elles re-présentent quelque chose. En ce sens, elles re-construisent la réalité, d'une façon autonome et créative. Elles possèdent un caractère produteur d'images et signifiant, qui exprime, en dernier lieu, le travail du psychisme humain sur le monde. (...)
36 Ainsi nous chercherons à dialoguer avec Deleuse, Guatarri et Sodré, auteurs qui nous aideront à comprendre la relation entre l'individuel et le commun, entre la singularité et la pluralité dans les relations sociales et dans les actions collectives créées et établies par la Caravane. La théorie « dialogique » de Paulo Freire sera également importante ; avec elle nous réfléchirons sur le faire pédagogique, politique et culturel, assumé par les jeunes dans le processus d'organisation autour des questions juvéniles et communautaires.La vision biologique du chilien Humberto Maturana éclairera la réflexion et l'entendement sur le signifié et l'apprentissage de la convivialité dans la diversité, question qui revient toujours dans la vie des jeunes. Le texte est divisé en trois parties : dans la première partie, nous faisons une brève allusion au public qui a participé à la Caravane ; dans la seconde partie, partie centrale de cette réflexion, nous abordons les représentations sociales vécues par les jeunes, à partir de leur expérience et de leurs pratiques dans la Caravane ; dans la troisième partie, nous concluons le texte en faisant quelques considérations sur la réflexion développée dans ce travail.
Un total de 200 jeunes, également répartis entre garçons et filles de 16 à 29 ans, venus du milieu rural et urbain des États du Cearà, de Pernambuco, de Bahia, de Alagoas, du Rio Grande do Norte et du Piauí, tous engagés ou rattachés à des projets sociaux, ONGs, mouvements, réseaux et organisations juvéniles. Tous ces jeunes avaient une perception du monde, des trajectoires, des habiletés, une orientation sexuelle et un niveau d'insertion socio-politique différents, et un niveau scolaire égal ( la majorité avait terminé ou allait terminer les études de second degré).Un certain nombre n'avait pas été préparé et donc avait quelque difficulté pour exécuter le travail proposé par la Caravane.
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Je n'ai jamais eu l'expérience de sortir de mon État pour aller dans un autre(...) J'ai appris comment vivre ensemble (Edgleison) Dans le processus de systématisation, comme nous l'avons déjà dit, nous avons dû organiser une « caravane » à partir de la vie et des expériences vécues par les jeunes dans le cadre de la CCJ. Par leur trajectoire, nous avons essayé d'observer et de noter de quelle façon ils ont senti et perçu leur propre expérience ; et comment ils ont senti et perçu leurs pratiques socio-politiques et culturelles. Les significations et les sens de ces expériences vécues, en dialogant avec quelques référentiels théoriques, seront partagés dans cette partie du travail.
Pour beaucoup de jeunes, le fait de sortir de la maison, du quartier, de la communauté, a été une expérience d' « exode » : passer d'un territoire à l'autre. Pour les jeunes, cette expérience a représenté l'apprentissage de la convivialité, du vivre ensemble, du vivre avec le différent. Deux dimensions attirent notre attention dans cette expérience d' « exode » qui, dans le contexte de la Caravane, a assumé un caractère éducatif : la sortie du territoire et le retour dans le territoire et la convivialité. La sortie de la maison, du quartier et de la communauté d'origine, n'a pas été seulement une simple promenade dans d'autres milieux urbains et ruraux. Cette sortie a représenté une double expérience déjà citée. La sortie du territoire : les jeunes ont d'abord quitté leur milieu de vie dans lequel ils ont construit et établi des relations sociales et y ont affirmé leur identité ; ils ont mis de côté leur sécurité (psychologique) et devinrent disponibles pour construire et établir d'autres relations sociales, affectives et politico-culturelles, cherchant ainsi à construire d'autres territoires pour eux-mêmes (dans le sens culturel et psychologique). Guatarri et Deleuse (1991, p.66), se référant à des processus semblables, soulignent : ce fut très
38 intéressant d'observer les jeunes à la recherche d'un « territoire » interne et externe qu'ils puisssent fouler, où ils puissent construire une sécurité dans leur insertion sociopolitique et culturelle dans d'autres territoires, processus qui n'est pas allé sans conflits et contradictions, quoique profondément éducatif. Dans cette aventure, les jeunes ont senti leur efficacité dans leur relation avec les autres et les communautés. Nous avons vu aussi que la conscience (sociale, politique, culturelle, psychologique) de soi, de l'autre et des communautés, dans les relations établies, a soumis les jeunes à l'expérience du retour au territoire, c'est à dire au processus inverse, celui de la construction individuelle et collective dans la relation avec les autres personnes, avec les autres territoires; établir de nouvelles relations , consolider de nouvelles identités ; enfin incorporer de nouveaux apprentissages individuels ou collectifs. Le témoignege de cette caravanière est très significatif dans ce sens :
Le fait d'être ensembles, jeunes du NordEst, distincts du Brésil ; cet échange de savoirs, ce mélange de cultures, d'accents ; cette présence de l'un pour l'autre ; cette pra-tique de la tolérance, de l'amour, tout cela a été pour moi le meilleur des apprentissages. (Aurilene) Le processus de retour au territoire implique la reconstruction, la re-signification, la re-affirmation des propres référentiels dans une relation dialogique, dans la perspective de Paulo Freire :
Le dialogue est la rencontre entre êtres humains, médiatisés à travers le monde, pour le représenter. (...) le dialogue est la rencontre par laquelle la réflexion et l'action, inséparables chez ceux qui dialoguent se tournent vers le monde qu'il faut trans-former et humaniser, ce dialogue ne peut se réduire à déposer des\ idées chez l'autre. (Paulo Freire1980,p.83) Le retour au territoire, vécu par les jeunes, ne s'est pas fait sans conflits. Il s'est établi dans la pluralité, la diversité, dans un degré d'ouverture à la réalité, dans une perpective très forte d'interaction entre les jeunes. L'expression de ce
caravanier traduit clairement le genre de relation vécue dans la Caravane :
Ll n'y a pas de participation individuelle.Ici, toute par-ticipation est collective ; nous construisons ce collectivis-me et ce qui fortifie la Caravane, c'est cette diversité dans le collectif. (Ramon)
Nous avons vu aussi que le processus de retour au territoire implique « le partage d'un même espace avec d'autres personnes tellement différentes dans leur mode d'agir, mais qui ont un objectif commun » (Neto, BaturitéCe). En fait, des jeunes ont vécu l'expérience de s'intégrer à d'autres territoires et de les assumer ; ils ont établi des dialogues et construit des propositions avec d'autres jeunes et avec les communautés ; ils ont jeté des ponts entre leur savoir et les savoirs locaux ; ils ont donné une signification et un sens collectif à l'action socio-politique et culturelle de la Caravane. L'autre dimension vécue par les jeunes dans leur expérience d' « exode » a été la convivialité. Nombreux sont ceux qui ont parlé, déclamé des poèmes et expérimenté lapprentissage de la convivialité, tout cela grâce à à la Caravane qui a ouvert des espaces pour cela et établi des relations éducatives. Asinsi s'exprime un jeune
(...) la Caravane me donne l'opportunité d'être dans les mouvements, et c'est très important.... elle m'a donné l'occasion d'interagir avec d'autres gens, d'autres communautés et aussi elle me permet vraiment de connaître mes droits et devoirs(...). La Caravane me donne l'opportunité d'apprendre de nouvelles choses et de transmettre ce que j'ai appris. Il y a alors cet échange d'expérience (...) (Edgleison)
39 Cet autre jeune dit que l'apprentissage de la convivialité n'a pas été un processus simple, et donc, sans conflits et difficultés. Il affirme :
Je crois que j'aurais pu me donner un peu plus ; je ne l'ai pas fait peut-être à cause de mon in-expérience (...) j'ai essayé de vivre avec la complexité des personnes et d'apprendre à administrer cela comme une qualité divine. (Josivan) A convivialité construite et vécue par les jeunes de la Caravane, est proche du point de vue defendu par Maturana (2001,p.29) oú il affirme que vivre ensemble c'est vivre avec l'autre comme tel ; cela veut dire que : « en vivant avec l'autre, celui-ci se transforme spontanément, de sorte que sa façon de vivre devient progressivement plus en harmonie avec celle d'autrui dans l'espace de la “convivialité.” Nous nous apercevons que l'apprentissage de la convivialité est devenu effectif par le fait de “savoir travailler en groupe, de connaître les formes de participation de chaque individu et dans le fait de vivre avec toute la diversité”’(Ricardo). Ce processus a été intensif et décisif dans la construction et l'affirmation des identités construites au cours des étapes vécues par les jeunes, dans l'expérience d'insertion socio-politique et culturelle sur les territoires où ils passèrent. Sur le chemin de la recherche et de la construction de la convivialité, c'était beau de sentir l'explosion de la subjectivité comme l'a exprimé cette fille qui faisait partie de la Caravane :
Il faut que j'augmente la brillance de mon regard, faire que mon coeur soit inondé à force de revendiquer, désirer que le monde s'arrête en cet instant, en ce moment délirant qui vaut plus, bien plus. (Celene)
Alors nous avons vu, tout au long du parcours, des jeunes qui communiquent leurs singularités en tant que personnes et la pluralité en tant que groupe. L'articulation entre ces singularités et la pluralité a produit un ensemble très intégré, comme le dit ce jeune :
Nous avons réussi à nous intégrer très facilement ; je crois que cela est dû au fait que tous ont déjà un niveau d'engagement dans les communautés d'origine et une volonté d'agir . (Hélio)
40 Cette singularité et cette pluralité révèlent donc la constitution d'un être social (collectif) qui s'oriente vers l'insertion sociopolitique et culturelle, comme l'exprime si bien ce jeune caravanier :
C'est l'impression que j'ai ressenti... je me sens maintenant plus fort et expérimenté pour montrer à la société ce qu'elle ne veut pas voir (William) . Ce point de vue rejoint la vision sur l'individuel et la communauté exprimé par Sodré (1999, p.141) quand il affirme :
Ll est important de se convaincre que la partie, l'individuel, l'espèce, le singulier, ne se séparent pas en tant que différence du tout, du groupe, du genre, de la nature commune et universelle . Le singulier et le commun sont les deux faces d'une même monnaie ou d'un même mouvement qui se rencontrent au moment de la génération d'un être quelconque .
Dans l'accompagnement des caravaniers et des caravanières, en suivant leur parcours, nous avons observé leurs pratiques, leurs présentations, leurs significations. Les pratiques socio-politiques et culturelles développées dans la Caravane peuvent être organisées ou énoncées autour des idées suivantes : pratiques diagnostiques ; pratiques comunicatives et informatives ; pratiques de mobilisation ; pratiques d'intervention et de proposition. En observant ces pratiques dans la Caravane, nous pouvons définir chacune Pratiques diagnostiques : insertion dans le contexte communautaire local, observation directe et statistiques des réalités socio-economiques, politiques et culturelles des communautés. Pratiques de mobilisation : processus et activités qui visent à occuper la rue, la place, les espaces, à convoquer ceux qui le veulent, mettre en mouvement les personnes, leurs potentiels et désirs en fonction d'une proposition commune sous une interprétation et un sens aussi partagés. Pratiques communicatives et informatives : utilisation des divers médias et langages de communication ; graffiti, radio, vidéos, internet etc... pour communiquer un thème, un problème, pour mobiliser des personnes, faire une formation politique. Pratiques d'intervention et de proposition : processus et activités tournées vers le débat ou la discussiond'un thème, d'une question, d'un problème et, à partir de la participation collective, élaborer des solutions et des propositions. Les interventions peuvent être faites dans la rue, sur la place, dans une salle, enfin n'importe où. L'usage de l'art, de la culture, des médias et des langages variés a été prioritaire dans ces pratiques.
41 Dans les activités socio-politique et culturelles de la Caravane, ces pratiques ont été vécues de forme intégrée (la division ici est didactique) par les jeunes et développées par différentes manières; visites, ateliers, cercles de conversation, littérature populaire, poésies, théâtre, séminaires, musique...parmi d'autres. Tous ont cherché à garantir la dimension éducative en mobilisant la participation active et engagée des personnes et des communautés.
En observant les langages et les comportements devant ces différentes pratiques, on peut affirmer que les jeunes les voient sous de multiples facettes, aussi bien dans leur contenu que dans leur exécution et dans leurs résultats. La phrase de ce jeune est significative : « le monde est de la couleur dont on le peint. (José Willian) En fait, dans le contexte de la Caravane, les pratiques sociopolitiques et culturelles ont a s s u m é u n e d i v e r s i té d e contenus, de sens, d'approches, dans une dimension créatrice du savoir, comme l'explique bien cette jeune fille :
La Caravane a été un processus multiple de connaissnces, un processus de nombreuses actions formatrices et d'actions politiques de changement pour un autre monde. (...) L'échange d'informations et d'expériences avec d'autres personnes. (Vanessa)
Dans le même sens, ce caravanier, se rapportant aux pratiques d'intervention dans les communautés, semble montrer que l'action pédagogique a une dimension subjective, dans la mesure où, par elle, le jeune se présente comme personne et comme sujet politico-pédagogique :
Se a proposta era fazer intervenções em comunidades para tematizar a possibilidade de um outro mundo, de ajudá-las a entrar em contato com as pautas que não chegam até elas, também é importante notar o quanto as intervenções ocorreram dentro de nós. (SANDRO APRENDIZ) Ces témoignages nous amènent à conclure que les pratiques politiques, pédagogiques et socio-culturelles sont considérées auto-formatrices et porteuses de changements subjectifs avant même d'atteindre leurs objectifs majeurs. Voyons comme la pensée de Freire (2002,p.51) nous aide à comprendre cela :
À partir des relations de l'être humain avec la réalité, par le fait d'être avec elle et en elle, par les actes de création, de récréation et de décision, cet être humain va dynamiser son monde. {...}Il va ajouter à cette réalité quelque chose dont il est l'auteur. Il va replacer dans le temps les espaces géographiques. Il fait de la culture.C'est encore le jeu de ces relations de l'être humain avec le monde et du monde avec les autres êtres humains, défiant et répondanr au défi, modifiant, créant, ne permettant pas l'immobilité, sinon dans une relative prépondérance, ni des sociétés ni des cultures. Et dans la mesure où l'être humain crée, recrée et décide, les époques historiques se confirment. C'est aussi en créant, en recréant et en décidant que l'être humain doit faire partie de ces époques.
42 Mais nous ne parlons pas de n'importe quel acte politico-pédagogique et socio-culturel; nous parlons d'un acte politicopédagogique et socio-culturel qui articule deux dimensions: le langage artistique et le discours politique, comme l'affirme un caravanier :
La Caravane a un grand potenciel de mobilisation politique et sa force réside dans la facilité de relier le langage artistique (provocateur) et le discours politique. (Mathieu Orfinger)
Les pratiques pédagogiques et politiques sous leurs multiples aspects : artistique, culturel, de mobilisation sociale,de discussion, de créativité et de communication, ont fait la différence chez les jeunes. Vécues de façon intégrée,elles ont produit un grand impact aussi bien dans la vie de ces jeunes que dans celle de tous ceux qui,de près ou de loin, ont été touchés par l'action de la Caravane. Micinete(2009) l'une des jeunes, dit bien « le rôle de l'art dans la mobilisation politique et culturelle:
On peut tambouriner nos cris de révolte contre l'oppressionqui veut nous empêcher d'être des gens de devoir. Nous jouons un rôle en nous situant à la place de l'autre et, de la sorte, nous montrons que la transformation des personnes est possible pour s'indigner contre des situations de violence.(...) Au fond, l'important n'est pas de montrer une solution mais de provoquer un bon débat.
Dans le même sens, un autre jeune poursuit :
Ce que je retiendrais c'est l'aspect culturel, là où nous sommes arrivés à cerner toute la problématique des jeunes et des communautés, et à la transformer en culture, en art et en expressions différents. Je crois que notre passage par diverses villes nous a chargé d'un peu de mémoire de ce peuple... L'expérience culturelle et politico-pédagogique vécuie par les jeunes, a été très profonde ; elle a contribué à potentialiser leur pouvoir créateur dans le dialogue avec eux-mêmes et avec la réalité sociale. En même temps qu'ils ont découvert la réalité artistique et culturelle, d'autres jeunes et d'autres communautés, ils ont vécu comme sujets politiques capables de modifier la réalité. Cela nous rappelle ce que dit Freire sur le processus de changement de transcendance qui arrive chez l'être humain quand celui-ci s'assume comme un être capable de se transformer et de transformer la situation historique dans laquelle il vit. Il affirme :
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Dans la mesure où l'être humain fait cette immersion dans le temps en se libérant de son côté unidimensionnel (une seule dimension), en le discernant, ses relations avec le monde s'imprègnent du sens qui en découle. En vérité, c'est déjà presqu'un cliché(lieu commun) d'affirmer que la position normale de l'être humain dans le monde ne s'épuise pas en une simple passivité. ... Héritant de l'expérience acquise, créant et recréant, s'intégrant aux conditions de son contexte, répondant à ses défis, objectivant ses sentiments, discernant, transcendant, l'être humain se lance dans un domaine qui lui est exclusif : celui de l'histoire et de la culture. (Freire 2002, p.49).
À lasuite de la réflexion de cet auteur, nous constatons que les pratiques politiques, pédagogiques et socioculturelles des jeunes donnent la priorité à deux aspects fondamentaux : celui de l'intégration: celui de l'intégrationinsertion dans le contexte social et culturel et celui de l'intervention. C'est dans ce processus qu'arrive ce que Freire (2002) appelle « enracinement socio-culturel », quand la personne s'affirme comme sujet critique et politique et quand elle affermit sa capacité créatrice. Dans la Caravane, cette expérience d'insertion dans la communauté et d'intervention créative, vécue de forme dialogique, joyeuse , agréable et très ouverte, a surmonté toutes les difficultés, les problèmes et les fatigues au point de faire dire à une jeune fille, abattu par la fatigue de la marche :
Il y avait des moments où je voulais dormir, me reposer, car il n'était plus possible de continuer. Quand j'entendais la cadence des tambours et que je voyais tout le monde dans une grande animation, il ne m'était plus possible de rester en place. (Joana d'Arc) Avec Freire(2002) nous pouvons dire que l'être humain intégré est un être humain sujet. Cette intégration entendue comme la capacité de s'insérer et d'interférer dans la réalité en vue de sa transformation, a été pas mal vécue dans la Caravane et révèle la différence des pratiques politico-pédagogiques et socio-culturelles pensées et développées par les Jeunes. Nous observons que c'est par l'intégration, c'est à dire par l'insertion et l'intervention créative dans la réalité, que les
44 jeunes se sont appropriés les thèmes fondamentaux dans le contexte de la Caravane et ont su identifier leurs devoirs concrets, du moment et du futur. C'est ce que prouve le témoignage de ces caravaniers :
Entre jeunes, nous devons relever les défis et les potentialités,et construire le monde qui, dans la justice, puisse répondre à tous dans leur diversité. Les jeunes de cette Caravane ont montré qu'ils veulent voir les choses arriver. (Hélio) Nous avons laissé notre maison dans l'objectif de diminuer les tristesses, les injustices, le manque de démocratie sociale qui existe dans notre région du Nord-Est, dans notre pays et dans le monde. (Sandro)
En dernier lieu, nous avons découvert que ces jeunes travaillèrent une autre dimension importante: l'intervention dans l'espace public. C'est ce que souligne ce jeune quand il dit:
Par le dialogue, nous avons élaboré un document dans lequel nous présentons les revendications de la jeunesse; nous avons participé à une audience publique avec les autorités et nous avons remis au maire de Crateús (ville de l'État du Ceará) les revendications des groupes de la zone rurale et de la ville. (Hélio)
Cette expérience d'intervention dans l'espace public a été très importante et très expressive pendant toute la Caravane. Elle montre que les processus éducatifs appliqués par les jeunes ont cherché à former des citoyens autonomes et critiques, capables d'assumer l'exercice du contrôle social dans la société: ils y deviennent des acteurs socio-politiques. Une vision et une pratique d'éducation populaire ont été mises en évidence et vécues ; elles reposent « sur une pédagogie du public, de la décision, de la construction d'un sens commun. (PONTUAL<2005, p.11).... Il s'agit alors d'une pédagogie de la gestion démocratique,capable de contribuer à la construction de nouvelles formes d'exercice du pouvoir sur le terrain de la Société Civile et en partie de l'État.
Au cours de ces pages nous avons partagé quelques réflexions sur les expériences et les pratiques politiques, pédagogiques et socio-culturelles des jeunes participants de la Caravane de Communication et Jeunesses; nous avons accompagné leur parcours, en observant et dialogant avec leurs discours et ce qu'ils vivent, dans l'intention d'identifier et de systématiser leurs significations. Au début nous avons fait une rapide présentation du public qui a pris part à la Caravane. Ensuite nous avons accompagné son parcours et fait une réflexion sur le sens de ses expériences et de ses pratiques socio-politiques et culturelles. Nous nous sommes rendus compte que nous avons beaucoup à apprendre avec l'expérience de la Caravane de Communication et Jeunesses, en considérant tous ses aspects : organisation, planification, politique, pédagogie et méthodologie. À partir de l'observation et de l'analyse des parcours juvéniles dans la Caravane et en dehors, voici quelques aspects pris comme défis qui doivent être approfondis dans le prolongement de cette expérience.
45 ·Le processus politique, pédagogique et méthodologique doit considérer le caractère multiple de l'intervention sociopolitique et socio-culturelle ; nous pouvons y travailler les différentes dimensions, approches, contenus et instruments. ·Il faut être attentif et travailler de forme systématique la dimension de la subjectivité, en faisant le lien entre les motivations profondes des sujets concernés dans l'action et les défis de l'intervention socio-politique et culturelle. ·Approfondir le caractère auto-formatif et producteur de sujets politiques des modes de vie politico-pédagogiques et socioculturels ; réfléchir et systématiser les savoirs de l'expérience et les apprentissages de la pratique. ·Étudier le rôle de l'art et de la culture dans les processus de mobilisation sociale et politico-pédagogique ; analyser comment les approches artistiques et culturelles peuvent offrir des contributions stratégiques pour une intervention effective, plus heureuse et éveilleuse de la conscience, en vue d'une éducation populaire. ·Il est fondamental de structurer et d'articuler, dans le processus politico-pédagogique et socio-culturel, deux dimensions clés dans le travail ; l'insertion dans le contexte socio-communautaire et l'intervention politique. Pour terminer et faire face à ces défis, nous affirmons notre désir de continuer à réfléchir sur notre action politicopédagogique et socio-culturelle : nous voyons que des expériences comme celle de la CCJ peuvent apporter et produire de nouvelles formes d'intervention sociale et politique et redonner vie à l'éducation populaire.
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Par Maria Micinete
La jeunesse qui a participé à la CCJ a utilisé tout le temps l'art pour attirer l'attention sur ce qui est en train d'arriver avec les jeunesses du Nord-Est et du monde entier. Nous nous sommes joints à cette Caravane dans l'intention de mobiliser d'autres jeunes pour discuter les problèmes dont nous souffrons, pour débattre les droits fondamentaux et universels qui nous sont niés : le respect de la personne humaine indépendamment de la race, de l'ethnie, de l'option religieuse ou sexuelle Lorsqu'on se peignait le visage, qu'on s'habillait de chiffes, quand on embouchait le mégaphone tout en déployant des banderoles, c'était pour courtiser d'autres jeunes en leur montrant que nous sommes capables de construire un monde plus beau ; que l'on peut danser d'espérance devant les situations de conflit qui parfois nous tuent avant même d'essayer de leur faire face. Nous pouvions rythmer nos cris de révolte contre l'oppression qui veut nous empêcher d'être des gens droits. Nous avons fait de la mise en scène en nous mettant à la place de l'autre, et ainsi nous avons prouvé que la transformation des personnes est possible et que celles-ci peuvent s'indigner devant des situations de violence. Avec la caméra, nous avons voulu montrer plus qu'une image; c'est à dire aussi des choses capables d'exprimer des sentiments que les paroles ne sont pas arrivées à traduire. En fin, le plus important ce n'était pas d'apporter une solution mais de provoquer un bon débat. Chaque réalité demande des solutions différentes. C'est le visage de ces personnes qui ont pris la route, parce que nos yeux brillent en constatant que dans l'union « un autre monde est possible.
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Par Gerson Flávio
On aurait cru à une utopie quand nous avons commencé à penser à la possibilité de réaliser une caravane formée par des jeunes qui feraient le trajet de Recife à Belém du Pará. Nous n'avions dans la tête que l'image d'un convoi sur la route...Et c'est ainsi, inspirés par une expérience de marche vers le Forum Social Mondial de Porto Alegre, qu'au Cente de Communication et Jeunesses (CCJ) nous avons commencé à parler de ce rêve. Bart et moi-même, nous avons commencé à monter une stratégie. Nous allons réunir les ONGs de Pernambuco, les agences de coopération internationale et les mouvements sociaux. Nous avons envoyé une invitation pour la premi ère réunion au CCJ, et un bon groupe a répondu. Nous avons senti que la proposition de la Caravane séduisait les personnes. Notre compagnon Omar, avec ses longues années d'expérience à l'OXFAM et à la coopération internationale, nous anima en nous donnant plusieurs idées qui nous aideraient pour la mobilisation et l'obtention de fonds pour le projet. Les réunions, à Recife, se succédèrent ; on forma des commissions de travail ; les jeunes commencèrent à s'y intégrer et, peu à peu, se chargèrent du processus de l'organisation. Grâce au travail réalisé par la « Diaconia » à Fortaleza, y compris dans la perspective d'y créer un CCJ, nous avons mobilisé les organisations et les mouvements populaires de Fortaleza pour une première réunion. Avec l'appui du GACC, association partenaire de VOLENS, accueillis par Mathieu, Véronique et d'autres membres de l'institution, nous y sommes allés avec courage. À une première réunion, au siège du GACC, a comparu un nombre excellent de personnes représentant les organisations et les mouvements locaux. Nous avons présenté notre ébauche de projet d'une caravane que nous appelions simplement « Caravane de la Communication ». Aussitôt affluèrent les questionnements : nous n'avions pas de réponse à toutes les questions ; nous voulions y répondre ensemble. C'est pour cela que nous avions mobilisé les organisations de Pernambuco et de Fortaleza. La course contre le temps commençait. En élaborant le premier projet, nous nous sommes rendus compte qu'il ne serait pas facile de trouver tants de fonds, mais ce défi nous incitait. La nouvelle que nous allions organiser une caravane s'est propagée quand nous l'avons mise sur internet. D'autres États commencèrent à nous contacter. Une organisation de l'État du Paraná, dans le Sud du pays, s'est même proposée de se joindre à nous avec un omnibus de 50 jeunes. Ensuite, l'État de Bahia est rentré pour de bon dans le processus d'organisation. Ainsi le rêve devint réalité ; à mesure que l'on s'approchait de la date du Forum Social Mondial, une nouveauté apparaissait : un nouveau contact, un nouvel appui, une personne qui voulait nous aider, séduite par la merveilleuse idée née dans le Centre de Communication et Jeunesses. A mon avis, la création du CCJ et son premier groupe de jeunes communicateurs populaires, eurent un rôle fondamental dans la concrétisation de ce rêve. Avec abnégation et efficacité, Bart et Karine, coopérants de VOLENS, prirent soin du CCJ , dès le début, comme d'un nouveau né. La collaboration des organisations partenaires du CCJ me rapelle ces réunions après les heures de travail, avec le Pasteur Arnulfo, avec lequel nous cherchions conseils et suggestions sur le projet financier. Le Pasteur Arnulfo était un fervent de cette caravane en gestation et nous a appuyé à fond. Les jeunes s'engageaient, surtout ceux qui avaient été techniquement préparés et formés politiquement dans les premiers groupes du CCJ. Tout cet ensemble d'efforts a créé une synergie qui nous a donné la certitude que le rêve serait réalisé. Pour des raisons majeures et professionnelles, je n'ai pas pu suivre de près le processus de l'organisation de la Caravane ; j'accompagnais tout via internet. Mais d'autres jeunes d'autres mouvements s'engagèrent. Je n'ai pas participé personnellement mais je me suis fortifié spirituellement dans le rêve qui prenait corps collectivement, en pensant à un autre monde possible sans perdre de vue l'Utopie.
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Dans le premier contact avec la ville de Juazeiro, il y a eu un échange d'expérience et de réalité ; mais vivre avec les différences a été assez difficile, jusqu'à l'arrivée à Teresina-Piauí :la démocratie et le respect d'autrui n'était pas une priorité, quand on demandait moins d'excès de la part du groupe ; il y avait aussi un manque de véritable information sur ce que serait le FSM, de la part des intégrants de la CCJ-BA, même après avoir reçu une préparation pour cet évènement. En arrivant à Teresina, la sensation de participation au FSM s'est intensifiée : tambours battant et pleins d'énergie, les jeunes représentants les États de Pernambuco et du Ceará accueillirent la CCJ de l'État de Bahia en formant une grande « Ciranda » (danse populaire) qui fut le point clé de l'intégration des participants. La Caravane de Bahia fut chargée d'organiser un atelier dans la communauté de Timon-Ma, dans le quartier de Cidade Nova, un quartier pauvre, dépourvu d'infrastructure et oublié par les gouvernants locaux. C'est là que je me suis trouvée face à une réalité tragique, principalement lorsque Kivia et moi nous avons rencontré José, habitant une maison en torchis, dans une pièce unique, survivant malade à la limite de la douleur et faible au point de ne pouvoir subvenir dignement aux besoins de ses trois enfants. Des histoires de souffrance et d'indignation se répétèrent tout au long du parcours et nous questionnèrent sur l'existence d'une dignité chez ces gens ;mais dans l'après midi, pendant le déroulement des ateliers, nous étions observés par environ quinze jeunes aux regards curieux, prêts aux changements devant les provocations alimentées par les ateliers de Salvador sur « la Jeunesse du siècle 21 ». Ce passage par la ville de Timon a été l'un des moments les plus inoubliables de tout le trajet de la CCJ. ( Suemys Luize Panzini Tavares)
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Par Arlene Freire Établir une nouvelle communication en lui donnant le statut de médiatrice du dialogue des jeunes entre eux et des jeunes avec la société, ce fut une conquête de la Caravane de Communication et Jeunesses. Pendant toute la durée de la Caravane, on a produit des textes, des photos,des vidéos, des programmes de radio et plusieurs autres formes de communication. On a pu voir les messages de changement peints sur les visages et dans les graffiti ; on a pu entendre des cris pour un monde meilleur qui résonnaient dans les manifestations organisées par les jeunes du Nord-Est. La liberté qu'a eu la jeunesse dans la Caravane pour planifier et exécuter des actions, lui a donné un espace dans lequel les jeunes se sont sentis capables de servir d'intermédiaire dans les dialogues entre leur communauté et ses représentants : ils sont devenus protagonistes pour définir les actions qui transforment la réalikté, comme le dit l'un des jeunes caravaniers :
Nous avons créé un atelier itinérant, nous avons résolu des indifférences, nous avons mis en route le dialogue entre communauté et autorités avec la remise des revendications de la Jeunesse. (Hélio Roques)
50 Les jeunesses de la Caravane ont utilisé avec compétence les nouveaux outils ecommunication et divulguèrent leurs vidéos dans le monde avec le You tube et le site de la Caravane ; ils ont rendu publiques les histoires de souffrance, telles les histoires vécues dans le quartier de Cidade Nova, à Timon, dans l'État du Maranhãol'une des filles qui a vécu cette réalité du Maranhão commente :
... une communauté complètement oubliée par les autorités locales et ne croyant pas qu'en « un autre monde serait possible ». Je me suis trouvée dans des situations délicates, comme celles que je voie à Salvador... . J'ai parlé avec les gens et je me suis sentie inutile devant ces problèmes qui , juste pour ce jour-là, à peine pour le Forum, les associations, les ONGs, les institutions, le monde serait tout près... et ensuite qu'en resterait-il ? (Alessandra Nascimento Gomes)
La Caravane a été une expérience de communication et de mobilisation sans pareille. Par une méthodologie autonome, on a créé un espace où les jeunes établirent différents dialogues avec les communautés et montrèrent leur capacité d'analyser, avec un esprit critique, la réalité où ils vivent en construisant et en apportant des solutions.
Car nous sommes faibles et fragiles,mais unisnous sommes la force et les décisions du Pays... (Luis Rufino da Silva Neto)
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Par Mathieu Orfinger Aujourd'hui, au niveau mondial, dans un système politique qui a pour modèle la démocratie « représentative », nous avons à affronter un certain discrédir des politiques élus et une crise du système qui les a élus, un système qui ne contrôle pas ce qui est public, malgré les mécanismes de participation populaire établis dans la Constitution Fédérale du Brésil. Dans ce contexte, il est très important de poursuivre l'occupation des espaces politiques classiques, d'y participer ; mais nous avons besoin d'aller au delà, vers une démocratie chaque fois plus directe, avec une ample et effective participation de la population. La Caravane de Communication et Jeunesses fut un exemple d'expérience, d'apprentissage de la participation politique juvénile; les jeunesses de toutes couleurs et visages, cheveux rasés, longs ou tressés, de tous types, avec des goûts variés et des choix définitifs, se sont unis pour brandir le drapeau de la construction « un autre monde est possible ». C'étaient des jeunes de plusieurs États du NordEst, des périphéries urbaines et du milieu rural, qui ont parcouru les chemins de l'intérieur du pays, en mobilisant d'autres jeunes, connaissant et discutant leurs problèmes, élaborant des propositions ( de changement de la condition juvénile ). Caractérisées par un profil politique et de cumul par rapport à la thématique de communication et d'éducation populaire, les jeunesses montrèrent aux institutions, aux groupes et aux mouvements sociaux qu'il est possible de réinventer notre intervention, notre action formatrice et notre manière d'entreprendre la transformation sociale. Appuyés sur les compétences, les habiletés, les énergies et les potentiels artistiques propres aux jeunesses contemporaines, les jeunes participants de la Caravane ont été leur propre protagoniste ; ils débattirent des thèmes tels que
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la communication alternative, le développement durable, la jeunesse et le travail, la sexualité, la classe sociale et l'ethnie, le droit à l'éducation, parmi d'autres... Les jeunes ont vaincu les défis qui furent à l'origine de profonds et marquants apprentissages. Parfois ces apprentissages sont arrivés à des moments inespérés, de forme surprenante, quand, par exemple, fut réalisé un « atelier itinérant » dans les couloirs de l'Université, alors que les salles payées et réservées à cet effet par le Forum Social Mondial sont restées définitivement fermées. L'énergie créative et la versatilité de la jeunesse ont permis le dialogue avec les sentiments d'un public bien plus large que le public qui aurait été confiné dans les salles initialement prévues : l'impact de l'action en fut d'autant multiplié et augmenté. Il semble que la Caravane a éveillé la possibilité de changement en chaque jeune et en même temps la force de transformation de la réalité par le collectif. Il est intéressant de constater qu'au retour de la Caravane, des jeunes se sont intégrés dans des espaces de discussion politique et se mobilisent en vue d'un changement dans leur communauté: tel résultat, parfois, n'est pas atteint par des ONGs ou associations, même après deux ou trois ans d'exécution de projets. Le résultat, ici, arriva tout seul, comme le chat solitaire: « le chat qui s'en allait tout seul » selon l'histoire française que ma mère me racontait. Il s'en va après avoir bu le lait de la maison et il suit son chemin. C'est ainsi que les jeunes se sont alimentés dans la Caravane, y ont construit leur apprentissage dans l'autonomie, y ont vécu une expérience de formation et de militants au delà du contexte institutionnel de chaque entité. Cette expérience d'apprentissage de la participation politique mit en évidence un autre résultat intéressant: la découverte de la force de l'art et de la communication pour mobiliser la société qui fait face aux problématiques sociales. La force de l'art et de la communication dans la Caravane attire notre attention sur ce que dit Paulo Freire lorsqu'il affirme: Ce n'est pas dans le silence que les hommes se font mais dans la parole, dans le travail et dans l'action-réflexion. Pour cela le dialogue est une exigence essentielle . La Caravane a favorisé le dialogue entre jeunes; ce dialogue a fait apparaître l'aspect individuel de chacun et les défis collectifs; il a révélé la situation aux multiples facettes des jeunesses du Nord-Est. La convivialité et le dialogue avec les jeunesses des endroits que la Caravane a visités, ont créé chez ces jeunes un sentiment nouveau, celui d'être dans le monde, en élargissant leur perception, leur façon de voir et la réflexion politique, géographique et philosophique. Par exemple, en prenant contact avec la réalité d'autres jeunes d'une communauté menacée d'expropriation en vue de la construction d'un barrage, les caravaniers ont soutenu un dialogue créateur de sentiments d'amour, un dialogue de reconstruction d'un monde où les jeunesses s'organiseraient et les communautés se mobiliseraient pour créer d'autres perspectives. Pour conclure cette réflexion, nous pouvons dire que, regardant les trames vécues par les jeunes dans l'expérience de laCaravane, il est possible d'inventer à nouveau la participation dans notre société en augmentant principalement la force et le pouvoir juvénile. Il est possible même de surpasser la vision de participation classique en la réinventant avec créativité, art et culture, et avec le dialogue critique et réflexif, en valorisant les expériences populaires de lutte et de résistance des populations du Nord-Est.
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Mesdames et Messieurs, La Caravane de Communication et Jeunesses est une initiative conjointe d'organisations, de mouvements sociaux, de réseaux, de groupes de jeunes, et est soutenue par des organismes publics de quelques communes du Nord-Est. Son but principal est de contribuer à la démocratisation de la communication en portant à la connaissance de tous et du Forum Social Mondial 2009 les contenus, les regards et les questions des jeunesses du Nord et du Nord-Est du Brésil. Nous ,qui formons la Caravane de Communication et Jeunesses à Crateús, en union avec la Cáritas diocésaine, le Syndicat des Professeurs de la Commune, le Syndicat des Travailleurs Ruraux, la Paroisse Senhor do Bonfim et les autres organismes qui nous appuient, avec la jeunesse de Crateús et des communautés de Poti, Realejo, Jatobá dos Umbelinos, Açude dos Barrosos, Fátima I et II, Frei Damião et Centre, nous venons vous inviter, tous et toutes, à réfléchir , à construire des voies et à trouver des solutions aux problèmes de la commune , à partir des propositions et des positions de la jeunesse comme protagoniste et sujet de droit. Par cette lettre nous voulons faire valoir la clameur des jeunes, garçons et filles, qui ont participé de cette Caravane et qui désirent un changement ; nous voulons, à partir des discussions engagées dans les ateliers, revendiquer : 1.DROIT À L'ÉDUCATION Augmentation de la structure scolaire avec des laboratoires d'informatique, de biologie et de chimie, une vaste bibliothèque, avec des professionnels qualifiés, des cours d'informatique pour tout le monde dans la communauté Donner une plus grande valeur à la culture et aux sport Mettre les locaux scolaires à la disposition des jeunes pendant les weck-end, les jours fériés et les vacances ; Meillleure utilisation de l'aire des sports par la communauté. 2.SEXUALITÉ, GENRE ET ETHNIE Sensibiliser et continuer cette réflexion dans les espaces publics, tout spécialement dans les écoles Ressusciter et fortifier les groupes de jeunes et les travaux qui visent la jeuness Former d'autres jeunes Engager les débats sur le thème de la sexualité, du genre et de l'ethnie dans les écoles et les groupe Mobiliser les jeunes pour les travaux de formation par le biais de la culture, du théâtre, de la danse Agir conjointement avec le Conseil Tutélaire dans le combat contre l'exploitation sexuelle des enfants, des adolescents et des autres victimes Exiger de la part des écoles et des autorités l'exécution de la Loi 10.63 Utilisation des moyens de communication et autres espaces pour discuter les thèmes de la sexualité, du genre et de l'ethnie. 3.ENVIRONNEMENT ET DÉVELOPPEMENT DURABLE Travailler dans l'agriculture avec le souci de conserver le soMesdames et Messieurs, La Caravane de Communication et Jeunesses est une initiative conjointe d'organisations, de mouvements sociaux, de réseaux, de groupes de jeunes, et est soutenue par des organismes publics de quelques communes du Nord-Est. Son but principal est de contribuer à la démocratisation de la communication en portant à la connaissance de tous et du Forum Social Mondial 2009 les contenus, les regards et les questions des jeunesses du Nord et du Nord-Est du Brésil. Nous ,qui formons la Caravane de Communication et Jeunesses à Crateús, en union avec la Cáritas diocésaine, le Syndicat des Professeurs de la Commune, le Syndicat des Travailleurs Ruraux, la Paroisse Senhor do Bonfim et les autres organismes qui nous appuient, avec la jeunesse de Crateús et des communautés de Poti, Realejo, Jatobá dos Umbelinos, Açude dos Barrosos, Fátima I et II, Frei Damião et Centre, nous venons vous inviter, tous et toutes,
54 à réfléchir , à construire des voies et à trouver des solutions aux problèmes de la commune , à partir des propositions et des positions de la jeunesse comme protagoniste et sujet de droit Par cette lettre nous voulons faire valoir la clameur des jeunes, garçons et filles, qui ont participé de cette Caravane et qui désirent un changement ; nous voulons, à partir des discussions engagées dans les ateliers, revendiquer : 1.DROIT À L'ÉDUCATION Augmentation de la structure scolaire avec des laboratoires d'informatique, de biologie et de chimie, une vaste ` bibliothèque, avec des professionnels qualifiés, des cours d'informatique pour tout le monde dans la communauté ; Donner une plus grande valeur à la culture et aux sport ; Mettre les locaux scolaires à la disposition des jeunes pendant les weck-end, les jours fériés et les vacances ; Meillleure utilisation de l'aire des sports par la communauté. 2.SEXUALITÉ, GENRE ET ETHNIE Sensibiliser et continuer cette réflexion dans les espaces publics, tout spécialement dans les écoles Ressusciter et fortifier les groupes de jeunes et les travaux qui visent la jeunesse Former d'autres jeunes Engager les débats sur le thème de la sexualité, du genre et de l'ethnie dans les écoles et les groupes Mobiliser les jeunes pour les travaux de formation par le biais de la culture, du théâtre, de la dans Agir conjointement avec le Conseil Tutélaire dans le combat contre l'exploitation sexuelle des enfants, des adolescents et des autres victimes Exiger de la part des écoles et des autorités l'exécution de la Loi 10.639 Utilisation des moyens de communication et autres espaces pour discuter les thèmes de la sexualité, du genre et de l'ethnie. 3.ENVIRONNEMENT ET DÉVELOPPEMENT DURABLE Travailler dans l'agriculture avec le souci de conserver le sol Construction d'une décharge sanitaire Récupération des terrains épuisés Éducation sur l'environnement dans les écoles, les communautés, les espaces publics Ramassage sélectif des déchets dans les communautés Diffusion de l'agriculture écologique dans la société Réalisation de projets de recyclage. Reboisement de l'environnement qui appelle au secours Débat plus approfondi et discussion avec la communauté de l'Açude dos Barrosos sur les questions qui touchent à l'environnement Assistance technique plus efficace pour les agriculteurs jeunes et adultes. Formation de groupes dans les communautés pour parler des problèmes concernant l'environnement Appui des syndicats et associations pour les groupes de protection de l'environnement. 4.JEUNESSE ET TRAVAIL Davantage d'emplois et augmenter le revenu des gens Multiplier les cours de formation pour les jeunes Agrandir les écoles et les universités avec des cours diversifiés pour les jeunes Agrandir les écoles techniques et les écoles familiales rurales Donner plus d'appui et stimuler les jeunes ruraux pour la plantation et la production agropastorale Donner une meilleure préparation du jeune pour le monde du travail Davantage de chances d'accès des jeunes au micro crédit. 5.PROTAGONISME, PARTICIPATION ET IDENTITÉ JUVÉNILE Construction d'espaces culturels et de loisirs dans les communautés et la ville Élargissement des cours professionnels de niveau moyen et supérieur Plus d'information pour la population sur la construction du Barrage Lago de Fronteiras Plus de participation et de dialogue avec la communauté dans les décisions sur le barrage Lago de Fronteiras de Poti Garantie du respect des droits des personnes et de la communauté de Poti avec la construction du barrage. Sûrs que nous allons être écoutés et exaucés, nous nous compromettons à porter au Forum Social Mondial les visions du monde, les défis et les soucis des communautés ; de même , la jeunesse de Crateús s'engage à surveiller et à accompagner la réalisation des propositions ici présentées. Nous réaffirmons notre compromis et notre espérance en proclamant : « Unissez-vous, mon peuple ! Un autre monde est possible » Crateús, le 21 Janvier 2009
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ABRAVO (PI) ABRAÇO SISAL - (BA) ACOOPAMEC (BA) ASSOCIAÇÃO SANTO DIAS (CE) CAATINGA - Ouricuri (PE) CABEÇA ATIVA (PE) CARITAS ( PI) CCJ- Centro de Comunicação e Juventude (PE) CHANGEMAKERS (Noruega) COLETIVO GAMBIARRA IMAGENS (PE) CONEXÕES DE SABERES (PE e PI) CONSELHO ESTADUAL DA JUVENTUDE (PI) COORDENAÇÃO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS E JUVENTUDE (PI) CONSELHO NOVA VIDA (CONVIDA) DIACONIA EQUIP - Escola de Formação Quilombo dos Palmares (PE) ESCUTA (CE) FALA SÉRIO (CE) FETAG (PI) GACC - Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (CE) GAJOP - Gabinete de Assessoria às Organizações Populares (PE) GERAÇÃO FUTURO (PE) INSTITUTO GANDHI (PI INTEGRASOL (CE) MMTR-NE - Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra OBRA KOLPING (CE e PI) PEIXEARTE (PE) RÁDIO LIVRE-SE (PE) RECID (PI) REDE DE JOVENS DO NORDESTE (PE) REDE DE RESISTÊNCIA SOLIDÁRIA (PE) REDE DE ARTICULAÇÃO DO GRANDE JANGURUSSU E ANCURI (CE) REFAISA SERTA - Serviço de Tecnologia Alternativa - Glória de Goitá (PE) SOLTANDO A VOZ (CE) VISÃO MUNDIAL BRASIL - Unidades Operacionais de Fortaleza-CE, Rio Grande do Norte, Sertão I (AL) e Salvador-BA VOLENS - Brasil - Bélgica
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VOLENS (Bélgica) Christian AID (Inglaterra) TEARFUND (Inglatrerra) ZUIDDAG (Bélgica) Operation Daywork (Noruega) AIN - Igreja da Noruega DISOP (Bélgica) SOS Abandonados (Bélgica) CESE (BA) VISÃO MUNDIAL (BR)
BANCO DO NORDESTE SECRETARIA DE TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ EMATER - (PI) PREFEITURA MUNICIPAL DE RECIFE (PE) PREFEITURA MUNICIPAL DE CRATEÚS (CE) PROGRAMA CONEXÕES DE SABERES UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO EMATER (PI) CÁRITAS DIOCESANA DE CRATEUS (CE) SINDICATO DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DE CRATEUS (CE) SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE CRATEUS (CE) PARÓQUIA SENHOR DO BONFIM - CRATEUS (CE) IRPAA (BA) COOPERATIVAS DE CRÉDITO (BA) DOADORES PARTICULARES Mais detalhe sobre os apoios no site www.caravanadecomiunicacao.org.br
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Data da Audiência: 21 de janeiro de 2009 Local: Teatro Objetivo: discutir os problemas e questões apresentadas pela Caravana de Comunicação e Juventudes a partir do documento “Carta da Juventude”. Instituições Governamentais e Não Governamentais presentes: Secretaria de Negócios Rurais, Urbanos e Meio Ambiente Regional da FETRAECE Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crateús Vereador Marcio Cavalcante – Presidente da Câmara Municipal de Crateús Paróquia Senhor do Bonfim Sindicato dos Professores do Município de Crateús Comunidade Jatobá dos Umbelinos Comunidade Poti Comunidade Realejo (representado por uma jovem da Caravana) Comunidade Açude dos Barroso (representado por um jovem da Caravana) Comunidade Fátima I e II (representado por um jovem da Caravana) Coordenação da Caravana de Comunicação e Juventude Encaminhamentos: 1. Multiplicar e difundir junto às associações, comunidades, ONGs e grupos juvenis a "Carta da Juventude"; 2. Fortalecer a mobilização social dos jovens e das comunidades a fim de levar adiante as propostas da Caravana; 3. Apresentar projetos sociais como instrumento para viabilizar as propostas da Caravana; 4. Potencializar a luta contra o lixão visando a construção de um Aterro Sanitário; 5. Criar um fórum local para debater e encaminhar as questões referentes à construção da Barragem Fronteiras e a desapropriação das terras quilombolas; 6. Buscar interferir no Orçamento Público visando o redirecionamento dos recursos públicos; 7. Apresentar projeto de iniciativa popular em prol da criação da Secretaria de Cultura e do Fundo de Cultura.
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Não sei fazer repente Mas vou mostrar para você A forma de ensinar E a forma de aprender Preste bem atenção Na batida do coração Vou começar a dizer!
Oficinas realizadas Despertaram o saber Dos jovens que ensinam Que também têm que aprender. Tirar o véu da realidade Mostrando pra sociedade O que ela tem que fazer.
Meu povo e minha galera Peço licença pra falar Da Caravana da Juventude Sua história eu vou contar Construída com esforço Mobilização e reforço Pra o projeto realizar.
Os temas foram vários: Etnia e sexualidade, Protagonismo juvenil, O jovem e sua identidade, A cidade e o campo Cantaram o mesmo canto De uma nova realidade.
O Nordeste se juntou Para o projeto realizar Mobilizou as juventudes Para um desafio enfrentar Democratizar a comunicação Assumir como missão A comunicação popular. Três estados se uniram Pra fazer o movimento Pernambuco foi o primeiro O Ceará deu segmento Rio Grande do Norte despontou O Piauí acompanhou Bahia e Alagoas estão dentro. Pernambuco de grandes guerreiros De valores culturais O Ceará tem muita história E a Bahia não fica atrás Piauí de sol ardente Rio Grande do Norte bom no repente Alagoas dos canaviais. Sua atenção eu vou chamar Para o jeito de fazer Como o jovem organiza A maneira de aprender A caravana propicia Nova metodologia Pra juventude crescer.
A Caravana passou bonita Por grandiosas cidades Ouricuri foi uma delas Que deixou muitas saudades Crateús, Teresina e Juazeiro Eita povinho ligeiro Pra falar das novidades. Botamos o pé na estrada Seguimos nossa missão Não resistimos a energia Do povo do Maranhão Caxias da Balaida Aqui foi nossa parada Pra fazer uma intervenção. Mais uma vez na estrada Nosso projeto era real A caravana animada E com muito alto astral A emoção veio de novo " Ajunta aí, meu povo " Viva o Fórum Social !!
Osmar Braga (CE), Severino José (PE), Francisco José (CE), Ramon Bonfim (BA), Alessandra Masullo (CE).
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