e suas aplicações em edificações
corporativas com salas comerciais e térreo colaborativo
Capítulo 01 | 1
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UNIVERSIDADE PAULISTA
Ana Luiza Lopes
A NEUROARQUITETURA E SUAS APLICAÇÕES EM EDIFICAÇÕES CORPORATIVAS COM SALAS COMERCIAIS E TÉRREO COLABORATIVO
Ribeirão Preto 2023
UNIVERSIDADE PAULISTA
Ana Luiza Lopes
A NEUROARQUITETURA E SUAS APLICAÇÕES EM EDIFICAÇÕES CORPORATIVAS COM SALAS COMERCIAIS E TÉRREO COLABORATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção de título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista - UNIP Orientador (a): Me. Norma Fonseca Vianna Martins Coorientador: Me. Wellington Pereira
Ribeirão Preto 2023
CIP - Catalogação na Publicação LOPES, ANA LUIZA A NEUROARQUITETURA E SUAS APLICAÇÕES EM EDIFICAÇÕES CORPORATIVAS COM SALAS COMERCIAIS E TÉRREO COLABORATIVO / ANA LUIZA LOPES. - 2023. 0146 f. + DESENHOS TÉCNICOS. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista, RIBEIRÃO PRETO, 2023. Área de Concentração: PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO. Orientador: Prof. Me. NORMA FONSECA VIANNA MARTINS. Coorientador: Prof. Me. WELLINGTON PEREIRA. 1. NEUROARQUITETURA. 2. CORPORATIVO. 3. COWORKING. 4. BIOFILIA. 5. EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL. I. FONSECA VIANNA MARTINS, NORMA (orientador). II. PEREIRA, WELLINGTON (coorientador). III.Título.
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Ana Luiza Lopes
A NEUROARQUITETURA E SUAS APLICAÇÕES EM EDIFICAÇÕES CORPORATIVAS COM SALAS COMERCIAIS E TÉRREO COLABORATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção de título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista - UNIP Orientador (a): Me. Norma Fonseca Vianna Martins Coorientador: Me. Wellington Pereira
Aprovado em:
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/
BANCA EXAMINADORA
Orientadora: Prof. Dra. Norma Fonseca Vianna Martins
Convidado(a) Interno(a):
Convidado(a) Externo(a):
Universidade Paulista - UNIP
‘’ … A arquitetura é a construção do habitat humano no planeta. Construir a cidade não é repetir o que já existe. Temos que pensar em recursos técnicos que se empregam para o êxito da mesma coisa, de aliviar a população, aumentar o tempo livre das pessoas, e não construir para ser mais um produto no mercado. Não é que eu saiba o que fazer, mas sei o que não se deve fazer. É possível evitar o desastre”. - Paulo Mendes da Rocha
Agradecimentos Dedico este trabalho a pessoas especiais que foram fundamentais na jornada da minha formação. Primeiramente, aos meus pais, que acreditaram em mim e me apoiaram desde o início do sonho de me tornar uma arquiteta. Se hoje realizo este Trabalho de Conclusão de Curso, é graças a eles. Sei que vocês são meus maiores exemplos de resiliência e força, e foi através do exemplo de vida de vocês que passei a acreditar em meu próprio potencial. Expresso minha profunda gratidão à minha prima, Bruna Gandini, que desempenhou um papel fundamental na minha jornada em direção à arquitetura. Foi através dela que tive meu primeiro contato com o mundo da arquitetura enquanto ela mesma cursava a faculdade. Foi Bruna quem me apresentou à minha paixão e me deu a oportunidade de descobrir que a minha paixão tinha um nome. Além disso, ela generosamente compartilhou comigo seus primeiros materiais de arquitetura, que haviam sido preciosos para ela em sua jornada. Este gesto foi de valor inestimável para mim, pois eu pude carregar comigo algo que pertenceu à pessoa que me inspirou a seguir este curso. À minha Orientadora, Professora e Mestre Norma Fonseca Vianna Martins, a qual teve a confiança em me escolher como orientanda, apesar da complexidade e do tamanho do tema escolhido. Sou imensamente grata por seu apoio constante em todas as etapas, bem como por proporcionar uma visão aguçada sobre o maior potencial projetual em relação a cada detalhe da edificação. Ao meu Coorientador, Professor e Mestre Wellington Pereira, o qual sempre se mostrou disponível para me oferecer orientações e valiosos conselhos, além de apontar soluções para os desafios que surgiram ao longo do projeto. A todos vocês, o meu profundo agradecimento. Este trabalho é também fruto do apoio e orientação que recebi de cada um de vocês. Muito obrigada por fazerem parte deste capítulo importante da minha jornada acadêmica.
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Ambientes de trabalho estressantes podem causar uma série de problemas aos funcionários e para as empresas como um todo, incluindo baixa produtividade, aumento do absenteísmo, altas taxas de rotatividade de funcionários e problemas de saúde física e mental (OMS,2017). Dentre as medidas tomadas a fim de sanar tais impasses, estão a relação de mutualismo entre espaços colaborativos em edificações corporativas, somada à aplicação dos conceitos da neuroarquitetura (HUB8, 2023).
RESUMO
As áreas mistas e/ou colaborativas consistem em um modelo de trabalho que permite que profissionais de diferentes áreas compartilhem um mesmo espaço de trabalho, facilitando a troca de ideias e a colaboração entre eles. Isso pode ajudar a criar um ambiente de trabalho mais descontraído e colaborativo, o qual pode reduzir o estresse dos funcionários e melhorar sua satisfação no trabalho (MESQUITA, 2020). Outra abordagem a qual tem sido utilizada para criar ambientes de trabalho mais saudáveis é a inserção de estudos da neuroarquitetura à concepção projetual de edifícios corporativos. A neuroarquitetura é o estudo da relação entre a arquitetura e o funcionamento do cérebro humano, tal estudo é utilizado para criar espaços de trabalho mais funcionais e menos estressantes. Por exemplo, a partir do uso de cores suaves e iluminação adequada a edificação ajuda a reduzir o estresse e aumentar a produtividade dos funcionários (SARTORI, G; BENCKE, P,2021). Em resumo, a inserção entre espaços colaborativos em edificações corporativas, somada à aplicação dos conceitos da neuroarquitetura podem contribuir para a criação de ambientes de trabalho mais colaborativos e saudáveis. Palavras Chaves: Neuroarquitetura, corporativo, coworking, biofilia, edifício multifuncional.êmica.
Stressful work environments can lead to a series of issues for both employees and businesses as a whole, including reduced productivity, increased absenteeism, high employee turnover rates, and physical and mental health problems (WHO, 2017). Among the measures taken to address these challenges are the mutualistic relationship between collaborative spaces in corporate buildings, combined with the application of neuroarchitecture concepts (HUB8, 2023).
ABSTRACT
Mixed and/or collaborative areas constitute a work model that allows professionals from different fields to share the same workspace, facilitating the exchange of ideas and collaboration among them. This can help create a more relaxed and collaborative work environment, which can reduce employee stress and improve their job satisfaction (MESQUITA, 2020). Another approach that has been used to create healthier work environments is the integration of neuroarchitecture studies into the design of corporate buildings. Neuroarchitecture is the study of the relationship between architecture and the functioning of the human brain, and this study is used to create more functional and less stressful workspaces. For example, the use of soft colors and appropriate lighting in the building helps reduce stress and increase employee productivity (SARTORI, G; BENCKE, P, 2021). In summary, the integration of collaborative spaces in corporate buildings, coupled with the application of neuroarchitecture concepts, can contribute to the creation of more collaborative and healthy work environments. Keywords: Neuroarchitecture, corporate, coworking, biophilia, multifunctional building
Sumário
INTROUÇÃO [ Pág 14 a 17 ]
01
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA [ Pág 18 a 4 5]
1.1 O que é neuroarquitetura
02
ESTUDO PROJETUAL [ Pág 46 a 113 ]
2.1 Edifício Girassol
2.2.6 Lógica estrutural
2.1.1 Ficha técnica
2.2.7 Materiais
2.1.2. Localização
2.2.8 Geometria e volumetria
1.1.2. Ergonomia e acessibilidade
2.1.3 Análise do Entorno
2.2.9 Ventilação
1.1.3 Iluminação
2.1.4 Circulação e Acessos
2.3 The Coven
1.1.4 Teoria das cores
2.1.5 Setorização
2.3.1 Ficha Técnica
1.1.5 Materialidade e textura
2.1.6 Lógica Estrutural
2.3.2 Localização
1.1.6 Ventilação
2.1.7 Materiais
2.3.3 Análise do entorno
1.2 Evolução da organização de trabalho
2.1.8 Geometria e volumetria
2.3.4. Circulação e acessos
2.1.9 Ventilação
2.3.5 Setorização
1.2.1. Modelos Organizacionais Séc. XIX e XX
2.2 Edifício Pod
2.3.6 Lógica estrutural
1.2.2. Efeito Google
2.2.1 Ficha Técnica
2.3.7 Materiais
1.2.3. Coworking
2.2.2 Localização
2.3.8 Geometria e volumetria
1.2.4. Edificações mistas
2.2.3 Análise do entorno
2.3.9 Ventilação
1.3 Síntese
2.2.4. Circulação e acessos
1.1.1 Conforto ambiental biofilia
2.2.5 Setorização
03
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA [ Pág 114 a 137 ]
04
ESTUDOS PRELIMINARES [ Pág 138 a 151 ]
05
O PROJETO [ Pág 152 a 211 ]
3.1 Localização
4.1. Conceito
5.1. Ficha técnica
3.2 Edificações similares
4.2. Partido
3.3. Cheios e vazios
4.3. Programa de necessidades
5.2. Setorização / acessos / circulação
3.4. Uso do solo 3.5. Gabarito 3.6. Viário 3.7. Topografia 3.8. Legislação
4.4. Organograma e fluxograma 4.5. Plano de massas e setorização 4.6 Maquete volumétrica física
5.3. Lógica Estrutural 5.4. Cortes 5.5. Elevações 5.6 Volumetria 5.7. Elementos de conforto e adequação climática
3.9. Análise Climática
5.8. Materiais
3.10 Levantamento Fotográfico
5.9. Maquete eletrônica Considerações finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [ Pág 212 a 215 ]
APÊNDICE
Intro dução
14 | Introdução
Introdução
O texto a seguir irá introduzir as temáticas e os assuntos os quais serão abordados na fundamentação teórica ditar o trabalho de conclusão. Serão tais estudos os alicerces para a concepção atual estruturação de todo projeto que virá a seguir. A criação de ambientes de trabalho saudáveis voltou a ser foco de inúmeras discussões e estudos; tal tema mostra-se importante tanto para as empresas quanto aos seus funcionários. Ambientes estressantes podem trazer uma série de problemas, como a baixa produtividade, aumento do absenteísmo, altas taxas de rotatividade de funcionários e problemas de saúde física e mental. Por isso, medidas são tomadas para galgar à melhora de tais impasses (BENEVIDES-PEREIRA, 2002). Dentre as medidas utilizadas para a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis, está a relação de mutualismo entre espaços colaborativos em edificações corporativas. Essa abordagem consiste em um modelo de trabalho que permite que profissionais de diferentes áreas compartilhem um mesmo espaço de trabalho, facilitando a troca de ideias e a colaboração entre eles. Com isso, é possível criar um ambiente de trabalho mais descontraído e colaborativo, o qual pode reduzir o estresse dos funcionários e melhorar sua satisfação no trabalho (MESQUITA, L. A. F.; POZZEBON, M.; PETRINI, M,2020). Outra abordagem que tem sido utilizada para criar ambientes de trabalho mais saudáveis é a inserção de estudos da neuroarquitetura à concepção projetual de edifícios corporativos. A neuroarquitetura é o estudo da relação entre a arquitetura e o funcionamento do cérebro humano (VILLAROUCO,2021), a implantação de tais estudos em edificações pode promover a
Introdução | 15
a melhora da produtividade dos usuários; um ambiente de trabalho bem projetado pode ajudar a manter o foco e a concentração dos usuários, bem como reduzir a fadiga mental. Isso pode ser alcançado através de uma iluminação adequada, design ergonômico e layout organizado. Além disso, a inclusão de áreas verdes e elementos naturais no ambiente de trabalho também tem sido uma tendência crescente. Estudos têm mostrado que a presença de plantas reduzem os níveis de estresse e melhoram a saúde mental dos funcionários. Além disso, ambientes mais verdes e com elementos naturais podem aumentar a criatividade e a produtividade dos trabalhadores (SPACES,2015). Outra medida importante é a implementação de espaços contribuem para a redução do estresse, a inclusão de zonas de descompressão em edifícios corporativos não apenas aprimora o ambiente físico, mas também
Capítulo 01 16 | Introdução
evidencia o comprometimento das organizações com o desenvolvimento de uma cultura empresarial que valoriza a saúde e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, fortalecendo, assim, a satisfação e a retenção de talentos.(SPACES,2015). Por fim, a promoção de uma cultura de bem-estar dentro da empresa é fundamental para a criação de ambientes de trabalho saudáveis. Com a implementação da mesma na empresa, é possível criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e satisfatório para todos os envolvidos.
Objetivo Geral: Elaboração de um projeto com Neuroarquitetura aplicada a um edifício multifuncional, em Ribeirão Preto - SP, com foco em corporativo,contemplando áreas descompressão há edificação.
Objetivo Específico: 1. Estudar a respeito das estações de trabalho hodiernas e analisar os efeitos físicos e psicológicos causados por esses aos usuários. 2. Compreender como se concretiza o funcionamento de edifícios corporativos e coworkings, as relações interpessoais nos ambientes de trabalho a fim de mensurar seus aspectos positivos e negativos. 3. Estudar sobre como conciliar um edifício de salas corporativas a um coworking a fim de propiciar os aspectos positivos de ambos e minimizar os impasses encontrados nos mesmo. 4. Estudar a respeito da Neuroarquitetura e seus desdobramentos com o objetivos de minimizar as enfermidades acometidas mais comumente nos espaços de trabalho.
Introdução | 17
Fundamentação Teórica
01 18 | Capítulo 01
Fundamentação Teórica
O objetivo da fundamentação teórica é apresentar as principais teorias e conceitos que se relacionam com o tema do trabalho, além de discutir as principais ideias e argumentos presentes na literatura. Para isso, foi necessário realizar uma ampla pesquisa bibliográfica, selecionando os principais autores e obras que tratam do tema, e fazer uma análise crítica dos textos para construir o argumento central do de tal capítulo.
1.1 O que é Neuroarquitetura Para entender o que é Neuroarquitetura, como ela é analisada e quais são suas premissas e aplicações, é fundamental ter uma compreensão da arquitetura contemporânea e dos temas que se tornaram essenciais para a humanidade. Entre esses temas estão a sustentabilidade ambiental, a acessibilidade, a segurança e a privacidade, que têm sido fundamentais na concepção de ambientes habitáveis e têm levado a afunilamento acerca das escolhas projetuais na arquitetura atual (SARTORI, G; BENCKE, P,2021). A arquitetura tem como objetivo principal elaborar projetos que atendam às necessidades dos seus usuários. No entanto, essas necessidades estão em constante evolução, uma vez que estão intimamente relacionadas ao período histórico, cultura local, público-alvo e valores presentes em cada contexto. Dessa forma, a arquitetura precisa estar sempre se adaptando às mudanças sociais, culturais e tecnológicas para atender às demandas dos usuários de forma eficiente e satisfatória.
Capítulo 01 | 19
A inter-relação entre os ambientes e seus usuários acontece com tal profundidade que consegue tatuar as marcas do sentimento humano nas características dos espaços. Toques de organização e agradabilidade, sensação de aconchego e limpeza raramente são encontrados em residências de pessoas que estão ‘’pra baixo’’, como se a ambiência avisasse aos visitantes que seus usuários não estão bem. Por outro lado, é possível estimular essas pessoas por meio desses mesmos ambientes. Há uma via de mão dupla nessa relação quando entendemos que apenas ‘’estar’’ em ambientes agradáveis, leves e confortáveis pode mudar sensações e sentimentos. (VILLAROUCO, 2021).
rios e ao desenvolvimento de espaços mais humanizados e saudáveis (VILLAROUCO, 2021).
Nesse sentido, os elementos arquitetônicos já conhecidos, como biofilia, ergonomia, iluminação, teoria das cores, uso de materialidades e texturas e, até mesmo o estudo da ventilação passaram a ser redefinidos e aprofundados em sua compreensão (SARTORI, G; BENCKE, P,2021). Com base em análises neurocomportamentais e psicoemocionais. A Neuroarquitetura trouxe uma nova perspectiva para a concepção de espaços habitáveis, buscando entender como as pessoas interagem com o ambiente construído e como esse ambiente pode afetar sua saúde mental e física. Com isso, a aplicação de conceitos de neurociência na arquitetura tem levado a uma maior consideração das necessidades dos usuá-
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Figura 01: Neuroarquitetura; a percepção cerebral acerca dos estímulos. Fonte: ESTEVÃO, Projetou. Acesso em 2023.
Assim, o uso das cores, materiais e texturas deixaram de ser considerados apenas do ponto de vista estético, para serem analisados em termos dos sentimentos e sensações que podem despertar nos usuários (HELLER,2021). O paisagismo, anteriormente visto como secundário e dispensável, passou a ser considerado fundamental e indispensável, graças aos benefícios para a saúde mental e o bem-estar proporcionados pelos espaços biofílicos (SPACES,2015). E os estudos de conforto humano, como a iluminação, ventilação e ergonomia passaram a ser estudados para compreender de que forma cada um desses impacta na psique humana, de modo a fazer uso desses para a criação de espaços os quais propiciam estímulos cerebrais positivos (SARTORI, G; BENCKE, P,2021). Figura 02: Uso da Biofilia no exterior de uma edificação. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023.
Capítulo 01 | 21
Assim, a concepção dos ambientes passou a ser interdisciplinar e integrada, de forma que “todos esses conhecimentos se complementam na busca pela satisfação, bem-estar e, por que não dizer, na felicidade de encontrar a harmonia entre o espaço que se habita” (VILLAROUCO, 2021). Em outras palavras, tal linha de estudo promove uma abordagem colaborativa que une os conhecimentos da neurociência, psicologia e arquitetura, visando à criação de espaços habitáveis que atendam às necessidades físicas, psicológicas e emocionais dos usuários. Por tratar-se de uma área de estudo relativamente nova, ainda não há uma acervo extenso a respeito do mesmo; assim como não existem parâmetros que garantam o nivelamento dos parâmetros da aplicabilidade coesa da neuroarquitetura nas edificações.
1.1.1 Biofilia A Biofilia é uma teoria que foi cunhada pelo biólogo Edward O. Wilson em 1984, que se refere à conexão inata que os seres humanos têm com a natureza. Segundo a teoria, estamos programados biologicamente para nos conectarmos com o mundo natural, e isso tem importantes implicações para o design de espaços e ambientes urbanos (SARTORI, G; BENCKE, P, 2021). A biofilia pode ser expressa em muitas formas, desde a preferência por ambientes com plantas e animais até o desejo de estar perto de corpos de água. Estudos têm mostrado que a presença da natureza pode ter efeitos positivos na saúde e no bem-estar das pessoas. Uma revisão sistemática realizada por Bratman encontrou evidências que sugerem que a exposição à natureza pode reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a concentração e a produtividade. Além disso, a presença da natureza pode reduzir a incidência de doenças como a depressão e a ansiedade (SPACES, 2015). Os benefícios da biofilia são tão significativos que têm sido utilizados como estratégias em diversos campos; mas, principalmente na arquitetura e design de interiores. A presença de elementos naturais em um espaço pode melhorar a qualidade do ar, a acústica e a iluminação, além de proporcionar uma sensação de tranquilidade e conexão com o ambiente. A arquitetura pode
Figura 03: Uso da teoria das cores hipersensorial. Fonte: LEUNG, Refresher Designs. Acesso em 2023.
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explorar diversas formas de integrar a natureza em um ambiente, como a utilização de paredes verdes, telhados verdes e até mesmo a inclusão de jardins verticais em edifícios urbanos (SARTORI, G; BENCKE, P, 2021). Em suma, a biofilia é uma teoria que reconhece a nossa conexão com a natureza e os benefícios que a
mesma pode trazer para a nossa saúde e bem-estar (SPACES,2015). Introduzir elementos naturais em espaços corporativos pode melhorar a qualidade de vida das pessoas e ajudar a criar ambientes mais saudáveis e sustentáveis.
Figura 04: Uso da Biofilia em áreas de permanência internas. Fonte: DESCONHECIDO, Architecture Art Designs. Acesso em 2023. Figura 05: Uso da Biofilia em áreas internas de forma sútil. Fonte: HOA Arquitetura, Fratelli. Acesso em 2023.
Capítulo 01 | 23
1.1.2 Ergonomia e Acessibilidade A ergonomia é o estudo da interação entre os seres humanos e o ambiente em que eles se encontram. Dentro da arquitetura, a mesma se concentra em projetar ambientes que sejam seguros, eficientes e confortáveis para os usuários (GOMES,2014). Tal estudo pode ser aplicada em diversas áreas da arquitetura, como projetos de interiores, espaços de trabalho e edifícios residenciais.
Além disso, essa também pode ser aplicada à projetos de acessibilidade, tornando os ambientes acessíveis a todas as pessoas, independentemente de suas limitações físicas (COHEN, Regina. DUARTE, Cristiane R de S,2003). Assim, a mesma mostra-se benéfica tanto com relação a saúde do usuário, quanto para com uma melhor eficiência predial.
Um dos principais benefícios da aplicação desta na arquitetura é a melhoria do conforto dos usuários. Um ambiente que foi projetado para ser ergonomicamente correto pode melhorar a circulação interna e guiar a percepção dos usuários para com o espaço (COHEN, Regina. DUARTE, Cristiane R de S,2003). Outro benefício na arquitetura é a melhoria da produtividade. Ambientes de trabalho ergonomicamente coesos podem reduzir a fadiga dos usuários, melhorar a postura e diminuir o tempo de recuperação, o que contribui para um aumento na produtividade. Um estudo realizado por Hedge mostrou que a ergonomia pode aumentar a produtividade em até 12% (GOMES,2014). A mesma também pode contribuir para a segurança dos usuários. Projetos de arquitetura que levam em consideração o uso dessa, podem prevenir acidentes relacionados a quedas, choques elétricos e incêndios.
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Figura 06: Exemplo de passeios arquitetados de maneira ergonômica à todos. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023.
1.1.3 Iluminação A iluminação é um fator crucial para o ambiente corporativo. Ela influencia a produtividade, a saúde e o bem-estar dos funcionários. Existem duas fontes principais de iluminação: natural e artificial (ALMEIRDA, 2003). Neste texto, abordaremos as vantagens e desvantagens de cada tipo de iluminação no ambiente de trabalho. A iluminação natural é a luz que vem do sol ou da abóbada celeste. Ela traz inúmeros benefícios para o ambiente, como o aumento da produtividade e da qualidade de vida dos usuários. Além disso, a mesma economiza energia, já que não há necessidade de usar luzes artificiais durante o dia. Segundo estudos, a luz natural é benéfica para a saúde humana ao ajudar na regulação do ritmo circadiano e na prevenção da fadiga ocular (ALMEIRDA, 2003). Figura 07: Exemplo de ambiente exposto a iluminação natural. Fonte: SEGARRA, Francisco Segarra Designs. Acesso em 2023. Figura 08: Exemplo de ambiente exposto a liluminação artificial. Fonte: CLARKE, Office Snapsh. Acesso em 2023.
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Em contrapartida, a incidência de iluminação natural, quando mal projetada, também pode trazer alguns desafios. A mesma pode ser intensa em certas horas do dia, causando desconforto visual o que pode culminar no efeito de ofuscamento. Além disso, em dias nublados ou com pouca luz, pode ser insuficiente para iluminar corretamente o ambiente de trabalho (ALMEIRDA, 2003). A iluminação artificial, por sua vez, é produzida por lâmpadas e outros dispositivos elétricos. Ela é capaz de garantir uma iluminação constante e uniforme em qualquer hora do dia ou da noite, permitindo que o trabalho seja realizado de forma contínua. Além disso, é possível ajustar a intensidade da luz artificial de acordo com as necessidades de cada atividade (RODRIGUEZ, C.L,1980). No entanto, a iluminação artificial também pode trazer alguns malefícios para o ambiente de trabalho. A mesma pode causar fadiga ocular e dores de cabeça quando não projetada para longos períodos de exposição. Além disso, se não for usada corretamente, pode aumentar o consumo de energia e causar impactos negativos no meio ambiente (RODRIGUEZ, C.L,1980). É importante destacar que a combinação de iluminação natural e artificial culminam na solução ideal para o ambiente corporativo. A iluminação natural pode ser aproveitada para reduzir a necessidade de iluminação
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artificial durante o dia, enquanto a iluminação artificial pode ser usada para complementar a luz natural em períodos de baixa luminosidade (ALMEIRDA, 2003). Para escolher a melhor solução de iluminação para o ambiente corporativo, é necessário considerar diversos fatores,em que pode destacar-se como o principal desses, a boa leitura e compreensão da carta solar da região, além da quantidade de luz necessária para cada tipo de atividade realizada no ambiente e o conforto visual dos funcionários (RODRIGUEZ, C.L,1980), a fim de propiciar um ambiente agradável aos usuários de forma a estimular positivamente os estímulos cerebrais acarretados devido ao uso coeso da iluminação.
1.1.4 Teoria das Cores A teoria das cores é um campo de estudo que busca entender como as cores são percebidas pelo cérebro e de que forma elas afetam as emoções, o comportamento e o bem-estar das pessoas em um determinado ambiente. A partir da compreensão de como as cores interagem, é possível criar ambientes mais harmoniosos e agradáveis (HELLER,2021). As cores são capazes de influenciar a percepção de um ambiente. A cor escolhida para as paredes, por exemplo, pode fazer um espaço parecer maior ou menor, mais aconchegante ou mais frio. Além disso, cada cor tem um significado simbólico diferente, que pode
afetar a percepção e o humor dos usuários. Segundo Leatrice Eiseman, diretora executiva do Instituto Pantone, “as cores são uma linguagem universal que todos entendem, mesmo que não tenham consciência disso” (GOMEZ,2013). Algumas cores são consideradas mais adequadas para determinados tipos de ambiente. Por exemplo, o verde é frequentemente usado em espaços de trabalho, pois é uma cor que estimula a criatividade e a produtividade. Já o azul é frequentemente usado em quartos, pois é uma cor calmante e relaxante (HELLER,2021).
ra, as preferências dos usuários e a função do espaço. Além disso, é importante utilizar as cores de forma estratégica, criando uma paleta equilibrada que combine cores quentes e frias, claras e escuras, saturadas e desaturadas de forma a guiar os estímulos neurológicos desejados aos usuários (VILLAROUCO, 2021).
Figura 09: Uso das cores de maneira hiperestimulante. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023. Figura 10: Uso das cores de maneira neutra e tranquila. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023.
É importante destacar que a intensidade e a saturação das cores também têm um papel importante na percepção de um ambiente. Cores muito saturadas e brilhantes podem ser muito estimulantes e causar fadiga visual. Por outro lado, cores muito claras e desaturadas podem causar monotonia e tédio (HELLER,2021).Para criar um ambiente equilibrado, é recomendado utilizar uma paleta de cores que tenha uma combinação de cores quentes e frias, claras e escuras, saturadas e insaturadas. Além disso, é importante utilizar as cores de forma estratégica, criando pontos de destaque e áreas de descanso visual (EISEMAN,2013). Dessa formas, a teoria das cores é uma ferramenta para criar ambientes que sejam visualmente agradáveis e que estimulem a produtividade e o bem-estar dos usuários. A escolha das cores deve levar em conta a cultu-
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1.1.2 Materialidade e Textura A percepção humana de um ambiente é influenciada por diversos fatores, incluindo a materialidade e textura dos elementos presentes no espaço. Estudos têm demonstrado que a utilização de materiais e texturas variadas em um ambiente pode ter impactos positivos na percepção e no bem-estar das pessoas que o ocupam (VILLAROUCO, 2021) . A escolha dos materiais em um ambiente pode influenciar a sensação de conforto e acolhimento. Segundo a teoria da Biofilia, os seres humanos têm uma tendência natural de se conectar com a natureza, e a utilização de materiais naturais em um ambiente, como madeira e pedra, pode trazer uma sensação de conexão com a natureza e um ambiente mais agradável (BESTETTI,2014). Figura 11: Uso do mix de materialidades afim de formar um caminho. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023. Figura 12: Uso de texturas e materiais naturais. Fonte: ANNA, Decor Fácil. Acesso em 2023.
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Além disso, a textura dos materiais também pode influenciar a percepção de um ambiente. A utilização de superfícies, como tijolos expostos ou paredes com acabamento áspero, pode criar uma sensação de rusticidade e aconchego, enquanto superfícies lisas e brilhantes podem criar um ambiente mais moderno e sofisticado (BESTETTI, 2014). Ademais, a utilização de texturas variadas pode influenciar a sensação de profundidade e dimensão em um ambiente. A utilização de materiais com texturas diferentes em paredes e pisos pode criar uma sensação de camadas e profundidade no espaço, criando um ambiente mais interessante visualmente (VILLAROUCO, 2021). Assim, a escolha dos materiais e texturas em um ambiente pode ter impactos significativos na percepção e bem-estar dos ocupantes. A utilização de materiais naturais e texturas variadas pode contribuir para a sensação de conforto, estimulação visual, profundidade e saúde dos ocupantes, tornando o ambiente mais agradável e acolhedor (BESTETTI, 2014).
1.1.6 Ventilação A ventilação é um aspecto importante na manutenção da qualidade do ar em um ambiente. Ela pode ser definida como a renovação do ar em um espaço fechado, trazendo ar fresco e removendo o ar poluído e vicia-
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do. A ventilação pode afetar positiva e negativamente um ambiente, dependendo da forma como é realizada e dos equipamentos utilizados (ANDREASI,2014). A ventilação adequada pode reduzir a concentração de poluentes no ar, incluindo partículas, gases, vapores e microrganismos. Um estudo mostrou que a ventilação natural pode melhorar a qualidade do ar em edifícios, reduzindo a exposição a partículas finas e melhorando a saúde respiratória. Além disso, uma boa ventilação pode ajudar a controlar a temperatura e a umidade, reduzindo a proliferação de microrganismos nocivos, como fungos e bactérias (SCHIRMER, 2011). Por outro lado, a ventilação inadequada pode ter efeitos negativos sobre a qualidade do ar, aumentando a concentração de poluentes e reduzindo o conforto térmico. Além disso, a ventilação inadequada em edifícios pode aumentar a umidade e a temperatura, criando um ambiente desagradável o qual irá prejudicar diretamente o rendimento dos usuários de tais espaços (SCHIRMER, 2011). Para garantir uma ventilação adequada, é importante considerar o tipo de sistema de ventilação utilizado. Sistemas de ventilação mecânica, como os sistemas de ar-condicionado, podem garantir uma ventilação adequada, mas é importante garantir a manutenção regular e a limpeza dos equipamentos. Por outro lado, a ventilação natural pode ser uma opção mais sustentável e econômica, mas deve ser adaptada às condições climáticas e
às características do ambiente (ANDREASI,2014).
laboração em suas equipes (GALLUP,2023).
1.2 Evolução da Organização de Trabalho
Outra tendência importante nas últimas décadas tem sido a adoção de tecnologia para aprimorar a eficiência e a produtividade das organizações. Ferramentas de colaboração virtual, videoconferência e outras tecnologias têm permitido que as equipes trabalhem remotamente de forma mais eficiente. A pandemia de COVID-19 acelerou essa tendência, com muitas empresas se adaptando ao trabalho remoto em tempo recorde (SPACES, 2015).
Ao longo das últimas décadas, as organizações de trabalho têm passado por uma série de transformações significativas em termos de cultura organizacional, tecnologia e arquitetura do espaço de trabalho. Com o aumento da globalização, avanços na tecnologia e a mudança nas atitudes dos funcionários em relação ao trabalho, as empresas têm procurado formas inovadoras para se adaptarem a essas mudanças e permanecerem competitivas, (SARDÁ,2004). Uma das principais mudanças observadas é a transição de espaços de trabalho tradicionais, com cubículos e escritórios fechados, para espaços de trabalho mais abertos e colaborativos (MESQUITA, L. A. F.; POZZEBON, M.; PETRINI, M, 2020). A ideia é criar um ambiente mais flexível e dinâmico, onde os funcionários possam se sentir mais confortáveis e produtivos. Esse tipo de espaço é conhecido como espaço de trabalho aberto ou espaço de trabalho colaborativo. De acordo com a pesquisa “The State of the Global Workplace”, cerca de 44% dos trabalhadores em todo o mundo trabalham em um modelo de espaço de trabalho aberto ou colaborativo. Esse modelo de trabalho tem sido amplamente adotado pelas startups e empresas de tecnologia, que tendem a priorizar a criatividade e a co-
Em termos de arquitetura do espaço de trabalho, a tendência tem sido em direção a espaços mais abertos e flexíveis. Alguns exemplos incluem os espaços de coworking, onde várias empresas e indivíduos trabalham juntos em um espaço compartilhado, e os espaços de trabalho sem lugar fixo, onde os funcionários podem trabalhar em qualquer lugar do escritório (MENDONÇA, 2018). A arquitetura do espaço de trabalho tem um grande impacto na cultura e na produtividade da organização. De acordo com a pesquisa “The Impact of the Work Environment on Creativity and Innovation” publicada na Harvard Business Review, o espaço de trabalho pode afetar a criatividade e a inovação dos funcionários, influenciando sua capacidade de concentração e colaboração (HUB,2019).
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Assim, as organizações de trabalho têm passado por uma série de transformações significativas nas últimas décadas, com mudanças no modelo de espaço de trabalho e na arquitetura do espaço físico. Essas mudanças são impulsionadas por uma variedade de fatores, incluindo a globalização, a tecnologia e as mudanças nas atitudes dos funcionários em relação ao trabalho (MENDONÇA, 2018).
Figura 13: Exemplo de organização de trabalho em colméia. Fonte: DESCONHECIDO, Actiu. Acesso em 2023. Figura 14: exemplo de estação de trabalho colaborativa. Fonte: WILLIAMSON, Design Milk. Acesso em 2023.
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1.2.1 Modelos Organizacionais Séc XIX e XX Os estudos a seguir se propõem a analisar as principais modalidades de trabalho que prevaleceram nos séculos XIX e XX, com o intuito de destacar os desafios e benefícios inerentes a cada uma delas. A fim de demonstrar que tais paradigmas, ainda que em escala reduzida, permanecem presentes no contexto atual de ambientes corporativos. A era pós revolução industrial foi marcada por inúmeras críticas com relação às formas de trabalho e a maneira com que as mesmas eram desenvolvidas; com isso, alguns críticos e teóricos criaram e implementaram sistemas de produção os quais impactaram, e que ainda podem ser observadas hoje (COSTA , 2009), na lógica organizacional tanto dos processos quanto dos espaços de trabalho - são essas o Taylorismo, Fordismo e Toyotismo. O taylorismo é um sistema de produção criado pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX. Taylor propôs a divisão do trabalho em tarefas específicas e a padronização dos processos produtivos, com o objetivo de aumentar a eficiência e a produtividade das fábricas. O taylorismo teve um impacto significativo nos ambientes de trabalho, transformando radicalmente a organização e a dinâmica da produção industrial (PINTO,2007).
Além disso, o Taylor também introduziu um novo sistema de gestão da produção, baseado na medição e no controle rigoroso do tempo e do movimento dos trabalhadores. Esse sistema era conhecido como “cronometragem”, e consistia na medição precisa do tempo que cada tarefa levaria para ser executada. Com base nessa medição, os gestores podiam definir padrões de produção e metas de desempenho, e monitorar o desempenho dos trabalhadores (COSTA , 2009). Esse sistema de gestão foi criticado por reduzir os trabalhadores a meros objetos de produção, sem considerar as suas necessidades e capacidades individuais. Outro efeito do taylorismo foi a separação entre planejamento e execução. Os gestores passaram a ser responsáveis pelo planejamento e controle do processo produtivo, enquanto os trabalhadores executavam as tarefas de forma mecânica. Isso levou a uma hierarquização rígida e burocrática dos processos produtivos (COSTA , 2009). No entanto, tal metodologia também gerou resistências e críticas, especialmente por parte dos movimentos trabalhistas e sindicais. Esses movimentos defendiam a valorização do trabalho humano, a proteção dos direitos dos trabalhadores e a melhoria das condições de trabalho (PINTO,2007)
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Nos dias hodiernos, é possível analisar que a adoção de sistemas de produção e/ou protocolos de parametrização dos trabalhos, assim como o sistema de gestão de tempo por tarefa efetuados são amplamente utilizados, de maneira lapidada, mas, ainda assim é utilizado.
Figura 15: Frederick Winslow Taylor, criador do Taylorismo. Fonte: SOUSA, Brasil Escola. Acesso em 2023. Figura 16: Sistema de produção taylorista. Fonte: PHOTOGRAPHIUM, Portal Educação. Acesso em 2023.
Após o Taylorismo, outro sistema de produção destacou-se, uma vez que esse supria alguns dos impasses encontrados no sistema anterior. O fordismo foi um sistema de produção em massa desenvolvido por Henry Ford na primeira metade do século XX, que teve um grande impacto nas organizações
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de trabalho e na sociedade em geral (BOTELHO, 2001). Inicialmente, é importante destacar que o fordismo se caracterizou pela produção em larga escala de bens padronizados, utilizando máquinas e equipamentos modernos e a linha de montagem. Com a padronização, houve uma redução significativa nos custos de produção, tornando os produtos acessíveis a um número maior de pessoas. No entanto, o trabalho nas fábricas passou a ser repetitivo e desqualificado, com a especialização dos trabalhadores em tarefas específicas (PINTO,2007). Além disso, tal sistema também se destacou por implementar a ideia de produção em série, que consistia em produzir um grande número de produtos idênticos em um curto período de tempo. Com isso, houve uma maior demanda por trabalhadores, o que gerou um grande fluxo migratório de pessoas do campo para as cidades, especialmente nos países industrializados (BOTELHO, 2001). Outra referência importante é o livro “A Estrutura das Revoluções Científicas”, que propõe a ideia de que o fordismo foi uma revolução no processo de produção, que transformou a maneira como a sociedade se relacionava com os bens de consumo. O autor destaca que o fordismo teve um grande impacto na organização do trabalho e na maneira como as pessoas percebiam o trabalho e o papel dos trabalhadores na sociedade (KUHN, 1962).
Por fim, é importante destacar que o fordismo teve um papel fundamental no desenvolvimento do capitalismo industrial e na transformação da sociedade moderna. No entanto, também é necessário reconhecer as consequências negativas desse sistema de produção, como a precarização do trabalho e a redução da autonomia e criatividade dos trabalhadores, criatividade essa, que tornou-se um dos bens mais valiosos para as corporações e startups nos dias hodiernos (BOTELHO, 2001).
Ainda no Séc. XX, outro sistema de produção teve destaque, uma vez que o mesmo partiu-se das benesses dos anteriores com a implementação de ideais ao quais solucionaram as críticas dos sistemas anteriores. O Toyotismo é um sistema de produção desenvolvido pela Toyota Motors Corporation, com base em princípios de qualidade total, melhoria contínua e just-in-time (JIT). Esse sistema impactou significativamente as organizações de trabalho, transformando a forma como as empresas produzem e gerenciam suas operações (BOTELHO, 2001). De acordo com as ideias de Ohno, criador do sistema Toyota de produção, a chave para o sucesso era o desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua. Com a implementação do Toyotismo, a Toyota foi capaz de produzir carros de alta qualidade com uma eficiência e produtividade sem precedentes (PINTO,2007).
Figura 17: Henry Ford, criador do fordismo. DESCONHECIDO, Portal ADM. Acesso em 2023.
O Toyotismo introduziu um novo modelo de organização do trabalho, baseado na redução de estoques e na produção puxada, que tem como objetivo reduzir desperdícios e aumentar a eficiência. Esse modelo também enfatiza a importância da participação dos funcionários na melhoria do processo produtivo, através da realização de tarefas que anteriormente eram atribuídas apenas à gerência (BOTELHO, 2001).
Figura 18: Sistema de produção fordista. Fonte: VESCHI, Etimologia. Acesso em 2023.
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O impacto do de tal modelo nas organizações de trabalho pode ser visto em todo o mundo. O sistema Toyota de produção influenciou a indústria automotiva em todo o mundo e se tornou um modelo para outras indústrias. Empresas em todo o mundo adotaram os princípios do Toyotismo, resultando em um aumento da eficiência e produtividade (PINTO,2007). Os modelos de produção Fordismo, Taylorismo e Toyotismo ainda exercem influência nos atuais ambientes de trabalho, embora essa influência nem sempre seja positiva. O Fordismo e o Taylorismo frequentemente resultam em tarefas monótonas e despersonalização, enquanto o Toyotismo, embora traga flexibilidade, pode acarretar pressões por ritmos acelerados e instabilidade no emprego. Esses aspectos negativos desafiam a qualidade de vida e a satisfação dos trabalhadores, destacando a necessidade de abordagens mais inovadoras e equilibradas nos modelos de trabalho contemporâneos. Figura 19: Eiji Toyoda, criador do toyotismo. Fonte: DESCONHECIDO, ADM Unlimited. Acesso em 2023. Figura 20: Sistema de produção toyotista. Fonte: DESCONHECIDO, Capital Now. Acesso em 2023.
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1.2.2 Efeito Google O surgimento dos escritórios com Efeito Google foi um marco importante para as organizações de trabalho, trazendo um novo paradigma para o ambiente corporativo. Esses escritórios têm como base a ideia de oferecer aos colaboradores um ambiente agradável e descontraído, que estimule a criatividade e a produtividade (MESQUITA, 2020). Além disso, os tal modelo também incentiva a interação e o trabalho em equipe, o que é fundamental para o sucesso de qualquer organização. A colaboração entre os membros da equipe é estimulada por meio de espaços de convivência e salas de reuniões informais, que permitem a troca de ideias e a discussão de projetos (MESQUITA, 2020).
críticos, a linha entre o trabalho e o lazer pode se tornar muito tênue, o que pode prejudicar o desempenho dos funcionários. Apesar das críticas, os escritórios Efeito Google continuam sendo uma referência para as organizações de trabalho em todo o mundo. Cada vez mais empresas estão adotando esse modelo de ambiente descontraído e colaborativo, na esperança de estimular a criatividade e a produtividade dos funcionários, pode-se considerar tal sistema de trabalho como o precursor do que viriam a ser os espaços de trabalho no estilo Coworking (MESQUITA, 2020).
Segundo Bjarke Ingels, arquiteto dinamarquês responsável pelo projeto do escritório da Google em Nova York, a ideia por trás desses espaços é criar um ambiente que estimule a criatividade e a inovação. Inglês defende que o design dos escritórios pode ser uma ferramenta poderosa para promover a colaboração e a produtividade (INGELS,2014). No entanto, tais escritórios também têm sido criticados por alguns especialistas, que argumentam que o ambiente descontraído pode levar à falta de foco e disciplina por parte dos colaboradores. Segundo esses
Figura 21: Sala de uso flexível; Google Campus São Paulo. Fonte: PEREIRA, ArchiDaily. Acesso em 2023.
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Figura 22: Sala de uso flexível; Google Campus São Paulo. Fonte: PEREIRA, ArchiDaily. Acesso em 2023
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Figura 23: Sala de uso flexível; Google Campus São Paulo. Fonte: MALHÃO, ArchiDaily. Acesso em 2023.
Figura 24: Sala de uso flexível; Google Campus Madri. Fonte: MALHÃO, ArchiDaily. Acesso em 2023.
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1.2.3 Coworking Os escritórios estilo coworking surgiram como uma alternativa inovadora para as organizações de trabalho, oferecendo um espaço compartilhado para profissionais independentes, startups e pequenas empresas trabalharem juntos em um ambiente colaborativo. O termo “coworking” foi criado pela primeira vez em 2005 pelo empresário Brad Neuberg, que descreveu o conceito como “um movimento para criar espaços de trabalho colaborativos, onde freelancers e empresários possam trabalhar juntos em um ambiente estimulante e compartilhado” (MESQUITA, 2020). Tal modalidade oferece diversas vantagens para os profissionais que trabalham neles, como flexibilidade, networking, acesso a serviços compartilhados e redução de custos. Além disso, esses espaços são projetados para incentivar a criatividade e a inovação, proporcionando um ambiente descontraído e inspirador para os profissionais que neles trabalham (HOMENKO,2015). Tais escritórios também oferecem benefícios para as organizações que os utilizam. Esses benefícios incluem a redução de custos de aluguel e manutenção de um espaço de trabalho próprio, a possibilidade de recrutar talentos de diferentes áreas e o acesso a uma rede de contatos ampliada (MEDINA, 2015).
Apesar das vantagens oferecidas por esse, alguns autores alertam para os desafios que eles apresentam para as organizações. A falta de privacidade pode ser um obstáculo para algumas empresas que precisam lidar com informações confidenciais. Além disso, a cultura do coworking pode ser um choque para profissionais acostumados a trabalhar em ambientes mais tradicionais e hierárquicos (HOMENKO,2015). Apesar dos desafios, escritórios estilo coworking tem crescido em popularidade ao redor do mundo. De acordo com a pesquisa “The State of the Global Workplace”, o número de espaços de coworking em todo o mundo deve chegar a 26.000 até o final de 2020, oferecendo espaço para mais de 3,8 milhões de profissionais (GALLUP, 2023). Assim, tal modalidade têm tido um impacto significativo nas organizações de trabalho, oferecendo uma alternativa flexível e colaborativa para os profissionais que buscam um ambiente de trabalho inspirador e econômico. No entanto, é importante que as organizações avaliem cuidadosamente as vantagens e desafios desse modelo antes de decidir adotá-lo em sua estratégia de negócios (MESQUITA, 2020).
Figura 25: Exemplo de quadro de brainstorming colaborativo. Fonte: DAVID, Behence. Acesso em 2023. Figura 26: Exemplo de estações de trabalho semi- colaborativas. Fonte: DESCONHECIDO, Pinterest. Acesso em 2023.
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Figura 27: Exemplo de estação de trabalho colaborativa. Fonte: MIXD, Love That Design. Acesso em 202
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1.2.4 Edificações Mistas Nos últimos anos, a arquitetura dos escritórios corporativos tem passado por algumas mudanças. Com a pandemia da COVID-19, essas transformações foram aceleradas e os espaços de trabalho precisaram se adaptar rapidamente para atender às novas necessidades de saúde e segurança (MESQUITA, 2021). Antes da pandemia, muitas empresas estavam focadas em criar espaços de trabalho abertos e colaborativos, com o objetivo de aumentar a criatividade, produtividade e interação entre os funcionários. A qual voltou a ser foco após a normalização dos efeitos da COVID-19 (MESQUITA,2021). Uma das soluções encontradas por muitas empresas foi a junção de edificações corporativas, que permitiu uma melhor utilização do espaço e mais opções de locais de trabalho. Além disso, a criação de áreas de trabalho colaborativo, que são espaços compartilhados por diferentes empresas, mostrou-se benéfico para a troca de ideias e networking entre profissionais (GALLUP,2023). A pandemia acelerou o processo de adoção de espaços de trabalho colaborativos. O estudo apontou que 60% das empresas pretendem usar esses espaços no futuro e 45% delas acreditam que os espaços de trabalho colaborativos serão essenciais para seus negócios (GALLUP,2023).
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Figura 28: Exemplo de escritório corporativo. Fonte: OZBUNAR, Office Snapshots. Acesso em 2023. Figura 29: Exemplo de área colaborativa em escritório corporativo. Fonte: OZBUNAR, Office Snapshots. Acesso em 2023. Figura 30: Exemplo de escritório corporativo. Fonte: PELED, Office Snapshots. Acesso em 2023. Figura 31: Exemplo de área colaborativa em escritório corporativo. Fonte: PELED, Office Snapshots. Acesso em 2023.
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1.3 Síntese Após o embasamento acerca do que é a Neuroarquitetura e a evolução dos sistemas organizacionais de trabalho, até alcançar o método de trabalho misto; é necessário inferir a respeito da maneira com que tais estudos arquitetônicos impactam positivamente um edifício corporativo. A aplicação da Neuroarquitetura em edificações corporativas também pode contribuir para a redução do estresse dos usuários. Um estudo mostrou que a presença de elementos naturais, como plantas e luz natural, pode reduzir o estresse e a fadiga dos funcionários. Isso ocorre porque esses elementos promovem a sensação de bem-estar e relaxamento, reduzindo a sensação de pressão e sobrecarga (SPACES, 2015). Outro benefício da Neuroarquitetura em edificações corporativas é o aumento da interação social entre os usuários. O design ergonômico dos espaços influencia diretamente a interação social. Edifícios com espaços abertos, por exemplo, incentivam a colaboração e a interação entre os funcionários, resultando em um ambiente de trabalho mais colaborativo e criativo (SARTORI, 2021). Além disso, a Neuroarquitetura em edificações corporativas também pode contribuir para a melhora da saúde mental dos usuários. A presença de luz natural e a vista para áreas verdes estão associadas à redução dos sintomas de ansiedade e depressão dos fun
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cionários. Isso ocorre porque a exposição à luz natural e à natureza promove a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar (SPACES, 2015). Em conclusão, a aplicação da Neuroarquitetura em edificações corporativas pode proporcionar benefícios significativos aos usuários, incluindo maior produtividade, satisfação e bem-estar.
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Estudo Projetual
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Estudo Projetual
Neste capítulo, será realizada uma análise minuciosa de uma série de projetos, onde examinaremos com atenção as diferentes abordagens e soluções projetuais adotadas. O objetivo é identificar aquelas que se alinham de maneira mais congruente com as diretrizes que pretendo incorporar em meu próprio projeto. Estaremos investigando a fundo, comparando e contrastando as estratégias e resultados de diferentes empreendimentos, a fim de embasar de forma sólida minhas escolhas futuras.
2.1.1 Ficha Técnica Edifício Girassol - FGMF Arquitetos - Localização: São Paulo, SP – Brasil - Tipo de Construção: Edifício Comercial - Área do terreno: 1.200 m² - Área construída: 4.474 m² - Início do projeto: 2018 - Conclusão da obra: 2021
Equipe - Autores: Fernando Forte, Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes Ferraz - Coordenadores: Daniel Paranhos Colaboradores: Carolina Ferraz, Fernanda Moura, Kaila Bissolotti, Paula Schenini, Tânia Rodriguez, Thais Fuchs, Victor Lucena - Estagiários: Caio Caccaos, Giancarllo Bruno, Patrícia Carvalho Fotógrafo: Fran Parente Figura 32: Fachada Edificio Girasso. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021
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2.1.2 Localização
Figura 33: Demarcação do Estado de São Paulo, com relação ao País. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 Figura 34: Demarcação do ABC Paulista, com relação ao Estado. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 Figura 35: Demarcação da cidade de São Paulo com relação ao ABC Paulista. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 LEGENDA
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Lozalização do Projeto
2.1.3 Análise do Entorno Localizado no bairro Vila Madalena, na cidade de São Paulo - Brasil, o edifício apresenta um jogo de volumes sobrepostos que propõe uma nova forma de pensar o espaço de trabalho. Com uma escala voltada para o pedestre e áreas de convívio. O térreo conta com um espaço de café importante que torna a fachada mais ativa. O entorno do edifício é diverso, com predominância de uso residencial e boêmio, próximo ao famoso ponto turístico da cidade, o beco do Batman, em frente ao escritório de coworking dos Cinco e próximo a um hotel. Com uma elevação de apenas 15 metros, o edifício apresenta um gabarito menor em comparação ao dominante na região, que varia de 25 a 28 metros de altura, aproximando-se da escala do pedestre. Figura 36: Foto de Localização com entorno próximo, e análise de entorno. Fonte: Google Maps, alterado pela autora. Figura 37: Fachada Frontal . Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, Figura 38: Relação da edificação com o entorno. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, LEGENDA Edificação Estudada Coworking dos Cinco Bares
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2.1.4 Circulação e Acessos A Partir do estudo das plantas, somado ao estudo da perspectiva isométrica explodida é possível depreender que os acessos se dão pela rua Girassol, com entrada para carros e pedestres, e apresenta uma passagem exclusiva para o espaço comercial e outra destinada aos escritórios. A circulação horizontal e vertical estão localizadas no centro do edifício. Figura 39: Perspectiva Isométrica Explodida - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. LEGENDA
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Circulações
Circulação Vertical
Circulação Horizontal
Circulação
Circulação Horizontal
Acesso Veículos
Figura 40: Planta Baixa Pavimento Térreo - Análise de circulação e acessos. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 41: Planta Baixa Primeiro Pavimento - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 42: Planta Baixa Segundo Pavimento - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021.
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Há um elevador que parte do subsolo ao pavimento térreo. A partir daí, há outro conjunto de dois elevadores que se segue do térreo ao sexto pavimento. A caixa de estadas segue do subsolo o terraço. Figura 39: Perspectiva Isométrica Explodida - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. LEGENDA
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Circulações
Circulação Vertical
Circulação Horizontal
Circulação
Figura 43: Planta Baixa Terceiro Térreo - Análise de circulação e acessos. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021 Figura 44: Planta Baixa Quarto Pavimento - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 45: Planta Baixa do terraço - Análise de circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021.
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2.1.5 Setorização No pavimento térreo, há uma área destinada ao comércio na frente vinculada ao espaço de convívio, enquanto no fundo, encontra-se o espaço destinado aos escritórios. No primeiro pavimento, tanto a frente quanto o fundo abrangem ambientes de escritórios, sendo que a parte frontal traz a possibilidade de subdividir o local e transformá-lo em duas salas, juntamente com o espaço de convívio e área verde. Na planta do segundo pavimento, o escritório situado na parte frontal traz um maior espaço de convívio e área verde, oferecendo a possibilidade de expansão do local por concentrar os outros ambientes na região central do edifício. Figura 46: Planta Baixa Pavimento Térreo - Análise da Setorização. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 47: Planta Baixa Primeiro Pavimento - Análise da Setorização. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. LEGENDA
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Escritórios
Espaço de Convívio
Espaço Comercial
Área Molhada
Refeitório
Área Técnica
No terceiro pavimento, há uma sala mais ampla de escritório voltada para a rua, com áreas de convivência localizadas na lateral da sala. Os pavimentos segundo, terceiro e quarto mantêm suas áreas centralizadas, e os escritórios, junto dos locais de convívio, estão dispostos nas extremidades. As áreas molhadas, o refeitório e a área técnica estão localizadas no centro do edifício. Figura 48: Planta Baixa Segundo Pavimento - Análise da Setorização. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 49: Planta Baixa Terceiro Pavimento - Análise da Setorização. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. LEGENDA Escritórios
Espaço de Convívio
Espaço Comercial
Área Molhada
Refeitório
Área Técnica
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A planta do quinto pavimento oferece um terraço com amplo espaço de convívio e superfícies verdes, tendo a área técnica centralizada, e sua circulação vertical se concentra na lateral do pavimento. É notável que o layout dos ambientes resulta em uma possibilidade de um escritório mais amplo. Figura 50: Planta Baixa Quarto Pavimento - Análise da Setorização. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 51: Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. LEGENDA
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Escritórios
Espaço de Convívio
Espaço Comercial
Área Molhada
Refeitório
Área Técnica
2.1.6 Lógica Estrutural A estrutura do edifício foi projetada levando em consideração a variedade de volumes presentes no seu design, utilizando elementos de concreto e metal. Os pilares em concreto que se adaptam às diferentes formas presentes no edifício, alternando entre retangulares e redondos. Além disso, o projeto também conta com paredes estruturais.
Figura 52: Pilar Cilíndrico em concreto. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 53: Pilar Retangular em concreto. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 54: Estrutura em concreto. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
Figura 55: Planta Baixa Pavimento Térreo - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 56: Planta Baixa Primeiro Pavimento - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 57: Planta Baixa Segundo Pavimento - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021.
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No entanto, o destaque da estrutura fica por conta do terceiro pavimento, onde um balanço de 7 metros foi utilizado. É possível notar a presença de uma estrutura metálica que recorre ao uso de policarbonato alveolar translúcido para fechamento. Essa lógica estrutural é fundamental para a segurança e estabilidade do edifício.
Figura 58: Estrutura interna do volume em balanço. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023. Figura 59: Vista interna quarto pavimento. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023. Figura 60: Estrutura metálica do balanço. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 61: Planta Baixa Terceiro Pavimento - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 62: Planta Baixa Quarto Pavimento - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021. Figura 63: Planta Baixa Terraço - Análise Estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021.
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2.1.7 Materiais A edificação apresenta uma materialidade composta por concreto aparente, combinado com guarda-corpo em metal. A diversidade de aberturas do edifício é evidenciada pelas janelas em vidro, que proporcionam maior iluminação natural ao interior da construção. Já no terceiro pavimento, a utilização de uma estrutura metálica em conjunto com o policarbonato alveolar translúcido, permite a entrada de luz natural enquanto controla a temperatura interna, graças à sua alta espessura das chapas. Esses elementos são importantes para o conforto ambiental e a eficiência energética da edificação. Figura 64: Policarbonato e estrutura. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 65: Vista das materialidades. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 66: Forro inferior ao balanço. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 67: Vista das materialidades. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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2.1.8 Geometria e Volumetria A volumetria do edifício apresenta pavimentos sobrepostos com diferentes jogos de volume, formando um bloco único que resulta em terraços cobertos e descobertos. A diversidade de aberturas presentes na construção permite uma maior entrada de luz natural. Já no lado oeste, há uma variedade de terraços e áreas verdes, que contribuem para uma melhor adequação climática do edifício. Na cobertura, há um amplo terraço que conta com grandes áreas verdes e espaços de convivência, proporcionando um ambiente agradável e propício para interações sociais. Figura 68: Vista superior para análise de geometria. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 69: Volumetria de edificação com relação ao entorno. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 70: Volumetria de edificação com relação ao entorno. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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2.1.9 Análise de Iluminação A partir da análise da carta solar, é possível observar que a fachada norte recebe maior incidência solar durante o dia. No entanto, ao final do dia, é a fachada oeste que se encontra mais aquecida, o que impacta diretamente no uso da edificação. Dessa forma, o sol poente está diretamente relacionado à fachada principal do edifício, onde se destacam as áreas verdes e o recuo dos escritórios em relação à fachada. Figura 71: Esquema demonstrativo da edificação com relação à trajetória solar. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 72: Vista de satélite da edificação com relação à carta solar. Fonte: SunEarth. Acesso 2023
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2.2.1 Ficha Técnica Edifício Pod - FGMF Arquitetos - Localização: São Paulo, SP – Brasil - Tipo de Construção: Edificação mista - Área do terreno: 1.757,48 m² - Área construída: 15.648,50 m² - Início do projeto: 2017 - Conclusão da obra: 2022
Equipe - Autores: Fernando Forte, Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes Ferraz - Coordenadores: Luciana Bacin, Daniel Paranhos, Gabriel Mota - Colaboradores: Ana Orefice, Fabiana Kalaigian, Felipe Fernandes, Guilherme Canadeu, Julio de Luca, Paula Schenini, Talita Broering, Victor Lucena - Estagiários: Catarina Cecchini, Giancarllo Bruno, Giulia Lorenzi, João Baptistella, Patrícia Carvalho Figura 73: Fachada Edificio Pod. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, edições da autora por PhotoShop 2021.
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2.2.2 Localização
Figura 74: Demarcação do Estado de São Paulo, com relação ao País. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 Figura 75: Demarcação do ABC Paulista, com relação ao Estado. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 Figura 76: Demarcação da cidade de São Paulo com relação ao ABC Paulista. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal Alterado pela autora 2023 LEGENDA
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Lozalização do Projeto
2.2.3 Análise do Entorno A edificação em questão encontra-se situada em Pinheiros, porém sua localização está próxima à divisa do bairro Jardins e à vizinhança da Consolação, o que a coloca em uma área bastante movimentada de São Paulo. Adicionalmente, o edifício apresenta duas de suas fachadas voltadas para as vias públicas, sendo a fachada principal voltada para a Avenida Rebouças e a fachada lateral para a Rua Cristiano Viana. É importante ressaltar que a Avenida Rebouças é uma via relevante de São Paulo, caracterizada por um intenso fluxo de tráfego.
Figura 77: Fachada Frontal com relação à via. Fonte: Google Maps. Acesso em 2023
O entorno do edifício é predominantemente composto por construções de uso residencial, no entanto, aquelas voltadas para a Avenida Rebouças têm, em sua maioria, finalidades comerciais. Além disso, em frente ao edifício, na região de Pinheiros, encontra-se uma galeria de arte, acrescentando ainda mais à diversidade das atividades e estabelecimentos na área circundante.
Figura 78: Relação da edificação com o entorno. Fonte: Google Maps, Autorado ela autora, 2023 Figura 79: Relação da edificação com o entorno. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 LEGENDA Área da Edificação Edificações Comerciais
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2.2.4 Circulação e Acessos O acesso à edificação pode ocorrer em três momentos na edificação. Mais acima, discriminado a partir da seta preta se dá o acesso de carro, abaixo do mesmo há um trajeto de rampa para acesso de portadores de necessidades específicas e próximo ao mesmo há o acesso principal, o qual é nivelado ao passeio público. O pavimento térreo possui uma área de circulação/ convivência em seu meio, e é ladeado pelos espaços comerciais e os acessos às circulações verticais.
LEGENDA Circulação Circulação Vertical Circulação Horizontal Acesso Pedestre Acesso Veículos Figura 80: Diagrama de formaçãodo volume e acessos. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023. Figura 81: Planta Baixa Pav. Térreo com setorização de acessos e circulação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, Alterado pela Autora. Figura82: Diagrama de formaçãodo volume e acessos. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023, Alterado pela Autora
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Há duas áreas distintas de circulação verticais, a primeira, localizada mais acima na planta do pavimento térreo, dá acesso aos demais níveis de escritórios e vai até o pavimento de lazer. A segunda, localizada mais ao centro, corresponde ao acesso da circulação privativa, destinada aos moradores da área residencial do edifício.
A singularidade da edificação é destacada principalmente pela organização das circulações internas, uma vez que os primeiros pavimentos são destinados ao comércio e espaços de Coworking. Nesse sentido, o escritório FGMF concebeu, para os pavimentos comerciais, um intrincado sistema de circulação interna que não apenas oferece vistas para o pátio central, mas também cria uma rede de percursos ao longo dos corredores centrais.
Figura 83: Esquema demonstrativo da edificação com às circulações. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 84: Passarela da piscina. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 85: Caminhos e passarelas doátrio. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 86: Caminhos e passarelas doátrio. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 87: Vista frontal. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
2.2.5 Setorização Quanto à configuração atual do edifício, o pavimento térreo, juntamente com os sete pavimentos subsequentes, é destinado a usos comerciais, espaços de Coworking e salas corporativas. Logo acima, no oitavo pavimento, encontra-se a área social da área residencial, a qual se destaca por um átrio central, proporcionando vistas panorâmicas para o pátio interno, bem como uma perspectiva cativante de toda a área circundante do edifício. Esse pavimento desempenha um papel importante como um mirante, oferecendo vistas para a praça adjacente e para o bairro como um todo d uma piscina de borda infinita. Na sequência, toda a extensão vertical seguinte é destinada ao uso residencial, compreendendo 15 andares que abrigam um total de 127 apartamentos. Essas unidades apresentam uma variedade de tipologias, variando de 36 m² a apartamentos duplex, resultando em quatro diferentes metragens quadradas de unidades residenciais. Finalmente, no topo do edifício, está localizada uma academia exclusiva para os moradores, situada na cobertura do prédio. Figura 88: Esquema demonstrativo da edificação com relação à trajetória solar. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Figura 89: Esquema setor comercial. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 90: Esquema área de lazer. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 91: Esquema setor residencial. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 85: Esquema área da academia. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Com relação ao setor comercial, ele abarca uma diversidade de tipologias que contemplam uma ampla gama de tamanhos, de modo a acomodar desde pequenos estabelecimentos até empreendimentos comerciais de grande porte. Além disso, o setor comercial engloba salas comerciais de um pavimento e salas duplex, que contribuem para a dinâmica de cheios e vazios nos primeiros oito pavimentos do edifício.
Figura 93: Imagem renderizada do térreo. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 94:Demarcação do setor comercial no corte. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
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LEGENDA 01- Acesso ao Estacionamento 02- Lojas 03- Hall Comercial 04- Hall Residencial 05- Acesso de Pedestres Uso Comercial Uso Residencial
Figura 95: Esquema setor comercial. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 96: Setorização da planta do pavimento térreo. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
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Com relação ao setor comercial, ele abarca uma diversidade de tipologias que contemplam uma ampla gama de tamanhos, de modo a acomodar desde pequenos estabelecimentos até empreendimentos comerciais de grande porte. Além disso, o setor comercial engloba salas comerciais de um pavimento e salas duplex, que contribuem para a dinâmica de cheios e vazios nos primeiros oito pavimentos do edifício.
Figura 97: Imagem renderizada área social. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 98:Demarcação do setor área social no corte. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
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LEGENDA 01- Área Técnica 02- Terraço Descoberto 03- Goumert 04- Mirante
Figura 99: Esquema área social. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
05- Salão de Festas
Figura 100: Setorização da planta do pavimento área social. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
06- Coworking Uso Residencial
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Após uma análise da configuração interna atualizada do pavimento residencial, é importante recordar que o edifício oferece quatro diferentes tipologias de apartamentos. No contexto dessa análise, os apartamentos variam em tamanho de 36 m² a 64 m². A tipologia de 64 m² é composta por uma suíte, um dormitório adicional, uma sala, uma cozinha e uma área de terraço coberto.
Figura 101: : Imagem área de academia. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 102:Demarcação do setor residencial no corte. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
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LEGENDA 01- Suíte 02- Dormitório 03- Sala 04- Cozinha 05- Terraço Coberto Uso Residencial
Figura 103: Esquema área residencial. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 104: Setorização da planta do pavimento tipo.Fonte: LOURENÇO, FGMF. Alterado pela autora. 2023
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2.2.6 Lógica Estrutural No que tange à lógica estrutural, o edifício foi construído integralmente com concreto armado, e sua estrutura se encontra visível em grande parte do projeto. Essa exposição da estrutura foi utilizada como elemento central na decoração e materialidade do edifício, transformando-a em um ícone da edificação. Os pilares circulares e os passadiços e corredores internos, todos construídos com concreto armado, são destacados como elementos marcantes e distintivos da arquitetura do edifício. Essa abordagem confere uma identidade singular ao centro do edifício e o torna um ícone arquitetônico.
LEGENDA Estrutura Predial Figura 105: Planta do térreo com análise estrutural. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 106: Vistas de estruturas. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 107: Vista das estruturas aparente. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 108: Vista das estruturas. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 109: Vista das estruturas aparente. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Estrutura em concreto armado
2.2.7 Materiais Quanto à materialidade, o projeto se destaca pela presença marcante das estruturas de concreto armado, que imitam o concreto aparente. A pintura, por sua vez, compõe-se principalmente de três cores: vermelho, branco e preto. Além disso, na ampla fachada do edifício, há um domínio notável de aberturas envidraçadas, e a vegetação desempenha um papel significativo na materialidade, estendendo-se por toda a fachada e servindo como elementos de áreas verdes nas varandas, preenchendo os espaços vazios e criando uma conexão com a natureza no projeto. Figura 110: Materialidade concreto. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 111: Materialidade pintura. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 112: Materialidade pintura. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 113: Materialidade sacadas. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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Pintura vermelha característica do setor de comércio
Pintura preta demarcando o setor residencial
Presença de muito vidro e vegetação na fachada
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2.2.8 Geometria e Volumetria O que se refere à volumetria do projeto, desde o seu início, ele se destaca por sua abordagem ousada. Os primeiros pavimentos foram concebidos em torno de um amplo vazio interno, que funciona como elemento central, enquanto a torre se estende verticalmente com varandas projetadas em uma variedade de desenhos, que incluem linhas e caixas. Essas varandas apresentam uma volumetria dinâmica, ora avançando, ora recuando, criando uma interação visual fascinante de linhas e formas que culminam em um elemento contributivo para o paisagismo urbano. Nesta fachada, a volumetria se assemelha a peças de Lego dispostas de forma não contígua, conferindo à edificação uma aparência distinta em comparação com as construções circundantes. Isso resulta em uma edificação que, apesar de compartilhar semelhanças com outras na vizinhança em termos de uso, se destaca significativamente devido ao seu jogo de fachadas não linear e descontínuas. Figura 114: Imagem demonstrando o volume da edificação com relação ao entorno.
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Figura 115: Esquema demonstrativo do volume da edificação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 116: Esquema demonstrativo do volume da edificação. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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2.2.9 Análise de Iluminação No que diz respeito à iluminação do projeto, a partir das imagens fornecidas, torna-se evidente que a maior parte da incidência solar ocorre nas fachadas traseiras do edifício, que fazem limite com os muros ao redor. Como resultado, a fachada principal do projeto permanece, em sua maior parte, à sombra durante a maior parte do dia. É importante ressaltar que, apesar do considerável volume da edificação, a sombra projetada pelo projeto de forma geral não impactará negativamente as áreas vizinhas, uma vez que a maior parte da sombra será direcionada para a Avenida Rebouças. Isso significa que as áreas circundantes não serão afetadas adversamente pela sombra gerada pelo edifício. Figura 117: Esquema demonstrativo da edificação com relação à trajetória solar. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023 Figura 118: Vista de satélite da edificação com relação a carta solar. Fonte: SunEarth. Acesso 2023
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2.3.1 Ficha Técnica The Coven - Escritório: Studio BV - Localização: Sant paul. Estados Unidos. - Tipo de Construção: Edifício de escritórios - Área:1.486 m² - Data do Restauro: 2020 Figura 119: Interior The Coven. Fonte: Archdaily. Acesso 2023
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2.3.2 Localização
Figura 120: Demarcação Estados Unidos. Figura 121: Demarcação do Estado de Minnessota e localização da cidade de Saint Paul. Figura 122: Demarcação da cidade de Saint Paul LEGENDA
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Lozalização do Projeto
Saint Paul é a capital do estado de Minnesota, situada nos Estados Unidos, e é uma cidade que se destaca por sua rica história, beleza cênica e ambiente acolhedor. Fundada em 1849 e batizada em homenagem a São Paulo, esta cidade desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do estado de Minnesota e na história dos Estados Unidos. A cidade está situada às margens do rio Mississippi, proporcionando oportunidades para atividades ao ar livre, como caminhadas, ciclismo e passeios de barco. O Great River Park é um local popular para apreciar a beleza natural do rio e da região circundante. Figura 123: Demarcação da cidade de Saint Paul e localização do Edifício em relação a cidade.
Rio Mississipi
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2.3.3 Análise do Entorno O edifício fica localizado na zona central da cidade de Saint Paul, no bairro de Cathedral Hill, onde há um grande fluxo de circulação de trabalhadores, além de ser uma área com grande importância cultural e histórica. Um dos pontos mais emblemáticos de Cathedral Hill é sua arquitetura impressionante, que mistura o antigo e o novo. Suas ruas estão alinhadas com charmosas casas vitorianas e edifícios históricos, que proporcionam um cenário encantador para os moradores e visitantes, como a Catedral de São Paulo (figura 115). Se trata de uma área mista, composta por comércios, serviços e residências (em edifícios horizontais e verticais). Suas ruas são compostas por vastas áreas verdes, que compõem a identidade local (figura 113) trazendo diversos equipamentos para a população, como escolas (figura 116) e áreas de lazer (figura 117)
Figura 124: Bairro Cathedral Hill.Fonte: Google Maps, alterado pela autora. Figura 125: Bairro Cathedral Hill Fonte: Google Maps, alterado pela autora. Figura 126: Cathedral of Saint Paul Fonte: Minneapolis Northwest. Acesso 2023. Figura 127: Central High School Fonte: Google Maps. Acesso 2023. Figura 128: Saint Clair Playground. Fonte: Google Maps. Acesso 2023.
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Central High School
Cathedral Of Saint Paul
The Coven (Edificação Estudada)
ST Clair Playground LEGENDA Avenidas Principais da Região Uso Residencial Institucional Área Verde Residencial Comércio Figura 129: Saint Clair Playground Fonte: Google Maps. Acesso 2023
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2.3.4 Circulação e Acessos O acesso principal ao edifício é exclusivamente feito pela rua, uma vez que não há estacionamento por se tratar de uma região antiga de cidade e com espaço de construção reduzido. O recorte da implantação (figura 119) demonstra seus dois principais acessos que se localizam na fachada Norte e Oeste do prédio. Em relação ao acesso principal do The Coven (térreo) fica localizado ao lado da entrada principal da fachada Oeste, dessa forma o fácil acesso auxilia na alta circulação do dia a dia, um ponto muito importante para o coworking que está diretamente ligado a um fluxo alto de visitantes, funcionários e usuários de sua estrutura. Figura 130: Circulação e acessos Implantação. Fonte: ArchDaily, alterado pela autora.
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The Coven
No pavimento térreo, se destacam algumas estruturas fundamentais para o funcionamento eficiente do edifício como um todo, interferindo diretamente no funcionamento do estabelecimento. 1. Entrada Principal: O pavimento térreo é onde se encontra a entrada principal do edifício, por meio de portas de acesso, uma recepção. É o ponto de boas-vindas aos visitantes e trabalhadores. 2. Áreas Comuns: O térreo contém áreas comuns, como uma lounge estar, cozinha, e área de lazer, onde os usuários podem se reunir e socializar. A circulação vertical representada na figura 120 se localiza em regiões de acesso fácil aos trabalhadores, próximo a recepção. A circulação horizontal, no entanto, dá acesso também para as áreas de convívio e a cafeteria/ bar do coworking onde é possível socializar com visitantes e outros funcionários. Figura 131: Circulação e acessos Pavimento Térreo The Coven. Fonte: ArchDaily. Acesso 2023.
LEGENDA Circulação Vertical Circulação Horizontal Acesso Pedestres AMBIENTES 1. Recepção 2. Lounge de Trabalho 3. Cafeteria/Bar 4. Lounge 5. Cozinha 6. Depósito
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No primeiro pavimento, existem três acessos que se comunicam com a estrutura do prédio. Conforme a figura 121, o primeiro se trata de uma entrada para recepção, onde sua circulação vertical tem acesso a toda a estrutura de trabalho e serviços internos. O segundo acesso está ligado a sala de reuniões, que ajuda na entrada e saída de diversas pessoas sem a necessidade de cruzar com os demais serviços desse pavimento, restringindo assim uma circulação desnecessária para aqueles que utilizarão apenas asala de reuniões. Enquanto isso, o terceiro acesso é destinado as pessoas que utilizarão dos equipamentos de trabalho. Sua circulação vertical cruza todos os ambientes de trabalho, além do fácil acesso a circulação vertical (elevador e escada).
LEGENDA Circulação Vertical Circulação Horizontal Acesso Pedestres AMBIENTES 1. Recepção 2. Sala de Conferência 3. Sala de Plotagem 4. Servidor 5. Escritório 6. Closet 7. Depósito 8. Lounge 9. Telefone 10. Área de Banho 11. Fraldário 12. Camarim 13. Sanitário 14. Área de Convívio 15. Biblioteca Figura 132:Circulação e acessos Primeiro Pavimento The Coven. Fonte: ArchDaily, alterado pela autora.
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2.3.5 Setorização O pavimento térreo se concentra na ampla quantidade de espaços de convívio, desde as voltadas a recepção de visitantes e trabalhadores, até o bar e cafeteria onde os usuários podem ter experiencias desde a manha, como um café, até o happy hour, no final do expediente. A área molhada se refere a cozinha, onde há todo o apoio e equipamentos para preparo das refeições. Essa setorização não interfere com os ambientes de trabalho e escritório (que são localizados no primeiro pavimento) evitando conflito de fluxos e desconcentração.
LEGENDA Espaço de Convívio Área Molhada Área Técnica AMBIENTES 1. Recepção 2. Lounge de Trabalho 3. Cafeteria/Bar 4. Lounge 5. Cozinha 6. Depósito
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No primeiro pavimento, se localizam as principais áreas de escritório e trabalho, concentrando diversas salas de apoio e dedicadas ao cotidiano de quem trabalha no espaço. As salas de conferencia se encontram localizadas próximas a recepção e a um dos acessos justamente para direcionar o fluxo de visitantes sem interferir diretamente no serviço dos demais setores. As áreas molhadas se concentram na região onde há mais escritórios por ser onde existe o maior fluxo de usuários do mesmo. Enquanto isso, as áreas de convívio se distribuem por todo o pavimento, servindo de apoio e descanso para todos e desempenham um papel essencial para um ambiente de trabalho agradável, produtivo e saudável. Essas áreas são projetadas para oferecer um espaço onde os funcionários possam relaxar, interagir, colaborar e recarregar suas energias.
LEGENDA Escritórios Espaço de Convívio Área Molhada Área de Conferências Área Técnica AMBIENTES 1. Recepção 2. Sala de Conferência 3. Sala de Plotagem 4. Servidor 5. Escritório 6. Closet 7. Depósito 8. Lounge 9. Telefone 10. Área de Banho 11. Fraldário 12. Camarim 13. Sanitário 14. Área de Convívio 15. Biblioteca Figura 132:Circulação e acessos Primeiro Pavimento The Coven. Fonte: ArchDaily, alterado pela autora.
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2.3.6 Lógica Estrutural O edifício do The Coven é composto por uma estrutura antiga, baseada em princípios de alvenaria tradicional e paredes estruturais. Internamente, em cada unidade, as divisões são compostas por paredes de dry-wall, permitindo uma alta flexibilidade de acordo com a necessidade de cada unidade.
Efici ência Espacial
Uma das principais vantagens das paredes estruturais é a eficiência espacial. Ao eliminar a necessidade de colunas internas, os espaços interiores são mais flexíveis e podem ser utilizados de forma mais eficiente.
A lógica estrutural de edifícios com paredes estruturais é um princípio fundamental na engenharia civil que influencia o projeto, a construção e o desempenho de edifícios. As paredes estruturais desempenham um papel crucial na sustentação da carga vertical e na resistência a forças horizontais, como vento e terremotos. Esta abordagem estrutural é frequentemente usada em edifícios de média e alta altura, proporcionando uma série de vantagens em termos de eficiência, resistência e segurança. Por se tratar de um edifício coorporativo, sua estrutura resistente visa isolar ruídos externos, além de pouca permeabilidade de vista por meio de amplas janelas, priorizando a privacidade dos trabalhadores. Distribuição de Cargas
O projeto de paredes estruturais envolve a disposição estratégica dessas paredes ao longo do edifício, de modo a distribuir uniformemente as cargas verticais e horizontais.
LEGENDA Paredes estruturais (do primeiro ao ultimo pavimento) Alvenaria comum (tijolo + cimento) Dry-Wall (modifica em cada pavimento) Figura135:Setorização Primeiro Pavimento The Coven.Fonte: ArchDaily, alterado pela autora. Figura136:Setorização Pavimento Térreo The Coven. Fonte: ArchDaily, alterado pela autora
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Alvenaria Comum
Figura 137:Setorização Pavimento Térreo The Coven. Fonte: ArchDaily, alterado pela autora.
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Dray-Wall
Escada
Laje
Paredes Estruturais
Alvenaria Comum (Revestida)
Dry-Wall
Escada (Madeira Maciça)
Paredes Estruturais
Figura 138 a 141: The Coven| Fonte: ArchDaily. Acesso 2023
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2.3.7 Materiais
Forro ULTIMA® | Armstrong Ceilings and Walls
Revestimentos Silestone® - série Mythology | Cosentino
Revestimentos Silestone® - série Eternal | Cosentino
Vantagens e características
“Silestone® da Cosentino é um material de pedra composto por 93% de quartzo natural, combinado com outras matérias-primas que melhoram sua resistência. As superfícies Silestone® possuem proteção antibacteriana, o que os torna ideais para bancadas, banheiros, pisos e revestimentos de cozinha. O material permite atingir grandes superfícies sem poros ou juntas, o que significa uma vantagem estética e sanitária.
Silestone® da Cosentino é um material de pedra composto por 93% de quartzo natural, combinado com outras matérias-primas que melhoram sua resistência. As superfícies Silestone® possuem proteção antibacteriana, o que as tornam ideais para bancadas, banheiros, pisos e revestimentos de cozinha. O material permite atingir grandes superfícies sem poros ou juntas, o que significa uma grande vantagem estética e sanitária: a assepsia.
A série Mythology de Silestone® está disponível em sete cores, cinco em escala de cinza e duas tons bege com o padrão característico da pedra de quartzo. Independentemente da tonalidade, todos os modelos são igualmente resistentes às manchas causadas pelo café, vinho, suco de limão, azeite, vinagre, maquiagem, entre outros produtos diários.”
As cores da Série Eternal de Silestone® são inspiradas no mundo da pedra natural, portanto, cada padrão inclui variações pessoais nas veias e cores para que cada uma delas se torne em uma peça única.”
- Acabamento liso e não direcional com superfície resistente à arranhões; - Superficie DuraBrite® para ótima durabilidade e refletância superior de luz reduz os custos de iluminação e energia em até 18%; - Ótima absorção de ruído: NRC 0.75 e CAC 35; - Alta Durabilidade: resistente à impactos, poeira e riscos; - Desempenho de resistência à umidade; Dimensões ULTIMA® 3450 625 x 625 x 19mm ULTIMA® 7681 D4 625 x 625 x 19mm Tipo de Material Material Reciclado Propriedade Isolamento Acústico, Material Reciclado
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Uso: Interno Aplicações : Paredes, pisos, móveis, bancadas, lavatórios, banheiras Características: Superfície de quartzo natural, não porosa, proteção antibacteriana, resistente a ácidos, manchas e arranhões
Uso: Interno Aplicações: Paredes, pisos, móveis, bancadas, lavatórios, banheiras Características: Superfície de quartzo natural, não porosa, proteção antibacteriana, resistente a ácidos, manchas e arranhões
2.3.8 Lógica Estrutural A geometria de um edifício comercial ortogonal é frequentemente caracterizada por uma estrutura retangular ou quadrada, com ângulos de 90 graus e linhas retas. Esse tipo de projeto é eficiente em termos de utilização doespaço e é comumente usado em edifícios comerciais que abrigam diversas salas ou unidades comerciais.
Esquina Arredondada
Apesar de ser um edifício ortogonal, possui diversos elementos em sua fachada que quebram esse padrão: esquinas arredondadas, janelas que avançam seu perímetro térreo e colunas redondas. Colunas Redondas
A disposição das salas comerciais dentro do edifício é planejada de forma a maximizar a eficiência do espaço e a acessibilidade. O layout é geralmente organizado de maneira que todas as salas tenham fácil acesso a áreas comuns, corredores e entradas.
Janelas que Avançam o Perímetro
Figura145:Edifício Blair House Condominiums Fonte: Google Maps, alterado pela autora.
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O edifício não possui recuos em duas fachadas (figura 135), principalmente por se localizar na esquina do quarteirão. Dessa forma, garante iluminação e ventilação natural em duas fachadas. Além disso, visando melhorar o conforto térmico interno, foram criados recortes estruturais que diferenciam sua volumetria e potencializam a iluminação e ventilação natural das unidades ao centro do edifício, reduzindo a necessidade das luzes e equipamentos artificiais de troca de ar. 1. Simetria e Ordem: A geometria ortogonal implica em simetria e ordem. As paredes, janelas e portas são alinhadas, criando uma sensação de uniformidade e facilidade de navegação. 2. Aproveitamento de Espaço: O design ortogonal é conhecido por aproveitar ao máximo o espaço disponível. As salas comerciais são retangulares ou quadradas, o que facilita a organização eficiente do mobiliário e das instalações. 3. Flexibilidade: A geometria ortogonal oferece flexibilidade na organização das salas. Os layouts podem ser facilmente adaptados para atender às necessidades
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dos locatários ou mudanças futuras no uso do espaço. 4. Acesso e Circulação: Os corredores, escadas e elevadores são posicionados de maneira lógica para garantir uma circulação eficiente e acessibilidade a todas as salas comerciais. 5. Iluminação Natural: A geometria ortogonal permite uma distribuição uniforme de janelas ao longo das fachadas, maximizando a entrada de luz natural em todas as salas, o que é importante para criar um ambiente agradável e econômico. 6. Eficiência Construtiva: O design ortogonal simplifica o processo de construção, sendo mais eficiente em termos de custos e prazos. 7. Segurança Contra Incêndio: O layout ortogonal pode facilita o cumprimento dos regulamentos de segurança contra incêndio, com rotas de fuga claramente definidas. Figura146:Edifício Blair House Condominiums.Fonte:Google Maps, alterado pela autora.
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2.3.9 Análise de Iluminação Em Minneapolis, Minnesota, nos Estados Unidos, a posição do sol varia significativamente entre o inverno e o verão devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao sol. De acordo com a carta solar (figura é possível analisar: Inverno (solstício de inverno, em dezembro): 1. Trajetória Solar Baixa: Durante o inverno, a trajetória do sol é mais baixa no céu, resultando em ângulos de elevação mais rasos ao longo do dia. Isso significa que o sol fica mais próximo do horizonte. 2. Duração do Dia Curta: Os dias de inverno em Minneapolis são mais curtos, com menos horas de luz solar disponíveis, o que afeta a iluminação natural no edifício e a exposição ao sol. 3. Sudeste e Sudoeste: O sol nasce no sudeste e se põe no sudoeste durante os dias de inverno em Minneapolis.
110 | Capítulo 02
Verão (solstício de verão, em junho): 1. Trajetória Solar Alta: Durante o verão, o sol atinge sua trajetória mais alta no céu, resultando em ângulos de elevação mais altos ao longo do dia. 2. Duração do Dia Longa: Os dias de verão em Minneapolis são mais longos, com mais horas de luz solar disponíveis, proporcionando uma abundância de luz natural. 3. Nordeste e Noroeste: O sol nasce no nordeste e se põe no noroeste durante os dias de verão em Minneapolis.
Figura146:Análise de iluminação em Minneapolis Fonte: CARTA SOLAR: Fonte: Sun Earth Tools, disponível em:https://www.sunearthtools.com/dp/tools/ pos_sun.php?lang=pt Acesso em 20/10/2022, Adaptado pela Autora, 2022
Capítulo 02 | 111
2.3.10 Imagens Internas
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Figura 148 a 150: The Coven | Fonte: ArchDaily. Acesso 2023
Capítulo 02 | 113
Caracterização da Área
03 114 | Capítulo 03
Caracterização da Área
Neste capítulo serão apresentadas as análises do entorno ao lote escolhido para a implantação do projeto. Tais análises têm como objetivo nortear as escolhas projetuais, tanto quanto aos efeitos climáticos específicos ao lote, quanto aos impactos culminados a partir da vivência da população. Tais estudos proporcionaram informações as quais serão base para as escolhas projetuais, tanto com relação a estruturação, materialidade e layout do projeto da edificação; quanto com relação às escolhas de acessos, vistas e caminhos. Dessa forma, será a partir dessas que será realizado um projeto o qual atenda, de maneira idônea, tanto os requisitos de conforto ambiental, quanto o conforto humano.
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2.2.2 Localização
Figura 151: Demarcação do Estado de São Paulo, com relação ao País. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora. Figura 152: Demarcação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, com relação ao Estado. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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Figura 153: :Demarcação da cidade de Ribeirão Preto, com relação a Região Metropolitana. Fonte dos Mapas: Bases de MapBox e DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
LEGENDA Área de Intervenção Figura 154: Cidade de Ribeirão Preto, com destaque para a área analisada.. Fonte: LOURENÇO, FGMF. Acesso 2023
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3.2 Edificações Similares O presente mapa objetiva realizar uma análise dos espaços de coworking presentes na cidade de Ribeirão Preto. A elaboração desta análise se mostrou necessária devido à existência de espaços semelhantes ao mesmo no projeto a ser desenvolvido como trabalho de conclusão. A partir da análise apresentada, é possível inferir que, em geral, as edificações estão concentradas nas áreas próximas ao centro da cidade e na triangulação de vias arteriais da cidade de Ribeirão Preto. Ademais, é possível constatar que não há edificações de coworking próximas à área selecionada para análise, tanto em suas proximidades quanto em seu interior. Tal informação pode ser benéfica para evidenciar a carência de um serviços deste no interior do espaço de análise, bem como chamar a atenção a um aspecto importante, o qual pode estar correlacionado com a inviabilidade de implementação dessa atividade de serviço na região, devido ao não comporte da mesma.
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LEGENDA Área de Intervenção Edifícios de Coworking Figura 155: Cidade de Ribeirão Preto, com análise dos edifícios de coworking e destaque para a área analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, localizações via Google Maps, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.2 Edificações Similares O propósito deste mapa é realizar um levantamento das edificações corporativas existentes em Ribeirão Preto. A elaboração deste estudo se mostrou necessária em razão de o projeto de conclusão estar voltado, justamente, para as edificações corporativas. A partir da análise da implantação dessas edificações em relação ao mapa viário da cidade, é possível inferir que a maioria destas está localizada em áreas limítrofes às vias arteriais da cidade e que, aquelas que não estão nesses locais, encontram-se em áreas de shoppings. Ademais, pode-se constatar que há uma concentração significativa dessas edificações nas proximidades da área de análise, assim, pode-se sugerir que esta região é propícia para comportar tais atividades de serviços.
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LEGENDA Área de Intervenção Edifícios Corporativos Figura 156: Cidade de Ribeirão Preto, com análise dos edifícios de corporativos e destaque para a área analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, localizações via Google Maps, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.2 Edificações Similares Por fim, ao sobrepor as análises, foi possível constatar que, em três momentos distintos, houve uma correlação de proximidade entre edifícios corporativos e espaços de coworking; tal dado pode sugerir uma possível relação entre ambos. Ao pontuar que o objetivo do projeto consiste na correlação entre tais serviços, esse demonstrativo mostra-se positivo; pois, sugere a eficácia, e por vezes, a eficiência da junção desses elementos
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LEGENDA Área de Intervenção Edifícios Corporativos Edifícios Coworking Figura 157: Cidade de Ribeirão Preto, com análise dos edifícios de coworking e corporativos e destaque para a área analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, localizações via Google Maps, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.3 Cheios e Vazios A análise de cheios e vazios no interior da área de estudo é demonstrada no mapa adjacente, que indica a implantação das edificações na região. A partir desse mapa, é possível observar a forma como as edificações ocupam os lotes, se totalmente ou parcialmente, permitindo identificar áreas de respiro e escoamento no interior desses lotes. De maneira geral, pode-se observar duas situações distintas no mapa. Na parte superior, há um preenchimento quase completo, indicando poucos espaços livres entre as edificações naquela região. Essa situação contrasta com a área inferior e lateral direita do mapa, onde as edificações ocupam pequenas porções dos lotes, algumas vezes chegando a ocupar quase metade destes. Cabe ressaltar que, apesar da existência de parques e canteiros nesse recorte, a grande maioria desses terrenos é ocupada quase que completamente pelas edificações.
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LEGENDA Área de Intervenção Figura 158: Análise de Cheios e Vazios, referente a área de recorte analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.4 Uso do Solo O mapa apresentado ao lado corresponde ao mapa de uso do solo, em que os lotes são diferenciados por cores de acordo com suas finalidades. A partir da análise dos dados fornecidos por esse mapa, pode-se inferir que a área de estudo é majoritariamente composta por lotes residenciais, enquanto que os lotes que fazem divisa com vias coletoras, como a Avenida Wladimir Meirelles Ferreira e Avenida Carlos Eduardo de Gasperi Consoni, são compostos majoritariamente por edificações comerciais. Essa análise permite uma avaliação positiva relacionada ao comportamento de uma edificação corporativa no lote escolhido para implantação do projeto. Contudo, é imprescindível que haja uma consideração cuidadosa acerca da interferência que esse projeto poderá causar na qualidade de vida dos moradores que já residem na região, tendo em vista que os lotes limítrofes à área de implantação estão predominantemente correlacionados ao uso residencial.
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LEGENDA Área de Intervenção Residencial Comercial Industrial Serviço Canteiros e Parques Desocupados Figura 159: Análise de Uso, referente a área de recorte analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.5 Gabarito O mapa ao lado refere-se aos gabaritos das edificações na região em análise. O mapa apresentado tem como objetivo mostrar, de forma visual, as diferenças entre as alturas das edificações na região, sendo que as cores mais claras indicam alturas mais baixas e, conforme as cores vão se tornando mais escuras, as alturas vão aumentando. A partir da leitura desse mapa, é possível compreender que nas proximidades do lote escolhido para implantação do projeto há um maior adensamento de edificações com mais de três pavimentos, enquanto que a quadra logo acima do mesmo é completamente térrea. Essa análise demonstra que a verticalização do projeto não irá desconfigurar o gabarito já presente na região, uma vez que a proposição dos primeiros andares será horizontal e baixa, o que se correlaciona com a visualização já existente.
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LEGENDA Área de Intervenção 1-2 Pavimentos 3-6 Pavimentos 7-15 Pavimentos 15-22 Pavimentos Figura 160: Análise de Gabarito, referente a área de recorte analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.7 Topografia O mapa ao lado refere-se a topografia na região em análise. é possível depreender que no interior do lote escolhido para a implantação projetual, há uma declividade de quatro metros de altura, possuindo seu ponto mais alto voltado para o sudoeste e seu ponto mais baixo voltado para o nordeste. Figura 162:Cidade de Ribeirão Preto, com destaque para a área analisada.
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LEGENDA Área de Intervenção Figura 163:Análise de Topografia, referente a área de recorte analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.8 Legislação
Tabela 01: Parâmetros de Ocupação do Solo. Fonte disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/splan/planod/lpuos-quadro4.pdf, alterado a partir do PhotoShop 2021, modificado pela autora.
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LEGENDA Área de Intervenção ZM-2A Zona Mista 2A ZM-1A Zona Mista 1A Figura 164:Análise de Topografia, referente a área de recorte analisada. Fonte dos Mapas: DWG municipal, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.9 Análise Climática A cidade de Ribeirão Preto é caracterizada por um clima tropical, com verões chuvosos e invernos secos. As temperaturas médias na cidade variam de 19°C no inverno a 25°C no verão, com precipitação média anual de chuvas de 1426,80 mm e umidade relativa de 71%, e vento predominante do Noroeste. Os gráficos e tabela apresentados estão relacionados à incidência solar no terreno onde o projeto será implantado. Ao analisar os dados, é possível observar que a fachada A recebe insolação constante ao longo do ano, desde o nascer do sol até o pôr do sol, enquanto a fachada B recebe incidência solar constante desde o nascer do sol até o meio-dia, e a fachada C recebe incidência solar do meio-dia até o entardecer. Assim, os melhores locais para a instalação de mirantes seriam aqueles entre as fachadas B e C, que recebem pouca ou nenhuma incidência solar.
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Tabela 02: Análise dos horários de insolação por fachadas. Fonte: Análises realizadas pela autora a partir de cartas solares obtidas pelo SolAr.
Figura 165:Localização e nomenclatura de fachadas. Google Maps, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora Figura 166:Carta Solar Fachada A. Fonte: SolAr, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora. Figura 167:Carta Solar Fachada B. Fonte: SolAr, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora. Figura 168:Carta Solar Fachada C. Fonte: SolAr, alterações realizadas a partir do PhotoShop 2021, pela autora.
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3.10 Levantamento Fotográfico LEGENDA Área de Intervenção Figura 170:Vista superior do terreno . Fonte: Google Earth. identificação do entorno. 2023. disponível em:http://earth.google.com/ web/serch/ribeiraopreto/ Acesso em:23 mai. 2023. Modificado pela Autora, 2023 Figura 171:Vista 01. Fonte: Google Earth. identificação do entorno. 2023. disponível em:http://earth. google.com/web/serch/ribeiraopreto/ Acesso em:23 mai. 2023. Modificado pela Autora, 2023 Figura 172:Vista 02. Fonte: Google Earth. identificação do entorno. 2023. disponível em:http://earth. google.com/web/serch/ribeiraopreto/ Acesso em:23 mai. 2023. Modificado pela Autora, 2023 Figura 173:Vista 03. Fonte: Google Earth. identificação do entorno. 2023. disponível em:http://earth. google.com/web/serch/ribeiraopreto/ Acesso em:23 mai. 2023. Modificado pela Autora, 2023 Figura 174:Vista 04. Fonte: Google Earth. identificação do entorno. 2023. disponível em:http://earth. google.com/web/serch/ribeiraopreto/ Acesso em:23 mai. 2023. Modificado pela Autora, 2023
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As imagens ao lado correspondem ao levantamento fotográfico das fachadas do lote escolhido para a realização deste projeto. A escolha deste lote se justifica pela notável vantagem de suas fachadas, que podem ser facilmente avistadas tanto por aqueles que transitam pela Avenida Wladimir Meirelles como por aqueles que percorrem a Rua Paschoal Bardaro. O lote foi escolhido devido à sua excepcional visibilidade, o que permitirá aos observadores apreciar a plasticidade da geometria que será integrada ao projeto. Isso faz com que as fachadas se destacam como elementos centrais para a compreensão e apreciação da proposta arquitetônica em desenvolvimento.
Capítulo Capítulo 03 03 ||137
Estudo Preliminar
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Estudo Preliminar
Nessa fase, diversas opções e conceitos são explorados para o desenvolvimento de uma construção. A partir da coleta de informações sobre o terreno, as necessidades do cliente e as restrições legais e técnicas, com o objetivo de criar propostas e soluções conceituais. A viabilidade das alternativas é avaliada e as diretrizes gerais do projeto são estabelecidas, servindo como base para a próxima fase do desenvolvimento arquitetônico.
4.1 Conceito O edifício multifuncional focado em ambientes corporativos, tem como objetivo criar um espaço de trabalho que inspire tranquilidade, um local onde os usuários possam desempenhar suas atividades profissionais com serenidade, propiciando um local propício para a concentração e o bem-estar mental. Ao mesmo tempo, o edifício funcionará como um refúgio para a mente cansada, incentivando a criatividade e oferecendo uma pausa durante a jornada de trabalho. Essa dualidade de funcionalidade visa estabelecer um equilíbrio entre a produtividade e a descompressão, tornando-se um espaço que atende às necessidades práticas dos negócios e ao bem-estar emocional dos ocupantes.
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Figura 175 e 176: Imagens de projetos que trazem as sensações as quais gostaria de proporcionar. Fonte: PELED, Office Snapshots. Acesso em 2023.
4.2 Partido O partido projetual de tal edificação tem como objetivo elencar as ações a serem realizadas a fim de criar um espaço de trabalho que promove a tranquilidade e o bem-estar dos usuários. Em primeiro lugar, a paleta de cores será composta por tons mais claros, criando um ambiente que remete à serenidade e à paz. A escolha de materiais que evocam elementos da natureza, como madeira, pedra e plantas, contribuirá para tornar o espaço mais acolhedor e aconchegante. Esses elementos naturais têm o poder de reduzir o estresse e criar um ambiente mais relaxante. Além disso, o edifício contará com áreas de descompressão estrategicamente distribuídas em todo o espaço. Essas áreas serão projetadas com paisagismo integrado, trazendo a natureza para o interior do edifício. A presença de elementos naturais, como plantas, árvores e fontes, contribuirá para a promoção dos benefícios da biofilia, como a redução do estresse, o aumento da criatividade e a melhoria da qualidade do ar. Figura 177: Imagens de projetos que trazem soluções de partido semelhantes às descritas ao lado. Fonte: HOA Arquitetura, Fratelli. Acesso em 2023
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Outro elemento de design que será incorporado são os espaços com pé-direito duplo. Esses espaços foram projetados com o objetivo de alongar a percepção espacial dos usuários. Isso ajuda a combater a sensação claustrofóbica que muitas vezes ocorre em escritórios convencionais. Os pé-direito duplos proporcionarão uma sensação de amplitude e liberdade, criando um ambiente mais arejado e convidativo. Além dessas estratégias, serão adotadas grandes aberturas no edifício, como janelas amplas e painéis de vidro, a fim de proporcionar ambientes bem iluminados. A abundância de luz natural não apenas tornará o espaço mais agradável, mas também contribuirá para minimizar a sensação de enclausuramento. A conexão com o mundo exterior através dessas aberturas permitirá que os usuários estejam mais em contato com o ambiente circundante, criando uma atmosfera de trabalho mais inspiradora e conectada com o mundo exterior.
4.3 Programa de Necessidades O propósito do programa de necessidades é identificar os principais setores de uma construção. Esses setores servem como base para subdividir os espaços, determinando suas áreas aproximadas e especificando os equipamentos requeridos. Esta edificação possui um programa de necessidades é extenso, uma vez que se trata de um edifício mul-
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tifuncional complexo, além de ter de funcionar de forma praticamente autônoma. A edificação em questão possui vários setores distintos, cada um desempenhando um papel fundamental em seu funcionamento. Vamos explorar esses setores de acordo com as categorias que você forneceu: - Setor de Uso Geral: Este é o coração da edificação, compreendendo áreas destinadas a atender às necessidades de todos os ocupantes, sejam eles passageiros, funcionários ou visitantes. Aqui, podemos encontrar instalações higiênicas, áreas de descanso e equipamentos básicos para garantir o conforto de todos. - Setor de Comércio: Este setor é projetado com o público em mente, proporcionando uma experiência agradável aos visitantes. Aqui, você encontrará uma variedade de estabelecimentos, como lojas, restaurantes e até mesmo uma academia, para atender às necessidades e desejos dos passageiros. Além disso, áreas de descompressão estão disponíveis para que todos possam relaxar antes ou depois de suas jornadas. - Setor de Coworking: O espaço de coworking é uma adição moderna e inovadora a esta edificação. Aqui, os viajantes de negócios e profissionais podem trabalhar eficientemente enquanto esperam por seus voos. O coworking oferece uma área colaborativa com instalações adequadas, promovendo a produtividade e a
produtividade e a conectividade em um ambiente aeroportuário. - Setor Corporativo: Este setor é destinado a empresas de médio e grande porte que desejam estabelecer escritórios no aeroporto. As instalações comerciais oferecem espaços amplos e funcionais para acomodar as necessidades das empresas, com áreas internas e externas de descompressão. Isso proporciona um ambiente de trabalho confortável e atraente, permitindo que as empresas funcionem eficazmente enquanto mantêm um ambiente de trabalho agradável. Cada um desses setores contribui para a operação eficiente e a experiência agradável dos passageiros e visitantes, garantindo que a edificação atenda a uma variedade de necessidades e expectativas. Tabela 03:Tabela programa de necessidades .Fonte: Autora, 2023
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4.4 Organograma e Fluxograma
Organograma LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Figura 178:Organograma. Fonte: Autora, 2023
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Fluxograma LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Acesso Fluxo Geral Fluxo de Serviços Figura179:Fluxograma. Fonte: Autora, 2023
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4.4 Plano de Massas e Setorização Desde o início do projeto, houve uma consideração cuidadosa para criar um plano de massas e volumetria coesos. O foco principal do projeto era a implementação de um espaço de Coworking com escritórios corporativos disponíveis para locação, destacando uma praça central no térreo e um átrio que se abria para esse espaço.
toda a estrutura, criando um átrio com efeito chaminé que proporciona iluminação natural aos pavimentos internos do edifício. Além disso, seguindo as diretrizes do projeto, foram incorporados grandes rasgos na fachada dos escritórios corporativos, que funcionam como áreas de descompressão.
Tanto a volumetria quanto os usos propostos se revelaram discrepantes em relação ao entorno, divergindo substancialmente do contexto existente. Além disso, não foram devidamente consideradas as necessidades de entrada dos usuários e a potencial luminosidade interna do edifício. Como resultado dessas observações, houve uma revisão do projeto, com um foco na criação de uma experiência de usuário mais fluida, permitindo o acesso livre dos usuários a todas as fachadas do edifício. Isso resultou em uma transformação do térreo, tornando-o mais ativo e uma adaptação da volumetria para alinhar-se com as testadas posterior e laterais, resultando em uma fachada com um chanfro distinto. No entanto, a questão da iluminação interna ainda persistia, exigindo uma dependência significativa de iluminação artificial. Para solucionar esse problema, foi estendido o conceito presente no pavimento térreo por
Figura 178 a 180:Diagrama evolução projetual. Fonte: Autora, 2023.
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Figura181 e 182:Diagrama evolução projetual. Fonte: Autora, 2023.
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Finalmente, a necessidade de otimizar a eficiência energética do edifício levou a uma interrupção do pé-direito duplo no pavimento térreo e à inclusão de um pavimento comercial adicional. Também foram acrescentadas aberturas na fachada leste, com o propósito de recuar os escritórios, evitando a exposição direta à luz solar e proporcionando um ambiente mais confortável para os ocupantes. LEGENDA Estacionamento
Setor Comércio
Setor Serviço Comum
Setor Coworking
Setor Corporativo Figura 183: Diagrama perspectiva explodida setorizada. Fonte: Autora, 2023.
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4.5 Maquete
Figura184 a 188:Foto da maquete de entorno. Fonte: Autora, 2023.
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O Projeto
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O Projeto
Concluídos os primeiros estudos relativos ao projeto, este capítulo abordará os aspectos referentes à parte do projeto arquitetônico. Nesse sentido, serão analisados os seguintes elementos: ficha técnica, acessibilidade/ circulação/setorização, estrutura lógica, elevações, volumetria, aspectos relacionados à adaptação climática, estudo de incidência solar e ventilação, seleção de materiais, maquete eletrônica e maquete física. É relevante ressaltar que o Edifício Multifuncional foi concebido com base nos estudos prévios e nas diretrizes projetuais discutidas no capítulo anterior, além de refletir o conceito inicial apresentado no início do capítulo de projeto.
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5.1 Ficha Técnica - Nome: Edifício Botânico - Localização: Cruzamento entre Avenida Wladimir Meirelles Ferreira com Rua Paschoal Bardaro. Ribeirão Preto - SP. Brasil. - Ano: 2023 - Área do Terreno: 3.158,18 m² - Taxa de ocupação: 2.138,91 m² (67,72%) - Área Construída: 28.483,79 m² - Área Permeável: 461,08 m² (14,59%) O Edifício Multifuncional Botânico possui um total de treze pavimentos, além de três níveis de estacionamento.Tais pavimentos estão subdivididos em cinco tipologias; sendo essas, estacionamento, setor de serviços comum, setor de comércio, setor de coworking e setor corporativo. Os mesmos foram dispostos em uma plasticidade marcada por cheios e vazios, cujo objetivo transpassa o estético, possuindo como objetivo fazer o melhor uso tanto da iluminação quanto da ventilação natural e criando entre os pavimentos áreas verdes para a inserção da biofilia em todo o corpo da edificação. Figura189: Imagem da fachada. Fonte: Autora, 2023.
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LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Figura190 e 191:Diagrama demonstrativo da edificação com relação ao entorno. Fonte: Autora, 2023.
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Figura192:Imagem da fachada. Fonte: Autora, 2023.
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Figura193:Setorização Planta Pavimento Térreo. Fonte: Autora, 2023.
A implantação no pavimento térreo foi pensada de modo a promover uma circulação a qual atravessasse todo projeto, dessa forma foram implementados três acessos para pedestres, os quais interligam-se entre si através dos corredores. Próximo aos acessos da Avenida Wladimir Meirelles com a rua Paschoal Bardaro á uma praça a qual contém áreas de permanência, além dessa, há também áreas de permanência no corredor central e próximo aos sanitários; todas possuem uma materialidade diferente no piso, com a finalidade de promover a sensação de que aquele espaço possui um ritmo diferente além de proporcionarem a inserção de áreas de paisagismo no interior do projeto. O setor de comércio de tal pavimento é composto por sete lojas, um quiosque, uma cafeteria e uma área para carga e descarga do restaurante, o qual está contido no terceiro pavimento. Tal área de carga e descarga foi locada em tão posição devido fluxo de veículos da via próxima ser menor do que as demais Com relação ao setor de serviços comuns há, no térreo, dois sanitários, sendo esses feminino e masculino além de dois sanitários PNE. Frente à rua Eugênio Rocha Filho então contidas a central de gás e o depósito de lixo. Os mesmos foram colocados ali de forma a propiciar um fácil acesso para o descarte dos resíduos produzidos no restaurante, de forma que os mesmo não tenham de atravessar os corredores para serem descartados.
LEGENDA 01. Praça Central 02. Lojas e Quiosques 03. Comércio Alimentício
Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum
05. Recepção do Corporativo
Setor Coworking
06. Sanitário Masculino
Setor Corporativo
08. Depósito de Lixo. 09. Central de Gás
O acesso da rua Paschoal Bardaro Possui 1 m e 44 cm de desnível e, há um recuo de aproximadamente 10 m entre o passeio público e o início da edificação. Portanto para tal acesso foi adotado uma escada com degraus mais largos. Já no acesso da rua Eugênio Rocha Filho além das escadas foi implementado uma plataforma elevatória para cadeirante, afim de garantir o acesso para portadores de necessidades específicas de modo mais agradável, uma vez que o desnível da mesma é muito mais acentuado. Com relação a circulação vertical ha dois conjuntos de caixa de escada e elevadores, sendo que um é destinado ao acesso dos demais pavimentos de comércio e o outro restringisse aos pavimentos corporativos. Os recuos do projeto foram muito mais alongados no térreo, a fim de propiciar uma maior área de canteiros, a qual traz a questão da biofilia. Além de dar espaço para o ritmo de cheios e vazios da edificação.
LEGENDA
04. Carga e Descarga Rest.
07. Sanitário Feminino
Para a implantação do pavimento térreo foi necessário a criação de um talude, uma vez que tal lote possuía cinco curvas de nível. A criação do talude foi pensada de forma a propiciar uma circulação sem desníveis no interior da edificação. Para tal priorizou-se a entrada principal ao nível da calçada da avenida Wladimir Meirelles, dessa forma os demais acessos exigiram escadas e rampas.
Acesso Pedestre Acesso Veículos
Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura194:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023.
Figura195:Corte esquemático demonstrando nível em análise.Fonte: Autora, 2023.
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Figura196:Setorização Planta Primeiro Pavimento .Fonte: Autora, 2023.
Ao iniciar a análise das plantas referentes às tipologias 1 e 2, é fundamental que ela se inicie pela explanação sobre a volumetria. O jogo de cheios e vazios que dita o ritmo das fachadas não foi concebido meramente por razões estéticas. A partir desse delineamento, inicia-se a aplicação dos estudos relacionados à carta solar. Como demonstrado no capítulo anterior, por meio da análise da carta solar, é possível inferir que a fachada posterior e a fachada lateral direita recebem uma iluminação constante ao longo de todo o ano. Além disso, elas recebem predominantemente os raios solares do equinócio de inverno, o qual é marcado por um ângulo mais baixo dos raios solares, resultando em uma incidência mais profunda no interior da edificação. Assim, o pavimento encontra-se recuado em relação às tipologias 3 e 4, visando que essas tipologias atuem como um anteparo horizontal para os raios solares nos períodos de maior pino solar. Foi incorporada, ainda, uma fachada ventilada em forma de brise móvel, de modo a evitar a entrada direta do sol nas salas e a impedir a incidência direta do calor nas paredes internas. Dessa forma, a parede ventilada desempenha o papel de um elemento de conforto térmico.
LEGENDA 01. Lojas 02. Sala da Academia 03. Sala de Administração Acad.
Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum
05. Vestiário Feminino Acad.
Setor Coworking
06. Vestiário Masculino Acad.
Setor Corporativo
08. Hall de Funcionários Acad. 09. Vestiários Masculino Rest. 10. Vestiário Feminino Rest. 11. Depósito Funcionários Rest..
Além disso, é exclusivamente nessas tipologias que o átrio se abre para o exterior, tal abertura ocorre com o intuito de proporcionar uma maior iluminação tanto para o interior do átrio quanto para o interior das salas comerciais, as quais possuem suas janelas voltadas para esse átrio.
LEGENDA
04. Depósito Acad.
07. Sala de Funcionários Acad.
Considerando ainda os aspectos de conforto térmico para tais fachadas, foi inserido um muro verde em grande parte da fachada lateral direita. Este muro verde tem o propósito de atuar como um anteparo físico, retardando a propagação do calor irradiado pelo sol para o interior das salas de escritório. Uma vez que essas fachadas recebem uma incidência constante de sol, as outras duas quase não o recebem ao longo do ano, resultando em uma ampla área sombreada nessas fachadas. Como resposta a esse cenário, foram incorporadas esquadrias em panos de vidro tanto na fachada frontal quanto no mirante da fachada lateral esquerda, a fim de proporcionar iluminação natural proveniente da abóbada celeste.
Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura197:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura198:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura199:Setorização Planta Segundo Pavimento .Fonte: Autora, 2023.
O acesso exclusivo ao primeiro pavimento ocorre pela caixa de escada e elevadores destinados aos pavimentos de comércio. Sua circulação horizontal é caracterizada por áreas de desaceleração, marcadas por diferenças na materialidade do piso, locais de permanência e a presença de áreas paisagísticas. Essas características estendem-se por toda a área que circunda o mezanino, incorporando benefícios da biofilia ao ambiente. Quanto à centralização do segundo pavimento, o setor de comércio neste nível é composto exclusivamente por empreendimentos voltados para a área alimentícia. Uma gelateria, posicionada na fachada frontal, foi escolhida para não competir com a área reservada para o restaurante. O restaurante possui dois acessos distintos. O primeiro, destinado aos visitantes, é realizado pela recepção, conduzindo-os ao salão pianist, uma área de mesas em formato de balcão voltada para as fachadas envidraçadas, proporcionando uma vista agradável, funcionando como um terraço durante as refeições.
LEGENDA 01. Gelateria 02. Salão Restaurante 03. Administração Rest.
Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum
05. Entrada da Cozinha.
Setor Coworking
06. Depósito Congelado. 07. Depósito Frio.
Setor Corporativo
09. Cozinha. 10. Depósito do Salão. 11. Higienização de Louças.
Quanto às medidas adotadas para o primeiro e segundo pavimentos, destacam-se os tijolinhos à vista presentes na fachada frontal e na fachada lateral direita. Esses tijolos têm o propósito de promover privacidade, permitir a entrada de ventilação e possibilitar a visualização do exterior pelos usuários nos pavimentos.
LEGENDA
04. Recebimento de Alimentos
08. Depósito Seco.
O segundo acesso é restrito aos trabalhadores, com a finalidade de higienização dos produtos e sublocação nos estoques congelados, frios ou secos. Aqueles que ingressam diretamente na cozinha passam pela entrada, que possui uma área de higienização para as mãos. Em seguida, têm acesso ao salão da cozinha, subdividido entre os setores de higienização, preparo, e montagem dos pratos. Próximo à área de montagem de pratos, há dois passa-pratos, um destinado aos pratos do salão e o outro para a devolução das louças utilizadas. Este passa-prato está localizado ao lado da área de higienização de louças e utensílios de cozinha, que possui acesso direto ao depósito correspondente.
Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 200:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 201:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
12. Depósito de Louças.
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164 | Capítulo 05
Figura 202:Setorização Planta Pavimento de Coworking .Fonte: Autora, 2023.
Com relação ao pavimento em questão, ele é composto por um total de 13 ambientes distintos. Ao adentrar esse pavimento, encontra-se uma recepção, uma área de descanso e um espaço reservado para mirante. Além desses, há três espaços destinados a métodos de trabalho colaborativo, cada um com uma tipologia diferente: um composto layout inclusivo e próximo, um ambiente externo com possibilidade de vista para o exterior e outro voltado para um modelo de trabalho mais individual, com presença de elementos paisagísticos. Além desses, o pavimento conta com oito gabinetes privativos, destinados a até duas pessoas, ideais para atividades que demandam maior foco e privacidade. Esses ambientes utilizam vidros polarizados, conhecidos como vidros inteligentes, que permitem a passagem da luz, porém, quando ativados, tornam-se esbranquiçados, impedindo a visualização do interior. Essa escolha visa proporcionar privacidade a esses ambientes, ao mesmo tempo em que otimiza a entrada de luz natural no espaço compartilhado.
LEGENDA 01. Área de Coworking 01 02. Área de Coworking 02 03. Hall
Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum
05. Mirante
Setor Coworking
06. Sala de Apoio 07. Gabinete Privativo
Setor Corporativo
09. Sala de Reuniões 01 10. Sala de Reuniões 02 11. Vestiário Femino
Para maximizar a presença de elementos naturais no ambiente, adotou-se uma abordagem que inclui mobiliários, canteiros e áreas de paisagismo. Além disso, nas duas áreas externas, foram incorporados elementos paisagísticos com o objetivo de criar espaços de trabalho que proporcionem não apenas um ambiente laboral, mas também transmitem uma sensação de tranquilidade. Essa estratégia busca integrar a biofilia ao ambiente de trabalho, promovendo uma atmosfera mais harmoniosa e acolhedora, visando ao bem-estar e à produtividade dos ocupantes.
LEGENDA
04. Recepção
08. Área de Coworking 03
O pavimento também dispõe de três salas de reuniões, uma delas projetada para acomodar um maior número de pessoas. Por fim, inclui duas áreas de vestiário, uma área de copa para preparação de alimentos e uma central de apoio para auxílio em questões relacionadas a impressões e suporte técnico. Essa distribuição de ambientes visa atender às diferentes necessidades dos usuários, oferecendo espaços versáteis e funcionais para diversas atividades dentro do coworking.
Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 203:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 204:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
12. Vestiário Masculino 13. Copa
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Figura 205:Setorização Planta Pavimento Tipo 01.Fonte: Autora, 2023.
166 | Capítulo 05
Ao iniciar a análise das plantas referentes às tipologias 1 e 2, é fundamental que ela se inicie pela explanação sobre a volumetria. O jogo de cheios e vazios que dita o ritmo das fachadas não foi concebido meramente por razões estéticas. A partir desse delineamento, inicia-se a aplicação dos estudos relacionados à carta solar. Como demonstrado no capítulo anterior, por meio da análise da carta solar, é possível inferir que a fachada posterior e a fachada lateral direita recebem uma iluminação constante ao longo de todo o ano. Além disso, elas recebem predominantemente os raios solares do equinócio de inverno, o qual é marcado por um ângulo mais baixo dos raios solares, resultando em uma incidência mais profunda no interior da edificação. Assim, o pavimento encontra-se recuado em relação às tipologias 3 e 4, visando que essas tipologias atuem como um anteparo horizontal para os raios solares nos períodos de maior pino solar. Foi incorporada, ainda, uma fachada ventilada em forma de brise móvel, de modo a evitar a entrada direta do sol nas salas e a impedir a incidência direta do calor nas paredes internas. Dessa forma, a parede ventilada
LEGENDA 01. Mirante 02. Sala Corporativa
desempenha o papel de um elemento de conforto térmico. Considerando ainda os aspectos de conforto térmico para tais fachadas, foi inserido um muro verde em grande parte da fachada lateral direita. Este muro verde tem o propósito de atuar como um anteparo físico, retardando a propagação do calor irradiado pelo sol para o interior das salas de escritório. Uma vez que essas fachadas recebem uma incidência constante de sol, as outras duas quase não o recebem ao longo do ano, resultando em uma ampla área sombreada nessas fachadas. Como resposta a esse cenário, foram incorporadas esquadrias em panos de vidro tanto na fachada frontal quanto no mirante da fachada lateral esquerda, a fim de proporcionar iluminação natural proveniente da abóbada celeste. Além disso, é exclusivamente nessas tipologias que o átrio se abre para o exterior, tal abertura ocorre com o intuito de proporcionar uma maior iluminação tanto para o interior do átrio quanto para o interior das salas comerciais, as quais possuem suas janelas voltadas para esse átrio.
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 206:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 207:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 208:Setorização Planta Pavimento Tipo 02.Fonte: Autora, 2023.
168 | Capítulo 05
Continuando a análise das tipologias um e dois, o enfoque agora se volta para os pontos de aplicação da Neuroarquitetura nestes pavimentos. A primeira análise realizada visa proporcionar pontos de inserção da biofilia ao longo de todo o percurso interno do pavimento.
áreas de descompressão, no estilo mirante. Tais mirantes possuem pisos com materialidade diferente, cujo objetivo consiste em alterar a percepção do usuário em relação ao ambiente. A inserção de um piso de madeira, por sua conexão com uma materialidade natural, proporciona uma sensação de conforto ao usuário.
Para isso, foi projetada uma área de canteiro no hall principal, que conta com mezanino para o pavimento superior, permitindo que o olhar do usuário ultrapasse o forro do pavimento, criando uma sensação de maior amplitude mesmo no interior da edificação. Além disso, um canteiro em fita foi integrado ao corredor dessa tipologia, visando trazer elementos verdes ao longo do trajeto até as salas dos usuários.
Considerando a busca contínua por conforto, a área do mirante foi estruturada com bancos e mesas, proporcionando ao usuário um espaço sereno para relaxamento. Ao mesmo tempo, a área é completamente envolvida por vegetação, não apenas oferecendo uma vista privilegiada devido à altura do mirante, mas também transformando-se em um ambiente extremamente agradável. Este ambiente é concebido para permitir que o usuário desfrute de momentos de tranquilidade e descontração.
No exterior dessa tipologia, a Neuroarquitetura foi empregada na concepção das
LEGENDA 01. Sala Corporativa 02. Sacada Privativa
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 209:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 210:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 211:Setorização Planta Pavimento Tipo 03.Fonte: Autora, 2023.
170 | Capítulo 05
Ao iniciar a análise referente às tipologias 3 e 4, é imprescindível que a mesma se inicie a partir da compreensão da volumetria predial. Tais pavimentos funcionam como um jogo de cheios e vazios, sobrepondo-se acima dos pavimentos inferiores, de modo a funcionar como um brise horizontal para os raios solares mais altos. Uma vez que possuem essa finalidade de anteparo solar, foi necessário realizar um estudo mais aprofundado do alfa e do beta da carta solar para sombrear os escritórios durante seu período de funcionamento. Em decorrência disso, tal estudo da carta solar zerou as sacadas presentes nas fachadas posterior e lateral direita, cuja finalidade das mesmas é afastar o escritório da fachada predial, fazendo com que os raios solares não consigam adentrar em tais salas.
LEGENDA
Ainda em relação à incidência solar nas tipologias, é possível depreender que, uma vez que as fachadas posterior e lateral direita recebem iluminação constante durante todo o ano, as outras duas, que consistem na fachada frontal e na fachada lateral esquerda, encontram-se sombreadas ao longo de todo o ano. Em decorrência disso, tais fachadas possuem esquadrias em pano de vidro a fim de trazer o máximo de iluminação irradiada pela abóbada solar.
LEGENDA
01. Mirante
Estacionamento
02. Sala Corporativa 03. Sacada Privativa
Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 212:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 213:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 214:Setorização Planta Pavimento Tipo 04.Fonte: Autora, 2023.
172 | Capítulo 05
Dando continuidade à análise das tipologias 3 e 4, a atenção volta-se para a aplicação da Neuroarquitetura nestes pavimentos. Inicialmente, a ênfase está nos pontos de integração da biofilia ao longo de todo o percurso interno desses pavimentos.
áreas de descompressão, assemelhando-se a mirantes. Esses mirantes possuem pisos com materialidade distinta, visando alterar a percepção do usuário em relação ao ambiente. A introdução de um piso de madeira, por sua associação com uma materialidade natural, proporciona uma sensação de conforto ao usuário.
Para alcançar esse objetivo, foi concebida uma área de canteiro no hall principal, com um mezanino para o pavimento superior, permitindo que o olhar do usuário ultrapasse o forro do pavimento, gerando uma sensação de maior amplitude mesmo dentro da edificação. Adicionalmente, um canteiro em formato de fita foi incorporado ao corredor dessas tipologias, buscando introduzir elementos verdes ao longo do caminho até as salas dos usuários.
Em consonância com a busca incessante por conforto, a área do mirante foi estruturada com bancos e mesas, proporcionando um espaço sereno para relaxamento aos usuários. Simultaneamente, a área é completamente envolvida por vegetação, não só oferecendo uma vista privilegiada devido à altura do mirante, mas também se transformando em um ambiente extremamente agradável. Esse ambiente foi concebido para permitir que os usuários desfrutem de momentos de tranquilidade e descontração.
No exterior dessas tipologias, a Neuroarquitetura foi aplicada na concepção das
LEGENDA 01. Sala Corporativa 02. Sacada Privativa
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 215:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 216:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 217: SetorizaçãoPlanta Ático.Fonte: Autora, 2023.
174 | Capítulo 05
Com relação ao pavimento do ático, este apresenta uma área destinadas ao setor de serviço comum, sendo esses, a casa de máquinas dos elevadores e uma área ventilada destinada à instalação dos condensadores das unidades de ar condicionado. Além disso, a laje do piso deste pavimento é construída com um sistema de concreto impermeabilizado composto por seis camadas de impermeabilização. Além dessas, há duas outras camadas destinadas à melhoria do conforto térmico. A primeira delas é um camada de isopor a qual está localizada acima da laje de concreto, e a segunda consiste em uma proteção mecânica de argila expandida a qual será depositada acima da impermeabilização. A escolha desse sistema foi feita com o intuito de proporcionar uma superfície que facilitasse a instalação de painéis fotovoltaicos em toda a área ensolarada do edifício. Isso visa a maximização da eficiência energética por metro quadrado da referida laje. A seguir, teremos um cálculo estimado da quantidade em m² de placas fotovol-
taicas que seriam necessárias a fim de produzir energia para garantir uma maior eficiência à edificação. Assumindo a seleção de painéis solares com uma eficiência de 15% (0,15), com base na média de radiação solar diária em Ribeirão Preto, São Paulo, que é de aproximadamente 5,5 kWh/m², e considerando um consumo anual estimado do edifício de 100.000 kWh, a área necessária para a instalação dos painéis solares pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula: Área dos Painéis (em m²) = Consumo Anual (em kWh) / (Radiação Solar Média Diária (em kWh/m²) x Eficiência do Painel) Área dos Painéis = 100.000 kWh / (5,5 kWh/m² x 0,15) ≈ 120.000 m² Área dos Painéis no Projeto = 254 placas de 2,31 m° = 586,74 m² ≈ 7% É importante observar que essa estimativa é uma simplificação que não considera fatores como orientação solar, inclinação, sombreamento, regulamentações locais e outras variáveis específicas do local. Portanto, para um dimensionamento preciso do sistema de painéis solares para o edifício multifuncional complexo, é recomendável a consulta a um especialista em energia solar.
LEGENDA 01. Central de Condesadoras 02. Casa de Máquinas LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Figura 218:Esquema das camadas da cobertura. Fonte: Autora, 2023
Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal
Figura 219:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 220:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 221: SetorizaçãoPlanta de Cobertura.Fonte: Autora, 2023.
176 | Capítulo 05
Com relação a cobertura da edificação a mesma contém o reservatório de água o qual é possível acessar através de uma escada de marinheiro.
Desses, ⅔ devem estar contidos na cobertura e ⅓ deve estar armazenado no subsolo.
Além desse, há, também, na cobertura a finalização do Shaft de ventilação da antecâmara da escada enclausurada.
Para calcular a capacidade total do reservatório, multiplicamos essas dimensões: Capacidade = Largura x Profundidade x Altura Capacidade = 5,82 metros x 9,25 metros x 3,00 metros Capacidade = 166.888 L/m³
O reservatório, segundo os cálculos realizados a partir da ABNT 5626, deve ser projetado para acomodar uma capacidade de 249.402,90 L/m², o que equivale a 249,402 metros cúbicos, uma vez que 1 metro cúbico é equivalente a 1.000 litros. Cálculos de dimensionamento do volume em L/m²
Portanto, o reservatório foi dimensionado para comportar aproximadamente 166.888 L/m³ de água, atendendo aos critérios estabelecidos no projeto.
Comércio: 120 L/m² x 1.237,27 m² =148.472,40 L/m² Alimentício: 150 L/m² x 468,57 m² = 70.330,50 L/m² Coworking: 30 L/pessoa x 100 p = 3.000L Tipologias 1 e 2: 30 L/pessoa x 360 p (10 p/ escritório) = 10.800 L Tipologias 3 e 4: 30 L/pessoa x 560 p (20 p/ escritório) = 16.800 L Total = 249.402,90 L/m² ou 249,402 L/m³
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 222:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 223:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 224: Setorização Planta Subsolo 01.Fonte: Autora, 2023.
178 | Capítulo 05
Ao analisar o projeto do subsolo, é possível inferir que o acesso a essas áreas subterrâneas é realizado através da Avenida Wladimir Meirelles. Ao descer a rampa e alcançar o nível do primeiro subsolo, existe a possibilidade de acessar as vagas de estacionamento ou o segundo subsolo, por meio de uma rampa localizada em frente à rampa de acesso principal.
A rampa de acesso ao subsolo foi projetada de forma a garantir que os veículos possam entrar no subsolo sem entrar em contato com o pavimento térreo. Esse cálculo considerou o dimensionamento do recuo mínimo necessário entre a rua e o piso do pavimento térreo. A rampa foi planejada com uma altura mínima de 2,50 metros, garantindo a adequada acessibilidade.
No que diz respeito à circulação vertical, existem duas caixas de circulação nesse pavimento. A primeira é destinada ao acesso geral do setor de comércio, enquanto a segunda, equipada com catracas, destina-se ao setor de escritórios corporativos. Este subsolo em questão abriga um total de 65 vagas para veículos, incluindo espaços de tamanho médio (M) e grande (G), além de 44 vagas reservadas para motocicletas. O subsolo é circundado por um muro de arrimo, que desempenha o papel de contenção para proteger as áreas permeáveis do projeto.
Figura 225: Esquema rampa de acesso subsolo.Fonte: Autora, 2023.
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 226:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 227:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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01
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Figura 228: Setorização Planta Subsolo 02.Fonte: Autora, 2023.
180 | Capítulo 01
O acesso ao subsolo dois é realizado por meio de uma rampa curva, e ao contornar a circulação vertical designada para o acesso corporativo, é possível chegar à rampa de acesso ao terceiro subsolo. Este subsolo, assim como o primeiro, possui as mesmas circulações verticais que o anterior. No entanto, ele abriga um total de 68 vagas para carros, incluindo espaços de tamanho médio (M) e grande (G), bem como sete vagas destinadas a motocicletas.
estão localizadas e separadas por lojas e salas comerciais, a fim de possibilitar o desligamento individual das chaves. Além disso, há o Centro de Processamento de Dados, que abriga as centrais de rede da internet, a qual será redistribuída por meio de cabeamento para atender a todo o prédio.
Este subsolo contém dois ambientes relacionados ao setor de serviço comum do prédio. O primeiro é a casa de disjuntores, onde todas as chaves de disjuntores
LEGENDA 01. Centro de Proces. Dados 02. Casa de Disjuntores
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 229:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 230:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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Figura 231: Setorização Planta Subsolo 03.Fonte: Autora, 2023.
182 | Capítulo 05
No terceiro subsolo, encerram-se as instalações dos pavimentos subterrâneos. O acesso a este subsolo ocorre por meio de uma rampa curva que proporciona acesso às vagas de estacionamento e o retorno aos demais subsolos. Este subsolo é composto por 68 vagas para veículos de tamanhos médios (M) e grandes (G), além de possuir sete vagas destinadas a motocicletas. Em relação aos ambientes do setor de serviço comum, neste pavimento, há dois depósitos gerais, que serão utilizados para o armazenamento de quaisquer sobras de materiais de construção, com o objetivo de garantir disponibilidade para futuras manutenções prediais. Além disso, neste mesmo pavimento, existem duas áreas destinadas aos reservatórios de água, que bombeiam água para o reservatório de água localizado na cobertura do edifício. Sendo um dos depósitos destinados a instalação das bombas.
projetado para acomodar uma capacidade de 83.134,31 L/m², o que equivale a 83,134 metros cúbicos, uma vez que 1 metro cúbico é equivalente a 1.000 litros. As dimensões do reservatório são as seguintes: - Largura: 3,31 metros - Profundidade: 4,51 metros - Altura: 3,00 metros Para calcular a capacidade total do reservatório, multiplicamos essas dimensões: Capacidade = Largura x Profundidade x Altura Capacidade = 3,31 metros x 4,51 metros x 3,00 metros Capacidade = 44,7603 L/m³ x dois reservatórios = 89,5686 L/m³ Portanto, o reservatório foi dimensionado para comportar aproximadamente 89,5686 L/m³ de água, atendendo aos critérios estabelecidos no projeto.
O reservatório, segundo os cálculos realizados a partir da ABNT 5626, deve ser
LEGENDA 01. Depósito Geral 02. Reservatório de Água
LEGENDA Estacionamento Setor Comércio Setor Serviço Comum Setor Coworking Setor Corporativo Circulação Vertical Circulação Horizontal Figura 232:Diagrama de formação do edifício. Fonte: Autora, 2023
Figura 233:Corte esquemático demonstrando nível em análise. Fonte: Autora, 2023
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5.3 Programa de Necessidades Com relação à estrutura do projeto, este foi concebido com vigas e pilares em concreto armado. Devido à volumetria diferenciada entre os pavimentos, foram frequentemente empregadas vigas de transição para equilibrar as cargas entre os pilares, havendo momentos em que estes foram deslocados.
Figura 234: Diagrama de viga de transição. Fonte: Autora, 2023 Figura 235:Diagrama de estrutura.Fonte: Autora, 2023 Figura 236: Perspectiva explodida da estrutura. Fonte: Autora, 2023
184 | Capítulo 05
5.3 Programa de Necessidades Com relação à estrutura do projeto, este foi concebido com vigas e pilares em concreto armado. Devido à volumetria diferenciada entre os pavimentos, foram frequentemente empregadas vigas de transição para equilibrar as cargas entre os pilares, havendo momentos em que estes foram deslocados.
Figura 237:Diagrama zoom de laje nervurada.Fonte: Autora, 2023
Capítulo 05 | 185
5.4 Cortes
Figura 238:Corte AA Humanizado.Fonte: Autora, 2023
186 | Capítulo 05
Capítulo 05 | 186
Figura 239:Corte BB Humanizado.Fonte: Autora, 2023
| Capítulo 05
Figura 240:Corte CC Humanizado.Fonte: Autora, 2023
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Figura 241:Corte DD Humanizado.Fonte: Autora, 2023
Capítulo 05 | 189
5.5 Elevações
Fachada Frontal 190 | Capítulo 05
Figura 242: Fachada Frontal Humanizada. Fonte: Autora, 2023
Fachada Lateral Direita
Figura 243: Fachada Lateral Direita Humanizada.Fonte: Autora, 2023
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Fachada Lateral Esquerda 192 | Capítulo 05
Figura 244: Fachada Lateral Esquerda Humanizada.Fonte: Autora, 2023
Fachada Posterior
Figura 243: Fachada Posterior Humanizada.Fonte: Autora, 2023
Capítulo 05 | 193
5.6 Volumetria O desenvolvimento da edificação foi projetado, considerando não apenas a estética, mas também a funcionalidade e a interação com o entorno. Desde a sua concepção, a harmonia visual e estrutural foi um ponto focal, sendo que a padronização do ritmo da construção foi alinhada com as testadas do lote. Essa abordagem não apenas ofereceu uma fluidez visual, mas também estabeleceu uma sincronia com o ambiente circundante, integrando a edificação de forma mais orgânica ao seu entorno. A introdução do jogo entre cheios e vazios na edificação foi estratégica. A utilização de pavimentos que oferecem sombreamento aos inferiores não apenas cria um design arquitetônico interessante, mas também otimiza a entrada de luz natural e a regulação térmica, resultando em um ambiente interno mais confortável e energeticamente eficiente. O elemento central da edificação, concebido como átrio central com efeito chaminé, não apenas acrescenta uma característica única à estrutura, mas também desempenha um papel crucial na circulação de ar e na incidência de luz natural em alguns ambientes. Isso se alia à orientação específica das fachadas, aproveitando
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ao máximo os padrões de vento predominantes no terreno, para garantir uma ventilação natural adequada e contínua em todo o edifício. As sacadas nas fachadas posteriores e laterais direitas foram estratégicas para atender às necessidades de conforto térmico das salas corporativas. Essas sacadas funcionam como uma barreira eficaz contra a radiação solar direta, proporcionando não apenas sombreamento, mas também um espaço adicional para os ocupantes desfrutarem do ambiente exterior, sem comprometer o conforto interior. Quanto aos mirantes distribuídos pela edificação, foram projetados não apenas como espaços de contemplação, mas também como locais de descanso e relaxamento. Sua inserção estratégica permite que os usuários dos setores de coworking e corporativo tenham acesso a áreas dedicadas ao alívio do estresse e ao restabelecimento de energias. Esses elementos, meticulosamente pensados e integrados ao projeto, visam não apenas a funcionalidade, mas também o bem-estar e a satisfação dos usuários, criando uma volumetria arquitetônico que promove conforto, eficiência e conexão com o entorno.
Figura 246 a 248:Diagrama evolução projetual.Fonte: Autora, 2023
Capítulo 05 | 195
5.7 Elementos de Conforto e Adequação Climática No que se refere aos elementos de conforto aplicados á edificação, destacam-se entre esses, primeiramente, o átrio central o qual desempenha um papel proeminente, proporcionando uma ventilação com efeito chaminé, permitindo que o ar mais quente, que por sua vez é menos denso, suba. Esse mecanismo proporciona um ambiente interior mais fresco, ao mesmo tempo em que facilita a entrada de ar nos ambientes. Além disso, foram incorporados brises verticais deslocados das fachadas, com a finalidade de funcionarem como paredes ventiladas. Esse deslocamento é projetado para permitir a passagem da ventilação a qual leva consigo o aqui que foi esquecido pelos prises devido a incidência solar direta nos mesmos. Desta forma, é possível amenizar a incidência de calor no interior da edificação. Por fim, é essencial ressaltar que a volumetria da edificação desempenha um papel fundamental no aproveitamento máximo da ventilação predominante. Figura 249:Diagrama de ventilação corte AA.Fonte: Autora, 2023 Figura 250:Diagrama de ventilação.Fonte: Autora, 2023 Figura 251:Diagrama de ventilação, parede ventilada.Fonte: Autora, 2023
196 | Capítulo 05
Sobre estratégias para promoção de conforto na edificação, uma das a primeiras análises realizadas está correlacionada a leitura da carta solar. Uma vez que ao realizar a análise desta e, correlaciona-la ao entorno projetual, pode-se notar que a fachada lateral direita e a fachada posterior encontram-se completamente ensolaradas durante todo ano e, os lotes circunvizinhos não proporcionam à edificação sombreamento qualquer, de modo que esse tornou-se um partido projetual.
o inferior e neste, que realiza o sombreamento, foram inseridas sacadas a fim de afastar as salas de escritório da fachada projetoal. De modo Que os raios solares diretos, tanto nos períodos de solstício de verão quanto no solstício de inverno, no qual tais raios solares estão com uma angulação mais baixa, não incidisse diretamente dentro de tais salas.
Com base nas análises da carta solar, averiguou-se que tal incidência solar constante era um impasse a ser transpassado a partir de soluções projetuais. Pois, por tratar-se de um projeto majoritariamente corporativo, a incidência dos raios solares diretamente no interior de tais salas, além de ocasionar um desconforto térmico aos usuários, poderia também ocasionar ofuscamento das telas dos aparelhos eletrônicos. Dessa forma a partir da análise dessa,r com indicada ao lado, traçou-se por meio das ângulo um horário de proteção solar, de forma a qual o sol não incidisse no interior dos escritórios das 9h00 da manhã até às 6h00 da tarde. Assim, o jogo de cheios e vazios foi projetado de forma a um bloco fazer o sombreamento necessário para Figura 252:Diagrama insolação edificação e entorno.Fonte: Autora, 2023. Figura 253:Estudo carta solar para projeto da edificação.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 254: Inserção da carta solar na edificação. Fonte: Autora, 2023.
198 | Capítulo 05
Através do diagrama ao lado, o qual ilustra a incidência solar durante os solstícios de verão e inverno às 9h00 da manhã. É perceptível que os raios solares são majoritariamente bloqueados pela fachada projetada. No entanto, em momentos específicos, foram incorporados brises verticais, alguns móveis e outros fixos, com a finalidade de servir como barreira física para tais raios solares. Esses elementos não apenas impedem a incidência solar direta, mas também operam como estruturas de parede ventilada, conforme mencionado anteriormente. Por fim, outro elemento de conforto adotado na edificação, está correlacionado a composição da laje da cobertura. Tal laje é constituída por várias camadas de isolamento térmico, incluindo materiais como isopor e argila expandida, o quais proporcionam uma menor transmissão de calor para o ambiente interno, contribuindo para o conforto térmico do espaço.
LEGENDA Solstício de Inverno 30° 09 hrs a.m. Solstício de Verão 51° 09 hrs a.m.
Figura 255:Análise dos raios solares no corte AA.Fonte: Autora, 2023. Figura 256:Diagrama das camadas da laje da cobertura.Fonte: Autora, 2023.
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5.8 Materiais 01 - Textura bege: ~ 0,5 (W/m²K). Considerada baixa. a transmitância térmica = A tonalidade bege, com um efeito reminiscente das marcas do cimento queimado, foi selecionada devido à sua natureza clara, que apresenta baixa transmissão de radiação solar, além de proporcionar uma sensação mais aconchegante à edificação. 02 - Tijolo de barro: a transmitância térmica ~ = 0,6 (W/m²K). Considerada baixa Os elementos de tijolo vazado foram incorporados na fachada com o propósito de garantir maior privacidade ao interior do projeto, ao mesmo tempo em que viabilizam a ventilação e oferecem uma perspectiva visual para os usuários dentro do espaço. 03- Aço Inoxidável revestido com chapa imitando amadeirado ~ 1 a 5 (W/m²K). Considerada freijó: a transmitância térmica = média. As chapas, que reproduzem a textura da madeira Freijó, foram selecionadas para criar uma ligação visual com materiais naturais. Essa decisão foi tomada visando oferecer uma sensação de tranquilidade e acolhimento, características comumente atribuídas a elementos encontrados na natureza. 04 - Porcelanato Acetinado: A escolha do acabamento de porcelanato acetinado se deu pelo seu aspecto que evoca rochas sedimentares, proporcionando uma conexão discreta e agradável com a natureza. Essa seleção visa criar uma atmosfera sutil de conexão com elementos naturais, conferindo uma sensação de harmonia ao ambiente. 05 - Parede Verde: a transmitância térmica ~ = 0,5 (W/m²K). Considerada baixa. As paredes verdes foram colocadas em fachadas com muita luz solar direta. Isso ajuda a reduzir a quantidade de calor que passa para o interior do projeto, tornando o ambiente mais confortável em termos de temperatura. Essas paredes vegetadas funcionam como uma barreira que diminui a transmissão de calor, melhorando o conforto térmico dentro do espaço.
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06 - Pintura interna em tinta papel picado suvinil: a escolha da tonalidade das tintas internas do projeto optou por tons claros com um toque de calor, visando oferecer tranquilidade e aconchego aos usuários. No entanto, essa escolha pode gerar um certo conflito com os demais materiais utilizados.
~ 07 - Aço Inoxidável Cinza Escuro: a transmitância térmica = 10 (W/m²K). Considerada alta. Podendo diminuir com isolamento interno O aço inoxidável cinza escuro foi usado no projeto para contrastar com os outros materiais. Ele reveste partes específicas da fachada, destacando-se pela luminosidade em relação ao estilo predominante da edificação.
08 - Forro Vinílico Amadeirado: Forros vinílicos de textura amadeirada foram aplicados em todas as áreas externas dos mirantes, com a finalidade de criar uma harmonia com o piso de madeira envelhecida presente nesses espaços. Isso busca proporcionar aos usuários um ambiente de relaxamento e descontração, contrastando intencionalmente com o estilo interior das salas de escritório. 09 - Vidro Refletivo Termo Acústico, na cor Cinza: a transmitância térmica ~ = 1 a 1,5 (W/m²K). Considerada média. Os vidros em toda a edificação são termo acústicos e reflexivos, com o propósito de maximizar o conforto térmico no interior, mesmo quando expostos à iluminação direta. Essa escolha visa garantir um ambiente agradável, minimizando a transferência de calor e ruídos externos, mesmo quando os vidros estão recebendo luz solar direta. 10 - Vegetação Lambari: a transmitância térmica ~ = 0,5 (W/m²K). Considerada baixa. Vegetações de Lambari foram incorporadas em quase todos os canteiros ao redor dos mirantes, com o intuito de criar um jardim suspenso nas fachadas. Essa inclusão no projeto visa oferecer uma área de descompressão, aplicando o conceito de biofilia, que se relaciona com a conexão com a natureza, trazendo seus benefícios para o ambiente.
Os materiais selecionados para compor tanto o interior quanto as fachadas da edificação atual foram escolhidos com o propósito de incorporar os benefícios identificados no estudo da Neuroarquitetura, particularmente relacionados às cores e às materialidades. Este direcionamento visa induzir uma sensação de tranquilidade e contemplação entre os usuários e visitantes do espaço. Ademais, foi conduzida uma análise detalhada da capacidade de transmissão térmica dos materiais, com o intuito de selecionar aqueles que oferecessem o máximo conforto térmico para o interior do projeto. É pertinente salientar que a transmissão térmica é definida como a taxa de transferência de calor por meio de um material.
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Figura 257: Imagem da fachada com demarcação de materiais.Fonte: Autora, 2023.
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5.9 Maquete Eletrônica
Figura 258: Fachada Frontal.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 259: Fachada Frontal.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 260: Fachada Lateral.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 261: Fachada Lateral.Fonte: Autora, 2023.
Figura 262: Fachada Posterior.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 263: Fachada Lateral.Fonte: Autora, 2023.
Figura 264: Mirante Tipologia 01.Fonte: Autora, 2023.
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Figura 265: Mirante Tipologia 03.Fonte: Autora, 2023.
Considerações Finais A neuroarquitetura aplicada ao edifício multifuncional destinado a ambientes corporativos reflete a precisão na aplicação das diretrizes estabelecidas pelo conceito e pelo partido do projeto. O objetivo principal era criar um espaço de trabalho que conjugasse a funcionalidade prática empresarial com a promoção do bem-estar emocional e da produtividade dos ocupantes. A dualidade funcional delineada no conceito, sob a perspectiva da neuroarquitetura, foi eficientemente alcançada. O ambiente de trabalho foi concebido para inspirar tranquilidade e serenidade, propiciando um local propício à concentração e ao equilíbrio mental. Ademais, a ênfase na criação de um refúgio mental se concretizou, proporcionando pausas revigorantes que estimulam a criatividade e oferecem momentos de descompressão durante a jornada laboral. As estratégias delineadas no partido projetual, alinhadas aos princípios da neuroarquitetura, foram aplicadas com destreza. A seleção da paleta de cores, dos materiais naturais e a integração do paisagismo no interior do edifício colaboraram para criar uma atmosfera acolhedora e relaxante, em conformidade com os estímulos neuroambientais. A presença de elementos naturais não apenas conferiu conforto visual, mas também contribuiu para reduzir o estresse e promover o bem-estar dos ocupantes, em consonância com os princípios da neuroarquitetura.
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A implementação de espaços com pé-direito duplo, considerando as influências da neuroarquitetura, revelou-se particularmente eficaz na criação de uma percepção de amplitude espacial, contrapondo a sensação de confinamento com uma atmosfera arejada e convidativa. Além disso, as grandes aberturas, como janelas amplas e painéis de vidro, proporcionam iluminação natural abundante, conectando os usuários com o ambiente externo e fomentando uma atmosfera de trabalho inspiradora e estimulante, em consonância com as diretrizes neuroambientais. Em síntese, a aplicação dos princípios da neuroarquitetura no projeto logrou harmonizar de maneira exemplar os aspectos práticos de um ambiente corporativo com a busca pelo bem-estar emocional dos ocupantes. A execução meticulosa das estratégias propostas no conceito e partido do projeto, sob a ótica da neuroarquitetura, culminou em um espaço que não apenas atende, mas supera as expectativas, proporcionando um ambiente propício para a produtividade e o equilíbrio mental dos usuários.
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