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BOLETIM DOMINICAL
Ano XLVIi • 05 de novembro de 2017 GRAÇA E OBEDIÊNCIA “Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR.” (Josué 24.14) Em seu último discurso antes de morrer, Josué relembra o povo acerca da história de Israel. Ele discorre sobre o chamado de Abraão e como Deus o separou para Si, tirando-o de um povo idólatra. Ele também fala de milagres na geração de filhos; da libertação do povo do Egito por meio de intervenção sobrenatural; de como o Senhor guardou o povo no deserto etc. Finalmente, Josué aborda a conquista da terra prometida, deixando claro que foi o próprio Deus quem lhes dera aquela terra. Ao recontar a história de Israel, Josué quer despertar no povo adoração e gratidão a Deus, pois logo em seguida esse notável líder fará um apelo que ecoará por todas as páginas das Escrituras: sirvam a Deus e joguem fora seus ídolos (cf. Js 24.14). Ao nos depararmos com esta exortação, feita em caráter de urgência, visto que quem a proferiu foi um grande líder em seus momentos finais de vida, pelo menos duas coisas devem chamar nossa atenção. Primeiramente, é necessário que percebamos uma mensagem inequívoca: o Deus que demanda temor e serviço, antes entra em ação com amor e libertação. Em outras palavras, a graça divina precede a obediência humana. Não fazemos boas obras para sermos salvos, mas por que fomos salvos. Um segundo elemento que deve ficar claro é o fato de que servir e temer ao Senhor está intrinsecamente conectado com renunciar à idolatria. Fomos criados para adorar a Deus e após nossa desconexão com o Senhor descrita em Gênesis 3, passamos a adorar e a servir coisas criadas, no lugar do Criador. Como disse João Calvino, “o coração humano é uma fábrica de ídolos”. Logo, se quisermos servir a Deus de todo coração, precisamos renunciar a tudo que queira roubar o lugar dele nas nossas vidas. Este foi o “sermão final” de Josué, proferido há milhares de anos mas profundamente atual. Seu apelo apaixonado ressoa ainda hoje. Nós, como povo de Deus, somos relembrados que foi a graça de Deus que nos alcançou e transformou e, como consequência, comprometemo-nos a servir e temer somente ao Senhor. Pr. Eduardo Faria