História | Formatura da ADL: Treze histórias resumidas em uma única palavra: GRATIDÃO | p. 7 Ano XXXVIII • março de 2018 • nº 108
I n f o r m a t i v o Notícias | Um mar de gente no Culto de
Ordenação Conjunta na Comunidade Lagoa II, em Serra Pelada/ES | p. 9
d o
S í n o d o
E s p í r i t o
“É uma alegria para a Igreja quando jovens decidem estudar teologia e quando têm o apoio, o incentivo e a motivação da família e da comunidade” | p. 14
S a n t o
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B e l é m
Notícias | Nota das Igrejas Católica e de Confissão Luterana do Estado do Espírito Santo sobre a PEC 287/16 | p. 17
editorial Quando a realidade é construída na era da informação
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reflexão Quaresma outra vez!
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Arrogância e humildade
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mensagem Páscoa é novidade de vida
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crônica A lua de mel ao pé da Pedra Preta
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notícias Diácono Davi Haese é instalado em Teixeira de Freitas
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meio ambiente Luterano em destaque
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tema do ano Mensagem da Presidência e do Conselho da Igreja
IECLB
juventude Notícias da JE
secretaria@sesb.org.br
facebook.com/sinodoluteranoesbelem
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luteranos.com.br/sinodo/espirito-santo-a-belem
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O Semeador ― março de 2018
Editorial
Quando a realidade é construída na era da informação Se a verdade está apenas nas palavras, a sociedade está fadada ao virtual. Se a voz e o discurso exposto estão se sobrepondo a fatos concretos, entregamos a quem pode falar a construção da realidade. Ademais de quem pode falar, existem aqueles que não querem. Por esses, a história passa reto. Por que então há o silêncio nesse território que se disputam verdades? Em um tempo em que a pós-verdade define eleições, não surpreende que pequenas violências sejam escondidas ou maquiadas. Na era da informação pouco se discute quem a promove ou a quem interessa. No campo macro da sociedade, o controle de alguns meios e o descontrole por outros formam uma batalha sem um fim comum. O mundo vive a primeira crise política na era da informação. Um míssil pode ser atirado pela Coréia do Norte por um tweet de poucos caracteres. Não importa onde caiu o míssil, importa o conteúdo do tweet. Não importa a dor e o sofrimento de quem lê acusações e protestos velados. Importa a exaltação da virtualidade. O imaterial e o subjetivo formam a realidade concreta, determinam vidas que vivem, vidas que sofrem, quem vence e quem perde. Nesse contexto, todo o Brasil entra na campanha política de exaltação de mitos e figuras legendárias. A verdade sobre uns candidatos importa menos que a pós-verdade sobre outros. Juízes de toga podem prender candidatos; juízes da internet legitimam sentenças tweetadas sobre a morte de tal candidato, a propriedade de empresas, sobre contas de bancos e pedalinhos. O discurso que destrói pequenas vidas destrói também a estabilidade política e econômica, ou projetos de nação. O silêncio, com tantas ferramentas à disposição nessas condições, é como suicídio. Não falar, não se expressar, a anulação do virtual é o encobrimento do próprio ser. Não estar em determinadas redes sociais é como não existir. O que fazer dentro dessa disputa? Escrever mais e postar? Escrever bonito e compartilhar com todo mundo? Paulo Freire, sempre adiantado, propôs aproximar o que se fala daquilo que se faz. O testemunho vivo e encarnado, o discurso como fruto da verdade, e não semente desta, é o caminho da seriedade e justiça. Neste sentido, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil propõe como tema do ano refletir sobre IGREJA – ECONOMIA - POLITICA, tendo como lema bíblico as palavras de Êxodo 20.2ª: “Eu sou o Senhor, teu Deus”. Nesta edição, leia a mensagem do pastor presidente sobre o tema do ano, além da reflexão Quaresma outra vez, a mensagem Páscoa é novidade de vida, a crônica A lua de mel ao pé da Pedra Preta, e a Nota Ecumênica sobre a Reforma da Previdência, assinada pelo bispo da Diocese de Colatina, Dom Wladimir, e o pastor sinodal do SESB, Joaninho Borchardt. Também poderá, elevando a práxis à própria expressão real, sentir um pouco do que foi o grande culto de ordenação conjunta realizado no nosso Sínodo no mês de janeiro, além dos muitos acontecimentos em nossas comunidades e paróquias em âmbito sinodal. Abençoada leitura! P. Paulo Marcos Jahnke Serra Pelada
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O Semeador é uma publicação trimestral informativa destinada às Comunidades, Paróquias, Uniões Paroquiais e Instituições do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB), da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Diretor | Pastor Sinodal Joaninho Borchardt Correção | P. Joaninho Borchardt, P. Eloir Ponath, P. Paulo Janke, P. Valdeci Foester Projeto gráfico | Willi Piske Júnior Diagramação | Adriana Serrano Conselho de Comunicação | P. Joaninho Borchardt, P. Paulo Jahnke, P. Eloir Carlos Ponath, P. Luciano Ribeiro Camuzi, P. Erni Reinke, P. Valdeci Foester, Jaqueline Kuster Silva Schultz, Nilza Buss. Colaboradores | Ana Carolina Paranhos Assunção, P. Paulo Jahnke, Estefano Hammer, P. Ido Port, Bruna Piske,P. Edivaldo Binow, P. Edson Plaster, P. Edilson Cláudio Tetzner, P. Scharles Roberto Beilke, Jackson Liebmann, Luana Paula Braun, Diác. Édna Ramlow Beling, Cat. Traudi Margarida Kraemer, Irinéia Ramlow Faian, P. Carlos Rominik Stur, Vinícius Ponath, Wendel Ponaht Blanck, Diác. Luciano Butske, Pa. Fernanda Pagung Reinke, Matheus Nimer Littig, P. Leomar Lauvers, Pa. Iraci Wutke, P. Paulo Jahnke. Distribuição e Correspondências | Sínodo Espírito Santo a Belém – IECLB Secretária/Administração | Nilza Buss Tiragem | 9.500 exemplares Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores.
Fechamento da próxima edição: 08/05/18
Mande informações, notícias e/ou fotos para o email
noticias@sesb.org.br
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O Semeador ― março de 2018
Reflexão
Texto P. Edivaldo Binow Califórnia – Domingos Martins
Quaresma outra vez! Tempo de retirar o excesso de coisas ruins que existem em nosso coração e em nossos pensamentos e que nos afastam de Deus e das pessoas
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á estamos no tempo da Quaresma! Outra vez! E como dizem que em nosso país o ano começa só depois do Carnaval, aí está, iniciamos o novo ano com a Quaresma. Este ditado popular até tem um lado interessante. Depois dos exageros do Carnaval, vivemos agora esses quarenta dias refletindo sobre a caminhada de Jesus rumo à cruz. Esta é uma ótima oportunidade para avaliar e restaurar a nossa vida de fé. Neste tempo tão especial, recordamos o sofrimento que Jesus enfrenta em amor às pessoas pecadoras e o seu convite para voltarmos nossa vida a Deus. É um tempo de penitência e de arrependimento, que cria a oportunidade para repensar a nossa vida. E esta tarefa é muito importante, pois ela nos desafia a pensar no porquê e como cremos em Deus que em Jesus revela seu amor. Por isso, muitas tradições estão presentes neste tempo de Quaresma, como o jejum, o silêncio e a meditação. Entretanto, muitas tradições desta época não são mais levadas tão a sério. E por quê? Porque, diferente das tradições criadas para o Natal que se mostram diante dos nossos olhos e atraem tantas pessoas, as tradições da Quaresma querem chegar onde os olhos não veem: no nosso coração. Por isso as pessoas têm mais dificuldade ou menos interesse em viver as tradições da Quaresma. Não existe algo pronto para comprar e enfeitar a vida. O que existe é uma oportunidade para pensar a vida que vivemos e a fé que confessamos e justamente tirar da nossa vida o que não serve, o que não agrada a Deus. Às vezes, parece que isso não é interessante: quem vai querer mostrar seus erros e suas fraquezas? Mas não é preciso mostrar isso para ninguém. Deus sabe do que se passa em nossa vida. Por isso o silêncio e meditação, para que nós tenhamos
consciência do que é preciso mudar e, de fato, tomar a atitude de mudar. Entretanto, em nossa realidade tão agitada, acaba sendo entediante viver o silêncio e a meditação. Mas esse é o perigo, de não viver esta etapa da vida que nos convida a repensar nossos caminhos. Esse silêncio e meditação querem nos ajudar a pensar se a nossa vida está em Deus ou não. Lamentavelmente, muitas vezes descobrimos que não conseguimos viver um dia sem o celular por exemplo, mas passar um ano ou mais sem participar de um culto ou até mesmo da Santa Ceia, isso já é bem mais fácil. Percebe? E há outros exemplos que mostram que o nosso coração está longe de Deus. Muitas vezes preferimos guardar o ódio do que viver o amor e perdão que Jesus ensinou. Preferimos fazer o mal e sentir prazer no sofrimento de quem não gostamos, do que se colocar à disposição para ajudar. Apesar de muitas vezes dizermos que cremos em Deus, a nossa vida acaba mostrando o contrário. Nossas falas e nossas atitudes mostram aonde de fato está o nosso coração. Assim, a caminhada da Quaresma quer ser um caminho de reconstrução da nossa vida de fé. Ao testemunhar todo o sofrimento de Jesus por amor a nós, qual tem sido a nossa resposta de gratidão? Qual tem sido a nossa atitude diante do amor de Deus? Assim como limpamos nossa roça, nossa casa, e até mesmo o excesso de informações do smartphone e computador, precisamos retirar o excesso de coisas ruins que existem em nosso coração e em nossos pensamentos. É preciso deixar o que nos afasta de Deus e nos afasta das pessoas. Quaresma é tempo de caminhar com Jesus e lembrar o que realmente é essencial na vida cristã: o amor de Deus por nós e a nossa resposta de amor a Deus e o amor ao próximo. Mas não só lembrar ou falar: é praticar também!
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O Semeador ― março de 2018
Reflexão
Texto P. Leomar Lauvers
Arrogância e humildade “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt 23.12)
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a medida em que a pessoa humana amadurece, ela tem a possibilidade de se entender melhor e entender melhor os seus semelhantes, especialmente no que diz respeito a aspectos da personalidade e da postura. A dinâmica da vida, com suas alegrias, tristezas, conquistas e sofrimentos vai permitir um olhar mais apurado sobre a própria identidade e postura e, quem sabe, concluir que se está sendo arrogante demais. O termo arrogância vem do latim arrogantia (de ad = ”a, para” + rogare = ”pedir, propor” – formando a noção de exigir para si mesmo). Entende-se arrogância como sendo o ato ou efeito de arrogar-se, de atribuir a si direito, poder ou privilégio. É a qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros, orgulho ostensivo, altivez. Em outras palavras, é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. Uma pessoa arrogante é, portanto, uma pessoa que não deseja ouvir e considerar os outros, aprender algo de que não saiba, que se sente superior em relação a seu próximo. São sinônimos o orgulho excessivo, a soberba, a altivez, o excesso de vaidade pelo próprio saber ou pelo sucesso. A pessoa arrogante se entende como sendo a melhor e bem sucedida do mundo. Comporta-se em postura como sendo aquela pessoa que tem a melhor visão das coisas, as melhores ideias, as melhores atitudes, a aparência mais bonita, com a identidade mais forte ou moralmente certa. Isso é positivo quando, em certo sentido, dá coragem diante da vida e faz com que assuma mais e melhor as próprias opiniões e personalidade. É negativo, no entanto, quando a pessoa passa a se entender como alguém melhor e mais digno que seu semelhante, resultando isso em falta de humildade. Na falta de humildade não há reconhecimento das próprias limitações, não se é modesto, nem simples e até mal educado.
A postura arrogante pode acompanhar por longos dias a pessoa humana, talvez até no momento de sua morte. A dinâmica da vida, no entanto, tem sua própria sabedoria e pode fazer com que se tenha consciência disso e impulsionar para uma nova postura. Isso pode se dar por meio de aprendizado leve e inspirador e, também, por meio de experiências fortes ou de sofrimento como pode acontecer no tempo de doença, por exemplo. No tempo de doença a pessoa pode vir a se deparar com a própria finitude, limitação e impossibilidade. É quando se percebe que nem o melhor do melhor na pessoa humana pode livrá-lo de, em algum momento, morrer. Se houver internação pode ser que se precise do cuidado e do amparo de médicos, enfermeiras, familiares, amigos, comunidade, Igreja, e até de estranhos. Aquela pessoa, outrora autossuficiente, cheia de conhecimentos e posturas rígidas e que se entendia como sendo a melhor, talvez tenha que aceitar que o outro lhe faça a higiene pessoal, por exemplo. Perguntas existenciais e a realidade da morte trazem outras reflexões sobre a própria vida e, isso, nem sempre se dá de forma simples. Nos termos bíblicos do Antigo Testamento, o livro de Provérbios indica que a arrogância tem por consequência a desonra e a queda (Pv 16.17-19; 11.2; 18.12). Nas palavras do profeta Obadias e Jeremias a arrogância engana a pessoa humana quando pensa ou se comporta como se nada lhe pudesse atingir: “A arrogância do teu coração te enganou; tu que habitas nas sendas do penhasco, na tua alto morada e dizes no teu coração: Quem me deitará por terra? Se te remontares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derrubarei, diz o Senhor” (Obadias 1.3-4; Veja também Jr 49.16). O profeta Isaías chega a dizer que “os olhos dos arrogantes serão humilhados e a soberba da humanidade será destruída” (Is 2. 11). No Novo Testamento o apóstolo Paulo, em sua carta à comunidade de Roma, lembra “(...) a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. (Rm 12.3). Na mesma carta Paulo convida e incentiva para a humildade quando escreve: ”tende o mesmo sentimento um para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos”. No Evangelho, Jesus Cristo convida para a humildade quando diz que “quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt 23.12). Chega a sugerir que a humildade deve ser como a de uma criança e que aqueles e aquelas que assim o fizerem serão os maiores no Reino dos Céus (Veja Mt 18.4). Irmãos e irmãs! Ninguém precisa necessariamente passar pelo sofrimento para se tornar uma pessoa humilde. Deus dá a capacidade de cada pessoa refletir o próprio ser e suas posturas e ajuda para que a transformação necessária possa acontecer para melhor. Especialmente no tempo da Quaresma é lembrado do exemplo de Jesus Cristo quando Este lava os pés de seus discípulos e ao ser questionado responde: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros (...) para que, como eu vos fiz, façais vós também. (...) ora, se sabeis estas cousas, bem aventurados sois se as praticardes.” (Jo 13. 14-15). Graça e paz da parte de Deus!
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O Semeador ― março de 2018
Mensagem
Páscoa é novidade de vida
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áscoa! Já podemos imaginar coelhinhos saltitantes, ovos coloridos, crianças sorrindo, luzes iluminando a escuridão da madrugada, o luto sendo transformado em esperança, as trevas se dissipando para dar lugar ao brilho e à luz. Páscoa! A cruz está vazia. A fé vence o medo. O Deus que confessamos e em quem cremos de todo coração supera a morte e se revela como Deus da vida para a nossa salvação. Já podemos ouvir com alegria: Eu sou aquele que vive; estive morto, mas agora vivo para sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos (Ap 1.18). Porque Cristo vive, também nós viveremos. E, podemos voltar a cantar com alegria e adoração: Aleluia! Cristo ressuscitou para que eu, você e toda a criação de Deus possam superar a dor e a morte, ressurgindo para a vida aqui e na eternidade. Páscoa é novidade de vida, é a esperança que se refaz em meio ao caos. Páscoa é Deus dizendo para nós: levanta dos teus túmulos escuros, supera as tuas dores, transforma a tua realidade, olha além do sofrimento e desvenda a luz que brilha sobre você. É saber-se bem amparado pelo Deus dos contrastes, que tira vida de onde nem imaginamos, que reacende a chama onde pensamos estar tudo perdido. Páscoa é olhar para o túmulo vazio e, apesar dos medos que tempos difíceis nos impõem, saber-se sustentado pela graça de Deus.
A Páscoa não varre ou dissipa as dores do mundo. Cristo ressuscitou, mas o mundo continua a sofrer por causa do pecado humano. O que a Páscoa faz é dar uma nova perspectiva, um novo olhar, que nos mantem firmes no testemunho e na luta pela dignidade e pela vida. E nesse desafio pascal é dito também para nós: - Não se assustem! Não tenham medo... (Mc 16.6). Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos (Mt 28.20). Para um testemunho eficaz é preciso crer. Mas, é difícil crer na ressurreição porque ela foge à lógica humana. É bem mais fácil chorar pelos mortos do que crer na ressurreição. Isso porque cremos pela fé, e não pela lógica. A ação de Deus vai além do que podemos compreender. A ressurreição é o milagre da vida que se refaz. Não é preciso compreender o milagre. Basta crer, mesmo sem ver, sabendo que, pela fé e na companhia do Cristo ressuscitado, é possível fazer novas todas as coisas. Pela fé conseguimos compreender o amor de Deus revelado na escuridão da morte e na luz da ressurreição. Que a Páscoa e a ressurreição de Cristo, cause impacto positivo em nossa vida e nos ajude a experimentar a novidade de vida, mesmo (e principalmente) quando escuridões sobrevierem, fortalecendo-nos na fé e no testemunho de que este é o dia da vitória de Deus, o Senhor; que seja para nós um dia de felicidade e alegria (Sl 118.24). Amém!
Páscoa é Deus dizendo para nós: levanta dos teus túmulos escuros, supera as tuas dores, transforma a tua realidade, olha além do sofrimento e desvenda a luz que brilha sobre você.
Texto Pa. Iraci Wutke Rio Possmoser
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Crônica
Texto Ido Port São Luís – Santa Maria de Jetibá
A lua de mel ao pé da Pedra Preta
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Gente! Que lua de mel romântica e fantástica!
ení, brincando disse: “Eu vou contar a nossa novela todinha!” E, teatrando, contou como teve início o seu namoro com o jovem Tias. E de uma forma magistral relatou os poucos, e às vezes até conturbados, encontros que aconteceram, mas que finalmente culminaram com o noivado e posterior casamento para sempre. Claro, para sempre. Às portas das Bodas de Ouro, Rení contava e Tias com emoção escutava. De vez em quando, rolavam as saudosas lágrimas sob seus óculos claros, face abaixo. “Pode chorar, pois vou contar tudinho, por que era assim mesmo, você sabe”, dizia Rení, enquanto lançava um olhar apaixonado para ele e continuava. “Tudo teve início lá por volta dos anos 60 do século passado, quando um dia apareceu na igreja aquele moço de bicicleta bem arrumada, bem vestido, óculos escuros tipo Ray-Ban... Eu ainda era bem jovem, digamos na pré-adolescência, mas quando crivei meus olhos nesse galã pensei: Esse vai ser meu. Mas eu, com meus quinze anos a recém completados? Naquele tempo não era assim como hoje, de moças e moços poderem se falar livremente. Encontramo-nos poucas vezes, se o pai estava perto. Na verdade, só sete vezes. E isso durante muitos anos. No passar destes anos ele teve outras namoradas, também eu tive namorados, mas nunca dava certo. Quem estava no meu coração era ele, o Tias. Morava longe e só de vez em quando aparecia. A gente só podia ir nos bailes quando o pai ia junto e nos acompanhava. Éramos mais irmãs. A essas alturas eu já era moça formada. Entrementes, tinha um namorado que de repente, por nada, me deixou, ou até eu já o queria deixar. Na verdade, nem sentia muita coisa por ele. No meu coração estava outro, o Tias. Diante desta ruptura de namoro, meu pai falou brabo comigo, dizendo: “O que está acontecendo contigo, que você não segura namorado? Todas as outras moças arrumam namorado, casam e você está neste pega e deixa?” Tias morava longe, mal podia me imaginar onde ficava essa cidade da Pedra Preta. Naquele tempo os caminhos eram difíceis e a gente não tinha esta liberdade de andar. Eu sabia que no Rio de Janeiro havia uma casa onde moças alemãs podiam trabalhar. Também fiquei sabendo que uma moça tinha desistido. Já sabia que perto de nossa casa morava uma mulher, que trabalhava lá, e estava de volta em férias. Já que meu pai estava brabo comigo falei com ela. Ela concordou em eu ir junto para experimentar. Felizmente, consegui ocupar a vaga da outra moça. Mas havia uma coisa muito sofrida no meu coração. Eu chorava durante a viagem e lá no Lar das Irmãs eu fazia o meu serviço chorando. As Irmãs eram muito boas para comigo. Mesmo assim, eu não agüentando mais, escrevi uma carta para o Tias. Mas sabe, por pura amizade, pois via nele um amigo. Ele também respondeu a carta como amigo. Daí eu me senti melhor. Tempos depois quando voltei, ele ficou sabendo o dia que eu ia embarcar de volta para o Rio. Ele foi até a Rodoviária em Vitória, lembra aquela rodoviária pequena, apertada, ali no Parque Moscoso? Ele foi se despedir de mim e desejar-me uma boa viagem. Um bom tempo depois, ele, de repente, me aparece lá no Rio Comprido/RJ, onde eu trabalhava, e disse: “Eu quero noivar contigo e logo vamos casar!” Contou que já estava tudo preparado, que tinha uma casinha, onde morava com o pai, mas que precisava de mais companhia. A casa era pequena, mas havia lugar para mim também. Isto foi uma surpresa tão grande e tão alegre para mim e, mesmo com tanta alegria, eu não podia aceitar sua proposta. Naquele tempo o noivo primeiro tinha que falar com o pai da moça e pedir a mão da filha. E eu também queria concluir os meus estudos que já havia começado. Diante da minha recusa relâmpago ele podia ter desistido. Mas Tias não desistiu. Concordou, voltou e foi falar com meus pais. Meus pais, para a alegria minha, o receberam e gostaram muito dele. Daí ele voltou todo alegre e eu, com o meu dinheiro, que havia economizado, ajudei a comprar as alianças - essas aqui que estão nos nossos dedos - e o terno dele e noivamos. As Irmãs da casa estavam tão contentes com toda esta novela que prepararam aquela festa. Foi uma noite bonita. Daí nós voltamos para o Espírito Santo e logo casamos.
Eu só tinha uma bolsa com as minhas roupas principais. Da casa dos pais, como eu havia saído, não tinha muito a receber, salvei a minha máquina de costura, que apanhei mais tarde. As minhas caixas com as demais roupas e demais coisas do Rio de Janeiro, ainda estavam para chegar. Daí ele me levou para a sua casinha, que eu nunca havia visto nem podia me imaginar onde ficava. Seguimos de Melgaço de bicicleta para a tal da Pedra Preta. Ele firme com as mãos no guidão e com os pés nos pedais. E eu na garupa sentada de lado. Sabe, naquele tempo a moda das calças para moças ainda não tinha chegado e o único jeito descente na garupa era sentar de lado. Segurei-me com uma mão nele e com a outra mão segurei a bolsa com minhas roupas. Foi a nossa partida para a lua de mel. Quando finalmente chegamos na casinha, lá nas curvas da Pedra Preta, já era de tardezinha. Era uma casinha humilde, mas era a nossa casa que virou o nosso lar. Havia água, mas não havia torneira dentro de casa, a gente carregava a água no balde para dentro de casa. Não havia banheiro para tomar banho. A gente tomava banho numa bacia de lata bem grande dentro de um quarto. E eu, cansada, também queria tomar meu banho. Quando estava dentro da banheira, assim em traje de Eva, vi lá no alto da parede, numa fresta, por onde brilhava a luz, o movimento de uma enorme aranha caranguejeira. Gritei desesperada e Tias veio me socorrer botando a aranha para longe. Assim começamos a nossa vida. Dias depois veio o aviso que minhas caixas tinham chegado. Daí ele arrumou mais uns companheiros para carregá-las amarradas em varões o longo morro acima. Ele continuou com sua oficina de bicicleta e eu trabalhando também. Não demorou o pai dele faleceu. Não muito tempo depois os meus pais faleceram, e daí sucederam-se as mudanças de lugar até que chegamos onde hoje moramos”. Pois é, Rení e Tias, enquanto vocês acharam por bem abrir seus corações e com tanta e alegre emoção contar de sua longa caminhada, vieram-me à tona algumas curiosas observações, como: Certamente a bicicleta do Tias, por mais bem arrumada que estava, não possuía 18 marchas para vencer as longas subidas e longas descidas, não possuía freio traseiro e dianteiro seguros, suspensão resistente para amortecer os baques pelos buracos e valetas como as modernas Bykes. Possivelmente possuía o freio no eixo na roda traseira acionado no sentido inverso pelo pedal, mas que esquentando derretia a graxa e um perigoso freio de mão na roda dianteira. Talvez era equipada com um farol de boa marca que iluminava o caminho a noite e funcionava com um pequeno gerador encostado na lateral do pneu, que o botava em funcionamento, quanto mais velocidade, mais forte a luz. Possuía uma campainha para pedir passagem ou anunciar a chegada. Se era bem equipada mesmo, possuía também um espelho retrovisor firmado no lado esquerdo do guidão para controlar ultrapassagens nas vias quase super movimentadas na Pedra Preta. Imagino! A marca? Ah, deixa-me adivinhar! Pode ter sido uma Pallas importada, robusta, de cor azul celeste e com listras mais claras, ou foi uma Göhrinke nacional mais forte, ou simplesmente uma popular Monark que também possuía um quadro forte para suportar o peso de duas pessoas. Ô, seu Tias! No próximo encontro você toma a palavra e me conta qual era a marca deste famoso veículo, estilo Rolls Royce, da viagem de vossa Lua de Mel! Combinado? Uma outra lembrança por demais oportuna foi a detalhada descrição dos sete encontros ocorridos no decorrer destes longos anos. Este relato me evocou a história de Jacó em Gn 29. Jacó serviu Labão por sete anos para poder se casar com sua filha Raquel. Mas foi enganado pelo mesmo na noite das núpcias que quis se livrar da filha mais velha, menos charmosa do que Raquel, com a desculpa que pão velho se come antes do pão novo. Jacó trabalhou mais sete anos para finalmente poder se casar com a amada do coração. Chego a suspeitar que o número sete tem algo a ver com paixão ou diretamente com o coração, pois tu Rení, dizias e repetias: “Só nos encontramos sete vezes, mas ele estava no meu coração durante todo esse tempo!” (Algumas perceptíveis semelhanças podem ser meras coincidências com gosto de verdadeiras).
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O Semeador ― março de 2018
História
Treze histórias resumidas em uma única palavra: GRATIDÃO No ano de 2014 a Associação Diacônica Luterana - ADL, localizada em Serra Pelada, município de Afonso Cláudio - ES, acolheu 13 histórias de jovens de lugares diferentes, pensamentos diferentes, jeitos diferentes de ser, para construir uma única história em uma caminhada de quatro anos, culminando num belíssimo culto e certificação no dia 9 de dezembro de 2017, concluindo o Curso de Assistente Ministerial, que tem por objetivo formar jovens para auxiliar nos trabalhos comunitários da Igreja, como auxílio aos pastores nos cultos e os diversos grupos e setores de trabalho. Durante o culto os formandos receberam suas batas, de acordo com os cursos. A bata mais curta foi entregue aos que fizeram o curso de Música e Educação Social; e a mais comprida foi entregue aos que fizeram o curso de Assistência Ministerial, com a formação para celebrações e grupos. Quando estes 13 adolescentes chegaram na instituição, estranharam tudo e todos, não tinham muita ideia do que fariam, e como seriam a rotina, o que iriam aprender durante esta caminhada, e a sensação de estarem perdidos também. Iniciaram uma nova etapa de suas vidas, etapa no qual foi marcada por tantos acontecimentos, lutas, escolhas, batalhas, decepções, alegrias, encontros e desencontros, mas com um único objetivo de viver intensamente o encantamento pela vida. Desta forma, passaram-se horas, dias e, por fim, anos, e durante este processo de caminhada, construíram e valorizaram momentos em que foi preciso aprender a respeitar a história do próximo, para que sucessivamente construíssem a própria história. Construíram a própria história a partir de outras histórias de vida e, com isto, são uma parte das histórias vivas da instituição. Agradecemos primeiramente a Deus por tudo que foi proporcionado para cada um, aos educadores e educadoras, funcionários, diretoria, superintendência, Paróquia de Serra Pelada, Paróquia de Afonso Cláudio, Sínodo Espírito Santo a Belém, IECLB, Escola Elvira Barros, UP Guandu e todas as pessoas que colaboraram nesta formação. Formação esta em que muitas vezes tiveram que renunciar às coisas mundanas para lutarem, incentivarem, persistirem e acreditarem em cada um. Gratidão pelo esforço de cada um e de cada uma dessas pessoas, no qual passaram noites adentro estudando para no outro dia poderem transmitir o que foi adquirido, exercitando a troca de conhecimentos e saberes. Às nossas famílias, que primeiramente demonstraram total confiança a esta instituição por terem acolhido a cada um de nós, e por serem uma parte de nossa família, pois nos tornamos não apenas colegas, e nem amigos, mas sim uma família. Por estarem sempre ao nosso lado e incentivarem a irmos em busca de objetivos, realizações e sonhos. Aos pais e mães, avós e responsáveis: vocês são o berço do alicerce do amor puro. Graças a cada um de vocês que conhecemos o mundo exterior vamos construindo a nossa história. Vivemos momentos inesquecíveis nesta instituição. As nossas histórias se resumem em uma só palavra: gratidão.
Ana Carolina Paranhos Assunção Assistente Ministerial e Educadora Social pela Associação Diacônica Luterana - ADL Itaguaçu/ES Fotos: Broedel Fotografias e Alex Reblim
FORMANDOS 2017 Nome Ana Carolina Paranhos Assunção Athais Jastrow Beatriz Clarita Kuhn Daniela Bueke Knack Ihan Saager Corrêa Lemos Ivair Strelow Pinto José Felipe Fabiano da Silva Leidiane Pisoler Luana Lube Mayer Matheus Rodolfo Rasch Buss Micaelly Rodrigues Ferreira Miquéias Kuhn Pothin Vanessa Zanella Batschke
Cidade Natal Itaguaçu/ES Domingos Martins/ES Domingos Martins/ES Domingos Martins/ES Itaguaçu/ES Colatina/ES Gravatá/PE Santa Maria de Jetibá/ES Domingos Martins/ES Afonso Cláudio/ES Itaguaçu/ES Domingos Martins/ES Gaúcha do Norte /MT
Denominação Religiosa Luterana Luterana Luterana Luterana Batista Luterano Luterano Luterana Luterana Luterano Católica Luterano Luterana
Formações Assistência Ministerial (celebração e grupos) , Educação Social Assistência Ministerial (grupos), Educação Social Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social Educação Social, Música Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social, Música Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social, Música Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social, Música Assistência Ministerial (grupos), Educação Social Assistência Ministerial (grupos, Educação Social Educação Social Educação Social, Música Assistência Ministerial (celebração e grupos), Educação Social
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O Semeador ― março de 2018
História
Comunidade de São Mateus comemora 20 anos O templo da comunidade se localiza na ilha de Guriri, próximo da cidade de São Mateus Para comemorar uma data tão especial para os membros que, com muita luta e perseverança, conseguiram construir seu templo e manter suas raízes confessionais luteranas no litoral norte do Espírito Santo, reuniram-se em culto de Ação de Graças no último dia 10 de dezembro de 2017. O culto celebrado pela ministra de nossa paróquia, catequista Traudi M. Kraemer, juntamente com o pastor sinodal Joaninho Borchardt, nos permitiu agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas ao longo desses anos e, também, prestar uma singela homenagem aos que tanto se empenharam para esse sonho se realizar, bem como os novos membros que ao longo desses vinte anos se juntaram à nossa Comunidade. Celebrando conosco por meio da música, estava o Grupo Semear de Vila Pavão, dirigido pela diácona Edna Ramlow. Logo após o culto nos dirigimos a um sítio de propriedade de membros da comunidade onde degustamos um delicioso churrasco, organizado pela atual diretoria, regado com boa conversa e boa música tocada pelo Grupo Semear. Foi um dia maravilhoso e abençoado pelo nosso bom Deus.
Cat. Traudi M. Kraemer Linhares Neia Ramlow Faian São Mateus
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Notícias
Um mar de gente no Culto de Ordenação Conjunta O Culto foi realizado na Comunidade de Lagoa II, Paróquia de Serra Pelada, em Afonso Cláudio/ES, no Sínodo Espírito Santo a Belém No dia 28 de janeiro de 2018, 668 pessoas participaram do Culto de Ordenação Conjunta, em que seis Bacharéis em Teologia foram ordenados ao Ministério Eclesiástico e dois tiveram o Reconhecimento da sua Ordenação. A cerimônia, considerada uma das mais importantes na trajetória de um Ministro, de uma Ministra, confirmou o período de experiência de teoria e da prática experimentada durante o tempo de formação e também oficializou o Ministério, conforme a tradição apostólica, mediante Oração e Bênção com imposição de mãos, em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio da Ordenação, a Igreja legitimou o chamado para o ensino público do Evangelho: Evandro Elias (Ministério Pastoral), Fredolino Seiboth Filho (MP), Jadecir Rodrigues Coelho (MP), Miquéias Holz (MP), Renato Endlich (MP), Sander Alberto Timm (Ministério Missionário), Sérgio Sarter (MP) e Vagno Samora Paranho (MP). O Culto foi coordenado pela Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB, Pa. Sílvia Beatrice Genz, com a colaboração do Pastor local, P. Paulo Marcos Jahnke, pelos Pastores Sinodais Geraldo Graf, do Sínodo Sudeste, e Joaninho Borchardt, do Sínodo Espírito Santo a Belém, pelas Pastoras Sinodais Tânia Cristina Weimer, do Sínodo Nordeste Gaúcho, e Roili Borchardt, do Sínodo Sul-Rio-Grandense, pela Secretária de Habilitação ao Ministério, Cat. Dra. Haidi Drebes, e pelo Pastor Emérito Lourival Ernesto Felhberg, que foi o Assistente da Presidência. Ainda participaram do Culto o P. Simão Schreiber, da Paróquia de São João de Laranja da Terra, o P. André Martin Radinz, da Paróquia de Vila Pavão, a Cat. Alzira Ratunde, Educadora na Associação Diacônica Luterana
(ADL), o P. Siegmund Berger, Superintendente da ADL, o P. Wonibaldo Rutzen, da Paróquia de Crisciúma, o P. Emerson Lauvrs, da Paróquia de Afonso Cláudio, a Pa. Vera Regina Waskow, da Paróquia Cristo Salvador - Curitiba, e a Diác. Marcélia Klitzke de Oliveira, de São João de Laranja da Terra. Na Pregação, baseada em 1Coríntios 8.1-13, a Pa. Sílvia agradeceu a acolhida da Comunidade, a organização da celebração e refletiu sobre as diferenças na Comunidade e a importância de buscarmos a unidade dentro de toda a diversidade comunitária, agindo com respeito e amor, promovendo a justiça e a paz. Estiveram presentes várias lideranças políticas, como os Prefeitos Wanzete Kruger, de Domingos Martins, Josafá Storch, de Laranja da Terra, e Edélio Guedes, de Afonso Cláudio, além do Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung. Em sua saudação, o Governador animou os novos Ministros dizendo: “liderem, liderem na direção certa. Na direção que Deus espera de vocês. Que Deus proteja a missão de vocês. O Brasil precisa de bons lideres”. Depois do Culto, a Comunidade de Lagoa II serviu um almoço para confraternizar com os novos Ministros Ordenados e os seus convidados, vindos de Afonso Cláudio, Águia Branca, Baixo Guandu, Domingos Martins, Laranja da Terra, Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Santa Maria de Jetibá, São Mateus, Vila Valério, Vila Pavão, Vitória e Vila Velha.
ENVIOS EVANDRO ELIAS foi enviado para a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Palmitos/SC, onde atuará como Pastor. FREDOLINO SEIBOTH FILHO foi enviado para a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Balsas/MA, onde atuará como Pastor. JADECIR RODRIGUES COELHO foi enviado para a Paróquia Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Porto Velho/RO, onde atuará como Pastor. MIQUÉIAS HOLZ foi enviado para a Paróquia Evangélica Luterana de Funil/ MG, onde atuará como Pastor.
RENATO ENDLICH foi enviado para Paróquia Apóstolo Tiago, em Jaraguá do Sul/SC, onde atuará como Pastor. SANDER ALBERTO TIMM foi enviado para a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Araçatuba/SP, onde atuará como Missionário. SÉRGIO SARTER foi enviado para a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Guaramirim/SC, onde atuará como Pastor. VAGNO SAMORA PARANHO foi enviado para a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana da Comunhão em Quatro Pontes/PR, onde atuará como Pastor.
P. Paulo Marcos Jahnke Serra Pelada
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Comunidade Bom Pastor recebe visita Registramos com alegria a visita do pastor Heitor Meurer e sua esposa Maria Cecília à Comunidade Bom Pastor de Vila Velha. Heitor foi pastor na Paróquia de Vila Velha nos anos de 1977 a 1982. Atualmente está servindo na Comunidade de Novo Hamburgo/RS. Na foto, pastor Heitor, Maria Cecília e pastor Antonio. Jair Hammer Vila Velha
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Trata-se da tese de doutorado de Bonhoeffer. Numa abordagem radical e interdisciplinar, situou a igreja no contexto de um “mundo que atingiu a maioridade”, com especial atenção às pessoas que sofrem, como lugar onde se proclama e se desenvolve o processo da presença atual de Jesus Cristo. Quando da sua publicação, o autor excluiu trechos e reescreveu outros. Aqui, pela primeira vez em língua portuguesa, o texto com a inserção dos trechos omitidos, claramente marcados, oferecendo a versão mais completa possível.
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A COMUNHÃO DOS SANTOS Uma investigação dogmática sobre a sociologia da Igreja Dietrich Bonhoeffer
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QUANDO A GRAÇA ESCANDALIZA Tiago Samuel Carvalho A Bíblia é o livro da graça. E como tal está cheia de histórias escandalosas, nas quais a graça de Deus é ainda mais destacada. Portanto, se alguém ainda não percebeu o escândalo da graça, é porque talvez ainda não a conheceu.
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LUTERO: MUITO ALÉM DA RELIGIÃO Daiane Pires (Texto) Paulo Heineck e Werner Schünemann (Orgs.) Debater Lutero, trazer Lutero e seus significados para a nossa vida nos dias de hoje é o desejo de seus organizadores. Acompanha lindo DVD.
PERGUNTAS NA BÍBLIA Um convite ao diálogo, à reflexão e à transformação Sherron Kay George Apresenta 27 reflexões a partir de questionamentos existentes na Bíblia. Aborda temas diversos e os atualiza partindo de uma pergunta específica. As reflexões são um valioso instrumento tanto para leitura e estudo pessoal como para aprofundamento bíblico comunitário.
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Natal Luz em Baixo Guandu A Comunidade de Baixo Guandu Morro da Caixa D’agua se reuniu no dia 17 de dezembro para celebrar o Natal Luz Natal é tempo de união, onde os erros cometidos durante o ano são perdoados, é quando matamos a saudade de quem esteve longe, ou ainda aproveitamos a data para reviver antigas tradições que aquecem os nossos corações. Para que todo o evento fosse harmonioso e belo, a comunidade colaborou com uma grande quantidade de luzes para que todo pátio e a igreja estivesse totalmente iluminado. Foi um momento de reflexão, de histórias e de reviver o passado. Crianças recitaram poesias como antigamente, louvores foram cantados com sorrisos no rosto, já o coral apresentou canções natalinas e ainda foi possível se divertir com a apresentação do culto infantil. Com um pé nos 500 anos da Reforma, a apresentação principal trouxe Lutero e Catarina e toda a sua família para nos contar o real significado do Natal. Durante o teatro foi explicado o motivo de se decorar um pinheirinho, de se usar enfeites, de se ganhar presentes e principalmente, o nascimento de Cristo Jesus. Natal é tempo de luz, e aquela noite especial não poderia terminar de forma diferente, a luz de velas, foi cantada a canção “Então é Natal”, trazendo emoção a todos os participantes. Logo após, os convidados participaram de uma farta mesa comunitária partilhada por todos. A noite seguiu abençoada até o final, e a sensação no coração dos envolvidos era de gratidão e paz. Bruna Piske Baixo Guandu
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Diácono Davi Haese é instalado em Teixeira de Freitas “Por isso o meu coração está feliz, e as minhas palavras são palavras de alegria”. At 2.26 Foi com gratidão a Deus que a Área Missionária Leste de Minas e Sul da Bahia acolheu no seu meio o diácono Davi Haese e sua família, em momento especial no culto festivo no dia 4 de fevereiro no Ponto de Pregação em Teixeira de Freitas/BA, para atender a região que vai desde Serra dos Aimorés e Nanuque, em Minas Gerais, até Posto da Mata, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas e Coroa Vermelha, na Bahia. O ato de instalação foi conduzido pelo pastor sinodal Joaninho Borchardt, que teve como assistentes a diácona Edna Ramlow Beling (que auxiliou nas atividades da Área Missionária em 2017) e o pastor Luciano Ribeiro Camuzi, da Paróquia de Colatina. Também estiveram presentes o pastor André Martin Radinz e família, da Paróquia de Vila Pavão, e a catequista Traudi Kraemer e membros da diretoria paroquial, da Paróquia da Missão, além de visitantes e membros da comunidade local. Diác. Edna Ramlow Beling Vila Pavão
Em sua prédica o diácono Davi refletiu sobre o texto de Ne 2.11-20, lembrando o desafio do profeta em animar o povo judeu diante da situação que viviam em Jerusalém. Nesse sentido, destacou ele, também somos enviados para animar as comunidades e este ânimo deve vir acompanhado de atitudes e nessas atitudes devem estar inseridas a oração, a motivação e a vigilância. A Área Missionária Leste de Minas e Sul da Bahia está ligada à Paróquia da Missão, em Linhares, e conta com o apoio financeiro da Secretaria Geral da IECLB, do Sínodo Espírito Santo a Belém, Sínodo Sudeste, Comunidade de Teófilo Otoni e recursos próprios dos membros. Após o culto houve um momento de confraternização. Rogamos ao bom Deus que abençoe o ministério e que com disposição a palavra possa ser anunciada.
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Jovem de Baixo Guandu vai estudar para ser pastora É uma alegria para a Igreja quando jovens decidem estudar teologia e quando têm o apoio, o incentivo e a motivação da família e da comunidade Na IECLB, o ministério é reconhecido como único e indivisível. Foi instituído por Deus para que alcancemos a fé em Jesus Cristo. No batismo todo cristão é integrado no sacerdócio geral (1 Pe 2.9; Ap 5.10), e incumbido de um serviço comum: testemunhar o Evangelho de Jesus. O ministério é único, mas compartilhado e desdobrado em outros ministérios eclesiásticos, como: o pastoral, o catequético, o diaconal e o missionário. Todos têm os mesmos direitos e deveres, porém são distintos em suas áreas de atuação. Ser pastor ou pastora da IECLB é ser capacitado constantemente por Deus. É ter uma postura de servo fiel, humilde e temente ao Senhor, devendo estar sempre subordinado ao Evangelho e resistir em se colocar acima dele (Gl 1.5ss). E, cabe a comunidade cristã zelar pela continuidade e o fortalecimento do ministério na IECLB. A Comunidade de Baixo Guandu Centro tem a honra de encaminhar a jovem Samira Rossmann Ramlow, filha de Waldemiro e Maria Lúcia, ao estudo teológico na Faculdades EST em São Leopoldo/ RS. No dia 17 de fevereiro, durante o culto, ocorreu a despedida dela com oração, imposição de mãos e bênção. O momento foi especial, marcado pela presença e pelo apoio da diretoria paroquial, dos pais e dos integrantes da juventude. O pastor Carlos e família presenteaP. Carlos Rominik Stur Baixo Guandu Foto: Simone Freiheit Stur
ram a Samira com uma Bíblia Hebraica, a fim de que ela permaneça sempre fiel às fontes sagradas. É desejo da própria comunidade que Samira venha aprimorar suas habilidades e aperfeiçoar o seu dom recebido por Deus para que coopere integralmente no ministério e na missão de Deus. Samira sempre foi uma jovem atuante e participativa na comunidade e nos grupos. Ela tem realizado cultos de leitura, encontros da juventude (UJOL), estudos bíblicos e programas de rádio. Com dedicação, Samira tem ajudado e colaborado com o trabalho pastoral e do presbitério. Ela tem facilidade em se relacionar com as pessoas. É comunicativa, disposta e aberta, mostrando interesse para com as pessoas que dela se aproximam. É responsável e dedicada aos trabalhos assumidos. Sua vocação para o ministério pastoral foi surgindo justamente a partir deste envolvimento prático com os trabalhos comunitários. A decisão pela teologia com vistas ao ministério pastoral conta com a aprovação dos pais e da comunidade na qual participa. Neste sentido, nos alegramos pela resposta positiva da Samira ao chamado de servir a Deus e a sua Igreja. Oramos a Deus para que a abençoe e a conduza com êxito ao futuro ministério ordenado e ao labor teológico.
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Itaguaçu recebe seminário de música Auxiliando na educação cristã por meio da música Aconteceu no último dia 18 de fevereiro a “Oficina de Musicalização e Canto para Orientadores e Orientadoras de Culto Infantil e Ensino Confirmatório”. Essa foi a primeira formação de lideranças ofertada pelo Sínodo por meio do projeto de assessoria de música, conduzido pelo musicista e educador Vinícius Ponath, que auxilia no trabalho de capacitação das pessoas que lidam com a educação cristã.
O seminário aconteceu na comunidade de Itaguaçu e contou com 45 participantes que puderam partilhar suas experiências e adquirir novos conhecimentos em música, jogos e brincadeiras, e um amplo repertório e dinâmicas de grupo. Agradecemos à UP Guandu e à Comunidade de Itaguaçu pela acolhida e cuidado com o encontro e a todas as paróquias que apoiaram e enviaram suas lideranças para participar.
Vinícius Ponath Assessor de Música no Sesb
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Uma artista luterana em Sobreiro “Se eu não pudesse fazer meus desenhos e pinturas, ficaria doente” Para quem passa na localidade do Distrito de Sobreiro, Laranja da Terra/ES, é possível notar uma casa que chama a atenção e desperta muitos olhares e curiosidade de visitantes e pessoas que residem no próprio distrito. E a responsável por despertar tanta curiosidade e admiração é a senhora Orlandina Briske. Sua casa é repleta de pinturas e desenhos que ela mesma pintou em todas as paredes, móveis e cômodos de sua casa. Toda a casa está completamente ornamentada com os seus desenhos e pinturas. Orlandina é membra da Comunidade de Sobreiro, Paróquia de Crisciúma. Ela nasceu no ano de 1946 e fala fluentemente a língua pomerana e com muitas dificuldades apenas algumas palavras da língua portuguesa. Ela nunca pode estudar, e teve toda sua educa-
Wendel Ponaht Blanck Liderança Comunitária
ção e vida voltada as atividades do campo, por isso não sabe ler e nem escrever. Ela diz que não consegue ler a Bíblia, mas se lembra muito bem das leituras que seu fazia na Bíblia na língua alemã. Quando morava na roça, dona Orlandina fazia seus desenhos e pinturas em tecidos, mas quando se mudou para a vila de Sobreiro, aos 61 anos, teve a ideia de aplicar seus desenhos e pinturas nas paredes da casa. Hoje ela 71 anos e se orgulha de ter ornamentado o espaço onde vive. Seus desenhos não têm moldes ou riscos, ela pinta aquilo que vem na sua imaginação ou das suas experiências vividas no passado. Ela diz que não se pudesse pintar, ficaria doente. Intercedemos pela dona Orlandina para que Deus possa continuar a inspirando e lhe dando muita alegria naquilo faz.
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Nota das Igrejas Católica e de Confissão Luterana do Estado do Espírito Santo sobre a PEC 287/16 – “Reforma da Previdência” O Senhor disse: “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito [no Brasil e em qualquer lugar], e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios” [e de todos os inimigos dos mais empobrecidos] (Ex 3.7ss). As Igrejas Católica Apostólica Romana, representada aqui pela Diocese de Colatina, e Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), sediadas no Estado do Espírito Santo, são servas do Evangelho do Cristo Jesus; buscam testemunhar juntas esse Evangelho, convidando a humanidade a ouvir e acolher a Boa Notícia da ação redentora de Deus, defendendo a dignidade e os direitos humanos, especialmente dos pobres; confessam-se herdeiras da tradição profética da Bíblia, profundamente comprometida com a paz e a justiça social, pondo-a a serviço da sociedade brasileira; trabalham pela justiça e rejeitam todas as formas de violência e de injustiça. Diante do apelo bíblico, as duas Igrejas vêm a público manifestar preocupação com relação à Proposta de Emenda à Constituição 287/2016, conhecida como PEC da Previdência, de iniciativa do Poder Executivo que será votada, no mês de fevereiro próximo, pelo Congresso Federal cujo objetivo versa sobre a reforma da Previdência Social do nosso País. As graves ameaças que pairam sobre o povo brasileiro não podem deixar apáticas as Igrejas e o Povo de Deus. Devem ser alerta e apelo à reação, pois Deus não é da confusão ou da exploração social e sim da paz e da justiça (cf. 1Cor 14.33). Colaborar na percepção e na implantação que serve à paz e à justiça social (cf. Lc 19.42) constitui o nobre e inalienável mandato político dos cristãos em parceria com todas as pessoas de boa vontade. No seu manifesto “O direito e o poder”, a IECLB defende, para o bem da sociedade, a urgência em recuperar a primazia do direito sobre o poder. O direito é incompatível com o crime, com a ditadura do poder e com a reserva de privilégios indevidos. Cabe ao Estado zelar para que todo cidadão tenha assegurado o amparo do direito e seja cumpridor dos deveres nele implícitos. O poder está a serviço disso. Inclusive mais: é a única maneira de legitimá-lo. O poder se torna útil somente quando se submete ao direito e a ele se presta como braço instrumental. A responsabilidade pública da comunidade cristã não se esgota com a participação nas eleições. Ela se estende ao longo do mandato das pessoas eleitas. Neste tempo, ela adquire maturidade na vigilância e na consciência crítica. Cabe-nos vigiar e contestar as autoridades sempre que descumpram os seus compromissos e deveres para com o povo e a sociedade, como ainda dizia Lutero: “Não é subversivo criticar a autoridade quando ocorre livre, pública e honestamente no ministério ordenado da Palavra de Deus. Ao contrário, é uma rara virtude louvável e nobre, até mesmo um serviço a Deus especialmente grande”. Em nota divulgada em março de 2017, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já nos alertava sobre alguns perigos referentes a esta proposta de reforma. Dizia: “Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo. Não é possível encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias. É preciso conhecer a real situação da Previdência Social no Brasil. Iniciativas que visem ao conhecimento dessa realidade devem ser valorizadas e adotadas, particularmente pelo Congresso Nacional, com o total envolvimento da sociedade. O sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, en-
fermidades, acidentes, maternidade…), particularmente as mais pobres. Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores ético-sociais e solidários. Na justificativa da PEC 287/2016, não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica”. As reformas previstas pela PEC 287 como estão sendo propostas pelo Governo Federal deverão dificultar o acesso aos benefícios (tanto para contribuintes urbanos como para os rurais), exigindo mais tempo de contribuição e reduzindo drasticamente os valores a serem recebidos por meio de aposentadorias e pensões. Convocamos os cristãos e todas as demais pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem, reagindo contra a PEC 287 e contra os Deputados Federais que defendem a proposta da reforma da Previdência do Governo Federal, a fim de buscar as garantias de justiça social e econômica para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados. Também convocamos os Deputados Federais do nosso Estado para que votem contra esta reforma da Previdência Social proposta pelo Governo Federal. Estaremos atentos aos votos deles no Congresso. Essa proposta de reforma da Previdência do Governo Temer não pode acontecer. É fim de mandato. É preciso discutir mais com a sociedade. A reforma que precisamos é outra, é a reforma moral e política. Acompanhe o voto do seu Deputado Federal e do seu Senador, pois é ano eleitoral. Se eles apertarem o botão “sim”, a favor desta reforma, aperte, você eleitor, o botão “não” para eles, no dia das eleições. Exortamos a todas as paróquias e comunidades da Diocese de Colatina e luteranas do Estado do Espírito Santo para que sejam corajosas e criativas, alegres e cheias de esperança no seu compromisso de prosseguir na grande aventura que nos espera. Mais do que os conflitos do passado, há de ser o dom divino da unidade entre nós a guiar a colaboração e a aprofundar a nossa solidariedade, estreitando-nos a Cristo na fé, rezando juntos, ouvindo-nos mutuamente e vivendo o amor de Cristo nas nossas relações. Nós, católicos e luteranos, abrimo-nos ao poder de Deus Uno e Trino radicados em Cristo e, testemunhando-O, renovamos a nossa determinação de ser fiéis arautos do amor infinito de Deus por toda a humanidade. Atenciosamente,
Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias Bispo diocesano de Colatina
Pr. Joaninho Borchardt Pastor Sinodal - Sínodo Espírito Santo à Belém
Estado do Espírito Santo, fevereiro de 2018 DIGA NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA PROPOSTA PELO GOVERNO FEDERAL!
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Ação Confirmandos 2018 Jovens confirmandos são convidados a participar desta ação chamada de Trilha da Solidariedade
Estamos no período da Quaresma. Nas comunidades, diversas atividades têm o reinício, especialmente encontros de grupos. Entre esses grupos se encontra o Ensino Confirmatório. E em relação a esse grupo específico se destina a Ação Confirmandos, chamada de “Na trilha da Solidariedade”, que a Obra Gustavo Adolfo- OGA organiza desde 2005. Portanto, já é uma boa caminhada que foi se consolidando no decorrer dos anos e que, a cada ano, envolve um grande número de jovens. O objetivo último dessa ação é contribuir, durante o processo de formação, com o desenvolvimento do espírito de solidariedade entre os jovens. Essa solidariedade se dá num duplo sentido: por um lado, no próprio grupo de confirmandos, na organização da campanha para arrecadar fundos e, por outro lado, na ajuda concreta com esses recursos para as entidades apoiadas pela Ação. Fazendo promoções sob as mais variadas modalidades para arrecadar fundos, jovens estarão percebendo como podem ajudar a outras pessoas e como a sua contribuição, por menor que seja, significa um apoio muito importante para quem recebe a ajuda. Para tal ação, a OGA preparou um folder da campanha. Em 2018 serão apoiados três projetos: 1) Danças Folclóricas para jovens em Estrela/RS; 2) Trabalho com crianças em Guaraí/TO; 3) Missão Integral no Bairro Jardim América em Sinop/MT. Participe da Ação Confirmandos 2018! P. Paulo Marcos Jahnke Serra Pelada
Chegou mais um membro na família Nasceu no dia 28 de agosto de 2017 Luan Ponath Butske, filho do diácono Luciano Butske e sua esposa Joelma Ponath Butske, e irmão de David e Dayane. Luan foi batizado no dia 7 de janeiro de 2018 em Tijuco Preto pelo pastor sinodal Joaninho Borchardt. Somos gratos a Deus pelo cuidado na gestação do Luan, pelo sacramento do Santo Batismo e rogamos que nosso bondoso Deus seja sua companhia em toda sua vida. Diác. Luciano Butske Tijuco Preto
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Serra Pelada promove encontro de formação Partilha na Bíblia e oferta de gratidão Uma prática merece destaque na Paróquia de Serra Pelada. Todos os anos, no primeiro sábado da quaresma, presbíteros e lideranças da paróquia se encontram num seminário de formação. Este ano, o evento aconteceu no dia 17 de fevereiro. O tema “Partilha na Bíblia – Oferta de gratidão” foi mediado pelo P. Helmar Roelke. O palestrante abordou o tema dividindo este
em subtemas: Partilha é a chave que abre o caminho da Bíblia; Contribuição – quem inventou?; Referências no AT e no NT sobre Partilha - Oferta de Gratidão e, por último, O jugo do Dízimo. Ao término do seminário, os presbíteros e as lideranças retornaram para suas comunidades e grupos convencidos de que a oferta é um ato de amor, fé, gratidão e partilha a Deus.
P. Paulo Marcos Jahnke Serra Pelada
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Igreja e Meio Ambiente
Luterano em destaque Walter Braun, membro da Comunidade de Domingos Martins, está dando um bom exemplo de sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente. Dono da fábrica de biscoitos Kebis, ele produz mudas de árvores, utilizando as próprias embalagens usadas dos seus produtos, as quais distribui aos seus clientes e pessoas que querem contribuir com o cuidado ao meio ambiente. Além disso, em sua fábrica não se usa copos descartáveis; cada funcionário tem o seu copo de vidro com o nome. Com isso, ele economiza 21 mil copos descartáveis por ano.
O Sr. Walter Braun é o luterano em destaque desta edição. Com sua fábrica de biscoitos dá um bom exemplo de sustentabilidade e de cidadania fazendo a sua parte para a preservação do nosso planeta. Parabéns. Confira a matéria completa em: http://g1.globo.com/espirito-santo/estv-1edicao/videos/t/ edicoes/v/e-o-cara-comerciante-distribui-mudas-em-domingos-martins/6501425/
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Tema do Ano
Mensagem da Presidência e do Conselho da Igreja para o lançamento do Tema do Ano 2018 Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB
IECLB
Igreja, Economia, Política. Eis o Tema do Ano da IECLB em 2018. O que Igreja tem a ver com Economia e Política? Na tradição evangélico-luterana, tem tudo a ver! Nós optamos por este assunto para destacar a importância de grandes temas da Reforma que precisamos aprofundar em continuidade ao Jubileu da Reforma, celebrado em 2017. Igreja, Economia, Política. Lutero considerou estes três âmbitos da vida como Ordens da Criação Divina. Lutero falou em Economia, Política e Igreja a partir de três funções básicas: alimentar, proteger e ensinar. Naquela época, a função de alimentar estava a cargo das pessoas agricultoras. Este era o âmbito da Economia. A função de proteger cabia aos membros da nobreza e caracterizava o âmbito da Política. A função de ensinar estava ligada ao clero, o âmbito da Igreja. Esta divisão de funções se manifestava em uma organização de P. Dr. Nestor Paulo Friedrich Pastor Presidente da IECLB
classes desiguais. Quem era membro de uma classe não participava da outra. Lutero, por seu lado, entendia que Deus organiza a existência humana em Igreja, Economia e Política e que cada pessoa participa nos três âmbitos. De acordo com Lutero, a Igreja é a Primeira Ordem da Criação. Para ele, a Igreja foi instituída como parte do paraíso. Ali, a Igreja consistia na Palavra que Deus dirige ao ser humano e na resposta que Deus dele espera. Deus nos dá a sua Palavra. Nós respondemos com gratidão e obediência aos seus Mandamentos. Na compreensão luterana, cada pessoa é chamada a ouvir o Evangelho, reunir-se em Comunidade, contribuir com recursos e dons e dar testemunho da vontade de Deus. Lutero compreendia esse testemunho como cooperação com Deus para o melhoramento do mundo. Depois da Igreja, foi instituída a Economia. A palavra Economia tem origem no termo grego oikos, que significa casa. O oikos, a casa, era a unidade básica de produção. Para Lutero, a Economia é a produção e a reprodução da vida como dádiva divina. Deus criou tudo e nos provê o alimento, permitindo que a terra produza aquilo que precisamos. Deus criou o ser humano em condição econômica igualitária. A Economia é entendida como meio para proporcionar o sustento da vida. A Economia organiza a produção e a distribuição justa dos meios de sustento da vida. De acordo com Lutero, a Igreja e a Economia existiam em sua forma ideal no paraíso. O ser humano recebeu autonomia para organizar a sua vida, mas, em vez de viver responsavelmente a sua liberdade, caiu em pecado e se afastou da vontade de Deus. Com o pecado, a liberdade se transformou em poder que ameaça a vida. Por este motivo, Lutero diz que Deus instituiu a Política para manter a ordem e promover a justiça. “Precisamos de autoridades que tenham ânimo para instaurar e manter a ordem em todos os negócios e transações comerciais, para que os pobres não sejam sobrecarregados e oprimidos”, escreveu Lutero no Catecismo Maior. A política é necessária para organizar vida. Isto requer que cada ser humano participe da Política, seja como cidadão ou como pessoa que desempenha um cargo político. Por causa do pecado, o ser humano perdeu o conhecimento de Deus. Quem é Deus? O Lema de 2018 – Eu sou o SENHOR, teu Deus – ajuda a responder esta pergunta. Deus é aquele que tirou o povo da escravidão do Egito. Deus é aquele que se fez humano em Jesus Cristo. A vida, morte e ressurreição de Cristo revelam quem é Deus: um Deus que oferece perdão e nova oportunidade! Na argumentação de Lutero, Igreja, Economia e Política são utilizadas por Deus para efetivar a sua vontade no mundo e cada pessoa é chamada a atuar com Deus nestes três âmbitos da vida. Pela reconciliação em Cristo e pela força do Espírito Santo, podemos agir a serviço de Deus. Desejamos que Deus, por meio do Tema e do Lema do Ano em 2018, motive a nossa reflexão e a nossa ação para o melhoramento do mundo.
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Juventude
Olimpíada e acampamento em Tijuco Preto O que é ser jovem luterano e luterana? Nos dias 25 e 26 de novembro de 2017 os jovens da União Paroquial Jucu se encontraram na Comunidade de Tijuco Preto para realização da 3ª edição da Olimpíada e Acampamento da JE. Na chegada nos foi entregue uma ovelha de madeira, que foi usada durante os momentos meditativos, com a seguinte pergunta: “Que ovelha sou eu?”, baseada no texto de Ez 34.20 que assim diz “ Por isso, agora Eu, o Senhor Deus, digo que vou decidir a questão que há entre vocês, ovelhas gordas, e as ovelhas magras.’’ O tema principal O que é ser jovem luterano e luterana? Foi trabalhado por Eduardo Borchardt durante a noite do sábado. Apresentando o tema de forma cativante e com exemplos do nosso cotidiano, fomos levados a refletir sobre a nossa Identidade Luterana. Como somos conhecidos pelos outros (não membros)? Assim, foram trabalhados os quatro princípios fundamentais da Reforma Luterana: Somente a Graça, Somente a Fé, Somente a Escritura e Somente Cristo. Já no domingo, durante o dia foi realizada a Olimpíada da JE. Os jovens foram divididos em equipes e as brincadeiras proporcionaram entrosamento, diversão e ensino. No finalzinho da tarde nos despedimos animados já nos preparando para nosso próximo encontro. Acompanhe todos os acontecimentos da JE UP Jucu no Facebook: www.facebook.com/jejucu Jackson Liebmann e Luana Paula P. Braun
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Juventude
Retiro do Carnaval de jovens da UP Norte do ES Espelho! Espelho meu... Existe alguém com mais autoestima do que eu?! Assim diz o Senhor ao profeta Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísse da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações” (Jr 1.5). Com este versículo bíblico, escolhido como lema, deu se início a mais um Retiro do Carnaval da Juventude Evangélica da União Paroquial Norte do Espírito Santo, realizado entre os dias 10 a 13 de fevereiro em Vila Pavão (igrejona). O retiro reuniu 133 jovens, entre jovens da UP Norte e visitantes da UP Santa Maria, da IELB e da Igreja Católica. O Tema: “Jovens e a autoestima: Uma releitura a partir de personagens bíblicos”, foi muito bem conduzido pelo pastor Luzaoir Adilsom Lenz, da Paróquia de Medianeira/PR. Foi oferecido a cada participante a possibilidade de participar, à sua escolha, de duas oficinas: Customização de roupas, Teatro, Preparação de encontros, Entrelaçados de pérolas para chinelos, Mensagem e meditação, Dança folclórica, Composição de fotografias, Música, Massagem e Florais. Os participantes tiveram a oportunidade de desfrutar do passeio em uma represa, na qual foi instalado um “Tobolona” para a diversão de todos. Após o passeio, já nas dependências da igreja, foi realizado um Culto de Tomé. Este culto proporcionou integração, emoção, reflexão e meditação. Os participantes entravam com os olhos vendados, passavam pelo corredor da igreja por diferentes elementos e se concluía a entrada com o lavar dos pés e a seguinte mensagem: “Assim como
Matheus Nimer Littig São Mateus
Jesus Cristo fez com os seus discípulos, em gesto de amor, humildade e serviço, lavando os seus pés, receba também este gesto. Lembre-se de que você é importante para Deus”. Depois disso, deu-se início à celebração que contava com 4 estações: Estação das intercessões; Estação da oração pelo mundo; Estação das orações pessoais; Estação da confissão e da interseção pessoal. Finalizamos com a queima de todas as orações e intercessões escritas no papel. Fomos lembrados que: “Assim como a fumaça da queima dos papeis sobe em direção ao céu, confiamos que também nossas orações, pedidos e agradecimentos chegam a Deus e Ele nos atende, segundo a sua vontade”. Durante o último dia do Retiro do Carnaval, foi realizado o congresso para a escolha da nova coordenação. Foram eleitos: Matheus Nimer Littig (coordenador), da Paróquia da Missão; e Naiane Dummer (vice-coordenadora), da Paróquia de Vila Pavão. Ambos, juntamente com os novos representantes de cada paróquia no Conselho da JE da UP Norte, foram instalados no culto de encerramento. Agradecemos a Deus e a cada jovem que participou de mais este Retiro, fazendo o que ele fosse um incrível e maravilho encontro da “Família JE-UPNES”. Que a paz do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos e todas. Abraços e até o nosso próximo encontro.
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Juventude
Retiro do Carnaval JE UP Jucu Menos conexão com a internet, mais conexão com Deus Assim foi o Retiro de Carnaval da UP Jucu. Um pouco disso se deve ao local. Na paróquia de Califórnia, por sua localização, não há sinal de telefone móvel. Assim, deixamos de lado o WhatsApp, Facebook, Instagram, para voltar nossa atenção para o sagrado. Com participação de 102 jovens das Paróquias de Califórnia, Domingos Martins, Marechal Floriano, Melgaço, Rio Ponte e Tijuco Preto, e também jovens de das UPs Santa Maria, Norte, Grande Vitória, e Sínodo Sudeste, aconteceu um encontro maravilhoso que ficará marcado na mente de muitos de nossos jovens. A palestra principal foi conduzida pelo P. Ms. Sidnei Budke que falou da importância e dos perigos das mídias sociais nos tempos atuais e como usá-las para o nosso bem e o bem da nossa Igreja. Como IECLB ainda somos tímidos. Outras igrejas têm feito em maior quantidade que nós. Aos poucos estamos descobrindo uma ferramenta importante para a divulgação do “ser igreja luterana”. Mas também não é postar qualquer coisa. Na época da Reforma, Lutero utilizou a descoberta de Gutenberg e expandiu o pensamento da Reforma em panfletos por toda a Europa. Panfletos ainda são uma boa ferramenta, mas as mídias sociais se mostram hoje uma ferramenta interessante para atingir grande quantidade de pessoas, de todos os cantos do planeta, a um custo muito baixo. Comprar horários de transmissão nas grandes emissoras de TV é muito caro. Possuir um canal, então, é algo muito distante. Neste sentido, temos que fazer bom uso do que temos disponível. Assim, o pastor Sidnei dividiu os jovens em grupos e propôs que fizessem vídeo apresentado a JE e sua igreja. Os vídeos ficaram muito bons. As oficinas oferecidas no encontro foram: 1) Curiosidades bíblicas, com o P. Em. Ido Port; 2) Dinâmicas, com o P. Edivaldo Binow; 3) Música, com Verônica Kunn e Eduardo Mutz Có e 4) Dança Litúrgica, com a coreógrafa Ivanice Rodrigues. Assim foi nosso retiro. Voltamos para nossas casas cansados, mas com um desejo enorme de nos encontrar novamente. P. Scharles R. Beilke Rio Ponte
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Juventude
Retiro do Carnaval JE UP Guandu “Vou na onda! Que onda é essa?” Nos dias 10 e 11 de fevereiro, a Juventude Evangélica – JE da UP Guandu realizou mais um Retiro de Carnaval na comunidade de Palmeira de Santa Joana. O retiro contou com a presença de mais de 100 jovens. Tivemos como lema: “Tudo me é lícito, mas nem tudo convém”. 1 Co 6.12 e, como tema: “Vou na onda! Que onda é essa?”. Houve momentos especiais de convivência, oficinas, diversão e decisões. O tema refletiu sobre as ondas do momento. Estamos vivendo numa sociedade que muda constantemente de acordo com as grandes mídias. Essas ondas, geralmente, não são boas. Como, por exemplo, os padrões de beleza, a inversão de valores e a busca da religião para satisfação dos próprios desejos. A tecnologia, usada de forma desenfreada e sem critérios, fortalece o individualismo, causa estresse pelo excesso de informações e causa a relativização de princípios éticos e cristãos. Pastor Edson Plaster Laranja da Terra Pastor Edilson Tezner Palmeira de Santa Joana
Qual onda você quer pegar? A onda que o mundo supõe ou a onda que Jesus propõe? Escolha a onda de Jesus!!! Na ocasião, foi eleita e instalada a nova coordenação da JE da UP Guandu, ficando composta da seguinte forma: Coordenadora: Ana Paula Kempim; Vice coordenador: Maurílio Lahas; Tesoureira: Fabiana da Silva; Vice Tesoureira: Jaqueline Plantikow; Secretário: Diego Hollunder; Vice Secretário: Daniel Meira.
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Anúncios Falecimento de Artur Pagung 21 11 1931
08 10 2017
Com muito pesar, lembramos do falecimento do Sr. Artur Pagung, ocorrido em 08 de outubro de 2017, no Hospital São José de Colatina, em decorrência de complicações com diabetes, cardiopatia e doença renal. Filho de Augusto Pagung e Maria Zummach Pagung, nasceu em 21 de novembro de 1931, em Sobreiro, Município de Itaguaçu. No inicio dos anos 50, ainda jovem migrou com os pais para o Norte do Espírito Santo, fixando-se em Praça Rica, Município de Vila Pavão, onde se casou com Emília Hammer Pagung em 25/10/1957. Teve 06 filhos, sendo um falecido ainda criança, 09 netos e 02 bisnetos. Luterano convicto e praticante, desde jovem o Sr. Artur foi homem colaborador da Igreja, participou da fundação da comunidade de Córrego da Peneira, onde na sua vida ativa, participou de diversos cargos no presbitério da Comunidade e da Paróquia, por diversos mandatos. Lia o Castelo Forte diariamente. Sempre esteve à frente na organização das festas da comunidade, que são famosas e que fazem parte da cultura pomerana e luterana. Iniciou sua vida laborativa como pequeno agricultor. Não
estudou em escola formal, porém na infância ainda aprendeu a ler, escrever e fazer contas, o suficiente para seguir firme em seus objetivos, que em 1962 culminou na compra de um estabelecimento comercial de secos e molhados no Povoado de Praça Rica, permanecendo na atividade por mais de 50 anos. Era um dos comerciantes mais antigos de Vila Pavão. Foi também um líder ativo na região onde morava, participou na luta por energia elétrica e telefonia para Praça Rica, foi conselheiro e dirigente da Cooperativa Veneza de Nova Venécia. Nunca aceitou concorrer a cargo político, no entanto, era procurado e ouvido pela comunidade e pelas autoridades constituídas, além de fazer parte do Júri Popular da Comarca de Nova Venécia. Em sua despedida no dia 09/10/2017 na Igreja Luterana de Praça Rica, além dos familiares, muitos amigos foram dar seu último adeus ao Sr. Artur Pagung, que ao longo de sua caminhada na terra, prezou pela ética e pela ajuda ao próximo. Saudades Eternas! Daniel Pagung
Falecimento de Janetta Henke Krause 10 09 1934
20 11 2017
Com pesar noticiamos o falecimento de nossa querida mãe, sogra, avó e bisavó Janetta Henke Krause, no dia 20 de novembro de 2017 às 16:50h, sendo o sepultamento realizado pelo pastor da Paróquia Aliança, Jorge Dumer, no dia 21 de novembro de 2017, no Cemitério da Comunidade de Serra dos Pregos (Paróquia de Santa Teresa), com celebração fúnebre na residência (Córrego do Ouro – Santa Maria de Jetibá) às 15h. Janetta nasceu em 10 de setembro de 1934 em Serra dos Pregos – Santa Teresa/ES, foi batizada em 25 de outubro de 1934 na Comunidade de Serra dos Pregos pelo pastor Hermann Roelke, confirmada em 23 de maio de 1948 na Comunidade de Serra dos Pregos pelo pastor Hermann Roelke. Filha de Henrique Henke e Ana Sering Henke, casada com Theodoro Guilherme Krause (falecido em 29 de setembro de 1972) no dia 30 de novembro 1956 na Comunidade de Santa Maria de Jetibá. O casal teve 03 filhos e 03 filhas.
Janetta era membro na Comunidade Martim Lutero (Paróquia Aliança) em Rio das Pedras – Santa Maria de Jetibá. Ela faleceu em sua residência, tendo como causa da morte “choque cardiogênico e insuficiência cardíaca”, conforme atestado pelo médico Dr Wilson Felipe M. Barcelos, tendo alcançado a idade de 83 anos 02 meses e 10 dias. Deixou enlutados 02 irmãos, 03 irmãs, 03 filhos, 03 filhas, 03 noras, 03 genros, 16 netos/as, 07 bisnetos/ as e demais parentes e amigos. A Oração Memorial foi realizada na Comunidade de Serra dos Pregos pelo Pastor Nivaldo Geik Völz no dia 25 de dezembro de 2017, tendo em vista grande número de familiares na referida localidade, e dia 11 de fevereiro de 2018 na Comunidade Martim Lutero onde era membro. Pelos familiares, Ageu Ponath (genro) Jorge Dumer (pastor)
Falecimento de Henrique Jacob 22 11 2017
Lema bíblico de sua confirmação: “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu confessarei do meu pai que está no céu.” Mateus c10, v32. Com pesar comunicamos o falecimento de Henrique Jacob ocorrido no dia 22/11/2017 no Hospital Jaime Santos Neves - Serra ES. Henrique Jacob alcançou a idade de 70 anos, um mês e 23 dias, foi sepultado no dia 23/11/2017 no cemitério de Beira Rio-Santana Joana, casou-se no dia
19/07/1970 na igreja Luterana de Palmeira de Santa Joana com Maria Isabel Zanotti Jacob com quem teve quatro filhos: Paulo Henrique, Eliana Maria, Elisabethe, Elisa Cristina e os netos Paulo Cesar e Isabelle. Deixa enlutados a esposa, quatro filhos, dois netos, uma nora, dois genros, um irmão, duas irmãs, três cunhados, três cunhadas e demais parentes e amigos. Dedicou-se no presbitério da igreja Luterana de Palmeira de Santa Joana por 40 anos com muito empenho e amor.
Familiares
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Bodas de Ouro de Florino Krauzer e Hilda Schmidt No dia 22 de dezembro de 2017, o casal Floriano e Hilda celebraram 50 anos de união matrimonial. Expressando grande alegria e gratidão a Deus, os familiares e amigos se reuniram na Comunidade de Baixo Guandu Centro para a renovação dos votos matrimoniais. Durante a celebração das bodas, Floriano e Hilda relembraram fatos valiosos do passado e as promessas que fizeram no dia do casamento em 1967, oficiado pelo pastor Wolfgang Martin Reinsberg. O casal contou que o pastor Reinsberg residia em Palmeira de Santa Joana e durante a vacância pastoral, ele atendeu as comunidades filiadas à antiga Paróquia de Santo Antônio. Na pregação da palavra, fiz uma pergunta chave aos jubilares: “Qual é a receita para 50 anos de casamento? Afinal de contas, são 18.250 dias e 599 meses de convivência e caminhada conjunta.” Eles responderam: “É necessário paciência, persistência e sabedoria de Deus”. O Sr. Floriano Kauzer sempre foi uma liderança forte nas comunidades da Paróquia de Baixo Guandu. Assim como a esposa, Sra. Hilda, sempre foi uma dedicada e motivadora companheira. Seu Floriano atuou como professor do ensino confirmatório e regente do Coral Renascer da Comunidade de Santo Antônio e, atualmente, é regente do coral em formação da Comunidade de Baixo Guandu Morro da Caixa D’Água. Devido ao grande trabalho e dedicação do casal Krauzer à Igreja, ocorreram várias homenagens
e dedicatórias. Entre elas, a homenagem apresentada pelo coral da Comunidade de Baixo Guandu Centro, que usava a melodia do hino “Benção da Irlanda”, adaptada para essa ocasião especial: 1. Hoje estamos todos reunidos, para com alegria celebrar! Cinquenta anos, não cinquenta dias! São muitas histórias pra contar. Estr: Deus os guarde, Deus os guie, e segure bem em vossas mãos! Vão confiando, vão com alegria, pois seus anjos acompanharão! 2. Nunca foi fácil enfrentar a lida, momentos difíceis pra lembrar! Mas com a forca, fé em Deus seguiram e edificaram vosso lar. 3. Este amor vos rendeu frutos lindos, cultivados com muito afeto! Também convosco estão sempre sorrindo, vossos filhos e também os netos. 4. Felicidades por mais esta data, pelo exemplo tão encantador! Que vossas vidas sempre nos retratem, o que pode fazer o amor. Que esse dia tão marcante jamais venha a ser esquecido pelo casal. É desejo de que o casal jubilar, sr. Floriano e sra. Hilda, continuem fielmente a servir a Deus e que o Senhor os abençoe ao longo dos anos. P. Carlos Rominik Stur Baixo Guandu
Cinco Gerações Alidia Borchardt Heidemann – 84 anos (15/03/1933) TATARAVÔ: Teodoro Germano Augusto Krüger - 87 anos Nasc: 10/08/1930 BISAVÓ: Orlandina Krüger Groner - 64 anos - Nasc: 03/09/1953 AVÔ: Marcelo Krüger Groner - 43 anos - Nasc: 25/12/1974 PAI: Maykon Passos Groner - 24 anos - Nasc: 26/07/1993 FILHO: Elias Neto - 1 ano - Nasc: 16/03/2017
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A sementinha
A Cruz da Páscoa Olá amiguin@s da Sementinha! Quando olhamos para uma cruz, geralmente a associamos com tristeza e dor, pois nos lembramos da morte de Jesus. Mas Jesus não ficou na cruz. Ele ressuscitou. Jesus obteve a vitória sobre a morte e com ele nós fomos salvos também, recebendo assim o perdão dos pecados. A Páscoa é, por isso, uma época de alegria, uma época boa e marcante. A cruz vazia já não representa mais a morte, mas sim a vida. Por isso, ela brilha como a luz. A cruz vazia representa para nós cristãos o principal símbolo da ressurreição. E agora, que tal fazermos uma cruz para a Páscoa? Podemos usá-la para decoração ou para presenteá-la aos familiares e pessoas amigas. Esta é uma maneira de demonstrarmos às pessoas a nossa alegria pela ressurreição de Jesus. Esta cruz de palitos de fósforo é fácil e rápida de fazer. Para fazê-la siga os seguintes passos: 1. Pegue um pedaço de papelão, cola e 4 caixas de fósforos; 2. Desenhe um X e cole os 4 primeiros palitos, com as pontas para dentro; 3. Complete colocando os demais palitos, com as pontas para fora, formando uma estrela; 4. Cole as outras carreiras de palitos, formando a cruz, conforme a figura abaixo. FELIZ E ABENÇOADA PÁSCOA! Pa. Fernanda Pagung Reinke Paróquia Serra
Fonte do texto: O Amigo das Crianças. Porto Alegre: Editora Sinodal, ano 51, n. 8, 27 de março de 1988. O Amigo das Crianças. Porto Alegre: Editora Sinodal, ano 52, n. 8, 26 de março de 1989. Fonte da imagem: Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/69454019226116132/>. Acesso em: 15 jan de 2018.