Jornal Voz de Esperança • Março/2008
O poeta Robert Brownung escreveu: “Por que estamos na Terra, senão para crescer?” Todo mundo concorda que crescer é indispensável, mas um número relativamente pequeno de pessoas dedica-se ao processo que o crescimento exige. Por que? Porque o crescimento é um processo doloroso e requer muitas mudanças, e a maioria das pessoas reluta em mudar. Como disse Leon Tolstoy: “Nosso maior obstáculo para o crescimento somos nós mesmos. Todos pensam em mudar o mundo, mas poucos pensam em mudar a si mesmos”.
EDITORIAL
melhoraremos nossa qualidade de vida. A melhor forma de melhorar a qualidade de vida é melhorar a si mesmo. Se você quer excelência ministerial, cresça na comunhão com Deus. Se você quer que sua empresa seja organizada e lucrativa, cresça como líder e administrador. Se quiser ganhar uma promoção, cresça como funcionário. Se quiser ter uma família melhor, cresça como pai ou cônjuge. Se você deseja que os outros o tratem com mais gentileza, cresça nas habilidades interpessoais, e assim por diante... Na verdade, não há como fazer com que as pessoas a sua volta melhorem sem melhorar a si mesmo. E o mais impressionante é que quando você investe no seu crescimento, tudo a sua volta fica melhor. Portanto, o ponto inicial deste processo é você. A permanência num estado de conforto e comodidade jamais o levará a excelência, pelo contrário, fará você regredir. Para crescer é preciso deixar o conforto do sofá e investir tempo, esforço, dinheiro, desprendimento e determinação. Ninguém consegue pular degraus neste processo. Você deve querer crescer, decidir crescer, fazer um esforço para crescer e persistir em crescer. Neste sentido, o presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, fez uma ousada afirmação: “Não há nem uma pessoa sequer em nossa história que tenha levado uma vida sossegada cujo nome seja digno de ser lembrado”. Seu crescimento é responsabilidade sua, nunca culpe os outros pela falta dele. Se você não assumir esta responsabilidade ele nunca acontecerá. É comum vermos pessoas culpando família, governo, sociedade (...) ou arrumando desculpas
cem sem nunca apresentar um crescimento significativo. Até mesmo na igreja encontramos pessoas assim. Como disse Rick Warren: “Muitos cristãos emperram numa perpétua infância espiritual, permanecendo de fraldas e sapatinhos de crochê durante a vida toda”. Em vez de se tornarem protagonistas de uma vida ministerial sólida e ativa, são meros expectadores e críticos da vida dos outros. Infelizmente, quando o cristão não procura desenvolver-se em virtude e saber, tem uma vida cristã superficial, sem consistência e solidez. Com certeza esta não é a vontade de Deus. Deus quer que você cresça. Efésios 4.13 nos afirma que o desejo do Pai Celestial é que você amadureça e se torne semelhante a Cristo: "Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Observe que o crescimento espiritual tem um modelo perfeito a ser seguido e um objetivo claro. Você foi criado para se tornar semelhante a Cristo. Desde o princípio, o plano de Deus tem sido fazê-lo à semelhança de seu Filho Jesus e este deve ser o objetivo maior de sua vida. Deus quer que você desenvolva o tipo do caráter de Cristo, a fé, a perseverança, os frutos do Espírito, o amor sincero, os dons do Espírito, a compaixão pelas almas perdidas... Comprometa-se com Cristo, com seu crescimento e com sua igreja local. Como disse Rick Warrem: “Diga-me com o que você está comprometido, e eu lhe direi onde você estará em 20 anos. Tornamo-nos aquilo com que estamos comprometidos”.
Jornal Voz de Esperança • Março/2008
Há dois mil anos um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria. Sua proposta de vida não foi entendida por muitos. Condenaram e crucificaram este homem, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor. Houve dor, angústia e escuridão. Por três horas o sol se recusou a brilhar... A Páscoa existe para nos lembrar deste momento inigualável chamado ressurreição. Ressurreição do sorriso, da alegria de viver, do amor. Ressurreição da amizade, da vontade de ser feliz. Ressurreição dos sonhos, das
lembranças. E de uma verdade que está acima dos ovos e coelhinhos de chocolates. Cristo morreu, mas ressuscitou. E fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes, sepultadas no íntimo de nossos corações. Que este seja o verdadeiro motivo da minha, da sua, da nossa Páscoa. Que possamos encontrar amor, carinho, paz, fraternidade, companheirismo, porque isso sim é o verdadeiro sentido da Páscoa.
Desde o dia que me falaram a seu respeito, meu coração bateu mais forte. Aquela música bonita chamou minha atenção, e lá estava eu, apaixonada por você. Alguém me disse que você me amava e queria entrar na minha casa. Acreditei! Fiquei admirada ao ver em você tão imenso amor. Para falar a verdade, nunca imaginei encontrar alguém com um amor tão verdadeiro como o seu. No fundo tive medo do abandono, pois esta experiência conheci de perto. Estava acostumada a andar com pessoas e ser desprezada por elas... pensei que você faria o mesmo comigo. Mas você foi perseverante, comprou minhas brigas e pagou o preço em
meu lugar. Um dia olhei no espelho e disse: “Guria você é um fracasso!” Chorei... sabia que choraria, seu amor é real! Mas mesmo assim insensatamente te abandonei... Muitas pessoas me contavam da sua saudade. Seus amigos me diziam: “Ele te espera, volte! Ele te ama independentemente de como você está!” Eles estavam certos! Acreditei! Voltei correndo aos seus braços e entendi o seu amor. Não foi pelas atitudes maravilhosas que eu tive que você me recebeu, mas pela sua graça... pois me amou primeiro. Senhor Jesus tenho algo a lhe dizer: te amo! Cada dia que passa te amo cada vez mais.
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir adiante. O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capa-
zes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura eram o modo que Deus fazia que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo. “Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleija-
Jornal Voz de Esperança • Março/2008
DISCIPULADO
“… porque a nossa luta não é contra a carne e o sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). Quem assumiu aliança com Cristo, jamais pode esquecer que não vive por vista, mas por fé. A fé é o único mecanismo que proporciona visão espiritual, pois ela é “a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se vêem” (Hebreus 11.1). Sem ela ninguém enxerga um palmo adiante do nariz no terreno espiritual. Sendo assim, é no âmbito da fé que podemos visualizar quem são os nossos verdadeiros inimigos. Os nossos inimigos não são aqueles que não gostam de nós; nem aqueles que nos são indiferentes ou discordam da gente; ou, ainda aqueles que competem conosco, quer sejam eles irmãos ou não; enfim, os nossos inimigos não são seres humanos, mas seres espirituais. Porém, dia após dia, em vez de enfrentar os opressores espirituais, temos lutado contra aqueles que vemos, fazendo deles rivais e até inimigos mortais. Inventamos histórias a seu respeito, nos divertimos à custa dos seus fracassos, de maneira que os deslizes deles têm se tornado o sinal da nossa vitória. Mas, que vitória? Não se vence os inimigos guerreando entre si. Até quando agiremos contra o semelhante achando que Deus está aprovando nosso comportamento? Se temos caminhado deste modo, não é porque andamos por vista e não por fé e, portanto agindo como indivíduos que não conhecem a Jesus? As pessoas não são os inimigos que devemos confrontar. Enquanto não entendermos tal coisa, estaremos inaptos a seguir ao Senhor, “porque a nossa luta não é contra a carne e o sangue”. Ao contrário do que pensamos, o nosso combate é “contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões ce-
lestiais”. São contra esses que devemos levantar as armas espirituais. Entretanto, quais armas são necessárias para enfrentá-los? Com certeza não serão as armas da inveja, do mexerico, da insatisfação, da ira, do ciúme, da avareza, da soberba, do mundanismo, da dureza de coração que nos fará vencê-los, de jeito nenhum, tendo em vista que as armas para uma batalha espiritual não são carnais. Já não é o instante de termos consciência de que não se derrota seres espirituais com armas carnais? “...Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6). Precisamos nos munir da armadura de Deus. Sim, com ela venceremos. Sem ela, no entanto, somos vulneráveis aos ataques dos inimigos, porque se não dispomos dela, ficaremos em desvantagem, perdendo soldados e servindo de espetáculo para os demônios. Só a armadura de Deus n o s h a b i l i t a r á p a r a
vencermos no mundo espiritual. A armadura de Deus é formada da verdade, da justiça, da proclamação do evangelho, da fé, da certeza da salvação, da dependência do Espírito e do conhecimento da Palavra de Deus. Se quisermos vencer os inimigos, devemos ser verdadeiros, porque nenhuma mentira provém da verdade e a verdade tudo ilumina. Façamos da justiça do Reino de Deus o nosso árbitro, não a justiça que vem da Lei, mas aquela que se manifestou através do amor de Deus. Propaguemos o evangelho da paz, que é a reconciliação da criatura com o Seu Criador, para que ela se torne filho(a) de Deus. Tenhamos fé, porque sem fé é impossível agradar a Deus e apagar os dardos inflamados do Maligno. Estejamos certos da salvação que nos foi concedida mediante a graça consumada na cruz do Calvário. Desembainhemos a Palavra de Deus, para que a edificação jorre do manancial de nossas bocas. E por fim, oremos, supliquemos, vigiemos e perseveremos. Somente pondo em prática essas coisas teremos vitória sobre vitória e o nome de Deus, em Cristo Jesus, continuará sendo glorificado. Edson de Lima Rodrigues www.lideranca.org
Jornal Voz de Esperança • Março/2008
Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê quase nada, por quatro anos – exceto o lento desabrochar de um pequeno broto, de aproximadamente 30 centímetros. Durante quatro anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Enquanto outros bambus atingem 10 metros em poucos meses, o bambu chinês permanece pequeno por quatro longos anos. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros. Covey escreveu: “Muitas coisas na vida (pessoal e profissional) são iguais ao bambu chinês”. Você trabalha, se dedica, investe tempo e esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não se vê nada por semanas, meses ou mesmo anos. Todavia, se tiver paciência para continuar trabalhando e nutrindo sua vida com o crescimento espiritual, o “quinto ano” chegará, trazendo consigo o resultado dos longos
MATÉRIA DE CAPA
estamos longe dos holofotes. O sucesso de um homem começa no silêncio de seu quarto, longe de tudo e de todos. É ali, que um músico vai despender horas e horas de ensaio para então ser reconhecido no palco. Um professor vai investir em pesquisa, preparo e oração para então ser reconhecido em sala de aula. É no silêncio da noite que um aluno universitário vai investir longas horas de estudo para então ser reconhecido profissionalmente. É neste sentido que John Maxwell falou: “Um campeão não é campeão no ringue; ali, ele é apenas reconhecido”. O bambu chinês mostra que por trás de um “suposto crescimento repentino” existe o sofrimento de estender as raízes por longos anos, afastar as pedras, buscar as melhores fontes, fundamentar-se com profundidade e então surgir do anonimato. Ele nos mostra que não existe crescimento sem sofrimento, determinação, perseverança... Comentário pastor Silvio Faustini
“Permanecer parado simplesmente não é uma opção. Ou você está crescendo, aprimorando ou você está se afundando profundamente no desespero” (Jack Miller). Estar vivo é estar mudando e se envolvendo. Muitas pessoas que, hoje, são muito bem sucedidas, algum tempo atrás enfrentavam lutas tremendas. Muitas pessoas que, hoje, são gentis e agradáveis, no passado podem ter sido pessoas duras e cruéis. Pessoas que, hoje, são sábias, algum tempo atrás podem ter sido tolas. Algumas vezes a recíproca também é verdadeira. Pessoas que no passado foram sábias, agora têm sido sucumbidas pela tolice. Pessoas que foram ricas, hoje podem ser pobres. Mudança é uma realidade diária na vida de qualquer pessoa. Como a maioria das outras coisas, ela irá lhe ferir ou irá lhe ajudar. Mudança oferece infinitas possibilidades, a começar com este exato momento que você tem à sua disposição. Mudanças irão aconte-
cio. Deus usa todas as oportunidades para nos fazer crescer, porque é o crescimento que promove mudanças. Mudança não necessariamente promove crescimento, mas quando alguém cresce, fatalmente muda; e muda para bem melhor. Dê as boas vindas às mudanças, não se ressinta contra elas, busque as possibilidades positivas que estão dentro delas, porque são elas que farão de você alguém muito especial. Para meditar: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos à medida que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pedro 4.12-13). Nélio da Silva
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TEMPO DE CRIANÇA
Páscoa, vida nova! Olá pequenos leitores do Tempo de Criança! A Páscoa está chegando e é época de festa. Mas prestem atenção, pois a Páscoa tem uma linda mensagem para nós: “Jesus morreu para pagar o preço pelos nossos pecados e ressuscitou”. Por causa disso, podemos ganhar dois presentes: Vida Nova em Cristo aqui na terra e Vida Eterna com Ele no céu.
O que seria esta vida nova? Depois que aceitamos a Jesus, O convidamos para entrar em nosso coração, tudo fica diferente, passamos a ter uma vida nova. Antes você mentia, desobedecia aos pais, falava palavrão, colava na prova etc. Agora Jesus espera que você se esforce para mudar. Ele espera que sua vida seja diferente, e não faça mais essas coisas. É o que nos ensina a palavra
Atividade Pinte os espaços que têm pontinhos e descubra a mensagem da Páscoa.
de Deus, em 2 Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Amiguinhos aproveitem esse tempo para pensar: minha vida está sendo realmente nova, diferente? Tenho demonstrado através das minhas atitudes que meu coração é de Jesus?
Jornal Voz de Esperança • Março/2008
TESTEMUNHOS
“Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos” (Salmo 105.1) Entreguei minha vida a Jesus em abril de 1993, ano em que sofri um divórcio e meu único filho completou dez anos. Preocupada com seus futuros relacionamentos e suas escolhas, comecei a orar neste sentido e quando ele completou 13 anos também entregou sua vida a Jesus. Recebi orientação de uma irmã para escrever uma cartinha a Deus com as características da sua “futura” esposa. Assim fiz e, guardando-a dentro da Bíblia, orava diariamente. Comecei então a observar o mover de Deus em todos os detalhes de nossa vida. Caminhando na fé de que “Deus é poderoso para fazer mais do que pedimos e esperamos”, vi meu filho crescendo e vencendo etapas. Realizou com sucesso dois vestibulares em 2001, optando por cursar a faculdade de Engenharia Industrial Mecânica – UFTPR, na qual obteve o quinto lugar na primei-
Agradecemos profundamente a Deus pelas inúmeras graças que temos alcançados nesta e em outras Campanhas da Prosperidade. Nossa filha Líriam formou-se em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná, concluiu o mestrado em Curitiba e foi agraciada com uma bolsa de estudos pelo instituto Goethe, em Liepzig, na Alemanha (doutorado em comunicação). As dificuldades foram muitas, pois ela teve de aprender uma nova língua e adaptar-se em um novo país. Para concluir o curso há necessidade de uma defesa de tese, publicação de artigos em jornais de países europeus e a aprovação da junta examinadora com opiniões e notas distintas separadamente de cada um dos mestres de exigente universidade de Liepzig. Mas nós aqui o tempo todo e em cada campanha incluíamos nosso pedido de proteção e
no controle daqueles que o buscam de todo o coração e nele confiam”. No decorrer de seus estudos, meu filho foi surpreendido com os planos de Deus na sua vi-
exigências. A mão de Deus esteve presente na sua proteção em cada dia naquele país e nas provas finais. Como graça maior ainda ela casou-se lá e hoje tem duas filhas maravilhosas (Maiara e Maisa) e ao seu lado o marido Axel, um homem
tinha começou a acontecer. A “futura” esposa, cheia de graça e com muitos predicados entrou em nossa família para somar alegrias e dividir tristezas. Após oito meses da formatura, aos 24 anos de idade, trabalhando na área cursada e fazendo mestrado, os sonhos de Deus se concretizaram. E “aquilo que nem olhos viram e nem ouvidos ouviram o que Deus preparou...” aconteceu às 18h45 do dia 15 de novembro de 2007, quando suas alianças foram abençoadas e o pastor os declarou casados até que a morte os separe. Tudo estava perfeito. Meu coração está jubiloso, porque até aqui me ajudou o Senhor e eu posso dizer: “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor; os meus lábios proclamarão à todas as gerações a tua fidelidade” (Salmo 89.1).
por Deus que também em 2007 iniciou seu primeiro emprego, o que não é fácil naquele país (pedido também na campanha). Nas horas mais difíceis, ela sempre pedia “orem por mim tal dia e tal hora” e, Deus sempre estendeu sua mão em favor dela. Foi uma verdadeira “missão impossível”, o que trouxe outros filhos, parentes e conhecidos para a campanha, após comprovarem este resultado, pois as estatísticas evidenciam, que nas condições que ela foi para Alemanha, nem 2% dos alunos concluem seu doutorado. Com humildade, agradecemos a Deus, a todos os pastores e à Campanha da Prosperidade da Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular. “Crê no senhor Jesus e será salvo você e tua família” (Atos 16.31). Newton Sponholz e
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Casamento parece um tema complicado, não é verdade? Quem não tem um, quer a todo custo casar. Quem está dentro de um casamento, questiona-se freqüentemente porque casou. Casamento antes de mais nada é arte! Sim, arte! Seja porque temos que ter flexibilidade suficiente para contornar problemas, criatividade o bastante para encontrar alternativas para o dia a dia, ou até mesmo capacidades e habilidades refinadas que acione a competência de saber garantir o resultado que você quer e deseja. Sim! Casamento depende de competência e capacidade artística de transformá-lo em algo belo. Por outro lado, estamos diante de estatísticas aterradoras sobre o casamento. Você sabia que a cada dez casamentos realizados num mesmo dia, oito destes entrarão com pedido de separação antes de completar dois anos de união? Pois é! Esta é a estatística que os cartórios de nossas capitais dispõem hoje. É um dado catastrófico no que diz respeito à competência da sociedade em manter relacionamentos. A conclusão é nefasta: nossa sociedade é incompetente no treino de seus filhos para a arte do casamento. Não sabemos educar pessoas para relações adequadas. Alguns pais podem ficar chocados com estes dados. Mas são verdadeiros. Tenho certeza de que a intenção mais elevada de cada um de nós não é esta. Mas o resultado diagnosticado não bate com o desejo maior: a felicidade da alegria na relação. Como então reverter este quadro? E se você já se encontra dentro desta estatística? Ou seja, como dar um jeito na minha relação? É possível devolver a alegria e a paixão a casamentos de 5, 10, 20, 40 anos? Sim, é possível. Lembram daquele ditado que diz: “Quando um passarinho não quer, dois não se bicam?” O mesmo vale para estes problemas conjugais. Quando uma das partes resolve
FAMÍLIA, UM PROJETO DE DEUS
não mais “bicar” o outro e começar a proporcionar um ambiente melhor, a mudança já começou. Ficar esperando que o outro dê o primeiro passo da mudança é uma espera inútil. Esta espera pode durar muitos anos, até mesmo décadas. Isto vale dizer que se o outro não der o primeiro passo tudo vai continuar do jeito que está, e que você vai continuar sofrendo com os resultados de seu relacionamento. Quem continua a sofrer é você. Logo, você sabe quem é a primeira pessoa que precisa mudar? É você mesmo! O primeiro passo é sempre o seu. É preciso desejar ardentemente um bom relacionamento, ou seja, saber idealizar ou pensar em um relacionamento perfeito. Há pessoas que só sabem pensar desgraça. Quando falam de seus relacionamentos, por melhor que este-
jam sempre abordam o tema falando negativamente do(a) companheiro(a) ou dos relacionamentos alheios. Esta é uma forma de atitude mental que prejudica a intenção de mudança. Aprender a encontrar aspectos positivos no relacionamento é de fundamental importância. No consultório com pacientes, sempre chamamos a atenção deles para sua atitude mental, dizendo que “Você é aquilo que pensa ser! Você é aquilo que fala de si e dos outros!” Esta frase incomoda a maioria das pessoas porque faz com que ela se dê conta que o resultado de sua vida hoje, é de inteira responsabilidade dela. É o colocar-se no papel de ser plenamente responsável por si. Isto é fundamental para a mudança. Ninguém consegue provocar mudanças enquanto justifica que o problema de sua vida é os outros. Pessoas que afirmam isto estão dizendo que para solucionar seus problemas só há uma solução: as pessoas (os outros) é que precisam mudar e se adaptar a ela, uma vez que ela está sempre correta e os outros é que sempre estão errados. Pois é, não tem solução. Este tipo de pessoa tem muitas dificuldades para mudar a qualidade de sua vida. Você quer mudanças! Comece hoje a mudar você mesmo! Lembre que mais importante do que estar dizendo para as pessoas que você vai mudar, é demonstrar com atitudes e comportamentos a mudança. Quando você demonstra com comportamentos a mudança é incontestável, ninguém conseguirá dizer que não pode acreditar em você. Por outro lado, lembre sempre que ao mudar um comportamento, você precisa manter a mudança para sempre. Não adiante mudar só hoje. O novo comportamento precisa fazer parte de seus novos hábitos. Posso lhe dar uma sugestão? Apenas como exemplo do que pode acontecer se você mudar um pequeno comportamento seu: durante dois dias, apenas dois dias, toda vez que você abrir a boca para falar com a pessoa que você ama, fale apenas aquilo que admira nela. O quanto ele(a) é elegante, bonito(a), charmoso(a). Só por dois dias. E per-
Eu desejava ser feliz e ter significado na vida. Mais do que isso, eu desejava ser livre. Então eu comecei a buscar respostas. Parecia que quase todo mundo estava envolvido em algum tipo de religião, então fiz o que era óbvio, me tornei religioso. Como não funcionou, desisti de religião. Comecei a imaginar que prestígio era a resposta. Ser um líder, aceitar alguma causa, me dedicar a ela e ser popular deve resolver, pensei. Na universidade me candidatei a representante da turma dos calouros e fui eleito. Era incrível ser conhecido por todos e tomar decisões, mas se esgotou como todas as outras coisas que tentei. Buscando mudança de vida Suspeito que poucas pessoas nas universidades e faculdades deste país eram mais sinceras sobre tentar encontrar significado, verdade, e propósito na vida do que eu. Durante aquele tempo eu notei um pequeno grupo de pessoas, oito estudantes e dois membros da faculdade. Havia alguma coisa diferente na vida deles. Pareciam estar vivendo além das circunstâncias da vida universitária. Enquanto todo mundo parecia sufocado, percebia um estado de contentamento e paz neles, que não era movido pelas circunstâncias. Parecia que possuíam algum tipo de fonte interior e constante de alegria. Eles tinham algo que eu não tinha. Então, resolvi fazer amizade com estas pessoas intrigantes. Duas semanas depois estávamos todos sentados em volta da mesa e a conversa começou a girar em torno do assunto Deus. Questionan do sobre mudança de vida Perguntei para um daqueles estudantes: "Me conte, o que transformou a vida de vocês? Por que vocês são tão diferentes dos outros no campus?” Uma jovem me olhou diretamente nos olhos e disse duas palavras que eu nunca pensei ouvir como parte de uma solução na universidade: "Jesus Cristo". Eu disse: "Oh! Pelo amor de Deus, não me venha com bobagens. Já estou cheio de religião". Ela respondeu: "Ei, eu não disse religião, eu disse Jesus Cristo". Ela me mostrou algo que não tinha parado para pensar antes: o Cristianismo não é uma religião. Religião é quando seres humanos tentam, por seus próprios esforços, chegar até Deus através de boas obras; Cristianismo é Deus tomando a iniciativa de vir até homens e mulheres através de Jesus Cristo para lhes oferecer um relacionamento com Ele. Provavelmente, existem mais pessoas nas universidades com conceitos errados sobre o Cristianismo do que em qualquer outro lugar. Algum tempo atrás conheci um professor assistente que ressaltou, num seminário da graduação,
Jesus. Eles estavam convencidos que Jesus era Deus na forma humana; que morreu numa cruz pelos pecados da humanidade; que foi sepultado; ressuscitou três dias depois e que era capaz de transformar a vida de uma pessoa hoje. Eu achava que isso era uma farsa, mas como essas pessoas me desafiavam continuamente, aceitei o desafio, pois queria refutá-los. Eu presumi que não havia nenhuma evidência que alguém pudesse avaliar. Depois de muitos meses de estudo, minha mente chegou à conclusão que Jesus Cristo devia ser quem ele declarou ser. Isso se tornou para mim um grande problema. Minha mente me dizia que tudo isso era verdade, mas a minha vontade própria me puxava para a direção oposta. Descobri que se tornar cristão era, na verdade, quebrantamento de ego. Jesus Cristo fez um desafio direto à minha vontade própria para confiar Nele. Mudança de vida Finalmente minha mente e meu coração se conectaram a Jesus no dia 19 de dezembro de 1959, às 20h30. Durante meu segundo ano na uni-
versidade, eu me tornei um cristão. Naquela noite eu orei quatro coisas para estabelecer um relacionamento com Jesus Cristo que desde então transformou a minha vida. Primeiro eu disse: "Senhor Jesus, obrigado por morrer na cruz por mim". Segundo: "Eu confesso aquelas coisas na minha vida que não agradam a você e peço que me perdoe e me limpe". Terceiro: "Neste momento, da melhor maneira que eu sei fazer, eu abro a porta da minha vida e confio em você como meu Salvador e Senhor. Toma o controle da minha vida. Mude-me de dentro pra fora. Faz-me o tipo de pessoa que você me criou pra ser". A última coisa que orei foi: "Obrigado por entrar na minha vida pela fé". Não era uma fé baseada na ignorância, mas nas evidências históricas e na Palavra de Deus. Deus e mudança de vida Um ano e meio depois, descobri que não tinha enlouquecido. Minha vida foi mudada. Eu estava uma vez num debate com o chefe do departamento de história na Universidade Midwestern, e
dia. Poucos meses depois que me decidi por Cristo, um tipo de paz mental me invadiu. Encontrei neste relacionamento com Jesus não ausência de conflitos, mas a habilidade de lidar com eles. Eu não trocaria isto por nada no mundo. Outra área que começou a mudar foi o meu péssimo temperamento. Eu costumava estourar, bastava alguém me olhar torto. Existe outra área da qual não me orgulho, mas eu menciono porque muitas pessoas também precisam da mesma mudança em suas vidas. O motivo da minha transformação foi um relacionamento com Jesus Cristo. Eu tinha muito ódio na minha vida. Não era algo manifestado exteriormente, mas era um tipo de ranger no meu interior. Eu me irritava com as pessoas, com as coisas, com os assuntos. Mas eu odiava um homem mais do que qualquer coisa no mundo: meu pai. Eu tinha um ódio tremendo dele. Para mim ele era o alcoólatra da cidade. Todo mundo sabia que meu pai era um bêbado. Meus amigos faziam piadas sobre ele cambaleando pelo centro da cidade. Eu era como as outras pessoas - dando risadas pelo lado de fora, mas na verdade eu chorava por dentro. Depois que me decidi por Cristo, Ele entrou na minha vida e Seu amor foi tão forte que tirou o ódio e transformou em amor. Fui capaz de olhar para o meu pai com sinceridade nos olhos e dizer: "pai, eu te amo!". E eu realmente sentia isso. Quando me transferi para uma universidade privada sofri um grave acidente de carro. Com meu pescoço tracionado, fui levado pra casa. Nunca vou esquecer do meu pai entrando no quarto e perguntando: "Filho, como você pode amar um pai como eu?" Eu disse: "Pai, seis meses atrás eu te desprezava". Então compartilhei com meu pai as conclusões que tinha chegado a respeito de Cristo: "Pai, eu deixei que Jesus entrasse na minha vida. Não posso explicar completamente, mas como resultado deste relacionamento eu encontrei capacidade de amar e aceitar não só a você, mas também outras pessoas da maneira que elas são". Quarenta e cinco minutos depois uma das maiores emoções da minha vida aconteceu. Meu pai me disse: "Filho, se Deus pode fazer na minha vida o que eu vi Ele fazer na sua, então eu quero dar a Ele a oportunidade". Bem ali, meu pai orou comigo e confiou em Cristo para o perdão de seus pecados. A vida do meu pai foi transformada bem diante dos meus olhos. Foi como se alguém tivesse se esticado e ligado o interruptor da luz. Cheguei a uma conclusão: um relacionamento com Jesus Cristo transforma vidas. Você pode rir do Cristianismo.
Os homens são a maioria em quase todas as profissões. E não é diferente na esfera religiosa. Ainda hoje há muita resistência à presença da mulher no altar e o tema “pastora”, quando debatido, provoca polêmica. Todavia, não é só nessa área que a ausência feminina pode ser sentida, mas também no ensino teológico. Mulheres com formação acadêmica em teologia são raras. Mas, ao que parece, este quadro está mudando. Prova disso é a professora Rosalee Velloso Ewell, com mestrado em teologia pelo Fuller Theological Seminary (Pasadena, EUA) e doutorado em teologia e ética (Ph.D.) pela Duke University (Durham, EUA). Recentemente de volta ao Brasil leciona teologia e ética bíblica na Faculdade Teológica Sul Americana em Londrina, PR. Defesa da Fé – Houve a participação feminina na história da teologia? Rosalee Velloso – Sim, na tradição católica podemos destacar grandes nomes como Teresa de Jesus e Catarina de Siena, na Idade Média, e outras como Catherine Mowry LaCugna e Elizabeth Johnson, no século 20. Na tradição protestante, temos mulheres como Elizabeth Barnes (EUA), Gabriele Greggersen (Brasil) e Carmen Pérez de Camargo (México). Assim como os homens, as mulheres protestantes também tiveram participação na história da teologia, como: professoras, conselheiras, missionárias etc. Mas, acima de tudo isso, a história que a Bíblia nos conta é a história de Deus e do seu povo Israel. É também a história de como este mesmo Deus, por meio de seu Filho, nos fez parte do povo escolhido, que inclui homens e mulheres, pessoas de todas as nações, de todos os tempos e de todas as idades. A minha ênfase é que a teologia, primeiramente, é sobre Deus e não sobre nós, homens ou mulheres. DF – Existe, no estudo da teologia, diferença de enfoque ou de perspectiva comparando o trabalho realizado por homens e mulheres? Rosalee – Não se pode generalizar a “perspectiva” da mulher nem do homem. O enfoque de um estudo teológico vai variar de acordo com o contexto, a tradição e a época em que se encontra a pessoa, seja mulher ou homem. A teologia, de modo geral, é algo que todo cristão faz. Por exemplo, quando oramos ao Deus Pai, pelo Espírito e em nome de Jesus, estamos fazendo teologia, isto é, estamos afirmando algo sobre Deus. Em
termos de compreensão ou ensinamento de áreas mais específicas da teologia, não há um papel destacado para a mulher ou para o homem, pois é uma questão de dons e vocações, não de gênero. DF – Em pesquisa nacional, realizada pelo ICP(Instituto Cristão de Pesquisa), confirmamos um fato conhecido: a ausência da mulher nos cursos teológicos. Apenas 14% dos entrevistados eram do sexo feminino. O que explica o desinteresse das mulheres pela teologia? Rosalee – Não há desinteresse das mulheres nem dos homens pela teologia. O fato é que, no Brasil, o reconhecimento e a importância conferidos à educação teológica é algo muito recente. Além disso, a tendência nas nossas igrejas, principalmente nas tradições protestantes, tem sido encorajar os homens a estudarem teologia e não as mulheres. Mas agora estamos vendo que todos na igreja precisam conhecer a Palavra de Deus e que o treinamento teológico não é só para os homens. As mulheres também precisam desta educação, pois fazem parte da igreja e os seus ministérios são fundamentais para o crescimento do reino de Deus. DF – Por que mais mulheres não são motivadas ao estudo teológico? Rosalee – Por sermos pecadores e não termos todo o conhecimento sempre haverá na igreja vozes excluídas. Isto também ocorreu no passado. Por exemplo, alguns cristãos primitivos não quiseram incluir os gentios em suas sinagogas, mas, graças a pessoas como o apóstolo Paulo, eles (primeiros cristãos) começaram a entender que o evangelho de Cristo destrói todas as barreiras, sejam raciais, de gênero ou de classe, conforme Efésios 2.1120. Precisamos ser cristãos corajosos como Paulo, ouvindo os excluídos e procurando em nossas histórias, exemplos de outros cristãos que quebraram tais barreiras em nome do evangelho. Precisamos estar sempre alertas para não cairmos na tentação de igualar o Evangelho ao que a nossa cultura ou a nossa sociedade diz ser o ideal. DF – Por que, então, em missões ocorre um fenômeno inverso? Ou seja, entre os missionários solteiros, as mulheres são o dobro dos homens. Rosalee – Creio que, historicamente, algumas mulheres se destacaram mais em missões porque no campo missionário as barreiras para o ministério não eram tantas quanto tiveram de enfrentar em suas terras natais. Este foi o caso, por
exemplo, de muitas missionárias inglesas na Índia, no século XIX. Lá, podiam ensinar a Palavra, pregar, participar e organizar os cultos, entre outras atividades. Mas os líderes das igrejas na Inglaterra tinham medo de permitir que as mulheres exercessem as mesmas funções em casa. DF – Como este quadro pode ser corrigido? Rosalee – O quadro que precisa ser corrigido é aquele que desvaloriza a educação teológica, tanto para mulheres quanto para homens. Nós, cristãos brasileiros, temos permitido que a nossa cultura materialista domine também as idéias que possuímos sobre vocação. Isto é, freqüentemente valorizamos mais aquele ou aquela jovem que presta o vestibular para administração ou marketing do que aquele ou aquela que se mostra interessado em fazer uma faculdade de teologia e missões. Precisamos nos perguntar o porquê desta tendência e começar a corrigi-la. DF – Como você vê o apóstolo Paulo em suas cartas sobre as mulheres? Rosalee – Vai depender da carta e da mulher. Vemos, por exemplo, em suas correspondências com Corinto e Roma, que Paulo não só afirmava a importância das mulheres na igreja como também alegrava-se com o ministério de mulheres como Priscila (Rm 16.3), Lóide e Eunice (2Tm 1.5), entre outras. DF – A luta pela legitimidade da mulher no púlpito é válida? Rosalee – A Bíblia diz que a pregação é um dom e não algo que deve ser usado politicamente para incluir uns e excluir outros. Nós, mulheres e homens cristãos, não podemos tomar para nós aquilo que é de Deus. Se o Espírito Santo quer dar determinado dom a certa pessoa, quem sou eu para dizer que Deus não pode fazer isso? DF – Curiosamente, Eva e Maria estão nas extremidades da história bíblica da salvação. O que podemos aprender com ambas? Rosalee – Sempre podemos aprender algo com as pessoas comuns chamadas por Deus para realizarem coisas extraordinárias. Este é o caso em todas as histórias bíblicas que, a propósito, não termina com Maria. Talvez, no caso de Eva e Maria, podemos destacar duas coisas: com Eva aprendemos que podemos continuar a caminhada de fé, mesmo depois de um grande erro. Vemos que ela aceitou não só o castigo divino como também o
Jornal Voz de Esperança • Março/2008
MISSÕES
Deus tem falado ao nosso coração! E entendo que hoje a missão com a qual estamos comprometidos está dez vezes mais preparada do que cinco anos atrás. Isto é, imaginando que estivéssemos no ponto referencial “0” e que passamos pelos pontos 0,1 – 0,2 – 0,3 – 0,4 – 0,5 ... e chegamos ao ponto “1”! Mas é como se Ele estivesse nos dizendo que deveríamos preparar nossas mentes para 100 vezes mais do que o ponto onde estamos. Mas quais são as implicações de tudo isto? Realmente crescemos muito nestes últimos cinco anos, isto é, em todas as áreas, mas tentar esticar tudo isto ou multiplicar isto por 100 em cada área é inimaginável. Nós somente chegaremos onde a nossa fé alcança. Pensando nisto nos lembramos do texto de 2 Rs 13.14-19 onde fala do profeta Eliseu e do rei Jeoás, que ao visitá-lo recebeu a palavra de que abrisse a janela do Oriente onde estava o maior desafio do povo de Israel. E parece que estamos vendo o mesmo paralelo em nossos dias quando olhamos para a janela do Oriente ou janela 10-40 do mundo muçulmano árabe. Disse-lhe também Eliseu para que pegasse o arco e as famosas “flechas do livramento do Senhor” que seriam as flechas de livramento contra os sírios, ele tinha o local determinado e vitória total decretada pelo Senhor para os consumir e recebeu a ordem de pegá-las e simbolicamente ferir a terra; e ele o fez, somente foram três vezes, e isto causou indignação ao profeta, pois ele poderia ter feito isto cinco ou seis vezes; portanto era somente o dobro do que havia feito e não fez, mas pensar em cem vezes é algo estonteante! Cremos piamente que o maior problema deste novo milênio é o pecado de incredulidade que levou toda uma geração de uma nação a ser exterminada, mesmo tendo um líder do calibre de Moisés que não conseguiu dissuadi-los, pois haviam sido influenciados negativamente pelos dez espias que deram um mau relatório, mesmo tendo dois que trouxeram uma palavra alentadora. O mais incrível é que a incredulidade limita até o poder de Deus, pois o próprio Jesus não pôde fazer muitos milagres na cidade de Nazaré por causa do espírito de incredulidade que dominava aquela cidade. Que tristeza! Precisamos estar abertos para coisas novas do Senhor, Ele é criativo e suas coisas são novas a cada dia. Temos que nos preparar para grandes desafios, pois conduzir o povo de Israel pelo deserto
tros de água seriam necessários, roupas etc. Moisés só teve cinco escusas, mas quantas seriam para os mandatários ocidentais? O Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos e desde que a recebemos já passaram dois milênios e muita terra há para conquistar. O Desafio: · Há 24 mil povos no mundo e ainda faltam 8 mil para serem alcançados, · Há 7.148 línguas no mundo e mais de 4.000 delas não têm nada da Bíblia, · 85 mil morrem a cada dia sem nunca terem ouvido nada de Cristo. O que temos: · A terceira maior igreja do mundo que precisa de cem mil cristãos para sustentar um missionário dentro da janela 10-40 e que investe em média R$ 1,30 por pessoa por ano para missões transculturais. Isto é inadmissível e vergonhoso e algo tem que ser feito para mudar este quadro. Creio que estamos cometendo o mesmo pecado que os filhos de Israel cometeram nos tempos de Josué, pois sete tribos foram negligentes em possuir a terra, isto quando Deus já havia dado a terra, conforme Josué 18.2 e 3. Falar em mudanças é fácil, mas na prática a coisa é bem diferente, falar em mudar o outro é uma coisa, mas quando o Senhor fala para que nós mudemos é bem diferente. Creio que precisamos nos preparar mentalmente para mudanças em nós. O que o Senhor está falando é que nossa comunidade se prepare para mudanças em nós e que Ele fará o resto. Você já imaginou se cada igreja brasileira com cem membros enviasse um missionário preparado, o sustentasse dignamente e o enviasse para os povos não alcançados? Isto seria uma revolução e é algo que o mundo inteiro espera e que é o desejo do Senhor. Você já imaginou termos bases
as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos, porque realizo em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando vos for contada.); Jr 33.3 (Clama a mim e responder-te-ei, e anunciarei coisas grandes e ocultas que não sabes.); Jo 14.12 (Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai.); 1 Co 2.9 (Mas como está escrito: As coisas que os olhos não viram, e os ouvidos não ouviram, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.); Is 54.2,3 (Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam, não o impeças; alonga as tuas cordas, e firmam bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; a tua posteridade possuirá as nações, e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.); Lc 1.37 (Pois para Deus nada é impossível). Quais são as áreas que devemos mudar? Qual seria a sua contribuição? Quais seriam os passos para alcançar o que o Senhor quer de nós? Portanto nos ajudem, pois esta palavra não é somente para uma pessoa, mas para toda a humanidade... David Botelho
Apesar das controvérsias de caráter científico em torno da real dimensão do problema e seus desdobramentos, existe o consenso de que o aquecimento global vai gerar conseqüências ambientais cada vez mais relevantes, pondo em risco a qualidade de vida na Terra e ameaçando a sobrevivência da nossa espécie. O Brasil é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, devido a sua enorme biodiversidade. Com o aquecimento global e as secas severas, a floresta poderá ser substituída por um ecossistema mais seco e mais pobre: as savanas. O desmatamento no mundo todo gera cerca de 25% das emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, este índice chega a 75%. Somente entre 2002 e 2005, mais de 70 mil quilômetros quadrados de florestas foram destruídos na Amazônia o que representa 42% da perda líquida de áreas florestais.
dos de florestas foram perdidos a cada ano, incluindo todos os biomas. No total, cerca de 17% da Amazônia já foram desmatados, o equivalente a quase 700 mil quilômetros quadrados. Por causa principalmente do desmatamento, o Brasil é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa. Nas grandes cidades, a maior parte da poluição atmosférica é provocada pela emissão de gases veiculares. Em todo o mundo, o setor de transportes é responsável por 13% das emissões de gases de efeito estufa, entretanto, na cidade de São Paulo, esse índice ultrapassa os 50%. Estabilizar as emissões de gases do efeito estufa poderá custar menos do que continuar na inércia. De acordo com o IPCC, estabilizar as emissões entre 450 e 550 partes por milhão de CO2eq. custaria cerca de 0,2% a 3% do PIB global em 2030, ou menos de 0,1% por ano. Esforços dramáticos precisam ser feitos,
tentes entre o seu modo de vida e o aquecimento global. Somente com um processo profundo de mudanças nos hábitos, atitudes e posturas de indivíduos, comunidades, consumidores, eleitores e investidores, a humanidade será capaz de enfrentar e vencer os dramáticos desafios. Somente os quatro centros de poder do mundo juntos – sociedade civil organizada, mídia, empresas e governos - podem fomentar a mudança do paradigma civilizatório. É necessário e urgente pensar em como os seres humanos irão adaptar suas estruturas físicas, seu modo de produção, seu estilo de vida às novas e desconhecidas condições climáticas. O aquecimento global é cumulativo, complexo e abrangente, suas conseqüências afetarão a todos em todos os lugares. Miriam Duailibi