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Almeida, B. et al (2018) Aspetos particulares da reabilitação das pessoas idosas que sofreram problemas osteoarticulares do membro inferior (artrose), Journal of Aging & Innovation, 7 (2): 144 - 148 Revisão Bibliográfica Narrativa: Almeida, B. et al (2018) Aspetos particulares da reabilitação das pessoas idosas

que sofreram problemas osteoarticulares do membro inferior (artrose), Journal of Aging & Innovation, 7 (2): 144 - 148

 Revisão Bibliográfica Narrativa

Aspetos particulares da reabilitação das pessoas idosas que sofreram problemas osteoarticulares do membro inferior (artrose) Particular aspects of rehabilitation of persons elderly who suffer osteoarticular problems of the lower limb (arthosis) Aspectos particulares de la rehabilitación de las personas que sufrieron problemas osteoarticulares del miembro inferior (artrosis)

Beatriz Almeida; Helena Tavares; Mafalda Balça; Marta Morais; José Garcia-Alonso, PhD, Universidade da Extremadura, Investigador POCTEP 0445_4IE_4_P, Espanha; César Fonseca, PhD, Universidade Évora, Investigador POCTEP 0445_4IE_4_P, Portugal. Corresponding Author: cesar.j.fonseca@gmail.com Resumo O presente artigo foi elaborado através da exploração de diversos artigos e relatórios de investigação, artigos esses relacionados com a artrose, com a prevenção, tratamento e prognóstico da mesma, como esta está relacionada com a vida quotidiana, com o trabalho e que consequências poderá trazer na vida da pessoa. Palavras-chave: Artrose; Osteoarticulares; Intervenção; Prevenção; Idosos

Abstract The present article was based on others articles and reports of investigation related with arthrosis. Also with prevention, treatment and prognosis witch is related to daily life, work and the possible effects witch will bring to the person life. Keywords: Arthosis; Osteoarticular; Intervention; Prevention; Senior Citizen

Resumen El presente artículo se elaboró a través de la exploración de diversos artículos e informes de investigación, artículos relacionados con la artrosis, con la prevención, tratamiento y pronóstico de la misma, como está relacionada con la vida cotidiana, con el trabajo y qué consecuencias puede traer consigo en la vida de la persona. Palabras Clave: Artrosis; Osteoarticular; Intervención; Prevención; Mayor

Introdução A osteoartrite é uma doença articular degenerativa, enquanto a osteoartrose ou artrose é uma doença reumática degenerativa. É uma doença que incide com maior prevalência em indivíduos com mais de 65 anos de idade. Esta doença atinge as articulações sinoviais e caracteriza-se por apresentar alterações na cartilagem articular, dando origem as zonas de fibrilação e fissuração.

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Através destas alterações também podemos observar eventos como microfraturas, cistos e esclerose, além da formação de osteófitos nas bordas articulares. Um dos artigos explorado, relata que “(…)a artrose é uma doença multifatorial e que provoca incapacitações para o trabalho, sendo relevante a mudança de hábitos e realização de atividades físicas (…)” (Moreira, 2017, p. 305), sendo assim, a intervenção psicomotora torna-se um grande auxílio, tanto à prevenção, como a um possível tratamento a esta doença, pois conjuga a mente com o corpo e torna possível o melhoramento e/ou desenvolvimento de certas capacidades que, normalmente, são perdidas com o decorrer do tempo, isto é com o envelhecimento, e ao contrário do que se pensa, não é apenas com a fisioterapia que se consegue reverter esse problema. Antes acreditava-se que a artrose era uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem possíveis tratamentos, algo que acontecia naturalmente com o envelhecimento da pessoa, hoje em dia sabe-se que é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento desta como ao seu prognóstico. Esta doença foi comprovada em vários estudos que é uma das causas mais frequentes de dor do sistema músculo-esquelético e de incapacidade de trabalho, tanto em Portugal como em outros países.

Metodologia Esses artigos e relatórios de investigação foram pesquisados e retirados em bases de dados como a B-on e Scielo, e motores de busca, nomeadamente, o Google académico. Para efetuar essa pesquisa, tivemos que utilizar palavras-chaves (Keywords), tais como: Arthosis; Senior Citizen; Osteoarthosis e Psychomotricity. Para uma pesquisa mais atualizada e fidedigna, filtramos os artigos através do ano de publicação, tentando encontrar então artigos entre 2003 e 2018. Para além do ano também foi usado como filtro o idioma dos artigos (Português e Inglês), tendo assim uma pesquisa mais abrangente, e possibilitando assim uma melhor e maior recolha de informação. Apesar da utilização desse filtro, após a pesquisa dos artigos, foi decidido pelo grupo a escolha dos mesmos, estando estes apenas em Português, facilitando dessa forma a leitura destes e uma melhor compreensão.

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Discussão A artrose é um desgaste da cartilagem das articulações do nosso corpo, sendo que a faixa etária mais afetada é a dos 40-50 anos no sexo feminino (Navarro, Golias, & Granado, 2007). É uma afetação que não é inflamatória, é uma doença degenerativa. Esta provoca dores nas articulações e dificuldades para executar os movimentos, começando por surgir deformações que podem afetar os dedos, os ombros, os cotovelos, a coluna, os joelhos e principalmente os membros inferiores. Tem uma progressão lenta podendo ser tratado de maneira a atenuar as dores para facilitar a execução dos movimentos. Existem diversas causas que podem levar ao surgimento da artrose entre elas desgaste natural (das articulações pelo envelhecimento do organismo), desgaste pelo movimento repetitivo (prática de exercício intenso), excesso de peso corporal (prejudica as articulações das pernas e da coluna lombar), deficiência hormonal (com maior incidência no sexo feminino, nomeadamente no pós-menopausa), traumatismos ou fraturas. O envelhecimento é muito mais do que apenas uma passagem pelo tempo, pois existem constantes transformações biológicas que levam a uma perda significativa de massa muscular incidente em muitos homens e mulheres idosas que consequentemente apresentam limitações funcionais, tais como caminhar, levantar-se, manter o equilíbrio postural e prevenção contra quedas, ou seja, apresenta limitações na execução das atividades da vida diária levando à dependência e a incapacidades, decorrentes da osteoartrose (Navarro, Golias, & Granado, 2007). Outro fator bastante importante é a obesidade na medida em que um individuo ter excesso de peso pode condicioná-lo na execução dos seus movimentos bem como a locomoção. Entre dois indivíduos da mesma idade e portadores da doença, o que é esperado é que o individuo que tem maior peso corporal tenha mais dificuldades em realizar determinados exercícios e atividades do que o individuo com menor peso corporal, devido às limitações que vão surgindo ao longo do tempo com o avançar da doença (Franco, Simão, Pires, & Guimarães, 2009). A psicomotricidade pode ter um grande contributo para a atenuação dos sintomas provocados pela doença mencionada nomeadamente no setor da hidroterapia, sendo este termo derivado do grego hydor- água e therapia- cura e “ (…) consiste na aplicação da água para fins terapêuticos, usando as propriedades físicas da água tais como densidade e gravidade específicas, pressão hidrostática, pressão superficial e turbulência, como agentes terapêuticos com influência no tratamento.” (Navarro, Golias, & Granado, 2007).

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“Um corpo imerso em água aquecida sofre estímulos diversos que desencadeiam efeitos terapêuticos, tais como, melhora a capacidade funcional dos músculos e articulações, melhora a coordenação, equilíbrio, postura e dor.” (Campion, 2000 cit in Navarro, Golias, & Granado, 2007, p. 156). Por outro lado, há a possibilidade de se realizar sessões em sala num ambiente favorável, que vá de encontro às necessidades do paciente, realizando exercícios terapêuticos de fortalecimento dos membros inferiores e ganho de massa muscular, exercícios aeróbios tais como condicionamento físico e alongamento (flexibilidade). Os exercícios anteriormente referidos promovem uma melhoria da postura do paciente caso seja necessário, melhorar a capacidade de coordenação dos membros inferiores para uma melhor capacidade de locomoção (Coimbra, et al., 2004).

Conclusão Com este estudo, foi possível concluir que o papel do psicomotricista para estes casos é importante. Um paciente com estas caraterísticas apresenta dificuldades no domínio psicomotor, que poderão influenciar nas atividades da vida diária e outras. O psicomotricista trabalha com o paciente diversos fatores psicomotores em diferentes meios, por exemplo a água, o que contribui para um melhoramento em diversos aspetos, tais como na flexibilidade, no equilíbrio, na postura, o deslocamento, entre outros. Por outro lado, poderá haver outro tipo de acompanhamento terapêutico, por exemplo um fisioterapeuta, que trabalham alguns aspetos acima referidos. Contudo o psicomotricista utiliza técnicas específicas que são mais direcionadas e que vão promover o bem-estar na saúde do paciente.

Referências Coimbra, I., Pastor, E., Greve, J., Puccinelli, M., Fuller, R., Cavalcanti, F., . . . Honda, E. (nov./dez. de 2004). Osteoartrite (Artrose): Tratamento. Revista Brasileira Reumatol, 44, n. 6 , 450-3. Farias, M. M., Vidmar, M. F., & Wibelinger, L. M. (jan./mar. de 2011). Risco de quedas em mulheres idosas com osteoartrose de joelho. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 9, nº27, 7 - 13.

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Franco, L. R., Simão, L. S., Pires, E. D., & Guimarães, É. A. (2009). Influência da idade e da obesidade no diagnóstico sugestivo de artrose de joelho. ConScientiar Saúde, 8 (1), 41-46. Mazoco, L., & Chagas, P. (set./dez. de 2015). Terapia nutricional na reabilitação das doenças crônicas osteoarticulares em idosos. RBCEH, Passo Fundo, 12, n. 3, 309-317. Mendes, A. J. (2009). Artrose do joelho e exercício físico. Estudo Geral - Universidade de Coimbra. Moreira, M. A. (2017). A artrose e sua interferencência no âmbito do trabalho. Revista Brasileira de Reumatologia, 57 (S1), 305-306. Navarro, F. M., Golias, A. R., & Granado, T. E. (jan./mar. de 2007). Incidência de osteoartrose em um centro de reabilitação aquática. Revista Uningá, 11, 153-160.

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